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GESTÃO-FINANCEIRA-EM-ORGANIZAÇÕES-PÚBLICAS-1

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Sumario 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 
2 CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE PÚBLICA ....................................... 4 
3 O CONTADOR PÚBLICO NA GESTÃO PÚBLICA ............................................. 5 
4 FINANÇAS PÚBLICAS ........................................................................................ 7 
5 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO BRASILEIRO ................................................... 8 
5.1 Plano Plurianual – PPA ................................................................................. 9 
5.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO ....................................................... 10 
5.3 Lei Orçamentária Anual – LOA ................................................................... 11 
5.4 Ciclo de planejamento e orçamento ............................................................ 12 
5.5 Aspectos Legais do Orçamento Público ..................................................... 16 
5.6 Lei de Responsabilidade Fiscal .................................................................. 19 
5.7 Objetivos da Lei de Responsabilidade Fiscal ............................................. 20 
5.8 Balanço Geral da União – BGU .................................................................. 24 
5.9 Matriz de Saldos Contábeis ........................................................................ 26 
6 GESTÃO FINANCEIRA PÚBLICA x PRIVADA ................................................. 27 
6.1 Planejamento orçamentário empresarial .................................................... 28 
6.2 Objetivos da gestão financeira pública ....................................................... 29 
6.3 Planejamento orçamentário público ............................................................ 30 
7 ADIMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................... 31 
8 CONCEITOS HISTÓRICOS DO CONSENTIMENTO E DA PREVISÃO 
FINANCEIRA ..................................................................................................................... 37 
9 DINÂMICA DA GESTÃO FINANCEIRA ............................................................ 41 
10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 43 
11 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 44 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE PÚBLICA 
 
Fonte: cienciascontabeis.com.br 
 
Define-se Contabilidade Pública como sendo o ramo da contabilidade que registra, 
controla e demonstra a execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública e o 
patrimônio público e suas variações. 
 Portanto, seu escopo relaciona-se ao controle e gestão dos recursos públicos. Com 
o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF (Lei Complementar 101/2000), a 
Contabilidade Pública alçou uma maior importância e valorização. 
A Contabilidade Pública - seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito 
Federal - tem como base a Lei 4.320, de 17 de março de 1964, que instituiu normas gerais 
de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos 
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
A Lei 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim 
como a Lei das Sociedade por Ações (Lei 6.404/76) está para a Contabilidade aplicada à 
atividade empresarial. 
A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa, 
estabelecidas no Orçamento Público aprovado para o exercício, escritura a execução 
orçamentária da receita e da despesa, faz a comparação entre a previsão e a realização 
das receitas e despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os 
créditos e obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do patrimônio. 
 
 
 
5 
 
 A Contabilidade pública está interessada também em todos os atos praticados pelo 
administrador, sejam de natureza orçamentária (previsão da receita, fixação da despesa, 
empenho, descentralização de créditos etc.) ou sejam meramente administrativos 
(contratos, convênios, acordos, ajustes, avais, fianças, valores sob responsabilidade, 
comodatos de bens, etc.) representativos de valores potenciais que poderão afetar o 
patrimônio no futuro. 
O objeto de qualquer contabilidade é o patrimônio. A Contabilidade Pública não está 
interessada somente no patrimônio e suas variações, mas, também, no orçamento e sua 
execução (previsão e arrecadação da receita e a fixação e a execução da despesa). 
A Contabilidade Pública, além de registrar todos os fatos contábeis (modificativos, 
permutativos e mistos), registra os atos potenciais praticados pelo administrador, que 
poderão alterar qualitativa e quantitativamente o patrimônio. 
O objetivo da Contabilidade Pública é o de fornecer aos gestores informações 
atualizadas e exatas para subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno 
e externo para o cumprimento da legislação e às instituições governamentais e particulares 
informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições. 
3 O CONTADOR PÚBLICO NA GESTÃO PÚBLICA 
A Administração Pública está fortemente ligada à Contabilidade, pois é através dela 
que se pode oferecer ao administrador as informações necessárias para que este possa 
tomar decisões durante sua gestão frente ao Poder Executivo e desta forma obter êxito. As 
Administrações Públicas após a Lei de Responsabilidade Fiscal, entraram na era do 
planejamento para que suas ações nos gastos públicos atendam os anseios da população. 
A Lei define regras para execução dos trabalhos e proíbe que se gaste mais do que 
se arrecada. 
O profissional da contabilidade tem papel de relevante importância na administração 
pública e na execução do trabalho neste setor. Muitas vezes a imagem do contador fica 
distorcida porque a contabilidade púbica está focalizada no objetivo de prestação de contas 
do governo, deixando de apresentar formas de controle efetivo para gestão governamental. 
A sociedade está cada vez mais consciente de que quem paga a conta do mau uso 
do dinheiro público é o cidadão, e não tolera mais administradores irresponsáveis, e é aqui 
 
 
 
6 
 
que entra a contabilidade, gerando informações no sentido de atender as exigências da lei 
e dos administradores públicos. Segundo cita Fábio Brandalise et al. (2009). 
Neste aspecto, é essencial um processo de capacitação contínua e direcionada para 
as competências do cargo e da carreira profissional (DE OLIVEIRA, 2015). 
Oliveira et al. (p.31, 2009), indicam que: 
“Os processos de formação e de capacitação continuadadevem estar orientados 
para a construção das competências necessárias ao exercício do cargo e ao 
desempenho do papel esperado da carreira”. 
 
Fonte: tupuedes.cl 
A demanda de informações exigida do profissional contábil é grande, 
especificamente do setor público, em que é pressionado por apresentar informação que 
correspondam às exigências de maior transparência e que possam dar suporte à tomada 
de decisão da administração (SILVA, 2008) e ainda sobre atualizações concernentes à 
adoção das Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público nos últimos 
anos, tem aumentado a exigência de formação. Para suprir tais exigências, o profissional 
contábil necessita de qualificação profissional continuada, direcionada a um perfil de 
valorização, compromisso e competência no exercício de sua função que possa resultar 
numa melhor apresentação das informações que são base para as tomadas de decisões 
mediante a formação de um profissional competente e consciente de suas atribuições. 
 
 
 
 
7 
 
4 FINANÇAS PÚBLICAS 
 
Fonte:controversia.com.br 
1 A retomada do crescimento econômico inclusivo e sustentável depende da 
realização de ajustes céleres e contundentes na gestão das finanças públicas, 
notadamente, com os propósitos de assegurar a reversão da trajetória de crescimento 
acelerado da dívida soberana, retomar a confiança dos agentes econômicos e permitir o 
financiamento adequado das diversas políticas públicas de interesse nacional. 
Ao longo de 2017, a dívida bruta, indicador internacionalmente aceito para aferir a 
saúde financeira de um país, alcançou 74% do PIB, com um crescimento de 4 pontos 
percentuais em apenas um ano, cujo resultado financeiro foi deficitário em cerca de meio 
trilhão de reais. Em que pese a queda acentuada de arrecadação, associada à forte 
recessão econômica, influem nesse desequilíbrio o crescimento real constante das 
despesas ao longo dos últimos anos e a concessão de renúncias fiscais em ritmo acelerado 
– os benefícios tributários, financeiros e creditícios atingiram 5,4% do PIB no último 
exercício. 
O impacto da dívida pública, associado ao aumento de despesas, à queda de 
arrecadação e às restrições orçamentárias impostas pela Emenda Constitucional 95, 
limitaram a quantidade de recursos disponíveis para a aplicação em políticas e programas 
 
1 Acesso Portal TCU (Tribunal de Contas da União). 
 
 
 
