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CURSO LIVRE NIVELAMENTO - ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

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Rodovia BR 470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito
Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000. lndaial-SC
Fone: (0xx47) 3281-9000/3281-9090
Home-page: www.uniasselvi.com.br
Curso de Nivelamento de Reforma Ortográfica
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Cláudia Suéli Weiss
Luciana Fiamoncini
Patricia Maria Matedi
Reitor da UNIASSELVI
Dieter Dieter Sergei Sardelli de Paiva
Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância
Profª. Elisa Maria Assis
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Davi Phelippe Bloedorn
Revisão:
Diógenes Schweigert
Harry Wiese
José Rodrigues
Marina Luciani Garcia
Todos os direitos reservados à Editora Grupo UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVI
Fone/Fax: (47) 3281-9000/ 3281-9090
Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2011.
Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.
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Curso de Nivelamento
Estamos apresentando a você um estudo sobre o Novo 
Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa. Nesta primeira etapa, 
você está sendo orientado a como proceder para realizar seu 
curso. O curso será ministrado através do estudo da apostila e a 
fi xação de conteúdos, por meio de objetos de aprendizagem.
A segunda etapa de nosso curso será um breve apanhado 
sobre a história da reforma e novo alfabeto. Passaremos por um 
interessante estudo do alfabeto através dos tempos e veremos 
alguns dos principais acordos ortográfi cos fi rmados em diversos 
períodos. 
Na terceira etapa, as mudanças na acentuação serão o 
enfoque. Este é um dos temas que mais causa dúvidas no novo 
acordo ortográfi co, por isso está exposto de forma simples e breve, 
para que você compreenda com maior facilidade. 
Nosso nivelamento continua com a quarta etapa, que trata 
da hifenização. O uso do hífen, o que foi modifi cado e o que 
continua sendo utilizado. Na quinta e última etapa, abordaremos 
o uso do trema, sendo que este foi abolido da língua portuguesa, 
exceto em nomes que derivam de palavras estrangeiras. 
Na sexta etapa, você fará uma avaliação para fi xar o que foi 
estudado. Esperamos ter contribuído para o aprimoramento dos 
seus conhecimentos.
As autoras!
A PRESENTAÇÃO
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Curso de Nivelamento
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Curso de Nivelamento
Acordo Ortográfi co da Língua 
Portuguesa
Olá, acadêmico(a)! Estamos começando mais uma jornada 
de estudos. A partir daqui, daremos início ao estudo sobre a nova 
ortografi a da nossa língua, proposta pelo Acordo Ortográfi co da 
Língua Portuguesa, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009, 
18 anos após sua elaboração. O objetivo desta apostila é apresentar 
a você, acadêmico, as principais mudanças que ocorreram em 
nossa língua, tais como acentuação, hifenização, mudanças no 
alfabeto e uso do trema, com o intuito de facilitar a elaboração e a 
compreensão textual.
Então, caro(a) acadêmico(a), vamos lá? 
Antes de iniciarmos os nossos estudos efetivamente, 
gostaríamos de apresentar uma crônica interessante e 
divertida, de Elida Kronig, sobre a reforma ortográfi ca. Boa 
leitura!
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Curso de Nivelamento
A crônica: Como será daqui pra frente?
Elida Kronig.
“Estive vendo as novas regras da ortografi a. Na verdade, 
já tinha esbarrado com elas trilhares de vezes, mas apenas hoje 
que as danadas receberam uma educada atenção de minha parte. 
Devo confessar que não foi uma ação espontânea. Que eu me 
lembre, desde o ano retrasado que uma amiga me enche o saco 
para escrever a respeito. 
O faço com a esperança de que diminua o volume de e-mails 
e torpedos que ela me envia. Em suma, que as novas regras 
ortográfi cas a mantenham sossegada por um bom tempo.
Cai o trema! Aliás, não cai... Dá uma tombadinha. Linguiça 
e pinguim fi cam feios sem ele, mas quantas pessoas conhecemos 
que utilizavam o trema a que eles tinham direito? Essa espécie de 
“enfeiação” já vinha sendo adotada por 98% da população brasileira.
