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CIÊNCIA DO SOLO E FERTILIDADE Rafael Pedroso Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as principais propriedades utilizadas para classificar as 13 ordens de solos do SiBCS Apontar os principais atributos diagnósticos físicos, químicos e mi- neralógicos utilizados para classificar as 13 ordens de solos do SiBCS. Reconhecer os horizontes diagnósticos superficiais e subsuperficiais utilizados para a classificação dos solos. Introdução Assim como os animais são classificados e divididos em grupos de acordo com suas características, os solos também têm seu próprio sistema de classificação, que separa as diferentes ordens em grupos. O Brasil apresenta grande diversidade de solos devido ao seu clima predominantemente tropical e à sua área continental. Dessa forma, foi necessária a criação de um sistema próprio de classificação de solos: o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), elaborado pela Embrapa. Em termos gerais, esse sistema separa todos os solos brasileiros em 13 grupos, que são chamados de ordens de solos. Mas como dividir os solos nesses grupos? Basicamente, o SiBCS leva em conta os atributos do solo (que nada mais são do que as suas carac- terísticas) e os horizontes diagnósticos, ou seja, as porções do perfil do solo que possuem atributos peculiares e características que se repetem. Neste capítulo, você vai conhecer os principais atributos do solo, que podem ser químicos, físicos, mineralógicos, orgânicos, etc. Além disso, você vai conhecer os diferentes horizontes diagnósticos, utilizados também na classificação dos solos. Propriedades dos solos Para classifi car os solos brasileiros, é necessário identifi car as suas caracte- rísticas. Essas características já estão previamente estabelecidas no SiBCS e norteiam todo o processo de classifi cação. Tais características são divididas em propriedades e atributos do solo. Ao todo, são 13 propriedades e 47 atri- butos, ou seja, há uma grande diversidade de características que diferenciam os solos. Para classifi car os solos, é necessário ter o conhecimento básico desses aspectos. Neste tópico, você vai aprender sobre os principais atributos e propriedades dos solos. Dessa forma, você vai ser capaz de compreender as defi nições básicas da classifi cação dos solos. As propriedades do solo são características morfológicas que estão presentes e são observáveis para a diferenciação das ordens. A seguir, você vai ver as 13 propriedades, bem como uma breve descrição do que elas representam. No link a seguir, você pode acessar o site do SiBCS, com todas as definições das pro- priedades dos solos. https://goo.gl/66j5RZ Cor A cor é uma das primeiras propriedades do solo que você deve ser capaz de diagnosticar e avaliar. Utilizando a cor do solo, você pode fazer inferências como: teor de matéria orgânica, tipos de óxidos de ferro, processos de formação, etc. Para que haja uniformidade na determinação dessa propriedade, é utilizada a carta de cores Munsell, que auxilia na padronização entre os classifi cadores. A cor é estabelecida pela associação de três componentes: matiz (combinação de pigmentos do solo, por exemplo: vermelho R, vermelho-amarelo YR e amarelo Y), valor (tonalidade da cor, que indica a proporção da presença de preto e branco na cor) e croma (intensidade da cor). Ao fi m do processo de determinação da cor do solo, você obtém então um código, estabelecido pela carta de Munsell, que indica a cor do solo. Por exemplo: 2,5 YR 3/6, sendo que 2,5 YR diz respeito ao matiz, 3 ao valor e 6 ao croma. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)2 Nos links a seguir, você pode assistir a dois vídeos que abordam a cor dos solos. https://goo.gl/j3vqkj https://goo.gl/FBf1Yw Textura A textura é uma importante propriedade do solo e diz respeito à proporção dos componentes sólidos do solo em relação ao tamanho das partículas. Essa propriedade está diretamente relacionada com a fertilidade do solo, bem como com o comportamento da água no solo. Assim, é de extrema importância, uma vez que diz respeito ao potencial de exploração agrícola dos solos. As partículas do solo são divididas em tamanhos, como você pode ver no Quadro 1. Partícula Tamanho (mm) Argila < 0,002 Silte 0,002 – 0,05 Areia fina 0,05 – 0,2 Areia grossa 0,2 – 2 Cascalho 2 – 20 Calhau 20 – 20 Matacão > 200 Quadro 1. Classes granulométricas dos constituintes sólidos minerais do solo Os diferentes solos apresentam proporções também diferentes desses componentes. A análise textural pode ser realizada em laboratório para defi- nições mais precisas. No entanto, em campo, você pode diagnosticar a textura 3Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) previamente utilizando o tato. No Quadro 2, você pode ver a relação entre o tamanho da partícula e a sensação tátil ao fazer o contato. Partícula Sensação tátil Areia Áspero. Similar a uma lixa. Silte Sedoso. Similar ao talco molhado. Argila Pegajoso (gruda na mão) e bastante fino. Quadro 2. Relação entre o tamanho da partícula e a sensação tátil Acesse o link a seguir para assistir a um vídeo explicativo sobre a textura dos diferentes componentes granulométricos do solo. https://goo.gl/v9inH6 Estrutura Geralmente, as partículas da fração sólida do solo não fi cam soltas. Elas fi cam ligadas umas às outras em organizações conhecidas como agregados (torrões). A ligação das partículas de areia, silte e argila se dá pela presença de matéria orgânica, carbonatos, sílica, entre outros materiais. A estrutura do solo está diretamente ligada às condições de infi ltração de água no solo, à aeração e à porosidade, à atividade biológica, à capacidade de troca de íons, etc. Dessa forma, a defi nição da estrutura do solo é de suma importância, pois está re- lacionada com o potencial de exploração agrícola dos solos. Para a defi nição da estrutura do solo, você deve levar em conta três aspectos: tipo (forma); tamanho — muito pequena, pequena, média, grande, muito grande; grau de desenvolvimento (força com que as partículas se unem) — solta, fraca, moderada e forte. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)4 Na Figura 1, a seguir, você pode ver os diferentes tipos de estrutura do solo. Figura 1. Tipos de estrutura do solo. Acesse o link a seguir para ler mais sobre os tipos de estrutura do solo. https://goo.gl/ypscrZ Consistência A consistência é a propriedade que diz respeito a como a estrutura está estabe- lecida em três diferentes níveis de umidade. Simplifi cadamente, a consistência estuda com maior profundidade a estabilidade da estrutura do solo (agregados). Para classifi car a consistência do solo, é selecionado um agregado de algum dos horizontes do perfi l e então essa estrutura é submetida a diferentes níveis de pressão com auxílio das mãos. O teste é realizado em três níveis de umidade (seca, úmida e molhada). A seguir, você pode ver quais são as defi nições da consistência para cada nível de umidade. Consistência seca: é determinada a resistência ou fragilidade do agregado ao se quebrar ou esboroar. Pode ser classificada como: solta 5Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) (mais fácil de quebrar/esboroar), macia, ligeiramente dura, dura, muito dura e extremamente dura (mais difícil de quebrar/esboroar). Consistência úmida: é determinada a friabilidade (capacidade de se esboroar, desfazer, quebrar) do agregado submetido à umidade. É classificada como: solta, muito friável, friável, firme, muito firme, extremamente firme. Consistência molhada: para a definição da consistência molhada, o agregado é umedecido, amassado e homogeneizado na mão. Em sequ- ência, avalia-se a plasticidade (Figura 2) (capacidade de o agregado ser moldado tal como uma massa de modelar) em três níveis: não plástica (não se molda), ligeiramente plásticae muito plástica (se molda com facilidade). Figura 2. Plasticidade é a capacidade de moldar o solo tal qual uma massa de modelar. Fonte: Melnikof/Shutterstock.com. Além da plasticidade, também é verificada a pegajosidade (capacidade de aderência do material) em três níveis: não pegajosa (não adere), ligeiramente pegajosa e muito pegajosa (material que adere muito à mão, ou seja, que gruda). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)6 Porosidade Diferentemente de uma rocha maciça, o solo apresenta porosidade tal qual uma esponja de lavar louças. Apesar de todos os solos serem porosos, eles apresentam diferenças marcantes no que diz respeito à proporção de poros, bem como à presença de macroporos (drenagem e retenção de gases) e microporos (retenção de umidade). A porosidade do solo garante o estabelecimento de organismos vivos, a respiração do sistema radicular e a retenção da umidade, importante para a sobrevivência de vegetais. Para a classificação da porosidade, é preciso verificar o perfil do solo, bem como seus horizontes. Além disso, são definidos dois aspectos dos poros: quantidade — poucos, comuns ou muitos; tamanho — pequenos, médios, grandes ou muito grandes. Acesse o link a seguir para assistir a um vídeo que demonstra o que é a porosidade do solo. https://goo.gl/ZNhZQD Cerosidade A cerosidade é uma propriedade que faz com que a superfície dos agregados de um ou mais horizontes apresentem aspecto ceroso, como se houvesse graxa sobre a superfície do “torrão”. A cerosidade é facilmente diagnosticada posicionando a superfície do agregado contra uma fonte de luz. Assim, logo é destacado o brilho ceroso que indica a ocorrência da cerosidade. A classifi cação da cerosidade é estabelecida de acordo com os critérios a seguir: grau de desenvolvimento — fraca, moderada ou forte; quantidade — pouco, comum ou abundante. 7Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) Nódulos e concreções minerais Alguns solos apresentam estruturas cimentadas que se diferem da matriz original do solo e acabam se destacando. Esses corpos são concreções minerais ou nódu- los. A diferença entre concreções e nódulos é a organização interna. Enquanto as concreções têm um ponto interno onde o corpo se desenvolve, os nódulos não têm estrutura interna organizada. Na classifi cação em campo, deve-se indicar alguns pontos, tais como: quantidade, tamanho, dureza, forma, cor e natureza. Minerais magnéticos Alguns solos têm como material de origem minerais magnéticos que são facilmente atraídos por ímãs, que devem também ser levados no processo de classifi cação de solos a campo. No campo, o pedólogo (profi ssional que clas- sifi ca os solos) coleta uma porção de solo e a aproxima do ímã para verifi car o grau de atração do solo ao magneto. Posteriormente, identifi ca e toma nota do grau de atração. Eflorescências Efl orescências são deposições de sais sobre a superfície de solo. Geralmente se apresentam como uma estrutura esbranquiçada salina. A ocorrência de efl orescência geralmente está relacionada com o clima mais seco. Coesão Coesão é um atributo relacionado ao horizonte subsuperfi cial do solo. É uti- lizada para identifi car se existe, naturalmente, uma forte interação entre os constituintes sólidos do solo, levando à criação de resistência à penetração da faca e do martelo pedológico. A classifi cação de coesão se dá pela penetração da faca pedológica no horizonte B (subsuperfi cial). O grau de coesão é defi nido em dois níveis: moderadamente coeso — resiste à penetração da faca pedológica (a consistência tende para dura quando o solo está seco e para friável a firme quando úmido); fortemente coeso — resiste fortemente à penetração da faca pedológica (a consistência tende para muito dura a extremamente dura quando seco e para friável a firme quando úmido). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)8 Atributos dos solos Além das propriedades, há também os atributos diagnósticos para o processo de classifi cação dos solos. Ao todo, são 47 atributos. A seguir, você vai conhecer os principais deles. No link a seguir, você tem acesso ao site do SiBCS, com todas as definições dos atributos dos solos. https://goo.gl/48C2C9 Material orgânico/mineral Todos os solos, em sua fração sólida, apresentam componentes minerais e orgânicos. No entanto, alguns solos apresentam predomínio da fração mine- ral e outros, da fração orgânica. Dessa forma, é possível dividir os solos em material orgânico ou material mineral (Figura 3). Para isso, é