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Oração 
Thomas Watson 
 
 
 
 
Facebook.com/oEstandarteDeCristo 
 
Facebook.com/ThomasWatson.org 
 
 
OEstandarteDeCristo.com 
Issuu.com/oEstandarteDeCristo 
 
 2 
 
Algumas Citações deste Sermão 
 
“A oração é uma ordenança gloriosa, ela proporciona o relacionamento da alma com o céu. Deus 
vem até nós pelo Seu Espírito, e nós vamos até Ele por meio da oração.” 
 
“O que é oração? É a apresentação dos nossos desejos a Deus por coisas agradáveis à Sua von-
tade, em nome de Cristo.” 
 
“A oração não deve ser feita a qualquer um, mas Deus. Os papistas rezam para os santos e anjos, 
que não conhecem as nossas queixas.” 
 
“Podemos olhar para causas secundárias, e chorar, como a mulher fez, ‘Acode-me, ó rei meu 
senhor’. E ele disse: ‘Se o Senhor te não acode, donde te acudirei eu?’ (2 Reis 6:26-27). Se esta-
mos em perigos por fora, Deus deve nos salvar desde o céu; se estamos em agonia interior, 
somente Ele pode derramar o óleo da alegria sobre nós; portanto, a oração deve ser feita apenas 
para Ele.” 
 
“Quando oramos por coisas externas, por riquezas ou filhos, talvez Deus veja que essas coisas 
não são benéficas para nós; e nossas orações devem se conformar com a Sua vontade. Pode-
mos, plenamente, orar por graça: ‘Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação’ (1 
Tessalonicenses 4:3). Não devemos oferecer incenso estranho (Êxodo 30:9), pois quando oramos 
por coisas que não são agradáveis à vontade de Deus estamos oferecendo incenso estranho.” 
 
“Orar em nome de Cristo, não é apenas mencionar o nome de Cristo na oração, mas orar, na 
esperança e confiança de Seus méritos. ‘Então tomou Samuel um cordeiro de mama, e sacrificou-
o’ (1 Samuel 7:9). Devemos levar o cordeiro Cristo nos braços de nossa fé, e assim prosperare-
mos na oração. Quando Uzias ia oferecer incenso sem ser por meio do sacerdote, Deus se indig-
nou contra ele e o feriu com lepra (2 Crônicas 26:16). Quando não oramos em o nome de Cristo, 
na esperança de Sua mediação, oferecemos incenso à parte de um sacerdote, e o que podemos 
esperar, senão sermos repreendidos, e que Deus nos responda com coisas terríveis?” 
 
“A fé leva a oração a ser operosa. A fé é para a oração o que a pena é para a flecha; a fé a pena 
da seta da oração, e a faz voar mais rápido, e atingir o trono da graça. A oração destituída de fé é 
infrutífera.” 
 
“‘Oh!’, diz, um Cristão, ‘eu não posso orar com esses dons de eloquência como outras pessoas’; 
como disse Moisés: ‘Eu não sou homem eloquente’ [Êxodo 4:10]; Mas você não sabe chorar? 
Será que o teu coração não pode se derreter em oração? A oração misturada com lágrimas 
prevalece. As lágrimas caem como pérolas dos olhos.” 
 
“A oração sem fervor não é oração; tal pessoa está falando e não orando. Oração sem vida não é 
mais oração do que a imagem de um homem é um homem. Tal pessoa pode dizer como Faraó: 
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 3 
 
‘Eu sonhei um sonho’ (Gênesis 41:15). Ela está sonhando, não orando. Vida e fervor batizam um 
dever, e dão-lhe um nome.” 
 
“Oremos para que as nossas almas sejam lavadas no sangue de Cristo; pois se Ele não nos lavar, 
não temos nenhuma parte nele (João 13:8). Quando é que vamos levar as coisas a sério, senão 
quando estivermos orando pela vida de nossas almas?” 
 