8 
 
públicos, tornando necessária e premente a melhoria dos mecanismos de coordenação, 
planejamento, monitoramento e avaliação de políticas e programas públicos. 
Tais medidas, associadas à estabilização das despesas públicas e melhoria da 
arrecadação, podem propiciar condições para o decréscimo relevante dos juros básicos 
sem descontrole inflacionário, reduzindo as despesas financeiras e a dívida pública. Em 
conjunto, essas são condições essenciais para elevar a taxa de investimento da economia 
brasileira, que caiu para 15,6% no último exercício, e abrir caminho para reformas 
estruturantes – inclusive do marco regulatório das finanças públicas, adequando-o às 
melhores práticas nacionais e internacionais –, de forma a possibilitar um crescimento 
sustentável: melhoria da governança fiscal, desburocratização e elevação da eficiência 
tributária, aumento da qualidade do gasto, aperfeiçoamento do planejamento e do 
orçamento público, reequilíbrio das contas dos entes subnacionais. 
A constituição de um ambiente de transparência, planejamento, equilíbrio fiscal e 
elevação da produtividade revela-se, enfim, não um propósito em si mesmo; ao contrário, 
trata-se do estabelecimento de fundamentos seguros para a elevação da competitividade 
nacional, da atração de novos e crescentes investimentos internos e estrangeiros e da 
sustentabilidade das políticas econômicas e sociais necessárias ao desenvolvimento do 
país. 
O TCU, como parte fundamental da estrutura de governança da União, pode 
contribuir no enfrentamento dos desafios atuais e futuros das finanças públicas. Por meio 
de auditorias, diagnósticos, cooperação técnica, relatórios sistêmicos e análises de contas 
consolidadas, o TCU pode ampliar a transparência e confiança nas informações financeiras, 
evidenciar riscos, propor alternativas e fornecer subsídios técnicos para qualificar as 
discussões e decisões da sociedade, do Congresso Nacional e do Governo Federal. 
5 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO BRASILEIRO 
2O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do 
Brasil. Compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA. 
 
2 Economista. Consultor de Orçamentos e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados. 
 
 
 
9 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - O plano plurianual; 
II - As diretrizes orçamentárias; 
III - Os orçamentos anuais. 
O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes, 
objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Cabe à LDO, anualmente, 
enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. Já a LOA 
tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o 
exercício financeiro. Assim, a LDO ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade 
no exercício seguinte torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio-
prazo do governo, e a LOA, que é o instrumento que viabiliza a execução do plano de 
trabalho do exercício a que se refere. 
De acordo com a Constituição Federal, o exercício da função do planejamento é um 
dever do Estado, tendo caráter determinante para o setor público e indicativo para o setor 
privado. 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado 
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este 
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
Assim, o planejamento expresso no Plano Plurianual assume a forma de grande 
moldura legal e institucional para a ação nacional, bem como para a formulação dos planos 
regionais e setoriais. 
O § 1º do inciso XI do art. 167 da Constituição Federal é um argumento forte em 
relação à importância que os constituintes deram ao planejamento no Brasil: 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá 
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. 
5.1 Plano Plurianual – PPA 
 Encontram-se, na literatura orçamentária e financeira, indicações de alguns 
problemas relacionados com o funcionamento do modelo orçamentário acima descrito. 
 
 
 
10 
 
Decorrem, em sua maioria, da inexistência da lei complementar mencionada no § 9º do art. 
165 da CF. 
Em relação ao PPA, a primeira questão que pode ser colocada neste contexto se 
refere ao entendimento da expressão "de forma regionalizada". Sua finalidade está ligada 
ao mandato constitucional de "redução das desigualdades regionais" (§ 7º do art. 165 da 
CF 88). Ou seja, sendo apresentado de forma regionalizada, o plano permitirá ser 
devidamente avaliado em relação àquele objetivo. 
5.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO 
Uma das principais funções da LDO é estabelecer parâmetros necessários à 
alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a 
realização das metas e objetivos contemplados no PPA. É papel da LDO ajustar as ações 
de governo, previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa do Tesouro Nacional e 
selecionar dentre os programas incluídos no PPA aqueles que terão prioridade na execução 
do orçamento subsequente. 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridadesda 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações 
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
Observe-se que prioridade pode ser entendida como o grau de precedência ou de 
preferência de uma ação ou situação sobre as demais opções. Em geral, é definida em 
razão da gravidade da situação ou da importância de certa providência para a eliminação 
de pontos de estrangulamento. Também se considera a relevância do empreendimento 
para a realização de objetivos estratégicos de política econômica e social. 
Apesar da existência de vários problemas relacionados com este importante 
instrumento de planejamento, não há dúvidas que ele continua sendo útil em antecipar o 
debate dos grandes problemas orçamentários (como por exemplo, salário mínimo, 
compensações a estados e municípios, alterações tributárias, política de pessoal) no fórum 
adequado, no plenário do Poder Legislativo. 
 
 
 
11 
 
5.3 Lei Orçamentária Anual – LOA 
A lei orçamentária da União estima receitas e fixa as despesas para um exercício 
financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos 
contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos. Reza o § 5º do artigo 
165 da Constituição de 1988: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público; 
II - O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Orçamentos Fiscal e da Seguridade 
 O Orçamento Fiscal abrange os três poderes, seus fundos, órgãos, autarquias, 
inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Compreende também as 
empresas públicas, sociedades de economia mista e demais controladas que recebam 
quaisquer recursos do Tesouro Nacional, exceto as que percebam unicamente sob a forma 
de participação acionária, pagamento de serviços prestados, ou fornecimento de bens, 
pagamento de empréstimo e financiamento concedidos e transferências para aplicação em 
programa de financiamento. Este último, refere-se aos 3% do IR e do IPI destinados aos 
FNO, FCO, FNE, e 40% das contribuições do PIS/PASEP, destinados ao BNDES. 
O Orçamento da Seguridade Social 
Particularmente, constitui o detalhamento dos montantes de receitas vinculados aos 
gastos da seguridade social - especialmente as contribuições sociais nominadas no art. 195 
da Constituição. Compreende também outras contribuições que lhe sejam asseguradas ou 
transferidas pelo orçamento fiscal, bem como do detalhamento das programações relativas 
à saúde, à previdência e à assistência social que serão financiadas por tais receitas. Esse 
 
 
 
12 
 
orçamento abrange todas as entidades e órgãos vinculados à seguridade social, da 
administração direta e indireta, bem como fundos e fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público. 
 Orçamento de Investimento das Estatais 
As Estatais, operando nas condições e segundo as exigências do mercado, não 
teriam obrigatoriedade de ter suas despesas e receitas operacionais destas empresas 
integrem o orçamento público. As despesas de custeio das empresas estatais vinculadas 
ao Executivo (entendidas como empresas públicas e as sociedades de economia mista, 
subsidiárias, controladas) terão seus orçamentos organizados e acompanhados com a 
participação do MPO, mas não são apreciadas pelo Legislativo. 
A inclusão de seus investimentos é justificada na medida em que tais aplicações 
constam com o apoio do orçamento fiscal e até mesmo da seguridade que fornecem os 
recursos ou com o apoio do Tesouro que concede aval para as operações de 
financiamento, ou com "lucros e excedentes" de aplicações de recursos públicos. Por uma 
questão de racionalidade, transparência e evitar a dupla contagem não se incluem neste 
orçamento as programações de estatais cujos trabalhos integrem os orçamentos fiscal e da 
seguridade social (CBTU, CODEVASF, CONAB, CPRM, EMBRAPA, RADIOBRÁS, 
SERPRO). 
5.4 Ciclo de planejamento e orçamento 
 O PPA é peça de mais alta hierarquia dentre a tríade orçamentária, embora esta 
seja somente constituída de leis ordinárias. Esse é o modelo disposto em nossa Carta 
Magna, que determina em seu art. 165, § 7º, que os orçamentos devem ser 
compatibilizados com o plano plurianual. No § 2º desse artigo exige que a LOA deve ser 
elaborada conforme dispuser a LDO. E no art. 166 § 3º, I, prevê a admissão de emendas 
ao orçamento somente se compatíveis com o plano plurianual e com a LDO. 
A técnica utilizada na elaboração dessas leis orçamentárias – a do Orçamento 
Programa, ao possibilitar uma linguagem unificada nas relações entre essas três leis, 
permite a desejada e preconizada integração entre o planejamento e o orçamento. 
 
