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LEI 14 020-2020 COMPARADA E COMENTADA

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LEI 14.020/2020 
COMPARADA E COMENTADA
Vólia Bomfim, José Affonso Dallegrave Neto, 
Rafael Lara Martins e Iuri Pinheiro
Índice
Art. 1. Instituição do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda
Art. 2. Objetivos do Programa
Art. 3. Delimitação do objeto com exclusão da Administração Pública Direta e Indireta
Art. 4. Competências do Ministério da Economia
Art. 5. Hipóteses de pagamento e procedimento para percepção do BEm
Art. 6. Base de cálculo do BEm e pessoas excluídas de sua percepção 
Art. 7. Delimitação e requisitos para redução de jornada e salário, assegurada a 
aplicação setorial
Art. 8. Delimitação e requisitos para suspensão do contrato de trabalho, assegurada 
a aplicação setorial
Art. 9. Pagamento de ajuda compensatória mensal pelo empregador (vetada a de-
dução tributária desses valores)
Art. 10. Garantia provisória no emprego
Art. 11. Negociação coletiva para redução proporcional de jornada de trabalho e de 
salário ou suspensão temporária
Art. 12. Faixas salariais permissivas ao acordo individual; Situação relativas aos 
Aposentados; Validade dos meios eletrônicos eficazes para celebração do acordo; 
Comunicação ao Sindicato; Conflito entre Normas Coletivas e Individuais
Art. 13. Aplicação das medidas emergenciais de modo a resguardar as atividades 
essenciais
Art. 14. Constatação de irregularidades pela Auditoria-Fiscal do Trabalho
Art. 15. Contratos de trabalho de aprendizagem e aos de jornada parcial
Índice
Art. 16. Prazo máximo de redução proporcional de jornada e de salário e de suspensão 
temporária do contrato de trabalho
Art. 17. Programa de qualificação profissional; Utilização de meios eletrônicos e redução 
de prazos para realização de procedimentos sindicais; Criação de estabilidade para a 
pessoa com deficiência (Vetada a ultratividade)
Art. 18. Contrato de trabalho intermitente
Art. 19 Vedação ao descumprimento das normas regulamentadoras de segurança e 
saúde, excetuadas as hipóteses da MP 927
Art. 20. Definição das alíquotas de contribuição do INSS para casos de suspensão 
temporária do contrato de trabalho e redução proporcional de jornada
Art. 21. Possibilidade de recolhimento espontâneo e complementar do segurado
Art. 22. Regulamenta a hipótese de segurada-gestante, assegurando a percepção 
segundo o salário originário e incluindo os segurados que obtiveram adoção ou 
guarda judicial
Art. 23. Hipótese de cancelamento do aviso prévio em curso para adoção do Programa 
Emergencial
Art. 24. Direito Intertemporal com aplicação da MP 936 para os acordos anteriores a 
esta lei, exceto quanto à regra do art. 12, § 5º, desta lei
Art. 25. Repactuação dos empréstimos com desconto em folha de pagamento
Art. 26. Permissão para novo empréstimo consignado a partir do saldo devedor
Art. 27. Vetado
Art. 28. Vetado
Art. 29. Afastamento da hipótese de Factum Principis nos casos de paralisação para 
enfrentamento do estado de calamidade pública 
Art. 30. Vetado
Índice
Art. 31. Cooperação de entidades por meio eletrônico para requerer benefícios 
previdenciários ou efetuar seu pagamento integral
Art. 32. Vetado
Art. 33. Vetado
Art. 34. Vetado
Art. 35. Vetado
Art. 36. Vetado
Art. 37. Vetado
Art. 38. Alteração na lei que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social
Art. 39. Data da entrada em vigor
5Sumário@voliabomfim • @dallegrave_neto • @rlaramartins • @iurippinheiro
LEI 14.020/2020 
COMPARADA E COMENTADA
MP 936/2020 (Texto original) LEI 14.020/2020 Comentários
Art. 1º Esta Medida Provisória 
institui o Programa Emergencial 
de Manutenção do Emprego e 
da Renda e dispõe sobre medi-
das trabalhistas complementares 
para enfrentamento do estado 
de calamidade pública reconhe-
cido pelo Decreto Legislativo nº 
6, de 20 de março de 2020, e da 
emergência de saúde pública de 
importância internacional decor-
rente do coronavírus (covid-19) 
de que trata a Lei nº 13.979, de 6 
de fevereiro de 2020.
 Art. 1º Esta Lei institui o Progra-
ma Emergencial de Manutenção 
do Emprego e da Renda e dispõe 
sobre medidas complementares 
para enfrentamento do estado 
de calamidade pública reconhe-
cido pelo Decreto Legislativo nº 
6, de 20 de março de 2020, e da 
emergência de saúde pública de 
importância internacional de-
corrente do coronavírus, de que 
trata a Lei nº 13.979, de 6 de fe-
vereiro de 2020.
A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro 
de 2020 e o Decreto Legislativo 
nº 6, de 20 de março de 2020, 
trouxeram o reconhecimento do 
estado de emergência de saúde 
pública e o estado de calamida-
de pública.
De modo complementar e para 
tratamento específico dos im-
pactos da calamidade nas rela-
ções de trabalho, é instituída a 
presente lei.
Art. 2º Fica instituído o Progra-
ma Emergencial de Manutenção 
do Emprego e da Renda, com 
aplicação durante o estado de 
calamidade pública a que se re-
fere o art. 1º e com os seguintes 
objetivos: 
I – preservar o emprego e a renda; 
II – garantir a continuidade das 
atividades laborais e empresa-
riais; e
III – reduzir o impacto social de-
corrente das consequências do 
estado de calamidade pública e 
de emergência de saúde pública.
Art. 2º Fica instituído o Progra-
ma Emergencial de Manutenção 
do Emprego e da Renda, com 
aplicação durante o estado de 
calamidade pública a que se re-
fere o art. 1º desta Lei e com os 
seguintes objetivos: 
I – preservar o emprego e a renda; 
II – garantir a continuidade das 
atividades laborais e empresa-
riais; e 
III – reduzir o impacto social de-
corrente das consequências do 
estado de calamidade pública e 
de emergência de saúde pública.
A norma institui um programa 
de preservação do emprego e 
renda para assegurar a conti-
nuidade das atividades laborais 
e empresariais com preservação 
de emprego e renda e redução 
do impacto social decorrente da 
calamidade.
Esse dispositivo demonstra a re-
lação direta entre o caráter eco-
nômico e social, não sendo pos-
sível sua desvinculação, uma vez 
que o Direito do Trabalho, fruto 
do modo capitalista, decorre da 
força de trabalho em prol da ri-
queza acumulada inserida na 
sociedade.
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
Por Vólia Bomfim, Dallegrave Neto, Rafael Lara e Iuri Pinheiro
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6Sumário
LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
@voliabomfim • @dallegrave_neto • @rlaramartins • @iurippinheiro
Art. 3º São medidas do Progra-
ma Emergencial de Manutenção 
do Emprego e da Renda: 
I – o pagamento de Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda; 
II – a redução proporcional de 
jornada de trabalho e de salá-
rios; e 
III – a suspensão temporária do 
contrato de trabalho.
Parágrafo único. O disposto 
no caput não se aplica, no âm-
bito da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municí-
pios, aos órgãos da administra-
ção pública direta e indireta, às 
empresas públicas e sociedades 
de economia mista, inclusive às 
suas subsidiárias, e aos organis-
mos internacionais.
Art. 3º São medidas do Progra-
ma Emergencial de Manutenção 
do Emprego e da Renda: 
I – o pagamento do Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda; 
II – a redução proporcional de 
jornada de trabalho e de salá-
rio; e 
III – a suspensão temporária do 
contrato de trabalho. 
Parágrafo único. O disposto no 
caput deste artigo não se aplica, 
no âmbito da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municí-
pios, aos órgãos da administra-
ção pública direta e indireta, às 
empresas públicas e às socieda-
des de economia mista, inclusive 
às suas subsidiárias, e aos orga-
nismos internacionais.Delimitação do objeto do Pro-
grama:
• Pagamento do BEm;
• Redução proporcional de jor-
nada e salário;
• Suspensão temporária do con-
trato de trabalho.
* O parágrafo único exclui os ór-
gãos da Administração Pública 
Direta e Indireta do alcance do 
programa, o que possui perti-
nência lógica quanto ao benefí-
cio emergencial, visto que tan-
to a remuneração de servidores 
públicos como o benefício emer-
gencial representam recursos de 
origem pública, não fazendo sen-
tido desonerar a esfera pública 
para, ao final, ela própria custear 
por outra via.
Contudo, a exclusão de empre-
gados das empresas estatais, es-
pecialmente as sociedades de 
economia mista que atuem no 
domínio econômico, pode ser 
considerada como inconstitucio-
nal por violação ao art. 173, § 1º, 
II, já que estas empresas devem 
ter a oportunidade de competir 
em condições de igualdade com 
a iniciativa privada inclusive em 
relação às obrigações trabalhistas.
Além disso, é possível defender 
a inconstitucionalidade por dis-
criminação e violação à isonomia 
ao alijar tais empregados da pos-
sibilidade de pactuar a suspen-
são ou redução de jornada pelo 
simples fato de trabalharem em 
empresas estatais.
Em relação aos empregados públi-
cos da Administração Direta, Au-
tárquica e Fundacional, é preciso 
relembrar que a estabilidade não 
lhes alcança (redação do art. 41 da 
CF/88 após a E.C 19/98), de modo 
que a exclusão desses benefícios 
pode resultar ao fim e ao cabo na 
necessidade de sua dispensa.
