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setor da empresa. f) Mão de obra de terceiros: pode ser rateado conforme as ordens de serviço. g) Material de limpeza e outros de consumo: pode ser alocado a cada unidade de acordo com as requisições solicitadas para o almoxarifado. Na figura a seguir podemos exemplificar todas as etapas para a elaboração do mapa de localização de custos. 72 UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS FIGURA 10 – ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS FONTE: Perez Jr., Oliveira e Costa (1999) Primeiramente é necessário verificar os gastos da empresa e saber classificá-los em custos e despesas. Lembrando que os itens destinados à produção são classificados como custo, e os itens destinados à comercialização (aqueles que ocorrem após o produto fabricado) são classificados como despesa. Em seguida classificamos os custos em fixos ou variáveis, diretos ou indiretos. Tal classificação é necessária para que seja possível a elaboração do custo total de produção, vamos verificar que há diferentes métodos para apurar o custo total, que vamos abordar na próxima unidade. TÓPICO 4 | CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 73 Portanto, os custos diretos vão ser alocados para a conta referente ao produto, porque é possível identificar o que foi consumido, e os custos indiretos serão classificados de acordo com um mapa de localização dos custos indiretos elaborados pela empresa. Em seguida, o custo indireto está separado por produto, que adicionado com os custos diretos, irão compor o custo total do produto. FONTE: Adaptado de: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/197/Custos%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20 pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 set. 2015. IMPORTANT E A base de rateio pode obedecer diferentes critérios, tais critérios devem ser definidos pela empresa onde o responsável do departamento detalhará o processo. NOTA Na próxima unidade vamos abordar os conceitos relacionados ao sistema de custeio, portanto, sugerimos a leitura complementar a seguir para darmos início a tal conteúdo. LEITURA COMPLEMENTAR CUSTOS NAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE O Sebrae SP (2002, p. 4) descreve que empresas de um mesmo segmento de atividade podem apresentar distintas estruturas de custos. Aponta que isso é consequência da tecnologia adotada, do grau de terceirização das atividades, das características dos recursos disponíveis para cada empresa. Em se tratando de empresas de segmentos diferentes, estas características são mais distintas ainda. Neste estudo, o Sebrae SP (2002) buscou identificar de forma exploratória como as MPEs se organizam em termos de gestão de custos, grau de controle e domínio que mantêm sobre os custos e como elas formam os preços finais de seus produtos. A pesquisa contemplou uma amostra de 450 MPEs paulistas, sendo 150 da indústria de transformação, 150 do comércio e 150 do setor de serviços. Entre 74 UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS as principais conclusões, destaca-se que 86% dos empresários não conhecem efetivamente a composição dos custos de seus principais produtos/serviços. 38% deles desconhecem o valor de cada hora trabalhada pelos empregados, 33% desconhecem o valor dos estoques de matérias-primas e mercadorias e 10% desconhecem o valor médio mensal dos outros custos, por exemplo, gastos com aluguel, telefone, energia elétrica, combustível etc. Esse desconhecimento torna a gestão dos custos bastante crítica quando se considera a importância relativa de cada um deles na estrutura de custos das empresas. Em outro estudo, realizado em 1998 com 1.142 MPEs dos setores de indústria, comércio e serviços localizadas em diferentes municípios do Estado de São Paulo, o Sebrae SP (2002, p. 5) apresenta a representatividade das categorias de custos no setor industrial, comercial e de serviços. Esta representatividade consta do quadro a seguir: ESTRUTURA RELATIVA DE CUSTOS DAS MPES PAULISTAS (POR SETOR) IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS A estruturação de um sistema de custos nas MPEs não é apenas uma necessidade contábil. É uma necessidade administrativa, pois, sem conhecer os custos, diferentes decisões que se apresentam, como: que preço cobrar para um novo produto ou para um pedido especial, qual o nível de descontos que pode ser concedido a um cliente, eliminação de produtos que apresentam “prejuízos”, terceirização de atividades, aquisição de novos equipamentos, mudanças no processo de fabricação etc., são tomadas de forma intuitiva pelos gestores. Nestes casos, quais os riscos? Se os resultados alcançados forem satisfatórios, é de se imaginar que não há a necessidade de investir em um sistema de custos e novas decisões que exigem o conhecimento de custos poderão se revelar um desastre. A esse respeito, Resnik (1990) diz que uma empresa, sem entender seus custos, poderá promover mercadorias e serviços ou apostar em projetos que não TÓPICO 4 | CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 75 sejam lucrativos. Também, as consequências podem se revelar desastrosas para essas empresas, uma vez que poderão implementar estratégias comerciais, programas de produção, políticas de estocagem etc., sem o subsídio de informações adequadas. Isso implica dizer que a estruturação de um sistema de custos pode ser a chave do sucesso para as MPEs. Para isso, estas empresas têm à disposição um amplo conjunto de ferramentas que permite modelar um sistema de custos adequado às suas necessidades. Por certo, o sistema de custos nestas empresas não necessita ser tão complexo como aquele das empresas de maior porte. FONTE: Adaptado de: CHIOMENTO; Domingos Orestes. Contabilidade: linguagem universal dos negócios. Disponível em: <http://www.crcsp.org.br/portal_novo/publicacoes/ manuais_pmes/conteudo/m04.pdf>. Acesso em: 30 jul.2015. 76 RESUMO DO TÓPICO 4 Neste tópico, você aprendeu que: • Material direto: compreende todo e qualquer material diretamente identificável com o produto e que se torne parte integrante dele. • PEPS Primeiro que Entra, Primeiro que Sai, refere-se à avaliação dos estoques dentro de empresas, que é realizada pela ordem cronológica das entradas. • UEPS Último que Entra, Primeiro que Sai, a utilização desse método refere- se à saída do estoque e é realizada pelo preço do último lote a entrar no almoxarifado. O valor dos estoques é calculado ao custo do último preço, que costuma ser mais alto. • PMPM Custo Médio Ponderado Fixo, que consiste na identificação do custo real para cada unidade vendida. • Rateios: os sistemas de rateios são feitos de acordo com o que se enquadra no departamento de serviço, não há um tipo de rateio, pois, para cada departamento, se analisa um fato, ou seja, são diversos critérios de rateios para que se possam dividir os custos da maneira mais racional possível. • É uma divisão do trabalho por especialização dentro da estrutura organizacional da empresa. • Centros de custos: são as diversas formas de subdividir uma empresa delimitando segundo o aspecto de localização de todos os custos relacionados a estes setores. 77 1 Uma empresa fabrica um produto que utiliza dois tipos de matérias-primas, pesando 2,50 kg, sendo 1,40 kg de Matéria-Prima A e 1,10 kg de Matéria- Prima B. O método utilizado pela empresa para valorar seus estoques é o do Custo Médio Ponderado Móvel. Em agosto de 2015, os custos unitários das requisições foram: Matéria-Prima A= R$ 276,00/kg e Matéria-Prima B = R$ 632,00/kg. Durante o processo de fabricação, existe uma perda de 8% na quantidade requisitada de matéria-prima. O Custo da Matéria-Prima para cada unidade do produto fabricado é de: a) ( ) R$ 454,00. b) ( ) R$ 587,83. c) ( ) R$ 908,00. d) ( ) R$ 1.175,65. e) ( ) R$ 875,92. 2 Pelo sistema de controle de estoques UEPS, podemos dizer que: a) ( ) As últimas unidades,