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Cosmetologia Unidade 1 - Introdução a Cosmetologia

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Cosmetologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Grazielle Prado Alexandre
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Introdução a Cosmetologia
• Introdução à Cosmetologia;
• Microbiologia aplicada a Produtos Cosméticos;
• Embalagens dos Produtos Cosméticos: 
Embalagem Primária e Secundária.
 · Dar embasamento técnico ao aluno sobre fundamentos de Cosmetologia.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Introdução a Cosmetologia
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Introdução a Cosmetologia
Introdução à Cosmetologia
Definimos Cosmetologia como uma Ciência referente à preparação, à estocagem 
e à aplicação de Produtos Cosméticos, sendo uma Ciência multidisciplinar que 
envolve conhecimentos de Física, Química, Biologia ou Microbiologia (REBELLO, 
2016; RIBEIRO; FERRARI, 2010).
A Cosmetologia trabalha com beleza, correção e preservação da pele e dos ca-
belos, não tendo finalidade curativa, pois não é medicamento, mas sim prevenindo 
e melhorando as alterações inestéticas. 
O uso de Cosméticos data desde os egípcios, romanos e gregos, que utilizavam 
substâncias consideradas tóxicas para a pele, como sais de chumbo e mercúrio 
(RIBEIRO; FERRARI, 2010).
No Brasil, segundo a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por 
questões regulatórias, os Produtos Cosméticos precisam comprovar, ao menos, sua 
segurança, para comercialização (COSTA, 2012).
Importantes mudanças de valores na Sociedade aconteceram no final do século 
XX; a valorização dos elementos estéticos passou a ser relevante e afetou o com-
portamento dos indivíduos em relação à sua beleza. Vaidade também influencia 
positivamente a utilização de cosméticos e a realização de tratamentos estéticos. 
Dessa forma, identificaram-se reflexos no consumo dos produtos oferecidos 
pela indústria da beleza nos procedimentos cirúrgicos estéticos e procedimentos 
não cirúrgicos, os quais são realizados no afã de atender aos padrões estéticos 
(STREHLAU et al., 2015).
Atualmente, a indústria de produtos para cuidados com a pele cresce rapidamente 
e não há dúvidas sobre o enorme benefício desses produtos na rotina de cuidados 
diários (MONTEIRO; BAUMANN, 2008).
Importante!
São realizados mais de 2,5 milhões de procedimentos estéticos, cirúrgicos ou não, sendo 
que o Brasil perdeu apenas para os Estados Unidos. Os números, daquilo que se pode 
chamar de Indústria da Beleza, mostram sua relevância econômica e são resultado de 
uma manifestação da vaidade de indivíduos (STREHLAU et al., 2015).
Você Sabia?
Ética e Legislação Cosmética
No Brasil, temos a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que rege a 
preparação e a comercialização de Produtos Cosméticos. Os Produtos Cosméticos 
estão sujeitos às Legislações e Regulamentações sanitárias brasileiras, desde a 
produção, o envase, a comercialização, a importação e a exportação, conforme 
Legislações vigentes no país (REBELLO, 2016).
8
9
Para minimizar os riscos, a ANVISA exige que o fabricante, ao produzir um Pro-
duto Cosmético, efetue testes durante o processo produtivo, desde a matéria-prima 
até o produto acabado, incluindo testes de análise físico-química e microbiológica.
Atualmente, em cumprimento à Legislação específica do Setor, a fabricação de 
Produtos Cosméticos está alicerçada no binômio “eficácia e segurança”, pois, além 
de cumprir a sua finalidade, esses produtos devem ser seguros para o uso sem cau-
sar quaisquer efeitos indesejáveis.
Os conhecimentos para o desenvolvimento de novas formulações cosméticas, 
aliados à Tecnologia para a produção, apontam para a necessidade de um profis-
sional capaz de atender às demandas do Mercado da Cosmetologia, com conheci-
mentos que aliem eficácia e segurança, baseados em conhecimentos nas áreas de 
Histologia, Anatomia, Fisiologia, Bioquímica, Imunologia, Toxicologia e Microbio-
logia, como também na área de Química Orgânica e Inorgânica, Física Industrial e 
de Tecnologia de Fabricação e Controle físico-químico e microbiológico de produ-
tos (HEEMANN et al., 2010).