 
 
13 
 
Todas as leis orçamentárias são de iniciativa do Poder Executivo que as envia, sob 
a forma de proposta, para apreciação e aprovação do Poder Legislativo. Cabe ao Chefe do 
Poder Executivo sancioná-las e executá-las. Compete ao Poder Legislativo acompanhar e 
fiscalizar sua execução. O ciclo integrado de planejamento e orçamento pode ser ilustrado 
da seguinte maneira: 
 Apreciação do Orçamento pelo Poder Legislativo 
O processo de apreciação do orçamento no Congresso Nacional. Reconhece que é 
o Poder Executivo que determina a formação da agenda para o conjunto de políticas 
públicas a serem formalizadas no orçamento. 
No âmbito do Poder Legislativo federal a apreciação das peças orçamentárias cabe 
à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) (Art. 166, § 1º, I 
e II, CF), composta por trinta Deputados Federais e dez Senadores da República, com igual 
número de suplentes, regida pela Resolução nº 1 do Congresso Nacional, de 26 de 
dezembro de 2006 (Resolução nº 1/06-CN). 
A CMO emite parecer e delibera sobre os projetos de lei do plano plurianual, 
diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e suas alterações (créditos adicionais), além 
de outras matérias de cunho orçamentário. Em seu âmbito são apresentadas as emendas 
aos projetos para inclusão dos interesses dos parlamentares, respeitando os prazos, limites 
e condições determinados pela Resolução. 
Cada proposta de PPA, LDO ou LOA recebe proposições acessórias durante sua 
tramitação, que auxiliarão na análise das proposições principais e determinarão regras para 
atuação dos relatores e a apresentação de emendas. Dentre essas proposições acessórias 
destacam-se o parecer preliminar, os relatórios setoriais (somente no caso do projeto da 
LOA), as emendas e os destaques. 
As emendas podem ser apresentadas pelos parlamentares de forma individualizada 
ou coletiva. As emendas individuais são apresentadas por qualquer parlamentar detentor 
do mandato e também por relatores das propostas, sendo estas limitadas à correção de 
erros ou omissões contidas nos projetos em análise. As emendas coletivas derivam do 
consenso dos parlamentares reunidos em comissões permanentes de cada Casa do 
Congresso Nacional – Emendas de Comissão – ou dos parlamentares pertencentes à 
mesma unidade da federação – Emendas de Bancada. No caso das Emendas de 
 
 
 
14 
 
Comissão, sua apresentação fica condicionada à aprovação pela maioria de seus 
membros, e as Emendas de Bancada devem constar de ata assinada por, no mínimo, 3/4 
(três quartos) de deputados federais e 2/3 (dois terços) de senadores da respectiva unidade 
da federaçãopara serem submetidas à apreciação da CMO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Fonte: desenho criado por MOGNATTI (2008) 
 
 
 
16 
 
5.5 Aspectos Legais do Orçamento Público 
 
Fonte: notícias.universia.com.br 
No nosso ordenamento jurídico, o tema Finanças Públicas tem sua importância 
reconhecida na Constituição Federal, que estabeleceu um novo sistema de planejamento 
e orçamento, que deveria ser aperfeiçoado através de leis complementares. Nesse sentido, 
foi editada a Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101 de 2000 e foi 
recepcionada como Lei Complementar a Lei 4.320 de 1964, até que seja editada a Lei 
Complementar que irá substituí-la. 
Os instrumentos de planejamento e orçamento previstos na CF, a saber: o PPA – 
Plano Plurianual, a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias e a LOA – Lei Orçamentária 
Anual se materializam através de lei ordinária, de caráter temporário e projetos de iniciativa 
do Poder Executivo. 
Complementam as normas de gestão do planejamento e orçamento público o 
Decreto nº 2829 de 1998 e a Portaria nº 42 de 1999. Estes normativos definem que toda 
ação finalística do Governo será estruturada em programas orientados para a consecução 
de objetivos estratégicos e traz conceitos e regras que dão sustentação ao sistema de 
planejamento orçamentário. 
 
 
 
17 
 
Dos dispositivos legais citados, destacam-se a Constituição Federal, que representa 
a base estrutural deste estudo e a Lei de Responsabilidade Fiscal, pela sobreposição dos 
temas que serão tratados, condição que impõe a necessidade de uma abordagem mais 
profunda de seus propósitos. 
A Constituição Federal de 1988 mostra-se como o ponto de partida para análise do 
processo orçamentário brasileiro, pois definiu instrumentos de planejamento e orçamento 
com elevado grau de detalhe, que importa conhecer para melhor definir o escopo de um 
novo dispositivo legal. 
“Dos Orçamentos”, da Constituição Federal, na forma abaixo: 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária 
anual; 
II - Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e 
indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
No entanto, é necessário conhecer outras matérias cogentes, abordadas na 
Constituição Federal, pois a gestão do orçamento não pode estar dissociada de temas 
importantes relacionados com administração financeira, como a dívida pública, fiscalização 
financeira, sistemas de avaliação e controle e outros. 
Nesse sentido, no Capítulo denominado “DAS FINANÇAS PÚBLICAS”, art. 165, está 
prevista a edição de outra Lei Complementar, que deverá dispor sobre: 
I - Finanças públicas; 
II - Dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais 
entidades controladas pelo Poder Público; 
III - Concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão E resgate de títulos da dívida pública; 
V - Fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - Operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - Compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, 
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao 
desenvolvimento regional. 
 
 
 
18 
 
Outro dispositivo que merece destaque é o art. 168, que acrescenta mais um tema 
à Lei Complementar que deverá regulamentar os orçamentos, quando define o 
compromisso de repassar os recursos das dotações orçamentárias aos órgãos até o dia 20 
de cada mês, na forma abaixo especificada: 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos 
os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 
20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, 
§ 9º. 
Neste mesmo capítulo, temos outro dispositivo, que trata dos limites das despesas 
com pessoal e as condições para o seu enquadramento nos padrões determinados, a 
saber: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei 
complementar. 
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a 
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses 
de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não 
observarem os referidos limites. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o 
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios adotarão as seguintes providências: 
I - Redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão 
e funções de confiança; 
II - Exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes 
para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, 
o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um 
dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da 
redução de pessoal. 
Constituição, também, se preocupou com o controle e a avaliação, ao estabelecer, 
em seu art. 74, que “Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma 
 
 
 
19 
 
integrada, sistema de controle interno...”, com a finalidade de avaliar o cumprimento das 
metas previstas no plano plurianual e a execução dos programas de governo e dos 
orçamentos da União, dentre outras funções. 
Na análise destes dispositivos, destacam-se temas que precisam ser regulados por 
lei complementar, um mais abrangente, voltado para a gestão das finanças públicas, que 
deu origem à LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal entre outros. 
5.6 Lei de Responsabilidade Fiscal 
 
Fonte: br.sageone.com 
A Lei Complementar n. º 101/00, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal - 
LRF representa a maior inovação dos últimos tempos em termos de finanças públicas. 
Delimita a ação dos gestores de recursos públicos de todas as esferas de governo, nas 
diversas ações, como as regras que buscam disciplinar os níveis de endividamento e os 
gastos com pessoal, na busca de combater os desmandos e o descrédito da sociedade na 
gestão pública. 
Também estabelece mecanismos de transparência da gestão através da exigência 
de publicação de relatórios, demonstrativos de execução orçamentária e a presença, em 
audiência pública, de autoridades, de forma a fornecer à sociedade explicações de política 
 
 
 
