Buscar

Trabalho de Eutanásia (finalizado 1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
“EUTANÁSIA”
SÃO PAULO
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
“EUTANÁSIA”
JAQUELINE APARECIDA RICARDO CESÁRIO- R.A.F1037J0 
ERINEIA VIEIRA DOS SANTOS- R.A.F154815
 SIRLENE PEREIRA- R.A DO439I3 
KARYNA SOUZA DA COSTA- R.A. F2772C8
 FERNANDA MELO DE PAULA -R.A. F289GDO
Trabalho apresentado no 1º
Semestre do Curso Superior de
Tecnologia em Estética e
Cosmética da UNIP
Orientador (a): Prof. Célio Ávila
SÃO PAULO
2020
Eutanásia
 Eutanásia é o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa. Geralmente a eutanásia é realizada por um profissional de saúde mediante pedido expresso da pessoa doente. A eutanásia é diferente do suicídio assistido, que é o ato de disponibilizar ao paciente meios para que ele próprio cometa suicídio. Entre os motivos mais comuns para que levam os doentes terminais a pedir uma eutanásia estão a dor intensa e insuportável e a diminuição permanente da qualidade de vida por condições físicas como paralisia, incontinência, falta de ar, dificuldade em engolir, náuseas e vômitos. Entre os fatores psicológicos estão à depressão e o medo de perder o controle do corpo, a dignidade e independência.
Eutanásia Ativa
 - A eutanásia ativa é a maneira mais radical, trata-se da aplicação de drogas letais ou do desligamento dos aparelhos que mantém o paciente vivo. Considerado homicídio pela legislação brasileira, pode resultar ainda na cassação do diploma do médico que auxiliar a prática.
 Eutanásia Passiva
 - Já a eutanásia passiva é a interrupção do tratamento com o objetivo de minorar o sofrimento do doente. Deixa-se de prolongar a vida, considerando que todas as possibilidades terapêuticas se esgotaram.
DNR 
- DNR do inglês Do Not Ressucitate significa não ressuscitar. Artifício comum nos Estados Unidos, é um documento que impede os médicos de reanimar ou para prolongar a vida do paciente. 
Suicídio Assistido
 - E o Suicídio assistido que é o método mais utilizado. Trata-se de oferecer meios, como drogas, e orientação para que o paciente se mate. Nos Estados Unidos, o patologista Jack Kevorkian, conhecido por “Doutor Morte”, cumpre pena de prisão perpétua no estado de Michigan por ter proporcionado a morte a 130 pessoas com uma engenhoca que desenvolveu e batizou de "maquina do suicídio". Ela aplicava drogas letais, sendo acionada pelo próprio doente.
Principialismo Bioético
Inicialmente o Principialismo bioético foi desenvolvido para resolver questões como o abuso de autoridade do profissional da saúde em relação aos pacientes. Como o abuso de experimentos médicos nos campos de concentração da segunda guerra mundial, e principalmente pelo caso Tuskegee, onde pacientes negros não eram tratados, mas somente observados para ver como a sífilis se desenvolvia naturalmente. Este Principialismo surgiu através do Belmont Report, United States Department of Health, Education, and Welfare58, com três princípios para justificar as normas necessárias para os procedimentos anteriormente descritos, que são: o respeito pelas pessoas, ou seja, suas preferências e escolhas consideradas, a beneficência, e a justiça. Os bioeticistas Beauchamp (utilitarista), e Childres (deontológico), publicaram o livro “Priciples of biomedical ethics”, em 1979, onde discutiram os três princípios e acrescentaram o um quarto princípio, o da não maleficência. O Principialismo, então, trata-se de uma teoria mista, pois os princípios da não maleficência e da justiça são deontológicos, enquanto, os princípios da beneficência e autonomia são de âmbito teleológico. Tais princípios morais fundamentais para a bioética têm valor prima facie, ou seja, cada um vale dependendo da situação em questão, pois todos tem igual valor sem ordem de preferência, mas podem ser sobrepostos quando houver um resultado de uma maior produção de bem. Precisamos saber distinguir os princípios das regras, pois os princípios são prescritivos, universais ou gerais, enquanto as regras servem como base para sua aplicação e são menos abrangentes, pois elas especificam quais atos são particulares e em que circunstâncias devem ser praticados. Estes princípios então serviriam para justificar regras de caráter bioético, através de um suporte mútuo.
