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Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

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CIÊNCIA DO SOLO E 
FERTILIDADE
Rafael Pedroso
 
Sistema Brasileiro de 
Classificação de Solos (SiBCS)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as principais propriedades utilizadas para classificar as 13 
ordens de solos do SiBCS
  Apontar os principais atributos diagnósticos físicos, químicos e mi-
neralógicos utilizados para classificar as 13 ordens de solos do SiBCS.
  Reconhecer os horizontes diagnósticos superficiais e subsuperficiais 
utilizados para a classificação dos solos.
Introdução
Assim como os animais são classificados e divididos em grupos de acordo 
com suas características, os solos também têm seu próprio sistema de 
classificação, que separa as diferentes ordens em grupos. O Brasil apresenta 
grande diversidade de solos devido ao seu clima predominantemente 
tropical e à sua área continental. Dessa forma, foi necessária a criação 
de um sistema próprio de classificação de solos: o Sistema Brasileiro 
de Classificação de Solos (SiBCS), elaborado pela Embrapa. Em termos 
gerais, esse sistema separa todos os solos brasileiros em 13 grupos, que 
são chamados de ordens de solos.
Mas como dividir os solos nesses grupos? Basicamente, o SiBCS leva 
em conta os atributos do solo (que nada mais são do que as suas carac-
terísticas) e os horizontes diagnósticos, ou seja, as porções do perfil do 
solo que possuem atributos peculiares e características que se repetem. 
Neste capítulo, você vai conhecer os principais atributos do solo, 
que podem ser químicos, físicos, mineralógicos, orgânicos, etc. Além 
disso, você vai conhecer os diferentes horizontes diagnósticos, utilizados 
também na classificação dos solos.
Propriedades dos solos
Para classifi car os solos brasileiros, é necessário identifi car as suas caracte-
rísticas. Essas características já estão previamente estabelecidas no SiBCS e 
norteiam todo o processo de classifi cação. Tais características são divididas 
em propriedades e atributos do solo. Ao todo, são 13 propriedades e 47 atri-
butos, ou seja, há uma grande diversidade de características que diferenciam 
os solos. Para classifi car os solos, é necessário ter o conhecimento básico 
desses aspectos. Neste tópico, você vai aprender sobre os principais atributos 
e propriedades dos solos. Dessa forma, você vai ser capaz de compreender as 
defi nições básicas da classifi cação dos solos. 
As propriedades do solo são características morfológicas que estão presentes 
e são observáveis para a diferenciação das ordens. A seguir, você vai ver as 
13 propriedades, bem como uma breve descrição do que elas representam.
No link a seguir, você pode acessar o site do SiBCS, com todas as definições das pro-
priedades dos solos.
https://goo.gl/66j5RZ
Cor
A cor é uma das primeiras propriedades do solo que você deve ser capaz de 
diagnosticar e avaliar. Utilizando a cor do solo, você pode fazer inferências 
como: teor de matéria orgânica, tipos de óxidos de ferro, processos de formação, 
etc. Para que haja uniformidade na determinação dessa propriedade, é utilizada 
a carta de cores Munsell, que auxilia na padronização entre os classifi cadores. 
A cor é estabelecida pela associação de três componentes: matiz (combinação 
de pigmentos do solo, por exemplo: vermelho R, vermelho-amarelo YR e 
amarelo Y), valor (tonalidade da cor, que indica a proporção da presença de 
preto e branco na cor) e croma (intensidade da cor). Ao fi m do processo de 
determinação da cor do solo, você obtém então um código, estabelecido pela 
carta de Munsell, que indica a cor do solo. Por exemplo: 2,5 YR 3/6, sendo 
que 2,5 YR diz respeito ao matiz, 3 ao valor e 6 ao croma. 
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)2
Nos links a seguir, você pode assistir a dois vídeos que abordam a cor dos solos.
https://goo.gl/j3vqkj
https://goo.gl/FBf1Yw
Textura
A textura é uma importante propriedade do solo e diz respeito à proporção 
dos componentes sólidos do solo em relação ao tamanho das partículas. Essa 
propriedade está diretamente relacionada com a fertilidade do solo, bem como 
com o comportamento da água no solo. Assim, é de extrema importância, 
uma vez que diz respeito ao potencial de exploração agrícola dos solos. As 
partículas do solo são divididas em tamanhos, como você pode ver no Quadro 1.
