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AGRONOMIA 9º Período Disciplina: Gestão de Custos Professor: Lucas Couto Moreira Contato: lucas.moreira@ifsuldeminas.edu.br APRESENTAÇÕES • Disciplina: Gestão de Custos • Carga horária: 48h • Ementa: • Ementa: Custos de Produção: estimativa e análises; Metodologia tradicional de custeio; análise da rentabilidade e composição dos custos da atividade agrícola, conhecimento dos custos e impostos incidentes para determinação do preço de venda. • Bibliografia Básica: BRUNI, A. L. FAMA, R. Gestão de custos e formação de preços. 6.ed. Atlas, 2009. IUDÍCIBUS, S. Contabilidade gerencial. Ed. Atlas, 2008. PEREZ JR., J. H.; OLIVEIRA, L. M. de. Contabilidade de custos para não contadores. São Paulo: Atlas, 2009. • Bibliografia Complementar: BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. São Paulo: Atlas, 2009. LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009. RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos fácil. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. SANTOS, G. J.; MARION, J. C.; SEGATTI, S. Administração de custos na agropecuária. 4 ed. Atlas, 2009 SANTOS, J. J. Contabilidade e análise de custos: modelo contábil, método de depreciação, ABC – Custeio Baseado em atividades. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009 Distribuição de Notas •Avaliações (2) – Primeira: 2,5 Segunda: 3,0. •Atividades em sala: 2,0 •Trabalho Final: 2,5. REGRAS BÁSICAS: • As provas serão previamente marcadas, bem como as datas de suas respectivas substitutivas, que serão aplicadas em horários demarcados pelo professor, sem reposição. • O acesso ao SUAP é de responsabilidade do (a) aluno (a). Portanto não deixe para a última hora! O acompanhamento das atividades acadêmicas pelo aluno (a) é primordial para o seu bom rendimento na disciplina. • Evitar uso de celulares bem como conversas paralelas em sala de aula. • Faltas injustificadas, saídas durante as aulas não serão toleradas! • As atividades avaliadas em sala, não serão aceitas em outro período, exceto em casos especiais. • Alunos especiais, devem procurar pelo professor para as regras específicas desta modalidade. TRABALHO FINAL • Grupos de 5 a 7 pessoas. • Escolher uma empresa. • Descrever o ramo de atividade (de preferência na área de atuação de vocês). • Escolher um departamento, ou um produto, o qual o grupo deverá realizar o levantamento dos custos relativos a ele, de acordo com os estudos da disciplina bem como pesquisas, ou auxilio do professor. • Tente chegar o mais perto da realidade. • Valor do Trabalho: 25% da Nota. • Entregar parte escrita e preparar apresentação (Possibilidade de um seminário). • Data prevista de entrega: 26/06/2020. • Teremos uma apresentação prévia do andamento do trabalho no dia: 17/04/2020. INTRODUÇÃO • Devido a globalização da economia , algumas mudanças como a eliminação das chamadas fronteiras econômicas e financeiras, exige que o empresário, seja ele de qualquer ramo, inclusive do agronegócio uma atuação mais dinâmica, abrangente e competitiva. • A globalização abre as portas para atuação em novos mercados, inclusive em mercados internacionais. Com isso as organizações atuais sentiram rapidamente a necessidade de modificar seus conceitos operacionais e produtivos. INTRODUÇÃO • Tais mudanças estão inteiramente ligadas a redução de gastos, com o fito de possibilitar sua sobrevivência e crescimento em um novo mercado, que é caracterizado pela maior exigência dos consumidores. • A grande preocupação da maioria dos empresários dos tempos modernos, é a necessidade de um excelente gerenciamento de seus custos de produção e serviços. INTRODUÇÃO • Os custos rurais por exemplo, possuem características próprias, obedecendo a natureza da atividade econômica específica em exploração. As dificuldades operacionais e estruturais limitam a capacidade de gerar dados sobre esses tipos de custos. • A falta de precisão sobre seus custos compromete a qualidade das decisões tomadas. • Não tem como falar em Administração de Custos, sem se falar em Contabilidade. Neste momento então, apresenta-se as diferentes formas de contabilidade que as empresas podem utilizar: • Contabilidade Financeira; • Contabilidade de Custos; • Contabilidade Gerencial. • Contabilidade Geral ou Financeira: • Sujeita a imposições legais; • Atende o fisco; • Foco no patrimônio e suas variações; • Altamente normatizada e padronizada; • Passa por auditorias. • Contabilidade de Custos: • Surgiu com o aparecimento das empresas industriais; • Necessidade de maior controle e atribuição de custos aos produtos; • Atende a ambas: Financeira e Gerencial. • Contabilidade Gerencial: “Planejamento e controle no processo de tomada de decisões.” • Como fixar o preço de venda de um produto? • Continuar comprando matérias-primas de terceiros ou é mais interessante fabricá-las na própria empresa? • Comprar um equipamento novo ou reformar o antigo? • Quais os produtos da empresa que dão lucro ou prejuízo? • Porque conhecer custos? A onda da modernidade tem empurrado as empresas para um salto qualitativo que exige muita criatividade, competência e flexibilidade. Controlar e reduzir custos, formar corretamente os preços de venda dos bens e serviços e arquitetar a estrutura operacional, formam a receita básica para o sucesso e a sobrevivência de uma organização. (Dubois, Kulpa e Souza, 2006) • Custos.. afinal, o que é isto? • Para quem compra o conceito é claro, e para quem produz? • A gestão de custos pode ser caracterizada como um enfoque especial, conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis empregados na contabilidade financeira e de custos, com objetivos diferentes, maior detalhamento ou como forma de apresentação e classificação