Resumindo, continua tudo como está. Alfabeto com 26 
letras? O K e o W são moleza para qualquer internauta, que convive 
diariamente com Kb e Web qualquer coisa. A terceira nova letra de 
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Curso de Nivelamento
nosso alfabeto tornou-se comum com os animes japoneses, que tem 
a maioria de seus personagens e termos começando com y. Esta 
regra tiramos de letra.
O hífen é outro que tomba, mas não cai. Aquele tracinho no 
meio das vogais, provocando um divórcio entre elas, vai embora. 
As vogais agora convivem harmoniosamente na mesma palavra. 
Auto-escola cansou da briga e passou a ser autoescola, auto-ajuda 
adotou autoajuda.
Agora, pasmem! O que era impossível tornou-se realidade. 
Contra-indicação, semi-árido e infra-estrutura viraram amantes, mais 
inseparáveis que nunca. Só assinam contraindicação, semiárido 
e infraestrutura. Quem será o estraga-prazer a querer afastá-los?
Epa! E estraga-prazer, como fi ca? Deixa eu fazer umas 
pesquisas básicas pela Internet. Huuummm... Achei! Essas duas 
palavrinhas vivem ocupadíssimas, cada uma com suas próprias 
obrigações.
Explicam que a sociedade entre elas não passa de uma 
simples parceria. Nem quiseram se prolongar no assunto. Para 
deixar isso bem claro, vão manter o traço. 
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Curso de Nivelamento
Na contra-mão, chega um paraquedista trazendo um 
paralama, um parachoque e um parabrisa - todos sem tracinho. 
Joguei tudo no porta-malas pra vender no ferro-velho. O paraquedista 
com cara de pão de mel fi cou nervoso. Só acalmou quando o banhei 
com água-de-colônia numa banheira de hidromassagem. Então os 
nomes compostos não usam mais hífen? Não é bem assim.
Os passarinhos continuam com seus nomes: bem-te-vi, 
beija-fl or. As fl ores também permanecem como estão: mal-me-quer. 
Por se achar a tal, a couve-fl or recusou-se a retirar o tracinho e a 
delicada erva-doce nem está sabendo do que acontece no mundo 
do idioma português e vai continuar adotando o tracinho.
As cores apelaram com um papo estranho sobre estarem 
sofrendo discriminações sexuais e conseguiram na justiça, o direito 
de gozarem com o tracinho. Ficou tudo rosa-choque, vermelho-
acobreado, lilás-médio...
As donas de casa quando souberam da vitória da comunidade 
GLS, criaram redes de novenas funcionando por 24hs, para que 
a feira não se unisse sem cerimônia aos dias da semana. Foram 
atendidas pelo próprio arcanjo Gabriel que fez uma aparição 
numa das reuniões, dando ordens ao estilo Tropa de Elite:
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Curso de Nivelamento
- Deixe o traço!
Deu certo. As irmãs segunda-feira, terça-feira e as demais, 
mantiveram o hífen. Os médicos e militares fi zeram um lobby, 
gastaram uma nota preta pra manter o tracinho. Alegaram que sairia 
mais caro mudar os receituários e refazer as fardas: médico-cirurgião, 
tenente-coronel, capitão-do-mar. Uma pequena pausa para a cultura, 
ocasionada pelo trauma de ler muitas pérolas do Enem e Vestibular. 
Só por precaução... 
Almirante Barroso não tem tracinho. Assim era chamado 
Francisco Manuel Barroso da Silva. Sim, o cara era militar da Marinha 
Imperial. Foi ele quem conduziu a Armada Brasileira à vitória na 
Batalha do Riachuelo, durante a Guerra da Tríplice Aliança. 
No centro do Rio de Janeiro há uma avenida com seu nome 
(Av. Almirante Barroso). Na praia do Flamengo, há um monumento, 
obra do escultorCorreia Lima, em cuja base se encontram os seus 
restos mortais. Fim da pausa!
