Buscar

Apostila_Manejo e conservação do solo_Parte2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Assunto Prático 01: Aptidão Agrícola das Terras 
 
1. Introdução 
1.1. Conceito: 
 
Adaptabilidade das terras para um tipo específico de utilização agrícola, 
pressupondo-se um ou mais distintos níveis de manejo. 
 
Neste conceito pressupõe-se a necessidade de informações, as quais 
deverão ser utilizadas adotando-se um sistema de estratificação que permita a 
transmissão de conhecimento de forma sistematizada e técnica, ou seja, com o 
uso de um sistema de classificação. 
 
A determinação da aptidão agrícola pressupõe planejamento de uso das 
terras. 
 
1.2. Tipos de classificação 
 
Naturais (taxonômicas): 
Considera-se um conjunto considerado simultâneo de atributos ou 
propriedades relacionadas a origem do objeto a ser classificado. 
Exemplos: Soil taxonomy; e 
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SBCS). 
 
Técnicas (objetivas): 
Alguns atributos ou propriedades são considerados e deve atender um 
objetivo específico e de aplicação prática. 
 
Exemplos: Aptidão agrícola: FAO/Brasileiro e 
 Capacidade de Uso. 
 Terras para Irrigação. 
 
Os levantamentos de informações que estão associados aos sistemas de 
classificação taxonômicos de solos são a fonte mais completa de dados que 
podem ser utilizados na definição da aptidão agrícola das terras. 
 
 Estes levantamentos são, contudo, de custo elevado e requerem pessoal 
técnico especializado, o que limita a sua utilização, pois a aplicação para a 
definição da aptidão agrícola das terras requer detalhes em escala pequena. 
 2 
Recomenda-se que sejam feitos ou utilizados levantamentos 
pedológicos detalhados (escala 1:10.000 a 1:25.000) ou semi-detalhados 
((escala 1:25.000 a 1:100.000). 
 
O uso dos levantamentos de classes de solo disponíveis, como o do 
Ceará (1:600.000), em escalas muito grandes, não fornecem os detalhes 
necessários para a aplicação de sistemas de definição da aptidão agrícola em 
nível de propriedade agrícola. 
 
2. Sistema de Classificação da Capacidade de Uso 
2.1. Introdução 
Estruturado pelo Serviço de Conservação do Solo dos EUA. 
A grande contribuição deste sistema foi a de ter influenciado todos os 
sistemas subseqüentes que incluem a produção sustentada, ou seja, apresenta 
enfoque conservacionista. 
É utilizado em várias partes do mundo e sofreu várias adaptações. 
Objetiva agrupar solos já mapeados nos EUA em classes de capacidade 
de uso para programas de planejamento agrícola. 
Torna a informação já existente nos levantamentos de solos (nível 
detalhado) mais acessível, de forma prática, ao usuário. 
 É uma interpretação dos mapas de solos dos levantamentos existentes 
nos EUA. 
Nos países em que está informação não está disponível, procurou-se 
suprir esta informação, mapeando-se atributos como declive, textura, 
permeabilidade etc. 
Porém limita bastante uma interpretação mais consistente. 
 
2.2. Estrutura 
 
Grupos de Uso (3 grupos): 
 Estabelecidos com base nos tipos de intensidade de uso. 
 
Classes de Uso (8 classes): 
Baseadas no grau de limitação de uso. 
 
Subclasses de Uso (Índices): 
Baseadas na natureza da limitação de uso. 
 
Unidades de Uso (Índices): 
 3 
Baseadas em condições específicas que afetam o uso ou manejo 
da terra. 
 
Classes de Capacidade de Uso: 
Grupo A: 
I até IV - com aptidão para culturas. 
 
Grupo B: 
V - refere-se a classes de solos com problemas de 
drenagem, pedregosidade ou de adversidade climática problemática para 
cultivos; e 
VI e VII - necessitam de manejo especial. 
 
Grupo C: 
VIII - não apresentam retornos para insumos referentes a 
manejo para culturas, pastagens ou florestas. 
 
São as seguintes classes de capacidade de uso (I a VIII): 
A - Terras cultiváveis: 
Classe I - sem problemas especiais de conservação; 
Classe II - problemas simples de conservação; 
Classe III - problemas complexos de conservação; e 
Classe IV - ocasionalmente ou em extensão limitada com 
sérios problemas de conservação. 
 
B - Terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas 
culturas permanentes e adaptadas, em geral, para pastagem ou 
reflorestamento: 
Classe V - Sem necessidade de práticas especiais de 
conservação; 
Classe VI - . com problemas especiais de conservação; e 
Classe VII - com problemas complexos de conservação. 
C - Terras impróprias para vegetação produtiva e próprias para 
proteção da flora e da fauna silvestres, para recreação ou para armazenamento 
de água. 
 
Índices: 
São adicionados às classes de aptidão definindo subclasses e 
unidades de uso. 
São indicativos dos principais problemas em nível detalhado. 
 4 
Subclasses: 
Consideram-se quatro naturezas: 
 e: limitações pela erosão presente e/ou risco de 
erosão; 
 s: limitações relativas ao solo; 
 a: limitações por excesso de água; e 
 c: limitações climáticas. 
 