“‘E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração’ (Jeremias 
29:130. Ou seja, não há nenhuma promessa para orações mortas; a promessa é feita somente 
para as orações fervorosas.” 
 
“Sinceridade é o fio de prata, que deve estar entrelaçado através de todos os deveres da religião. 
A sinceridade na oração acontece quando temos santos e graciosos objetivos; quando a nossa 
oração não é tanto por misericórdias temporais como pelas espirituais. Nós enviamos a oração 
como se enviássemos um navio mercante, para que possamos ter grandes retornos de bênçãos 
espirituais. Nosso objetivo é que nossos corações sejam mais santos, que possamos ter mais 
comunhão com Deus e que cresçamos na graça.” 
 
“Na oração nós estamos viajando para o trono da graça, mas quantas vezes nós, por vãs imagina-
ções, saímos desta estrada! Isto é errar mais do que orar.” 
 
“Em oração seja muito apreensivo da infinitude da majestade e pureza de Deus.” 
 
“O amor é um grande fixador dos pensamentos. Aquele que está apaixonado não pode manter 
seus pensamentos fora do objeto de seu amor. Aquele que ama o mundo tem os seus pensa-
mentos sobre o mundo. Assim se amássemos mais a Deus, as nossas mentes mais facilmente se 
fixariam nEle durante a oração. Se houvesse mais prazer no dever, haveria menos distração.” 
 
“O navio sem piloto flutua mais do que navega. Que os nossos pensamentos não flutuem para 
cima e para baixo na oração, precisamos que o Bendito Espírito seja nosso piloto para nos 
orientar.” 
 
“‘Se tu preparares o teu coração, e estenderes as tuas mãos para ele; se há iniquidade na tua 
mão, lança-a para longe de ti e não deixes habitar a injustiça nas tuas tendas’ (Jó 11:13-14). 
Quando você está em pecado seu coração é endurecido e os ouvidos de Deus ficam surdos para 
você. É tolice orar contra o pecado, e depois pecar contra a oração. ‘Se eu atender à iniquidade 
no meu coração, o Senhor não me ouvirá’ (Salmos 66:18). A magnetita perde o seu poder quando 
é posta junto com alho; o mesmo acontece com a oração quando está poluída com o pecado. O 
incenso da oração deve ser oferecido sobre o altar de um coração santo.” 
 
“A característica de um réprobo é que Ele nunca invoca a Deus (Salmos 14:4). Será que aquele 
que deseja receber uma esmola jamais pedirá por ela? Será que aqueles que desejam receber 
misericórdia jamais a buscarão?” 
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 4 
 
 
“Aquele que rejeita a oração rejeita o temer a Deus. ‘E tu tens feito vão o temor, e diminuis os 
rogos diante de Deus’ (Jó 15:4). Um homem que abandona a oração, torna-se apto para cometer 
qualquer maldade.” 
 
“Orações abrem as portas para a misericórdia. Mesmo que o teu caso seja tão triste, se você 
puder orar então não precisarás temer (Salmos 10:17). Portanto aplica-te à oração.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 5 
 
Oração 
Thomas Watson 
 
 
“Mas eu faço oração” (Salmo 109:4) 
 
 
Uma coisa é orar, e outra coisa é ser constante na oração. Aquele que ora com frequên-
cia, é dito ser dado à oração; como aquele que muitas vezes distribui esmolas, é dito ser 
dado à caridade. A oração é uma ordenança gloriosa, ela proporciona o relacionamento 
da alma com o céu. Deus vem até nós pelo Seu Espírito, e nós vamos até Ele por meio da 
oração. 
 
 
O que é oração? 
 
É a apresentação dos nossos desejos a Deus por coisas agradáveis à Sua vontade, em 
nome de Cristo. 
 