usado o critério do teor de carbono do solo (Quadro 3). O material do solo será considerado orgânico quando o teor de carbono for igual ou maior que 80 g/kg–1, avaliado na fração TFSA, tendo por base valores de determinação analítica conforme método adotado pela Embrapa Solos (EMBRAPA, 2006). Quando o solo apresenta esses elevados teores de carbono, não quer dizer que ele tenha apenas componentes orgânicos, mas que as suas propriedades físico-químicas são mais infl uenciadas e determinadas pela matéria orgânica. Material Critério Orgânico Teor de C da TFSA >= 80 g/kg–1 Mineral Todos que não atenderem ao critério para serem material orgânico Quadro 3. Critérios para determinação de material orgânico e mineral 9Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) Figura 3. À esquerda, organossolo, solo que atende ao critério de material orgânico. À direita, latossolo, solo de material mineral, ou seja, que não atende aos critérios para material orgânico. Fonte: a) Almeida, Zaroni e Santos ([200-?a]); b) Latossolos... ([200-?]). Atividade da fração argila Todos os solos apresentam argila com parte constituinte da sua fração sólida. No entanto, argila é apenas o tamanho de uma partícula, não diz respeito, por exemplo, à qualidade do material. Existem diferentes tipos de minerais de argila, e as diferenças se manifestam principalmente na atividade desses materiais. A atividade é a quantidade de cargas em relação à massa que o material apresenta. Quando a argila tem muitas cargas eletrônicas, se diz que ela tem alta atividade; quando não, baixa atividade. Para a defi nição desse atributo diagnóstico, calcula- -se o valor T (cmolc/kg–1) x 1.000/conteúdo de argila (g/kg–1). Ou seja, é feita uma relação entre o valor T, a quantidade de cargas da fração argila e o conteúdo (teor) de argila daquele solo. Quanto maior for o valor calculado na relação, maior é a atividade da argila. No sistema de classifi cação, foi estabelecido o valor 27 cmolc/kg–1 para dividir as argilas entre alta e baixa atividade. A seguir, no Quadro 4, você pode ver os critérios para esse atributo. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)10 Atividade da fração argila Critério Alta atividade (Ta) >= 27 cmolc/kg–1 Baixa atividade (Tb) < 27 cmolc/kg–1 Quadro 4. Critérios para determinação da atividade da fração argila do solo Os solos que possuem argila de alta atividade (Ta) apresentam diferenças marcantes se comparados aos solos com argila de baixa atividade (Tb). No Quadro 5 e nas Figuras 4 e 5, você pode ver as principais diferenças. Solos com argila Ta Solos com argila Tb Alta CTC (cargas negativas do solo) Baixa CTC (cargas negativas do solo) Estrutura com maior grau de desenvolvimento Estrutura com menor grau de desenvolvimento Alta fertilidade Baixa fertilidade Friabilidade comprometida e aspectos físicos mais limitantes Geralmente, friabilidade adequada e facilidade para o preparo do solo Quadro 5. Diferenças entre solos com argilas de alta e baixa atividade 11Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) Figura 4. Luvissolo, solo com argila de alta atividade. É possível verificar a estrutura bem desenvolvida desse solo que é, também, fruto da maior atividade da argila. Fonte: Almeida, Zaroni e Santos ([201-?]). Figura 5. Argissolo, solo com argila de baixa atividade. É possível verificar que a estrutura, quando comparada ao luvissolo(Figura 4), é menos desenvolvida. Fonte: Jarbas et al. ([2010]). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)12 Saturação por bases O atributo de saturação por bases indica a proporção da capacidade de troca de cátions (CTC) ocupada por bases do horizonte diagnóstico subsuperfi cial. Para comprender melhor esse atributo diagnóstico, imagine que o solo é um armário com apenas duas gavetas (Figura 6). Numa gaveta são guardados os elementos básicos do solo (cálcio, potássio, magnésio e sódio), na outra são guardados os elementos da acidez do solo (Al e H). A saturação por bases é o valor que relaciona a porcentagem do armário que é ocupado pela gaveta de bases. Quando se diz que a saturação por bases (V%) é 