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7Sumário
LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
@voliabomfim • @dallegrave_neto • @rlaramartins • @iurippinheiro
Art. 4º Compete ao Ministério 
da Economia coordenar, execu-
tar, monitorar e avaliar o Progra-
ma Emergencial de Manutenção 
do Emprego e da Renda e editar 
normas complementares neces-
sárias à sua execução.
Art. 4º Compete ao Ministério 
da Economia coordenar, execu-
tar, monitorar e avaliar o Progra-
ma Emergencial de Manutenção 
do Emprego e da Renda e editar 
normas complementares neces-
sárias à sua execução. 
Parágrafo único. O Ministério 
da Economia divulgará sema-
nalmente, por meio eletrônico, 
as informações detalhadas so-
bre os acordos firmados, com o 
número de empregados e em-
pregadores beneficiados, bem 
como divulgará o quantitativo 
de demissões e admissões men-
sais realizados no País.
O “caput” assegura papel não 
apenas coordenador do Minis-
tério da Economia, mas também 
regulamentador ao conferir-lhe 
a prerrogativa de editar normas 
complementares.
Merece destaque o parágrafo 
único ao exigir transparência do 
Ministério da Economia com re-
latório semanal dos acordos fir-
mados com base neste progra-
ma, afastando a possibilidade de 
ocultamento de dados.
Pode-se questionar, em termos 
de eficiência, se não atenderia 
à finalidade buscada a apresen-
tação de relatórios mensais ou 
pelo menos quinzenais, mas foi 
uma opção política e ela pode 
ser automatizada com inteligên-
cia artificial.
Art. 5º Fica criado o Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda, a ser pago 
nas seguintes hipóteses:
 I – redução proporcional de jor-
nada de trabalho e de salário; e
II – suspensão temporária do 
contrato de trabalho.
§ 1º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda será custeado com recur-
sos da União.
§ 2º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda será de prestação men-
sal e devido a partir da data do 
início da redução da jornada de 
trabalho e de salário ou da sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho, observadas as se-
guintes disposições:
I – o empregador informará ao Mi-
nistério da Economia a redução 
da jornada de trabalho e de sa-
lário ou a suspensão temporária 
do contrato de trabalho, no pra-
Art. 5º Fica criado o Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda, a ser pago 
nas seguintes hipóteses: 
I – redução proporcional de jor-
nada de trabalho e de salário; e 
II – suspensão temporária do 
contrato de trabalho. 
§ 1º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda será custeado com recur-
sos da União. 
§ 2º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda será de prestação men-
sal e devido a partir da data do 
início da redução da jornada de 
trabalho e do salário ou da sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho, observadas as se-
guintes disposições:
I – o empregador informará ao 
Ministério da Economia a redução 
da jornada de trabalho e do sa-
lário ou a suspensão temporária 
do contrato de trabalho, no pra-
O dispositivo aponta um rito (iter) 
para recebimento do BEm, po-
dendo ser indicado como resu-
mo geral:
• É devido a partir do início da 
redução/suspensão, desde que 
o empregador informe o Minis-
tério da Economia em até 10 
dias do acordo, com previsão 
de pagamento em até 30 dias;
• Se não informado no prazo de 
10 dias, o empregador assumirá 
todos os ônus (salário + encar-
gos) até a data da informação;
• União não assume o prejuízo 
retroativo;
É importante destacar que se o 
empregador não cumprir o pra-
zo de informação de 10 dias, o 
BEm será devido com o despre-
zo do período entre a assinatura 
do acordo e a data da efetiva in-
formação.
Exemplo:
• Acordo individual assinado em 
10/04/2020 com previsão de
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8Sumário
LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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zo de dez dias, contado da data 
da celebração do acordo; (Vide 
pela Medida Provisória nº 959, 
de 2020)
II – a primeira parcela será paga 
no prazo de trinta dias, contado 
da data da celebração do acor-
do, desde que a celebração do 
acordo seja informada no prazo 
a que se refere o inciso I; e
III – o Benefício Emergencial será 
pago exclusivamente enquanto 
durar a redução proporcional da 
jornada de trabalho e de salário 
ou a suspensão temporária do 
contrato de trabalho.
§ 3º Caso o empregador não 
preste a informação dentro do 
prazo previsto no inciso I do § 2º:
I – ficará responsável pelo paga-
mento da remuneração no valor 
anterior à redução da jornada de 
trabalho e de salário ou da sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho do empregado, in-
clusive dos respectivos encargos 
sociais, até a que informação seja 
prestada;
II – a data de início do Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda será fixada 
na data em que a informação te-
nha sido efetivamente prestada 
e o benefício será devido pelo 
restante do período pactuado; e
zo de 10 (dez) dias, contado da 
data da celebração do acordo; 
II – a primeira parcela será paga 
no prazo de 30 (trinta) dias, con-
tado da data da celebração do 
acordo, desde que a celebração 
do acordo seja informada no pra-
zo a que se refere o inciso I deste 
parágrafo; e 
III – o Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda será pago exclusivamen-
te enquanto durar a redução da 
jornada de trabalho e do salário 
ou a suspensão temporária do 
contrato de trabalho. 
§ 3º Caso a informação de que 
trata o inciso I do § 2º deste arti-
go não seja prestada no prazo 
previsto no referido dispositivo: 
I – o empregador ficará respon-
sável pelo pagamento da remu-
neração no valor anterior à re-
dução da jornada de trabalho e 
do salário ou à suspensão tem-
porária do contrato de trabalho 
do empregado, inclusive dos res-
pectivosencargos sociais e tra-
balhistas, até que a informação 
seja prestada; 
III – a primeira parcela, observa-
do o disposto no inciso II deste 
parágrafo, será paga no prazo de 
30 (trinta) dias, contado da data 
em que a informação tiver sido 
efetivamente prestada. 
suspensão por 30 dias e comu-
nicação apenas em 25/04/2020.
• Empregador assumirá o paga-
mento da remuneração e en-
cargos até 24/04/2020 (15 dias).
• O BEm será devido em relação 
aos 45 dias restantes por força 
da previsão do art. 5º, § 3º, II.
• O BEm não prejudica eventual 
concessão futura de seguro-de-
semprego, a teor do § 5º;
• Pagamento indevido gera ins-
crição em dívida ativa + execu-
ção judicial.
É importante destacar que se o 
empregador não cumprir o pra-
zo de informação de 10 dias, o 
BEm será devido com o despre-
zo do período entre a assinatu-
ra do acordo e a data da efetiva 
informação.
III – a primeira parcela, observado 
o disposto no inciso II, será paga 
no prazo de trinta dias, contado 
da data em que a informação te-
nha sido efetivamente prestada.
§ 4º Ato do Ministério da Eco-
nomia disciplinará a forma de:
I – transmissão das informações 
e comunicações pelo emprega-
dor; e
§ 4º Ato do Ministério da Econo-
mia disciplinará a forma de: 
I – transmissão das informações 
e das comunicações pelo empre-
gador; e 
II – concessão e pagamento do 
Benefício Emergencial de Preser-
vação do Emprego e da Renda.
§ 5º O recebimento do Benefício 
Emergencial de Preservação do
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Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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II – concessão e pagamento do 
Benefício Emergencial de Preser-
vação do Emprego e da Renda.
§ 5º O recebimento do Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda não impede 
a concessão e não altera o valor 
do seguro-desemprego a que o 
empregado vier a ter direito, des-
de que cumpridos os requisitos 
previstos na Lei nº 7.998, de 11 
de janeiro de 1990, no momen-
to de eventual dispensa.
§ 6º O Benefício Emergencial 
de Preservação do Emprego e 
da Renda será operacionalizado 
e pago pelo Ministério da Eco-
nomia.
§ 7º Serão inscritos em dívida 
ativa da União os créditos cons-
tituídos em decorrência de Be-
nefício Emergencial de Preser-
vação do Emprego e da Renda 
pago indevidamente ou além do 
devido, hipótese em que se apli-
ca o disposto na Lei nº 6.830, de 
22 de setembro de 1980, para a 
execução judicial.
Emprego e da Renda não impe-
dirá a concessão e não alterará 
o valor do seguro-desemprego 
a que o empregado vier a ter di-
reito, desde que cumpridos os re-
quisitos previstos na Lei nº 7.998, 
de 11 de janeiro de 1990, no mo-
mento de eventual dispensa. 
§ 6º O Benefício Emergencial 
de Preservação do Emprego e 
da Renda será operacionaliza-
do e pago pelo Ministério da 
Economia. 
§ 7º Serão inscritos em dívida ati-
va da União os créditos constitu-
ídos em decorrência de Benefí-
cio Emergencial de Preservação 
do Emprego e da Renda pago 
indevidamente ou além do de-
vido, hipótese em que se aplica-
rá o disposto na Lei nº 6.830, de 
22 de setembro de 1980, para a 
execução judicial.
Art. 6º O valor do Benefício Emer-
gencial de Preservação do Em-
prego e da Renda terá como base 
de cálculo o valor mensal do se-
guro-desemprego a que o em-
pregado teria direito, nos ter-
mos do art. 5º da Lei nº 7.998, de 
1990, observadas as seguintes 
disposições:
I – na hipótese de redução de 
jornada de trabalho e de salário, 
será calculado aplicando-se so-
bre a base de cálculo o percen-
tual da redução; e
II – na hipótese de suspensão 
temporária do contrato de tra-
balho, terá valor mensal:
a) equivalente a cem por cento 
do valor do seguro-desemprego
Art. 6º O valor do Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda terá como 
base de cálculo o valor mensal 
do seguro-desemprego a que 
o empregado teria direito, nos 
termos do art. 5º da Lei nº 7.998, 
de 11 de janeiro de 1990, obser-
vadas as seguintes disposições: 
I – na hipótese de redução de 
jornada de trabalho e de salário, 
será calculado aplicando-se so-
bre a base de cálculo o percen-
tual da redução; e 
II – na hipótese de suspensão 
temporária do contrato de tra-
balho, terá valor mensal: 
a) equivalente a 100% (cem por 
cento) do valor do seguro-de-
Base de cálculo do BEm:
• O mesmo do seguro-desem-
prego que teria direito (sem 
carência);
• Para casos de redução de salá-
rio e jornada: o BEm é calculado 
aplicando ao valor do seguro-
-desemprego o percentual que 
foi aplicado para redução;
• Para casos de suspensão: equi-
vale a 100% do seguro-desem-
prego, salvo em se tratando 
de grandes grupos com fatu-
ramento superior a R$480mil/
ano, quando será devido ape-
nas 70% do seguro-desempre-
go, com acréscimo de 30% do 
salário pelo empregador, a tí-
tulo de ajuda compensatória
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Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
@voliabomfim • @dallegrave_neto • @rlaramartins • @iurippinheiro
a que o empregado teria direito, 
na hipótese prevista no caput do 
art. 8º; ou
b) equivalente a setenta por cen-
to do seguro-desemprego a que 
o empregado teria direito, na hi-
pótese prevista no § 5º do art. 8º.
§ 1º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda será pago ao empregado 
independentemente do:
I – cumprimento de qualquer 
período aquisitivo;
II – tempo de vínculo emprega-
tício; e
III – número de salários recebi-
dos.
§ 2º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda não será devido ao em-
pregado que esteja:
I – ocupando cargo ou emprego 
público, cargo em comissão de 
livre nomeação e exoneração ou 
titular de mandato eletivo; ou
II – em gozo:
a) de benefício de prestação con-
tinuada do Regime Geral de Pre-
vidência Social ou dos Regimes 
Próprios de Previdência Social, 
ressalvado o disposto no pará-
grafo único do art. 124 da Lei nº 
8.213, de 24 de julho de 1991;
b) do seguro-desemprego, em 
qualquer de suas modalidades; e
c) da bolsa de qualificação pro-
fissional de que trata o art. 2º-A 
da Lei n° 7.998, de 1990.
§ 3º O empregado com mais de 
um vínculo formal de emprego 
poderá receber cumulativamen-
te um Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda para cada vínculo com re-
dução proporcional de jornada 
de trabalho e de salário ou com
semprego a que o empregado 
teria direito, na hipótese prevista 
no caput do art. 8º desta Lei; ou
b) equivalente a 70% (setenta 
por cento) do valor do seguro-
desemprego a que o empregado 
teria direito, na hipótese prevista 
no § 5º do art. 8º desta Lei. 
§ 1º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda será pago ao empregado 
independentemente do: 
I – cumprimento de qualquer 
período aquisitivo; 
II – tempo de vínculo emprega-
tício; e 
III – número de salários rece-
bidos. 
§ 2º O Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda não será devido ao em-
pregado que esteja: 
I – ocupando cargo ou empre-
go público, cargo em comissão 
de livre nomeação e exonera-
ção ou seja titular de mandato 
eletivo; ou 
II – em gozo: 
a) de benefício de prestação con-
tinuada do Regime Geral de Pre-
vidência Social ou dos regimes 
próprios de previdência social, 
ressalvado o disposto no pará-
grafo único do art. 124 da Lei nº 
8.213, de 24 de julho de 1991; 
b) do seguro-desemprego,em 
qualquer de suas modalidades; e
c) da bolsa de qualificação pro-
fissional de que trata o art. 2º-A 
da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro 
de 1990. 
§ 3º O empregado com mais de 
um vínculo formal de emprego 
poderá receber cumulativamen-
te um Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da
 com natureza indenizatória, a 
teor do art. 9º desta Lei.
Não tem direito ao BEm:
• Servidor público;
• Empregados em gozo de: se-
guro-desemprego, bolsa de 
qualificação profissional (lay-
-off); prestação continuada do 
RGPS ou RPPS.
* Empregado com mais de um 
vínculo pode cumular BEm, mas 
se for intermitente, receberá ape-
nas R$ 600,00 por 3 meses, cf art. 
18 desta Lei.
Pessoa que acumula vínculo 
público e privado:
O § 3º desde artigo assegura a 
percepção cumulativa de BEm 
caso o empregado possua mais 
de um vínculo de emprego, o que 
permite a argumentação de que 
a vedação de recebimento do 
BEm para servidor público seria 
apenas em relação ao trabalho 
como servidor público, permitin-
do a percepção quanto ao em-
prego privado que ele porventu-
ra possua, interpretação reforça-
da sob os auspícios de Isonomia 
(Art. 5º, “caput”, da CF/88.
Por outro lado, é possível argu-
mentar que o § 2º vedou a per-
cepção de BEm por quem seja 
servidor público (estatutário ou 
celetista), sem fazendo distin-
ção quanto ao fato de ter algum 
emprego privado e destacan-
do-se que o “caput” do § 2º faz 
alusão ao termo “empregado”, o 
que permite argumentação de 
que está a se referir justamente 
a quem tem vínculo privado e 
esteja também na condição de 
servidor público.
Quanto a esse último aspecto, 
a dialética que se pode trazer é 
que o termo “empregado” teria 
sido colocado em sentido geral
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11Sumário
LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
@voliabomfim • @dallegrave_neto • @rlaramartins • @iurippinheiro
suspensão temporária do contra-
to de trabalho, observado o valor 
previsto no caput do art. 18 e a 
condição prevista no § 3º do art. 
18, se houver vínculo na moda-
lidade de contrato intermitente, 
nos termos do disposto no § 3º 
do art. 443 da Consolidação das 
Leis do Trabalho, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de 
maio de 1943.
§ 4º Nos casos em que o cálculo 
do benefício emergencial resul-
tar em valores decimais, o valor a 
ser pago deverá ser arredondado 
para a unidade inteira imediata-
mente superior.
Renda para cada vínculo com re-
dução proporcional de jornada 
de trabalho e de salário ou com 
suspensão temporária do con-
trato de trabalho, observado o 
valor previsto no caput do art. 
18 e o disposto no § 3º do art. 
18, se houver vínculo na moda-
lidade de contrato intermitente, 
nos termos do § 3º do art. 443 da 
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 
nº 5.452, de 1º de maio de 1943. 
§ 4º Nos casos em que o cálculo 
do benefício emergencial resul-
tar em valores decimais, o valor a 
ser pago deverá ser arredondado 
para a unidade inteira imediata-
mente superior.
de trabalhador e que a regra de 
cumulação de vínculos é tratada 
somente no parágrafo seguinte.
Enfim, séria controvérsia nesse 
tocante.
Art. 7º Durante o estado de ca-
lamidade pública a que se refere 
o art. 1º, o empregador poderá 
acordar a redução proporcional 
da jornada de trabalho e de sa-
lário de seus empregados, por 
até noventa dias, observados os 
seguintes requisitos:
I – preservação do valor do salá-
rio-hora de trabalho;
II – pactuação por acordo indi-
vidual escrito entre empregador 
e empregado, que será encami-
nhado ao empregado com an-
tecedência de, no mínimo, dois 
dias corridos; e
III – redução da jornada de traba-
lho e de salário, exclusivamente, 
nos seguintes percentuais:
a) vinte e cinco por cento;
b) cinquenta por cento; ou
c) setenta por cento.
Parágrafo único. A jornada de 
trabalho e o salário pago ante-
riormente serão restabelecidos 
no prazo de dois dias corridos, 
contado:
I – da cessação do estado de ca-
lamidade pública;
Art. 7º Durante o estado de ca-
lamidade pública a que se refere 
o art. 1º desta Lei, o empregador 
poderá acordar a redução pro-
porcional de jornada de trabalho 
e de salário de seus emprega-
dos, de forma setorial, departa-
mental, parcial ou na totalidade 
dos postos de trabalho, por até 
90 (noventa) dias, prorrogáveis 
por prazo determinado em ato 
do Poder Executivo, observados 
os seguintes requisitos: 
I – preservação do valor do salá-
rio-hora de trabalho; 
II – pactuação, conforme o dis-
posto nos arts. 11 e 12 desta Lei, 
por convenção coletiva de traba-
lho, acordo coletivo de trabalho 
ou acordo individual escrito en-
tre empregador e empregado; e 
III – na hipótese de pactuação 
por acordo individual escrito, 
encaminhamento da proposta 
de acordo ao empregado com 
antecedência de, no mínimo, 2 
(dois) dias corridos, e redução da 
jornada de trabalho e do salário 
realizada, exclusivamente, nos 
seguintes percentuais:
a) 25% (vinte e cinco por cento); 
Redução proporcional:
• Possibilidade de ajuste por se-
tor ou departamento;
* Essa possibilidade de ajuste se-
torial ou departamental legitima 
a aplicação de decisões diferen-
tes a empregados da empresa, 
não havendo falar, em princípio, 
em quebra de isonomia por apli-
cação diversa a funcionários da 
mesma empresa.
• O prazo máximo é de 90 dias + 
prorrogação por prazo deter-
minado em ato do Poder Exe-
cutivo (inicialmente, + 30 dias);
• Ajuste por norma coletiva ou 
acordo individual (chancelado 
pelo STF na ADI 6363), com va-
riações a depender do fatura-
mento e faixas salariais;
* Cria-se nova possiblidade de 
negociação individual para to-
das as faixas salariais, desde que 
a empresa pague a diferença do 
valor que seria reduzida na ren-
da, conforme previsão no art. 12, 
§ 1º, II, o que apenas é aplicável 
para acordos firmados após a vi-
gência desta Lei, já que não cons-
tante redação original da MP.
