ANÁLISE DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO CIDA

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ANÁLISE DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
Nome da Escola: Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa - EFM
O Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio, em seu Projeto Político Pedagógico define os princípios para a orientação das atividades de ensino, sendo que o mesmo busca comtemplar o diálogo entre escola e comunidade, buscando em suas práticas pedagógicas contemplar os interesses de todos os envolvidos na comunidade escolar.
Tendo por objetivo a emancipação e exercício da cidadania da comunidade escolar, o PPP do Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa procura dentro da perspectiva histórico-critica se adaptar e sempre visar a interação de seus educandos.
Assim, juntamente com a comunidade escolar ao reelaborar o seu Projeto Político Pedagógico em busca inovações e crescimento das ações educativas, levando em consideração as mudanças ocorridas no contexto escolar; Educação no Campo e Educação em Tempo Integral Turno Único no Ensino Fundamental.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) do Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa – EFM é entendido como um processo de mudança que remete ao futuro, estabelecendo princípio, diretrizes e organização para o desenvolvimento das propostas das ações para melhorar o aperfeiçoamento de nossa prática pedagógica no interior da escola. Sua dimensão política – pedagógica pressupõe a construção coletiva e participava, envolvendo efetivamente os vários segmentos da escola.
Nesse processo todos os envolvidos comprometidos com os interesses reais da escola, passa refletir e contribuir com suas experiências, com o resgate de valores, reafirmando seus sonhos e utopias. O Projeto Político-Pedagógico da escola pode ser entendido como um instrumento de convivência, num horizonte de novos caminhos e possibilidades na transformação necessária e desejada pelos diversos segmentos escolares — alunos, pais, professores, funcionários, direção e toda a comunidade escolar. 
A participação dos membros da comunidade escolar na construção do projeto da escola vai seguramente levar a escola ao sucesso, porque desenvolvido desta forma permite que as pessoas demonstrem os seus saberes, dêem sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmem as suas identidades, estabelecendo novas relações de convivência. Nessa perspectiva busca se uma escola que respeite a diversidade cultural e étnica, que se constitua em referência para cada comunidade, que seja espaço de criação e difusão cultural, permitindo que a população se aproprie do espaço público e dos conhecimentos que nele se produzam.
Dentro de uma visão, histórico - critica procura se que se tenha uma educação de qualidade e efetiva, que comtemple todas as esferas educacionais.de forma que o Projeto Político Pedagógico venha adequar a escola para receber seu público atual, torná-lo capaz de promover a realização pessoal, para a participação social e política, ou seja, uma escola que exerça a cidadania plena de todos os alunos de forma inclusiva e critica para o aluno enquanto sujeito critico e ativo na sociedade, pois o Projeto Político Pedagógico da instituição visa o desenvolvimento sustentável de todos seus educandos e a formação de sujeitos conscientes, ativos que possuam ideologias próprias e capaz de decidir e atuar na realidade sócio-ambiental de modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um.
Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos a Proposta do Projeto Político Pedagógico se proponha a trabalhar na interpretação das práticas sociais da comunidade escolar, identificando as formas de sobrevivência, os valores, à organização, às crenças, o lazer etc. que determinam as representações e os saberes coletivos construídos. Porém, isto não se determina somente pelos aspectos de maturidade e afetividade individual, mas se referem, sobretudo, às condições do mundo concreto e real onde vivem. E assim proporcionando um ambiente escolar saudável e coerente, para que possam de fato, contribuir para a formação da identidade como cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o Meio Ambiente.
O Colégio do Campo está situado no município de Nova Cantu, na Rua Curitiba S/Nº, no distrito de Geremias Lunardelli, a 152 km de distância do Núcleo de Campo Mourão, sendo o ensino seriado, contemplando o ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e Ensino Médio do 1º ao 3º ano. Possui um total de 13 turmas, e 180 alunos em média, sendo esses 111 no período matutino e 69 no período noturno. A estrutura administrativa e educacional é composta por um diretor efetivo, dezenove professores, dois pedagogos, sete funcionários que atuam na administração e organização da escola. 
O Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa Ensino Fundamental e Médio teve início nas suas atividades no ano de 1960 , inicialmente como Escola Isolada Municipal Rui Barbosa. Até 1979 foi mantida pela Prefeitura Municipal de Nova Cantu, por meio da Resolução conjunta 124/82 de 01/01/83, criou – se a Escola Estadual Rui Barbosa Ensino de 1º Grau, onde ofertou ensino de 1ª a 4ª série do 1º Grau e passou ser mantida pelo Governo Estadual. Em 1992 foi desmembrada , sendo que o ensino de 1ª a 4ª série se municipalizou e então a escola passou a ofertar somente o ensino de 5ª a 8ª série. Já em 1998, por meio da Deliberação nº 003/98 e Resolução nº 3.120/98, alterou– se a nomenclatura deste estabelecimento, passando a ser: Escola Estadual Rui Barbosa Ensino Fundamental. Em 2004, percebendo a seriedade dos trabalhos dos profissionais da educação e direção, a comunidade solicitou o curso de Ensino Médio, o qual com luta e esforço da direção e empenho de órgãos superiores, o Colégio foi autorizado a funcionar o Ensino Médio, no ano de 2005 em forma gradativa, através da resolução nº 696/05, o Estabelecimento de Ensino foi autorizado a funcionar através da Resolução nº124/82 de 14/10/82. A partir de 01 de março de 2005 a escola passou a denominar-se Colégio Estadual Rui Barbosa Ensino Fundamental e Médio.
Assim propiciando uma educação inovadora e crítica, em poder preparar o aluno de Ensino Médio, uma formação integral, domínio dos aspectos metodológicos indispensáveis e na concretização das concepções assumidas coletivamente, onde as relações neste espaço contemplam o respeito às diferenças, a busca de autonomia num ambiente de qualidade e superação dos limites colocados no atual contexto.
Dentro das mudanças Legais da educação do Estado do Paraná, a escola adotou a linha, Histórico Crítica e os alicerces que estão nos pressupostos de uma teoria pedagógica crítica de concepção dialética viável que parta da prática social.
Em relação aos ambientes físicos escolares, esses são espaços educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados com flores e árvores, móveis, equipamentos e materiais didáticos adequados à realidade da escola. Além das boas condições de trabalho professores, alunos, funcionários e direção sempre estão atentos para um bom aproveitamento dos recursos existentes, procurando organizar de forma que favoreça um melhor convívio entre as pessoas. 
A merenda escolar também é de qualidade. Além da escola em seu espaço físico contemplar a adaptação do ambiente com a via de acesso para deficientes físicos. Além de contar com: Acesso a Internet gratuita, carteiras conservadas, materiais de uso para o professor como: giz, quadro, pincel para quadro branco, livros, computadores, TV Pendrive, aparelho de som e DVD, Data Show e outros. 
O colégio possui:
· Refeitório
· Cozinha 
· Sala da Direção
· Sala dos Professores Pedagogos
· Sala dos Professores
· Secretaria
· Biblioteca 
· Jardim 
· Laboratório de Informática
· Laboratório de Física e Química
· 05 salas de aulas
· Banheiro feminino
· Banheiro masculino 
Sabe se que nos dias atuais a escola ainda tem muito para se adequar as novas exigências das diretrizes. Pois, falta espaço físico na área da cultura, temos uma biblioteca adaptada, salas com pouca ventilação, salas improvisadas para atender os projetos e programas da escola.
As intervenções pedagógicassão feitas com o atendimento individualizado ao aluno, diálogo constante com a família e também com reuniões bimestrais de acompanhamento com os pais sobre o rendimento escolar do seu filho.
A recuperação de estudos é feita paralelamente às aulas, com revisão dos conteúdos que não foram assimilados, através de atividades em sala de aula ou com trabalhos e pesquisas extraclasse, os que não ficam em recuperação continuam avançando o conteúdo programado ou participam da recuperação como reforço do que já foi assimilado e às vezes auxiliando os colegas.
