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Direitos Individuais e Coletivos III
DIREITO CONSTITUCIONAL
www.grancursosonline.com.br
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS III
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR (ART. 5º, XI)
Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, 
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Hipóteses de se adentrar SEM o consentimento:
1. Desastre a qualquer hora (dia ou noite);
2. Socorro a qualquer hora (dia ou noite);
3. Flagrante delito a qualquer hora (dia ou noite); 
4. Ordem judicial a ser cumprida durante o dia.
• O que é casa?
A inviolabilidade domiciliar é uma garantia. Na dicotomia entre direito e garan-
tia, a inviolabilidade domiciliar é uma garantia que visa tutelar o direito à privaci-
dade das pessoas.
Os Direitos são os próprios bens jurídicos narrados pela Constituição Federal 
(CF), de cunho declaratório.
As garantias são instrumentos presentes na CF para proteger, salvaguardar, 
tutelar um determinado Direito.
O conceito de CASA, para a inviolabilidade domiciliar, é elástico, mais amplo. 
Envolve a ideia comum da casa, do apartamento, a residência unifamiliar, mas 
também o local de habitação coletiva, quando ocupado, e ainda o local onde 
alguém exerce uma atividade ou profissão com exclusão de terceiros.
A casa é:
1) local de habitação unifamiliar;
2) local de habitação coletiva quando ocupada (por exemplo, um quarto de 
hotel);
3) O local onde alguém exerce atividade ou profissão com exclusão de tercei-
ros (por exemplo: consultório, escritório). 
• O que é dia?
Para fins da inviolabilidade domiciliar, foram adotados dois critérios: 
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1. Físico astronômico: o interregno entre a aurora e o crepúsculo, enquanto 
houver sol;
2. Cronológico: é o intervalo entre 6h e 18h.
A doutrina não tem uma definição sobre qual dos dois critérios prevalece. Na 
prática, adota-se um critério misto. 
• É possível entrar na casa alheia, mesmo sem o consentimento do morador, 
a qualquer hora do dia, para cumprir ordem judicial?
Não. Dia é uma palavra plurissignificativa que admite mais do que um sentido, 
mais de um significado. O cumprimento da ordem judicial é apenas enquanto 
houver sol. 
• É possível reivindicar a inviolabilidade domiciliar em face do proprietário do 
imóvel?
O proprietário do imóvel não tem o direito de visitar o seu imóvel na hora que 
lhe aprouver. 
• Se a diligência se iniciou durante o dia, pode adentrar pela noite?
Por exemplo, uma autoridade policial está de posse de uma ordem judicial de 
busca e apreensão e chega ao imóvel às 17h. O objeto só é encontrado às 22h. A 
prova é lícita. Entende a doutrina que o que importa é o início da diligência.
• Lei n. 13.301, de 2016 – possibilidade de se entrar na casa alheia sem con-
sentimento para combate ao mosquito transmissor do vírus da dengue, do 
vírus chikungunya e do vírus da zika.
Art. 1º Na situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mos-
quito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika, a 
autoridade máxima do Sistema Único de Saúde - SUS de âmbito federal, estadual, 
distrital e municipal fica autorizada a determinar e executar as medidas necessá-
rias ao controle das doenças causadas pelos referidos vírus, nos termos da Lei no 
8.080, de 19 de setembro de 1990, e demais normas aplicáveis, enquanto perdurar 
a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN.
§ 1º Entre as medidas que podem ser determinadas e executadas para a contenção 
das doenças causadas pelos vírus de que trata o caput, destacam-se:
IV - ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de 
abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso de agente 
público, regularmente designado e identificado, quando se mostre essencial para a 
contenção das doenças. 
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SIGILO DA CORRESPONDÊNCIA E DAS COMUNICAÇÕES (ART. 5º, XII)
Art. 5º, XII: é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações tele-
gráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por 
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de inves-
tigação criminal ou instrução processual penal.
As comunicações podem ser por dados, telegráficas e telefônicas. A CF 
apenas viabilizou as comunicações telefônicas. O sigilo da correspondência e 
das comunicações telegráficas e de dados são direitos relativos, não são abso-
lutos, porque, se houver um conflito constitucional, um deverá permanecer em 
detrimento de outro, a chamada ponderação de interesses. 
Por exemplo, há presos de altíssima periculosidade, e a correspondência por 
eles escrita é lida pela autoridade penitenciária antes de ser postada. Quando 
recebe uma correspondência, esta é lida antes de ser entregue ao preso. Isto 
fere o princípio do sigilo das correspondências, mas, na ponderação dos interes-
ses, prevalece a segurança pública em detrimento do direito individual.
Só o juiz criminal pode determinar a intercepção das chamadas telefôni-
cas na forma estabelecida pela lei. Se outros tribunais – civis, trabalhistas ou 
para efeito de prova em processos administrativos disciplinares – necessitarem 
desses registros, poderão solicitar ao juiz criminal. 
• Só excepciona as comunicações telefônicas; e as demais seriam direitos 
absolutos?
Não, porque os direitos fundamentais são, por essência, relativos. Sigilo das 
correspondências e das comunicações telegráficas e de dados e direito relativo. 
• Só no bojo no processo PENAL; poderia usar a prova produzida no pro-
cesso penal no processo civil e administrativo?
Apenas o juiz com competência criminal pode determinar a interceptação das 
comunicações telefônicas. Essa prova pode ser emprestada para o processo 
civil, administrativo ou trabalhista. 
Art. 5º, XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
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É o exemplo clássico de uma norma constitucional de eficácia contida, porque 
a sua aplicabilidade é direta e imediata. Desde a CF de 1988, incide sobre a 
liberdade profissional uma lei regulamentadora, porém essa liberdade profissio-
nal admite redução do seu âmbito de incidência por uma legislação futura, por-
tanto a sua aplicabilidade não é integral. 
Por exemplo, se o Congresso Nacional pretender regulamentar a profissão 
de taxista, poderá determinar que somente taxistas com mais de 10 anos de 
experiência que não tenham cometido nenhuma infração gravíssima poderão 
exercer a profissão.
�����������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Luciano Dutra.

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