Classifi cação de Produtos de Higiene Pessoal, 
Cosméticos e Perfumes e Defi nição e Grau de Risco
Segundo a RDC nº 07/2015, definimos que os produtos de higiene pessoal, 
cosméticos e perfumes são preparações constituídas por substâncias naturais ou 
sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema 
capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da 
cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, 
alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los 
em bom estado (ANVISA, 2015).
Esses produtos são classificados em:
• Grau 1: são Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes cuja formu-
lação se caracteriza por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja 
comprovação não seja, inicialmente, necessária e não requeiram informações 
detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às 
características intrínsecas do produto. Exemplos: xampus e condicionadores 
simples, espuma de barbear e loções pós-barba, produtos para maquiagem, 
cremes e loções corporais com finalidade de hidratação e refrescância sem 
vitaminas e filtros solares com finalidade de fotoproteção da pele (ANVISA, 
2015; NASCIMENTO, 2018);
• Grau 2: são Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes cuja formu-
lação possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação 
de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restri-
ções de uso. Exemplos: xampu anticaspa, creme antirrugas, cremes com prote-
tor solar, cremes para a área dos olhos, cosméticos infantis, etc., cujas caracterís-
ticas exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações 
e cuidados, modo e restrições de uso (ANVISA, 2015; NASCIMENTO, 2018).
9
UNIDADE Introdução a Cosmetologia
Os produtos classificados como Grau 2, para iniciarem sua comercialização, 
precisam ter seu registro perante a ANVISA, sendo necessária a apresentação de 
resultados de avaliação de segurança e/ou eficácia ou, ainda, rotulagem específica.
Segundo a ANVISA, os testes de risco do Produto Cosmético são baseados na 
ocorrênciade uma das reações descritas a seguir:
• Irritação: corresponde ao processo inflamatório que ocorre na área de contato 
com o produto, podendo ocorrer logo após a primeira aplicação (irritação primá-
ria) ou com a continuidade do uso do Produto Cosmético (irritação acumulada);
• Sensibilização: corresponde ao processo inflamatório que envolve mecanis-
mo imunológico, com tempo de contato variável, podendo ocorrer logo após 
alguns dias ou mesmo alguns anos, até que o organismo reconheça um ou 
mais ingredientes como alergênico (ANVISA, 2012).
Cada vez mais os consumidores estão preocupados com a segurança e a qua-
lidade dos produtos; sendo assim, cada vez mais a ANVISA vem exigindo que se 
comprove que os Produtos Cosméticos vendidos no Brasil são seguros e têm eficá-
cia (RIBEIRO, 2010).
Cosmetovigilância é a atividade que consiste em observar e analisar eventos adversos dos 
Produtos Cosméticos disponíveis no Mercado de modo a tomar condutas de acordo com a 
relação de causa estabelecida. Essas reações adversas a cosméticos podem também ocorrer 
pelo uso inadequado, por desvios de qualidade, rotulagem e comunicação do produto; esses 
pontos são investigados pela atividade de Cosmetovigilância (ANVISA, 2012).
Ex
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As Empresas, por serem as principais responsáveis pela segurança do Produto 
Cosmético colocado à disposição, devem notificar à ANVISA no caso de reações 
que impliquem risco à saúde do consumidor (ANVISA, 2012).
Definição de Cosméticos, Fitocosméticos e Demais 
Terminologias Utilizadas no Segmento da Estética
No Brasil, perante a ANVISA, definimos os Cosméticos em Grau 1 e Grau 2, 
como descrito, para fins de regulamentação, mas, usualmente, embora não sejam 
reconhecidos, temos alguns termos que são amplamente utilizados.