Unidades de uso: 
 Especificam mais a natureza da limitação: 
 
Exemplos: 
s-hi: limitação de natureza relativa ao solo e associada a 
problemas de hidromorfismo; 
 
 s-pd: limitação de natureza relativa ao solo e associada a 
problemas de pedregosidade; 
 
 s-di: limitação de natureza relativa a solo e associada a 
distrofismo; 
 s-ti: limitação de natureza relativa a erosão e associada a 
tiomorfismo; 
 etc. 
 
 
Exemplos do Sistema de Classificação da Capacidade de Uso: 
 
IIIpd-di ⇒ Classe III, com problemas de pedregosidade e 
distrofismo. 
IIi ⇒ Classe II, com problemas de inundação. 
 
 
2.3. Levantamento Utilitário das Terras 
 
 As informações necessárias para a aplicação do Sistema de Capacidade 
de Uso são as características e/ou propriedades do perfil do solo (independente 
de serem fatores limitantes ou não), a declividade do terreno, a erosão já 
sofrida pela terra, uso atual, o estádio de desbravamento e outras 
características gerais da propriedade. 
 
 5 
2.3.1. Perfil do solo 
 
Não necessariamente limitantes: 
 
Profundidade efetiva: É a espessura máxima do solo em que as raízes 
não encontram impedimto físico para penetrar livremente, facilitando a 
fixação da planta e servindo como meio para a absorção de água e nutrientes. 
Exemplos de impedimento físico considerado: presença de rocha 
consolidada, fragipans, lençol freático sem possibilidade de rebaixamento por 
drenagem, etc. 
 
Índices utilizados: 0: não identificada; 
1: muito profundos (> 2 m); 
2: profundos (1 a 2 m); 
3: moderadamente profundos (0,5 a 1 m); 
4: rasos (0,25 a 0,5 m); 
5: muitos rasos (< 0,25 m). 
 
Textura do perfil do solo: obtida a partir da análise granulométrica e do 
uso do triângulo textural. Pode ser estimada em condições de campo pela 
sensação ao tato da massa de solo úmida. 
Principais grupamentos texturais utilizados: 
 0: não identificado; 
 1: textura muito argilosa; 
 2: textura argilosa; 
 3: textura média; 
 4: textura siltosa; 
 5: textura arenosa. 
 
Permeabilidade do perfil do solo: capacidade que o solo apresenta de 
transmitir água e ar. É a velocidade do fluxo através de uma secção transversal 
unitária de solo saturado, sob determinado gradiente hidráulico. 
Estimada pela análise conjunta de sua textura, friabilidade, estrutura e 
quantidade de poros visíveis a olho nu. 
 0: não identificada; 
 1: rápida (> 150 mm/h); 
 2: moderada (5 a 150 mm/h); e 
 3: lenta (< 5 mm/h). 
 
 
 6 
2.3.2. Fatores limitantes específicos 
 
Fatores limitantes: critério diagnóstico que afeta adversamente o uso da 
terra 
São vários, cada um com os seus índices próprios: 
 Pedregosidade (pd); 
Risco de inundação (i); 
Caráter abrupto (ab); 
Caráter vértico (vê); 
Hidromorfismo (h); 
Seca prolongada (se); 
Geada ou vento frio (gd); 
Baixa saturação de bases ou caráter distrófico (di); 
Capacidade de retenção de cátions muito baixa (ct); 
Tiomorfismo (ti); 
Sodicidade (so); 
Salinidade (sl); 
Presença de carbonatos (ca); 
 
2.3.3. Características e/ou propriedades do solo de notação facultativa 
 
 São informações adicionais. 
 
 Classificação pedológica: devem ser notadas com razoável 
conhecimento do levantador.Devem ser usadas notações do sistema de 
classificação vigente. 
 
 Cor do solo: notação adotada com referência a caderneta de Munsell. 
 
 Produtividade aparente: estimada pelo tipo de vegetação espontânea e 
colheitas auferidas pelos agricultores. 
 
Outras características: substrato geológico; vegetação primitiva; forma 
de declive; e outras de interesse local. 
 
2.3.4. Declividade do terreno 
 
 A: declives < 2%; 
 B: declives entre 2 e 5%; 
 C: declives entre 5 e 10%; 
 7 
 D: declives entre 10 e 15%; 
 E: declives entre 15 e 45%; 
 F: declives entre 45 e 70%; 
 G: declives > 70%. 
 
