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Fichamento_do_livro_bê-a-bá_da_acústica_arquitetônica_-_introdução_a_acústica_arquitetônica-22_01_2013

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Fichamento do livro bê-a-bá da acústica arquitetônica - introdução a acústica arquitetônica
de Anabar | trabalhosfeitos.com
UFAL - Universidade Federal de Alagoas
FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Conforto Ambiental IV
Aluna: Ana Bárbara de Sousa Castro 6º período
Fichamento do Livro Bê - a – Bá da Acústica Arquitetônica
Introdução a acústica arquitetônica
Algumas lições do passado
Teatro Grego 
Constituído como um local de representação, normalmente situados inclinados aproveitando da topografia. 
Com os gregos aprendemos a eficiência da distribuição da platéia em formas semi-circulares e aproveitamento da topografia, tendo como resultado a aproximação do público ao palco, permitindo, assim, a melhor captação sonora.
Teatro Romano 
Com estrutura que se apóia em escadas e corredores, que se elevam e abraça a cávea, criando superfícies verticais mais altas.
Com os romanos observamos a possibilidade de reforço sonoro, através de aumento das superfícies verticais da edificação construída atrás do palco e de reflexões laterais, exercendo o papel hoje desempenhado por nossas conchas acústicas.
Idade Média 
Com a expansão do cristianismo, na Idade Média, os teatros pararam de ser desenvolvidos arquitetonicamente. Desta forma, as igrejas passaram a retratar melhor as funções acústicas. 
Os romanos construíram edifícios monumentais com espaços amplos, através da criação de arcos, o que diminuiu a quantidade de colunas. Construídas com materiais acusticamente reflexivos (pedra e alvenaria), as igrejas medievais são exemplos de ambientes comgrande sobreposição sonora. 
Império Bizantino 
Locais com influência bizantina, a presença da cúpula serve-nos como exemplo de superfícies que causam ocorrência de uma focalização sonora. 
Período Gótico 
Nas igrejas, através do arco orgival, liberando as paredes do peso da cobertura, o edifício se torna cada vez mais alto, aumentando o caminho percorrido pelo som e provocando percepção de fenômenos como o eco.
Renascimento 
Com o Renascimento há uma valorização da literatura e da arte, tornando apropriada a revitalização dos teatros. 
Os teatros renascentistas são desenvolvidos em ambientes fechados, refletindo um grande momento para a Acústica Arquitetônica. Nos teatros fechados o grande número de superfícies propicia inúmeras reflexões sonoras que reforçam o som direto. Essa reflexão sonora é compensada pela absorção sonora, causada pela grande capacidade de público.
Barroco 
No Barroco o desenvolvimento da orquestra conferiu ao teatro a existência de dois ambientes específicos. As diferenças das características acústicas entre o palco e a área de orquestra marcam o agravamento dos problemas acústicos do teatro fechado, revelando a necessidade de equilíbrio acústico entre esses dois ambientes.
Século XIX
O teatro tem uma função de comunicação e seu programa e mobiliário respeitam essa função, a exemplo o teatro Wagneriano. O papel da orquestra na ópera é de conduzir o drama, ocupando um lugar destacado em relação aopalco. A audiência é distribuída em leque, rodeada por nichos e pilares, que promovem uma difusão do som refletido.
Essas evidências indicam a importância de ser alcançado o conforto acústico para que a função “ouvir” seja contemplada.
Século XX
É só a partir do século XX que os problemas da acústica passaram a ser tratados com maior embasamento científico.
No século XX a platéia apresenta certa homogeneidade na recepção sonora. A resposta arquitetônica a este requisito é a forma retangular dos auditórios. Associada a forma retangular, está o paralelismo das paredes, prejudicial acusticamente, pois pode gerar defeitos acústicos.