Princípio do respeito à autonomia 
Antes de começarmos a falar sobre este princípio, é necessário que saibamos a definição de autonomia na visão de Beauchamp e Childres, a qual pode ser definida por respeitar a liberdade e a capacidade do agente de tomar decisões, ou como direito do agente de deliberar e escolher livremente como agir. Temse três condições para uma ação poder ser considerada autônoma, trata-se da intencionalidade de agir, do conhecimento das circunstâncias do ato, e da não interferência. O que importa para determinar um indivíduo como autônomo, então, é sua autodeterminação para agir. Este princípio é relevante nas relações entre profissionais da saúde e pacientes, na qual a relação é dada pelo respeito do profissional à autonomia do paciente ou de seu representante, quando aquele encontra-se incapacitado. Fundamentalmente é necessária a autorização do paciente antes de ser exposto a qualquer tipo de tratamento. O que compõe esse consentimento informado abrange: informar ao paciente suas pré-condições, uma vez que ele deve compreender seu estado e decidir voluntariamente sobre sua opção; Elementos informativos, onde se dá a condição do paciente e sugere-se um diagnóstico; E elementos consensuais, que são aqueles onde a decisão e autorização do paciente são expressas claramente. Dadas essas condições, procura-se evitar o paternalismo, que é definido na medida em que o profissional, ao impor sua visão de autoridade, manipula e impossibilita a liberdade do paciente de expressar seus desejos, interesses, vontades, etc. O dever desses profissionais é de agir prima facie, a partir do princípio da beneficência. Então, depois de esclarecida a situação do paciente, este, ao aceitar a orientação do médico, já está exercendo sua autonomia. Este princípio é válido também para o profissional da saúde, pois ele também é autônomo para deliberar a forma mais correta para agir, devendo ser respeitado em sua autonomia.
Princípio da não maleficência:
 Tal princípio foi implantado na ética biomédica e diferenciado do princípio da beneficência, por Beauchamp e Childress. É regido pela máxima “Não causes dano aos outros”, ou seja, não causar danos intencionais ou desnecessariamente, quando, por exemplo, o profissional não pode fazer o bem do paciente, pelo menos deve evitar o mal. Esse princípio é um dever negativo, e se baseia em obrigações perfeitas, onde alguns atos são deveres para alguém porque outra pessoa possui um direito, como por exemplo: não se deve matar alguém porque todos têm direito à vida. O dano só é permitido quando for para trazer um bem maior, ou produzir um mal menor, como em cirurgias plásticas, biopsias, amputações, etc. Este princípio tem algumas regras para auxiliar os profissionais da saúde os quais se definem por: não matar, não causar dor ou sofrimento, não incapacitar, não ofender e não privar os outros dos bens necessários à vida. Essas regras devem ser executadas quando não houver possibilidade de fazer positiva e diretamente o bem. Se o paciente está em estado terminal e anteriormente manifestou sua vontade, é direito dele que seu desejo seja feito, porém, caso o paciente não tenha manifestado seu desejo e entrar em um estado no qual é incapaz de decisões o profissional precisará utilizar o princípio da não maleficência para com seu paciente. Devido a essas circunstâncias, os quatro princípios devem sempre agir mutua e harmonicamente para se completarem.