Partícula Tamanho (mm)
Argila < 0,002
Silte 0,002 – 0,05
Areia fina 0,05 – 0,2
Areia grossa 0,2 – 2
Cascalho 2 – 20
Calhau 20 – 20
Matacão > 200
Quadro 1. Classes granulométricas dos constituintes sólidos minerais do solo
Os diferentes solos apresentam proporções também diferentes desses 
componentes. A análise textural pode ser realizada em laboratório para defi-
nições mais precisas. No entanto, em campo, você pode diagnosticar a textura 
3Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
previamente utilizando o tato. No Quadro 2, você pode ver a relação entre o 
tamanho da partícula e a sensação tátil ao fazer o contato.
Partícula Sensação tátil
Areia Áspero. Similar a uma lixa.
Silte Sedoso. Similar ao talco molhado. 
Argila Pegajoso (gruda na mão) e bastante fino.
Quadro 2. Relação entre o tamanho da partícula e a sensação tátil
Acesse o link a seguir para assistir a um vídeo explicativo sobre a textura dos diferentes 
componentes granulométricos do solo.
https://goo.gl/v9inH6
Estrutura
Geralmente, as partículas da fração sólida do solo não fi cam soltas. Elas fi cam 
ligadas umas às outras em organizações conhecidas como agregados (torrões). 
A ligação das partículas de areia, silte e argila se dá pela presença de matéria 
orgânica, carbonatos, sílica, entre outros materiais. A estrutura do solo está 
diretamente ligada às condições de infi ltração de água no solo, à aeração e à 
porosidade, à atividade biológica, à capacidade de troca de íons, etc. Dessa 
forma, a defi nição da estrutura do solo é de suma importância, pois está re-
lacionada com o potencial de exploração agrícola dos solos. Para a defi nição 
da estrutura do solo, você deve levar em conta três aspectos:
  tipo (forma);
  tamanho — muito pequena, pequena, média, grande, muito grande;
  grau de desenvolvimento (força com que as partículas se unem) — solta, 
fraca, moderada e forte.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)4
Na Figura 1, a seguir, você pode ver os diferentes tipos de estrutura do solo.
Figura 1. Tipos de estrutura do solo.
Acesse o link a seguir para ler mais sobre os tipos de estrutura do solo.
https://goo.gl/ypscrZ
Consistência
A consistência é a propriedade que diz respeito a como a estrutura está estabe-
lecida em três diferentes níveis de umidade. Simplifi cadamente, a consistência 
estuda com maior profundidade a estabilidade da estrutura do solo (agregados). 
Para classifi car a consistência do solo, é selecionado um agregado de algum dos 
horizontes do perfi l e então essa estrutura é submetida a diferentes níveis de 
pressão com auxílio das mãos. O teste é realizado em três níveis de umidade 
(seca, úmida e molhada). A seguir, você pode ver quais são as defi nições da 
consistência para cada nível de umidade.
  Consistência seca: é determinada a resistência ou fragilidade do 
 agregado ao se quebrar ou esboroar. Pode ser classificada como: solta 
5Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
(mais fácil de quebrar/esboroar), macia, ligeiramente dura, dura, muito 
dura e extremamente dura (mais difícil de quebrar/esboroar).
  Consistência úmida: é determinada a friabilidade (capacidade de 
se esboroar, desfazer, quebrar) do agregado submetido à umidade. É 
classificada como: solta, muito friável, friável, firme, muito firme, 
extremamente firme.
  Consistência molhada: para a definição da consistência molhada, o 
agregado é umedecido, amassado e homogeneizado na mão. Em sequ-
ência, avalia-se a plasticidade (Figura 2) (capacidade de o agregado ser 
moldado tal como uma massa de modelar) em três níveis: não plástica 
(não se molda), ligeiramente plásticae muito plástica (se molda com 
facilidade). 
Figura 2. Plasticidade é a capacidade de moldar o solo tal qual uma massa de modelar.
Fonte: Melnikof/Shutterstock.com.
Além da plasticidade, também é verificada a pegajosidade (capacidade de 
aderência do material) em três níveis: não pegajosa (não adere), ligeiramente 
pegajosa e muito pegajosa (material que adere muito à mão, ou seja, que gruda).