20 
 
e um quadro mais preciso da utilização dos recursos que são colocados à disposição dos 
governantes. 
Avaliar o que representa a LRF na gestão financeira das instituições públicas e o que 
falta para melhorar seria uma grande tarefa, mas fugiria do foco deste estudo, motivo pelo 
qual basta ter uma visão da sua estrutura e identificar os temas que carecem de 
regulamentação. 
Nesta análise, se observa uma grande sobreposição de temas com a Lei 
Complementar prevista no art. 165, § 9º, principalmente em relação aos instrumentos de 
planejamento – LDO e LOA, execução orçamentária – receita e despesas, controle e 
avaliação, dentre outros. 
Ao avaliar a ementa do projeto de Lei que deu origem à LRF, se observa que a 
intenção do legislador à época era regulamentar o os artigos 163 e 169 da Constituição 
Federal, como segue: 
Regula o art. 163, incisos I, lI, III e IV, e o art. 169 da Constituição Federal, dispõe 
sobre princípios fundamentais e normas gerais de finanças públicas e estabelece o regimede gestão fiscal responsável, bem assim altera. 
Na versão Final, a Lei Complementar nº 101 de 2000, estende a referência à 
Constituição para todo o Capítulo II, que trata de “Finanças Públicas”, incluindo o art. 165 
§ 9º, como se observa no art. 1º, abaixo transcrito, o que justifica o tratamento que é dado 
a alguns temas que serão avaliados no contexto de uma nova lei. 
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para 
a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. 
Pelo exposto, não é possível determinar o conteúdo de uma nova lei de finanças 
públicas sem considerar o conteúdo da LRF e como o tratamento dado aos temas pode ser 
harmonizado, sem prejudicar as regras já consolidadas e que tornaram mais eficiente a 
gestão dos recursos públicos. 
5.7 Objetivos da Lei de Responsabilidade Fiscal 
O principal objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, de acordo com o caput do 
art. 1º, consiste em estabelecer “normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal”. 
 
 
 
21 
 
Por sua vez, o parágrafo primeiro desse mesmo artigo procura definir o que se 
entende como “responsabilidade na gestão fiscal”, estabelecendo os seguintes postulados 
Princípios Orçamentários 
Para concluir a análise da legislação vigente, é importante trazer para o nosso 
contexto os princípios orçamentários, aqueles já incorporados na legislação e consagrados 
pela doutrina, pois se apresentam como premissas básicas de ação a serem cumpridas a 
fim de assegurar os fins a que se propõe uma proposta orçamentária. Nesse sentido, cabe 
destacar: 
Princípio da Unidade 
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para dado 
exercício financeiro. Dessa forma, integrado, é possível obter um retrato geral das finanças 
públicas e, o mais importante, permite-se ao Poder Legislativo o controle racional e direto 
das operações financeiras de responsabilidade do Executivo. Este princípio está 
legalmente previsto no Art. 2º da Lei 4.320/64 e pelo § 5º do art. 165 da CF. 
Princípio da Universalidade 
O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do ente estatal, o 
que facilita o controle parlamentar e limita as ações do gestor. Este princípio está 
legalmente previsto nos artigos 2º e 3º da Lei 4.320/64, de forma objetiva, e respaldado 
pelo § 5º do art. 165 da CF, que reúne os orçamentos fiscal, da seguridade social e o de 
investimentos das estatais. 
Princípio da Anualidade 
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de 
tempo, geralmente um ano. A exceção se dá nos créditos especiais e extraordinário, 
autorizados nos últimos quatro meses do exercício e reabertos nos limites de seus saldos, 
incorporados ao orçamento do exercício seguinte. No Brasil, o exercício financeiro coincide 
com o ano civil. 
Este princípio está legalmente previsto no Artigo 2º da Lei 4.320/64, de forma 
objetiva, e respaldado pelo § 5º do art. 165 da CF. 
 
 
 
22 
 
Princípio da Exclusividade 
A lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou financeira. Ou 
seja, dela deve ser excluído qualquer dispositivo estranha à estimativa de receita e à fixação 
de despesa. Não se inclui na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita. Este princípio encontra-se previsto no art. 165, § 8º da CF. Como afirma SANTA 
HELENA (2003), este princípio limita o conteúdo da lei orçamentária, restringindo o 
legislador, impedindo que nela se incluam normas pertencentes a outros campos jurídicos, 
como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido. 
Princípio da Especificação ou Discriminação 
As receitas e as despesas devem aparecer de forma discriminada, de tal forma que 
se possa saber, pormenorizadamente, as origens dos recursos e sua aplicação. De outra 
forma, “A Lei de Orçamento não consignará dotações globais para atender indiferentemente 
as despesas…, ". Trata-se de mais um princípio que facilita o controle do Legislativo sobre 
o orçamento. Está legalmente previsto nos artigos 5º e 15 da Lei 4.320/64. 
Princípio da Legalidade 
Historicamente, sempre se procurou dar um cunho jurídico ao orçamento, ou seja, 
para ser legal, tanto as receitas e as despesas precisam estar previstas a Lei Orçamentária 
Anual, GONTIJO (2004). 
Ou seja, a aprovação do orçamento deve observar processo legislativo porque trata-
se de um dispositivo de grande interesse da sociedade. O respaldo a este princípio pode 
ser encontrado nos art. 37 e 166 da CF. O Art. 166 dispõe que: "Os projetos de lei relativos 
ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum." 
Princípio da Publicidade 
Já consagrado pela Administração Pública, este princípio determina que o 
orçamento deverá ser publicado nos veículos oficiais de comunicação para conhecimento 
 
 
 
23 
 
do público e para eficácia de sua validade. Trata-se de um princípio consagrado no art. 37 
da CF de 88: "A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ...". 
Princípio do Orçamento Bruto 
De acordo com este princípio, todas as parcelas da receita e da despesa devem 
aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução. A intenção 
é a de impedir a inclusão de valores líquidos ou de saldos resultantes do confronto entre 
receitas e as despesas. Está legalmente previsto no Art. 6º da Lei 4.320/ 
Princípio da Não Afetação 
De acordo com esse princípio, a receita não pode sofrer vinculações. Nenhuma 
parcela da receita poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos casos ou 
a determinado gasto. Este princípio encontra-se claramente expresso no inciso IV do art. 
167 da CF, mas aplica-se somente às receitas de impostos e possui exceções, como a 
repartição do produto da arrecadação dos impostos pertencentes aos Estados e Municípios 
a que se referem os artigos 158 e 159 da CF, a destinação de recursos para manutenção 
e desenvolvimento do ensino, art. 212 da CF, prestação de garantias às operações de 
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º", também da CF. 
Princípio da Reserva Legal 
Os projetos das leis orçamentárias – PPA / LDO / LOA serão de iniciativa privativa 
do Poder Executivo, nos termos da Constituição Federal. Diz o art. 165, da Constituição 
Federal: 
 
Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – O plano plurianual; 
II – As diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
 
 
 
24 
 
5.8 Balanço Geral da União – BGU 
As Demonstrações Contábeis Consolidadas da União (DCON), comumente 
conhecidas como Balanço Geral da União (BGU), são elaboradas em consonância com os 
dispositivos da Lei nº 4.320/1964, do Decreto-Lei nº 200/1967, do Decreto nº 93.872/1986, 
da Lei nº 10.180/2001 e da Lei Complementar nº 101/2000. Abrangem, também, as Normas 
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP) do Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC), o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) e 
o Manual SIAFI. 
Compõe o BGU o Balanço Patrimonial, a Demonstração das Variações Patrimoniais 
(DVP), o Balanço Orçamentário e o Balanço Financeiro, exigidos pela Lei nº 4.320/1964. 
Consta, também, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que é um 
instrumento utilizado para evidenciação das variações dos elementos do Patrimônio 
Líquido. A partir do exercício de 2015, consta, ainda, a Demonstração do Fluxo de Caixa, 
que permite a análise da capacidade de a entidade gerarcaixa e equivalentes de caixa e 
da utilização de recursos próprios e de terceiros em suas atividades. As Demonstrações 
Contábeis estão complementadas pelas notas explicativas. 
No encerramento do exercício, o BGU é parte integrante da Prestação de Contas do 
Presidente da República (PCPR), consolidando informações orçamentárias, financeiras e 
patrimoniais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União 
e da Defensoria Pública da União. Abrange as entidades da administração direta e indireta 
de todos os Poderes que sejam integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
A Prestação de Contas do Presidente da República fica integralmente disponível no 
sítio da internet do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), bem 
como, em meio impresso, na CGU, na STN e em outras instituições públicas, de forma a 
permitir aos cidadãos o exercício do direito de fiscalização dos recursos públicos. 
3O BGU tem a finalidade de apresentar à sociedade a situação e os resultados 
orçamentário, financeiro e patrimonial da União. Ele é composto pelo Balanço Patrimonial, 
pela Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP), pelo Balanço Orçamentário, pelo 
Balanço Financeiro, pela Demonstração dos Fluxos de Caixa e pela Demonstração das 
 