Princípio da beneficência
 Este rege os deveres positivos de fazer o bem aos outros, que por sua vez são imperfeitos, pois não correspondem aos direitos de outras pessoas,é teleológico e se origina do utilitarismo. Diferentemente do princípio da utilidade, este não exige um equilibro entre os benefícios e prejuízos, mas somente quer alcançar os benefícios, principalmente no que tange o profissional da saúde em relação à garantia de melhoras do paciente. As regras deste princípio se resumem em cinco: a de proteger e defender os direitos dos outros, de prevenir dano, de remover condições que irão causar dano aos outros, de ajudar pessoas deficientes e de resgatar pessoas em perigo. Este princípio, como já foi comentado, tem validez prima facie, e se divide em dois tipos: o da beneficência geral, que se dirige a todos os indivíduos de maneira indistinta e imparcialmente, seu desobedecimento pode levar a censura moral do agente; e a beneficência específica, que está no âmbito das relações entre pessoas mais próximas, e também é esta que predomina na ética biomédica onde o profissional tem o dever de agir em prol da beneficência do paciente, sua saúde, qualidade de vida e bem-estar. Aqui é justificado um paternalismo fraco na medida em que se consegue proteger uma pessoa de uma ação não autônoma por uma incapacidade sua de deliberar, por motivo de algum transtorno. Na ética biomédica pode-se dizer que a beneficência específica é um dever quase perfeito, pois nele está contido o princípio da não maleficência, o qual existe para nortear quando não se é possível fazer o bem, tentar não fazer o mal, só não é perfeito porque é prima facie, e deve ser posto em equilíbrio e examinado juntamente com os outros princípios, da justiça e autonomia. Têm-se algumas condições para definir a obrigação de beneficência específica ao profissional da saúde para com pacientes, como quando o paciente corre risco de vida ou saúde. A ação do profissional é necessária para prevenir este risco, na medida em que não cause danos ou riscos ao paciente, ou ao menos que cause o menor dano possível e que os benefícios de sua ação superem os prejuízos para o paciente.
A aplicação do Principialismo bioético na eutanásia
 No Principialismo, todos os seus princípios são prima-facie pretendendo, sempre que possível, estar em harmonia. Mas no caso da eutanásia, como deve ser feito o procedimento e qual princípio deveria regê-lo? Quais deveriam ser os procedimentos e em quais situações? Com o problema no Principialismo bioético médico sobre eutanásia em um paciente terminal e autônomo. Tendo-se aqui um indivíduo autônomo, ou seja, que pode deliberar sobre seu estado e decidir o que acha melhor para ele, este em situação terminal decide que pôr um fim em sua vida é o melhor a se fazer, não só porque seu estado é terminal, como também porque o sofrimento que tem que passar repetitivamente todos os dias por incessantes tipos de procedimento para mantê-lo vivo é algo desagradável, o qual não compensa tudo isso. No Principialismo, é dado o princípio da autonomia, este paciente tem o direito de tomar essa decisão, porém aplicando os outros princípios, ela poderá ser exercida? E no que diz respeito ao médico? Em seu juramento hipocrático, lhe é imposto o dever de proteger e preservar a vida humana, o que o leva a agir primeiro através do princípio da beneficência, que consiste em garantir a saúde, a vida e o bem-estar do paciente, além de não causar-lhe dano, o que também está contido no princípio da não maleficência. A partir desses pontos apresentados, poderemos discutir sobre o conflito dos princípios do Principialismo bioético. Primeiramente o médico, ao negar o desejo do paciente, está deixando o princípio da beneficência dominar e desrespeitar a autonomia do paciente, gerando assim um conflito entre esses princípios. Porém, se este concedesse o desejo do paciente, estaria ferindo não só o princípio da beneficência, que o obriga a prevenir o dano, como também o da não maleficência, o qual consiste em não causar dano, e o princípio da justiça, que já está atuando no que diz respeito ao acesso a saúde. Porém, não há como priorizar um dos princípios, nem escolher um deles individualmente, afinal todos têm o mesmo valor. A citação abaixo servirá para melhor esclarecer sobre a condenação da eutanásia e o valor fundamental da vida humana na associação médica mundial: O princípio no qual se fundamenta a norma moral que condena a eutanásia é o mesmo que condena o aborto provocado e a pena de morte a dignidade da vida do ser humano. O primeiro direito da pessoa humana é a sua vida. Ela tem outros bens que são preciosos, mas a vida é fundamental e é condição de todos os outros. Por isso, esse bem deve ser