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Luísa da Costa Neves Vasconcelos Estudo Dirigido de Parasitologia 1 e 2 1. Defina monóxeno e heteroxeno: Monóxeno são parasitas que completam o seu clico evolutivo em apenas um hospedeiro, enquanto os heteroxeno são parasitas que completam o seu ciclo evolutivo em mais de um hopedeiro, sendo eles hospedeiro definitivo e o hospedeiro intermediário. 2. Qual a diferença entre trofozoíto e cisto? O cisto é a forma inativa do parasita, equivalente à sua forma inativa. O trofozoíto representa a forma ativa do parasita, sendo a sua forma reprodutiva. 3. Em que tipo de fezes pode ser encontrado trofozoítos e cistos? Trofozoítas de protozoários são encontrados nas fezes liquidas, pastosas ou nas mucossanguinolentas. Os cistos são encontrados nas fezes formadas. 4. Com relação às amebas, responda: a. Qual a diferença morfológica entre cisto de E.histolytica e E.coli ? E. histolytica possui tamanho entre 15 e 60 micrometros, possui um citoplasma finalmente granulado, hemácias as vezes presentes, cromatina delicada e regular. Além de cariossoma pequeno e central. Enquanto que a E. coli possui tamanho entre 15 e 50 micrometros, citoplasma granular grosseiro, ausência de hemácias, cromatina grosseira e cariossoma grande e excentrico. b. Qual a forma de diagnóstico de trofozoítos das Entamoebas? O diagnóstico pode ser feito através de exame parasitológico de fezes através de pesquisa de fezes liquidas. c. Qual a forma de diagnóstico para cistos de Entamoebas? Através de pesquisa em fezes formadas. 5. Com relação ao Trypanosoma cruzi, responda: a. Qual a forma infectante do parasito no hospedeiro vertebrado e invertebrado? Vertebrado: amastigota Invertebrado: tripomastigota e epimastigota b. Qual são os três gêneros de vetores transmissores de T.cruzi? Como podem ser diferenciados? Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus. Podem ser diferenciados de acordo em onde estão inseridas suas antenas no turbéculos anteníferos Os diferentes segmentos das patas podem apresentar colorações que também auxiliam na identificação das espécies. c. Quais são as células parasitas e qual a forma evolutiva encontrada? Amastigota, tripomastigota e epimastigota, que é a forma evolutiva encontrada. d. Qual a forma de diagnóstico do parasito na fase aguda? Através de pesquisa de formas tripomastigotas sanguineas, pelo metodo de esfregaço, gota espessa e papa leucocitária. Pesquisa de anticorpos, através de reação de imunofluorescencia indireta, hemaglutinação e Elisa. Além de pesquisa de DNA parasitário através de reação polimerase em cadeira (PCR). 6. Com relação à Leishmaniose, responda: a. Qual o ciclo evolutivo realizado no hospedeiro vertebrado e invertebrado? A leishmaniose é transmitida pela picada de flebotomíneas infectadas. Ao se alimentarem de sangue, as flebotomíneas injetam promastigotas metacíclicos (o estágio infeccioso) de sua probóscide. Os promastigotas são fagocitados pelos macrófagos e outras células mononucleares fagocíticas. Nessas células, os promastigotas se transformam em amastigotas (o estágio tecidual). Os amastigotas se multiplicam por divisão simples e infectam outras células fagocíticas mononucleares. Ao se alimentarem do sangue de um hospedeiro infectado, as flebotomíneas são infectadas pela ingestão de macrófagos infectados por amastigotas. No intestino médio das flebotomíneas, os amastigotas se transformam em promastigotas. Aí, se multiplicam, se desenvolvem e migram para a probóscide. b. Qual o vetor transmissor da Leishmaniose no novo e velho mundo? Velho mundo: gêneros Phlebotomus Novo mundo: Lutzomyia e Psychodopigus c. Quais as formas de patologia encontrada na leishmaniose? Leshmaniose tegumentar e cutênea. d. Qual o tipo de célula parasitada e de que forma o parasito escapa do sistema imunológico? Amastigota. As promastigotas se multiplicam por divisão binária simples aumentando o número de parasitos no interior do macrófago, que pela quantidade de amastigotas e pela destruição citoplasmática produzida, rompe-se liberando os parasitas no meio intercelular ou corrente sanguínea, fazendo com que outras células sejam infectadas. e. Por que o teste de Montenegro é negativo em Leishmania cutânea difusa e visceral? Em que condições se torna positivo? Nas diferentes formas clínicas da doença a resposta imune é dependente de células T e a diferença entre resistência e susceptibilidade à infecção por Leishmania spp está relacionada com nível de expansão de células Th1 e Th2. Casos de LM geralmente apresentam IDRM mais intensa que pacientes com LC assim como a resposta imune em pacientes com LM caracterizam-se por uma mistura de resposta dos tipos Th1 e Th2 e nos pacientes com LC é do tipo Th1; em casos da forma cutânea difusa, a IDRM é normalmente negativa e os pacientes exibem uma resposta quase exclusivamente do tipo Th2; e nos casos de LV a IDRM tende a ser negativa na fase ativa da doença onde a resposta imunológica é predominante Th2 não protetora e positiva após a cura com desenvolvimento de uma resposta imune protetora predominantemente Th1. f. Qual a forma de diagnóstico na fase aguda da Leishmaniose Cutânea? Exames parasitológicos como Teste intradérmico – Intradermoreação de Montenegro ou da Leishmania (IDRM), Isolamento em cultivo de aspirado de lesão (NNN e LIT à cresce após 5 dias). Teste sorológico como imunofluorescencia indireta. Estudo Dirigido giardiase e tricomoniase 1. Cite a morfologia das formas parasitárias da Giardia lamblia Trofozóita : 10 a 20 (u)m de comprimento por 5 a 15 (u)m de largur a, aspecto piriforme, simetria bilateral, corpo com achatamento dorso -ventral, na face ventral existe depressão ovóide conhecida como disco suctorial (disco ventral ou adesivo) . No seu interior encontramos 4 pares de flagelos originários de blefaroplasto específico e que se exteriorizam após percorrerem o citoplasma, 2 axonemas, corpos para basais (corpúsculos de Golgi) e 2 núcleos em cada qual existe cariossoma central. Cisto: Elipsóides ou ovóides, 10 a 12(u)m de comprimento por 5 a 8(u)m de largura, membrana refringente limitando estruturas intra-citoplasmáticas semelhantes às encontradas no trofozoítas, exceto no número de núcleos que varia de 2 a 4 na dependência do estágio de desenvolvimento cístico. 