2.3.5. Erosão 
 
 Expressa por meio de indicadores de tipo e grau de erosão: 
 Indicadores gerais: 
 A: Geral 
 0: presente, mas em grau não identificado; 
 θ: erosão não aparente, tal como ocorre em solos virgens 
recobertos de vegetação. 
 B: Erosão laminar 
 1: ligeira - já aparente, mas com < 25% do solo superficial 
removido (horizonte A), ou quando não for possível identificar a profundidade 
normal do horizonte A de um solo virgem, com mais de 15 cm do solo 
superficial (horizonte A) remanescente; 
 2: moderada - com 25% a 75% do solo superficial removido 
(horizonte A), ou quando não for possível identificar a profundidade normal 
do horizonte A de um solo virgem, com 5 a 15 cm do solo superficial 
(horizonte A) remanescente; 
 3: severa - com mais de 75% do solo superficial removido 
(horizonte A) e, possivelmente com o horizonte B aflorando, ou quando não 
for possível identificar a profundidade normal do horizonte A de um solo 
virgem, com menos de 5 cm do solo superficial (horizonte A) remanescente; 
 4: muito severa - com todo solo já superficial removido 
(horizonte A) e com o horizonte B bastante afetado (erodido), já havendo, em 
alguns casos, sido removido em proporções entre 25 e 75% da profundidade 
original; 
 5: extremamente severa - com o horizonte B, em sua maior parte, 
já removido, e com o C atingido, encontrando-se o solo praticamente 
destruído para fins agrícolas; 
 6: símbolo reservado para áreas desbarrancadas ou translocações 
de blocos de terra. 
 C: Erosão em sulcos 
 a: Freqüência dos sulcos 
 7: ocasionais - sulcos distanciados mais de 30 m; 
 8: freqüentes - sulcos distanciados a menos de 30 m, ocupando 
área inferior a 75%; 
 8 
 9: muito freqüentes - sulcos distanciados a menos de 30 m, 
ocupando área superior a 70 %. 
 b: Profundidade dos sulcos: 
 7, 8 e 9 (somente números) - sulcos superficiais, cruzados por 
máquinas e que se desfazem com o preparo; 
 7, 8 e 9 (circundados por Ο) - sulcos rasos cruzados por máquinas 
e que não se desfazem com o preparo; 
 7, 8 e 9 (circundados por � ) - sulcos profundos, que não podem 
ser cruzados por máquinas agrícolas e que ainda não atingiram o horizonte C; 
 7V, 8V e 9V - sulcos muito profundos que não podem ser 
cruzados por máquinas agrícolas e que atingiram o horizonte C. 
 
 Erosão eólica: 
 Tipos 
L: litorânea 
 C: comtinental 
 Graus: 
 1: pequena ou ligeira; 
 2: regular ou moderada; 
 3: severa ou intensa. 
 
2.3.6. Uso atual, nível tecnológico e estádio de desbravamento 
 
 Devem ser levantadas informações relativas ao uso atual nas diferentes 
áreas da propriedade em que o levantamento será feito, bem como o nível 
tecnológico adotado nestas áreas ou, então, o estádio de desbravamento das 
áreas. 
 
2.3.7. Características gerais da propriedade 
 
 Informações como benfeitorias (casas, currais, depósitos etc), cercas 
divisórias, estradas internas e externas da propriedade, presença de barragens 
etc devem ser levantadas e alocadas. 
 
2.3.8. Notação das informações 
 
Essas informações são representadas por símbolos e notações 
convencionais, dispostos numa fórmula que sintetiza as condições encontradas 
em cada área considerada homogênea. 
 
 9 
Fórmula mínima: 
 
atualuso
erosãoedeclividad
dadepermeabilitexturaefetivadeprofundida
 
 Fórmula obrigatória: 
 
atualusotestanilimfatores
erosãoedeclividad
dadepermeabilitexturaefetivadeprofundida
 
Fórmula máxima: 
 
É a fórmula obrigatória acrescida de outros elementos passíveis de 
identificação. 
 
A classificação pedológica, a cor do solo e a sua produtividade aparente, 
quando conhecidos ou identificáveis, poderão ser colocados, optativamente, 
antes da fração da formula. 
 
 Exemplo de uma fórmula máxima hipotética: 
 
2122 LpcMtalpd72B
2/12/33
p6/5YR5LV −−
−
−−
−− 
 
2.4. Identificação da classe de capacidade de uso 
 
 A identificação da capacidade de campo é feita pela verificação das 
diferentes propriedades levantadas e a identificação do grau de limitação, 
sendo a definição da classe de aptidão agrícola associada ao grau de limitação 
mais severo das propriedades avaliadas. Essa definição passa pela associação 
de graus de limitação a classes de uso do Sistema de Capacidade de Uso. No 
quadro 1 pode-se observar um exemplo de conversão de propriedades e graus 
de limitações em classes de capacidade de uso. No entanto este quadro deve 
ser definido para as diferentes situações de ambiente, ou seja, um quadro 
utilizado para a região da caatinga, certamente não é o mesmo da região dos 
cerrados, assim como o quadro utilizado para a região dos Inhamus não é o 
mesmo para o Maciço de Baturité. 
 10
Quadro 1. Limitações, graus de limitações e parâmetros na avaliação de 
propriedades do solo para o enquadramento em classes de 
capacidade de uso das terras 
Parâmetros de avaliação Classes de capacidade de uso 
MO N P K Ca Mg Al Limitação 
Grau de 
limitação 
% mg.dm-3 mmolc.kg-1 
I II III IV V VI VII VIII 
Alta 5 0,2
5 
>20 >2,
3 
>42 >8 <3 * * * * * * * * 
Média 3 0,1
5 
10 1,2 31 4 7 * * * * * * 
Baixa 1 0,0
5 
5 <1,
2 
8 2 10 * * * * * 
Fertilidade 
Muito 
baixa 
<1 <0
,05 
<5 <0,
6 
<8 <2 >10 * * * 
Muito 
profundo 
 