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)6
Porosidade
Diferentemente de uma rocha maciça, o solo apresenta porosidade tal qual 
uma esponja de lavar louças. Apesar de todos os solos serem porosos, eles 
apresentam diferenças marcantes no que diz respeito à proporção de poros, bem 
como à presença de macroporos (drenagem e retenção de gases) e microporos 
(retenção de umidade). A porosidade do solo garante o estabelecimento de 
organismos vivos, a respiração do sistema radicular e a retenção da umidade, 
importante para a sobrevivência de vegetais. 
Para a classificação da porosidade, é preciso verificar o perfil do solo, bem 
como seus horizontes. Além disso, são definidos dois aspectos dos poros:
  quantidade — poucos, comuns ou muitos;
  tamanho — pequenos, médios, grandes ou muito grandes.
Acesse o link a seguir para assistir a um vídeo que demonstra o que é a porosidade 
do solo.
https://goo.gl/ZNhZQD
Cerosidade
A cerosidade é uma propriedade que faz com que a superfície dos agregados 
de um ou mais horizontes apresentem aspecto ceroso, como se houvesse 
graxa sobre a superfície do “torrão”. A cerosidade é facilmente diagnosticada 
posicionando a superfície do agregado contra uma fonte de luz. Assim, logo é 
destacado o brilho ceroso que indica a ocorrência da cerosidade. A classifi cação 
da cerosidade é estabelecida de acordo com os critérios a seguir:
  grau de desenvolvimento — fraca, moderada ou forte;
  quantidade — pouco, comum ou abundante.
7Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
Nódulos e concreções minerais
Alguns solos apresentam estruturas cimentadas que se diferem da matriz original 
do solo e acabam se destacando. Esses corpos são concreções minerais ou nódu-
los. A diferença entre concreções e nódulos é a organização interna. Enquanto 
as concreções têm um ponto interno onde o corpo se desenvolve, os nódulos não 
têm estrutura interna organizada. Na classifi cação em campo, deve-se indicar 
alguns pontos, tais como: quantidade, tamanho, dureza, forma, cor e natureza. 
Minerais magnéticos
Alguns solos têm como material de origem minerais magnéticos que são 
facilmente atraídos por ímãs, que devem também ser levados no processo de 
classifi cação de solos a campo. No campo, o pedólogo (profi ssional que clas-
sifi ca os solos) coleta uma porção de solo e a aproxima do ímã para verifi car 
o grau de atração do solo ao magneto. Posteriormente, identifi ca e toma nota 
do grau de atração.
Eflorescências
Efl orescências são deposições de sais sobre a superfície de solo. Geralmente 
se apresentam como uma estrutura esbranquiçada salina. A ocorrência de 
efl orescência geralmente está relacionada com o clima mais seco.
Coesão
Coesão é um atributo relacionado ao horizonte subsuperfi cial do solo. É uti-
lizada para identifi car se existe, naturalmente, uma forte interação entre os 
constituintes sólidos do solo, levando à criação de resistência à penetração da 
faca e do martelo pedológico. A classifi cação de coesão se dá pela penetração 
da faca pedológica no horizonte B (subsuperfi cial). O grau de coesão é defi nido 
em dois níveis:
  moderadamente coeso — resiste à penetração da faca pedológica (a 
consistência tende para dura quando o solo está seco e para friável a 
firme quando úmido);
  fortemente coeso — resiste fortemente à penetração da faca pedológica 
(a consistência tende para muito dura a extremamente dura quando seco 
e para friável a firme quando úmido).
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)8
Atributos dos solos
Além das propriedades, há também os atributos diagnósticos para o processo de 
classifi cação dos solos. Ao todo, são 47 atributos. A seguir, você vai conhecer 
os principais deles.
No link a seguir, você tem acesso ao site do SiBCS, com todas as definições dos atributos 
dos solos.
https://goo.gl/48C2C9
Material orgânico/mineral
Todos os solos, em sua fração sólida, apresentam componentes minerais e 
orgânicos. No entanto, alguns solos apresentam predomínio da fração mine-
ral e outros, da fração orgânica. Dessa forma, é possível dividir os solos em 
material orgânico ou material mineral (Figura 3). Para isso, é usado o critério 
do teor de carbono do solo (Quadro 3). O material do solo será considerado 
orgânico quando o teor de carbono for igual ou maior que 80 g/kg–1, avaliado 
na fração TFSA, tendo por base valores de determinação analítica conforme 
método adotado pela Embrapa Solos (EMBRAPA, 2006). Quando o solo 
apresenta esses elevados teores de carbono, não quer dizer que ele tenha apenas 
componentes orgânicos, mas que as suas propriedades físico-químicas são 
mais infl uenciadas e determinadas pela matéria orgânica.