“A oração e a apresentação de nossos desejos”; e, portanto, é chamado de dar a conhe-
cer as nossas petições, em Filipenses 4:6. Na oração chegamos como humildes pedintes, 
implorando para ter as nossas necessidades atendidas. Isto é “apresentar os nossos 
desejos a Deus”. A oração não deve ser feita a qualquer um, mas Deus. Os papistas re-
zam para os santos e anjos, que não conhecem as nossas queixas. “Abraão não nos 
conhece”. (Isaías 63:16). É proibido adorar a qualquer anjo (Colossenses 2:18-19). Não 
devemos orar a quem bem entendermos, mas somente Àquele em Quem podemos crer. 
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?” (Romanos 10:14). Nós não pode-
mos depositar nossa fé nos anjos, por isso não devemos orar a eles. 
 
 
Por que a oração deve ser feita somente a Deus? 
 
(1) Porque somenteEle ouve a oração. “Ó tu que ouves as orações” (Salmos 65:2). Nisto 
Deus Ele é conhecido como sendo o verdadeiro Deus, a saber, que Ele ouve a oração. 
“Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor 
Deus” (1 Reis 18:37). 
 
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(2) Porque somente Deus pode nos ajudar. Podemos olhar para causas secundárias, e 
chorar, como a mulher fez, “Acode-me, ó rei meu senhor”. E ele disse: “Se o Senhor te 
não acode, donde te acudirei eu?” (2 Reis 6:26-27). Se estamos em perigos por fora, 
Deus deve nos salvar desde o céu; se estamos em agonia interior, somente Ele pode 
derramar o óleo da alegria sobre nós; portanto, a oração deve ser feita apenas para Ele. 
 
Devemos orar “por coisas agradáveis à Sua vontade”. Quando oramos por coisas exter-
nas, por riquezas ou filhos, talvez Deus veja que essas coisas não são benéficas para 
nós; e nossas orações devem se conformar com a Sua vontade. Podemos, plenamente, 
orar por graça: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1 Tessaloni-
censes 4:3). Não devemos oferecer incenso estranho (Êxodo 30:9), pois quando oramos 
por coisas que não são agradáveis à vontade de Deus estamos oferecendo incenso 
estranho. 
 
Devemos orar “em nome de Cristo”. Orar em nome de Cristo, não é apenas mencionar o 
nome de Cristo na oração, mas orar, na esperança e confiança de Seus méritos. “Então 
tomou Samuel um cordeiro de mama, e sacrificou-o” (1 Samuel 7:9). Devemos levar o 
cordeiro Cristo nos braços de nossa fé, e assim prosperaremos na oração. Quando Uzias 
ia oferecer incenso sem ser por meio do sacerdote, Deus se indignou contra ele e o feriu 
com lepra (2 Crônicas 26:16). Quando não oramos em o nome de Cristo, na esperança de 
Sua mediação, oferecemos incenso à parte de um sacerdote, e o que podemos esperar, 
senão sermos repreendidos, e que Deus nos responda com coisas terríveis? 
 
 
Quais são as várias partes da oração? 
 
(1) Há a parte de confissão, que é o reconhecimento do pecado. (2) A parte de súplica, 
quando tanto imploramos e oramos contra algum mal, ou solicitamos a obtenção de 
algum bem. (3) A parte de congratulações, quando damos graças por misericórdias rece-
bidas, que é a parte mais excelente da oração. Na petição, agimos como homens; em 
ação de graças, agimos como anjos. 
 
 
Quais são os vários tipos de oração? 
 
(1) Há a oração mental – 1 Samuel 1:13. (2) Oração vocal – Salmo 77:1. (3) Jaculatória, 
que é uma súbita e curta elevação de nosso coração a Deus. “Então orei ao Deus dos 
céus” – Neemias 2:4. (4) Oração inspirada, quando oramos por aquelas coisas que Deus 
coloca em nosso coração. O Espírito nos ajuda com suspiros e gemidos – Romanos 8:26. 
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Tanto as expressões da língua quanto as impressões do coração, à medida que estão 
certos, provêm do Espírito. (5) Oração prescrita. Nosso Salvador criou-nos um padrão de 
oração. Deus prescreveu uma formula de estabelecida de bênção para os sacerdotes –
Números 6:23. (6) Oração Pública, quando oramos perante outras pessoas. A oração é 
mais poderosa quando muitos se juntam e unem suas forças. Vis unita fortior [A união de 
forças é mais forte] – Mateus 18:19. (7) Oração particular, quando oramos por nós 
mesmos. “Entra no teu aposento” – Mateus 6:6. 
 