Acho que algumas regras pra este tracinho, até que simpático, 
foram criadas por algum carioca apaixonado. Será que Thiago 
Velloso e André Delacerda tiveram alguma participação nas novas 
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regras? O R no início das palavras vira RR na boca do carioca. Não 
pronunciamos R (como em papiro, aresta e arara), pronunciamos 
RR (como em ferro, arraso e arremate). Falamos rroldana e não 
roldana, rrodopio e não rodopio, rrebola e não rebola. 
Pois bem, numa das tombadas do hífen, o R dobra e deixa 
algumas palavras com jeito carioca de ser: autorretrato, antirreligioso, 
suprarrenal. Será fácil lembrar desta regra. Se a palavra antes do 
tracinho (nem vou falar em prefi xo) terminar com vogal e a palavra 
seguinte começar com R é só lembrar dos simpáticos e adoráveis 
cariocas.
Mais uma coisinha: a regra também vale para o S. Fico até 
sem graça de comentar isso, pois todos sabemos que o S é um 
invejoso que gosta de imitar o R em tudo. Ante-sala vira antessala, 
extra-seco vira extrasseco e por aí vai... 
Quem segurou mesmo o hífen, sem deixá-lo cair, foram os 
sufi xos terminados em R, que acompanham outra palavra iniciada 
com R, como em inter-regional e hiper-realista. Estes tracinhos 
continuarão a infernizar os cariocas. 
O pré-natal esteve tão feliz, rindo o tempo todo com o pós-
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parto de uma camela pré-histórica que ninguém teve coragem 
de tocar no tracinho deles. Já o pró - um chato por natureza, foi 
completamente ignorado. Só assim manteve o tracinho: pró-labore, 
pró-desmatamento.
A vogal e o h não chegaram a nenhum acordo, mesmo com 
anos de terapia. Permanecem de cara virada um pro outro: anti-
higiênico, anti-herói, anti-horário. Estou começando a achar que as 
vogais são semi-hostis com as consoantes... 
O interessante é que as vogais quando estão próximas umas 
das outras, não tem essa de arqui-inimigas. Fizeram lipo juntas e 
conquistaram uma silhueta anti-infl acionária de micro-organismo. 
Vogal-vogal, com as novas regras ficam magrinhas: 
microondas, antiibérico, anti-inflamatório, extraescolar... Uma 
inovação interessante: - Podem esquecer o mixto, ele foi 
sumariamente despedido. Puseram o misto no lugar dele.
Fiquei bolada com essa exceção: o prefi xo co não usa mais 
hífen. Seguiu os exemplos de cooperação e coordenado, que sempre 
estiveram juntas. Não estou me lembrando no momento, de nenhuma 
palavra que use co com tracinho.
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Curso de Nivelamento
Será que sempre escrevi errado? 
Quem diria que o créu suplantaria a ideia!? Teremos que nos 
acostumar com as ideias heroicas sem o acento agudo. Rasparam 
também o acento da pobre coitada da jiboia. O acento do créu 
continua porque tem o U logo depois.
Pelo menos a assembleia perdeu alguma coisa... Resta o 
consolo em saber que continuamos vivendo tendo um belíssimo 
céu como chapéu.”
Gostaram da crônica? Após esta interessante leitura, 
vamos conhecer um pouco mais sobre a história do acordo 
ortográfi co e o novo alfabeto.
FONTE: Adaptado.
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História do acordo ortográfi co e mudanças no 
alfabeto.
Nossa vida é movida pelas mudanças. Tudo o que faz parte 
do contexto social passa por mudanças, de uma forma ou de outra. 
A língua faz parte do contexto social, portanto, com o passar do 
tempo, passa por diversas transformações. Algumas palavras são 
acrescentadas ao nosso vocabulário, outras caem em desuso, 
outras, ainda, sofrem modifi cações. Nossa língua não para. Está 
em constante movimento. A cada ano surgem novidades, e estas 
surgem em nossa língua de acordo com a necessidade.
Pensando nisto, os países que fazem uso da Língua 
Portuguesa (Guiné Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, 
Angola, Moçambique, Timor Leste e em especial Brasil e Portugal) 
perceberam uma necessidade cada vez maior de uniformizar a 
língua escrita e, no século XX, iniciaram uma discussão sobre a 
viabilidade da ideia. 
