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ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DE CONDIÇÕES SISTÊMICAS

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Sheila Prates - 93 
 Diagnóstico II 
 
 
 
Algumas condições sistêmicas (endócrina, metabólica, uso de medicamentos...) tem potencial de alterar a qualidade 
óssea, podendo afetar todos os ossos do corpo humano, inclusive os ossos da face. As alterações não ocorrem de forma 
isolada. 
 
Concentração sérica Remodelação óssea (ciclos) – Processo contínuo 
 Calcio/fosfato Formação/ Reabsorção 
Função células ósseas Processo contínuo 
Osteoblastos/osteoclastos 5-10% substituído anualmente 
Osteoblasto- formação da matriz óssea- processo de mineralização 
Deposição de cálcio circulante e aumento da densidade óssea. 
Osteoclasto- Reabsorção óssea- mobilidade do cálcio para o sangue e diminui a densidade óssea. 
Quando o equilíbrio osteoblastos x osteoclastos são afetados, as manifestações na imagem radiográfica são 
generalizadas (atingem toda ou grande parte da extensão do osso) e são inespecíficas, não apresentando um 
diagnóstico específico. Essas manifestações se traduzem em uma alteração visual no aspecto do osso, ficando menos 
mineralizado, trabéculas ósseas mais finas, mais espessas. no exame radiográfico, apresenta-se mais osteopênico 
(imagem mais radiolúcida de forma geral), pode acontecer no osso medular e cortical, se não ocorrer no cortical, ele se 
destaca. 
Dente maduro – uma vez já formado, não é afetado por essas condições sistêmicas. Apresenta em maior destaque na 
radiografia devido a perda de densidade óssea e altera o suporte ósseo, no tecido periodontal de suporte (lâmina dura, 
cortical alveolar mais apagadas). 
 
Manifestações na imagem radiográfica 
Origem Endócrina Origem Metabólica Outras condições 
Hiperparatireoidismo Osteoporose Uso de inibidores de reabsorção óssea 
Hipoparatireoidismo raquitismo Anemia falciforme 
Hipo/hipertireoidismo Osteodistrofia renal 
Hipo/hiperptuitarismo Hipofosfatasia 
Diabetes mellitus Osteopetrose 
Síndrome de Cushing 
Caso clínico: 
Fosfatase alcalina: 150U/L (35-100) = aumento remodelação óssea. Desequilíbrio (osteoblastos/clastos). Apresenta 
padrão granular ou semelhante a vidro despolido. 
Calcio sérico: 13,5mg/dl (8,5-10) 
PTH sérico: 1253 pg/ml (10-69) = Hiperparatireoidismo, aumento de cálcio no sangue que ocorre devido a reabsorção 
óssea elevada 
 
 
HIPERPARATIREOIDISMO 
Primário 
 
Mais comum, relacionado a alterações na glândula paratireoide, tumores 
Adenoma na paratireoide (80-85%) Hiperplasia da paratireoide (10-15%) 
Afeta com mais frequência mulheres, 30-60 anos. Achados laboratoriais mais comuns: aumento do cálcio sérico, PTH e 
fosfatase alcalina. 
20% dos casos tem sinais em radiografias. Quando apresentam= osteopenia generalizada, padrão granular, alteração 
corticais, ausência da lâmina dura. 
• TUMOR MARROM 10% - em biopsia, apresenta essa coloração devido a grande quantidade de hemorragia no 
interior da lesão. Casos raros: expansão óssea e grandes deformidades faciais 
▪ Histologicamente: GRANULOMA DE CÉLULAS GIGANTES. Ocorre em mandíbulas e demais ossos 
▪ Radiograficamente: áreas radiolúcidas que podem ser uni ou multiloculares 
▪ Tratamento: não é função do dentista, refere a remoção do ADENOMA (paratireóide). Após a remoção, o 
paciente tende a ter uma NORMALIZAÇÃO do aspecto ósseo com o tempo. 
Tumor marrom – pode regredir espontaneamente com o tempo, mas no local pode haver cicatrização 
esclerótica, osso mais denso e radiopaco que o normal. 
Menos casos graves atualmente – diagnóstico precoce. 
Secundário 
PTH é produzido em resposta a níveis baixos de cálcio - Produção compensatória por hipocalcemia 
Insuficiência renal- rim processa vitamina D que é fundamental para absorção do cálcio no intestino. Então se a vitamina 
D não é produzida, menos cálcio será absorvido pelo intestino, diminui o nível sérico de cálcio e vai ocorrer uma 
produção compensatória do PTH 
Imagem granular do osso trabecular, ausência da lâmina dura e na crista óssea alveolar (periapical) 
Menos definição da cortical inferior da mandíbula, não se visualiza as corticais do canal mandibular poca nitidez do 
contorno do seio maxilar e da fossa nasal. 
 