Material Critério
Orgânico Teor de C da TFSA >= 80 g/kg–1
Mineral Todos que não atenderem ao critério 
para serem material orgânico
Quadro 3. Critérios para determinação de material orgânico e mineral
9Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
Figura 3. À esquerda, organossolo, solo que atende ao critério de material orgânico. À direita, 
latossolo, solo de material mineral, ou seja, que não atende aos critérios para material orgânico.
Fonte: a) Almeida, Zaroni e Santos ([200-?a]); b) Latossolos... ([200-?]).
Atividade da fração argila
Todos os solos apresentam argila com parte constituinte da sua fração sólida. 
No entanto, argila é apenas o tamanho de uma partícula, não diz respeito, por 
exemplo, à qualidade do material. Existem diferentes tipos de minerais de argila, 
e as diferenças se manifestam principalmente na atividade desses materiais. A 
atividade é a quantidade de cargas em relação à massa que o material apresenta. 
Quando a argila tem muitas cargas eletrônicas, se diz que ela tem alta atividade; 
quando não, baixa atividade. Para a defi nição desse atributo diagnóstico, calcula-
-se o valor T (cmolc/kg–1) x 1.000/conteúdo de argila (g/kg–1). Ou seja, é feita 
uma relação entre o valor T, a quantidade de cargas da fração argila e o conteúdo 
(teor) de argila daquele solo. Quanto maior for o valor calculado na relação, 
maior é a atividade da argila. No sistema de classifi cação, foi estabelecido o 
valor 27 cmolc/kg–1 para dividir as argilas entre alta e baixa atividade. A seguir, 
no Quadro 4, você pode ver os critérios para esse atributo.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)10
Atividade da fração argila Critério
Alta atividade (Ta) >= 27 cmolc/kg–1
Baixa atividade (Tb) < 27 cmolc/kg–1
Quadro 4. Critérios para determinação da atividade da fração argila do solo
Os solos que possuem argila de alta atividade (Ta) apresentam diferenças 
marcantes se comparados aos solos com argila de baixa atividade (Tb). No 
Quadro 5 e nas Figuras 4 e 5, você pode ver as principais diferenças.
Solos com argila Ta Solos com argila Tb
Alta CTC (cargas negativas do solo) Baixa CTC (cargas negativas do solo)
Estrutura com maior grau 
de desenvolvimento
Estrutura com menor grau 
de desenvolvimento
Alta fertilidade Baixa fertilidade
Friabilidade comprometida e 
aspectos físicos mais limitantes
Geralmente, friabilidade adequada 
e facilidade para o preparo do solo
Quadro 5. Diferenças entre solos com argilas de alta e baixa atividade
11Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
Figura 4. Luvissolo, solo com argila de alta atividade. É possível verificar a estrutura bem 
desenvolvida desse solo que é, também, fruto da maior atividade da argila.
Fonte: Almeida, Zaroni e Santos ([201-?]).
Figura 5. Argissolo, solo com argila de baixa atividade. É possível verificar que a estrutura, 
quando comparada ao luvissolo(Figura 4), é menos desenvolvida.
Fonte: Jarbas et al. ([2010]).
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)12
Saturação por bases
O atributo de saturação por bases indica a proporção da capacidade de troca 
de cátions (CTC) ocupada por bases do horizonte diagnóstico subsuperfi cial. 
Para comprender melhor esse atributo diagnóstico, imagine que o solo é um 
armário com apenas duas gavetas (Figura 6). Numa gaveta são guardados os 
elementos básicos do solo (cálcio, potássio, magnésio e sódio), na outra são 
guardados os elementos da acidez do solo (Al e H). A saturação por bases é 
o valor que relaciona a porcentagem do armário que é ocupado pela gaveta 
de bases. Quando se diz que a saturação por bases (V%) é 60, isso quer dizer 
que a gaveta de bases ocupa 60% do total da CTC (armário inteiro), e os 40% 
restantes são ocupados pela gaveta da acidez. 
Figura 6. O solo é como um armário com duas gavetas. Numa gaveta são guardados os 
componentes básicos (soma de bases) e na outra, os ácidos (hidrogênio e alumínio). O 
tamanho que a gaveta dos componentes básicos ocupa, proporcionalmente ao tamanho 
total do armário, é conhecido como saturação por bases (V%).