A Formação Continuada do Colégio é realizada através de Grupos de Estudos, seminários, fóruns,oficinas por disciplinas e outros encontros, tanto para os professores e funcionários como também às instâncias colegiadas, a realização dessas capacitações acontecem com outras escolas do município, com o NRE, SEED, CRTE e no próprio estabelecimento,
As instâncias colegiadas são formadas pelo: Conselho de Classe, Conselho Escolar e A.P.M.F. e Grêmio Estudantil.
A participação de Pais e Comunidade é realizada através de reuniões, palestras, gincanas e festividades.
O corpo docente da escola está composto de 19 professores habilitados. Em média 100% professores já possuem especialização em sua área de atuação, vale ressaltar que o papel do professor é de grande relevância,pois a qualidade de ensino e o sucesso na tarefa de educar estão intimamente relacionados à: 
· Formação inicial e continuada;
· Às condições de trabalho - recursos didáticos, físicos, humanos e materiais, número de alunos na sala de aula etc.; 
· Troca de experiência entre as áreas;
· Valorização profissional; a
· Entrosamento / diálogo;
· Apoio dos pais no processo de ensino;
· Hora atividade.
Em termos do quadro administrativo e Serviços Gerais a escola está muito bem assessorada, pois todos os funcionários possuem qualificação para assumir tal cargo. Os funcionários concursados estão sempre se qualificando, realizando cursos de capacitação, que visam um atendimento de qualidade ao educando, visto que a vida escolar do aluno está sempre passando pelas mãos desses funcionários, que também são educadores.
O sentido filosófico que norteia o Projeto Político -Pedagógico é a exploração da dimensão filosófica das aprendizagens curriculares, o que inclui a própria investigação de métodos, textos e princípios da filosofia. Todos esses fatores estarão integrados ao Projeto da escola que trabalha a favor de uma cidadania autônoma e solidária, assim a filosofia será livre e intrinsecamente transformadora.
Assim sendo este projeto será compreendido como uma tentativa de promover experiências coletivas de pensamento filosófico, ou seja, vivências intersubjetivas únicas e irrepetíveis, de um pensar que pergunta, debate, critica, dialoga, cria e resiste. Cabe ressaltar que a elaboração do Projeto Político Pedagógico pressupõe, por parte dos sujeitos que o constroem, a definição de pressupostos - filosóficos, sociológicos, epistemológicos e didático metodológicos - que orientem o pensar e o fazer da escola. 
Filosóficos – referem - se à visão de homem a ser perseguida no pensar e nas práticas a serem desenvolvidas pelos atores escolares como, por exemplo, um indivíduo que deva usar suas capacidades intelectuais, psicomotoras e afetivas visando à transformação das estruturas e instituições sociais. 
Epistemológicos - dizem respeito à concepção que temos acerca da gênese do conhecimento. De forma articulada à visão de homem, o saber é percebido como decorrência do imbricado jogo das relações sociais. Nesse sentido, conhecimento e realidade são construídos e transformados coletivamente. 
Sociológicos - situam sujeitos em relação ao caráter histórico da luta de classes. Assim à medida que a sociedade é, em sua gênese, conflituosa e possuidora de contradições e paradoxos que permeiam as relações pessoais e institucionais, a escola, não está ilhada dos jogos e práticas sociais nem imunes aos problemas gerados nas várias esferas da totalidade social, devido às relações de poder presentes em seu interior. 
Didático -metodológicos – referem -se às formas eleitas para a sistematização do processo educativo visando oportunizar ao aluno a (re) elaboração crítica.
Quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre sua própria situação concreta, mais se torna progressivo e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para muda -la (MIZUKAMI:86-1986).
Em muitas atividades o Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa - EFM propõe o desenvolvimento da consciência de si mesmo, do ambiente social em que está inserido e do senso crítico, possibilitando, que o educando torne um agente de transformação social.
Para Piaget a noção de desenvolvimento do ser humano se dá por fases que de relacionam e se sucedem, até que se atinjam estágios da inteligência caracterizados por maior mobilidade e estabilidade.