Com esta unifi cação, muitas coisas positivas aconteceriam, 
como a livre circulação de obras literárias sem a necessidade de 
revisão ortográfi ca, como ocorre na língua espanhola por exemplo. 
O ensino da Língua Portuguesa também seria unifi cado. Foram 
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nestes benefícios que os representantes destes países pensaram 
ao criarem este projeto de lei. 
Antes de explicar, caro(a) acadêmico(a), um pouco mais 
sobre a história do acordo ortográfi co fi rmado em 2009, gostaríamos 
que você soubesse que mudanças na nossa língua portuguesa 
já acontecem desde muito antes desta data. Não sei se você, 
estudante, já teve a oportunidade de ler algum trecho escrito em 
Língua Portuguesa no ano de 1500. 
Se você notar, muitas mudanças ocorreram desde 
então, sendo que, em alguns casos, nem parece ser a mesma 
Língua Portuguesa que temos hoje. Retiramos uma pequena 
parte da carta de Pero Vaz de Caminha, que foi escrita em 
1500, falando sobre o descobrimento do Brasil. Observe as 
palavras e me diga se realmente não parece outra língua:
Easy seguymos nosso caminho por este 
mar delomgo, ataa terça feira doitauas 
de páscoa que foram xxj dias dabril que 
topamos alguus synaaes de tera seemdo 
da dita jlha segundo os pilotos deziam obra 
de bjc Ix ou Ixx legoas. Os quaaes hera 
muira camtidade deruas compridasa que 
os marentes chama Botelho e asy outras 
aque tambem chama rabo dasno. Eaaquarta 
feira seguimte póla manhãã topamos aves 
aque chama fura buchos. E neeste dia 
aoras de bespera ouuemos vista de terá 
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primeiramente dhuu gramde monte muy 
alto e redomdo e doutras serras mais baixas 
ao sul dele e da terra chãã com grandes 
aruoredos ao qual monte alto ocapitam pos 
nome o monte pascoal. (BAGNO, 2008, 
p. 165, apud REFORMA ORTOGRÁFICA 
DA LÍNGUA PORTUGUESA, ESTADO DE 
SANTA CATARINA, 2009)
Nem parece que isto que acabamos de ler é Língua 
Portuguesa, não é? Mas pode ter certeza que é sim. A mesma que 
falamos hoje, porém, esta passou por inúmeras mudanças desde o 
ano de 1500 até hoje. Podemos perceber, então, que as mudanças 
que ocorreram neste ano de 2009 foram pequenas se comparadas 
as que já ocorreram. 
Seria muito interessante estudarmos um pouco mais sobre a 
história da ortografi a, não é? Que tal fazermos uma pequena viagem 
no tempo e conhecer um pouco mais sobre as mudanças ortográfi cas 
pelas quais a nossa língua já passou? 
Acompanhe:
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Curso de Nivelamento
No ano de 1904, Gonçalves Viana surgiu com a proposta de simplifi car a língua portuguesa escrita, 
fazendo com que todos os dígrafos TH, PH, CH, RH e Y, além das consoantes TT e LL fossem abolidos. 
No ano de 1907, a Academia Brasileira de Letras decidiu simplifi car a escrita nas suas publicações, 
tornando a escrita menos rebuscada. 
Já em 1911, ocorreu a primeira reforma ortográfi ca da língua portuguesa, tendo como principal objetivo 
uniformizar e simplifi car a escrita de algumas palavras, porém, esta reforma não foi implantada no 
nosso país. .
Somente no ano de 1915 a Academia Brasileira de Letras fez com que a ortografi a brasileira harmonizasse 
com a reforma ortográfi ca de 1911.
Então, acadêmico, no ano de 1919 a Academia Brasileirade Letras decidiu que tudo voltaria a ser como 
era antes e revogou a decisão.
No ano de 1931, a proposta de Gonçalves Viana foi aceita e Brasil e Portugal entraram em acordo e 
renovaram a língua. Este foi o primeiro acordo ortográfi co do Brasil. 
Novamente, caro acadêmico, em 1934 a Constituição Brasileira decidiu anular esta decisão e reverteu 
o quadro ortográfi co a como era antes. Novamente. 