60, isso quer dizer que a gaveta de bases ocupa 60% do total da CTC (armário inteiro), e os 40% restantes são ocupados pela gaveta da acidez. Figura 6. O solo é como um armário com duas gavetas. Numa gaveta são guardados os componentes básicos (soma de bases) e na outra, os ácidos (hidrogênio e alumínio). O tamanho que a gaveta dos componentes básicos ocupa, proporcionalmente ao tamanho total do armário, é conhecido como saturação por bases (V%). Fonte: Adaptada de Lazzarini (2017). É bastante intuitiva a preferência por solos com menos acidez, ou seja, com maior V%. Como forma de critério e separação de solos com fertilidade naturalmente básica ou ácida, é determinado o V% do horizonte subsuperfi- 13Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) cial (sem interferência do homem, sem aplicação de calcário, por exemplo). O critério adotado é que solos com V% maior que 50 levam o nome de eu- tróficos (solos naturalmente mais básicos) e solos com V% inferior a 50 são chamados de solos distróficos (solos naturalmente mais ácidos), como você pode verificar no Quadro 6. Saturação por bases (V%) Horizonte diagnóstico subsuperficial (B ou C) Classificação >= 50 Eutrófico < 50 Distrófico Quadro 6. Critério para determinação de solos eutróficos e distróficos Entenda, com a animação disponível no link a seguir, o que é a saturação por bases (V%). https://goo.gl/7fBSZj Mudança textural abrupta Alguns solos apresentam diferenças signifi cativas na textura (proporção de argila, silte e areia) entre os horizontes superfi ciais (A ou E) e subsuperfi ciais (B). Na classifi cação de solos, é adotado um critério que defi ne quando essa diferença é signifi cativa, caso em que é chamada de mudança textural abrupta. A Figura 7 explica esse critério de forma simples. Como você pode notar, existem dois casos em que pode ocorrer a mudança textural abrupta. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)14 Figura 7. Critérios para identificação de mudança textural abrupta nos solos. Fonte: Adaptada de Lazzarini (2017). Como você viu na Figura 7, o Caso 1 engloba solos com menor teor de argila no horizonte superficial (A ou E), que é de até 200 g/kg–1 de argila (ou 20% de argila). Nesse caso, o horizonte subsuperficial B deve dobrar o teor de argila numa distância vertical de até 7,5 cm. Se, por exemplo, o horizonte A tiver 180 g/kg–1 (18% de argila), o horizonte B deve apresentar teores iguais ou maiores que o dobro de 180, ou seja, ao menos 360. Já no Caso 2, em solos com maior teor de argila no horizonte superficial, ou seja, valores maiores que 200 g/kg–1, o horizonte subsuperficial deve somar 200 g/kg–1 ao teor de argila do horizonte superficial, em uma distância vertical de até 7,5 cm, para ser considerado com mudança textural abrupta. Como exemplo, considere um solo com horizonte A com 300 g/kg–1 de argila. Nesse caso, para que haja mudança textural abrupta, o horizonte subsuperficial B deve apresentar 300 (teor de argila do horizonte superficial) + 200 (critério), ou seja, ao menos 500 g/kg–1 de argila (50% de argila). Plintita/petroplintita A plintita é um agregado resultante da mistura de argila rica em ferro, quartzo e outros minerais. Essa mistura é rica em ferro e pobre em matéria orgânica. Geralmente possui coloração mosqueada vermelha, vermelho-amarelada e vermelho-escura. A plintita pode ocorrer em qualquer tipo de solo que possui 15Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) teores elevados de ferro em sua composição. Para a formação (gênese) da plin- tita, é necessária a presença da água para fazer a ferrólise de argila (remoção de ferro presente na argila), segregando o ferro e posteriormente mobilizando, transportando e se concentrando em compostos de ferro. A petroplintita é proveniente, geralmente, da plintita. A diferença entre os dois materiais ricos em ferro é que a plintita não endurece irreversivelmente, o que é característica da petroplintita. Esta, de acordo com a ocorrência de ciclos de umedecimento e secagem, sofre consolidação vigorosa, alterando-se para nódulos ou concreções ferruginosas. Superfícies de fricção