Fonte: Adaptada de Lazzarini (2017).
É bastante intuitiva a preferência por solos com menos acidez, ou seja, 
com maior V%. Como forma de critério e separação de solos com fertilidade 
naturalmente básica ou ácida, é determinado o V% do horizonte subsuperfi-
13Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
cial (sem interferência do homem, sem aplicação de calcário, por exemplo). 
O critério adotado é que solos com V% maior que 50 levam o nome de eu-
tróficos (solos naturalmente mais básicos) e solos com V% inferior a 50 são 
chamados de solos distróficos (solos naturalmente mais ácidos), como você 
pode verificar no Quadro 6.
Saturação por bases (V%) 
Horizonte diagnóstico subsuperficial (B ou C) Classificação
>= 50 Eutrófico
< 50 Distrófico
Quadro 6. Critério para determinação de solos eutróficos e distróficos
Entenda, com a animação disponível no link a seguir, o que é a saturação por bases (V%).
https://goo.gl/7fBSZj
Mudança textural abrupta
Alguns solos apresentam diferenças signifi cativas na textura (proporção de 
argila, silte e areia) entre os horizontes superfi ciais (A ou E) e subsuperfi ciais 
(B). Na classifi cação de solos, é adotado um critério que defi ne quando essa 
diferença é signifi cativa, caso em que é chamada de mudança textural abrupta. 
A Figura 7 explica esse critério de forma simples. Como você pode notar, 
existem dois casos em que pode ocorrer a mudança textural abrupta.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)14
Figura 7. Critérios para identificação de mudança textural abrupta nos solos.
Fonte: Adaptada de Lazzarini (2017).
Como você viu na Figura 7, o Caso 1 engloba solos com menor teor de 
argila no horizonte superficial (A ou E), que é de até 200 g/kg–1 de argila (ou 
20% de argila). Nesse caso, o horizonte subsuperficial B deve dobrar o teor 
de argila numa distância vertical de até 7,5 cm. Se, por exemplo, o horizonte 
A tiver 180 g/kg–1 (18% de argila), o horizonte B deve apresentar teores iguais 
ou maiores que o dobro de 180, ou seja, ao menos 360. Já no Caso 2, em solos 
com maior teor de argila no horizonte superficial, ou seja, valores maiores 
que 200 g/kg–1, o horizonte subsuperficial deve somar 200 g/kg–1 ao teor de 
argila do horizonte superficial, em uma distância vertical de até 7,5 cm, para 
ser considerado com mudança textural abrupta. Como exemplo, considere 
um solo com horizonte A com 300 g/kg–1 de argila. Nesse caso, para que haja 
mudança textural abrupta, o horizonte subsuperficial B deve apresentar 300 
(teor de argila do horizonte superficial) + 200 (critério), ou seja, ao menos 
500 g/kg–1 de argila (50% de argila).
Plintita/petroplintita
A plintita é um agregado resultante da mistura de argila rica em ferro, quartzo 
e outros minerais. Essa mistura é rica em ferro e pobre em matéria orgânica. 
Geralmente possui coloração mosqueada vermelha, vermelho-amarelada e 
vermelho-escura. A plintita pode ocorrer em qualquer tipo de solo que possui 
15Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
teores elevados de ferro em sua composição. Para a formação (gênese) da plin-
tita, é necessária a presença da água para fazer a ferrólise de argila (remoção 
de ferro presente na argila), segregando o ferro e posteriormente mobilizando, 
transportando e se concentrando em compostos de ferro. 
A petroplintita é proveniente, geralmente, da plintita. A diferença entre os 
dois materiais ricos em ferro é que a plintita não endurece irreversivelmente, 
o que é característica da petroplintita. Esta, de acordo com a ocorrência de 
ciclos de umedecimento e secagem, sofre consolidação vigorosa, alterando-se 
para nódulos ou concreções ferruginosas.
Superfícies de fricção
Alguns solos apresentam em sua constituição minerais de argila que são 
expansíveis. Esses minerais, com o ciclo de umedecimento, se expandem, 
causando movimentação da massa de solo. A movimentação gera deslizamento 
e atrito na massa de solo, gerando superfícies alisadas e lustrosas no perfi l 
(superfícies de fricção). 