> 2 m 
 
* 
 
* 
 
* 
 
* 
 
* 
 
* 
 
* 
 
* 
Produndo 2 a 1 m * * * * * * * * 
Moderado 1 a 0,5 m * * * * * * * 
Raso 0,5 a 0,25 m * * * * * 
Profundidade 
efetiva 
Muito raso <0,25 * * * 
Rápida > 15 cm/hora * * * * * * * * 
Moderada 15 a 5 cm/hora * * * * * * 
Permeabilidade 
Lenta < 5 cm/hora * * * * 
 Sem pedras * * * * * * * * 
 <1 % * * * * * * * 
 1 a 10 % * * * * * * 
 10 a 30 % * * * * * 
 30 a 50 % * * * 
Pedregosidade 
 >50 % * * 
Ocasional Recorrência de 5 ou mais anos * * * 
Freqüente Recorrência entre 1 e 5 anos * * 
Risco de 
inundação 
Muito 
freqüente 
Todos os anos * 
Plano 0 a 2% (Classe A) * * * * * * * * 
Suave 
ondulado 
2 a 6 % (Classe B) * * * * * * 
Ondulado 6 a 13 % (Classe C) * * * * * 
Forte 
ondulado 
13 a 25% (Classe D) * * * * 
Montanhos
o 
25 a 55% (Classe E) * * * 
Classes de 
declive 
Escarpado >55 % * * 
Não 
aparente 
Sem sinais perceptíveis de erosão * * * * * * * * 
Ligeira Até 25 % do horizonte A removido * * * * * * 
Moderada 25 a 75% do horizonte A removido * * * * * 
Forte Mais de 75 % do A removido e B exposto * * * 
Muito forte A removido e B severamente erodido * * 
Grau de erosão 
laminar 
Extremame
nte forte 
A e B removidos e horizontes C exposto * 
Superficiais Ocasionais: a menos de 30 m entre si * * * * * * 
 Freqüentes: a menos de 30 m entre si * * * * * 
 Muito freqüentes: ocupam mais de 75 % da área * * * * 
Rasos Ocasionais * * * * * 
 Frequentes * * * * 
 Muito frequentes * * * 
Profundos Ocasionais * * * * 
 Freqüentes * * * 
Sulcos 
 Muito frequentes * * 
Voçorocas * 
 
 11
2.5. Recomendações práticas para a execução do levantamento utilitário 
 
 Para a execução dos trabalhos de campo e escritório deverão ser 
adotadas medidas que permitam não só o planejamento das atividades a serem 
desenvolvidas, mas a sua efetiva execução. Para tanto deverão ser avaliadaas 
as condições de execução dos serviços (distâncias, área a ser levantada, 
acomodações etc), bem como deverão ser previstos a utilização de 
equipamentos e utensílios(trados, sacos plásticos, pranchetas, reservatório de 
água, GPS etc). 
 Também deverão ser previstos todas as atividades e materiais de 
escritório para a edição do relatório descritivo, como também dos mapas que 
comporão o produto final a ser entregue ao solicitante dos serviços. 
 Mapas deverão ser utilizados, destacando-se aquele de campo que vai 
ser utilizado para todas as anotações necessárias para a execução dos serviços. 
O mapa base ou mapa de campo pode ser: fotografias aéreas; mapa 
planialtimétrico, mapa de restituição e mapa planimétrico. 
 Deverão ser compor os seguintes mapas ao final dos trabalhos: uso 
atual, capacidade de uso, levantamento do meio físico, pedológico etc. 
 
2.6. Exemplo de aplicação do Sistema de Capacidade de Uso 
 
 O caso do Assentamento Lages em Caridade – CE (Chaves, 2005). 
 
 
 12 
 
Figura 1. Classes de relevo do Assentamento Lages no município de Caridade-CE (Fonte: Chaves, 2005). 
 13 
 
Figura 2. Caracterísiticas e/ou propriedades do meio físico do Assentamento Lages no município de Caridade-CE 
(Fonte: Chaves, 2005). 
 14 
 
Figura 3. Classes de capacidade de uso do Assentamento Lages no município de Caridade-CE (Fonte: Chaves, 
2005). 
 15 
 
 
Figura 4. Classes de solo do Assentamento Lages no município de Caridade-CE(Fonte: Chaves, 2005). 
 16
3. Sistema FAO/Brasileiro (Aptidão Agrícola) 
3.1. Introdução 
Desenvolvido na década de 60. Apresenta características bastante 
inovadoras: 
a. Considera na sua estrutura os níveis de manejo 
Os problemas dos diferentes tipos de agricultores são 
diferenciados (Quadro 2). 
 
b. Considera a estimativa de viabilidade de redução dos 
problemas (Quadro 3). 
 
c. Estrutura permite ajustamento a novos conhecimentos 
permitindo: Adaptações regionais; 
Ajuste em função metodologia que sintetiza as qualidades 
do ecossistema em cinco parâmetros: 
Nutrientes (N); 
Água (A); 
Oxigênio (O); 
Mecanização (M); e 
Erosão (E). 
 