O termo cosmecêutico foi usado, primeiramente, por Albert Kligman, há cerca 
de 30 anos, e consiste na junção das palavras cosmético e farmacêutico (cosme 
+ cêutico), sendo um Produto Cosmético que exerce benefício para a melhora 
da aparência da pele, não sendo classificado como medicamento, mas sim, como 
cosmecêutico. O cosmecêutico faz mais pela pele que um cosmético, visto que 
o cosmecêutico (também chamado dermocosmético), apresenta princípios ativos 
com finalidade Estética (RIBEIRO, 2010).
10
11
Importante!
• Cosméticos atuam na superfície da pele, apenas com fi nalidade de higienizar, embe-
lezar, hidratar etc.;
• Cosmecêuticos: possuem em sua formulação substâncias que apresentam indi-
cações específi cas, exigindo, assim, comprovação de segurança e/ou efi cácia, bem 
como informações e cuidados, modo e restrições de uso.
Em Síntese
Existe grande variedade de princípios ativos encontrados em produtos cosme-
cêuticos. Esses ativos podem ser descritos em categorias, como agentes despig-
mentantes, retinoides, vitaminas, antioxidantes, minerais, hidroxiácidos e fatores 
de crescimento (MONTEIRO; BAUMANN, 2008).
O Fitocosmético pode ser descrito como um produto que contém princípio ati-
vo de origem vegetal, cuja ação define a atividade do produto. Os fitocosméticos 
devem passar por testes de estabilidade, segurança e eficácia para assegurar a ati-
vidade do produto (ISACC et al., 2008).
No Brasil, temos forte influência dos Meios de Comunicação e entidades que 
conscientizam os consumidores com questões ambientais, sociais e ecológicas, o 
que acaba por tornar a população mais atenta com as questões de sustentabilidade, 
sua saúde e bem-estar.
O Mercado vem estimulando os consumidores a cada vez mais buscarem cosmé-
ticos que tragam essa preocupação ecológica; sendo assim, temos os cosméticos 
ecológicos ou orgânicos.
Definimos cosméticos naturais (Figura 1) como produtos que contenham 95% de 
ingredientes naturais, dos quais 50% devem ser orgânicos e, ao final da produção, 
com adição de água, o total de ingredientes certificados orgânicos deve ser de 5%.
Figura 1 – Cosméticos naturais
Fonte: iStock/Getty Images
11
UNIDADE Introdução a Cosmetologia
Já o cosmético orgânico (Figura 1) é classificado como aquele que contenha 
95% de ingredientes naturais, dos quais 95% devem ser orgânicos e ao final da 
produção com adição de água o total de ingredientes certificados orgânicos devem 
ser de 10% (SEBRAE, 2012).
Alguns dos ingredientes naturais mais procurados para a fabricação de cosmé-
ticos são: óleo de sementes de Maracujá, óleo de Andiroba, óleo de Buriti, óleo 
de Castanha-do-pará, óleo de Copaíba, óleo de Pracaxi, manteiga de Cupuaçu, 
manteiga de Muru-Muru, manteiga de Ucuúba e mel e derivados (SEBRAE, 2012).
Microbiologia aplicada 
a Produtos Cosméticos
As fontes de contaminação microbiológica (Figura 2) são classificadas em três: 
Bactérias, fungos e vírus.
Bactérias e fungos têm estrutura celular para se replicar, enquanto os vírus são 
menores e mais simples e dependem de outros sistemas para se replicar, ou seja, 
são parasitas intracelulares obrigatórios (KANEKO et al., 2010).
Sendo assim, são realizados testes que analisam a presença de bactérias, fungos 
e leveduras, visto que os vírus não sobrevivem fora do organismo humano.
Figura 2 – Fontes contaminação microbiológica
Fonte: iStock/Getty Images
No Brasil, a RDC 17/2010 e a Farmacopeia Brasileira estabelecem os ensaios 
para análise microbiológica.