Caráter ácrico
O caráter ácrico é típico de solos altamente intemperizados, tais como os latos-
solos ácricos. O intemperismo atua na modifi cação dos minerais de argila, bem 
como, pela ação da água, remove as bases ao longo do solo. Em linhas gerais, o 
caráter ácrico é defi nido para solos com baixos teores de soma de bases e predo-
mínio de cargas positivas (geralmente os solos apresentam predomínio de cargas 
negativas, CTC), resultando em solos com baixa capacidade de reter cátions. 
A seguir, você pode ver os critérios para que o solo atenda ao caráter ácrico.
a) Soma de bases trocáveis (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+) com alumínio extraível 
por KCl 1 mol L–1 (Al3+) em quantidade igual ou inferior a 1,5 cmolc/
kg–1 de argila.
b) pH KCl 1 mol L–1 igual ou superior a 5,0.
c) ∆pH positivo ou nulo (∆pH = pH KCl – pH H2O). Indica predomínio 
da presença de cargas positivas. Baixa CTC.
Caráter alítico/alumínico
Os caráteres alítico e alumínico, como os próprios nomes sugerem, estão 
relacionados a solos que apresentam elevados teores relativos de alumínio 
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)16
trocável no horizonte subsuperfi cial. Solos que apresentam o diagnóstico 
desse atributo têm, naturalmente, limitação química para a produção agrícola 
devido à presença desse elemento tóxico ao desenvolvimento radicular. O 
caráter alítico está relacionado a solos com argilas de maior atividade, e o 
alumínico, a solos de menor atividade. A seguir, você pode ver os critérios 
que são adotados para classifi car os solos nesses dois caracteres.
a) Alítico (para solos de maior atividade da argila):
 ■ Al (KCl 1M) > 4 cmolc/kg;
 ■ Atividade da argila > 20 cmolc/kg (fração argila):
 ■ Saturação por Al (m%) > 50% ;
 ■ Saturação por bases (V%) < 50%.
b) Alumínico (para solos de menor atividade da argila, mais comuns no 
Brasil):
 ■ Al (KCl 1M) > 4 cmolc/kg;
 ■ Atividade da argila < 20 cmolc/kg (fração argila);
 ■ Saturação por Al (m%) > 50% ;
 ■ Saturação por bases (V%) < 50%.
c) Grupamento textural (esse atributo é utilizado para determinar a classe 
textural dos horizontes do perfil de solo estudado; os critérios servem 
para estabelecer a qual classe de textura cada horizonte pertence):
 ■ Textura arenosa — material que compreende as classes texturais areia 
e areia franca, ou seja, teor de areia menos teor de argila > 700 g/kg–1;
 ■ Textura média — material com menos de 350 g/kg–1 de argila e 
mais de 150 g/kg–1 de areia, excluídas as classes texturais areia e 
areia franca; 
 ■ Textura argilosa — material com conteúdo de argila entre 350 g/
kg–1 e 600 g/kg–1; 
 ■ Textura muito argilosa — material com conteúdo de argila superior 
a 600 g/kg–1;
 ■ Textura siltosa — material com menos de 350 g/kg–1 de argila e 
menos de 150 g/kg–1 de areia.Relação silte-argila
Como o próprio nome sugere, a relação silte-argila é obtida com a divisão do 
teor de silte pelo teor de argila. Esse atributo diagnóstico é um indicador do 
17Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
grau de intemperismo do horizonte diagnóstico. À medida que o intemperismo 
ocorre, o silte é mobilizado em partículas cada vez menores, que por fi m 
acabam compondo a fração argila. Dessa forma, solos mais intemperizados 
apresentam menores valores da relação silte-argila. Veja os critérios para 
classifi car o horizonte diagnóstico com a apresentação desse atributo:
  solos de textura franco arenosa ou mais fina — valor deve ser inferior 
a 0,7;
  solos de textura argilosa ou muito argilosa — valor deve ser inferior a 0,6.
A seguir, no Quadro 7, você pode ver um breve resumo das principais 
propriedades e atributos diagnósticos que auxiliam na classificação dos solos.