Século XXI
A preocupação acústica não é apenas uma questão de condicionamento acústico do ambiente, mas também de controle de ruído e preservação da qualidade ambiental. O número de fontes produtoras de ruído é cada vez maior e as conseqüências desses ruídos para o homem são cada vez mais prejudiciais. 
Para as edificações novos materiais são empregados e, muitos deles, materiais leves, de baixo isolamento acústico.
Conceitos básicos para o arquiteto
O som tem sua origem na vibração de um objeto, provocando a vibração de partículas do meio (ar e materiais de construção) e sendo capaz de ser captado pelo ouvido humano. 
Ondas sonoras - propagação das vibrações sonoras pelo ar devido a pequenas alterações provocadas na pressão atmosférica.
Propagação sonora - sucessivas compressões e rarefaçõessofridas pelas partículas de ar de forma que o movimento de uma partícula provoca a vibração da partícula vizinha, resultando na propagação sonora.
Amplitude – máximo deslocamento da partícula em relação ao seu centro de equilíbrio.
Freqüência - número de vezes que uma partícula completa um ciclo de compressão e rarefação em determinado intervalo de tempo, ao redor de seu centro de equilíbrio, ou seja, número de vezes que ela passa por uma mesma fase de vibração.
Normalmente a freqüência é uma grandeza medida em Hertz(Hz), que representa o número de ciclos por segundo (c.p.s). Cada fonte sonora tem sua capacidade própria de vibrar em determinada faixa de freqüência. Para que seja audível ao ouvido humano, as frequências devem se situar entre 20 e 20.000Hz.
As frequências mais altas, com maior número de oscilações temporais, correspondem aos sons mais agudos, enquanto as freqüências mais baixas, com menor número de oscilações temporais, aos sons mais graves.
Tom – várias freqüências, determinando a percepção sonora da característica.
Diapasão - tom puro caracterizado por uma única freqüência.
Primeiro harmônico - freqüência mais baixa de uma fonte.
Altura - número de oscilações (freqüência).
Intensidade - refere-se à amplitude.
Timbre - forma como as freqüências se combinam, constituindo o espectro sonoro. Esta é a característica responsável para que o nosso ouvido consiga distinguir sons de mesmafreqüência e mesma amplitude, porém emitidos por diferentes fontes.
Comprimento de onda - distância entre duas vibrações sucessivas a partir de uma fonte, ou seja, a distância que o som percorre em cada ciclo completo de vibração.
Está grandeza física do som caracteriza o seu comportamento perante as superfícies, revelando-nos se a superfície tem dimensões adequadas, para que ocorra a distribuição sonora desejada para o ambiente.
Direcionalidade - existe uma tendência das fontes sonoras irradiarem mais energia em determinada direção do que em outras.
Tomando-se como exemplo a voz humana, enquanto as médias e baixas freqüências distribuem-se mais uniformemente, com ângulos mais abertos em relação à fonte, as altas tendem a se concentrar no eixo longitudinal da fonte.
Intensidade sonora e sensibilidade auditiva 
O comportamento da onda sonora, considerando apenas o som direto, tende a propagar-se esfericamente. Portando, a intensidade do som decai a media que nos afastamos da fonte.
O decibel corresponde a uma escala logarítmica, que se aproxima da percepção do ouvido às flutuações da pressão e da intensidade sonora. Utilizamos o decibel para medirmos o nível de intensidade sonora (NIS) e o nível de pressão sonora (NPS).
Sons de mesmo nível de intensidade e frequências diferentes não são percebidos como se fossem igualmente intensos.
Na combinação de duas fontes sonoras não resulta na adição simples de seus NPS ou NIS.Quando duas fontes sonoras se sobrepõem, o nível de pressão sonora aumenta, no máximo, o valor de 3 dB. Além disso, uma fonte pode ter o efeito de mascaramento sobre a outra, pois a capacidade de percepção das duas fontes depende não só dos seus níveis sonoros, mas também de suas freqüências. 