diferenciada a fim de auxiliar os gestores da entidade em seus processo decisório. • Podemos definir a gestão de custos como um processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para registrar os custos de operação de um negócio. • Desta forma, com informações coletadas das operações e das vendas, a administração pode empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos de produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou todos os produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional, eficiente e lucrativa. • Ela veio em encontro a necessidade de maiores e mais precisas informações que permitissem uma tomada de decisões mais corretas possíveis, uma vez que com a competição cada vez mais acirrada e os lucros cada vez mais escassos, as empresas se viram obrigadas a se profissionalizarem cada vez mais, afim de obter melhores resultados, permanecerem no mercado e remunerarem o máximo possível seus investidores e ou acionistas. • A administração de custos tem de ser vista como parte fundamental na gestão do negócio, por isso tem de ser executada com muito cuidado, desde sua implantação, até sua finalização. • Uma vez mal executada, pode levar a falência. • Por isso é de fundamental importância o conhecimento do negócio. Não adianta saber os princípios norteadores de gestão de custos (contabilidade de custos) sem saber transporta-los pata a realidade da empresa. • É preciso que se conheça desde o chão da fábrica até a presidência do grupo. • As funções básicas devem atender três razões primárias: • Determinação do lucro: empregando dados ordinários dos registros convencionais contábeis, ou processando-se de maneira diferente, tornando mais úteis a administração. • Controle das Operações: e demais recursos produtivos, como os estoques com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado. • Tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar), formações de preços, escolha entre fabricação própria e terceirizada. QUESTÃO PARA DEBATE Um diagnóstico na turma • Como a gestão de custospode ser aplicada: 1) No agronegócio – sentido mais amplo – grande organização. 2) Em uma propriedade rural de grande porte. 3) Em uma pequena propriedade de economia familiar. • Responda embasando com algumas ferramentas que poderiam ser utilizadas em cada uma destas situações, na visão do grupo! CONCEITOS BÁSICOS: DESEMBOLSO Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer concomitantemente com o gasto (pagamento à vista) ou depois deste (pagamento a prazo). GASTO Valor dos insumos adquiridos pela empresa. • Gasto com mão de obra (salários e encargos sociais); • Gasto com aquisição de mercadorias para revenda; • Gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização; • Gasto com aluguel; • Gasto com energia elétrica . • Os gastos podem ser classificados em: Investimentos, Custos e Despesas. INVESTIMENTO • Gasto com bem ou serviço em função da sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. • Exemplos: • Aquisição de imóveis; • Aquisição de móveis e utensílios; • Aquisição de matéria-prima. •Investimento: São todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços e que são ESTOCADOS nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização. •Assim, pode-se ter: 1. INVESTIMENTO CIRCULANTE (matéria-prima); 2. INVESTIMENTO PERMANENTE (máquina, galpões e ações adquiridas de outras companhias). CUSTO Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. São todos os gastos relativos a atividade de produção ou fabricação. • Exemplos: • Salário do pessoal da produção; • Energia elétrica da fábrica; • Matéria-prima utilizada no processo produtivo; • Gastos com manutenção nas máquinas da fábrica. DESPESA • Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com o objetivo de gerar receitas. • Exemplos: • Salário do pessoal do escritório; • Energia elétrica consumida no escritório; • Aluguéis e seguros do prédio administrativo; • Gastos com combustíveis e refeições do pessoal de vendas. RECEITA • Corresponde a venda da mercadoria ou prestação de serviços. GANHO • É um ganho que não está relacionado com a atividade principal da empresa. Ex.: juros de dinheiro aplicado na poupança, venda de um lote em nome da empresa por um valor maior do que o comprado. PERDA • Gasto não intencional de insumos consumidos de forma anormal. São consideradas despesas se não estiverem relacionadas com a produção, e custos se decorrerem da atividade produtiva. • Exemplos: • Danificação de matérias-primas; • Danificação de embalagens; • Perda de caixas de papel de escritório. DESPERDÍCIO Gastos desnecessários. É um esforço que não agrega valor ao produto. • Exemplos: • Gastos com ociosidade das máquinas por falta de manutenção; • Estoques guardados; • Produção de mercadorias defeituosas. • Matéria Prima na Produção: MATÉRIA PRIMA COMPRA GASTO ESTOQUE INVEST. PRODUÇÃO CUSTO PAGTO DESEMB VENDA RECEITA • 1. Atividade prática: • De acordo com sua área de atuação profissional, ou caso não estiver atuando no mercado de trabalho pode escolher alguma área ligada ao curso. Descreva quais elementos desta área poderiam compor os seguintes conceitos estudados: • Descrever a área: (ou processo produtivo de determinado produto/serviço) • Investimentos: • Custo: • Despesa: • Perda: 2. Atividade Prática: Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P): ( ) Compra de matéria-prima ( ) Consumo de energia elétrica ( ) Utilizaçaõ de maõ-de-obra ( ) Consumo de combustı́vel ( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário) ( ) Aquisiçaõ de máquinas ( ) Depreciaçaõ das máquinas ( ) Remuneraçaõ do pessoal da contabilidade geral (salário) ( ) Depreciaçaõ do prédio da empresa ( ) Utilizaçaõ de matéria-prima (transformaçaõ) ( ) Aquisiçaõ de