ESTUDO DIRIGIDO ESTÁGIO PARASITOLOGIA

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NOME COMPLETO: Naiara da Silva Souza
CURSO: BIOMEDICINA PERÍODO: 7 semestre 
ESTUDO DIRIGIDO DE ESTÁGIO PARASITOLOGIA 
1) Descreva o método de transmissão dos:
 
· 
· Protozoários
· Giárdia: A transmissão ocorre via fecal-oral através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cisto de giárdia.
· Leishmaniose: Transmitida pela fêmea de flebotomíneos conhecido como mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro protozoários do gênero Leishmania.
· Trypanossoma Cruzi: O Trypanosoma cruzi é transmitido no ato de alimentação do vetor (barbeiro). Após chupar o sangue da vítima, o inseto defeca na pele, eliminando os protozoários. Quando o indivíduo coça o local ou se houver alguma ferida, os protozoários penetram na pele e caem na corrente sanguínea. Também pode ser transmitido por ingestão de alimentos contaminados com vetores triturados ou com seus dejetos, por transfusão de sangue, transplante de órgãos e transmissão congênita/vertical.
· Amebas: Entamoebas: A transmissão é feita pela via fecal-oral, através do consumo de água ou alimentos contaminados com cistos de entamoebas.
· Helmintos
· Ascaris lumbricoides: Ingestão dos ovos infectantes (L3) do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes humanas.
· Ancylostomidade: Os ovos que estão nas fezes são depositados no solo onde se tornam embrionados. Em condições favoráveis de umidade e temperatura, as larvas se desenvolvem até chegar ao 3 o estágio, tornando-se infectantes em um prazo de 7 a 10 dias. A infecção nos homens se dá quando essas larvas infectantes penetram na pele, geralmente pelos pés.
· Strongyloides stercoralis: A infecção humana ocorre quando há penetração da pele por larvas filarioides de Strongyloides stercoralis, geralmente por contato direto com o solo contaminado por fezes humanas. Também pode ser transmitida via oral, através da água e alimentos contaminados.
· Enterobius vermiculares: A transmissão acontece por meio da ingestão dos ovos desse parasita por meio de alimentos contaminados ou por colocar a mão suja na boca, inalação dos ovos que podem ser encontrados dispersos no ar, já que são bastante leves, e contato com superfícies contaminadas, como roupas, cortinas, lençóis e tapetes.
2) Defina a finalidade dos exames de substâncias redutoras e pesquisa de sangue oculto nas fezes. Esses exames precisam de alguma restrição alimentar? Comente 
A presença de substâncias redutoras nas fezes constitui um indicador de deficiência congênita de dissacaridases intestinais (lactase e sacarase ) ou por lesão não específica da mucosa. A má absorção dos diferentes açucares determina o aparecimento das substâncias redutoras e queda no pH das fezes. A sacarose, apesar de intestino e é também avaliada como uma substância redutora no material fecal. Para o exame o paciente deve evitar a contaminação com a urina, o uso de talco, laxantes, antiácidos, contraste oral (utilizado em exames radiológicos) supositórios nos 3 dias que antecedem ao exame e no dia da coleta.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes, é um teste que avalia a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes que podem não ser visíveis a olho nu e, por isso, serve para detectar a existência de pequenos sangramentos no trato digestivo que possam indicar úlceras, colite ou, até mesmo, câncer de intestino. Para realizar o exame o paciente deve evitar o consumo de alimentos como rabanete, couve-flor, brócolis, beterraba, feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, milho, azeitona, amendoim, espinafre ou maçã; evitar tomar remédios que irritem o estômago, como anti-inflamatórios ou aspirina, pois podem causar sangramento e resultar num falso positivo, além de suplementos com vitamina C e ferro; não realizar o exame em menos de 3 dias após o período menstrual; não realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes quando for verificado sangramento na gengiva ou no nariz, já que a pessoa pode engolir o sangue e esse ser eliminado juntamente com as fezes.
3) Diferencie a Taenia Solium da Taenia Saginata. Explique como ocorre sua transmissão e medidas profiláticas. 
A T. solium, é conhecida como tênia do porco, pois é encontrado na musculatura dos suínos (hospedeiro intermediário), o verme adulto tem o escólex globoso, com rostro, com dupla fileira de acúleos, as proglotes grávidas possuem ramificações uterinas pouco numerosas, em torno de 7 a 13 ramificações laterais em cada lado da haste central, do tipo dendrítico.
A T. saginata é conhecida como a tênia do boi, por ter o bovino como hospedeiro intermediário. Os vermes adultos tem o escólex quadrangular, sem rostro, sem acúleos, as proglotes grávidas possuem ramificações uterinas muito numerosas, tem 15-30 ramificações laterais em cada lado da haste central, do tipo dicotômico,
 