 
OSTEOPOROSE 
 Redução generalizada da massa óssea- todos os ossos do esqueleto perdem um pouco a densidade, mantendo o 
aspecto histológico normal. Ocorre uma alteração no TRABECULADO: microarquitetura, tamanho e espessura. Aumento 
dos espaços medulares. 
Problema de saúde pública em todo o mundo = atende mulheres após menopausa, homens 
 Fragilidade óssea leva a fraturas 
Declínio gradual da massa óssea 
Homens: 3% por décadas // Mulheres: 8% por décadas 
 
FATORES DE RISCO - ACCESS 
❖ Álcool 
❖ Corticosteroides 
❖ Deficiência nutricional 
❖ Desequilíbrio hormonal 
❖ Tabagismo 
❖ Sedentarismo 
Panorâmica – aspecto geral do osso menos radiopaco que o normal e alteração na cortical óssea, base de mandíbula 
Aspecto osteopênico generalizado Evidenciamento da linha oblíqua (reforço ósseo) - contraste 
Corticais: menor densidade e adelgaçamento. Estádio avançado: <3mm porosidade 
Diagnóstico – densitometria óssea (regiões da coluna e fêmur tem densidade mensuradas. Valores de transição, 
paciente caracterizado por apresentar osteopenia, tem a diminuição da massa óssea, mas ainda não é considerado com 
osteoporose 
Tratamento – desacelerar a perda mineral, através de uma DIETA adequada, EXERCÍCIOS COM PESOS, ESTRÓGENO, 
CALCIO E VITAMINA D. BISFOSFONATOS ORAIS – são medicações que inibem a atuação dos osteoclastos. 
Uso contínuo de DROGAS ANTIRREABSORTIVAS 
Osteoporose Metástase óssea/ Mieloma múltiplo 
Bisfofonatos orais Bisfofonatos intravenosos 
Alendronato, ibandronato, risedronato, 
Pamidronato, ác. zoledrônico Anticorpos monoclonais - desonumab 
 Todas essas drogas atuam inibindo a diferenciação e função dos osteoclastos. Menos 
reabsorção e mais formação óssea. Acaba tendo desequilíbrio no ciclo de neoformação óssea. 
BISFOFONATOS – inibem diferenciação e função dos osteoclastos 
Em radiografias: esclerose corticais ósseas (lâmina dura). Com o uso do medicamento há espessamento da lâmina dura. 
Aumento do ELP periapical. Áreas de esclerose óssea. Deposição óssea periosteal 
• OSTEONECROSE MEDICAMENTOSA DOS MAXILIRARES 
Essas drogas alteram a função do osteoclasto e ossos menos vascularizados. Se houver um gatilho, principalmente 
extração do dente, é possível correr na região necrose óssea, muitas vezes de impossível resolução 
Área de permanência do alvéolo dentário é onde ocorreu uma extração dentária e o osso alveolar fica exposto, não há 
cicatrização adequada. 
Área de necrose óssea: radiopaca entremeada por áreas radiolúcidas. Mesclas de osso esclerótico (RP) com áreas 
necróticas (RL)