Alguns solos apresentam em sua constituição minerais de argila que são expansíveis. Esses minerais, com o ciclo de umedecimento, se expandem, causando movimentação da massa de solo. A movimentação gera deslizamento e atrito na massa de solo, gerando superfícies alisadas e lustrosas no perfi l (superfícies de fricção). Caráter ácrico O caráter ácrico é típico de solos altamente intemperizados, tais como os latos- solos ácricos. O intemperismo atua na modifi cação dos minerais de argila, bem como, pela ação da água, remove as bases ao longo do solo. Em linhas gerais, o caráter ácrico é defi nido para solos com baixos teores de soma de bases e predo- mínio de cargas positivas (geralmente os solos apresentam predomínio de cargas negativas, CTC), resultando em solos com baixa capacidade de reter cátions. A seguir, você pode ver os critérios para que o solo atenda ao caráter ácrico. a) Soma de bases trocáveis (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+) com alumínio extraível por KCl 1 mol L–1 (Al3+) em quantidade igual ou inferior a 1,5 cmolc/ kg–1 de argila. b) pH KCl 1 mol L–1 igual ou superior a 5,0. c) ∆pH positivo ou nulo (∆pH = pH KCl – pH H2O). Indica predomínio da presença de cargas positivas. Baixa CTC. Caráter alítico/alumínico Os caráteres alítico e alumínico, como os próprios nomes sugerem, estão relacionados a solos que apresentam elevados teores relativos de alumínio Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)16 trocável no horizonte subsuperfi cial. Solos que apresentam o diagnóstico desse atributo têm, naturalmente, limitação química para a produção agrícola devido à presença desse elemento tóxico ao desenvolvimento radicular. O caráter alítico está relacionado a solos com argilas de maior atividade, e o alumínico, a solos de menor atividade. A seguir, você pode ver os critérios que são adotados para classifi car os solos nesses dois caracteres. a) Alítico (para solos de maior atividade da argila): ■ Al (KCl 1M) > 4 cmolc/kg; ■ Atividade da argila > 20 cmolc/kg (fração argila): ■ Saturação por Al (m%) > 50% ; ■ Saturação por bases (V%) < 50%. b) Alumínico (para solos de menor atividade da argila, mais comuns no Brasil): ■ Al (KCl 1M) > 4 cmolc/kg; ■ Atividade da argila < 20 cmolc/kg (fração argila); ■ Saturação por Al (m%) > 50% ; ■ Saturação por bases (V%) < 50%. c) Grupamento textural (esse atributo é utilizado para determinar a classe textural dos horizontes do perfil de solo estudado; os critérios servem para estabelecer a qual classe de textura cada horizonte pertence): ■ Textura arenosa — material que compreende as classes texturais areia e areia franca, ou seja, teor de areia menos teor de argila > 700 g/kg–1; ■ Textura média — material com menos de 350 g/kg–1 de argila e mais de 150 g/kg–1 de areia, excluídas as classes texturais areia e areia franca; ■ Textura argilosa — material com conteúdo de argila entre 350 g/ kg–1 e 600 g/kg–1; ■ Textura muito argilosa — material com conteúdo de argila superior a 600 g/kg–1; ■ Textura siltosa — material com menos de 350 g/kg–1 de argila e menos de 150 g/kg–1 de areia.Relação silte-argila Como o próprio nome sugere, a relação silte-argila é obtida com a divisão do teor de silte pelo teor de argila. Esse atributo diagnóstico é um indicador do 17Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) grau de intemperismo do horizonte diagnóstico. À medida que o intemperismo ocorre, o silte é mobilizado em partículas cada vez menores, que por fi m acabam compondo a fração argila. Dessa forma, solos mais intemperizados apresentam menores valores da relação silte-argila. Veja os critérios para classifi car o horizonte diagnóstico com a apresentação desse atributo: solos de textura franco arenosa ou mais fina — valor deve ser inferior a 0,7; solos de textura argilosa ou muito argilosa — valor deve ser inferior a 0,6. A seguir, no Quadro 7, você pode ver um breve resumo das principais propriedades e atributos diagnósticos que auxiliam na classificação dos solos. Propriedades Atributos diagnósticos Cor Indica a cor do solo (matiz, croma e valor) Material orgânico e