2. Descreva os mecanismos patogênicos e as reações orgânicas ao parasitismo pela G. lamblia. O lúmen do jejuno e duodeno, onde a G. lamblia coloniza preferencialmente se replicando aderida ao muco ou a células epiteliais intestinais, é um ambiente muito hostil para microrganismos. A adesão é multifatorial e envolve a sucção do disco ventral além de moléculas de superfície que permitem a ligação com receptores nas células epiteliais intestinais do hospedeiro, chamadas de adesinas ou lectinas. 3-Correlacione os métodos de confirmação diagnóstica com a mais provável fase clínica e consistência fecal na giardíase. Nas fezes formadas ocorre a pesquisa de cistos pelo método de Hoffmann ou de Faust, em caso de fezes com diarreia realiza a pesquisa de trofozoítos ou cistos (imediatamente após a coleta ou colocar em soluções conservantes pois os trofozoítos têm viabilidade curta), enquanto no fluido duodenal se faz a pesquisa de trofozoítos em biópsia jejunal. Imunológico: No soro realiza a pesquisa de anticorpos por ELISA ou IFI pouco sensível e específico. Molecular: pesquisa de DNA parasitário por PCR. 04. O que é período de falsa negatividade aperiódica? O que você pode fazer para transpor tal problema? A liberação nas fezes acontece de forma irregular, e por isso e exame realizado em apenas uma amostra fecal pode dar um resultado falso negativo, subestimando a prevalência desse parasito, sendo necessário a coleta de mais de uma amostra fecal, preferencialmenteem dias alternados. 05. Após resultado negativo pelo método de Faust para fezes moldadas para este protozoário você poderia afirmar que o mesmo não está parasitado? Justifique sua resposta. Não, pois como o parasita fica presente no sangue, é necessário exames que analisem o sangue além das fezes. 6-Explique as razões que fazem com que a prevalência da giardíase seja muito maior na faixa etária infantil. As crianças são mais propensas a entrar em contato com fezes, especialmente se usam fraldas, estão aprendendo a usar o banheiro ou frequentam creches e escolas infantis. As pessoas que vivem ou trabalham com crianças pequenas também estão em maior risco de desenvolver a infecção por giárdia 7. Cite os locais possíveis de servirem como habitat da T. vaginalis. É possível a transmissão por água de banho, roupas íntimas, sanitários e cama. Se hospeda no trato geniturinário, masculino e feminino. 08. Por que este protozoário (T. vaginalis.) não pode sobreviver em meio onde ocorra abundância de oxigênio? Pois, apesar de ser um organismo aeróbico facultativo ele cresce muito bem em ambientes se oxigênio, e com ph entre 5 e 7. 09. Disserte sobre o mecanismo de agressão (patogenia e reações orgânicas) desta Parasitose (tricomoníase). O estabelecimento de T. vaginalis na vagina se inicia com o aumento do pH, já que o pH normal da vagina é ácido (3,8 a 4,5) e o organismo cresce em pH 5. Um contato inicial entre T. vaginalis e leucócitos resulta em formação de pseudópodes, em internalização e em degradação das células imunes nos vacúolos fagocitários do parasito. A aderência e a citotoxicidade exercidas pelos parasitos sobre as células do hospedeiro podem ser ditadas pelos fatores de virulência, como adesinas, cisteína- proteinases, integrinas, cell-detaching factor (CDF) e glicosidases. O T. vaginalis necessita aderir às células hospedeiras para exercer seus efeitos patogênicos, temos quatro proteínas (adesinas) têm sido identificadas como mediadoras da citoaderência: AP23, AP33, AP51 e AP65, a síntese dessas proteínas é regulada positivamente pela ligação a células epiteliais e pelo ferro, a expressão de adesinas na superfície do parasito é alternada com a expressão de P270, uma proteína altamente imunogênica utilizado para evadir o sistema imune. Outra classe de moléculas implicadas na adesão de T. vaginalis é representada por cisteína- proteinases, que são citotóxicas e hemolíticas e apresentam capacidade de degradar IgG, IgM e IgA presentes na vagina, o funcionamento das proteinases de superfície também é modulado pelo ferro, entretanto o ferro contribui para a resistência ao complemento por regular a expressão de cisteína- proteinases, que degradam a porção C3 do complemento depositada sobre a superfície do organismo. Além disso, o T. vaginalis pode se auto-revestir de proteínas plasmáticas do hospedeiro, esse revestimento impede que o sistema imune reconheça o parasito como estranho 10.Qual é a importância do homem (sexo masculino) como disseminado do parasita (T. vaginalis.)? Pois pode vir a apresentar complicações (raras): epididimite, prostatite e até mesmo infertilidade. 11. Cite os métodos de confirmação diagnóstica na tricomoníase urogenital: Cultura do parasita em meios específicos (resultados em 3 a 7 dias), Imunofluorescência direta, exame microscópico de preparações a fresco ou coradas.0
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