A oração que mais provavelmente prevalecerá com Deus é aquela que é corretamente 
apresentada. Esta é como um bom remédio que contém os ingredientes certos; a oração 
que é boa e que tem maior probabilidade de prevalecer para com Deus é aquela que tem 
tais ingredientes nela: 
 
[1] Ela deve ser misturada com a fé. “Peça-a, porém, com fé” (Tiago 1:6). Acredite que 
Deus te ouve, e no devido tempo Ele te concederá as tuas petições, acredite em Seu 
amor e verdade; creia que Ele é amor, e, portanto, não te rejeitará; creia que Ele é a 
verdade, e, portanto, não negará a Si mesmo. A fé leva a oração a ser operosa. A fé é 
para a oração o que a pena é para a flecha; a fé a pena da seta da oração, e a faz voar 
mais rápido, e atingir o trono da graça. A oração destituída de fé é infrutífera. 
 
[2] Deve ser uma oração quebrantada. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebran-
tado” (Salmos 51:17). O incenso deveria ser triturado para tipificar o quebrantamento do 
coração em oração. “Oh!”, diz, um Cristão, “eu não posso orar com esses dons de elo-
quência como outras pessoas”; como disse Moisés: “Eu não sou homem eloquente” 
[Êxodo 4:10]; Mas você não sabe chorar? Será que o teu coração não pode se derreter 
em oração? A oração misturada com lágrimas prevalece. As lágrimas caem como pérolas 
dos olhos. Jacó chorou, e lhe suplicou e “e lutou com o anjo, e prevaleceu” (Oséias 12:4). 
 
[3] A oração deve ser feita com zelo e fervor. “A oração feita por um justo pode muito em 
seus efeitos” (Tiago 5:16). A oração fria, assim como o suplicante frio, nunca prospera. 
Oração sem fervor, é como um sacrifício sem fogo. A oração é chamada de “derramar da 
alma”, dando a entender veemência (1 Samuel 1:15). A formalidade faz a oração minguar. 
A oração é comparada com incenso: “Suba a minha oração perante a tua face como 
incenso” (Salmos 141:2). Brasas vivas deveriam ser colocadas no incenso, para torná-lo 
odorífero e perfumado; assim o fervor das afeições é como as brasas vivas para o 
incenso, isto é, faz oração subir como um perfume suave. Cristo orou com fortes clamores 
(Hebreus 5:7). “Clamor iste penetrando nubes” [Tal clamor atravessa as nuvens], disse 
Lutero. A oração fervorosa, é como um conjunto de engrenagens que abrem as portas do 
céu. Para orar com este santo fervor e ardor da alma, considere: 
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(1) A oração sem fervor não é oração; tal pessoa está falando e não orando. Oração sem 
vida não é mais oração do que a imagem de um homem é um homem. Tal pessoa pode 
dizer como Faraó: “Eu sonhei um sonho” (Gênesis 41:15). Ela está sonhando, não oran-
do. Vida e fervor batizam um dever, e dão-lhe um nome. 
 
(2) Consideremos quanta necessidade temos daquelas coisas que pedimos em oração. 
Vamos, em oração, pedir o favor de Deus; e se não obtivermos o Seu amor no qual nos 
deleitamos, isto resultará em maldição para nós. Oremos para que as nossas almas 
sejam lavadas no sangue de Cristo; pois se Ele não nos lavar, não temos nenhuma parte 
nele (João 13:8). Quando é que vamos levar as coisas a sério, senão quando estivermos 
orando pela vida de nossas almas? 
 