3 Ministério da Economia | Secretaria Especial de Fazenda | Secretaria do Tesouro Nacional 
Disponível em: http://www.tesourotransparente.gov.br/ 
 
 
 
25 
 
Mutações do Patrimônio Líquido. Essas demonstrações contábeis são acompanhadas 
pelas notas explicativas. 
Dentre os aprimoramentos realizados no BGU de 2018, destacam-se: 
 O estabelecimento de novos critérios e procedimentos a serem observados na 
classificação de riscos sobre ações ajuizadas contra a União; 
 O estabelecimento de critérios de inadimplência, do risco de crédito e dos ajustes de 
perdas estimados no âmbito do Fies, passando os financiamentos a serem 
classificados em ordem crescente de risco (do nível A até o H), sendo registrado 
ajuste para perdas no montante de R$ 7,8 bilhões de reais em 31/12/2018; 
 Os ajustes na metodologia para projeção de despesas com militares inativos, em 
atendimento às recomendações do TCU por meio do Acórdão nº 1.322/2018-
tcuplenário. 
 O reconhecimento de imóveis destinados à reforma agrária; 
 A constituição de provisões para avais e garantias concedidas pela União aos 
Estados; e 
 Os ajustes na contabilização do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). 
 
Esses aprimoramentos se somam aos avanços obtidos nos últimos anos na 
contabilização dos ativos e passivos da União, especialmente quanto aos créditos 
tributários e de dívida ativa, dos haveres financeiros perante instituições financeiras e entes 
subnacionais, dos imóveis da União, das participações societárias, das provisões e 
passivos contingentes, dos passivos previdenciários e dos ativos de infraestrutura. Esse 
conjunto de informações permite constatar que o passivo a descoberto da União (passivos 
superiores aos ativos) atingiu o montante de R$ 2,416 trilhões. 
Não obstante o atingimento desse nível de passivo a descoberto, o diagnóstico 
efetivo da situação financeira é melhor obtido a partir da análise dos números de cada item 
patrimonial que compõe o balanço patrimonial, bem como dos fluxos orçamentários e 
financeiros ocorridos no período. Ou seja, o documento apresenta em detalhes os ativos e 
os passivos da União, que posicionaram, respectivamente, R$ 5,268 trilhões e R$ 7,684 
trilhões ao final de 2018, assim como os principais fluxos do exercício. 
Nesse sentido, o BGU de 2018 também dá destaque, dentre outros pontos, à 
situação da seguridade social da União. A arrecadação nessa esfera orçamentária foi de 
 
 
 
26 
 
R$ 713,1 bilhões no ano, sendo que as despesas perfizeram um total de R$ 993,7 bilhões, 
tendo o déficit evoluído para R$ 280,6 bilhões em 2018. 
Destaca-se ainda que as informações contábeis da União demonstram de forma 
clara a evolução do déficit dos regimes previdenciários (RGPS e RPPS e pensionistas de 
militares), bem como a evolução das despesas relativas aos militares inativos, informações 
que servem de base para o diagnóstico dos regimes de Previdência e do sistema de 
proteção social dos militares. Assim, o BGU apresenta notas com relação à constituição 
das provisões e passivos contingentes relacionados a esse tema, bem como aos fluxos 
orçamentários altamente deficitários do exercício. 
O Balanço demonstra ainda que a União cumpriu os gastos mínimos constitucionais 
com ensino e saúde, com folga, respectivamente, de R$ 13,9 bilhões e R$ 4,4 bilhões. Com 
relação à regra 22 Ministério da Economia | Secretaria Especial de Fazenda | Secretaria do 
Tesouro Nacional de ouro das finanças públicas, o montante de despesas de capital em 
2018 foi de R$ 904,2 bilhões, ao passo que as receitas de operações de crédito 
consideradas na apuração perfizeram o valor de R$ 868,4 bilhões, sendo a regra cumprida 
na União com uma margem de suficiência de R$ 35,8 bilhões. 
No exercício, o montante de restos a pagar (RP) inscritos foi de R$ 189,5 bilhões, o 
que representa aumento de R$ 34,1 bilhões (22,0%) em relação à inscrição ocorrida no 
exercício de 2017 (R$ 155,3 bilhões). Contudo, do aumento verificado, R$ 34,0 bilhões 
(99,6%) se referem à mudança na sistemática de contabilização do pagamento de 
despesas associadas à emissão da ordem bancária, que passou a ocorrer no momento da 
efetiva saída de caixa. Sem essa mudança, o estoque de RP teria crescido, em termos 
nominais, apenas R$ 145 milhões (0,1%). 
5.9 Matriz de Saldos Contábeis 
A MSC foi idealizada pela Secretaria do Tesouro Nacional como principal ferramenta 
no auxílio à melhoria da qualidade da informação no Setor Público Brasileiro. E essa busca 
incessante tem base na dificuldade de grande parte da população em obter informações 
financeiras consistentes e confiáveis a respeito dos entes da Federação. 
O cenário atual obteve uma melhora significativa com a recepção das informações 
contábeis e fiscais por meio do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor 
 
 
 
27 
 
Público Brasileiro, o Siconfi, que inovou na forma de obtenção, validação e disponibilização 
das informações ao público em geral. E o próximo passo do Siconfi é justamente a 
implantação da MSC, em 2017. 
A MSC é uma estrutura padronizada apta a representar informações detalhadas 
extraídas diretamente da contabilidade do Ente, evitando possíveis falhas no processo de 
preenchimento, com o objetivo de gerar relatórios contábeis e demonstrativos fiscais 
exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. 
Essa estrutura reúne uma relação de contas contábeis e de informações 
complementares, produzida a partir do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP 
Estendido, semelhante a um balancete de verificação. Além disso, as informações enviadas 
na MSC passarão a ser comparáveis, já que se converterão em relatórios padronizados de 
acordo com a metodologia definida no Manual de Demonstrativos Fiscais e no Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público, ambos produzidos pela Secretaria do Tesouro 
Nacional. 
6 GESTÃO FINANCEIRA PÚBLICA X PRIVADA 
 
Fonte: revistapegn.globo.com 
Cada organização tem suas particularidades, porém todas envolvem gestão de 
recursos, dentre eles os financeiros. Gerir estes recursos de maneira eficaz garante maior 
permanência da organização no mercado onde está inserida. 
 