protegido acima de qualquer outro (...) Nos anos recentes, as ciências jurídicas também incorporaram o princípio da norma moral em defesa absoluta da vida, formulando o princípio jurídico segundo o qual o direito à vida deve ser entendido como um direito absolutamente indisponível, a ser tutelado pelo Estado até contra a vontade do indivíduo(...) A Associação Mundial de Psiquiatria considera que o suicídio medicamente assistido, assim como a eutanásia, é eticamente inadequado e deve ser condenado pela profissão médica. Quando a assistência do médico é intencional e dirigida deliberadamente para possibilitar que um indivíduo termine com a sua própria vida, o médico atua de forma eticamente inadequada. A partir disso já podemos ter também uma base no que diz respeito ao matar e deixar morrer, que é um problema central na bioética médica. Onde matar consistiria em desligar o aparelho ou interromper o tratamento de um paciente que se encontra em estado vegetativo e, deixar morrer seria continuar tratando este paciente até não haver mais opções de tratamento ou omitir a medicação necessária. Mas esta segunda situação seria justa? Mesmo sem se ter esperanças que o paciente volte à vida? Estas e outras questões acarretam num conflito entre os princípios bioéticos por conta de alguns problemas ou dificuldades no Principialismo. O formalismo dos princípios, o qual não fornece um modo de comportamento real para o sujeito, mas apenas uma referência formal de como se deve agir pelo generalíssimo, pois os princípios são muito gerais e não explicitam como lidar em casos particulares, pode não dar conta destes. Há uma rigidez dos princípios que pretendem valer sempre, porém por seu valor ser prima facie, não possui um valor objetivo, e são apenas relativos ou subjetivos. Como podemos perceber, a eutanásia continuará sendo uma questão controversa no que diz respeito ao Principialismo bioético. Pelo caráter sagrado que se atribui a vida, e principalmente pelo princípio da beneficência, parece não se perceber que para um paciente em estado terminal, que necessita e clama pela eutanásia, esta é uma solução sem dúvida que torna o fim da vida do paciente muito mais digna, indolor e fácil. Ao se notar que este não tem mais tanto tempo de vida, está sofrendo em uma cama de hospital e pedindo para morrer ou sem reação e sem esperanças de prolongar sua vida de forma saudável e vigorosa, é preferível, e de certa forma, menos egoísta conceder a ele este privilégio. E sob a ótica de que a eutanásia pode ser uma saída para uma situação insustentável e o único modo.
O surgimento da eutanásia
 O movimento eutanásia surgiu na Inglaterra, por volta de 1900, com base nas teorias de Charles Darwin de que os fracos devem morrer e de que só os mais fortes são dignos de viver. Darwin cria que o ser humano é apenas um animal evoluído que veio do macaco. A teoria da evolução foi o fator mais importante por trás das campanhas inglesas que mostravam que, para muitas pessoas, não valia a pena continuar vivendo ou que suas vidas eram apenas uma carga para si mesmas e para os familiares. Muitos ingleses que apoiaram a eutanásia no começo acreditavam que o objetivo era acabar com o sofrimento inútil. Mas logo ficou claro que o objetivo era acabar com as pessoas inúteis!
 A palavra EUTANÁSIA foi criada no séc. XVII pelo filósofo inglês Francis Bacon, quando prescreveu, na sua obra “História vitae et mortis”, como tratamento mais adequado para as doenças incuráveis(SILVA, 2000). Na sua etimologia estão duas palavras gregas: EU, que significa bem ou boa, e THANASIA, equivalente a morte. Em sentido literal, a “eutanásia” significa “Boa Morte”, a morte calma, a morte piedosa e humanitária.
 Em sua monografia “eutanásia - Ritos e Controversas Médico-Legais” definiu, basicamente, o sentido da eutanásia como sendo o de uma boa ou bela morte, em sentido mais amplo, a definiu como “ajuda para morrer”.
 Outra forma, a eutanásia seria uma forma de interferência no desenrolar natural da vida com a morte serena para acabar com o intenso sofrimento. Entretanto, para a medicina a eutanásia consiste em minorar os sofrimentos de uma pessoa doente, de prognóstico fatal ou em estado de coma irreversível, sem possibilidade de sobrevivência, apressando-lhe a morte ou proporcionando-lhe os meios para consegui-la. Ressalte-se que para a sua caracterização é imprescindível estar tal ato eivado de relevante valor moral, condizente com os interesses individuais do agente, entre eles o sentimento de piedade e compaixão.
Na definição de Morselli (apud GOMES, 1969), a eutanásia é “aquela morte que alguém dá a outrem que sofre de uma enfermidade incurável, a seu próprio requerimento, para abreviar a agonia muito grande e dolorosa”.
