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deve respeitar o consumo daqueles insumos pelos centros. Assim o centro que usou um certo recurso deve arcar com os custos correspondentes. Da mesma maneira, um centro que utilizou com maior intensidade um recurso compartilhado com outros centros deve ficar com uma parcela maior dos custos referentes àqueles insumos. FONTE: Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/Artigo/Imprimir/31375>. Acesso em: 29 set. 2015. Vamos supor que uma empresa possui R$ 1.000,00 de custos distribuídos entre os centros de custos A, B e C com os respectivos valores: R$ 200,00, R$ 300,00 e R$ 500,00. Ela fabrica dois produtos, que vamos chamar de produto 1 e produto 2. O produto 1 consome R$ 60,00 do centro de custo A; R$ 180,00 do B e R$ 100,00 do C, logo, o custo do produto 1 será de R$ 340,00. Já o produto TÓPICO 2 | MÉTODOS DE CUSTEIO 109 2 consome R$ 140,00 do centro de Custo A, R$ 120,00 do B e R$ 400,00 do C, logo seu custo é de R$ 660,00. Veja a seguir uma ilustração para compreendermos melhor o exemplo: FONTE: O autor Na quarta etapa, denominada distribuição secundária, ocorre a distribuição dos custos dos centros indiretos para os diretos. Para que ocorra uma distribuição mais precisa, é necessário usar critérios que condizem com a efetiva utilização dos centros indiretos pelos outros. A quinta e última etapa do processo de implantação consiste em distribuir os custos aos produtos. Para se conseguir uma distribuição adequada é preciso utilizar uma unidade de medida do trabalho do centro direto, o qual deve demonstrar o quanto de esforço utilizou-se para a fabricação de determinado produto. É necessariamente importante que a unidade de trabalho demonstre da melhor forma possível a parcela do trabalho do centro dedicada a cada produto. FONTE: Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/Artigo/Imprimir/31375>. Acesso em: 29 set. 2015. 5 CUSTO PADRÃO Para Megliorini (2007), o custo padrão estabelece um padrão de comportamento dos custos, cria condições para controlar e avaliar o processo produtivo. Através dele é possível realizar a cobrança de responsabilidades dentro da organização. UNIDADE 2 | SISTEMAS DE CUSTEIO E FORMAÇÃO DE PREÇOS 110 O custo padrão também pode ser visto como meta para os produtos da empresa, levando em consideração todas as características da cadeia de produção. Os principais objetivos do custo padrão é calcular um custo padrão para o produto, estabelecer o custo real, prever as possíveis variações analisando as possíveis causas e efeitos. Exemplo de Custo Padrão: Custo Padrão: a) Preço = R$ 2,50 b) Quantidade = 10.500 unid. c) Taxa = R$ 1,26 p/h d) Horas = 11.250 hs e) CIF Orçado = R$ 18.000,00 f) Taxa de Absorção = R$ 1,20 p/MOD g) Horas Orçadas = 15.000 hs Custo Real: h) Preço = R$ 2,55 i) Quantidade = 12.000 unid. j) Taxa = R$ 1,22 p/h k) Horas = 12.700 hs l) CIF Real = R$ 15.000,00 Cálculo das Variações: Materiais: Variação do preço = (PR–PP)QR =(2,55 – 2,50)12.000 = R$ 600,00 D Variação da eficiência = (QR–QP)PP =(12.000 – 10.500)2,50 = R$ 3.750,00 D Mão de obra: Variação da taxa = (TR–TP)HR =(1,22 – 1,26)12.700 = R$ 508,00 F Variação da eficiência = (HR–HP)TP =(12.700 – 11.250)1,26 = R$ 1.827,00 D CIF: Variação do orçamento = (CIFR - CIFO) =(15.000 – 18.000) = R$ 3.000,00 F Variação da eficiência = (HR-HP)TL =(12.700 – 11.250)1,20 = R$ 1.740,00 D Variação da quantidade = (HO-HR)TL =(15.000 – 12700)1,20 = R$ 2.760,00 D FONTE: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/Padme/contabil-apostila-contabilidade-de- custos>. Acesso em: 29 set. 2015. Construção do Custo Padrão Vamos comentar as situações mais comuns de construção de um padrão: TÓPICO 2 | MÉTODOS DE CUSTEIO 111 a) Materiais diretos: a fixação dos padrões físicos cabe à Engenharia de Produção, no entanto, a Contabilidade de