 
 
28 
 
O objetivo da administração financeira é maximizar a riqueza dos acionistas na 
empresa, e o principal responsável para isso é o administrador financeiro. 
As principais decisões estratégicas, defendidas por Lemes Junior, Rigo e Cherobim 
(2010), para que o objetivo de aumentar o capital da empresa seja alcançado são: 
 Investimento 
 Financiamento 
 Resultado 
Tratando sobre decisões de investimento,abrange tanto aplicação de capital em 
algum ativo, tangível ou não, para a obtenção de retorno futuro, podendo ser a aquisição 
de uma nova empresa ou implantação de um projeto por exemplo. 
Ao tratar de decisão em financiamento, entende-se que quando uma empresa tem a 
capacidade de obter recursos com taxa e prazos compatíveis, ela consegue viabilizar bons 
projetos de investimento, consequentemente trazendo maior valor para seus acionistas. 
Sobre as decisões financeiras, cabe a decisão sobre o resultado, a qual trata do 
capital de giro dentro de um exercício. 
Como base nas teorias apresentadas, os objetivos do gestor financeiro baseiam-se 
em multiplicar a riqueza dos acionistas, fazendo investimentos com o capital, 
financiamentos de projetos que tragam retorno e administração de recursos de capital de 
giro. 
6.1 Planejamento orçamentário empresarial 
Com o objetivo de administrar o capital de giro e os recursos financeiros, o gestor 
deverá utilizar ferramentas de planejamento, incluindo o orçamento. 
Entende-se por orçamento um planejamento financeiro que aloca recursos ao longo 
de determinando período de tempo. 
O orçamento deve ser constituído com datas e unidades monetárias, visando atingir 
o plano financeiro em determinado período. 
Os orçamentos, além de definidos como curto e longo prazo, podem ser separados 
por: 
 Orçamento Base Zero: é o orçamento que, segundo Santos et al. (2008), 
começa de baixo para cima, não carregando valores passados. Classifica 
 
 
 
29 
 
cada item do orçamento e sua finalidade com o objetivo de reduzir custos. Na 
elaboração, envolve questões da real finalidade e possíveis alternativas para 
adequar melhor os recursos. 
 Orçamento Estático: de acordo com Knuth (2015), é definido com base em 
um determinado volume de produção que a empresa deseja atingir. 
 Orçamento Matricial: o orçamento matricial tem como objetivo aumentar o 
resultado da empresa, podendo até mesmo diminuir o valor de itens, mas criar 
a mesma satis fação ao cliente e remuneração ao acionista (OTLLEY, 1995; 
HORNGREN ET AL.,1993 apud SANTOS ET AL., 2008). 
 Orçamento de Tendências: O orçamento de tendências, segundo Knuth 
(2015), está fundado em projetar o futuro com situações já ocorridas, tendo 
em vista o ciclo de mercado e sazonalidade, ao exemplo de determinado 
produto que tem média de produção, assim, com histórico de produção há a 
tendência de que a média de vendas ocorra novamente. 
 
O orçamento de vendas, representa a quantidade de vendas que a empresa deseja 
atingir, devendo conter quantidade, valor unitário e total de vendas. Esse orçamento tem 
como objetivo visualizar seu potencial dentro de um mercado consumidor, tendo em vista 
o crescimento histórico, do setor e da economia como um todo, podendo aumentar sua fatia 
de mercado e aumentando o resultado do exercício. 
Depois de definido o orçamento de vendas, que estima as receitas, é definido o 
quanto será gasto para obtenção desses recursos, o chamado Orçamento de produção. 
Ele é composto por: 
• Consumo De Matérias-Primas E Matérias Auxiliares; 
• Custo De Mão De Obra; 
• Gastos Gerais De Fabricação; 
Logo, para a obtenção de receitas em determinado período, é elaborado o orçamento 
de vendas, e deste são orçados os custos para obtenção das receitas estimadas. 
6.2 Objetivos da gestão financeira pública 
Destacando se os principais objetivos da gestão financeira pública: 
 
 
 
30 
 
Entende-se como entidade pública “todo serviço prestado pela administração, direta 
ou indireta, ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer 
a necessidades essenciais ou secundárias da coletividade” (ANDRADE, 2002, p. 35). 
A estrutura organizacional brasileira, segundo Chiavenato (2008), em um sentido 
amplo é dividida em três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, e em três níveis, 
União, estados e municípios. Esta divisão recebe o nome de aparelho do Estado. 
Define que os gastos públicos podem ser classificados em três principais pontos de 
vista: 
 Finalidade do gasto; 
 Natureza do dispêndio; 
 Agente encarregado da execução do gasto. 
 
Podem ainda ser classificados os gastos nas categorias de funções, programas e 
subprogramas. Quanto à natureza do gasto, Silva (1983) identifica quatro principais 
categorias: custeio, investimento, transferências e inversões financeiras. 
6.3 Planejamento orçamentário público 
O orçamento público pode ser comparado a uma lei, pois descreve em termos 
financeiros a alocação dos recursos públicos. 
A base para o orçamento público, está apoiada na Constituição Federal, que 
determina uma sequência de camadas lógicas e sistêmicas do planejamento de ação 
governamental, contendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos 
anuais. Existe uma interação entre o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, 
acompanhada da lei orçamentária anual, assim cumprindo a função legislativa de união 
entre plano e orçamento. 
O Plano Plurianual (PPA), é a base do orçamento público, pois tem o objetivo de 
formular as diretrizes para finanças públicas no período do plano, buscando alocar os 
recursos de forma eficiente e racional. Ao se tratar das Diretrizes Orçamentárias (LDO), 
Segundo Lunelli (2015, s.p, apud VARGAS et al, p. 04) afirma que: 
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO - tem como a principal finalidade 
Orientar a elaboração dos orçamentos fiscal e da seguridade social e de 
investimento do poder público, incluindo os poderes Executivo, Legislativo, 
Judiciário e as empresas públicas e autarquias. Busca sintonizar a Lei Orçamentária 
 
 
 
31 
 
Anual - LOA - com as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública, 
estabelecidas no Plano Plurianual. 
A Constituição Federal, art. 165 § 2º, assim dispõe: “A lei de diretrizes orçamentárias 
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício subsequente [...]” (BRASIL, 1988, s.p.). 
Observa-se semelhanças e as diferenças em cada tipo de organização. Cada uma 
dessas organizações tem objetivos financeiros diferentes; na gestão privada o objetivo é 
aumentar a riqueza de quem investiu o capital na organização, tendo em sua base o 
planejamento e a análise do mercado onde a organização está inserida, pois não adiantaria 
criar um objetivo com crescimento maior que o mercado suportaria, logo, este planejamento 
é baseado por análises de mercado e da organização, partindo de um orçamento de quanto 
a organização faturará em determinado período. 
A semelhança identificada nos objetivos da gestão pública é que também parte do 
planejamento como base de suas ações financeiras, porém, em vez de gerar mais riqueza 
aos “proprietários” (população), visa, com base em leis orçamentárias, atingir objetivos 
sociais, por ordem de prioridade. Nas questões orçamentárias, partindo do planejamento e 
do objetivo de aumentar a riqueza dos acionistas/cotistas, a organização privada parte de 
orçamentos. 
O orçamento por projeção de vendas; assim, determina onde se quer chegar, pode-
se definir como chegar, e o quanto de recursos financeiros deverá ser investido para 
alcançar esses objetivos, gerando margem e aumentando a riqueza de quem investiu na 
organização. 
7 ADIMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A Administração Pública é dividida em direta e indireta. A primeira diz respeito à 
união, aos estados, aos municípios e ao distrito federal, já a Administração indireta, se 
refere às autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas 
públicas. 
A Administração Indireta compreende um conjunto de pessoas jurídicas com o 
propósito de executar tarefas administrativas de forma descentralizada. Cabe ressaltar que 
a descentralização diz respeito a uma transferência do exercício de atividades 
 
 
 