Propriedades Atributos diagnósticos
Cor Indica a cor 
do solo (matiz, 
croma e valor)
Material 
orgânico e 
mineral
Indica o 
predomínio de 
material mineral 
ou orgânico 
no solo
Textura Indica a 
proporção de 
tamanho de 
partículas da fase 
sólida do solo
Atividade da 
fração argila
Indica se a fração 
argila apresenta 
pouca ou muita 
quantidade 
de cargas
Estrutura Indica como está 
estabelecida 
a agregação 
do solo
Saturação 
por bases
Indica se há 
predomínio 
de ácidos ou 
bases no solo
Consistência Indica a condição 
dos agregados 
em relação à 
friabilidade, à 
pegajosidade e 
à plasticidade
Mudança 
textural 
abrupta
Indica se existe 
mudança 
de textura 
brusca entre 
os horizontes
Quadro 7. Resumo a respeito das principais propriedades e atributos diagnósticos que 
auxiliam na classificação dos solos
(Continua)
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)18
Propriedades Atributos diagnósticos
Porosidade Indica a presença 
e a quantidade 
de poros no 
perfil do solo
Plintita/
petroplintita
Indica a presença 
de plintita e/
ou petroplintita 
no perfil
Cerosidade Indica a presença 
de acúmulo de 
argila sobre a 
superfície dos 
agregados
Superfícies 
de fricção
Caracteriza solos 
com minerais de 
argila expansiva
Nódulos e 
concreções 
minerais
Indica a presença 
de corpos 
minerais distintos 
da matriz 
original do solo
Caráter ácrico Diz respeito 
a solos muito 
intemperizados, 
com baixos 
teores de 
bases trocáveis, 
baixa CTC e 
predomínio de 
cargas positivas
Minerais 
magnéticos
Indica a presença 
de atração de 
minerais do 
solo pelo ímã
Caráter alítico/
alumínico
Caracteriza solos 
com teores 
naturalmente 
elevados 
de alumínio 
extraível 
(trocável)
Eflorescências Indica o acúmulo 
de sais sobre 
a superfície 
do solo
Grupamento 
textural
Classifica os 
solos de acordo 
com a textura
Coesão Indica a 
resistência 
do solo à 
penetração
Relação 
silte-argila
Determina o grau 
de intemperismo 
dos solos
Quadro 7. Resumo a respeito das principais propriedades e atributos diagnósticos que 
auxiliam na classificação dos solos
(Continuação)
19Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
Horizontes diagnósticos superficiais
Horizontes (Figura 8) são camadas do perfi l do solo que apresentam diferenças 
na sua composição e na sua morfologia. A classifi cação do solo pelo SiBCS 
leva em conta as particularidades de cada horizonte que compõe o perfi l do 
solo estudado. Basicamente, o SiBCS separa os horizontes entre superfi ciais 
(mais rasos) e subsuperfi ciais (mais profundos). Neste tópico, você vai ver 
todos os tipos de horizontes superfi ciais do SiBCS.
Figura 8. Horizontes do solo.
Fonte: Adaptada de Ellen Bronstayn/Shutterstock.com.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)20
Horizonte hístico
É um horizonte que apresenta coloração escura (Figura 9), pelo elevado teor 
de matéria orgânica. A expressão das propriedades do horizonte provém, 
predominantemente, da matéria orgânica. Esse horizonte é desenvolvido 
pelo acúmulo temporal de resíduos vegetais e animais e pode estar sob um 
horizonte orgânico mais novo, bem como sobre um depósito de minerais. Os 
teores de matéria orgânica são elevados e com alta recalcitrância (resistência a 
decomposição). Assim, esse horizonte resiste às operações de preparo mantendo 
elevados teores de carbono orgânico.
Figura 9. Horizonte hístico com predomínio de matéria orgânica do organossolo. 
Fonte: Embrapa (2006). 
21Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
A condição de horizonte hístico advém de dois possíveis cenários. O 
horizonte H se caracteriza quando o horizonte hístico se desenvolve pela ação 
de excesso de água, que dificulta e reduz a velocidade da decomposição dos 
resíduos orgânicos, potencializando o processo de humificação (processo que 
estabiliza o material orgânico, o deixando recalcitrante). No outro cenário, 
o horizonte O surge quando o solo possui drenagem livre, mas, devido ao 
clima frio e úmido e à vegetação de alta montanha, possibilita o acúmulo 
de matéria orgânica, além da redução da velocidade de decomposição dos 
resíduos. O horizonte hístico deve ter ao menos 80 g/kg–1 de carbono orgânico 
e apresentar ao menos 10 cm de espessura.