O Colégio proporciona situações de exploração, por parte do aluno, de diferentes suportes da escrita, desenvolve nos alunos a capacidade de reproduzir ou criar, e não apenas de repetir, é uma forte tendência da escola. Em fim, sabendo que a aprendizagem é um processo teórico para sua prática pedagógica, em que o homem a medida que constrói sua singularidade, atua sobre as condições objetivas da sociedade, transformando -a. (FREITAS:41-1995)
A tendência pedagógica do Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa - EFM, é a constante busca de um ensino de qualidade, que estimule e desafie o aluno, partindo de sua inteligência, que se confronte com o que a humanidade produziu que propicie o espírito crítico, e crie situações para que os alunos aprendam igualmente, cada um de acordo com seu talento e com seu potencial.
Portanto, o currículo escolar, bem como os programas e os planos de ensino, serão considerados como ponto de partida de criação, apropriação, sistematização, produção e recreação do saber.
O Colégio considera o processo do desenvolvimento humano integral, como instrumento, que gera transformações sociais. E base para aquisição da autonomia de visão prospectiva, fator de progresso econômico, social É o elemento de integração e conquista do sentimento da consciência de cidadania.
O Projeto Político Pedagógico da escola do campo Rui Barbosa estará apoia se :
· No desenvolvimento de uma consciência crítica;
· No envolvimento das pessoas, a comunidade interna e externa a escola;
O papel do trabalho na vida do aluno e da sociedade é um aspecto que se enfoca no PPP, no qual a escola se encarrega da preparação de um melhor desempenho em suas funções sociais no mundo do trabalho. O mundo necessita ter um cidadão social e fraterno não apenas querer tudo de si, mas transmitindo conhecimento e proporcionando condições para o crescimento de todos. A escola empenha na construção coletiva de um Projeto Político Pedagógico de qualidade, politicamente definido em favor das necessidades das camadas populares concebendo a escola do ponto de vista da educação, enquanto direito social. Pois nesse sentido a função social da escola revela sua dimensão política na perspectiva de construir coletivamente a qualidade do ensino e da aprendizagem pela via de uma Proposta Pedagógica autônoma e democrática. Enquanto a aquisição da herança cultural organizada na forma de currículo se constitui em objeto de apropriação por parte das novas gerações, a gestão desses processos educativos se articula ao papel que a escola representa na unidade conhecimento - poder para usar papel na formação de cidadãos críticos e ativos. A qualidade do ensino-aprendizagem decorrente proposta no Projeto possibilita o desenvolvimento de uma nova forma de pensar/ falar/agir que não permite ao poder se ocultar em lugar algum, mas que se explicita nas relações entre sujeitos e os objetos de apropriação (bens materiais e culturais) como uma possibilidade real de construção da dignidade do cidadão camponês. Afinal, romper com a discriminação e com o racismo, investindo numa escola que contemple e valorize matrizes culturais sem hierarquizálas, que valorize e atue com competência, conhecimento e desejo político, rumo à construção de uma educação libertadora e multicultural crítica - esses são os desafios e legados históricos. 
Os princípios que norteiam o PPP, segundo a Lei 9394/96 são:
“I. Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III. Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
IV. Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. Valorização do profissional da educação escolar;
VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação do sistema de ensino;
IV. Garantia do padrão de qualidade;
X. Valorização da experiência extracurricular;
XI. Vinculação entre “a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”.
 Portanto o PPP supõe reflexão e discussão crítica sobre os problemas da sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de intervenção na realidade, buscando a transformação da realidade social, econômica, política. Exigindo e articulando a participação de todos os sujeitos envolvidos no processo educativo (professores, funcionários, pais, alunos e outros), empenhados na sua efetivação constituída por uma visão global de realidade e compromissos coletivos.
Assim percebe se que o PPP está organizado com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ou seja, busca contemplar todos os pré requisitos estabelecidos na mesma.
Outro aspecto que o PPP aborda é acerca da globalização, informatização e avanço da ciência, no qual a escola não poderá ficar a margem desse processo ou cumprir o papel de mera reprodutora do poder dominante, formando alunos passivos, alienados politicamente e conformados com sua realidade.