32 
 
administrativas, contemplando mais de uma pessoa jurídica, sema existência de uma 
relação hierárquica entre elas. 
Segue algumas características comuns de todas as categorias de entidades que 
compõem a Administração indireta: 
 Descentralização por outorga, isto é, a transferência de titularidade e da execução 
são feitas por meio da lei e por prazo indeterminado. Ou seja, quando a delegação 
é feita por ato administrativo ou por contrato temos as figuras dos concessionários e 
dos permissionários. No entanto, quando a delegação surge por meio de uma lei que 
cria ou autoriza a criação das entidades responsáveis temos a Administração 
Indireta; 
 Personalidade jurídica própria, diferentemente da Administração direta, na qual os 
órgãos da Administração não possuem personalidade jurídica; 
 Patrimônio próprio; 
 Contratação por concurso público e compras por meio de licitações; 
 Relação de vinculação, não de subordinação, com a Administração direta; 
 Não se sujeitam à falência, inclusive aquelas entidades que exploram atividade 
econômica, como as empresas públicas e as sociedades de economia mista; 
 Não há uma relação hierárquica com a Administração direta, mas sim uma relação 
de; vinculação e tutela, controle finalístico e supervisão ministerial. 
Entidades da Administração indireta 
 
Autarquia 
É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para 
seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Algumas 
características adicionais: 
 Serviço público personificado; 
 Criada por lei, 
 Pessoa jurídica (PJ) de direito público; 
 Regime de pessoal: estatutário; 
 Foro processual: 
 
 
 
33 
 
 União: Justiça Federal; 
 Distrito Federal, Estados e Municípios: Justiça Estadual; 
 
Elas estão em funcionamento nas mais diversas áreas. Alguns exemplos de 
autarquias no governo federal são o Banco Central (BC), as agências reguladoras, o 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e órgãos como o Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico (CNPq) e também as universidades federais. 
 
 
 
Fonte: mailsondanobrega.com.br 
Fundação Pública 
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, 
criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não 
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, 
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado 
por recursos da União e de outras fontes. Outras características: 
 Patrimônio público personificado; 
 
 
 
34 
 
 Criação autorizada por lei, isto é, a lei apenas autoriza, para que ela seja 
criada necessita de registro no órgão competente; 
 Regime de pessoal: estatutário; 
 Foro processual: 
 União: Justiça Federal; 
 Distrito Federal, Estados e Municípios: Justiça Estadual; 
 Pode ser de direito: 
 Privado: também chamada de fundação governamental; 
 Público: esta é uma exceção, pois precisa ser CRIADA, não apenas 
autorizada, por lei, como as autarquias; 
São exemplos de Fundações Pública: Funai, Funasa, IBGE, Funarte e Fundação 
Biblioteca Nacional. 
 
 
Fonte: pmsaposse.sp.gov.br 
Empresas Estatais - Empresa Pública (EP) E Sociedade De Economia Mista (SEM) 
 Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, autorizada por 
lei (EC 19/1998) para a exploração de atividade econômica que o Governo 
seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência 
 
 
 
35 
 
administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em 
direito. 
 Sociedade de Economia Mista é a entidade dotada de personalidade jurídica 
de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, 
sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam 
em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. 
 
São exemplos de sociedades de economia mista a Petrobras, o Banco do Brasil, o 
Banco do Nordeste e a Eletrobrás. 
 
 
 
Fonte: correiodopovo.com.br 
A Caixa Econômica e os Correios, muitas vezes, são listados erroneamente como 
empresas de capital misto, mas elas são companhias públicas, pois seus capitais são 
integralmente controlados pelo Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 Fonte: correios.com.br Fonte: correiodoestado.com.br 
Características comuns das EP e das SEM: 
 Objeto: prestação de serviço público (ex.: Correios) ou exploração de 
atividade econômica (ex.: Petrobrás); 
 São pessoas jurídicas de direito privado; 
 Regime jurídico híbrido, ou seja, possuem regras mescladas do direito público 
e do direito privado; 
 Regime de pessoal: CLT, empregados públicos; 
 Não se sujeitam à falência; 
 Não são para-estatais; 
 Contratam por concurso público e compram por meio de licitações; 
 Conforme art. 173, par. 1, III da CF, as EP's e SEM's podem ter estatuto 
próprio de licitações e contratos, uma vez que competem no mercado privado 
e as rígidas regras da Lei 8.666 podem engessar as entidades, dificultando a 
concorrência pela morosidade do processo licitatório. No entanto, na prática 
este estatuto ainda não existe. 
 
 
 
37 
 
8 CONCEITOS HISTÓRICOS DO CONSENTIMENTO E DA PREVISÃO FINANCEIRA 
 
obshistoricogeo.blogspot.com 
O aspecto da ação financeira do poder público, mantém de forma estreita uma 
ligação com as idéias e as expectativas predominantes sobre o papel que o Estado exerce 
ou passou a exercer, muitas vezes a despeito das limitações que se pretendeu lhe impor. 
Desde a época de superioridade do pensamento liberal absoluto - "o melhor Estado 
é aquele que interfere e até administra menos" - até os dias de hoje - "quando o Estado 
comparece ou é chamado a comparecer (ou comparece até sem ser chamado) aos mais 
variados setores da nossa economia e sociedade" 
O que sempre foi uma constante é que a atividade financeira do Estado, qualquer 
que fosse o seu aspecto, nunca deixou de ser um ato de modo eminente político, com a 
necessária legitimação do poder de arrecadar, tanto mais que o surgimento da sua 
expressão mais significativa, o orçamento público se confunde com a origem dos próprios 
direitos do cidadão e das instituições de representação popular. 
 
 
 
38 
 
Já em nossa época, os técnicos e administradores, que encontraram a sua síntese 
na chamada “tecnocracia"4, procuram substituir os políticos no domínio da gestão financeira 
do Estado, com a reiterada invocação da racionalidade e, da eficiência. 
O consentimento da coletividade e a previsão das contribuições são elementos 
essenciais das definições mais aceitas do orçamento público, como a de Stourm - "ato 
contendo a aprovação prévia das receitas e das despesas públicas"; ou a de Bessaignet - 
"ato pelo qual são previstas e autorizadas as receitas e as despesas anuais do Estado", 
mas sempre se confundiram com a natureza do próprio orçamento, desde as suas formas 
mais primárias. 
Uma das manifestações precursoras é assinalada ainda na época do feudalismo, 
quando os monarcas, em face do fracionamento do poder, tiveram que reunir em 
assembleias os senhores feudais, seus vassalos, sempre que necessitassem arrebanhar 
recursos no interesse comum, geralmente para travarem a guerra; e só o conseguiram 
mediante o consenso e a fixação comum das contribuições. A instituição das "cúrias régias", 
em várias regiões da Europa, isto é, de conselhos constituídos por nobres e sacerdotes, foi 
uma forma de associação encontrada para legitimar resoluções de interesse coletivo, 
geralmente com conotação financeira. Na Espanha, quando os representantes do comércio 
e dos ofícios se juntaramaos do clero e da nobreza, a "cúria espanhola" se transformou 
nas "Cortes", convocadas por vezes para aprovarem tributos extraordinários solicitados 
pelo rei. Existe um documento de 1091, mediante o qual Afonso VI notificava a cobrança 
de um tributo extraordinário e se refere ao consentimento dos contribuintes. As chamadas 
"Cortes de Leão", de 1188, significaram algo como o reconhecimento de que os impostos 
não deveriam ser cobrados sem o consentimento dos delegados dos contribuintes. 
Um dos documentos de maior importância na história política - a "Magna Carta" - é 
estreitamente ligado a aspectos fiscais: o Príncipe João sem Terra, depois de haver imposto 
uma série de tributos de forma violenta e extorsiva, sofreu a revolta dos barões ingleses, 
que, em 1215, o obrigaram a assinar aquela "Carta", com a restrição dos poderes reais, 
notadamente através do compromisso de não cobrar tributos sem o consentimento do 
"Conselho dos Comuns". Mais tarde, a já "Câmara dos Comuns", além do consentimento 
 
4 Essa forma de governo surgiu a partir da necessidade de estudo do impacto da tecnologia nas 
sociedades. Os tecnocratas acreditam que com a mecanização do trabalho total, por exemplo, a qualidade 
de vida das pessoas melhoraria consideravelmente. 
 