O histórico da eutanásia revela que os valores sociais, culturais e religiosos influenciam de maneira fundamental nas opiniões contrárias ou favoráveis à prática da eutanásia.
 Os celtas, além de matarem as crianças deformadas, eliminavam também os idosos (seus próprios pais quando velhos e doentes), uma vez que os julgavam desnecessários à sociedade, haja vista que os mesmos não contribuíam para o enriquecimento da nação (ASÚA, 2003).
 A Igreja também se fez presente, ao longo da história, aderindo à posição contrária à eutanásia, pois a antecipação da morte está em desacordo com as leis de Deus, a lei natural.
 Na década de 90 vigorou, por alguns meses, na Austrália uma lei que possibilitava formalmente a eutanásia. Os critérios para a execução eram inúmeros, tais como: vontade do paciente, idade mínima de 18 anos, doença incurável, inexistência de qualquer medida que possa curar o paciente, precisão do diagnostico, inexistência de depressão, conhecimento do paciente dos tratamentos disponíveis, capacidade de decisão.
 No Brasil, em 1996, foi proposto um projeto de lei no Senado Federal (projeto de lei 125/96), instituindo a possibilidade de realização de procedimentos de eutanásia no Brasil. Tal projeto como é cediço não prosperou.
 A discussão sobre o tema prosseguiu o longo da história, portanto é certo que a eutanásia, onde é aceita hoje, deve ser praticada com relevante valor moral e condizente com o interesse da vítima. O sentido amplo, da eutanásia é uma forma de abreviar a vida sem sofrimento e sem dor daqueles pacientes enfermos, praticada por um médico com o consentimento do paciente ou da família.
A eutanásia no ponto de vista religioso
Como em grande parte dos assuntos que tomam conta da sociedade viram objetos de discussão com a eutanásia não é diferente, o tema faz parte de debates jurídicos intelectuais e religioso, assim faz com essa abordagem gera opiniões favoráveis e contras. 
Sobre a visão da religião podemos dizer que o assunto sempre inspirou grandes inquietações e controvérsias, dessa forma apresentaremos de modo sintético a opinião das grandes religiões a respeito da eutanásia.
Budismo
O Budismo hoje é uma das religiões mundiais, contando, hoje, com aproximadamente 500 milhões de adeptos. O objetivo de todos os praticantes do budismo é a iluminação (nirvana), que consiste num estado de espirito e perfeição moral que pode ser conseguido por qualquer ser humano que viva conforme os ensinamentos do mestre Buda, consistindo-se em uma religião não de Deus, mas uma via não-teísta, o que não quer dizer o mesmo da ateísta.
Segundo Nogueira (1995) a perspectiva budista em relação à eutanásia é que no budismo, apesar de que da vida ser bem, não creem na existência de um ser supremo ou deus criador. No capítulo que dispõe sobre os valores básicos do budismo, além da sabedoria e preocupação moral, existe valor básico da vida, que não diz respeito somente ao ser humano, mas também inclui a vida animal e até mesmo os insetos.
Grande ênfase é dada ao estado de consciência e paz no momento da morte. Não existe uma oposição ferrenha a eutanásia ativa e passiva, pode ser aplicada em determinadas circunstancias.
O budismo reconheceu há muito tempo o direito das pessoas determinarem deveriam passar dessa existência para a seguinte reafirmando o que anteriormente foi expressado, o importante não se o corpo vive ou morre , mas se a mente pode permanecer em paz e harmonia consigo mesma .A tradição Jodo (a terra pura) tende a dar continuidade da vida enquanto que a tradição Zen tende a sublinhar a importância do momento e a maneira de morrer .Os budistas valorizam mais a paz da mente e a honra da vida , do que uma vida longa.
O código samurai incluía uma disposição para a eutanásia: o kaishakunin (assistente).
O simples corte do hara (abdômen) era muito doloroso e não provocava uma morte rápida. Depois de cortar a hara, poucos samurais tinham forças suficientes para degolar-se ou corta a espinha dorsal. Mas sem corta o pescoço, a dor do hara aberto continuaria durante minutos ou horas antes da morte. Portanto, o Samurai combinava com um ou mais kaishakunin para que o assistissem em seu suicídio.