mineral Indica o predomínio de material mineral ou orgânico no solo Textura Indica a proporção de tamanho de partículas da fase sólida do solo Atividade da fração argila Indica se a fração argila apresenta pouca ou muita quantidade de cargas Estrutura Indica como está estabelecida a agregação do solo Saturação por bases Indica se há predomínio de ácidos ou bases no solo Consistência Indica a condição dos agregados em relação à friabilidade, à pegajosidade e à plasticidade Mudança textural abrupta Indica se existe mudança de textura brusca entre os horizontes Quadro 7. Resumo a respeito das principais propriedades e atributos diagnósticos que auxiliam na classificação dos solos (Continua) Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)18 Propriedades Atributos diagnósticos Porosidade Indica a presença e a quantidade de poros no perfil do solo Plintita/ petroplintita Indica a presença de plintita e/ ou petroplintita no perfil Cerosidade Indica a presença de acúmulo de argila sobre a superfície dos agregados Superfícies de fricção Caracteriza solos com minerais de argila expansiva Nódulos e concreções minerais Indica a presença de corpos minerais distintos da matriz original do solo Caráter ácrico Diz respeito a solos muito intemperizados, com baixos teores de bases trocáveis, baixa CTC e predomínio de cargas positivas Minerais magnéticos Indica a presença de atração de minerais do solo pelo ímã Caráter alítico/ alumínico Caracteriza solos com teores naturalmente elevados de alumínio extraível (trocável) Eflorescências Indica o acúmulo de sais sobre a superfície do solo Grupamento textural Classifica os solos de acordo com a textura Coesão Indica a resistência do solo à penetração Relação silte-argila Determina o grau de intemperismo dos solos Quadro 7. Resumo a respeito das principais propriedades e atributos diagnósticos que auxiliam na classificação dos solos (Continuação) 19Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) Horizontes diagnósticos superficiais Horizontes (Figura 8) são camadas do perfi l do solo que apresentam diferenças na sua composição e na sua morfologia. A classifi cação do solo pelo SiBCS leva em conta as particularidades de cada horizonte que compõe o perfi l do solo estudado. Basicamente, o SiBCS separa os horizontes entre superfi ciais (mais rasos) e subsuperfi ciais (mais profundos). Neste tópico, você vai ver todos os tipos de horizontes superfi ciais do SiBCS. Figura 8. Horizontes do solo. Fonte: Adaptada de Ellen Bronstayn/Shutterstock.com. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)20 Horizonte hístico É um horizonte que apresenta coloração escura (Figura 9), pelo elevado teor de matéria orgânica. A expressão das propriedades do horizonte provém, predominantemente, da matéria orgânica. Esse horizonte é desenvolvido pelo acúmulo temporal de resíduos vegetais e animais e pode estar sob um horizonte orgânico mais novo, bem como sobre um depósito de minerais. Os teores de matéria orgânica são elevados e com alta recalcitrância (resistência a decomposição). Assim, esse horizonte resiste às operações de preparo mantendo elevados teores de carbono orgânico. Figura 9. Horizonte hístico com predomínio de matéria orgânica do organossolo. Fonte: Embrapa (2006). 21Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) A condição de horizonte hístico advém de dois possíveis cenários. O horizonte H se caracteriza quando o horizonte hístico se desenvolve pela ação de excesso de água, que dificulta e reduz a velocidade da decomposição dos resíduos orgânicos, potencializando o processo de humificação (processo que estabiliza o material orgânico, o deixando recalcitrante). No outro cenário, o horizonte O surge quando o solo possui drenagem livre, mas, devido ao clima frio e úmido e à vegetação de alta montanha, possibilita o acúmulo de matéria orgânica, além da redução da velocidade de decomposição dos resíduos. O horizonte hístico deve ter ao menos 80 g/kg–1 de carbono orgânico e apresentar ao menos 10 cm de espessura. Horizonte A chernozêmico É um horizonte mineral superfi cial (Figura 10) relativamente