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12Sumário
LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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II – da data estabelecida no acor-
do individual como termo de en-
cerramento do período e redu-
ção pactuado; ou
III – da data de comunicação do 
empregador que informe ao em-
pregado sobre a sua decisão de 
antecipar o fim do período de 
redução pactuado.
b) 50% (cinquenta por cento);
c) 70% (setenta por cento). 
§ 1º A jornada de trabalho e o 
salário pago anteriormente se-
rão restabelecidos no prazo de 2 
(dois) dias corridos, contado da: 
I – cessação do estado de cala-
midade pública; 
II – data estabelecida como ter-
mo de encerramento do período 
de redução pactuado; ou 
III – data de comunicação do 
empregador que informe ao em-
pregado sobre a sua decisão de 
antecipar o fim do período de 
redução pactuado. 
§ 2º Durante o período de redu-
ção proporcional de jornada de 
trabalho e de salário, a contri-
buição de que tratam o art. 20 
da Lei nº 8.212, de 24 de julho 
de 1991, e o art. 28 da Emenda 
Constitucional nº 103, de 12 de 
novembro de 2019, poderá ser 
complementada na forma do 
art. 20 desta Lei. 
§ 3º Respeitado o limite tempo-
ral do estado de calamidade pú-
blica a que se refere o art. 1º des-
ta Lei, o Poder Executivo poderá 
prorrogar o prazo máximo de re-
dução proporcional de jornada 
de trabalho e de salário previsto 
no caput deste artigo, na forma 
do regulamento.
• A proposta de acordo indivi-
dual deve ser encaminhadaao 
empregado com, no mínimo, 2 
dias corridos de antecedência 
(norma inexistente na redação 
original da MP);
• Cessação: 
 » 2 dias corridos após a cessa-
ção do estado de calamidade 
pública ou após a comunica-
ção do empregador de sua 
decisão unilateral de anteci-
par o fim da medida; OU
 » na data estabelecida como 
termo de encerramento do 
período de redução.
* A redação do § 1º, em análise 
literal, poderia levar à conclusão 
de que o restabelecimento da 
jornada e salário também ocorre-
ria após 2 dias no caso de térmi-
no do prazo de redução estipula-
do, mas entendemos não haver 
lógica nessa incidência se o prazo 
total foi cumprido até porque o 
governo pagará o benefício ten-
do como limite o prazo máximo 
estipulado, de modo que o em-
pregador assumiria o pagamento 
integral no dia seguinte ao tér-
mino do prazo avençado.
• Preservação do salário-hora;
• Faixas: 25%; 50% e 70%;
• Possibilidade de complementa-
ção da contribuição previden-
ciária de modo a preservar o 
valor da contribuição.
Art. 8º Durante o estado de ca-
lamidade pública a que se refere 
o art. 1º, o empregador poderá 
acordar a suspensão temporária 
do contrato de trabalho de seus 
empregados, pelo prazo máximo 
de sessenta dias, que poderá ser 
fracionado em até dois períodos 
de trinta dias.
§ 1º A suspensão temporária 
do contrato de trabalho será
Art. 8º Durante o estado de ca-
lamidade pública a que se refe-
re o art. 1º desta Lei, o empre-
gador poderá acordar a sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho de seus emprega-
dos, de forma setorial, depar-
tamental, parcial ou na totali-
dade dos postos de trabalho, 
pelo prazo máximo de 60 (ses-
senta) dias, fracionável em 2
Suspensão temporária: 
• Possibilidade de ajuste por se-
tor ou departamento;
* Essa possibilidade de ajuste 
setorial ou departamental legi-
tima a aplicação de decisões di-
ferentes a empregados da em-
presa, não havendo falar, em 
princípio, em quebra de isono-
mia por aplicação diversa a fun-
cionários da mesma empresa.
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LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
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Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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pactuada por acordo individual 
escritoentre empregador e em-
pregado, que será encaminha-
do ao empregado com antece-
dência de, no mínimo, dois dias 
corridos.
§ 2º Durante o período de sus-
pensão temporária do contrato, 
o empregado:
I – fará jus a todos os benefícios 
concedidos pelo empregador 
aos seus empregados; e
II – ficará autorizado a recolher 
para o Regime Geral de Previ-
dência Social na qualidade de 
segurado facultativo.
§ 3º O contrato de trabalho será 
restabelecido no prazo de dois 
dias corridos, contado:
I – da cessação do estado de ca-
lamidade pública;
II – da data estabelecida no acor-
do individual como termo de 
encerramento do período e sus-
pensão pactuado; ou
III – da data de comunicação do 
empregador que informe ao em-
pregado sobre a sua decisão de 
antecipar o fim do período de 
suspensão pactuado.
§ 4º Se durante o período de 
suspensão temporária do con-
trato de trabalho o empregado 
mantiver as atividades de traba-
lho, ainda que parcialmente, por 
meio de teletrabalho, trabalho 
remoto ou trabalho à distância, 
ficará descaracterizada a sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho, e o empregador es-
tará sujeito:
I – ao pagamento imediato da 
remuneração e dos encargos so-
ciais referentes a todo o período;
II – às penalidades previstas na 
legislação em vigor; e
(dois) períodos de até 30(trinta) 
dias, podendo ser prorrogado 
por prazo determinado em ato 
do Poder Executivo. 
§ 1º A suspensão temporária do 
contrato de trabalho será pactua-
da, conforme o disposto nos arts. 
11 e 12 desta Lei, por convenção 
coletiva de trabalho, acordo co-
letivo de trabalho ou acordo in-
dividual escrito entre emprega-
dor e empregado, hipótese em 
que a proposta de acordo deverá 
ser encaminhada ao empregado 
com antecedência de, no míni-
mo, 2 (dois) dias corridos. 
 § 2º Durante o período de sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho, o empregado: 
I – fará jus a todos os benefícios 
concedidos pelo empregador 
aos seus empregados; e 
II – ficará autorizado a recolher 
para o Regime Geral de Previ-
dência Social na qualidade de 
segurado facultativo, na forma 
do art. 20 desta Lei. 
§ 3º O contrato de trabalho será 
restabelecido no prazo de 2 (dois) 
dias corridos, contado da: 
I – cessação do estado de cala-
midade pública; 
II – data estabelecida como ter-
mo de encerramento do perío-
do de suspensão pactuado; ou 
III – data de comunicação do 
empregador que informe ao 
sobre a sua decisão de antecipar 
o fim do período de suspensão 
pactuado. 
§ 4º Se, durante o período de sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho, o empregado manti-
ver as atividades de trabalho, ain-
da que parcialmente, por meio 
de teletrabalho, trabalho remo-
to ou trabalho a distância, ficará 
descaracterizada a sus pensão
• 60 dias (ou 2 x 30 dias) + pror-
rogação por prazo determina-
do em ato do Poder Executivo 
(inicialmente, + 30 dias);
• A proposta de acordo indivi-
dual deve ser encaminhada ao 
empregado com, no mínimo, 2 
dias corridos de antecedência 
(norma inexistente na redação 
original da MP);
• Cessação: 
 » 2 dias corridos após a cessa-
ção do estado de calamidade 
pública ou após a comunica-
ção do empregador de sua 
decisão unilateral de anteci-
par o fim da medida; OU
 » na data estabelecida como 
termo de encerramento do 
período de redução.
* A redação do § 1º, em análise 
literal, poderia levar à conclusão 
de que o restabelecimento da 
jornada e salário também ocorre-
ria após 2 dias no caso de térmi-
no do prazo de redução estipula-
do, mas entendemos não haver 
lógica nessa incidência se o prazo 
total foi cumprido até porque o 
governo pagará o benefício ten-
do como limite o prazo máximo 
estipulado, de modo que o em-
pregador assumiria o pagamento 
integral no dia seguinte ao tér-
mino do prazo avençado.
• Direito a “todos os benefícios 
concedidos pelo empregador 
aos seus empregados”, o que en-
tendemos incluir parcelas que 
eram pagar “pelo trabalho” e 
não “para o trabalho.
Independente da natureza sa-
larial ou indenizatória, o vale-a-
limentação é concedido, em re-
gra, pela simples existência do 
contrato, diversamente do va-
le-transporte que é assegurado 
para o deslocamento.
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LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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III – às sanções previstas em con-
venção ou em acordo coletivo.
§ 5º A empresa que tiver aufe ri do, 
no ano-calendário de 2019, recei-
ta bruta superior a R$ 4.800.000,00 
(quatro milhões e oitocentos mil 
reais), somente poderá suspender 
o contrato de trabalho de seus 
empregados mediante o paga-
mento de ajuda compensatória 
mensal no valor de trinta por cen-
to do valor do salário do empre-
gado, durante o período da sus-
pensão temporária de trabalho 
pactuado, observado o disposto 
no caput e no art. 9º.
temporária do contrato de tra-
balho, e o empregador estará 
sujeito: 
I – ao pagamento imediato da 
remuneração e dos encargos 
sociais e trabalhistas referentes 
a todo o período; 
II – às penalidades previstas na 
legislação em vigor; e 
III – às sanções previstas em con-
venção coletiva ou acordo cole-
tivo de trabalho.§ 5º A empresa que tiver au-
ferido, no ano-calendário de 
2019, receita bruta superior a 
R$ 4.800.000,00 (quatro milhões 
e oitocentos mil reais), somente 
poderá suspender o contrato de 
trabalho de seus empregados 
mediante o pagamento de aju-
da compensatória mensal no va-
lor de 30% (trinta por cento) do 
valor do salário do empregado, 
durante o período de suspen-
são temporária do contrato de 
trabalho pactuado, observado 
o disposto neste artigo e no art. 