 
 
39 
 
quanto à cobrança dos tributos, viria reclamar e obter também o direito de conhecer a 
aplicação dos recursos. 
Ao querer sobrepor-se às restrições da "Magna Carta" para cobrar tributos não 
consentidos, por intermédio da Câmara dos Comuns, o rei Carlos I, em 1649, perdeu o 
poder e a cabeça. 
E foi também por querer impor, sem procurar o consentimento, o tributo sobre o 
papel, o vidro e o chá, que os britânicos provocaram a rebelião e, com isto, a perda das 
suas 13 colônias da América do Norte que, por sinal, contra eles se levantaram sob a divisa. 
A casa real da França, por sua vez, que vinha, sem buscar consentimento, 
aumentando de forma crescente a carga tributária (concentrada no 3º estado, a burguesia, 
diante da isenção do clero e da aristocracia), se viu confrontada no século XVIII por sério 
impasse: com os cofres públicos exauridos, apesar da constante sangria, o rei Luiz XVI, em 
busca de recursos ainda maiores, não viu outra saída senão fazê-lo, já então na procura do 
consenso, com a convocação dos "estados gerais"; como sabemos, isto desencadeou o 
processo que desembocou na Revolução Francesa de 1789, que também a ele acabou 
custando o poder e a própria cabeça. 
Hoje em dia, nos países ditos civilizados, os deslizes financeiros não mais fazem os 
governantes perderem propriamente as suas cabeças - a não ser em sentido figurado. Mas 
podem fazê-los perder a credibilidade e, como consequência, o poder. 
Está aí o exemplo de Hugh Dalton, um dos maiores financistas de todos os tempos, 
autor da obra clássica Principles of public finance. Pois bem, quando investido, por volta de 
1950, no cargo de ministro da Fazenda da Grã-Bretanha, um simples vazamento de 
informações, causado por funcionário do segundo escalão e que teve alguma influência no 
mercado acionário, fez com que se sentisse levado a demitir-se de forma irrevogável. 
A efervescência política que caracterizou o século XIX, com o recrudescimento dos 
movimentos de reivindicação social em plena Revolução Industrial, teve o seu reflexo no 
questionamento da origem dos recursos extraídos da coletividade, ou seja, no lado da 
receita dos orçamentos. 
Passou-se a discutir a oportunidade de se substituir mais ou menos intensamente 
uma tributação até então dominante, de natureza indireta, embutida no preço dos produtos 
consumidos e, portanto, calcada sobre as contribuições da grande massa, por outra que 
recolhesse recursos dos que estivessem em melhor situação de renda ou fortuna, ou seja, 
 
 
 
40 
 
de acordo com a capacidade contributiva. Para isto o imposto de renda passou a ser 
considerado o melhor instrumento; instituído pela primeira vez e de forma ainda transitória 
pelo Gabinete de William Pitt para reforçar o tesouro britânico, durante as guerras 
napoleônicas, o novo tributo acabou se convertendo no objetivo de todos os movimentos 
de reivindicação social, como instrumento de justiça tributária, sendo um dos postulados do 
próprio Karl Marx. 
O consentimento da representação popular para determinar o volume das 
contribuições da coletividade - uma das mais importantes, se não a mais importante tarefa 
do Poder Legislativo - passou a ser discutido também em termos de distribuição da carga 
tributária por toda a sociedade. 
Já em nosso século, a escolha e a aplicação dos tributos ou outras formas de receita 
e o envolvimento de setores ou classes da sociedade na sua cobertura passaram a ser 
questão nuclear na discussão de qualquer orçamento, o que mais acentua o seu caráter 
político a necessidade de discuti-lo com a participação mais ampla dos representantes de 
toda a sociedade envolvida, tarefa na qual estes dificilmente poderiam ser substituídos por 
elementos da burocracia ou por decisões estreitas de gabinete. 
Teoricamente, o outro lado do orçamento, a despesa pública, se reveste de caráter 
não menos político do que a receita pública, pois justifica um interesse e participação da 
sociedade na destinação dos recursos arrecadados não menores do que na determinação 
da origem da receita. 
Aqui, ao componente "consentimento", tão essencial nas decisões sobre a origem e 
composição da receita, se reúne decisivamente o da "previsão", uma vez que é o volume 
da despesa que, em última análise, suscita o da receita, desde que, obviamente, a obtenção 
da receita seja viável em termos de volume e composição. O estreito inter-relacionamento 
receita/despesa ainda mais se acentua uma vez que se queira estender a influência fiscal 
sobre a distribuição de renda, sempre presente na constituição da receita pública, também 
à despesa. 
É o caso, por exemplo, das intenções do III PND, no Brasil, quando se propôs 
suplementar a renda das classes mais carentes com benefícios sociais proporcionados 
através da despesa pública. Como bem lembra James O'Connor, a respeito de tal tipo de 
benefícios, tais como transportes coletivos subsidiados ou gratuitos, os seus propósitos só 
 
 
 
41 
 
se efetivam desde que não sejam distorcidos por um sistema regressivo de receita, que 
faça com que a conta seja paga pelos próprios supostos beneficiários. 
9 DINÂMICA DA GESTÃO FINANCEIRA 
Planejar refere-se ao desenho de um futuro desejável e dos meios efetivos para 
realizá-lo. Consiste basicamente em definir os objetivos da instituição e desenhar um 
caminho para atingi-los. Como o planejamento enquanto função gerencial é discutido em 
profundidade em outro manual, trataremos aqui apenas dos aspectos referentes ao 
planejamento financeiro. 
A elaboração e implantação de um plano integrado de atividade constitui uma das 
principais funções gerenciais. Os objetivos de uma organização prestadora de serviços de 
saúde são complexos e às vezes conflitantes; por exemplo, a organização possivelmente 
pretende oferecer à comunidade os serviços de que ela necessita, em um nível aceitável 
de qualidade e ao menor custo possível. 
 A complexidade de tais objetivos requer um esforço coordenado de todos os 
departamentos e unidades envolvidos. O planejamento é exatamente o processo que 
harmoniza e coordena as diferentes decisões num todo coerente que permita à instituição 
atingir esses objetivos. 
 
 
 
 
42 
 
Fonte: Adaptação Livro: Gestão De Recursos Financeiros 
O planejamento financeiro pode ser definido de duas formas. Primeira, ele nada mais 
é do que um dos eixos do processo de planejamento em geral; parte de um plano geral já 
traçado, e identifica as necessidades de recursos associadas a ele e as ações que 
envolvem a mobilização e utilização desses recursos. 
Segunda, o planejamento financeiro é o processo de definir antecipadamente(prever, programar) a vida e a política financeiras de uma organização, visando a 
manutenção do equilíbrio financeiro e o alcance de seus objetivos. 
Apesar de parecerem muito diferentes e de serem às vezes consideradas como 
atividades distintas, as duas visões são, na verdade, complementares, pois, como já foi 
dito, a gestão financeira é inseparável dos outros aspectos da gestão das instituições de 
saúde. Entretanto, existem momentos em que o planejamento financeiro adquire 
preeminência sobre as outras dimensões do planejamento; por exemplo, quando a 
prioridade é identificar e mobilizar fontes alternativas de recursos. 
O papel do profissional financeiro no planejamento deveria ser, portanto, o de 
integrar-se ao processo geral do planejamento, enfatizando para os demais participantes 
do processo os riscos de um plano que despreze sua dimensão financeira. Planejamento 
financeiro é uma função básica para qualquer instituição. A elaboração e o estabelecimento 
de um plano ou orçamento integrado de atividades são tidos como a principal função do 
administrador financeiro. 
No campo do planejamento financeiro discutiremos algumas técnicas que lhe são 
associadas pelo fato de contribuírem diretamente para o seu objetivo básico, ou seja, 
decidir o futuro financeiro da instituição: a análise de investimentos e seu complemento, o 
fluxo de fundos, e a análise custo-benefício com sua variante, a análise custo-efetividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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