As freqüências mais baixas, normalmente, promovem maior efeito de mascaramento sobre as mais altas. O grau de atenção do ouvinte para a fonte de interesse é um elemento que também influi no mascaramento.
Para que um som não sofra a influência de um som mascarante é necessário, que o seu nível de intensidade sonora esteja cerca de 15 dB, ou mais, acima do mascaramento.
Propriedades do som
As formas e materiais adotadostêm influência no comportamento do som, determinado o desempenho acústico do ambiente.
Na maioria das vezes, o som que nosso ouvido percebe é a composição do som direto e as subseqüentes reflexões sofridas pela onda sonora em um ambiente. Desta forma, as diversas reflexões reforçam o som direto.
Os sons de alta freqüência, pequeno comprimento de onda, tendem a sofrer reflexões mais comumente do que os de baixa freqüência, cujos comprimentos de ondas são maiores. Um som de alta frequência é facilmente refletido por pequenos objetos, provocando ainda sombras acústicas nas regiões imediatamente posteriores a estes objetos.
Em projeto este fato deve ser muito bem observado, para que os lugares onde há interesse na recepção sonora nãosejam prejudicados pelas sombras acústicas. Por outro lado, esses sons são capazes de atravessar pequenas aberturas, sem que o raio sonoro seja influenciado pelo obstáculo.
A reflexão, quando explorada arquitetonicamente, através de formas e direcionamento apropriados de espelhos acústicos é um excelente instrumento para permitir o reforço e distribuição sonora, aumentando a intensidade e a homogeneidade do som do ambiente.
A queda de intensidade sonora não ocorre apenas em decorrência da distância, mas também em função da absorção sonora dos materiais. Ao incidir sobre uma superfície, parte da energia sonora é refletida, enquanto outra parte é absorvida pelo material. Normalmente quanto mais poroso o material, maior é a absorção. Quanto maior é o número de reflexões sofridas por um raio, menor é sua intensidade.
O intervalo de tempo que existe entre a chegada do raio sonoro direto e a chegada dos raios refletidos é decorrente da distância percorrida por cada um desses raios. Se a distância percorrida é muito menor do que aquele do raio refletido, de forma que o intervalo de tempo entre as chegadas seja maior que 1/30 de segundo, o ouvido humano percebe como se fossem separados, provocando o defeito acústico que chamamos de eco.
Superfícies côncavas também podem causar o efeito de eco, uma vez que promovem a concentração de reflexões num mesmo ponto. Normalmente, desde que a área de recepção esteja afastada da região de focalização dos raios, oeco não é percebido. Desde que nem a fonte, nem o receptor estejam dentro da projeção do círculo que contém a superfície côncava, a reflexão desta superfície é acusticamente aceitável e pode agir como dispersor do som.
As superfícies côncavas tendem a difundir o som. A difusão corresponde ao espalhamento dos raios sonoros, de forma que a área de abrangência dos raios refletidos é maior do que aquela promovida por uma superfície plana.
Quando a freqüência de uma fonte provoca a vibração de outra, ocorre o que chamamos de ressonância. Como cada objeto, superfície ou material tem sua própria capacidade de vibrar em determinadas faixas de freqüência, é muito comum que em edificações ocorram ressonâncias devido às coincidências entre as freqüências de suas superfícies e as da fonte sonora. 
A propriedade de ressonância foi explorada nos teatros romanos para aumentar o tempo de permanência do som no ar, através da aplicação de ressonadores de bronze distribuídos pela platéia.
Em ambiente fechado, onde ocorrem múltiplas reflexões sonoras, manifesta-se também o fenômeno da reverberação. Ao cessar a emissão da fonte sonora, as sucessivas reflexões ainda podem ser percebidas como um prolongamento do som, fazendo com que sua extinção no ambiente ocorra após um intervalo de tempo, chamado de tempo de reverberação.
Uma simples observação em campo tendo como base essas propriedades poderá evidenciar a atuação do arquiteto sobre o ambiente acústico.

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