12
13
A qualidade microbiológica de Produtos Cosméticos constitui um dos atributos 
essenciais para sua qualidade, principalmente, em relação à segurança, eficácia 
e aceitabilidade desses produtos. Falha nas medidas preventivas e de controle do 
processo de fabricação pode resultar em produtos inadequados ao uso cosmético. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exige que as empresas 
produtoras tenham implantado as normas de boas práticas de fabricação, confor-
me as Normas Técnicas oficialmente estabelecidas.
Dentre as exigências presentes nas normas, está a necessidade da realização de 
ensaios de controle de qualidade nas fases do processo de fabricação, desde a análise 
das matérias-primas até o produto final (KANEKO et al., 2010; YAMAMOTO et 
al., 2004).
A contaminação microbiológica pode levar ao comprometimento da ação do 
produto devido à quebra da estabilidade da formulação cosmética, alteração das 
características físicas, aparência e levar à inativação dos princípios ativos e exci-
pientes da formulação e, ainda, agravar quadros clínicos de pacientes ou causar 
diversas patologias de pele como infecções (KANEKO et al.; 2010, YAMAMOTO 
et al., 2004).
Os ensaios analíticos empregados estão descritos, como métodos gerais de con-
tagem em placas de microrganismos aeróbios e fungos, pesquisa dos microrganis-
mos patogênicos Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella spp e 
Staphylococcus aureus e teste de eficácia do Sistema conservante (YAMAMOTO 
et al., 2004)
A Resolução RDC 481, de 23 de setembro de 1999, dispõe
Tabela 1 – Parâmetros de Controle Microbiológico para os 
Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes
Área de aplicação e faixa etária Limites de aceitabilidade
Tipo I
Produtos para uso infantil.
Produtos para área dos olhos.
Produtos que entram em 
contato com mucosas.
a) Contagem de microorganismos mesófilos totais 
aeróbio, não mais que 102 UFC/g ou ml;
b) Ausência de Pseudomonas aeruginosa em 1g ou 1ml;
c) Ausência de Staphylococcus aureus em 1g ou 1ml;
d) Ausência de Coliformes totais e fecais em 1g ou 1ml;
e) Ausência de Clostrídios sulfito redutores em 1g 
(exclusivamente para talcos).
Tipo II
Demais produtos cosméticos 
susceptíveis a contaminação 
microbiológica
f ) Contagem de microorganismos mesófilos totais 
aeróbios, não mais que 103 UFC/g ou ml;
Limite máximo: 5 x 103 UFC/g ou ml;
g) Ausência de Pseudomonas aeruginosa em 1g ou 1ml;
h) Ausência de Staphylococcus aureus em 1g ou 1ml;
i) Ausência de Coliformes totais e fecais em 1g ou 1ml;
j) Ausência de Clostrídios sulfito redutores em 1g 
(exclusivamente para talcos).
Fonte: ANVISA, 1999
13
UNIDADE Introdução a Cosmetologia
Pelo quadro acima, podemos perceber que os cosméticosclassificados como 
Tipos I e II não necessitam ser estéreis; porém, a carga microbiológica é limitada, 
sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo (COSTA, 2012).
É necessário que os produtos sejam aprovados pelas Empresas para serem 
comercializados após aprovados nos testes.
Um ponto a ser considerado é o risco de uma contaminação por uso inadequado 
do Produto Cosmético.
É necessário que o profissional da área de Estética evite contaminar o produto: 
não deve colocar a mão em contato direto com o produto; não deve ter contato do 
produto direto com a pele; deve usar dentro do prazo de validade; deve armazenar 
dentro das condições orientadas pelo fabricante etc.
Por que os profissionais de Estética devem ficar atentos à contaminação microbiológica 
dos produtos? A contaminação do Produto Cosmético, quando visível a olho nu, leva a alter-
ações no aspecto, como, mudanças de cor, separação de fases em emulsões, aparecimento 
de manchas, grumos, alterações no odor e viscosidade. Entretanto, quando ainda não são 
percebidas, configuram um risco ao usuário, podendo acarretar infecções graves, depen- 
dendo do estado geral de saúde do indivíduo, do tipo de microrganismo presente e do sítio 
de aplicação do produto (COSTA, 2012). Então, as regras recomendadas pelo fabricante para 
sua conservação são de suma importância.