Custos deverá trabalhar na tradução monetária desses padrões físicos. Muitos produtos, principalmente os que são elaborados por processo contínuo, utilizando certas matérias- primas, têm determinado grau de perda ou refugo, que, dentro de condições técnicas ou científicas, deve ser incorporado ao padrão de quantidade. O preço-padrão dos materiais diretos deve ser obtido em condições normais de negociação de compra. A ele devem ser incorporadas as eventuais despesas que devem fazer parte do custo unitário dos materiais. O preço-padrão dos materiais e demais insumos industriais deve ser sempre calculado na condição de compra com pagamento à vista. b) Mão de obra direta: a mão de obra também deve ser especificada quantitativamente pela engenharia de produção e posteriormente traduzida em valores monetários pela contabilidade de custos. Normalmente, a mão de obra direta padrão é determinada pela quantidade de horas necessárias do pessoal, ou da quantidade de funcionários diretos, em todas as fases do processo de fabricação do produto. A base para a construção dos padrões de mão de obra direta é, portanto, o processo de fabricação. Todas as atividades e processos necessários para fazer o produto requerem operários para manuseio dos materiais ou dos equipamentos durante os processos. As estimativas ou padrões de necessidade de mão de obra direta podem ser cientificamente calculadas quando se trabalha em ambientes de alta tecnologia de produção, gerenciados computacionalmente. Em outros casos, podem se fazer estudos de tempo, por meio de operações simuladas antecipadamente em ambientes reais. Em todos os casos, deve haver um estudo para quebras, refugos, retrabalhos, manutenção e necessidades do pessoal. A base para a valorização dos custos de mão de obra direta deve incluir toda a remuneração dos trabalhadores mais os encargos sociais de caráter genérico. De modo geral, utiliza-se o critério de custo médio horário dos salários de cada departamento de produção ou da célula/atividade de processo por onde passa o produto, por meio dos centros de custos ou centros de acumulação por atividades. c) Custos indiretos variáveis: os custos indiretos variáveis são padronizados normalmente por meio da construção de taxas predeterminadas em relação a uma medida de atividade escolhida. Sempre que possível, deve-se evitar o uso de taxas baseadas em valores, uma vez que isso impede a correta mensuração das variações de quantidade que ocorrerão, bem como o padrão fica sujeito a eventuais problemas de variação nos preços. A atividade a ser escolhida como base para a construção das taxas predeterminadas de custos indiretos variáveis deve ter uma relação causal com os diversos custos indiretos variáveis. Também a base de atividade escolhida deve ser simples de ser entendida, para posterior atribuição de responsabilidades. UNIDADE 2 | SISTEMAS DE CUSTEIO E FORMAÇÃO DE PREÇOS 112 Exemplos de bases de atividades para elaboração das taxas predeterminadas de custos indiretos variáveis são horas de máquinas trabalhadas, quantidade de produto final, horas de mão de obra direta etc., dependendo sempre do gasto e melhor relação que existe entre os custos variáveis e as atividades envolvidas. Como exemplo, o consumo de energia elétrica é um custo variável indireto para tipos de indústrias. Para algumas empresas, as horas de máquinas são os principais fatores; para outras, há uma relação direta com o produto final. Gastos com lubrificantes e materiais indiretos normalmente têm relação com a quantidade de horas máquinas trabalhadas, e assim por diante. Exemplos Materiais Padrão de quantidade Quilos de material A por unidade de produto R$ 5,10 Estimativa de perda no processo R$ 0,10 Estimativa de refugos R$ 0,02 Quantidade-padrão por unidade de produto R$ 5,22 Padrão de Preço Preço de compra sem impostos recuperáveis