embalagens ( ) Deterioraçaõ do estoque de matéria-prima por enchente ( ) Remuneraçaõ do tempo do pessoal em greve ( ) Geraçaõ de sucata no processo produtivo ( ) Estrago acidental e imprevisı́vel de lote de material ( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos ( ) Imposto de circulaçaõ de mercadorias e serviços (ICMS) •Finalizando o conteúdo da aula anterior.. DIFERENÇA DESPESA X CUSTO DESPESA RESULTADO CUSTO PRODUTO • Classificação dos Custos: TOTAL CT = Custo de fabricação de todos os produtos. (CT=CVT+CFT) UNITÁRIO CU = Custo total qtde produzida Ef ic iê nc ia in te rn a CUSTO FIXO Aluguel da fábrica, Imposto predial, Salários-mensalistas, Água(consumo pessoal e limpeza), Energia elétrica (iluminação do local onde ocorre pro Cesso produtivo), depreciaç0ão de máquinas, telefone. CUSTO VARIÁVEL Matéria-prima, horas extras na produção, depreciação (quando for feita em função das horas trabalhadas), Combustíveis das máquinas Vo lu m e de pr od uç ão • Custo Fixo: são aqueles que permanecem inalterados em termos físicos e de valor, independente do volume de produção e dentro de um intervalo de tempo relevante. Geralmente são oriundos da posse de ativos e de capacidade ou estado de prontidão para produzir. • Exemplos: depreciação de instalações, benfeitorias e máquinas agrícolas, seguro de bens, salários de técnicos rurais (produção rural) e chefias., mão-de-obra direta mensalistas. • Custo variável: “são aqueles que variam em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio, no caso rural. • Exemplo: mão-de-obra direta (caso recebam por hora/trabalhada), materiais diretos (fertilizantes, sementes, rações ), horas máquinas. Como se comportam os custos quando há variação do volume de produção? • Vamos ver isso de forma prática? QUANTIDADE CUSTO FIXO CUSTO VARIÁVEL CUSTO TOTAL 0 50 0 50 1 50 10 60 2 50 20 70 3 50 30 80 4 50 40 90 5 50 50 100 6 50 60 110 •Exemplos 1 e 2.. • Exemplo 1: • Suponhamos: • Custo Fixo: R$ 5.000,00 • Custo Variável de cada unidade: R$ 100,00 • Diga-se que foram produzidas e vendidas no mês 100 unidades do único produto da empresa. • Qual será o custo unitário do Produto? • Fórmula: Custo unitário = CF + (Quant. Vend./Prod. x CV Quant. Vend./Prod. • Exemplo 2: • O que acontecerá com o custo se a empresa dobrar a sua produção: • Produção/vendas era de 100 unidades => passa para 200 unidades. Custo unitário = CF + (Quant. Vend./Prod. x CV Quant. Vend./Prod. • A partir dos exemplos, conclui-se: Mantidas as variáveis FIXAS e aumentando a produção, o custo total unitário diminui conforme a produção aumenta. Isso acontece porque, ao ratearmos o CUSTO FIXO aos produtos, com uma produção maior, ele terá uma representatividade menor em cada unidade produzida. COMPORTAMENTO DO CUSTO Varia inversamenteTotal por unidade Varia proporcionalmenteTotal global Não variaVariável unitário Varia proporcionalmenteVariável total Varia inversamenteFixo unitário Não variaFixo total COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO À VARIAÇÃO DO VOLUME DA PRODUÇÃOESPÉCIE DE CUSTO ALERTA VERMELHO!! Custos Fixos Altos: Custos Variáveis Altos: PERIGO SITUAÇÃO BOA Custos Variáveis Altos: TAMBÉM PODEM SER COMPRAS MAL FEITAS QUAL DECISÃO VOCÊ TOMARIA? A empresa ADMNISTRADORA está pensando em terceirizar um componente de sua fabricação. Os dados para análise são os seguintes: Custo de Matéria Prima: R$ 10,00/un Custo de Mão de obra: R$ 5,00/un Custos Fixos: R$ 10,00/un Custo final do componente: R$ 25,00/un Preço para terceirização: R$ 20,00/un • Classificação dos Custos: CUSTO DIRETO Matéria-prima, mão de obra, materiais De embalagem, materiais de acabamento CUSTO INDIRETO Aluguel da fábrica, mão de obra indireta, materiais indi- retos, Depreciaçãode máqui_ nas e transporte • Manter uma empresa em funcionamento no Brasil não é tarefa fácil. O empresário precisa arcar, diariamente, com inúmeros custos para que o negócio siga funcionando. Existem os custos diretos que, geralmente, são explícitos. Mas também há os custos indiretos, que podem causar problemas se não forem considerados no balanço final. • Diferenciar esses custos faz parte dos princípios da contabilidade e é fundamental para a saúde financeira da sua empresa. • Tudo o que se gasta para produzir deve ser incluído no preço final do produto. Caso contrário, você corre o risco de trabalhar com valores irreais, dificultando o avanço da sua organização no mercado. • Em um momento de crise financeira, no qual todos os empresários vêm buscando formas de maximizar seus lucros, você não pode se dar ao luxo de perder dinheiro por puro desconhecimento a respeito das suas finanças. • Vamos, portanto, entender melhor os conceitos de custos diretos e indiretos: • Custos diretos • Os custos diretos são aqueles que estão diretamente ligados à produção da sua empresa, seja na fabricação de produtos, seja na prestação de serviço. Em geral, são custos explícitos, fáceis de mensurar e que estão incluídos no preço do produto ou serviço. • Esses valores são referentes a materiais como embalagens, matéria prima, componentes, mão de obra direta e tudo aquilo que é aplicado para que o produto final chegue às mãos do cliente. • Justamente por isso, os custos diretos não costumam apresentar problemas na contabilidade final, já que o empresário precisa conhecer todos os valores envolvidos na sua produção. Caso contrário, ele poderá enfrentar sérios problemas. APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS • Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema de requisições, de modo a saber sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do Almoxarifado. Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso, a empresa mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os operários que trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana, mês) e por quanto tempo (minutos, horas). • Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem de serviço, anotando os custos alocados diretamente (mão de obra, materiais aplicados e serviços subcontratados) • Custos indiretos: • Os custos indiretos costumam ser os grandes vilões da contabilidade empresarial. Isso acontece devido ao fato de estarem relacionados indiretamente à produção ou prestação do serviço. Como não cultivam relação direta, muitas vezes são esquecidos e desconsiderados na hora de definir o preço final, o que afeta muito o resultado financeiro da empresa. • Exemplos práticos de custos diretos e indiretos: Custos Diretos: Horas de mão-de-obra, quilos de sementes ou rações; gastos com funcionamento e manutenção de tratores”. Custos Indiretos: Salários dos técnicos e das chefias, materiais e produtos de alimentação, higiene e limpeza ( pessoal e instalações ). • Veja abaixo, mais três exemplos distintos de custos indiretos: • Mão de obra indireta: está relacionada ao trabalho em departamentos auxiliares, que não colocam “a mão na massa” para fabricar o produto ou prestar o serviço. Áreas como Recursos Humanos, Controle de Qualidade, Contabilidade, entre outras; • Materiais indiretos: são aqueles empregados nas atividades auxiliares de produção. Se você tem uma indústria, por exemplo, pode considerar como materiais indiretos as graxas e lubrificantes das máquinas; • Outros custos indiretos: dizem respeito à existência do negócio. Nessa conta entram valores gastos com manutenção do imóvel, seguros, movimentação interna de carga ou matéria-prima etc. Também podem ser consideradas perdas financeiras, como a depreciação de equipamentos. • Qual o vínculo do custo com o produto? INDIRETODIRETO Gastos em que não é possível identificar de forma segura, suas quantidades e valores em relação ao produto fabricado. Gastos aplicados diretamente na fabricação. Facilmente identificados em cada produto. CONCEITOS: Custos totais Montante gasto na fabricação de todos os produtos Custos unitários Montante gasto para fabricar cada unidade Custos fixos Os valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. Custos variáveis Os valores se alteram de acordo com o volume de produção da empresa Custos diretos São aqueles que estão diretamente ligados com o produto. Custos indiretos Não estão diretamente relacionados aos produtos. • Atividade prática: (Primeiro as passadas no quadro são 3) • Na aula anterior, você desenvolveu a seguinte atividade: • De acordo com sua área de atuação profissional, ou caso não estiver atuando no mercado de trabalho pode escolher alguma área ligada ao curso. Descreva quais elementos desta área poderiam compor os seguintes conceitos estudados: • Descrever a área: (ou processo produtivo de determinado produto/serviço) • Investimentos: • Custo: • Despesa: • Perda: • Atividade Prática: • Agora, você deverá pegar os elementos que você descreveu na atividade anterior, e classifica-los como: • Custos Diretos: • Custos Indiretos: • Lembre-se que a classificação é realizada de acordo com área que você escolheu. ATIVIDADES • 2) O desembolso à vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços, independentemente de sua destinação dentro da empresa, denomina-se: a) Gasto. b) Investimento. c) Despesa. d) Custo. e). Todas estão correta •3) Os gastos decorrentes da aquisição dos bens de uso classificam-se como: a) Gastos. b) Investimentos. c) Despesas. d) Custos. e). Todas estão corretas ATIVIDADES •4) Quando um determinado gasto beneficia a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo, esse gasto é corretamente classificado como: a) Custo Direto. b) Custo Indireto. c) Custo Fixo. d) Custo Variável. e) As alternativas “a” e “d” estão incorretas. ATIVIDADES 5) Classifique os custos a seguir em: A) Diretos (D) ou indiretos (I); B) Fixos (F) ou Variáveis (V). ELEMENTO DE CUSTO A) B) Material de embalagem. Energia elétrica (iluminação da fábrica). Matéria-prima. Materiais secundários de pequeno valor. Materiais secundários de fácil identificação em relação a cada produto. Salários e encargos da supervisão da fábrica. Aluguel da fábrica. Salários e encargos do pessoal da fábrica. Salários e encargos da chefia da fábrica. Depreciação das máquinas. Consumo de água pelo pessoal da fábrica. Refeições e viagens dos supervisores da fábrica. Material de limpeza usado na fábrica. Salários e encargos da segurança da fábrica. Segurança da fábrica ENTENDENDO O CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV O CPV compreende a soma dos gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação, aplicados ou consumidos na fabricação dos produtos que foram produzidos e vendidos pela empresa. Os produtos acabados recebem como custo, toda a carga dos custos diretos e indiretos ocorridos no processo de fabricação. LEGENDA DE SIGLAS USADAS.. • MP – MATÉRIA PRIMA • EMP – ESTOQUE DE MATÉRIAS PRIMAS • EI – ESTOQUE INICIAL • EF – ESTOQUE FINAL • EIPP – ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS EM PROCESSO • EIPA – ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ACABADOS • EFPA – ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS • CPV – CUSTO DE PRODUTOS VENDIDOS • MOD – MÃO DE OBRA DIRETA • CIF – CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • CPF - CUSTO DE PRODUTOS FABRICADOS. CÁLCULO DO CPV - CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS CPV = EIPA + CPA – EFPA CPV = Custo dos produtos vendidos EIPA = Estoque inicial dos produtos acabados CPA = Custo da produção acabada no período EFPA = Estoque final de produtos acabados LB = Lucro Bruto LB = VENDAS – Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Estoque