No ano de 1938, decidiu-se retornar à reforma de 1931. Você deve estar se questionando, mas quanto 
vai e volta, não é mesmo? 
Em 1943, houve a convenção ortográfi ca entre Brasil e Portugal. Foi assegurada a unidade da língua 
portuguesa.
O ano de 1945 foi o ano em que um novo acordo ortográfi co tornou-se lei em Portugal, mas o Brasil 
não o adotou. 
Em 1971, nosso país fez algumas alterações de acordo com a reforma de 1943, para atenuar as 
diferenças ortográfi cas com Portugal. 
Em 1973 foi a vez de Portugal. Ele também realizou algumas modifi cações, a fi m de diminuir as diferenças 
ortográfi cas com o Brasil.
No ano de 1975 as Academias de Letras do Brasil e de Portugal criaram um projeto de acordo ortográfi co, 
mas este não foi aprovado ofi cialmente.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre os outros acordos, passaremos a falar do que ocorreu 
até que chegássemos à aprovação do acordo ortográfi co que vigora até hoje. 
Em 1986, no Rio de Janeiro, reuniram-se representantes dos países que falam o Português como língua 
ofi cial. Somente Guiné Bissau não compareceu. Lá, eles iniciaram uma caminhada sobre um possível 
acordo ortográfi co. 
Somente no ano de 1990, os representantes voltaram a se reunir (desta vez Guiné Bissau compareceu) 
e fi rmaram um acordo, criando um pacto que abrangeria todos os países que falam o português. 
No ano de 1991, Antônio Houaiss publicou a A Nova Ortografi a da Língua Portuguesa, resultado de 
muitos debates havidos em Lisboa. 
Em 2008, Portugal decide pôr em prática o acordo a partir de 2010, e o Brasil a partir de 2009. Até o 
ano de 2012, ainda serão aceitas variações entre as duas ortografi as em provas, exames, concursos 
e vestibulares. 
No ano de 2009, 18 anos após sua elaboração, segundo decretos assinados pelo então presidente Luiz 
Inácio Lula da Silva, entra em vigor, em 1º de janeiro, o Novo Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa. 
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Curso de Nivelamento
Fonte: Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Educação. 
Reforma ortográfi ca da Língua Portuguesa. Florianópolis: IOESC, 2009.
Esse Acordo Ortográfi co trouxe poucas mudanças para nós, 
brasileiros. Houve algumas mudanças na acentuação das palavras 
e as regras do hífen sofreram alterações signifi cativas, além do 
acréscimo de letras no alfabeto e o uso do trema, que foi abolido. 
Adiante, as veremos com mais detalhes. A pronúncia das palavras 
não será modifi cada. Ela permanecerá a mesma. É importante que 
fi que claro que estas mudanças são somente na parte escrita da 
língua. 
Essas mudanças geraram certo desconforto em alguns 
estudiosos. Como sabemos, é característica do ser humano 
apresentar medo ou insegurança diante das mudanças que 
acontecem ao longo de nossas vidas. As novidades apresentadas 
a nós sempre geram dúvidas, questionamentos e, de certa forma, 
acabam gerando discussões. Assim acontece quando mudamos de 
escola, de endereço, de emprego. 
Com a nossa língua não poderia ser diferente. Muitas 
discussões foram desencadeadas a partir da vigência do novo 
acordo ortográfi co, e muitas das regras modifi cadas ainda geram 
controvérsias entre gramáticos.
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Curso de Nivelamento
A adaptação faz parte do processo de mudança, e, com o 
passar do tempo, todos nós nos habituaremos com estas mudanças 
que passarão a fazer parte das nossas vidas. Vamos pensar que isso 
será um benefício para nós todos, pelo simples fato de podermos 
compreender o que é nos é dito em outros países que falam a Língua 
Portuguesa. 
Para fi nalizarmos esta parte, faremos uma leitura de 
mais uma interessante representação de como a língua era 
antes do ano de 1930 e como ela é hoje através de um pequeno 
trecho. Vamos lá.