(3) É somente a oração fervorosa que tem a promessa de misericórdia afixada a ela. “E 
buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jere-
mias 29:130. Ou seja, não há nenhuma promessa para orações mortas; a promessa é 
feita somente para as orações fervorosas. As edificações entre os Romanos, possuíam 
portas que ficavam sempre abertas, para que aqueles que pediam tivessem fácil acesso a 
eles; assim o coração de Deus está sempre aberto à oração fervorosa. 
 
[4] A oração deve ser sincera. Sinceridade é o fio de prata, que deve estar entrelaçado 
através de todos os deveres da religião. A sinceridade na oração acontece quando temos 
santos e graciosos objetivos; quando a nossa oração não é tanto por misericórdias tem-
porais como pelas espirituais. Nós enviamos a oração como se enviássemos um navio 
mercante, para que possamos ter grandes retornos de bênçãos espirituais. Nosso objetivo 
é que nossos corações sejam mais santos, que possamos ter mais comunhão com Deus 
e que cresçamos na graça. A oração que deseja um bom objetivo, deseja uma boa execu-
ção. 
 
[5] A oraçãoque prevalecerá com Deus deve ter uma firmeza de mente. “Preparado está 
o meu coração, ó Deus” (Salmos 57:7). Desde a Queda a mente é como o mercúrio, que 
não pode permanecer imóvel; possui principium motus, mas não quietus [um princípio de 
moção, mas não de repouso]. Por vezes, os pensamentos vaguearão e dançarão para ci-
ma e para baixo na oração, como um homem que está viajando para um determinado 
lugar e sai da estrada, e começa a vaguear para onde ele não conhece. Na oração nós 
estamos viajando para o trono da graça, mas quantas vezes nós, por vãs imaginações, 
saímos desta estrada! Isto é errar mais do que orar. 
 
 
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Como é que vamos curar estes pensamentos impertinentes e vãos, que nos distra-
em na oração, e, tememos, impedem a sua aceitação? 
 
(1) Em oração seja muito apreensivo da infinitude da majestade e pureza de Deus. Seus 
olhos estão sobre nós em oração e podemos dizer como Davi, “Tu contas as minhas 
vagueações” [Salmos 56:8]. Os nossos pensamentos a respeito do que temos feito hoc 
agere [neste ato], nos fazem pensar no dever em que estamos. Se um homem fosse 
apresentar uma petição a um príncipe terreno, ele, ao mesmo tempo, poderia estar brin-
cando com uma pluma? Estabeleça-se, quando você orar, como que na presença de 
Deus. Se você pudesse olhar pelo buraco da fechadura do céu, e ver quão devotada é a 
intenção os anjos em adorar Seu Deus, com certeza você estaria pronto para se enver-
gonhar de seus pensamentos fúteis e impertinências vis quando você se propõe a orar. 
 
(2) Se você quiser manter sua mente fixa na oração, mantenha seu olho fixo. A ti levanto 
os meus olhos, ó tu que habitas nos céus” (Salmos 123:1). Muita vaidade entra pelos 
olhos. Quando o olho vagueia durante a oração, o coração vagueia também. Pensar em 
manter o coração fixo na oração, e ainda permitir o vaguear dos olhos é como pensar em 
manter sua casa segura, e, contudo, deixar as janelas abertas. 
 
(3) Se você deseja que seus pensamentos sejam mais constantes durante a oração ame 
mais a Deus. O amor é um grande fixador dos pensamentos. Aquele que está apaixonado 
não pode manter seus pensamentos fora do objeto de seu amor. Aquele que ama o 
mundo tem os seus pensamentos sobre o mundo. Assim se amássemos mais a Deus, as 
nossas mentes mais facilmente se fixariam nEle durante a oração. Se houvesse mais 
prazer no dever, haveria menos distração. 
 