Entretanto, a função social da escola do campo é a de possibilitar o acesso, a democratização dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade para que ocorra a emancipação humana transformando as relações sociais.
O ser humano é sujeito de direitos, por isso, a educação do campo consiste num direito inalienável do indivíduo. Nesse sentido, precisa se trabalhar em defesa da educação pública, gratuita, democrática, inclusiva e de qualidade para todos.
Uma escola democrática deve priorizar a apropriação crítica do saber pelos alunos, partindo do conhecimento espontâneo, para posteriormente problematizá - lo e então instrumentalizar o aluno para exercer sua cidadania, tendo plena consciência do seu papel no contexto em que vive, ou seja, sujeito histórico, agente transformador.
Portanto, na visão de Paulo Freire, a função da escola é formar o cidadão, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, ético e participativo.
A nova LDB 9394/96 tem sido de fundamental importância nas salas de aulas, pode se vivenciar no dia-a-dia com a capacitação também dos professores em sala de aula.
 Porém no PPP nota se que a escola tem sentido algumas dificuldades, tais como:
· Falta de docente efetivo;
· Evasão e repetência escolar; 
· Poucos recursos financeiros e falta de autonomia no uso dos mesmos;
· Gravidez precoce;
· Famílias desestruturadas;
· Alunos itinerantes no período de safra;
· Questões climáticas, dificultando o deslocamento até a escola, devido ao transporte escolar (chuva);
· Defasagem idade série;
· Formação continuada.
Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado mudanças significativas em diversas esferas da vida nacional. A organização e a estrutura do sistema educacional, como parte desse contexto mais amplo, traduzem muitas das peculiaridades e características desse reordenamento, sendo também palco de inúmeras transformações. 
A Constituição estabelece que a educação seja um direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Aqui se introduz uma primeira noção importante, a de que a educação é tarefa a ser compartilhada entre o Estado e a sociedade. Na esfera do Poder Público, este dever é um repartida entre as diferentes instâncias governamentais (a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios). 
Os saberes escolares devem se integrar aos conhecimentos culturais trazidos pelos alunos do campo e professores, somando as áreas de conhecimento com as experiências já adquiridas entre educador e educando.
Em atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais cuja meta principal é assegurar condições para o ingresso e a permanência deles na escola através de ações que flexibiliza o processo ensino-aprendizagem de modo a atender às diferenças individuais. 
É cada vez mais importante a adoção de currículos abertos e de propostas curriculares diversificadas para atender a todos e propiciar o progresso de cada um em função das possibilidades e diferenças individuais. Apesar da escola não ofertar espaço físico adequado, Sala de Recursos e equipe multidisciplinar para subsidiar aos professores para a realização dessa tarefa, nota se que há uma busca para encontrar alternativas através de estudos de documentos, sugestões de leituras, troca de experiências entre os docentes e reuniões com a equipe pedagógica do NRE, bem como o envolvimento de toda comunidade escolar no processo de inclusão. Portanto, sabe se que somente através de desafios pode se encontrar caminhos que venham favorecer nesta tarefa que faz parte do fazer pedagógico
O Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa – EFM, tem a finalidade de oferecer uma verdadeira formação ao aluno, trabalhando em consonância com a realidade do mesmo cultivando no alunado a consciência crítica e a necessidade de participar da sociedade com responsabilidade e solidariedade, sabendo conviver em harmonia com todos os colegas, independente de cor, raça, religião e idade.
Por isso, ao organiza as turmas priorizando o melhor rendimento do aluno, buscando equilibrar o número de pessoas por sala, permitindo que haja turmas heterogêneas, para que ocorra interação entre alunos com idade, cor e nível de aprendizagem diferente, pois o aluno que está mais avançado na apropriação do conteúdo é capaz de ajudar o colega com dificuldade em apreender o conhecimento numa relação dialógica.