 
Quadro 2. Níveis de manejo considerados no sistema FAO/Brasileiro 
Nível de 
manejo 
Práticas agrícolas Capital aplicado no 
melhoramento e conservação 
do solo e lavouras 
Trabalho 
A Refletem baixo 
nível tecnológico 
Praticamente não é aplicado Principalmente braçal. 
Alguma tração animal 
com implementos 
simples 
 
B Refletem nível 
tecnológico médio 
Modesta aplicação Tração animal 
 
 
C Refletem alto nível 
tecnológico 
Aplicação intensiva Mecanização em quase 
todas as fases 
 
 
 
 
 
 17
 
Quadro 3. Classes de viabilidade de melhoramento no sistema FAO/Brasileiro 
Classe Viabilidade de melhoramento 
Classe a1 Melhoramento viável com práticas 
simples e pequeno emprego de capital. 
 
Classe b Melhoramento viável com práticas 
intensivas e mais sofisticadas e 
considerável aplicação de capital. Esta 
classe ainda é considerada 
economicamente compensadora. 
 
Classe c Melhoramento viável somente com 
práticas de grande vulto; aplicadas a 
projetos de larga escala que estão, 
normalmente, além das possibilidades 
individuais dos agricultores. 
 
Classe d Sem viabilidade técnica ou econômica 
de melhoramento. 
1 – As letras minúsculas a, b e c são usadas, além da indicação da classe de 
viabilidade de melhoramento, também para indicar aptidão para lavouras. 
Embora seu uso fique bem claro no contexto, quando indica variabilidade de 
melhoramento a letra é grifada. 
 
3.2. Aplicação do sistema FAO/Brasileiro 
 
a. Estimativa dos problemas: 
É uma síntese da influência das propriedades do ecossistema; 
Estimativa dos desvios ∆N; ∆A; ∆O; ∆E e ∆M; 
Estimar em relação a que? 
Solo ideal X Solo real (Quadro 4) 
Graus de desvios considerados: 
Nulo = 0 
Ligeiro = 1 
Moderado = 2 
Forte = 3 
Muito forte = 4 
 
 
 18
 
 
Quadro 4. Relação entre solo ideal (∆i = 0, onde ∆i = N,A,O,E e M) e solo real 
(∆i ≥ 0) 
Parámetro Solo ideal Solo real 
Nutrientes ∆N = 0 ∆N ≥ 0 
Água ∆A = 0 ∆A ≥ 0 
Oxigênio ∆O = 0 ∆O ≥ 0 
Suscetibilidade à erosão ∆E = 0 ∆E ≥ 0 
Impedimentos a 
mecanização 
∆M = 0 ∆M ≥ 0 
 
Estimativa de desvios subjetiva ⇒ convergência de critérios. 
 Pode-se usar critérios de referência como auxílio nesta estimativa, 
não ficando tão subjetiva assim (Quadro 5). 
 
b. Estimativa da redução destes problemas, conforme nível de manejo 
considerado: 
É um balanço entre intensidade dos desvios e possibilidades, 
dificuldades e conveniência de sua redução. 
Deve-se considerar as opções dos vários níveis de manejo, 
refletindo diferenças em insumos e técnica. 
É uma estimativa da viabilidade de melhoramento. 
Considera-se, no sistema, as classes de viabilidade de 
melhoramento. 
 
 
Exemplos: 
∆N = 4 para as Areias Quartzosas da Serra da Ibiapaba, antes do 
melhoramento. 
∆N = 1b, após melhoramento, mesmo aplicando fertilizantes e 
corretivos (o melhoramento pode não eliminar toda a deficiência). 
 
A viabilidade de melhoramento está intimamente ligada às condições 
sócioeconômicas, sintetizadas grosseiramente na forma de níveis de manejo. 
 
 
 