9º desta Lei. 
§ 6º Respeitado o limite tem-
poral do estado de calamidade 
pública a que se refere o art. 1º 
desta Lei, o Poder Executivo po-
derá prorrogar o prazo máximo 
de suspensão temporária do 
contrato de trabalho previsto no 
caput deste artigo, na forma do 
regulamento.
Isso permite concluir ser devido 
o primeiro, mas não o segundo.
A conclusão sobre o direito de 
benefícios também passará pe-
los termos de eventual norma-
tização.
• Possibilidade de complementa-
ção da contribuição previden-
ciária de modo a preservar o 
valor da contribuição.
Fraude:
• Se mantiver atividade do em-
pregado é fraude (art. 9º., CLT)
* Destacamos que não há previ-
são de fraude no caso de redu-
ção de jornada e salário em que 
venha a ocorrer a realização de 
horas extras, mas a medida deve 
ser evitada porque já há vozes 
no sentido de aplicação analó-
gica do dispositivo da fraude 
da suspensão para este tipo de 
situação.
• Para casos de suspensão: equi-
vale a 100% do seguro-desem-
prego, salvo em se tratando de 
grandes grupos com faturamen-
to superior a R$ 480mil/ano, 
quando será devido apenas 
70% do seguro-desemprego, 
com acréscimo de 30% do sa-
lário pelo empregador, a título 
de ajuda compensatória com 
natureza indenizatória, a teor 
do art. 9º desta Lei.
Art. 9º O Benefício Emergencial 
de Preservação do Emprego e da 
Renda poderá ser acumulado 
com o pagamento, pelo empre-
gador, de ajuda compensatória 
mensal, em decorrência da redu-
ção de jornada de trabalho e de 
salário ou da suspensão tempo-
rária de contrato de trabalho de 
que trata esta Medida Provisória.
Art. 9º O Benefício Emergencial 
de Preservação do Emprego e 
da Renda poderá ser acumulado 
com o pagamento, pelo empre-
gador, de ajuda compensatória 
mensal, em decorrência da redu-
ção proporcional de jornada de 
trabalho e de salário ou da sus-
pensão temporária de contrato 
de trabalho de que trata esta Lei. 
Ajuda compensatória:
• Obrigatória e no percentual de 
30% do salário do empregado 
em se tratando de grandes gru-
pos com faturamento superior 
a R$ 4,8 mi/ano (art. 8º, § 5º).
• Facultativa nas demais hipó-
teses;
• Sem qualquer integração legal 
desta verba indenizatória;
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LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
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Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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§ 1º A ajuda compensatória men-
sal de que trata o caput:
I – deverá ter o valor definido no 
acordo individual pactuado ou 
em negociação coletiva;
II – terá natureza indenizatória;
III – não integrará a base de cál-
culo do imposto sobre a renda 
retido na fonte ou da declaração 
de ajuste anual do imposto so-
bre a renda da pessoa física do 
empregado;
IV – não integrará a base de cál-
culo da contribuição previdenci-
ária e dos demais tributos inci-
dentes sobre a folha de salários;
V – não integrará a base de cál-
culo do valor devido ao Fundo 
de Garantia do Tempo de Servi-
ço – FGTS, instituído pela Lei nº 
8.036, de 11 de maio de 1990, e 
pela Lei Complementar nº 150, 
de 1º de junho de 2015; e
VI – poderá ser excluída do lucro 
líquido para fins de determina-
ção do imposto sobre a renda da 
pessoa jurídica e da Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido das 
pessoas jurídicas tributadas pelo 
lucro real.
§ 2º Na hipótese de redução pro-
porcional de jornada e de salário, 
a ajuda compensatória prevista 
no caput não integrará o salário 
devido pelo empregador e ob-
servará o disposto no § 1º.
§ 1º A ajuda compensatória men-
sal de que trata o caput deste 
artigo: 
I – deverá ter o valor definido em 
negociação coletiva ou no acor-
do individual escrito pactuado; 
II – terá natureza indenizatória; 
III – não integrará a base de cál-
culo do imposto sobre a renda 
retido na fonte ou da declaração 
de ajuste anual do imposto so-
bre a renda da pessoa física do 
empregado; 
IV – não integrará a base de cál-
culo da contribuição previden-
ciária e dos demais tributos inci-
dentes sobre a folha de salários; 
V – não integrará a base de cál-
culo do valor dos depósitos no 
Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço (FGTS), instituído pela Lei 
nº 8.036, de 11 de maio de 1990, 
e pela Lei Complementar nº 150, 
de 1º de junho de 2015; e 
VI – poderá ser: 
 a) considerada despesa opera-
cional dedutível na determina-
ção do lucro real e da base de 
cálculo da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido (CSLL) das 
pessoas jurídicas tributadas pelo 
lucro real; 
b) deduzida dos rendimentos 
do trabalho não assalariado da 
pessoa física, conforme dispos-
to no caput do art. 6º da Lei nº 
8.134, de 27 de dezembro de 
1990; (APROVADO PELO SENA-
DO E VETADO PELA PRESIDÊN-
CIA DA REPÚBLICA)
c) deduzida dos rendimentos 
tributáveis recebidos pelo em-
pregador doméstico, sujeitos ao 
ajuste anual na declaração de 
rendimentos de que trata o art. 
7º da Lei nº 9.250, de 26 de de-
zembro de 1995; ou (APROVADO
• Despesa dedutível para efeito 
fiscal das partes. A Lei 14020 
vetou as alíneas “b”, “c” e “d” do 
inciso VI, do parágrafo 1º, do 
artigo 9º. Estas isenções tribu-
tárias constantes da MP 936 
foram afastadas sob o funda-
mento de tratamento desigual 
a contribuintes em igual situa-
ção. Ofensa ao art. 150, II, da CF.
• A possibilidade de dedução dos 
valores gastos com a ajuda ao 
trabalhador (alíneas “b”, “c” e 
“d” do § 1º), que haviam sido 
acrescentadas pelo Senado, 
foram vetadas pela Presidência 
da República com a seguinte 
fundamentação:
A propositura legislativa, ao 
ampliar por emenda parlamen-
tar o rol de hipóteses de exclu-
são de incidência tributária ori-
ginalmente previsto pela Medi-
da Provisória nº 936, de 2020, 
viola o art. 113 do ADCT, além 
de contrariar o inciso II do art. 
150 da Carta Magna, que veda 
instituir tratamento desigual 
entre contribuintes que se en-
contrem em situação equiva-
lente, proibida qualquer dis-
tinção em razão da ocupação 
profissional ou função por eles 
exercida, independentemente 
da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos.
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16Sumário
LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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PELO SENADO E VETADO PELA 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA)
d) deduzida do resultado da ati-
vidade rural, como despesa paga 
no ano-base, apurado na forma 
do art. 4º da Lei nº 8.023, de 12 de 
abril de 1990. (APROVADO PELO 
SENADO E VETADO PELA PRESI-
DÊNCIA DA REPÚBLICA)
§ 2º Na hipótese de redução pro-
porcional de jornada de trabalho 
e de salário, a ajuda compensa-
tória prevista no caput deste ar-
tigo não integrará o salário devi-
do pelo empregador e observará 
o disposto no § 1º deste artigo. 
§ 3º O disposto no inciso VI do § 
1º deste artigo aplica-se às aju-
das compensatórias mensais 
pagas a partir do mês de abril 
de 2020.
Art. 10. Fica reconhecida a ga-
rantia provisória no emprego ao 
empregado que receber o Bene-
fício Emergencial de Preservaçãodo Emprego e da Renda, de que 
trata o art. 5º, em decorrência da 
redução da jornada de trabalho e 
de salário ou da suspensão tem-
porária do contrato de trabalho 
de que trata esta Medida Provi-
sória, nos seguintes termos:
I – durante o período acordado de 
redução da jornada de trabalho e 
de salário ou de suspensão tem-
porária do contrato de trabalho; e
II – após o restabelecimento da 
jornada de trabalho e de salário 
ou do encerramento da suspen-
são temporária do contrato de 
trabalho, por período equivalen-
te ao acordado para a redução 
ou a suspensão.
§ 1º A dispensa sem justa causa 
que ocorrer durante o período de
Art. 10. Fica reconhecida a ga-
rantia provisória no emprego ao 
empregado que receber o Bene-
fício Emergencial de Preservação 
do Emprego e da Renda, previs-
to no art. 5º desta Lei, em decor-
rência da redução da jornada de 
trabalho e do salário ou da sus-
pensão temporária do contrato 
de trabalho de que trata esta Lei, 
nos seguintes termos: 
I – durante o período acordado de 
redução da jornada de trabalho e 
do salário ou de suspensão tem-
porária do contrato de trabalho; 
II – após o restabelecimento da 
jornada de trabalho e do salário 
ou do encerramento da suspen-
são temporária do contrato de 
trabalho, por período equivalen-
te ao acordado para a redução 
ou a suspensão; e
III – no caso da empregada ges-
tante, por período equivalente
Garantia provisória: 
• Alcança as duas medidas (re-
dução e suspensão);
• Tem como prazo: o período do 
acordo + período equivalente;
• Traz de forma prévia a tarifação 
de uma indenização no caso de 
descumprimento, o que para 
alguns retira sua natureza de 
genuína garantia de emprego 
(como é o caso da pessoa com 
deficiência; art. 17, V);
• Gestante: conta-se após o tér-
mino da garantia de emprego 
específica da gestante (art. 10 
do ADCT), de modo que haverá 
adição de garantias de empre-
go em detrimento da clássica 
sobreposição. 