Inicial Produtos Acabados (+) Custo dos Produtos Fabricados (-) Estoque Final Produtos Acabados = Custo dos Produtos Vendidos Estoque Inicial Produtosem Processo (+) Custos do Período (MAT+MOD+CIF) (-) Estoque Final Produtos em Processo = Custo dos Produtos fabricados Estoque Inicial de Matéria-Prima (+) Compras de MP do Período (-) Estoque Final de Matéria-Prima = Custo de Matéria-Prima CPV Custo dos Produtos Acabados Exemplos.. A Indústria Custos Empresariais Ltda, apresentou as seguintes informações em 2017: Vendas do ano : 5.500 un. a R$ 300 por unidade Estoques no começo do ano : Estoque Inicial - Matéria-prima : R$ 50.000,00 - Produtos em processo: R$ 120.000,00 - Produtos acabados: R$ 60.000,00 Estoques no fim do ano: Estoque Final - Matéria-prima: R$ 60.000,00 - Produtos em processo: R$ 60.000,00 - Produtos acabados: R$ 70.000,00 Compras de MP no ano: R$ 310.000,00 Custos de MOD: R$ 120.000,00 CIF (Custo Ind. Fabricação) R$ 90.000,00 Despesas adm. gerais: R$ 190.000,00 • Resolver: Estoque Inicial de Matéria-Prima (+) Compras de MP do Período (-) Estoque Final de Matéria-Prima = Custo de Matéria-Prima Estoque Inicial Produtos em Processo (+) Custos do Período (MAT+MOD+CIF) (-) Estoque Final Produtos em Processo = Custo dos Produtos fabricados Estoque Inicial Produtos Acabados (+) Custo dos Produtos Fabricados (-) Estoque Final Produtos Acabados = Custo dos Produtos Vendidos •LB = VENDAS – Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Receita Bruta de Vendas ( -) Deduções - = Receita Líquida de Vendas (-) Custo dos Produtos Vendidos ( ) CPV/CMV/CSP = Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais ( ) (Administrativas/Vendas/Financeiras) = Lucro Operacional Líquido APURAÇÃO DO RESULTADO Demonstração do Resultado do Exercício - Simplificada Outro exemplo de Cálculo do CPV: Dados extraídos dos relatórios contábeis: Estoque inicial de PA: 50.000 Custo da produção: 80.000 Estoque final de PA: 30.000 CPV = EIPA + CPA – EFPA CPV = 50.000+80.000-30.000 CPV = 100.000 ATIVIDADE EXTRA PARA FIXAÇÃO Conta R$ Materiais requisitados diretos 18.900,00 Depreciação do parque industrial 15.200,00 Aluguel da fábrica 8.200,00 Aluguel dos escritórios administrativos 7.200,00 Materiais requisitados indiretos 2.950,00 Depreciação de computadores da diretoria 1.720,00 Mão de obra Direta 9.400,00 Seguro da área industrial 2.600,00 Salários do pessoal do faturamento 3.523,00 Quantidade produzida/ vendida Preço de Venda 900 unidades R$ 94,00 Estoque Inicial R$ Matérias primas 2.835,00 Produtos em processo 8.500,00 Produtos Acabados 8.032,00 Estoque Final R$ Matérias Primas 3.780,00 Produtos em processo 11.261,00 Produtos Acabados 10.708,00 Alguns dados contábeis e financeiros da empresa Mochilas Estampadas Ltda, estão exibidos nos quadros abaixo. Com base nos números apresentados a) Calcule o Custo de Produção do produto Mochila; b). Calcule a receita de bruta de vendas; c). Calcule o lucro bruto; d). Calcule o resultado líquido da empresa. ESQUEMA BÁSICO PARA SE ENTENDER CUSTOS EMP EPP EPA Compras MP custos MP MOD CIF CPF CP V EIMP (+) Compras MP (-) EFMP . (=) Custo MP EIPP (+) Custos ( MAT+ MOD+ CIF) (-) EFPP .(=) CPF EIPA (+) CPF (-) EFPA . (=) CPV DRE + EI - EF + EI - EF + EI - EF CUSTOS INDIRETOS DIRETOS PRODUTO B PRODUTO A ESTOQUE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RECEITA CPV LUCRO BRUTO DESPESAS LUCRO OPERACIONAL RATEI O ESQUEMA BÁSICO CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO IMPORTANCIA DE SE CONHECER CUSTOS ❖Manter um produto ❖Deixar de produzir determinado produto ❖Aumentar ou reduzir volume de produção ❖Tomar decisões ❖Formar preço de venda CUSTOS DIRETOS São aqueles identificáveis com cada produto de maneira clara, direta e objetiva. São diretamente apropriados aos produtos. CUSTOS INDIRETOS São aqueles alocados a cada produto através de estimativas e aproximações; a associação pode conter subjetividades e o grau de precisão da mensuração é baixo. Beneficia vários produtos ao mesmo tempo. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIF Composição dos CIF ✔ Materiais Indiretos: - São utilizados pelo produto; - Não integram o produto; Exemplos: Lixas, óleo das máquinas, materiais de limpeza do produto, etc. ✔ Mão-de-obra Indireta: - Não trabalha diretamente no produto ou trabalha diversos produtos Exemplos: Salários e encargos dos supervisores, ajudantes da fábrica, seguranças, etc. ✔ Outros Custos Indiretos: - Demais custos que não podem ser identificados. Exemplos: Material de limpeza da fábrica, aluguel, telefone, depreciação, seguros, etc. RATEIO DOS CUSTOS •É o processo de transferência dos custos indiretos a um produto. •Distribuir a parte dos custos indiretos que cabe a cada produto. PORQUE RATEAR CUSTOS? • É necessário que se utilize o rateio para se chegar a uma real distribuição dos custos indiretos dos objetos de custo, ou pelo menos, a uma forma “menos injusta”. • Sem um critério adequado de rateio o objeto de custo pode vir a ficar sub ou super avaliado. • A pessoa que decide sobre a forma de apropriação de custos deve conhecer detalhadamente o sistema de produção. BASES PARA RATEIO As bases de rateio mais comuns, são: oÁrea ocupada: Relacionada com o espaço físico; Aluguel, depreciação, seguros, IPTU, etc. oHoras-máquina: Número de horas em que as máquinas foram utilizadas na produção e o tempo de produção de cada unidade. oNúmero de funcionários (Horas-homem): Horas totais de trabalho no mês relacionadas com o tempo necessário para produção de cada item. oVolume de produção: Volume total produzido, relacionado com a quantidade de cada produto. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIF Dificuldade para estabelecer as Bases de Rateio: ❖ Forma como serão divididos os custos; ❖ Todos os CIF serão apropriados de alguma forma; ❖ Partes iguais, quantidade de produtos, tempo de produção; ❖ Deve-se reduzir a subjetividade e arbitrariedade no rateio. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIF EXEMPLO PRÁTICO: • Suponhamos que uma empresa fabrique os produtos: X,Y e Z. • A conta de energia elétrica da fábrica foi R$ 1.500,00. ▪ Alguns critérios possíveis: a) Partes iguais; b) Quantidade produzida; c) Tempo de produção. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIF Partes Iguais • Conta de energia: 1.500,00 • Quantidade de produtos: 3 R$ 1.500 = R$ 500,00 3 • R$ 500,00 para cada produto. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIF Quantidade produzida Energia elétrica: R$ 1.500 Produção Prod. X : 10 un. Prod. Y: 100 un. Prod. Z: 200 un. Total: 310 un. 1.500 = R$ 4,8387/un 310 Prod. X = 10 un. x 4,838 = 48,39 Prod. Y = 100 un. x 4,838 = 483,87 Prod. Z = 200 un. x 4,838 = 967,74 Critério menos arbitrário pois leva em consideração que o produto que foi produzido em maior quantidade, deve absorver mais CIF. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – CIF TEMPO DE PRODUÇÃO: Produção Tempo Prod. X : 10 un. 5 min/un. Prod. Y: 100 un. 4 min/un. Prod. Z: 200 un. 10 min/un. Total: 310 un. Energia elétrica a ratear: R$ 1.500,00 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – CIF • PRODUTO TEMPO TOTAL Atribui-se então: • Produto X – 50 Minutos • Produto Y – 400 Minutos • Produto Z - 2.000 Minutos • Total de Unidades: 310 • Total tempo gasto: 2.450 minutos. • Energia Elétrica: R$ 1.500,00 • Então: R$ 0,61por minutos trabalhado. PRODUTO X - R$ 30,61 PRODUTO Y – R$ 244,00 PRODUTO Z – R$ 1.220,00 Critério menos subjetivo, pois relaciona a energia gasta, com o tempo de utilização das máquinas que processam os produtos. CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – CIF • Comparação dos métodos: PRODUTOS PARTES IGUAIS QUANTIDADE PRODUZIDA TEMPO DE PRODUÇÃO PRODUTO X 500,00 48,39 30,61 PRODUTO Y 500,00 483,87 249,39 PRODUTO Z 500,00 967,74 1.220,00 Para sabermos o valor exato do custo de energia de cada produto, seria necessário um medidor em cada máquina e desta forma, a energia passaria a ser considerada custo direto. METODOLOGIAS DE CUSTEIO CUSTEIO POR ABSORÇÃO O que é custeio? •Custeio ou custeamento são métodos de apuração de custos, maneiras segundo as quais procederemos a acumulação e apuração dos custos. MÉTODOS DE CUSTEIO CUSTEIO POR ABSORÇÃO: •O custeio por absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados quer fixos ou variáveis, diretos ou indiretos – e somente os custos. Todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos e serviços feitos. CUSTEIO POR ABSORÇÃO Passo a passo: 1º: Separar custos de despesas; 2º: Classificar os custos em diretos e indiretos; 3º: Apropriar os custos diretos aos produtos; 4º: Apropriar, por rateio, os CIF´s. DESPESAS são consideradas na apuração do Lucro Operacional EXEMPLO 1: • UM EMPRESA PRODUZIU 80.000 UNIDADES EM UM DETERMINADO MÊS. OS CUSTOS TOTAIS DO PERÍODO ATINGIRAM R$ 1.400.000,00. • QUAL É O CUSTO DE CADA PRODUTO DE ACORDO COM O CUSTEIO POR ABSORÇÃO? • R$ 17,50 = (R$ 1.400.000 / 80.OOO U) EXEMPLO 2 • Capacidade.......: 100.000 unidades (produto único) • Produção...........: 80.000 unidades. • Custos fixos.......: R$ 1.000.000. • Custos variáveis: R$ 400.000 (R$ 5,00 por unidade) • Despesas fixas: R$ 30.000 • Despesas variáveis: R$ 83.000 • ($ 1.400.000 / 80.000 ) • Custo unitário: é R$ 17,50 “Todos os custos são apropriados aos produtos.” EXEMPLO 3 Sejam abaixo os dados relativos a um período de produção de uma Cia Industrial, que fabrica dois tipos de produtos A e B. Considerando que a produção foi iniciada e totalmente acabada no período, e que foram fabricadas 5.000 unidades do produto A e 4.000 unidades do produto B, calcule o custo unitário de fabricação de cada produto e o lucro bruto unitário, sabendo que o preço de venda foi R$ 3,50 e R$ 4,20 respectivamente. Produto A Produto B VALOR Matéria Prima 10.000,00 8.500,00 18.500,00 Mão de obra direta (220 h) 2.750,00 (180 h) 2.250,00 5.000,00 Custos indiretos 3.900,00 Material indireto (rateio: mat. prima) 900,00 Supervisão setor produtivo (rateio: horas trab) 1.000,00 Energia elétrica (rateio: quantidade) 800,00 Depreciação (rateio: quantidade) 1.200,00 TOTAL 12.750,00 10.750,00 27.400,00 Calculando o Custo... ELEMENTOS DE CUSTOS Produto A Produto B MATERIAL DIRETO ■ Matéria-prima .......................... 10.000,00 10.000,00 8.500,00 8.500,00 MÃO-DE-OBRA DIRETA ■ Mão-de-obra ............................ 2.750,00 2.750,00 2.250,00 2.250,00 ELEMENTOS DE CUSTOS Produto A Produto B CUSTOS IND. DE FABRICAÇÃO ■ Material Indireto.............................. Será rateado pelo uso do material direto Matéria-prima % Mat. Ind. Prod A 10.000 54,05 486,45 Prod B 8.500 45,95 413,55 Total 18.500 100,00 900,00 ■ Salário da Supervisão (MOI) ...... Será rateada pela MOD MOD % MOI Prod A 220 hs 55,00 550,00 Prod B 180 hs 45,00 450,00 Total 400 hs 100,00 1.000,00 2.147,45 486,45 550,00 1.752,55 413,55 450,00 ELEMENTOS DE CUSTOS Produto A Produto B ■ Energia Elétrica................................. Será rateado pela quantidade produzida Produção % Energia El. Prod A 5.000 un 55,55 444,40 Prod B 4.000 un 44,45 355,60 Total 9.000 un 100,00 800,00 ■ Depreciação ....................................... Será rateado pela quantidade produzida Produção % Depreciação Prod A 5.000 un 55,55 666,60 Prod B 4.000 un 44,45 533,40 Total 9.000 un 100,00 1.200,00 444,40 666,60 355,60 533,40 CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO 14.897,45 12.502,55 CUSTO UNITÁRIO 2,9795 3,1256 Calculando o Lucro Bruto... Produto A Produto B Vr. venda R$ 3,50 R$ 4,20 Custo unitário