Ex
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Embalagens dos Produtos Cosméticos: 
Embalagem Primária e Secundária
Ha alguns anos, as embalagens eram feitas apenas com o objetivo de proteger 
o produto até o consumidor final. Com o passar do tempo, observou-se uma pre-
ocupação com seu impacto nas vendas, visto que alguns estudos indicam que a 
maioria dos consumidores decide o que comprar pela observação da embalagem 
(COSTA, 2012). 
É importante distinguir três níveis da embalagem: primária, secundária e ter-
ciária (ou de transporte).
A embalagem primária (Figura 3) é a que está em contato direto com o produto, 
normalmente, responsável pela conservação e contenção do produto. O material 
de embalagem primária pode ser: ampola, bisnaga, envelope, estojo, flaconete, 
frasco de vidro ou de plástico, frasco-ampola, cartucho, lata, pote, saco de papel e 
outros. Não deve ocorrer qualquer tipo de interação entre o material de embalagem 
e o seu conteúdo, que possa ser capaz de alterar sua concentração, a qualidade ou 
a pureza do material acondicionado (CEAP; ANVISA, 2012).
14
15
Figura 3 – Exemplo de embalagem primária
Fonte: iStock/Getty Images
A embalagem secundária (Figura 4) possibilita proteção físico-mecânica do 
Produto Cosmético nas condições usuais de transporte, armazenagem e distribuição. 
Podem ser caixas de cartão ou cartolina (CEAP; ANVISA, 2012).
Figura 4 – Exemplo de embalagem secundária
Fonte: iStock/Getty Images
A embalagem terciária (Figura 5) agrupa diversas embalagens primárias ou 
secundárias para o transporte (CEAP).
Figura 5 – Exemplo de embalagem terciária
Fonte: iStock/Getty Images
15
UNIDADE Introdução a Cosmetologia
As embalagens podem ser:
• Vidro: material inerte, quebrável, reciclável, podendo ser transparente ou colorido;
• Plásticos: inquebrável, leve e inércia relativa;
• Alumínio: leve, reciclável e resistente;
• Papelão: falta de inércia, reciclável e de diversas formas e tamanhos (CEAP).
Temos diversas embalagens que minimizam 
o contato do produto com o ar e a possibilidade 
de contaminação do produto durante o uso:
• Sistema airless: embalagem a vácuo (Fi-
gura 6) assegura padrões excepcionais de 
conservação, visto que mantém o produto 
sem contato com o oxigênio, que é respon-
sável pela oxidação dos lipídios e necessário 
para o crescimento microbiano.
• Monodose: as embalagens em forma de 
monodoses (Figura 7) ajudam a prevenir a 
contaminação do produto durante o uso pelo 
consumidor. Após cada utilização do produ-
to, faz-se o descarte da embalagem utilizada, 
contribuindo para a redução de conservantes 
no produto.
As empresas visam a que o consumidor use 
de modo correto o produto para evitar eventual 
contaminação. Por esse motivo, vários produ-
tos utilizam pequenos acessórios ou dispositivos 
para facilitar a utilização e evitar a contamina-
ção durante o uso (COSTA, 2012).
Figura 6 – Embalagem Sistema airless
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 7 – Embalagem monodose
Fonte: iStock/Getty Images
Qual a importância de se utilizar material de embalagens recicláveis/ reutilizáveis?
Hoje, vemos enorme preocupação com a quantidade de recursos naturais necessários 
para sua produção e também pelas consequências advindas do descarte incorreto após 
utilização. Assim, temos um novo Mercado de embalagens que vem se desenvolvendo, em 
busca do uso de materiais alternativos produzidos com recursos renováveis e/ou materiais 
com origem certificada. Os reciclados têm sido cada vez mais difundidos e valorizados pelo 
consumidor (COSTA, 2012).