(4) Implore pela ajuda do Espírito de Deus para fixar as vossas mentes, e torná-las objeti-
vas e sérias na oração. O navio sem piloto flutua mais do que navega. Que os nossos 
pensamentos não flutuem para cima e para baixo na oração, precisamos que o Bendito 
Espírito seja nosso piloto para nos orientar. Só o Espírito de Deus pode controlar os 
pensamentos. A mão trêmula pode antes traçar uma linha reta do que podemos manter 
nossos corações fixos em oração sem o Espírito de Deus. 
 
(5) Se familiarize com santas meditações em seu curso normal da vida. Davi estava 
constantemente meditando sobre Deus. “Quando acordo ainda estou contigo” (Salmos 
139:18). Aquele que se permite ter pensamentos vãos quando não está em oração, dificil-
mente terá outros pensamentos durante a oração. 
 
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(6) Se vocês quiserem manter sua mente fixa em Deus, vigiem os seus corações, não 
apenas após a oração, mas durante a oração. O coração estará apto a desviar-lhe, e terá 
mil caprichos na oração. Lemos sobre os anjos subindo e descendo a escada de Jacó; 
assim em oração vocês verão os vossos corações subindo ao céu e, em um momento, 
descendo sobre objetos terrenos. Oh! Cristãos, vigiem os seus corações em oração. Que 
vergonha é pensar que quando estamos falando com Deus o nosso coração deve estar 
no campo, ou em nossas casas de contabilidade, ou desta ou daquela forma, pensando 
nas sugestões do Diabo! 
 
(7) Busquem por maiores níveis de graça. Quanto mais lastro o navio tem, melhor ele 
navega; portanto, quanto mais o coração está lastreado com graça, mais estavelmente 
ele navegará para o céu em oração. 
 
[6] A oração que mais provavelmente prevalecerá com Deus deve ser argumentativa. 
Deus ama que nós pleiteemos com Ele, e que usemos argumentos na oração. Veja quan-
tos argumentos Jacó usou em sua oração. “Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão” 
(Gênesis 32:11). Os argumentos que ele usou provem do mandamento de Deus: “Senhor, 
que me disseste: Torna-te à tua terra” Verso 9; como se ele tivesse dito: “Eu não fiz essa 
viagem por minha própria conta, mas segundo a Tua direção; portanto, por Tua honra 
deves me proteger”. E ele usa outro argumento. “E tu o disseste: Certamente te farei bem” 
verso 12. “Senhor, tu hás de negar a Tua própria promessa?”. Assim, ele foi argumentati-
vo na oração; e ele obteve não só uma nova bênção, mas um novo nome. “Não te chama-
rás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e 
prevaleceste”. Verso 28. Deus ama ser convencido com a força do argumento. Assim, 
quando nos aproximamos de Deus em oração por graça, sejamos argumentativos. “Se-
nhor, Tu chamas de Ti mesmo o Deus de toda graça; e para onde devemos ir com nossa 
vasilha, senão para a fonte? Senhor, a Tua graça pode ser transmitida, e assim ainda não 
é comprometida. Não tem Cristo adquirido graça para pobres criaturas miseráveis? Cada 
dracma de graça custa uma gota de sangue. Porventura Cristo morreu para comprar a 
graça para nós, e não desfrutaremos do fruto de Sua compra? Senhor, que é Teu deleite 
conceder misericórdia e graça, e Tu irás limitar a Ti mesmo, e Teu próprio deleite? Tu 
prometeste dar o Teu Espírito de graça; a verdade pode mentir? a fidelidade pode enga-
nar?”. Deus ama, assim, ser convencido com argumentos quando estamos em oração. 
 