Enquanto o Samurai tranquilizava sua mente e se preparava para morrer em paz, kaishakunin permaneceria ao seu lado. Se o Samurai falasse ao kaiishakunin antes ou durante a cerimônia seppuku, a resposta padrão era go anshin (mantém tua mente em paz), buscando dessa forma que o suicida pudesse morrer com a menor tensão e maior paz mental. Depois que o samurai terminasse de abrir o ponto preestabelecido ou desse qualquer outro sinal, o kaishakunin tinha o dever de cortar-lhe o pescoço para terminar com sua dor, dando-lhe o golpe de misericórdia. 
O suicídio dos samurais era o equivalente moral da eutanásia, sendo as razões do suicídio Samurai as seguintes:
-Evitar a morte inevitável por mãos de outros (incluindo doenças irreversíveis), escapar de um período prolongado de dor insuportável ou de sofrimento psicológico quando não podiam continuar a serem membros ativos e úteis para a sociedade.
Islamismo
O islamismo significa literalmente “submissão à vontade de Deus”, é a mais jovem e a última das grandes religiões mundiais e a única surgida após o cristianismo (Maome-570-632 d.C.).
Nos dizeres de nogueira (1995), a posição islâmica em relação à eutanásia é que sendo a concepção da vida humana considerada sagrada, aliada “limitação drástica da autonomia da ação humana”, proíbem a eutanásia bem como o suicídio, pois para seus seguidores o médico é um soldado da vida, sendo que não deve tomar medidas positivas para abreviar a vida do paciente.
Direitos humanos e islamismo
Proclamada em 19 de setembro de 198, na rede da UNESCO, pelo secretário geral do conselho islâmico para a Europa, a Declaração Islâmica dos Diretos Humanos se baseia no Corão e na Suna (tradição dos ditos e ação do profeta) e foi elaborada por eminentes eruditos e juristas mulçumanos e representantes de movimentos e correntes de pensamentos islâmicos. É um dos documentos fundamentais, publicado pelo Conselho Islâmico, para marcar o começo do século XV da era islâmica. Especificamente, no que toca no direito à vida, é dito:
a. A vida humana é sagrada e inviolável e devem ser enviados todos os esforços para protegê-la. Em particular, nenhuma pessoa deve ser exposta a lesões ou à morte, a não ser sob a autoridade da lei;
b. Durante a vida e depois da morte, deve ser inviolável o caráter sagrado do corpo de uma pessoa. Os crentes de vem velar para que o corpo do falecido seja tratado com solenidade exigida.
Segundo a legislação islâmica, todos os direitos humanos provem de Deus, não presente de uma pessoa a outra nem propriedade de qualquer criatura que algumas vezes os distribui e outras vezeso refém (injustamente). Direitos humanos são revelados no Corão em versos claros e decisivos. São confirmados por garantias religiosas e morais, independente da punição legal que deve ser impostas aos possíveis infratores e abusadores.
Tanto no Corão como na Suna apresentam uma serie de direitos que Deus concedeu às pessoas na sociedade. A Shari’a (tradição jurídica mulçumana, código penal islâmico), cujas fontes principais são Corão e Suna, é praticamente mil anos mais antiga do que o atual conceito sobre direitos humanos.
Segundo a concepção islâmica, a pessoa humana é o ser mais nobre e digno de honra que existe, tudo o que céu e terra abrangem esta a sua disposição, mas por outro lado, a pessoa humana, é criatura de Deus e seus representantes na terra. Ele a criou com as próprias mãos, deu-lhe o sopro de sua alma e fez dela a figura mais bela, sendo a vida de uma única pessoa quase tão valiosa como a vida de todo o gênero humano.
O respeito à pessoa humana se explica e se fundamenta em todos os seus aspectos no seguinte: tudo o que é abrangido pelo céu e pela terra está a serviço da pessoa humana: “E ele chorou, por livre vontade, tudo o que existe na terra e no céu a vosso serviço “(Sura, os que estão de joelhos, verso 13).
 Curiosamente, a tradição islâmica, considera a vida tão valiosa, que proíbe que seus seguidores bebam vinho, que, pela sua visão, aniquila o juízo e prejudica a capacidade de percepção e discernimento. Proibindo, também, tudo o que prejudica o bom senso humano, ou que debilita a faculdade humana.