Horizonte A chernozêmico
É um horizonte mineral superfi cial (Figura 10) relativamente espesso, de cor 
escura, com alta saturação por bases. Mesmo após revolvimento superfi cial 
(por exemplo, por aração), é bem estruturado e sem impedimentos signi-
fi cantes para o desenvolvimento radicular (consistência adequada). Solo 
com fertilidade geralmente favorável, exigindo ao menos 65% de saturação 
por bases (V%), composta principalmente por cálcio e/ou magnésio. Tem 
quantidades superiores a 6 g/kg–1 de matéria orgânica, obtendo, por isso, 
cores de valor e croma baixos (presença de matéria orgânica), que devem 
respeitar o máximo de 80 g/kg–1 (que caracteriza hístico). É um horizonte 
espesso com profundidades superiores a 18 cm. De maneira geral, é um 
horizonte superfi cial com ótimas qualidades físicas e químicas para o de-
senvolvimento de plantas.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)22
Figura 10. Horizonte chernozêmico do chernossolo.
Fonte: Embrapa (2006). 
Horizonte A húmico
Trata-se de um horizonte mineral superfi cial (Figura 11) com as seguintes 
características:
  saturação por bases menor que 65% (menor que o valor apresentado 
nos chernozêmicos);
  espessura de no mínimo 18 cm (equivalente ao chernozêmico);
  conteúdo de carbono orgânico inferior a 80 g/kg–1 (diferentemente do 
hístico);
  conteúdo de carbono orgânico maior que 60 + (0,1 x média ponderada 
de argila dos horizontes superficiais). Resumidamente, deve apresentar 
ao menos 60 g/kg–1 de C orgânico, sem ultrapassar 80 (hístico).
23Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
Figura 11. Horizonte húmico do latossolo. 
Fonte: Almeida, Zaroni e Santos ([200-?b]).
Horizonte A proeminente
Horizonte com características semelhantes às do chernozêmico, porém com 
V% menor que 65%. Difere do horizonte A húmico pelo teor de carbono 
orgânico conjugado com espessura e teor de argila.
Horizonte A antrópico
É um horizonte que foi modifi cado pelo uso contínuo do homem (residência 
ou cultivo). Geralmente apresenta elevados teores de matéria orgânica pela 
adição de compostos orgânicos trazidos pelo homem. Podem ser encontrados 
itens como artefatos, cerâmica, ossos e conchas.
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)24
Horizonte A fraco
Como o próprio nome sugere, é um horizonte com características não tão 
adequadas para o cultivo. As principais características são a fraca estrutura 
(grãos simples, maciços ou de grau fraco) e o baixo teor de matéria orgânica 
(menor de 6 g/kg–1), por isso apresenta cores mais claras (valores altos). Tem 
espessura muito limitante, de no máximo 5 cm. É um horizonte que se de-
senvolve principalmente no bioma caatinga pelas condições climáticas, de 
vegetação e material de origem. 
Horizonte A moderado
É o horizonte que nãose enquadra em nenhum dos anteriores. Difere-se do 
chernozêmico, do hístico, do proeminente e do húmico devido à menor espes-
sura e à cor mais clara, bem como difere-se do fraco por ter maior quantidade 
relativa de carbono orgânico e melhor estrutura.
No Quadro 8, a seguir, você pode ver um resumo dos principais aspectos 
dos horizontes superficiais.
Horizonte Características principais
Hístico Elevados teores de carbono orgânico e profundidade.
Chernozêmico Ótima estrutura e consistência, ótima saturação por bases, 
adequados valores de matéria orgânica e profundidade.
Húmico Elevado teor de carbono orgânico e profundidade, 
porém saturação por bases menor que 65%.
Proeminente Semelhante ao chernozêmico, porém com menos de 
65% de saturação por bases. Diferente do húmico, pois 
apresenta menor quantidade de carbono orgânico.
Antrópico Modificado pelo homem. Altos teores de matéria orgânica 
e presença de artefatos, conchas, ossos e cerâmica.
Fraco Fraca estrutura, baixo teor de matéria orgânica, cores mais 
claras. Espessura muito limitante, de no máximo 5 cm.
Moderado Não se enquadra em nenhum dos anteriores.
Quadro 8. Principais aspectos dos horizontes superficiais
25Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
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Leituras recomendadas
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conservacionista. Comunicado Técnico, n. 51, dez. 2008. Disponível em: <https://www.
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www.youtube.com/watch?v=w_PHm7vpU4U>. Acesso em: 26 jul. 2018.
27Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS)
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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