As mudanças que acontecem na sociedade são muito aceleradas, os acontecimentos sociais, econômicos, políticos e culturais se multiplicam e a escola está inserida nesta realidade, a qual deixara de certa forma desinteressante para os alunos, que estão imerso num mundo de informações constantes. Em contrapartida, muitos pais não têm frequentado a escola, alegando falta de tempo, devido à rotina imposta pela vida moderna. Luckesi (1992, p.78) diz que:
“A escola nasceu de uma necessidade do próprio processo social; à medida que está se tornou mais complexo. A escola do campo cresceu e ganhou novas estruturas à medida que as sociedades também foram gerando novas necessidades. Hoje, embora a escola agregue funções supletivas, a sua função essencial continua a ser a de mediar, para as novas gerações, a apropriação da cultura acumulada pela humanidade.” 
A escola e a família são instituições interdependentes, ambas são muito importantes na educação da criança, pois a família e o agente primário no processo educacional, é no seio familiar que o sujeito adquire noções do que é certo e do que é errado, valores de religiosidade, ética, cidadania, respeito, regras de comportamento em grupo, coisas do dia a dia. Ao chegar na escola, estes conhecimentos serão sistematizados, por isso, é essencial resgatar aqueles pais ou responsáveis que ainda não se fazem presentes no contexto escolar.
A atual Constituição, promulgada em 1988 em seu artigo 205, destaca o Estado e Família como corresponsáveis pela educação da criança e do adolescente, quando diz que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimentoda pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Também o artigo 299, coloca o dever dos pais com relação aos seus filhos, dizendo que “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores...” Constituição da República Federativa do Brasil, 2008)
Assim sendo, escola e família compartilham responsabilidades pela educação da criança, por isso, é importante que a família compreenda a função da escola e busque formas de cooperar com ela, acompanhando a realização das tarefas dos filhos, a organização do material escolar, zelar pela frequência do educando e comparecer regularmente na escola para dialogar com os professores, bem como apresentar sugestões para construção de um ensino de qualidade.
Por outro lado, a escola precisa conhecer o aluno e sua família para buscar um relacionamento melhor com eles e desenvolver seu trabalho com maior eficiência, pois o aluno é um ser integral, o que significa que a sua realidade social influenciará no seu comportamento e na sua aprendizagem. Portanto, para conseguir superar os desafios inerentes a realidade e os problemas de evasão, reprovação e aprovação pelo conselho de classe são necessários que cada instituição assuma a sua responsabilidade e cumpra com seus deveres na formação do sujeito, pois geralmente tem se o hábito de transferir as responsabilidades (para família, para o Estado) e nesse interino o aluno é a pessoa mais prejudicada. Portanto, temos que trabalhar coletivamente para atingirmos o mesmo objetivo.
Nesta perspectiva, a instituição busca meios de atrair os pais na escola, utilizando estratégias para envolvê - los em atividades que oportunizem a família interagir com os segmentos da escola, estabelecendo uma relação democrática e dialógica. Pois, na maioria das vezes os pais são chamados para comparecerem na escola para ouvirem reclamação do rendimento ou comportamento do filho, resultando no afastamento deles do ambiente escolar. No entanto, deveriam ser chamados também para participarem da tomada de decisões pedagógicas e receberem também elogios do desempenho do (a) filho (a).
 Entretanto, ainda estamoso processo democrático está sendo inicializado na escola, compreendendo como espaço incondicional de socialização do conhecimento e de instrumentalização da comunidade escolar, o que significa dizer que a escola sozinha não exercerá a sua função com eficiência, mas somente será efetivada se todos coletivamente se sentirem responsáveis pela escola, pela sociedade, pelos alunos e pela aprendizagem e temos certeza de que é preciso conscientizar os pais a participação deles não é uma concessão, mas um direito, promover espaços para este fim, bem como possibilitar momentos de discussão e tomada de decisões no intuito de construir uma escola acolhedora, possibilitando ao aluno o acesso ao conhecimento, único caminho de emancipação humana.
A escola do campo está inserida numa realidade desafiadora, pois além de ensinar os alunos os conhecimentos historicamente acumulados, sistematizando o saber espontâneo do aluno, de forma significativa, ela também precisa trabalhar pela sua permanência. Pois, atualmente a escola é acessível a todos, no entanto, muitos alunos não permanecem até a conclusão do curso e evadem.
