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Questões sobre Legislação Tributária

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1)
Para caracterização de conluio fiscal é condição necessária e suficiente que:
Alternativas:
· Se identifique que um mesmo contribuinte reincidiu no cometimento de crime contra a ordem tributária.
· Se identifique que dois ou mais contribuintes agiram em conjunto e na intenção de cometer ilícito fiscal.
checkCORRETO
· Se identifique dois ou mais contribuintes cometendo irregularidade fiscal.
· Se identifique atraso no recolhimento de contribuição previdenciária retida de funcionários.
· Se identifique crime de sonegação em um contribuinte e de fraude em outro.
Resolução comentada:
Conforme o art. 73 da Lei nº 4.502/1964, para se configurar o conluio é necessário que dois ou mais contribuintes tenham ajustado entre si, ilícito fiscal intencional para evitar o pagamento de impostos.
Código da questão: 36638
2)
“O subsecretário [de fiscalização da Receita Federal] disse [em 2009] que essa medida [a criação do Regime Especial de Fiscalização] é importante para aumentar _______. Segundo ele, o que garante a arrecadação é a certeza de _______, (...). Ele fez uma comparação inusitada do sistema de fiscalização com uma caixa d'água de um prédio. ‘Tem que entrar água (na caixa d'água), mas uma maior pressão ajuda a entrar mais água’, afirmando que, no caso da fiscalização, a pressão funciona como na caixa d'água.
Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2017 (adaptado).
A respeito da afirmação acima, marque a alternativa a seguir que melhor completa as
Alternativas:
· “a arrecadação de tributos federais”; “que a Receita Federal está cobrando todos os contribuintes”;
· “a percepção de risco do contribuinte”; “punição do infrator”;
checkCORRETO
· “o volume de autos de infração”; “receber um auto de infração”;
· “a punição do infrator”; “que a Receita Federal está fiscalizando todos os grandes devedores”;
· “aumentar a quantidade de agentes fiscais em campo”; “receber uma visita de um fiscal federal na empresa”.
Resolução comentada:
A fiscalização não consegue acompanhar o universo de 100% dos contribuintes, nem tão pouco 100% das informações dos contribuintes, assim, a criação de formas especiais de fiscalização objetiva aumentar a percepção de risco nos contribuintes em geral de receber uma punição fiscal em caso de cometer alguma irregularidade, aumentando o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias.
Código da questão: 36678
3)
Diversas empresas estão obrigadas ao regime do Lucro Real, por excederem o limite de receita bruta permitido no regime do Lucro Presumido, por exemplo, mas se sua escrituração contábil não cumprir determinados requisitos previstos em Lei, estão sujeitas às regras do Lucro Arbitrado, inclusive mediante o autoarbitramento do lucro pelo próprio contribuinte.
Nesse sentido, considere as seguintes afirmativas:
I – Caso o contribuinte faça o autoarbitramento do lucro em um exercício, fica impedido de fazê-lo novamente no exercício seguinte.
II – Se a empresa estiver impedida de adotar o regime do Lucro Presumido, pode, excepcionalmente, fazer um planejamento tributário para adotar o Lucro Arbitrado, pois este último se trata de um regime com regras semelhantes ao primeiro, com um acréscimo de 20% no percentual de presunção de lucro para fins de tributação do IRPJ.
III – A falta de manutenção de escrituração contábil regular implica em descumprimento ao disposto no Código Civil, portanto a empresa pode ter outros problemas fora da esfera exclusivamente tributária.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas:
· I e II.
· III, somente.
· II e III.
checkCORRETO
· I e III.
· I, somente.
Resolução comentada:
De fato a empresa pode autoarbitrar o lucro, como forma excepcional. Embora a Receita Federal já tenha se manifestado no sentido de que o autoarbitramento não deva ser utilizado como praxe pelo contribuinte, não há a fixação de critério temporal para definir o que é “excepcional”. Assim, o autoarbitramento em um exercício não impede, apenas por si mesmo, o mesmo autoarbitramento em exercício seguinte.
