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DIREITO CONSTITUCIONAL I - CCJ0019 Título Caso Concreto 2 Descrição Objetiva: (XXVI Exame de ordem unificado) José leu, em artigo jornalístico veiculado em meio de comunicação de abrangência nacional, que o Supremo Tribunal Federal poderia, em sede de ADI, reconhecer a ocorrência de mutação constitucional em matéria relacionada ao meio ambiente. Em razão disso, ele procurou obter maiores esclarecimentos sobre o tema. No entanto, a ausência de uma definição mais clara do que seria ?mutação constitucional? o impediu de obter um melhor entendimento sobre o tema. Com o objetivo de superar essa dificuldade, procurou Jonas, advogado atuante na área pública, que lhe respondeu, corretamente, que a expressão ?mutação constitucional?, no âmbito do sistema jurídico-constitucional brasileiro, refere-se a um fenômeno a) concernente à atuação do poder constituinte derivado reformador, no processo de alteração do texto constitucional. b) referente à mudança promovida no significado normativo constitucional, por meio da utilização de emenda à Constituição. c) relacionado à alteração de significado de norma constitucional sem que haja qualquer mudança no texto da Constituição Federal. d) de alteração do texto constitucional antigo por um novo, em virtude de manifestação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Discursiva: (XX Exame de ordem unificado) Em um certo país (República Teta), o poder constituinte originário, ao produzir uma nova Constituição, insere no respectivo texto os seguintes artigos: ?Art. 28 - A produção, alteração e revogação de leis ordinárias se dará por manifestação da maioria simples no Parlamento da República, em um único turno. (...) Art. 63 - No que se refere às normas materialmente constitucionais, a manifestação do poder constituinte derivado reformador somente será reconhecida se o processo de votação for aprovado pela maioria de 4/5 do total de membros do Parlamento da República, em votação a ser realizada em dois turnos. Art. 64 ? No que se refere às normas meramente formais da presente Constituição, a manifestação do poder constituinte derivado reformador se dará por intermédio de manifestação de maioria simples dos membros do Parlamento da República, em um único turno. (...) Art. 100 dos ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias) ? Ficam integralmente revogadas as normas da Constituição anterior.? Diante do exposto e seguindo o quadro teórico adotado no sistema jurídico-constitucional brasileiro, responda às questões a seguir. A) Quanto à estabilidade, é possível considerar que a nova Constituição deve ser classificada como rígida? Justifique. Resposta: A constituição somente pode ser classificada como “rígida” quando exige, no processo de modificação pelo poder constituinte derivado reformador, solenidades e exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis que aquelas exigidas para a formação e modificação de leis comuns (ordinárias e complementares). No caso em tela, em razão do disposto nos Arts. 63 e 64 da Constituição da República Teta, temos uma Constituição semirrígida (ou semiflexível), assim considerada aquela em que alguns dispositivos podem ser modificados livremente pelo legislador, segundo o mesmo processo de elaboração e modificação das leis ordinárias (conforme Art. 28 da Constituição da República Teta), enquanto outros são modificáveis por meio de solenidades e exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis que aquelas exigidas para a formação e modificação de leis comuns (ordinárias e complementares). B) A nova Constituição deu origem ao fenômeno conhecido, no âmbito do direito constitucional intertemporal, como ?desconstitucionalização?? Justifique Resposta: desconstitucionalização é um fenômeno que se manifesta quando uma nova Constituição é promulgada e as normas formalmente constitucionais da Constituição anterior, que não tenham sido repetidas ou contrariadas, adentram no novo sistema com status de lei ordinária.No caso em tela, tendo em vista que o Art. 1º do ADCT da Constituição da República Teta estabeleceu a integral revogação das normas da Constituição anterior, não há que se falar em uma suposta vigência das normas da Constituição anterior - mesmo que com “status mitigado” de lei ordinária - no âmbito do atual ordenamento constitucional. TJ-MG – Apleação Cível AV 10231160040927001 MG(TJ-MG) Jurisprudência Data de publicação 17/03/2020 EMENTA O inciso XXII, do art. 7°, da Constituição Federal, que estabelecia entre os direitos sociais estaendeidos aos servidores públicos, pelaa redação do texto original, o adicional a ser pago em virtude do reisco decorrente do exercicio de atividade insalubre ou perigosa foi abolido daaquele texto(desconstitucionalizado) com a forma administrativa e consequente da alteração advinda com a EC n° 19/98. Assim o reconhecimento do direito ao adicional de isalubridade/ periculosidade a servidor público e o seu respectivo, pagamento continua dependente da previsão no ordenamento jurídico infraconstitucional de cada um dos entes administrativos. Portanto tão somente se previsto em leei e desde que preenchidos os requisitos para sua concessão. O adicional de de insalubridade/ periculosidade será devido àquele que exercer atividades insalubres ou perigosa, nas condições, nos limites e percentuais estabelecidos na própria lei e conforme se apurar em prova pericial, A disciplina jurídica do processo de elaboração das leis tem matriz essencialmente constitucional, pois residem, no texto da Constituição – e nele somente –, os princípios que regem o procedimento de formação legislativa, inclusive aqueles que concernem ao exercício do poder de iniciativa das leis. A teoria geral do processo legislativo, ao versar a questão da iniciativa vinculada das leis, adverte que esta somente se legitima – considerada a qualificação eminentemente constitucional do poder de agir em sede legislativa – se houver, no texto da própria Constituição, dispositivo que, de modo expresso, a preveja. Em consequência desse modelo constitucional, nenhuma lei, no sistema de direito positivo vigente no Brasil, dispõe de autoridade suficiente para impor, ao chefe do Executivo, o exercício compulsório do poder de iniciativa legislativa. [MS 22.690, rel. min. Celso de Mello, j. 17-4-1997, P, DJ de 7-12-2006.] http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/in_processo.asp?origem=IT&classe=&processo=22690&recurso=0&tip_julgamento=M
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