total R$ 2,9795 R$ 3,1256 Lucro Bruto unitário R$ 0,5205 R$ 1,0744 Lucro % 14,87% 25,58% Produto A Produto B TOTAL Receita total R$ 17.500,00 R$ 16.800,00 R$ 34.300,00 CPV R$ 14.897,50 R$ 12.502,40 R$ 27.399,90 Lucro Bruto R$ 2.602,50 R$ 4.297,60 R$ 6.900,10 Lucro % 14,87% 25,58% 20,12% Demonstração do Resultado - Simplificada • E se esta empresa apresenta-se também suas despesas? • Como ficaria a situação líquida desta empresa? CUSTEIO VARIÁVEL CUSTEIO VARIÁVEL Conhecido também como Custeio Direto, consiste em considerar como custo de produção do período apenas os Custos Variáveis incorridos. Os Custos Fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. DIFICULDADES COM O RATEIO DE CUSTOS FIXOS ✔ Os custos fixos existem independente da produção desta ou daquela unidade. Tendem mais a ser um encargo para que a empresa possa ter condições de produzir, do que um sacrifício para produção de uma ou outra unidade. ✔ O rateio dos custos fixos são, na maioria das vezes, arbitrários. Se o critério de rateio mudar, o custo muda. ✔ O valor do custo fixo por unidade, depende do volume de produção. Se um produto precisar ser retirado do mercado, ou reduzida sua produção, pior ainda ficará a situação. CUSTEIO VARIÁVEL •Fundamenta-se na separação dos gastos em variáveis e fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO Uma empresa apresentou os seguintes dados em determinado período: • Produção: 1.000 unidades totalmente acabadas com os seguintes custos: • Custos variáveis: R$ 20.000,00 • Custos fixos: R$ 12.000,00 • Despesas Variáveis: R$ 4.000,00 • Despesas Fixas: R$ 6.000,00 • Vendas líquidas: 800 unidades a R$ 60,00 cada(R$ 48.000,00) • Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração. • Não há estoques iniciais de produtos acabados. • Caso a empresa utilizasse o Custeio por Absorção, a demonstração de resultado seria da forma descrita a seguir: • Custo de Produção do Período–Produtos fabricados • Custos fixos R$ 12.000,00 • (+) Custos variáveis R$ 20.000,00 • (=) CPF R$ 32.000,00 • Custos de Produtos Vendidos (CPV) • Custo unitário de produto fabricado: • R$ 32.000,00/1.000=R$ 32,00 • CPV= 800 (unid) x R$ 32,00 = 25.600,00 Estoque Final de Produtos Acabados 200 unidades x R$ 32,00 = R$ 6.400,00 • Demonstração do Resultado • Vendas líquidas R$ 48.000,00 • (-) CPV R$ ( 25.600,00) • (=) Lucro Bruto R$ 22.400,00 • (-) Despesas Fixas e Variáveis R$ ( 10.000,00) • (=) Lucro Líquido R$ 12.400,00 • Caso a empresa utilizasse o Custeio Variável, a demonstração de resultado seria da forma descrita a seguir: •Custo de Produção do Período ( CPP) • Como somente os custos variáveis são computados como custos de produção, o CPP seria igual o valor dos custos variáveis. • Custos variáveis = R$ 20.000,00 • CPP = R$ 20.000,00 (Considerando que não houve estoque inicial e final) • CPA = R$ 20.000,00 • Custos de Produtos Vendidos (CPV) • Custo unitário de Produção: R$ 20.000,00/1.000 = R$ 20,00 • CPV= 800 unidades vendidas x R$ 20,00 = 16.000,00 Estoque Final de Produtos Acabados 200 unidades x R$ 20,00 = R$ 4.000,00 Demonstração do Resultado Receita de Vendas R$ 48.000,00 (-) CPV R$ ( 16.000,00) (-) Despesas variáveis R$ ( 4.000,00) (=) Lucro Bruto R$ 28.000,00 (-) Custos fixos R$ ( 12.000,00) (-) Despesas Fixas R$ ( 6.000,00) (=) Lucro Líquido R$ 10.000,00 Resumo das diferenças entre os dois tipos de métodos de custeio ITEM CUSTEIO POR ABSORÇÃO (A) CUSTEIO VARIÁVEL (B) DIFERENÇA (A) –(B) CPP = CPA 32.000,00 20.000,00 + 12.000,00 CPV 25.600,00 16.000,00 + 9.600,00 Estoque final dos PA 6.400,00 4.000,00 + 2.400,00 Lucro Líquido 12.400,00 10.000,00 + 2.400,00 O Custo de Produção no Período (CPP), no Custeio por absorção, é maior em R$ 12.000,00. Esta diferença corresponde exatamente ao valor dos Custos fixos que, no Custeio Variável, não são considerados custos e sim despesas do exercício. • O Custo dos Produtos Vendidos (CPV), no Custeio por Absorção, é maior em R$ 9.600,00. • Esta diferença corresponde ao valor dos Custos fixos descarregados nas unidades. Cada unidade produzida recebeu R$ 12,00 de custos fixos (R$ 12.000,00/1.000). • Como foram vendidas 800 unidades, o total de Custos Fixos correspondente será 800 x R$ 12,00 = R$ 9.600,00. • No Custeio Variável, os Custos Fixos não são considerados custos de produção e, portanto, não integram o CPV. •O Estoque Final dos Produtos Acabados, é maior em R$ 2.400,00 no Custeio por Absorção. •Este valor corresponde aos Custos Fixos descarregados nas unidades acabadas e não vendidas, ou seja, 200 unidades x R$12,00 = R$ 2.400,00. IMPOSTOS NA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS IMPACTO DOS IMPOSTOS (TRIBUTOS) NO RESULTADO NAS ORGANIZAÇÕES 123 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita Bruta de Vendas (-) Deduções de Vendas IPI ICMS PIS/Cofins ISS Devoluções/Abatimentos (=)Receita Líquida (-) Custos dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Vendidas (=)Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais Despesas com Vendas Comissão de Vendedores Salários do Pessoal de Vendas Despesas Administrativas Aluguel do Escritório Honorários da Diretoria Material de escritório Salários do pessoal administrativo Encargos sociais (-/+) Despesas/Receitas Financeiras (-) Despesas Juros Descontos concedidos (+) Receita Financeiras Juros recebidos ( = ) Resultado do Exercício ( - ) Provisão para CSL e IR (=)Lucro/Prejuízo Liquido do Exercício ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS •TRIBUTO – ESTADUAL. •A maioria das operações envolvendo produtos agrícolas, saídos do Produtor Rural o imposto ICMS é diferido. •ICMS Diferido. O diferimento é uma espécie de substituição tributária, em que existe uma postergação ou adiamento do pagamento do imposto e, ao mesmo