Indenização:
• Redução de até 25%: nenhuma 
indenização;
• Redução de 25% a 50%: indeni-
zação de 50% do que teria di-
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garantia provisória no emprego 
previsto no caput sujeitará o em-
pregador ao pagamento, além 
das parcelas rescisórias previstas 
na legislação em vigor, de inde-
nização no valor de:
I – cinquenta por cento do salário 
a que o empregado teria direito 
no período de garantia provisó-
ria no emprego, na hipótese de 
redução de jornada de trabalho 
e de salário igual ou superior a 
vinte e cinco por cento e inferior 
a cinquenta por cento;
II – setenta e cinco por cento do 
salário a que o empregado teria 
direito no período de garantia 
provisória no emprego, na hi-
pótese de redução de jornada 
de trabalho e de salário igual ou 
superior a cinquenta por cento e 
inferior a setenta por cento; ou
III – cem por cento do salário a 
que o empregado teria direito no 
período de garantia provisória 
no emprego, nas hipóteses de 
redução de jornada de trabalho 
e de salário em percentual su-
perior a setenta por cento ou de 
suspensão temporária do contra-
to de trabalho.
§ 2º O disposto neste artigo não 
se aplica às hipóteses de dispen-
sa a pedido ou por justa causa do 
empregado.
ao acordado para a redução da 
jornada de trabalho e do salário 
ou para a suspensão temporária 
do contrato de trabalho, contado 
a partir do término do período da 
garantia estabelecida na alínea 
b do inciso II do caput do art. 10 
do Ato das Disposições Consti-
tucionais Transitórias.
§ 1º A dispensa sem justa causa 
que ocorrer durante o período 
de garantia provisória no empre-
go previsto no caput deste artigo 
sujeitará o empregador ao paga-
mento, além das parcelas resci-
sórias previstas na legislação em 
vigor, de indenização no valor de: 
I – 50% (cinquenta por cento) do 
salário a que o empregado teria 
direito no período de garantia 
provisória no emprego, na hipóte-
se de redução de jornada de traba-
lho e de salário igual ou superior a 
25% (vinte e cinco por cento) e in-
ferior a 50% (cinquenta por cento); 
II – 75% (setenta e cinco por cen-
to) do salário a que o empregado 
teria direito no período de ga-
rantia provisória no emprego, na 
hipótese de redução de jornada 
de trabalho e de salário igual ou 
superior a 50% (cinquenta por 
cento) e inferior a 70% (setenta 
por cento); ou 
III – 100% (cem por cento) do salá-
rio a que o empregado teria direi-
to no período de garantia provisó-
ria no emprego, nas hipóteses de 
redução de jornada de trabalho e 
de salário em percentual igual ou 
superior a 70% (setenta por cen-
to) ou de suspensão temporária 
do contrato de trabalho. 
§ 2º O disposto neste artigo não 
se aplica às hipóteses de pedido 
de demissão ou dispensa por jus-
ta causa do empregado.
reito no período de garantia de 
emprego;
• Redução de 50% a 70%: inde-
nização de 75% do que teria 
direito no período de garantia 
de emprego; 
• Suspensão do contrato ou Re-
dução igual ou superior a 70% 
do salário: indenização de 100% 
do que teria direito no período 
de garantia de emprego.
Possibilidade de aplicação de 
justa causa ou de “pedido de 
demissão”:
É importante destacar que hou-
ve, no Congresso Nacional, a 
substituição dos termos: “dis-
pensa a pedido” por “pedido de 
demissão”, o que afasta a possi-
bilidade de se interpretar que a 
garantia de emprego poderia 
ser ignorada com a utilização 
do distrato (art. 484-A da CLT), 
situação que já vinha ocorren-
do na prática.
Além disso, alerta-se que o TST 
tem entendido que o “pedido” 
de demissão de empregado com 
garantia de emprego demanda 
homologação no sindicato por 
incidência analógica do art. 500 
da CLT. Por todos: E-RR-130274-
70.2015.5.13.0024, Subseção I 
Especializada em Dissídios Indi-
viduais, Relator Ministro Augus-
to Cesar Leite de Carvalho, DEJT 
07/06/2019.
Base de cálculo da garantia de 
emprego:
A indenização pela inobservân-
cia da garantia de emprego está 
fixada em percentuais que in-
cidirão sobre o “salário a que o 
empregado teria direito no pe-
ríodo de garantia provisória” (art. 
10, § 1º, I).
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É fundamental perceber que o 
texto legal não determina o pa-
gamento sobre o período rema-
nescente da garantia de empre-
go, mas sim sobre todo o período 
da garantia, o que suscita dúvi-
das acerca da intencionalidade 
dessa redação. Abrem-se duas 
possibilidades de interpretações:
i) O percentual incide apenas 
sobre o período de garantia de 
emprego ainda não usufruído, o 
que sempre foi a praxe costumei-
ra na legislação e jurisprudência, 
acrescentando-se que o disposi-
tivo utiliza o verbo no futuro do 
pretérito (salário que “teria” direi-
to), não remetendo ao passado.
ii) O percentual incide sobre 
todo o período da garantia de 
emprego, mesmo que parte dele 
já tenha sido cumprido, ante a 
ausência de exclusão desse pe-
ríodo pela legislação, cumprindo 
ressaltar que o tratamento dessa 
indenização não seguiu os costu-
mes tradicionais, que apontariam 
para o pagamento integral do 
período de garantia não usufruí-
do em detrimento de apenas um 
percentual. A adoção de apenas 
um percentual dos salários seria 
compensada com uma base de 
cálculomaior.
A substituição dos termos: “dis-
pensa a pedido” por “pedido de 
demissão” afasta a possibilidade 
de se interpretar que a garantia 
de emprego poderia ser ignora-
da com a utilização do distrato 
(art. 484-A da CLT), situação que 
já vinha ocorrendo na prática.
Art. 11. As medidas de redução 
de jornada de trabalho e de salá-
rio ou de suspensão temporária 
de contrato de trabalho de que 
trata esta Medida Provisória po-
derão ser celebradas por meio de
Art. 11. As medidas de redução 
proporcional de jornada de tra-
balho e de salário ou de suspen-
são temporária do contrato de 
trabalho de que trata esta Lei po-
derão ser celebradas por meio de
Negociação coletiva:
Dispensada (conclusões obtidas 
a partir da conjugação deste ar-
tigo com o art. 12):
• Até 3 SM (R$ 3.135,00), exceto 
grandes grupos, em relação aos
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negociação coletiva, observado 
o disposto no art. 7º, no art. 8º e 
no § 1º deste artigo.
§ 1º A convenção ou o acordo 
coletivo de trabalho poderão 
estabelecer percentuais de re-
dução de jornada de trabalho e 
de salário diversos dos previstos 
no inciso III do caput do art. 7º.
§ 2º Na hipótese de que trata o 
§ 1º, o Benefício Emergencial de 
Preservação do Emprego e da 
Renda de que trata os art. 5º e 
art. 6º será devido nos seguin-
tes termos:
I – sem percepção do Benefício 
Emergencial para a redução de 
jornada e de salário inferior a 
vinte e cinco por cento;
II – de vinte e cinco por cento so-
bre a base de cálculo prevista no 
art. 6º para a redução de jornada 
e de salário igual ou superior a 
vinte e cinco por cento e inferior 
a cinquenta por cento;
III – de cinquenta por cento so-
bre a base de cálculo prevista no 
art. 6º para a redução de jornada 
e de salário igual ou superior a 
cinquenta por cento e inferior a 
setenta por cento; e
IV – de setenta por cento sobre 
a base de cálculo prevista no art. 
6º para a redução de jornada e 
de salário superior a setenta por 
cento.
§ 3º As convenções ou os acor-
dos coletivos de trabalho cele-
brados anteriormente poderão 
ser renegociados para adequa-
ção de seus termos, no prazo de 
dez dias corridos, contado da 
data de publicação desta Medi-
da Provisória.
§ 4º Os acordos individuais de 
redução de jornada de trabalho
negociação coletiva, observado 
o disposto nos arts. 7º e 8º desta 
Lei e no § 1º deste artigo.
§ 1º A convenção coletiva ou o 
acordo coletivo de trabalho po-
derão estabelecer redução de jor 
nada de trabalho e de salário em 
percentuais diversos dos previs-
tos no inciso III do caput do art. 
7º desta Lei. 
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º 
deste artigo, o Benefício Emer-
gencial de Preservação do Em-
prego e da Renda, de que tratam 
os arts. 5º e 6º desta Lei, será de-
vido nos seguintes termos: 
I – sem percepção do Benefício 
Emergencial de Preservação do 
Emprego e da Renda para a re-
dução de jornada e de salário 
inferior a 25% (vinte e cinco por 
cento); 
II – no valor de 25% (vinte e cinco 
por cento) sobre a base de cál-
culo prevista no art. 6º desta Lei 
para a redução de jornada e de 
salário igual ou superior a 25% 
(vinte e cinco por cento) e infe-
rior a 50% (cinquenta por cento); 
III – no valor de 50% (cinquenta 
por cento) sobre a base de cál-
culo prevista no art. 6º desta Lei 
para a redução de jornada e de 
salário igual ou superior a 50% 
(cinquenta por cento) e inferior 
a 70% (setenta por cento); e 
IV – no valor de 70% (setenta 
por cento) sobre a base de cál-
culo prevista no art. 6º desta Lei 
para a redução de jornada e de 
salário igual ou superior a 70% 
(setenta por cento). 