 
 19
Quadro 5. Grau de desvio (limitações) das condições agrícolas dos solos em 
relação ao solo ideal, quanto a nutrientes ou fertilidade (N), 
disponibilidade de água (A), oxigênio (O), suscetibilidade à erosão 
(E) e impedimentos à mecanização 
0 (nulo) 
∆N Elevada reserva de nutrientes. Nem mesmo plantas exigentes respondem a 
adubação. Ótimos rendimentos por mais de 20 anos. Ao longo do perfil: 
V%>80%, S>6 cmolkg-1, TAL=0, na camada arável, e condutividade elétrica 
(CE) < 4 dSm-1 a 25 oC. 
∆A Floresta perenifólia ou presença de lençol freático ou sub irrigação. Não há 
deficiência de água em nenhuma parte do ano. Incluem-se áreas de campos 
hidrófilos e subtropicais sempre úmidos. Quanto a ∆A ,são possíveis dois cultivos 
por ano. 
∆O Aeração boa em qualquer época do ano – bem (D4) a expressividade drenados 
(D1) 
∆E Após 10-20 anos: horizonte A permanece intacto. Erosão ligeira, que possa 
ocorrer, é controlada facilmente. Plano, ou Quase (p), declive < 3%, e bem 
permeável. 
∆M Podem ser usados na maior parte da área, sem dificuldades, todo ano, todos os 
tipos de maquinaria agrícola; rendimento do trator (% de horas efetivamente 
usadas ), RT > 90% . Solos planos (p) ou suave ondulados (s) com < 8% de 
declive, sem outros impedimentos à mecanização ( pedregosidade, rochosidade, 
texturas extremas e tipos de argilas ) 
1 (Ligeiro) 
∆N Boa reserva de nutrientes, boa produção por mais de 10 anos, com pequenas 
exigências para manter produção depois. V > 50%, S >3, TAL < 30% , 
condutividade elétrica < 4dSm-1 e Tna < 6%. (Latossolos eutróficos, por 
exemplo). 
∆A Água disponível (Ad): pequena deficiência durante o período curto na estação de 
crescimento. Só plantas bem sensíveis é que são prejudicadas no seu crescimento. 
Floresta subperenífera (estação seca de 1 a 3 meses ). Em climas mais secos: solos 
com lençol freático, condicionando boa disponibilidade de água às plantas, ou 
irrigados. Aptidão para dois cultivos é marginal. 
∆O Plantas de raízes mais sensíveis têm dificuldade na estação chuvosa; 
moderadamente drenados (D5). 
∆E Após 10-20 anos: <25% do horizonte A original da maior parte da área; Ap 
formado de material A (exceto se A muito espesso), na maior parte da área. 
Erosão bem controlada por culturas selecionadas (cana-deaçucar) ou cultivos 
arbóreos ou parcelas pequenas. Suave ondulação (s), declives 3-8% (SSM: classe 
1 da erosão). 
∆M Maioria dos tipos de maquinaria sem ou com ligeira dificuldade, RT: 75-90%; (a) 
suave ondulação (s),com 3-8% de declive sem outros impedimentos; (b) planos 
com pedregosidade (0,05 a 1,0), rochosidade (2-10%) ou profundidade limitante; 
(c) planos, com textura muito grosseira (arenosa, cascalhenta etc.), argilosa com 
argila 2:1, ou problemas de drenagem. 
 
 20
2 (Moderado) 
∆N Um ou mais nutrientes com reserva limitada. Bons rendimentos só nos poucos 
anos iniciais. Reserva no solo ou no ciclo orgânico ou condutividade elétrica: 4-8 
dSm-1 ou TNa 6-15%.(Latossolosnão eutróficos sob florestas, por exemplo). 
∆A Ad: deficiente durante período um tanto longo; plantas muito sensíveis podem ser 
cultivas. Floresta subcaducifólia (estação seca de 3-6 meses ou 3, se arenoso). 
Também floresta caducifólia com solos com alta capacidade de retençãodeAd. 
Praticamente não há possibilidade de dois cultivos. 
∆O Imperfeitamente drenados (D6) ou com risco permanente de inundação ocasional 
(recorrência:>5 anos). 
∆E Após 10-20 anos; 25 a 75% do horizonte A é removido da maior parte da área; Ap 
é constituído localmente do material de B. pequenas voçorocas podem ocorrer. 
Controle à erosão deve ser intensivo. Cultivo de árvores sem a completa remoção 
da vegetação ainda funciona bem, relevo ondulado, declive 8-20% (SSM: classe 2 
da erosão). 
∆M Só tipos mais leves de equipamento, algumas vezes só durante parte do ano, 
tracionados por animais. Se usado trator, RT:50-75%; (a) ondulados,8-20% de 
declive, sem outros impedimentos, se usado para agricultura formam-se sulcos 
freqüentes e profundos; (b) declive <20%, com pedregosidade, rochosidade ou 
profundidade limitante;; (c) planos, com textura muito grosseira (arenosa, 
cascalhenta etc.), argilosa com argila 2:1, ou problemas de drenagem. 
3 (Forte) 
N Um ou mais nutrientes em pequenas quantidades permitem bons resultados só de 
culturas adaptadas. O rendimento de outras culturas e pastagem é baixo. Cerrado 
fechado ou terras exauridas ou condutividade elétrica:8-15 dSm-1 e TNa>15% 
(por exemplo, Latossolos sob cerrado propriamente dito). 
∆A Ad: grande deficiência. Só possível plantas mais adaptadas. Caatinga 
hipoxerófila; floresta caducifólia; transições de cerrado e floresta para caatinga 
(estação seca de 6 a 8 meses, 3 a 7 se arenoso); precipitação, P-600 a800 mm/ano 
e irregulares, e temperatura alta, (T) é predominante). 
∆O Culturas mais sensíveis, drenagem artificial, ainda viáveis ao nível do agricultor; 
mal (D7) e muito mal drenado (D8) ou sujeitos a inundações freqüentes 
(recorrência:1 a 5 anos). 
∆E( Após 10-20 anos: >75% do horizonte A removido na maior parte da área. Ap 
apenas localmente guarda vestígios do antigo A. Ocorre voçorocas rasas, com 
algumas profundas. Controle é difícil, dispendioso ou inviável. Fortes ondulados 
(f), declive 20-45% (SSM: classe 3 de erosão). 
∆M Só implementos manuais na maior parte da área: (a) declive de 20-45%, forte 
ondulado: se usado para agricultura, formam sulcos, constituindo forte 
impedimento à mecanização ; (b) declive <20% com pedregosidade, rochosidade 
ou solos rasos.RT<50% 
 
 
 
 
 