espesso, de cor escura, com alta saturação por bases. Mesmo após revolvimento superfi cial (por exemplo, por aração), é bem estruturado e sem impedimentos signi- fi cantes para o desenvolvimento radicular (consistência adequada). Solo com fertilidade geralmente favorável, exigindo ao menos 65% de saturação por bases (V%), composta principalmente por cálcio e/ou magnésio. Tem quantidades superiores a 6 g/kg–1 de matéria orgânica, obtendo, por isso, cores de valor e croma baixos (presença de matéria orgânica), que devem respeitar o máximo de 80 g/kg–1 (que caracteriza hístico). É um horizonte espesso com profundidades superiores a 18 cm. De maneira geral, é um horizonte superfi cial com ótimas qualidades físicas e químicas para o de- senvolvimento de plantas. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)22 Figura 10. Horizonte chernozêmico do chernossolo. Fonte: Embrapa (2006). Horizonte A húmico Trata-se de um horizonte mineral superfi cial (Figura 11) com as seguintes características: saturação por bases menor que 65% (menor que o valor apresentado nos chernozêmicos); espessura de no mínimo 18 cm (equivalente ao chernozêmico); conteúdo de carbono orgânico inferior a 80 g/kg–1 (diferentemente do hístico); conteúdo de carbono orgânico maior que 60 + (0,1 x média ponderada de argila dos horizontes superficiais). Resumidamente, deve apresentar ao menos 60 g/kg–1 de C orgânico, sem ultrapassar 80 (hístico). 23Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) Figura 11. Horizonte húmico do latossolo. Fonte: Almeida, Zaroni e Santos ([200-?b]). Horizonte A proeminente Horizonte com características semelhantes às do chernozêmico, porém com V% menor que 65%. Difere do horizonte A húmico pelo teor de carbono orgânico conjugado com espessura e teor de argila. Horizonte A antrópico É um horizonte que foi modifi cado pelo uso contínuo do homem (residência ou cultivo). Geralmente apresenta elevados teores de matéria orgânica pela adição de compostos orgânicos trazidos pelo homem. Podem ser encontrados itens como artefatos, cerâmica, ossos e conchas. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)24 Horizonte A fraco Como o próprio nome sugere, é um horizonte com características não tão adequadas para o cultivo. As principais características são a fraca estrutura (grãos simples, maciços ou de grau fraco) e o baixo teor de matéria orgânica (menor de 6 g/kg–1), por isso apresenta cores mais claras (valores altos). Tem espessura muito limitante, de no máximo 5 cm. É um horizonte que se de- senvolve principalmente no bioma caatinga pelas condições climáticas, de vegetação e material de origem. Horizonte A moderado É o horizonte que nãose enquadra em nenhum dos anteriores. Difere-se do chernozêmico, do hístico, do proeminente e do húmico devido à menor espes- sura e à cor mais clara, bem como difere-se do fraco por ter maior quantidade relativa de carbono orgânico e melhor estrutura. No Quadro 8, a seguir, você pode ver um resumo dos principais aspectos dos horizontes superficiais. Horizonte Características principais Hístico Elevados teores de carbono orgânico e profundidade. Chernozêmico Ótima estrutura e consistência, ótima saturação por bases, adequados valores de matéria orgânica e profundidade. Húmico Elevado teor de carbono orgânico e profundidade, porém saturação por bases menor que 65%. Proeminente Semelhante ao chernozêmico, porém com menos de 65% de saturação por bases. Diferente do húmico, pois apresenta menor quantidade de carbono orgânico. Antrópico Modificado pelo homem. Altos teores de matéria orgânica e presença de artefatos, conchas, ossos e cerâmica. Fraco Fraca estrutura, baixo teor de matéria orgânica, cores mais claras. Espessura muito limitante, de no máximo 5 cm. Moderado Não se enquadra em nenhum dos anteriores. Quadro 8. Principais aspectos dos horizontes superficiais 25Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) ALMEIDA, E. de P. C.; ZARONI, M. J.; SANTOS, H. G. Latossolos brunos. In: EMBRAPA. Agên- cia Embrapa de Informação Tecnológica. [200-?b]. 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