§ 3º As convenções coletivas ou 
os acordos coletivos de trabalho 
celebrados anteriormente pode-
rão ser renegociados para ade-
quação de seus termos, no prazo
quais está dispensada apenas 
para empregados que recebem 
até 2 SM (R$ 2.090,00);
• “Hipersuficiente” (portadores 
de diploma de nível superior 
e que percebam salário men-
sal igual ou superior a 2 (duas) 
vezes o limite máximo dos be-
nefícios do Regime Geral de 
Previdência Social);
• Redução até 25%;
• Qualquer acordo sem prejuí-
zo salarial.
Autonomia dos ACT/CCT:
• Pode estabelecer percentuais 
diferentes da lei.
Valor do BEm:
• Redução inferior a 25% = zero;
• Redução de 25% a 50% = 25%;
• Redução de 50% a 70% = 50%;
• Redução acima de 70% = 70%.
* ACT/CCT poderão ser renego-
ciadas em até 10 dias.
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e de salário ou de suspensão 
temporária do contrato de tra-
balho, pactuados nos termos 
desta Medida Provisória, deve-
rão ser comunicados pelos em-
pregadores ao respectivo sindi-
cato laboral, no prazo de até dez 
dias corridos, contado da data de 
sua celebração.
de 10 (dez) dias corridos, contado 
da data de publicação desta Lei.
Art. 12. As medidas de que tra-
ta o art. 3º serão implementadas 
por meio de acordo individual 
ou de negociação coletiva aos 
empregados:
I – com salário igual ou inferior 
a R$ 3.135,00 (três mil cento e 
trinta e cinco reais); ou
II – portadores de diploma de ní-
vel superior e que percebam sa-
lário mensal igual ou superior a 
duas vezes o limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social.
Parágrafo único. Para os em-
pregados não enquadrados 
no caput, as medidas previstas 
no art. 3º somente poderão ser 
estabelecidas por convenção ou 
acordo coletivo, ressalvada a re-
dução de jornada de trabalho e 
de salário de vinte e cinco por 
cento, prevista na alínea “a” do 
inciso III do caput do art. 7º, que 
poderá ser pactuada por acordo 
individual.
Art. 12. As medidas de que tra-
ta o art. 3º desta Lei serão imple-
mentadas por meio de acordo 
individual escrito ou de nego-
ciação coletiva aos empregados: 
I – com salário igual ou inferior a 
R$ 2.090,00 (dois mil e noventa 
reais), na hipótese de o empre-
gador ter auferido, no ano-calen-
dário de 2019, receita bruta su-
perior a R$ 4.800.000,00 (quatro 
milhões e oitocentos mil reais); 
II – com salário igual ou inferior 
a R$ 3.135,00 (três mil, cento e 
trinta e cinco reais), na hipótese 
de o empregador ter auferido, 
no ano-calendário de 2019, re-
ceita bruta igual ou inferior a R$ 
4.800.000,00 (quatro milhões e 
oitocentos mil reais); ou 
III – portadores de diploma de 
nível superior e que percebam 
salário mensal igual ou superior 
a 2 (duas) vezes o limite máximo 
dos benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social.
§ 1º Para os empregados não en-
quadrados no caput deste artigo, 
as medidas de que trata o art. 3º 
desta Lei somente poderão ser es-
tabelecidas por convenção coleti-
va ou acordo coletivo de trabalho, 
salvo nas seguintes hipóteses, nas 
quais se admite a pactuação por 
acordo individual escrito: 
I – redução proporcional de jor-
nada de trabalho e de salário de 
25% (vinte e cinco por cento),
Aposentados:
• Podem acordar, mas sem o BEm 
(Portaria 10.486/2020 superada 
nesse tocante);
• devem receber ajuda indeni-
zatória: 
* no mínimo o valor do BEm.
* GG: valor do BEm + ajuda de 
30% do salário.
* Teto SD: R$ 1.813,03 (salários 
maiores que R$ 2.666,29).
Acordo por meios eletrônicos:
O art. 12, § 3º permite interpre-
tação no sentidode que uma 
comunicação eletrônica (e-mail 
ou WhatsApp, por exemplo) se-
ria equivalente à forma escrita 
que é exigida para o acordo de 
suspensão ou redução de jorna-
da e salário.
A partir disso, é possível concluir 
ser válida a anuência escrita do 
empregado por email ou what-
sapp, desde que a empresa com-
prove que o meio eletrônico foi 
eficaz. Vale dizer: que houve ma-
nifestação e espontânea do em-
pregado, lembrando que eventu-
al vício de consentimento precisa 
ser comprovado em juízo.
Contudo, essa interpretação 
pode ser alvo de controvérsias 
porque há incerteza acerca do 
conceito de “comunicação ele-
trônica eficaz”.
Uma comunicação com assinatu-
ra baseada em certificado digital
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prevista na alínea a do inciso III 
do caput do art. 7º desta Lei; 
II – redução proporcional de 
jornada de trabalho e de salá-
rio ou suspensão temporária 
do contrato de trabalho quan-
do do acordo não resultar dimi-
nuição do valor total recebido 
mensalmente pelo empregado, 
incluídos neste valor o Benefí-
cio Emergencial de Preservação 
do Emprego e da Renda, a aju-
da compensatória mensal e, em 
caso de redução da jornada, o 
salário pago pelo empregador 
em razão das horas de trabalho. 
§ 2º Para os empregados que se 
encontrem em gozo do benefício 
de aposentadoria, a implemen-
tação das medidas de redução 
proporcional de jornada de tra-
balho e de salário ou suspensão 
temporária do contrato de traba-
lho por acordo individual escrito 
somente será admitida quando, 
além do enquadramento em al-
guma das hipóteses de autori-
zação do acordo individual de 
trabalho previstas no caput ou 
no § 1º deste artigo, houver o 
pagamento, pelo empregador, 
de ajuda compensatória men-
sal, observado o disposto no 
art. 9º desta Lei e as seguintes 
condições: 
I – o valor da ajuda compensa-
tória mensal a que se refere es-
teparágrafo deverá ser, no míni-
mo, equivalente ao do benefício 
que o empregado receberia se 
não houvesse a vedação previs-
ta na alínea a do inciso II do § 2º 
do art. 6º desta Lei; 
II – na hipótese de empresa que 
se enquadre no § 5º do art. 8º 
desta Lei, o total pago a título de 
ajuda compensatória mensal de-
verá ser, no mínimo, igual à soma 
do valor previsto naquele dispo- 
ou, pelo menos, uma comunica-
ção em que o documento físi-
co assinado fosse digitalizado e 
enviado eletronicamente como 
anexo traria maior segurança.
Vale reforçar que a lei exige o 
acordo escrito e a comunicação 
eletrônica pode ser compreendi-
da como expressa, mas não ne-
cessariamente escrita, havendo 
quem defenda ser uma terceira 
categoria ao lado a escrita e da 
verbal.
Comunicação ao sindicato:
• Acordo individual deve ser co-
municado ao sindicato em até 
até 10 dias (Art. 12 § 4º);
• Formalidade ad solemnitatem 
ou ad-probationem?
Embora seja legitimado o acor-
do individual sem o requisito 
constitucional da negociação 
coletiva ante a delicada situação 
contemporânea, a medida pro-
visória exigiu que, pelo menos, 
haja comunicação ao sindicato 
no prazo de dez dias.
Aqui é um primeiro risco a ser 
diligenciado pela empresa: en-
vidar esforços para realizar essa 
comunicação. Isso pode ser re-
alizada de modo físico através 
de carta por AR e também pe-
los meios telemáticos (comuni-
cações eletrônicas pelos canais 
disponíveis ou pelos contatos 
que eram tratados) ou até mes-
mo ata notarial.
Se ainda assim persistir, enten-
demos que caberia até mesmo 
ação de consignação em paga-
mento, já que este remédio pro-
cessual não se destina apenas à 
entrega de quantia certa, sendo 
legítimo também para depósito 
de coisas (nesse caso, os acordos 
individuais), na esteira do art. 
539 do CPC. 
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22Sumário
LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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sitivo com o valor mínimo pre-
visto no inciso I deste parágrafo. 
§ 3º Os atos necessários à pac-
tuação dos acordos individuais 
escritos de que trata este artigo 
poderão ser realizados por quais-
quer meios físicos ou eletrônicos 
eficazes. 
§ 4º Os acordos individuais de 
redução de jornada de traba-
lho e de salário ou de suspen-
são temporária do contrato de 
trabalho, pactuados nos termos 
desta Lei, deverão ser comuni-
cados pelos empregadores ao 
respectivo sindicato da catego-
ria profissional, no prazo de até 
10 (dez) dias corridos, contado 
da data de sua celebração. 
§ 5º Se, após a pactuação de 
acordo individual na forma des-
te artigo, houver a celebração de 
convenção coletiva ou acordo 
coletivo de trabalho com cláusu-
las conflitantes com as do acordo 
individual, deverão ser observa-
das as seguintes regras: 
I – a aplicação das condições es-
tabelecidas no acordo individual 
em relação ao período anterior 
ao da negociação coletiva; 
II – a partir da vigência da con-
venção coletiva ou do acordo 
coletivo de trabalho, a prevalên-
cia das condições estipuladas na 
negociação coletiva, naquilo em 
que conflitarem com as condi-
ções estipuladas no acordo in-
dividual. 
§ 6º Quando as condições do 
acordo individual forem mais 
favoráveis ao trabalhador, pre-
valecerão sobre a negociação 
coletiva.
É importante todo esse cuidado 
porque a ausência de comunica-
ção ao sindicato pode levar a três 
entendimentos: 
a) Não tem qualquer consequ-
ência. Dificuldade disso é que 
seria uma norma sem sanção e 
com esvaziamento da previsão 
constitucional de participação 
sindical; 
b) Cláusula resolutiva superve-
niente, retirando a validade do 
negócio jurídico;
c) Incidência analógica da regra 
acerca da ausência de comuni-
cação ao governo, apenas pro-
duzindo efeitos quando da co-
municação.