 
 21
4 (Muito Forte) 
∆N Conteúdo de nutrientes muito restrito com possibilidade remota de agricultura, 
pastagem e reflorestamento. Somente plantas com muita tolerância conseguem 
adaptar-se. Campo cerrado ou solos salinos com condutividade elétrica: >15dSm-1 
ou tiomórficos. Exemplo: solos rasos álicos sob vegetação campestre (Solos 
Litólicos e Cambissolos), originários de rochas pelíticas do grupo Bambuí. 
∆A Deficiência é severa. Estação de crescimento curta ou mesmo ausente. A 
vegetação natural é escassa ou só presente durante parte do ano. Caatinga 
hiperxerófila (estação seca 8 a10 meses, P= 400-600 mm, irregulares, e alta T). 
∆O Idem do grau forte, mas melhoramento não é viável ao nível do agricultor. 
∆E Os solos para fins agrícolas são destruídos em poucos anos; voçorocas médias e 
profundas praticamente inutilizam a área agrícola. Risco de danos para a 
pastagem é muito grande. Montanhoso e escarpado, declive >45%. 
∆M Não é possível nem o uso de implementos manuais (a) declive > 45%, 
montanhoso ou escarpado; (b) declive < 45% com pedregosidade, rochosidade ou 
solos rasos: se usados para agricultura, formam-se voçorocas. 
 
 
c. Identificação da classe de aptidão 
 Confronto das informações de a e b. 
 Uso de tabelas de conversão (quadros-guia) (Quadro 9). 
 
 O quadro de conversão ou quadro-guia é o máximo de limitação 
permitido, para cada delta e para cada nível de manejo, referente a classe de 
aptidão. 
 
 A definição da classe de aptidão agrícola deve seguir o princípio 
de que o uso não pode ser mais intensivo do que permite o delta que está no 
mínimo. 
 
 É uma síntese e, portanto, difícil de ser lida com aproveitamento 
de toda a informação que ela encerra. 
 
A mensagem final que chega geralmente na forma de mapa colorido 
com símbolos. 
 
Exemplo: 
1Ab(c): 
Letras A, B e C, maiúsculas ou minúsculas; e entre 
parênteses ou não, significam aptidão para culturas: 
A: Aptidão boa no sistema de manejo A; 
b: Aptidão regular no sistema de manejo B; e 
 22
(c): Aptidão restrita no sistema de manejo C. 
____ Áreas de pior aptidão agrícola na unidade de 
mapeamento. 
 
Ausência de qualquer letra indica inaptidão. 
Exemplo: 2ab. 
 
Existem também as letras P, S e N: 
P: pastagem plantada; 
S: silvicultura;e 
N: pastagem natural. 
 
Letras maiúsculas: classes de aptidão boa; 
Letras minúsculas: classes de aptidão regular; e 
Letras minúsculas entre parênteses: classes de aptidão restrita. 
 
O conceito de aptidão agrícola utilizado tem um sentido amplo 
para (Quadro 6 e 7): 
Lavouras; 
Pastagens plantadas; 
Pastagens naturais; 
Silvicultura; 
Reserva biológica; e 
 Recreação 
 
Expressa uma adequação ao uso ao aumento do (s) grau (s) de limitação 
(ões). 
 
 23
Quadro 6. Grupos e classes de aptidão agrícola e alternativas gerais de 
utilização 
Grupos Classe Nível de manejo 
 A B C 
 Lavouras 
A ↑ L ↓ 1 Boa 1A 1B 1C 
L ↑ I ↓ 2 Regular 2a 2b 2c 
T ↑ M ↓ 3 Restrita 3(a) 3(b) 3(c) 
E ↑ I ↓ Pastagem plantada 
R ↑ T ↓ 4 Boa 4P 
N ↑ A ↓ 4 Regular 4p 
A ↑ Ç ↓ 4 Restrita 4(p) 
T ↑ Õ ↓ Silvicultura e/ou pastagem natural 
I ↑ E ↓ 5 Boa 5N 5S 
V ↑ S ↓ 5 Regular 5n 5s 
A ↑ ↓ 5 Restrita 5(n) 5(s) 
S ↑ ↓ Sem aptidão para uso agrícola 
 ↑ ↓ 6 Preservação da flora e da fauna 
 
Quadro 7. Alternativas de utilização das terras de acordo com o grupo de 
aptidão agrícola 
 Aumento da intensidade de uso 
Limitações 
e 
Alternativa
s 
Grupos 
de 
aptidão 
 Lavoura 
 Preserva
ção da 
flora e 
da fauna 
Silvicu
ltura 
e/ou 
pastage
m 
natural 
Pasta
gem 
Aptidão 
restrita 
Aptidão 
regular 
Aptidão 
boa 
A↑ D↓ 1 
L↑ E↓ 2 
T↑↑↑↑ S↓ 3 
E↑ V↓ 4 
R↑ I↓ 5 
N↑ O↓ 6 
 24
Quadro 8. Classes de aptidão agrícola 
Classes de 
aptidão 
Limitações 
gerais 
Produções no manejo A Remoção de restrições 
BOA 
 
ligeiras boa no período de 20 anos 
REGULAR moderadas boa no período de 10 anos parcialmente no 
manejo A 
 
RESTRITA fortes Médias e baixas no 
período de 10 anos 
opção de culturas 
 
 
INAPTA excluem a produção sustentada do tipo de utilização em questão 
 
 
Porém, como obtém-se a classe de aptidão agrícola? 
 