Sugestão de olho:
O Acordo Ortográfi co trouxe poucas mudanças para 
nós, brasileiros, apenas algumas envolvendo a acentuação 
das palavras, o acréscimo de letras no alfabeto e o uso do 
trema, que foi abolido. Mas quanto às regras do hífen, estas 
sim, sofreram alterações signifi cativas.
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Até os anos 1930
João acorda na manhan de sabbado, começa a tomar seu 
cafèzinho, mas percebe signais de uma jibóia, prompta para dar 
o bote. Êle pára, olha e tenta sahir tranqüilamente da sala, sem 
assustal–a. Vizinhos o vêem correndo pela auto–estrada e oferecem 
abrigo na egreja.
Até os anos 1970
João acorda na manhã de sábado, começa a tomar seu 
cafèzinho, mas percebe sinais de uma jibóia, pronta para dar o bote. 
Êle pára, olha e tenta sair tranqüilamente da sala, sem assustá–la. 
Vizinhos o vêem correndo pela auto–estrada e oferecem abrigo na 
igreja.
Até 2008
João acorda na manhã de sábado, começa a tomar seu 
cafezinho, mas percebe sinais de uma jibóia, pronta para dar o bote. 
Ele pára, olha e tenta sair tranqüilamente da sala, sem assustá–la. 
Vizinhos o vêem correndo pela auto–estrada e oferecem abrigo na 
igreja.
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A partir de 2009
João acorda na manhã de sábado começa a tomar 
seu cafezinho, mas percebe sinais de uma jiboia, pronta para 
dar o bote. Ele para, olha e tenta sair tranquilamente da sala, 
sem assustá–la. Vizinhos o veem correndo pela autoestrada 
e oferecem abrigo na igreja. 
Fonte: O que muda com as novas regras ortográfi cas. Jornal na Sala de 
Aula. Disponível em: <http://verdesmares.globo.com/saladeaula/noticias.
asp?codigo=245225&modulo=857>. Acesso em: 09 dez. 2010.
Falando um pouco sobre o novo alfabeto
Caro(a) acadêmico(a). Antes de iniciarmos o estudo sobre 
o novo alfabeto, que tal conhecermos um pouco sobre a história 
dele? Acompanhe-nos! 
A palavra alfabeto vem do grego alpha e beta, que são 
respectivamente, a primeira e a segunda letras do alfabeto grego. O 
alfabeto nada mais é do que um conjunto de sinais (que chamamos 
de letras) que, juntos, formam uma gigantesca quantidade de 
palavras.
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Curso de Nivelamento
Muitos povos formaram seus alfabetos a partir do alfabeto 
fenício, que não possuía vogais, inclusive o grego e o aramaico. 
O alfabeto grego que conhecemos hoje é resultado de anos de 
evolução. Para você ter uma ideia, em 1000 aC, os gregos fi zeram 
com que o alfabeto fenício passasse de 22 a 24 consoantes. A criação 
das vogais também foi um marco importante. 
Do grego surgiu o etrusco que, posteriormente, deu origem 
ao alfabeto latino, que é o que originou o alfabeto português. Com 
o tempo, a fusão do latim fez com que o alfabeto se espalhasse 
pela Europa. Por este motivo, o alfabeto latino é o que usamos para 
escrever as línguas da Europa Ocidental e países colonizados por 
eles.
O nosso alfabeto era constituído por 23 letras.
A B C D E F G H
I J L M N O P Q
R S T U V X Z
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Com o acordo ortográfi co, passou a ter 26 letras: o K, 
o Y e o W foram incorporados ao alfabeto.
A B C D E F G H
I J K L M N O P
Q R S T U V W X
Y Z
Usos das letras K, W e Y.
Acadêmico(a)! Certamente estas letras não são 
nenhuma novidade para você, certo? Estes sinaisgráfi cos 
já apareciam em nossas palavras, especialmente em nomes 
próprios, como é o exemplo de William, Darcy, Karina. Estas 
letras, mesmo sendo utilizadas frequentemente, não faziam 
parte do nosso alfabeto. A partir do Acordo Ortográfi co, elas 
foram defi nitivamente incluídas ao nosso alfabeto. Veja a tabela 
abaixo com os principais usos do K, do W e do Y:
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a. Em nomes próprios e seus derivados:
K Kafka - kafkaniano Franz Kafka (1883 – 1924), 
escritor austro húngaro, autor de a 
metamorfose.