Código da questão: 36644
4)
O contribuinte não pode apresentar consulta formal sobre a interpretação de legislação tributária à Receita Federal em relação:
Alternativas:
· A mesma matéria que já tenha sido solucionada de modo idêntico para outro contribuinte.
· A mesma matéria que já tenha sido solucionada de modo distinto para outro contribuinte
· A imposto que ainda não tenha sido pago.
· A mesma matéria sobre a qual já esteja em andamento procedimento de fiscalização.
checkCORRETO
· À qual já se tenha divulgado Solução de Divergência sobre a mesma matéria.
Resolução comentada:
Quem já está sob procedimento de fiscalização não pode apresentar consulta formal sobre a mesma matéria fiscalizada, de acordo com o art. 3º, § 2º, II, “a” da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (IN RFB) nº 1.396/2013.
Código da questão: 36701
5)
Sobre elisão e evasão fiscal, considere as seguintes afirmativas:
I – Elisão fiscal é realizada antes do fato gerador do imposto, com observância dos parâmetros legais dispostos na legislação.
II – Elisão fiscal pode ser de dois tipos, o decorrente de previsão da própria lei e o decorrente de utilização de brechas ou lacunas legais.
III – Evasão fiscal é o planejamento tributário considerado ilícito. Assim, quando o planejamento tributário for realizado antes do fato gerador do imposto, será considerado elisão fiscal, independentemente dos meios utilizados pelo contribuinte.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas:
· I e II.
checkCORRETO
· I e III.
· I, somente.
· I, II e III.
· II e III.
Resolução comentada:
Não é qualquer planejamento tributário realizado antes do fato gerador do imposto que pode ser considerado como elisão fiscal lícita. Se o contribuinte se utiliza de artifícios e simulações antes de ocorrer o fato gerador do imposto, justamente para afastar a incidência de imposto, está incorrendo em fraude, tipo de evasão fiscal.
Código da questão: 36634
6)
Se uma determinada empresa aufere receita bruta em montante superior a R$ 300 milhões no ano anterior, além de ser impedida de adotar o regime do Lucro Presumido no ano seguinte, pode-se dizer que também estará impedida de autoarbitrar seu lucro.
Isso é decorrência prática da Lei nº 11.638/2007, que prevê a seguinte obrigatoriedade para empresas com receita bruta acima do limite mencionado acima:
Alternativas:
· Auditoria independente das demonstrações contábeis.
checkCORRETO
· Apuração do Lucro Real com majoração de 20% na base de cálculo do IRPJ.
· Manutenção de escrituração contábil, conforme previsão do Código Civil de 2002.
· Entrega da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) à Receita Federal, com a inclusão do Livro Caixa.
· Entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD) à Receita Federal.
Resolução comentada:
Breve explicação sobre resposta correta.
Código da questão: 36646
7)
A manutenção de obrigações já pagas como saldo devedor na contabilidade configura um passivo fictício.
Sobre passivo fictício, a fiscalização presume ter havido omissão de receitas, pois:
Alternativas:
· a contrapartida do passivo fictício foi uma despesa também fictícia, que não poderia ter sido deduzida para fins de apuração do lucro real;
· se o passivo é inexistente, deve ter havido diferença no levantamento quantitativo dos estoques;
· significa que a empresa não tinha recursos em caixa suficientes para quitar a obrigação.
· o saldo devedor passivo não pode superar o saldo do ativo na contabilidade;
· se a obrigação já foi paga, mas o pagamento não foi contabilizado, se deduz que a origem dos recursos utilizados no pagamento também não pôde ser contabilizada porque se deixou de emitir a nota fiscal que era exigida;
checkCORRETO
Resolução comentada:
Quando se tem um passivo fictício na contabilidade, a fiscalização presume que houve omissão de receitas porque o recurso financeiro existiu para liquidar o saldo devedor do passivo, mas não se contabilizou o pagamento porque a origem dos recursos também não pôde ser contabilizada por falta de emissão de nota fiscal (omissão de receitas). Caso se contabilizasseo pagamento, o saldo de caixa ficaria credor, situação que também implica na presunção de omissão de receitas.