Diante dessa postura, verifica-se que o Islamismo não aceita a prática da Eutanásia para abreviar a vida, mas entende que o papel do médico é de manter o paciente vivo e não de intervir no processo da morte, pois a morte não é um castigo e sim um translado para outra vida, sendo que "... não se deve degradar ou tratar com desprezo o corpo da pessoa morta. Deve-se lavar o defunto, envolvê-lo em pano próprio e, após uma oração especial, enterrá-lo" (Pessini, 1999, p. 323). Entendendo, ainda, que a vida é de Deus, dada por ele e tirada por ele, sem que nisso ocorra qualquer interferência, pois a morte é a conclusão de uma vida e começo de outra.
Cabe observar-se que diante dessa postura, quanto ao paciente que se encontre em estado vegetativo ou de qualquer outro estado que o impeça de viver a plenitude da vida, não tem direito, o médico, no caso concreto, de utilizar qualquer procedimento que impeça o processo de instalação da morte, ocasionando, pela fé islâmica, o começo de uma nova vida. A visão islâmica, quanto à morte, é vista como obediência a vontade de Deus, limitando de forma definitiva e drástica a autonomia da ação humana para a manutenção da vida.
Judaísmo
O judaísmo e mais velha tradição de fé monoteísta, e uma religião que estabelece regras de conduta para seus seguidores. A posição judaica a tradição legal hebraica em relação à eutanásia é contra.
O médico deve ter certeza de que o paciente não terá mais que três dias de vida, suspendendo assim as medidas de reanimação, é considerado o médico como um instrumento de Deus para preservar a vida humana o que cabe somente a ele decidir entre vida e a morte de seus pacientes, o momento da morte encefálica, para os rabinos liberais acreditam que nestes casos, podem ser desligados os aparelhos que mantém a pessoa viva, porém os judeus tradicionais acreditam que morte só acontece quando o coração para de bater.
 Ponto de vista Religioso
· A morte não deve ser apressada e o doente deve receber os cuidados que precisa
· A decisão sobre a morte não cabe aos sujeitos e, sim os rabinos.
· Mesmo quando a cura não e possível não se deve deixar de cuidar, a pessoa não pode ficar sozinha estiver morrendo.
· O médico e um servo de deus para cuidar da vida não deve apressar a morte
· O que deve ser preservado e vida e não agonia.
Cristianismo
A igreja católica e maior combatente da eutanásia tanto no passado como presente, pois esta segue os mandamentos da bíblia “Não Mataras”. A visão da igreja católica, considerando a posição de outras denominações cristã, mas significativas e a favor da eutanásia passiva, a fim de evitar o sofrimento do paciente, mas e contra a eutanásia ativa, por isso se considerar uma ação de matar outro ser humano.
 Ponto de vista Religioso
· A eutanásia e condenada como violação da lei de deus, ofensa a dignidade humana e um crime contra a vida
· Não se deve preservar a vida a todo custo<proporcionando o prolongamento da agonia e do sofrimento
· Não e considerada eutanásia a suspensão de um tratamento que não traz cura ou recuperação, e, causa multa do sofrimento.
· A eutanásia e uma transgressão:
· A vida não e só biologia, mas também biográfica incluída: estilo de vida crenças e opções.
Fontes Bibliográficas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eutan%C3%A1sia 
https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/tipos-mais-comuns-de-eutanasia/ 
FERNANDA Magrini da Silva, A QUESTAO DA EUTANASIA NO PRINCIPIALISMO BIOETICO; revista enciclopédia, 2011
https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqPics/1511401968P670.pdf
https://jus.com.br/artigos/23299/da-eutanasia-no-direito-comparado-e-na-legislacao-brasileira
Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/16510767#readmore
https://www.conjur.com.br/2005-set-24/eutanasia_direito_vida_limites_possibilidadeshttps://jus.com.br/artigos/2412/eutanasia/5http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/viewFile/296/435
https://www.acidigital.com/noticias/cristaos-judeus-e-muculmanos-rejeitam-juntos-a-eutanasia-24574

Continue navegando