O homem é o hospedeiro definitivo e consequentemente a principal fonte de infecção deste parasita, sendo responsável pela transmissão aos animais e a si próprio. Este parasita pode causar a teníase, quando o indivíduo hospeda vermes adultos e a cisticercose é quando o individuo hospeda os cisticercos da T. solium.
A teníase ocorre devido à ingestão de carne suína ou bovina crua ou insuficientemente cozida contaminada com o cisticerco. Já a cisticercose através do consumo de alimentos contaminados com os ovos da T. solium, frutas, verduras, hortaliças que não são higienizados corretamente, através do consumo de água contaminada, ou ainda, no homem com teníase pode haver a autoinfestação já que os ovos podem ser encontrados nas mãos do hospedeiro, na região perianal (ânus) e perineal, nas roupas e até mesmo na mobília da residência. 
Medidas de prevenção incluem o saneamento básico (tratamento de água e esgoto), fiscalização das carnes de porco e boi; cozimento prolongado da carne com cisticerco antes da ingestão; tratamento de doentes e bons programas de educação e sensibilização, incentivando bons hábitos de higiene no dia a dia.
 
4) Os métodos de: São baseados em...? Ideal para pesquisa de....? Comente. 
· Hoffman, Pons e Janer: o objetivo dessa técnica é detectar ovos pesados e larvas de helmintos e também alguns cistos de protozoários, através do método de sedimentação espontânea. A técnica de Hoffman consiste basicamente na mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica e manutenção em repouso, formando uma consistente sedimentação ao fundo do cálice. Uma alíquota do sedimento é pipetada sobre lâmina, é feito um esfregaço e observado em microscópio. 
· Faust: o objetivo dessa técnica é detectar cistos e oocistos de protozoários e ovos leves através do método de centrifugo-flutuação em solução de sulfato de zinco. As fezes são homogeneizadas em água filtrada, e centrifugar 2 vezes até a solução tornar-se clara. Após isto, ressuspende-se a solução com sulfato de zinco a 33% e centrifuga-se novamente. Colher a película superficial com alça de platina para confeccionar a lamina, tratada com lugol, para observação ao microscópio.
· Willis: Tem como fundamento a flutuação de ovos de helmintos e cistos de protozoários em uma solução saturada de NaCl em água a 30%. È indicado na pesquisa de ovos leves, se baseando na densidade dos mesmos. Colocar 10g de fezes num frasco de Borrel ou no próprio recipiente onde estão as fezes, homogeneíza-las com um pouco de solução saturada de sal (NaCl) e completar o volume até a borda do frasco. Feito isso coloca-se na boca do frasco uma lâmina, que deverá estar em contato com o líquido, deixando em repouso por 5 minutos. Findo esse tempo, retirar rapidamente a lâmina, deixando a parte molhada voltada para cima, cobrir com lamínula, corar com Lugol e examinar com objetiva 10x.
· Baermann-Moraes: Este método é baseado no hidro-termo-tropismo positivo das larvas pela ação da gravidade. É um método seletivo para pesquisa de larvas e não específico, pois podemos encontrar cistos e ovos de outros parasitos. Indicado para a pesquisa de larvas de Strongyloidesstercorales e de Ancilostomideos. Consiste em um funil de vidro suspenso por uma haste. Um tubo de borracha, acoplado à parte inferior do funil, é obstruído com um grampo. Uma peneira (abertura de 250 μm), ou duas camadas de gaze, são colocados na parte mais larga do funil, que foi parcialmente preenchido com água, e duas camadas de gaze são colocadas sobre a peneira. As fezes são colocadas no centro de uma peneira. Preencher lentamente o funil com água morna até que as fezes estejam imersas; deixar o aparelho à temperatura ambiente durante a noite, período durante o qual as larvas irão migrar para fora das fezes e através da peneira para sedimentarem no colo do funil; liberar o grampo da borracha e coletar a água no colo do funil para exame microscópico; Examinar o sedimento retirando alguns milímetros e deixando sedimentar por 30 min; de forma alternativa, 5 a 10 mℓ podem ser retirados, colocados em um tubo de centrifugação e centrifugados a 1.500 rpm por 2 min; sifonar o sobrenadante e transferir o sedimento para uma lâmina de microscópio.
5) Em relação a malária, responda: Mecanismo de transmissão; Como é realizado o diagnóstico laboratorial e diferencie as 4 espécies que parasitam exclusivamente os humanos. 
A transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquito fêmea do gênero Anopheles infectados com o Plasmodium. Esses mosquitos geralmente picam entre o anoitecer e o amanhecer. A transmissão pode ocorrer também por meio de contato direto como em transfusões sangüíneas, transplante de órgãos ou ainda pelo compartilhamento de seringas. Há, ainda, a possibilidade de transmissão neonatal.
O exame microscópico do sangue pode ser feito em esfregaço delgado (distendido) ou espesso (gota espessa). A gota espessa é corada pela técnica de Walker (azul de metileno e Giemsa) e o esfregaço delgado é corado pelo Giemsa, após fixação com álcool metílico, essas técnicas permitem identificar, com facilidade e precisão, a espécie do plasmódio e possibilitam quantificar a intensidade do parasitismo, mediante a determinação da parasitemia por volume (µl ou mm3) de sangue. Na prática, o método da gota espessa é o mais utilizado, uma vez que a concentração do sangue por campo microscópico favorece o encontro do parasito.
A doença provocada pelo vivax é a mais comum e a provocada pelo malariae, a menos grave. Já a provocada pelo ovale é típica da África.
P. falciparum invade todos os eritrócitos, imaturos, maduros e envelhecidos. Infecta mais frequentemente os eritrócitos que se encontram no fígado ou baço, e muitas vezes é detectado no sangue periférico na forma de microgametas para infeccionar a fêmea do Anopheles e de esquizontes para reprodução no fígado, sendo chamada de merozoitos a forma circulante no sangue humano. As características clínicas da sua infecção são muito mais graves, com vômitos, náuseas, diarreia, fortes dores de cabeça, convulsões, défices mentais, delírio e - não infrequentemente - coma e morte se não tratada. É visto microscopicamente como meia-lua na periferia do glóbulo.
P.vivax invade os eritrócitos jovens imaturos, por isso não leva a morte, seu período de incubação é de cerca de 15 dias, com sintomas tipo gripe inicialmente. Formam-se hipnozoites, formas adormecidas no fígado, queúltiplos (pontos de Schuffner) e aspecto esférico com maior volume. É geralmente sensível à cloroquina que, no entanto, não elimina as formas hepáticas do parasita.
P. ovale têm a complicação adicional de um estágio hepático adormecido, que pode ser reativado na ausência de picada de mosquito, levando a sintomas clínicos. destrói as hemácias imaturas, causa malária benigna terciária, com ciclos de 48h e doença crônica com ataques durante muitos anos, sem qualquer tratamento. Formam-se hipnozoites, que, mesmo após a cura da doença sintomática, podem voltar à circulação muitos anos depois, com recorrência da doença. É identificado na microscopia devido à aparência típica das hemácias ovais e aumentadas. Os pontos de Schuffner são cor-de-rosa pálidos. Sensível à cloroquina.
P. malariae não é fatal, pois infecta eritrócitos velhos, se não tratada, causa doença crónica com ataques durante muitos anos. Os ataques são de 72 em 72 horas: denominada de malária benigna quartã. Não se formam hipnozoites. À microscopia os eritrócitos são de forma normal. Têm pontos vermelhos vivos e merozoites em forma de barras. Sensível à cloroquina.
6) Descreva como é realizado o diagnóstico laboratorial da leishmaniose tegumentar, visceral e em lesões cutâneas. 
O diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar (LT) é feito por através do diagnóstico clínico por meio de presença de lesões cutâneas e lesões mucosas; métodos parasitológicos como escarificação, biópsia com impressão por aposição e punção aspirativa; diagnóstico imunológico com Intradermorreação de Montenegro (IRM), positivando em torno de 90% dos casos, ao passo que na Leishmaniose Visceral (LV) a IRM não positiva, Imunofluorescência indireta (IFI) e teste imunoenzimático (ELISA), que expressam os níveis de anticorpos circulantes.
O diagnostico laboratorial da Leishmaniose é feito através de métodos parasitológicos, material de biopsia ou punção aspirativa do baço, fígado, medula óssea ou linfonodos, são encontradas as formas amastigotas no sangue periférico. Métodos sorológicos e imunológicos como Elisa, Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), teste rápido (Kalazar-Detect com rK39), resposta humoral com hipergamaglobulinemia
 
7) Em relação as imagens a baixo, qual doença elas estão representando?
1) Malária
2) Doença de Chagas ou Tripanossomíase americana
3) Leishimaniose
 
 Bons estudos