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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais II
DIREITO CONSTITUCIONAL
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TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS II
Há uma parcela da doutrina que reconhecerá, ainda, a existência de direitos 
de 4ª e 5ª gerações. Existe uma difusão de teses sobre esse tema. O STF não 
reconhece a existência de direitos de 4ª e 5ª gerações. Com relação aos direitos 
de 1ª, 2ª e 3ª gerações, todos os doutrinadores estão de acordo, e o STF reco-
nhece.
A doutrina de 4ª e 5ª gerações é de Paulo Bonavides.
PAULO BONAVIDES
• Quarta geração: os direitos à democracia, informação e ao pluralismo;
• Quinta geração: o direito à paz. Para a doutrina clássica, paz seria direito da 
3ª geração, por tratar-se de uma meta individual, transindividual e difusa. Para 
Bonavides, paz deveria ser alçada a uma geração própria, a uma 5ª geração, 
para que, no âmbito mundial, se possa ter essa consciência coletiva de uma 
paz mundial e, assim, efetivamente, o mundo caminhar para uma paz global.
DESTINATÁRIOS
CUIDADO com a interpretação do caput do art. 5º.
Não são apenas os brasileiros e estrangeiros residentes os destinatários dos 
direitos e garantias fundamentais presentes na Constituição Federal (CF). Sendo 
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uma das características fundamentais dos direitos e garantias a universalidade, 
pode-se afirmar que são destinatárias TODAS as pessoas, físicas e jurídicas, 
que estão no território nacional.
TODAS AS PESSOAS
• Pessoas físicas: nacionais (natos e naturalizados), estrangeiros (residen-
tes e em trânsito), inclusive os apátridas;
• Pessoas jurídicas (inclusive de direito público).
Desde que o direito versado seja compatível com sua natureza
O estrangeiro, por exemplo, não vota. Ele não exerce direitos políticos no 
Brasil. Uma empresa também tem direito a sua honra objetiva, a sua reputação 
perante a sociedade. 
EFICÁCIA HORIZONTAL OU EXTERNA
No final do século XVIII, ocorre a transição do Estado absolutista para o 
Estado liberal. No Estado absoluto, o rei Luis XIV afirmava “o Estado sou eu”. 
Surgem os direitos de 1ª geração com o nascimento do Estado liberal, que 
tem poder, mas um poder limitado pela separação dos poderes e pela previsão 
de um catálogo de direitos e garantias fundamentais que foram criados para 
servir de escudo frente à ação opressora do Estado.
Na sua origem, os direitos e garantias fundamentais foram concebidos numa 
relação vertical entre o Estado superpoderoso e seus súditos.
Atualmente esses direitos e garantias fundamentais também são aplicados 
em relações horizontais envolvendo pessoas privadas.
Embora criados numa relação VERTICAL, hoje existem numa eficácia HORI-
ZONTAL.
Os direitos e as garantias fundamentais também devem ser observados nas 
relações jurídicas horizontais entre pessoas privadas.
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O art. 5º, inciso LV, da CF estabelece o direito à ampla defesa em processo 
judicial ou administrativo, sendo assegurado o contraditório nesses processos 
entre Estado e indivíduos. O contraditório e a ampla defesa devem ser observa-
dos TAMBÉM nas relações horizontais entre pessoas privadas. 
��������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra.