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Caso concreto 2 - Constitucional I

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Nome: Caroline Gomes da Silva Matrícula: 201807124941 
Objetiva: (XXVI Exame de ordem unificado) José leu, em artigo jornalístico veiculado em meio 
de comunicação de abrangência nacional, que o Supremo Tribunal Federal poderia, em sede 
de ADI, reconhecer a ocorrência de mutação constitucional em matéria relacionada ao meio 
ambiente. Em razão disso, ele procurou obter maiores esclarecimentos sobre o tema. No 
entanto, a ausência de uma definição mais clara do que seria ?mutação constitucional? o 
impediu de obter um melhor entendimento sobre o tema. Com o objetivo de superar essa 
dificuldade, procurou Jonas, advogado atuante na área pública, que lhe respondeu, 
corretamente, que a expressão ?mutação constitucional?, no âmbito do sistema jurídico-
constitucional brasileiro, refere-se a um fenômeno 
Resposta: c) relacionado à alteração de significado de norma constitucional sem que haja 
qualquer mudança no texto da Constituição Federal. 
 
 
Discursiva: (XX Exame de ordem unificado) Em um certo país (República Teta), o poder 
constituinte originário, ao produzir uma nova Constituição, insere no respectivo texto os 
seguintes artigos: ?Art. 28 - A produção, alteração e revogação de leis ordinárias se dará por 
manifestação da maioria simples no Parlamento da República, em um único turno. (...) Art. 63 - 
No que se refere às normas materialmente constitucionais, a manifestação do poder 
constituinte derivado reformador somente será reconhecida se o processo de votação for 
aprovado pela maioria de 4/5 do total de membros do Parlamento da República, em votação a 
ser realizada em dois turnos. Art. 64 ? No que se refere às normas meramente formais da 
presente Constituição, a manifestação do poder constituinte derivado reformador se dará por 
intermédio de manifestação de maioria simples dos membros do Parlamento da República, em 
um único turno. (...) Art. 100 dos ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias) ? 
Ficam integralmente revogadas as normas da Constituição anterior.? Diante do exposto e 
seguindo o quadro teórico adotado no sistema jurídico-constitucional brasileiro, responda às 
questões a seguir. 
A) Quanto à estabilidade, é possível considerar que a nova Constituição deve ser classificada 
como rígida? Justifique. 
Resposta: Só podemos classificar a constituição como rígida quando exige, no processo de 
modificação pelo poder constituinte derivado reformador, solenidades e exigências formais 
especiais, diferentes e mais difíceis que aquelas exigidas para a formação e modificação de leis 
comuns (ordinárias ou complementares). No caso acima, em razão do disposto nos arts 63 e 
64 da Constituição da República Teta, temos uma Constituição semirrígida (ou semiflexível), 
assim considerada aquela em que alguns dispositivos podem ser modificados livremente pelo 
legislador, segundo o mesmo processo de elaboração e modificação das leis ordinárias (conforme Art. 
28 da Constituição da República Teta), enquanto outros são modificáveis por me io de solenidades e 
exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis que aquelas exigidas para a formação e 
modificação de leis comuns (ordinárias e complementares). 
 
 
B) A nova Constituição deu origem ao fenômeno conhecido, no âmbito do direito 
constitucional intertemporal, como? desconstitucionalização?? Justifique 
Resposta: A desconstitucionalização é um fenômeno que se manifesta quando uma nova Constituição é 
promulgada e as normas formalmente constitucionais da Constituição anterior, que não tenham sido 
repetidas ou contrariadas, adentram no novo sistema com status de lei ordinária. No caso em tela, 
tendo em vista que o Art. 1º do ADCT da Constituição da República Teta estabeleceu a integral 
revogação das normas da Constituição anterior, não há que se falar em uma suposta vigência das 
normas da Constituição anterior - m esmo que com “status mitigado” de lei ordinária - no âmbito do 
atual ordenamento constitucional. 
TJ-MG – Apelação Cível AC 10261160040927001 MG (TJ-MG) 
EMENTA 
O inciso XXIII, do art. 7º, da Constituição Federal, que estabelecida entre os direitos sociais 
estendidos aos servidores públicos, pela redação do seu texto original, o adicional a ser pago 
em virtude do risco decorrente do exercício de atividade insalubre ou perigosa foi abolido 
(desconstitucionalizado) com a reforma administrativa e consequente alteração advinda com 
a EC nº 19/98. Assim o reconhecimento do direito ao adicional de 
insalubridade/periculosidade a servidor público e o seu respectivo pagamento continua 
dependente da previsão no ordenamento jurídico infraconstitucional de cada um dos entes 
administrativos. Portanto, tão somente se previsto em lei e desde que preenchidos os 
requisitos para a sua concessão, o adicional de insalubridade/periculosidade será devido 
àquele que exercer, nos limites e percentuais estabelecidos na própria lei e conforme se 
apurar em prova parcial.

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