Conflito de normas:
• Art. 12, § 5º: 
Se, após o acordo individual, 
houver CCT ou ACT com cláusu-
las conflitantes deve-se observar: 
I – prevalência do acordo indi-
vidual em relação ao período 
anterior;
II – após a celebração de CCT/
ACT, prevalecem as condições 
destes “naquilo em que conflita-
rem com as condições estipula-
das no acordo individual”.
• Art. 12, § 6º: 
Quando as condições do acordo 
individual forem mais favoráveis, 
prevalecerão sobre a negociação 
coletiva.
A redação dos parágrafos quinto 
e sexto ficou bastante confusa.
É possível interpretar que as dis-
posições de acordo coletivo sem-
pre cederão às disposições do 
acordo individual já que foi men-
cionada a sua inaplicabilidade 
quando suas disposições confli-
tarem com o acordo individual.
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Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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Por outro lado, é possível inter-
pretar, pela leitura conjugada 
dos §§ 5º e 6º, que as disposições 
das normas coletivas prevalece-
rão quando forem mais favorá-
veis, não se aplicando apenas 
quando os acordos individuais 
forem mais favoráveis. 
Nesse contexto, surge a conheci-
da polêmica de qual teoria seria 
hábil a definir a normamais favo-
rável, prevalecendo na doutrina 
e jurisprudência majoritárias que 
a análise seria pela matéria ou o 
instituto visto em seu conjunto 
(vg: hora noturna + adicional + 
redução ficta).
Art. 13. A redução proporcional 
de jornada de trabalho e de sa-
lário ou a suspensão temporária 
do contrato de trabalho, quando 
adotadas, deverão resguardar o 
exercício e o funcionamento dos 
serviços públicos e das ativida-
des essenciais de que tratam 
a Lei nº 7.783, de 28 de junho de 
1989, e a Lei nº 13.979, de 2020.
Art. 13. A redução proporcional 
de jornada de trabalho e de sa-
lário ou a suspensão temporária 
do contrato de trabalho, quando 
adotadas, deverão resguardar o 
exercício e o funcionamento dos 
serviços públicos e das ativida-
des essenciais de que tratam a 
Lei nº 7.783, de 28 de junho de 
1989, e a Lei nº 13.979, de 6 de 
fevereiro de 2020.
Em primeiro lugar, deve-se sa-
lientar que os serviços essen-
ciais para os fins desta lei não 
são apenas aqueles listados na 
Lei de Greve (Lei 7.783/89).
Isso porque a Lei de Enfrentamen-
to do Coronavírus (13.979/2020) 
previu em seu art. 3º, § 9º, que o 
Presidente da República disporá, 
em Decreto, as atividades essen-
ciais que deverão ter o exercício 
resguardado.
Embora o art. 13 desta Lei men-
cione apenas a Lei 13.979/2020, 
é preciso rememorar que o STF 
reconheceu, na ADI 6341, que os 
Estados e Municípios possuem 
competência concorrente para 
questões de saúde pública e, 
assim, podem definir os servi-
ços essenciais de forma diversa 
ao disposto pelo governo fede-
ral, o que conduz à necessidade 
de também observar as normas 
locais para os fins deste artigo.
Importante destacar, também, 
que essa norma não veda acor-
dos (suspensão ou redução) para 
atividades tidas como essenciais, 
como hospitais e mercados, mas 
apenas determina que, quando
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Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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estes sejam adotados em ativi-
dades essenciais, seja assegura-
do o funcionamento essencial.
A título exemplificativo, hospi-
tais possuem demandas eleti-
vas (programadas) e demandas 
de emergência. É possível adotar 
medidas em relação às primei-
ras, mas desde que se assegure 
o pleno funcionamento em re-
lação às segundas.
Art. 14. As irregularidades cons-
tatadas pela Auditoria Fiscal do 
Trabalho quanto aos acordos de 
redução de jornada de trabalho e 
de salário ou de suspensão tem-
porária do contrato de trabalho 
previstos nesta Medida Provisó-
ria sujeitam os infratores à mul-
ta prevista no art. 25 da Lei nº 
7.998, de 1990. 
Parágrafo único. O processo 
de fiscalização, de notificação, 
de autuação e de imposição de 
multas decorrente desta Medida 
Provisória observarão o disposto 
no Título VII da Consolidação das 
Leis do Trabalho, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, 
não aplicado o critério da dupla 
visita e o disposto no art. 31 da 
Medida Provisória nº 927, de 22 
de março de 2020.
Art. 14. As irregularidades cons-
tatadas pela Auditoria-Fiscal do 
Trabalho quanto aos acordos de 
redução proporcional de jorna-
da de trabalho e de salário ou de 
suspensão temporária do contra-
to de trabalho de que trata esta 
Lei sujeitam os infratores à mul-
ta prevista no art. 25 da Lei nº 
7.998, de 11 de janeiro de 1990.
Parágrafo único. O processo 
de fiscalização, de notificação, 
de autuação e de imposição de 
multas decorrente desta Lei ob-
servará o disposto no Título VII 
da CLT, aprovada pelo Decreto-
-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 
1943, não se aplicando o critério 
da dupla visita.
Reforça a posição do STF na ADI 
6342, ao afirmar que os Audito-
res Fiscais podem aplicar mul-
tas em relação a irregularidades, 
sem necessidade da dupla-visita 
pedagógica de que trata o art. 
627 da CLT.
Art. 15. O disposto nesta Medida 
Provisória se aplica aos contratos 
de trabalho de aprendizagem e 
de jornada parcial.
Art. 15. O disposto nesta Lei se 
aplica aos contratos de trabalho 
de aprendizagem e aos de jorna-
da parcial.
Aplicam-se aos aprendizes e tra-
balho a tempo parcial.
Art. 16. O tempo máximo de re-
dução proporcional de jornada 
e de salário e de suspensão tem-
porária do contrato de trabalho, 
ainda que sucessivos, não pode-
rá ser superior a noventa dias, 
respeitado o prazo máximo de 
que trata o art. 8º.
Art. 16. O tempo máximo de re-
dução proporcional de jornada 
e de salário e de suspensão tem-
porária do contrato de trabalho, 
ainda que sucessivos, não poderá 
ser superior a 90 (noventa) dias, 
respeitado o prazo máximo de 
que trata o art. 8º desta Lei, salvo 
se, por ato do Poder Executivo, 
for estabelecida prorrogação do
Permanece com prazo máximo 
de 90 dias, autorizando o Execu-
tivo a prorrogar.
A autorização está limitada ao 
período de calamidade públi-
ca e inicialmente foi fixada em 
30 dias.
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LEI 14.020/2020 COMPARADA E COMENTADA
Grifo em roxo: Trecho da redação original da MP 936 que foi alterado ou suprimido.
Grifo em amarelo: Trecho da redação final aprovada pelo Congresso que alterou a redação original. 
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tempo máximo dessas medidas 
ou dos prazos determinados para 
cada uma delas. 
Parágrafo único. Respeitado o 
limite temporal do estado de ca-
lamidade pública de que trata o 
art. 1º desta Lei, o Poder Execu-
tivo poderá prorrogar o prazo 
máximo das medidas previstas 
no caput deste artigo, na forma 
do regulamento.
Art. 17. Durante o estado de 
calamidade pública de que tra-
ta o art. 1º:
I – o curso ou o programa de 
qualificação profissional de que 
trata o art. 476-A da Consolida-
ção das Leis do Trabalho, aprova-
da pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 
1943, poderá ser oferecido pelo 
empregador exclusivamente na 
modalidade não presencial, e 
terá duração não inferior a um 
mês e nem superior a três meses;
II – poderão ser utilizados meios 
eletrônicos para atendimento 
dos requisitos formais previstos 
no Título VI da Consolidação das 
Leis do Trabalho, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, 
inclusive para convocação, deli-
beração, decisão, formalização 
e publicidade de convenção ou 
de acordo coletivo de trabalho; e
III – os prazos previstos no Título 
VI da Consolidação das Leis do 
Trabalho aprovada pelo Decre-
to-Lei nº 5.452, de 1943, ficam 
reduzidos pela metade.
Art. 17. Durante o estado de ca-
lamidade pública de que trata o 
art. 1º desta Lei: 
I – o curso ou o programa de 
qualificação profissional de que 
trata o art. 476-A da CLT, apro-
vada pelo Decreto-Lei nº 5.452, 
de 1º de maio de 1943, poderá 
ser oferecido pelo empregador 
exclusivamente na modalidade 
não presencial, e terá duração 
não inferior a 1 (um) mês e não 
superior a 3 (três) meses; 
II – poderão ser utilizados meios 
eletrônicos para atendimento 
aos requisitos formais previstos 
no Título VI da CLT, aprovada 
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º 
de maio de 1943, inclusive para 
convocação, deliberação, deci-
são, formalização e publicidade 
de convenção coletiva ou acor-
do coletivo de trabalho; 
III – os prazos previstos no Títu-
lo VI da CLT, aprovada pelo De-
creto-Lei nº 5.452, de 1º de maio 
de 1943, ficarão reduzidos pela 
metade; 
IV – as cláusulas das convenções 
coletivas ou dos acordos coleti-
vos de trabalho vencidos ou vin-
cendos, salvo as que dispuserem 
sobre reajuste salarial e sua re-
percussão nas demais cláusulas 
de natureza econômica, perma-
necerão integrando os contratos
Programa qualificação:
• Cursos

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