W Newton - newtoniano Isaac Newton (1693 – 1727), 
cientista, matemático e físico inglês, 
autor da Lei da Gravitação Universal 
e das Leis de Newton.
Y Byron – byroniano Lorde George Gordon Byron (1788 – 
1824), importante poeta inglês. 
(Fonte: Guia Ortográfi co da Língua Portuguesa)
b. Também usamos em nomes de lugares e todos os seus 
derivados.
K Kuwait - kuwaitiano País do oriente médio
W Washington – washingtoniano Capital dos Estados Unidos.
Y York – yorkshire Antiga cidade inglesa.
(Fonte: Guia Ortográfi co da Língua Portuguesa)
Também as utilizamos em siglas, como em BMW; em 
símbolos, como em K (potássio), Kr (criptônio) e em unidades de 
medidas, como em Km (quilômetro) e watt. 
É importante lembrar, acadêmico(a), que nos nomes 
estrangeiros a grafi a permanece, mesmo que algumas regras 
não pertençam à Língua Portuguesa. Isso ocorre, por exemplo, 
em algumas combinações gráfi cas (shakespeariano), ou na 
utilização de sinais gráfi cos (Günther). 
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Sugestão de olho:
Lembre-se que nos nomes estrangeiros a grafia 
permanece, mesmo que algumas regras não pertençam à 
Língua Portuguesa.
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D ICA
Acadêmico(a), afinal de contas, o K, o W e o Y são 
considerados vogais ou consoantes? 
Sabemos que a consoante é todo fonema que é 
pronunciado com uma interrupção de ar, que pode ser feita 
pela língua, dentes ou lábios. Já as vogais não sofrem esse tipo 
de interrupção. Passam livremente pela boca. Se analisarmos 
por esta forma, o Y é considerado vogal, pois possui o som da 
letra I (exemplo: Paty = Pati). Já o K corresponde ao som do 
C ou QU. Por isso, é considerado consoante. (exemplo: Karla 
= Carla). Em relação ao W, podemos considerá-lo tanto vogal 
quanto consoante, dependendo da forma como ele é usado: 
quando se pronucia com som de V (exemplo: Wagner = Vagner) 
é considerado consoante. Quando pronunciado com som de 
U (exemplo: William = Uílliam) é considerado vogal.
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A UTOATIVIDADE
Com o novo acordo ortográfi co, o nosso alfabeto passou 
ofi cialmente a ter 26 letras. O Senhor K, O Mister W e o Excelentíssimo 
Y, agora são considerados cidadãos brasileiros. Essas letras sempre 
estiveram presentes em nossa escrita e nos nossos dicionários, 
contudo não faziam parte do abecedário ofi cial. 
Sempre as utilizávamos nos estrangeirismos, mas seu 
uso fi ca restrito aos casos que existem atualmente. E você 
Caro(a) Acadêmico(a), o que pensa a respeito da inclusão 
dessas três novas letras no nosso alfabeto? Considera 
relevante? Ou prefere descartar os estrangeirismos e adotar 
palavras genuinamente brasileiras? Vamos lá, dê sua opinião. 
E o mais importante, saiba defendê-la!
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R EFERÊNCIAS
Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Educação. 
Reforma ortográfi ca da Língua Portuguesa. Florianópolis: IOESC, 
2009. 
SOARES, Rosalina. Guia ortográfi co da Língua Portuguesa. 
Curitiba: Editora Positivo, 2009. 
NASCIMENTO, Rogério de Jesus. A História do Nosso Alfabeto. 
Artigonal. Disponível em:< http://www.artigonal.com/linguas-
artigos/a-historia-do-nosso-alfabeto-998889.html>. Acesso em: 09 
dez. 2010.
SANTOMAURO, Beatriz. As letras K, W e Y são consideradas 
consoantes ou vogais? Disponível em: <http://revistaescola.
abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/letras-k-
w-y-sao-consideradas-consoantes-ou-vogais-476431.shtml>. 
Acesso em: 12 dez. 2010.

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