Exemplo (Quadros 9 e 10) 
 
Passos: 
 A estimativa dos deltas do ecossistema em relação ao solo ideal 
(qualidades do ecossistema). 
 Avaliação da viabilidade de redução dos deltas conforme nível de 
manejo (refletindo diferenças em insumos e técnica). 
 Confronto de informações obtidas utilizando. 
 Uso de quadros de síntese de informações (Quadro 10.) 
 
Observações gerais: 
Os Quadros-guia (Quadro Tabela 9) são muito gerais. 
Precisam ser mais específicos 
Cada cultura poderia Ter a sua 
O Sistema FAO/Brasileiro não foi suficientemente trabalhado ao 
nível do usuário/propriedade 
Pelas suas características está mais condicionado para aplicação 
para escalas muito pequenas (grandes regiões) 
Na estimativa das qualidades da terra entra uma grande qtidade de 
informações não quantificáveis e expressáveis 
É o conhecimento empírico (um sentimento de percepção), 
fundamental nas decisões do agricultor. 
 
 
 25 
Quadro 9. Quadro-guia de classificação de aptidão agrícola da região semi-árida 
Aptidão Agrícola Graus de limitação das condições agrícolas das terras para os níveis de manejo A, B e 
C 
∆N ∆A ∆O ∆E ∆M Grupo Sub-
grupo 
Classe Uso agrícola 
A B C A B C A B C A B C A BC 
 
1 1ABC Boa 0/1 0a 0a 1/2 ½ 1/2 1 1a 0/1a 1 0/1a 0a 2 1/2 0 
2 2abc Regular Lavouras 1 1a 1b 2 2 2 2 1/2a 1b ½ 1a 0/1b 2/3 2 1 
3 3(abc) Restrita 2 1/2a 1/2b 2/3 2/3 2/3 3 2a 2b 2/3 2a 1/2a 3 2/3 2 
 
4P Boa Pastagem 2a 2 3 2/3a 2 
4p Regular 2/3a 2/3 4 3a 2/3 
4 
4(p) Restrita Plantada 3a 3 4 3/4 3 
 
5S Boa 2/3a 2 1a 3a 2/3 
5s Regular Silvicultura 3a 2/3 1a 3a 3 
5 
5(s) Restrita 4 3 1/2a 4 3 
 
5N Boa 2/3 3 3 3 3 
5n Regular Pastagem 
natural 
3 3/4 3/4 3 4 
5 
5(n) Restrita 4 4 4 3 4 
 
6 6 Preservação 
da flora e da 
fauna 
 
 
 26 
Quadro 10. Resultado do confronto entre desvios da unidade PLs após redução dos desvios (quando viáveis) e os 
requisitos de máxima limitação permissível para determinada classe de uso na Tabela-Guia 
Situação ∆N ∆A ∆O ∆E ∆M 
 A B C A B C A B C A B C A B C 
PLs 1 1a 1b 2/3 2/3 2/3 1 1a 0/1a 1 0 0 2 2/3 2 
 
Quadro – 
Guia 
1 1a 1b 2/3 2/3 2/3 1 1a 0/1a 1 0/1a 0a 2 2/3 2 
 a b c (a) (b) (c) A B C A B C A (b) (c) 
 
Uso mais 
intensivo 
(a) (b) (c) 
Uso 
possível 
3 (a) (b) (c) 
Conclusão 3(abc) é o máximo uso possível para a área em questão, ou seja, no sistema de manejo A, B e C, o 
máximo uso é o de culturas em caráter restrito 
 27
3.3. Exemplo de aplicação do Sistema FAO/Brasileiro 
 
 O exemplo de Parambu-CE 
 
Quadro 11. Aptidão agrícola das terras das folhas SB.24-Y-A-III-2 – Parambú 
de acordo com o uso intensivo mais indicado (Fonte Leite & 
Oliveira, 1996) 
 
Figura 5. Mapa da aptidão agrícola da área estudada (Fonte Leite & Oliveira, 
1996) 
 
 
 28
Quadro 12. Símbolo, classes de solos, principal limitação, aptidão agrícola, 
área em hectare e porcentual das terras das folhas SB.24-Y-A-III-
2 – Parambú (Fonte Leite & Oliveira, 1996) 
 
 
 
 
 
 29
4. Bibliografia 
 
CHAVES, N.M.A. Levantamento pedológico semidetalhado com fins de 
determinação das classes de capacidade de uso na área do projeto de 
Assentamento Lages. Fortaleza: UFC, 2005. 118p. 
 
LEITE, F.R.B. & OLIVEIRA, S.B.P. Aptidão agrícola das terras das folhas 
SB.24-Y-A-III-2 Parambu utilizando sistema de informações geográficas. 
In: VIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Anais. 1996. 
INPE, p.27-32. 
 
LEPSCH, I. F. (coord.). Manual para levantamento utilitário do meio físico e 
classificação de terras no sistema de capacidade de uso. Campinas: SBCS, 
1991. 175p. 
 
RESENDE, M., CURI, N. REZENDE, S.B., CORRÊA, G.F. Pedologia: a 
base para a distinção de ambientes. Viçosa: NEPUT, 1995. 304p.

Continue navegando