tempo, a transferência da responsabilidade para o pagamento do imposto a um terceiro. CAFÉ • DIFERIMENTO: • O pagamento do imposto incidente nas operações com café cru, em coco ou em grão, fica diferido nas seguintes hipóteses: • I – saída da mercadoria de produção própria, em operação interna, promovida pelo produtor rural inscrito, com destino a: • a – cooperativa de produtores; • b – estabelecimento comercial atacadista de café; • c – estabelecimento exportador de café; • d – outro estabelecimento do mesmo produtor, desde que inscrito; • e – estabelecimento de outro produtor rural inscrito; • f – indústria de café solúvel; • g – indústria de torrefação e moagem de café; • DIFERIMENTO – CAFÉ – OUTRAS HIPÓTESES: • II – saída da mercadoria, em operação interna, de estabelecimento de cooperativa de produtores, com destino a: • a – outra cooperativa de produtores; • b – outro estabelecimento da mesma cooperativa central ou federação de cooperativas de que a cooperativa remetente faça parte; • c – estabelecimento de produtor rural, em retorno de mercadoria por ele anteriormente remetida; • d – estabelecimento exportador de café; • e – estabelecimento comercial atacadista de café; • f – indústria de café solúvel; • g – indústria de torrefação e moagem de café; LEITE •Promover saídas de leite cru, concentrado, em pó ou pasteurizado, inclusive o desnatado, e de creme de leite, não acondicionados em embalagem própria para consumo, para industrialização no Estado, será emitida nota fiscal com diferimento do ICMS e o crédito relativo à aquisição do leite será transferido ao estabelecimento destinatário. BOVINOS, BUFALINA E SUÍNA • Das Operações Relativas a Gado e Carnes • Bovina, Bufalina e Suína • Art. 211 - O pagamento do imposto incidente sobre as sucessivas saídas de gado bovino, bufalino e suíno fica diferido para o momento em que ocorrer a saída para: • I - consumidor final; • II - fora do Estado; • ( 13 ) III - estabelecimento abatedor (frigorífico, matadouro, marchante e açougue), observado o disposto no § 3º; • Efeitos de 01/08 a 22/08/96 - Redação original deste Regulamento: • "III - estabelecimento abatedor (frigorífico, matadouro, marchante e açougue);" • IV - comerciante ou produtor rural que não esteja regularmente cadastrado. • § 1º - Encerra também o diferimento a: • ( 636 ) 1) saída de gado bovino e bufalino macho de corte, com peso igual ou superior ao limite mínimo estabelecido pela Superintendência da Receita Estadual (SRE), observado o disposto no § 3º; http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms/notas_1.htm#nota_13 http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms/notas_3.htm#nota_636 Lembrando... GTA – Guia de Trânsito Animal. • A habilitação para emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) pode ser concedida somente para o Responsável Técnico (RT - Médico Veterinário) de granjas de aves, suídeos, animais aquáticos e de empresas promotoras de eventos pecuários desde que esses profissionais não possuam vínculos com a administração pública. • A habilitação para emitir as GTAs é firmada com a publicação de portaria expedida pela Superintendência Federal da Agricultura que deve ser procurada em 30 dias, a partir da entrega do pedido no escritório do IMA onde solicitou a habilitação • Os profissionais de outros Estados devem solicitar uma segunda inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais para participar dos treinamentos • AGLUMAS HIPÓTESES DE ISENÇÃO – ICMS – MG: Contribuição Previdenciária Sobre Comercialização da Produção Rural • O recolhimento da contribuição previdenciária sobre a comercialização da produção rural do produtor rural pessoa física está prevista no artigo 25 da Lei n° 8.212/1991. • Já de acordo com o artigo 166 da IN/RFB n° 971/2009, será devido o recolhimento da contribuição sempre que houver comercialização de produção rural por produtor rural pessoa física ou jurídica e agroindústrias. • Também constituem fatos geradores de tal contribuição, conforme artigo 167 da mesma IN: • I - a destinação, para fins diversos daqueles que asseguram a isenção, de produto originariamente adquirido com isenção, tais como o descarte, a industrialização, a revenda, dentre outros; • II - a comercialização de produto rural vegetal ou animal originariamente isento de contribuição com adquirente que não tenha como objetivo econômico atividade condicionante da isenção; • III - a dação em pagamento, a permuta, o ressarcimento, a indenização ou a compensação feita com produtos rurais pelo produtor rural com adquirente, consignatário, cooperativa ou consumidor; • IV - qualquer crédito ou pagamento efetuado pela cooperativa aos cooperados, representando complementação de preço do produto rural, incluindo-se, dentre outros, as sobras, os retornos, as bonificações e os incentivos própriosou governamentais; • V - o arremate de produção rural em leilões e praças, exceto se os produtos não integrarem a base de cálculo das contribuições. • Assim, ocorrendo um dos fatos geradores, será devido o recolhimento da contribuição previdenciária. • Redução da Alíquota em 01.01.2018 • Com a publicação da MP n° 793/2017, a alíquota de 2% que compõe a contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição patronal de 20% sobre as remunerações pagas a empregados, contribuintes individuais e do segurado especial, destinada à Seguridade Social, será reduzida para 1,2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção. • Importante ressaltar que uma MP é um instrumento com força de lei, mas seu prazo de vigência é de 60 dias, prorrogáveis uma vez por igual período. • Assim, em 01.01.2018 cabe observar a aplicabilidade da alteração em questão.
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