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Informações sobre Rotulagem de Produtos Cosméticos
Os rótulos dos produtos devem estar de acordo com o que prediz a Legislação 
brasileira, sendo que no rótulo devem constar o número de Autorização de Funcio-
namento da Empresa – AFE e o número do processo na rotulagem do produto, ge-
rado no sistema da ANVISA, que corresponderá ao número de registro (ANVISA, 
2015; RIBEIRO, 2010).
Para os produtos classificados como Grau 2, eles só poderão ter sua comercializa-
ção após registro na ANVISA, em que deverão apresentar resultados comprobatórios 
de segurança e/ou eficácia com a devida e específica rotulagem (RIBEIRO, 2010).
A rotulagem dos Produtos Cosméticos não deve conter indicações e menções 
terapêuticas, nem denominações e indicações que induzam a erro, engano ou 
confusão quanto à sua procedência, origem, composição, finalidade ou segurança 
(ANVISA, 2015).
Conforme se pode observar no Quadro 2, os itens devem estar na embalagem 
correspondente, quer seja primária, secundária ou ambas.
Tabela 2 – Rotulagem e embalagem
Ref. Item Embalagem
1 Nome do produto e grupo/tipo a que pertence no caso de não estar implícito no nome. Primária e Secundária
2 Marca Primária e Secundária
3 Número de registro do produto Secundária
4 Lote ou Partida Primária
5 Prazo de validade Secundária
6 Conteúdo Secundária
7 País de origem Secundária
8 Fabricante/Importador/Titular Secundária
9 Domicílio do fabricante/Importador/Titular Secundária
10 Modo de uso (se for o caso) Primária ou Secundária
11 Advertências e restrições de uso (se for o caso) Primária e Secundária
12 Rotulagem específica (conforme anexo V desta resolução) Primária e Secundária
13 Ingredientes/Composição Secundária
Fonte: ANVISA, 2015
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UNIDADE Introdução a Cosmetologia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Guia de Produtos Cosméticos
REBELLO, T. F. S. Guia de Produtos Cosméticos. São Paulo: SENAC, 2016;
Cosmetologia aplicada à Dermoestética
RIBEIRO, C.; FERRARI, M. Cosmetologia aplicada à dermoestética. São Paulo: 
Pharmabooks, 2010;
 Leitura
RDC 07
ANVISA. RDC 07, de 1 fevereiro de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos 
para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá 
outras providências.
https://goo.gl/N3YLXi
18
19
Referências
ANVISA. Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira. 2.ed. Brasília: 
ANVISA, 2012.
________. Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos. 2012. 
Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/106351/107910/Guia+p
ara+Avalia%C3%A7%C3%A3o+de+Seguran%C3%A7a+de+Produtos+Cosm%C3
%A9ticos/ab0c660d-3a8c-4698-853a-096501c1dc7c>. Acesso em: 25 jun. 2018.
________. RDC 07, de 1 fevereiro de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos 
para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e 
dá outras providências. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/
10181/2867685/RDC_07_2015_.pdf/. Acesso em: 25 jun. 2018.
ANVISA. Resolução nº 481, de 23 de setembro de 1999. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/res0481_23_09_1999_rep.html>. Acesso em: 25 jun. 2018.
CEAP. Conceitos Gerais Sobre Embalagem. Disponível em: <http://www.ceap.
br/material/MAT25102010200627.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2018.
COSTA, A. D. Tratado internacional de cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2012.
HEEMANN, A. C. W. et al. Guia da profissão farmacêutica indústria de 
produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. 2010. Disponível em: 
<http://www.crf-pr.org.br/uploads/comissao/6295/Guia_cosmetico.pdf>. 
Acesso em: 21 jun. 2018.
ISAAC V. L. B. et al. Protocolo para ensaios físico-químicos de estabilidade de 
fitocosméticos, Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v. 29, n. 1, p. 81-96, 2008.
MONTEIRO, E. O. ; BAUMANN, L. S. A ciência do cosmecêutico: cosmético ou 
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