Entre os motivos que acarretam a evasão no Ensino Fundamental matutino pode se destacar a defasagem idade/série, pois os alunos iniciam a o 6º ano saturados da escola, depois de várias reprovações, além disso, não conseguem interagir no grupo e consequentemente desistem dos estudos, apesar da escola sempre dialogar com o aluno e a família sobre a importância da sua permanência.
A evasão no Ensino Médio Noturno tem alcançado um índice elevado, devido a situação de alunos trabalhadores, por isso, a escola precisa encontrar mecanismos para se adaptar a realidade do aluno do campo, buscando encaminhamentos metodológicos que deem significado ao conteúdo.
O problema da evasão também é latente no período matutino, em que muitos alunos precisam ajudar a família ma ordenha do rebanho, tendo sair cedo de casa e passar muito tempo no transporte escolar, agregado também a defasagem idade/série. Geralmente as alunas não têm perspectiva de futuro, não conseguem vislumbrar novos horizontes e acabam deixando os estudos devidos à gravidez precoce ou matrimônio.
Entre os fatores que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem e que resultam na reprovação da maioria dos alunos e na aprovação pelo conselho de classe, pode se pontuar o desafio de trabalhar com a diversidade e aliada a rotatividade de docentes, são problemas que condicionam a não aprendizagem.
Segundo o IDEB o Colégio Estadual do campo Rui Barbosa alcançou um bom resultado que estimulam todos a trabalhar pela superação dos problemas exposto e a priorizar o ensino e aprendizagem do aluno do campo, investindo na formação continuada do professor; no incentivo a participação efetiva dos pais no acompanhamento do desempenho dos filhos; combater com a ajuda do coletivo a evasão escolar, com ações pedagógicas eficientes; fomentar entre os alunos e professores o hábito da leitura melhorando o acervo bibliográfico da biblioteca; estimular todos os docentes, independente da disciplina, trabalhar com a leitura e escrita, para que formemos alunos críticos, que exerçam sua cidadania plenamente, pois se esta não for a nossa prioridade, teremos alunos alienados, analfabetos funcionais. 
De tal modo o PPP possibilita à escola refletir sobre seus problemas com todos os seus segmentos e viabilizar alternativas não imediatistas, mas, sobretudo, de médio e longo prazo, de como pensar, executar e avaliar o seu trabalho, e esta visa expressar suas formas metodológicas acerca do entendimento que os professores têm da escola do conhecimento, do processo de ensinar e de aprender, da sociedade e do homem que irá viver nessa sociedade.
A missão básica da escola do campo é promover o processo de transmissão e geração dos conhecimentos humanísticos, científicos e tecnológicos que possibilitem ao individuo amplo domínio das atividades intelectuais e operativas, como instrumento de conquista da cidadania e de adaptação e flexibilização no mundo do trabalho, como profissional capacitado a agir com autonomia e responsabilidade, de forma crítica e criativa, em consonância com o setor produtivo. Buscando com isso um ensino e educação de qualidade, para um melhor desenvolvimento do intelecto, do senso crítico, da criatividade e da integridade da pessoa na dimensão de sua vocação para servir, pois o educando como parte integrante do mundo quer da escola do campo explicações e descobertas dos fenômenos reais.
Mais especificamente na inclusão escolar, esse fato nos levA a pensar e debater sobre as várias implicações e mudanças que esse ideal nos impõe e sobre o que essa frase quer dizer para cada um de nós: educadores, pais, familiares e sociedade em geral. Afinal queremos uma educação de qualidade para todos.
E para isso temos que encontrar o caminho mais claro e objetivo para atingirmos esse ideal. Por isso, a grande missão da escola do campo será trabalhar para uma escola que forme indivíduo para que tenha uma vida realizada e plena, bem como formar um cidadão que participe responsavelmente na sociedade, através de um currículo que contemple de maneira interdisciplinar e contextualizada os objetivos aqui elencados.