Código da questão: 36687
8)
A Medida Provisória (MP) nº 766, de 4 de janeiro de 2017, instituiu o Programa de Regularização Tributária (PRT), permitindo o parcelamento incentivado de débitos tributários federais que aderissem ao Programa de Regularização. Após o prazo de adesão ao PRT, a MP teve sua vigência encerrada, devido a sua não conversão em Lei pelo Congresso Nacional, o qual, por outro lado, não editou Decreto Legislativo em relação à MP.
Considere as seguintes afirmações e marque a alternativa correta a respeito das mesmas:
Os contribuintes que aderiram ao PRT não tiveram sua adesão cancelada PORQUE a MP não foi convertida em Lei pelo Congresso Nacional.
Alternativas:
· As duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
checkCORRETO
· A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
· As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
· As duas afirmações são falsas.
Resolução comentada:
Ambas as afirmações são verdadeiras, mas o não cancelamento das adesões ao PRT se deve a não ter sido editado Decreto Legislativo pelo Congresso Nacional acerca da MP, e não ao fato de a mesma não ter sido objeto de convertida em Lei.
Código da questão: 36697
9)
O lançamento de um imposto é indispensável para constituição de uma obrigação tributária para o contribuinte pagar, não bastando somente ter ocorrido o fato gerador do tributo.
Além do lançamento de ofício, são previstos pela legislação:
Alternativas:
· O lançamento por declaração e o lançamento por auto de infração.
· O lançamento por declaração e o lançamento por homologação.
checkCORRETO
· O lançamento por denúncia espontânea do contribuinte e o lançamento por homologação.
· O lançamento por auto de infração e o lançamento por denúncia espontânea do contribuinte.
· O lançamento por auto de infração e o lançamento por homologação.
Resolução comentada:
Além do lançamento de ofício, previsto no art. 149 do Código Tributário Nacional, o mesmo prevê, nos arts. 147 e 150 o lançamento por declaração (ou misto) e o lançamento por homologação.
Código da questão: 36693
10)
Uma empresa foi autuada em 15 de março de 2016 por erro na apuração e recolhimento do ICMS referente ao mês de abril de 2011, tendo a fiscalização constituído o débito tributário correspondente por meio de lançamento de ofício.
A empresa recorreu do auto de infração e, em julho de 2018, a segunda instância de julgamento administrativo manteve o auto de infração.
Marque a alternativa que é correta em relação a essa situação.
Alternativas:
· Se a decisão administrativa de julho de 2018 tivesse sido favorável à empresa, anulando o auto de infração, ainda assim deveria ser paga a multa de ofício, porém com redução.
· O auto de infração não deveria ser mantido, pois em julho de 2018 já se passaram mais de 5 anos do fato gerador do imposto, o que causou sua decadência.
· A autuação foi indevida, pois a empresa errou na apuração do ICMS, mas não deixou de declará-lo. O ICMS é um tributo cujo lançamento ocorre por homologação.
· O imposto foi constituído antes da sua decadência. Cabe à empresa quitá-lo ou reconhecer novamente da decisão administrativa de segunda instância.
checkCORRETO
· A fiscalização teria até o final do ano de 2017 para fazer a autuação, antes que o débito entrasse em decadência, considerando que o ICMS é um tributo cujo lançamento ocorre por homologação.
Resolução comentada:
O ICMS é tributo lançamento por homologação, então a fiscalização teria até final de março de 2016 para lançar de ofício imposto cujo fato gerador ocorreu em abril de 2011. Assim o débito foi adequadamente constituído e cabe à empresa quitá-lo ou recorrer novamente da decisão de segunda instância.

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