[7] A oração que prevalece com Deus, deve estar associada com a reformação. ‘Se tu 
preparares o teu coração, e estenderes as tuas mãos para ele; se há iniquidade na tua 
mão, lança-a para longe de ti e não deixes habitar a injustiça nas tuas tendas” (Jó 11:13-
14). Quando você está em pecado seu coração é endurecido e os ouvidos de Deus ficam 
surdos para você. É tolice orar contra o pecado, e depois pecar contra a oração. “Se eu 
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atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Salmos 66:18). A 
magnetita perde o seu poder quando é posta junto com alho; o mesmo acontece com a 
oração quando está poluída com o pecado. O incenso da oração deve ser oferecido sobre 
 
 
Assim, você vê viu qual é a oração que deve prevalecer com Deus. 
 
Primeira aplicação. A oração reprova (1) os tais que não oram de modo algum. A carac-
terística de um réprobo é que Ele nunca invoca a Deus (Salmos 14:4). Será que aquele 
que deseja receber uma esmola jamais pedirá por ela? Será que aqueles que desejam 
receber misericórdia jamais a buscarão? [...] Cristo ofereceu orações com fortes clamores 
(Hebreus 5:7). Nenhum dos filhos de Deus nascem mudos (Gálatas 4:6). 
 
(2) A oração reprova os tais que deixam de orar, o que é um sinal de que eles nunca 
sentiram o fruto e conforto dela. Aquele que rejeita a oração rejeita o temer a Deus. “E tu 
tens feito vão o temor, e diminuis os rogos diante de Deus” (Jó 15:4). Um homem que 
abandona a oração, torna-se apto para cometer qualquer maldade. Quando Saul desistiu 
de consultar a Deus ele buscou a bruxa de En-Dor [1 Samuel 28]. 
 
Segunda aplicação. Sejam pessoas constantes em oração. “Mas eu”, diz Davi, “faço ora-
ção”. Ore por perdão e pureza. A oração é a chave de ouro que abre o céu. A árvoreda 
promessa não dará o seu fruto, a menos que seja sacudida pela mão da oração. Todos os 
benefícios da redenção de Cristo são entregues a nós pela oração. 
 
“Estou cansado de clamar; a minha garganta se secou; os meus olhos desfalecem espe-
rando o meu Deus” (Salmos 69:3). 
 
(1) Deus pode nos ouvir quando não podemos ouvi-lO; assim é com a oração quando é 
feita, Deus ouve, embora não responda imediatamente. Um amigo pode receber a nossa 
carta, embora não envie-nos uma resposta imediatamente. 
 
(2) Deus pode ser tardio para responder a oração, contudo Ele não vai negá-la. 
 
 
Por que Deus atrasa a resposta à oração? 
 
(1) Porque Ele gosta de ouvir a voz da oração. “A oração dos retos é o seu contenta-
mento” (Provérbios 15:8). Você deixa o músico tocar por longo tempo antes que você o 
recompense com o seu dinheiro, porque você gosta de ouvir sua música (Cânticos 2:14). 
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(2) Deus pode atrasar a resposta de uma oração quando Ele não deseja negá-la, para 
que Ele possa nos humilhar. Ele falou anos por muito tempo em Sua palavra para 
deixássemos os nossos pecados, mas não quisemos ouvi-lO; portanto, Ele nos permite 
falar com Ele em oração e deixar parecer que não nos ouve. 
 
(3) Ele pode atrasar a resposta à oração, quando Ele não quer negá-la, porque Ele vê que 
ainda não estamos aptos para receber a misericórdia que pedimos. Talvez nós oramos 
por libertação quando não estamos preparados para ela; nossa escória ainda não está 
sendo purificada. Queremos que Deus esteja pronto para dar, enquanto nós somos lentos 
para nos arrepender. 
 
(4) Deus pode atrasar a resposta à oração, para que a misericórdia pela qual oramos 
possa ser mais valorizada, e para que possa ser mais doce quando recebida. Quanto 
mais navios do comerciante estão no estrangeiro, mais ele se alegra quando eles re-
tornam para casa carregados de especiarias e joias; portanto, não desanime, mas siga a 
Deus com a oração. Embora Deus possa ser tardio, Ele não a negará. A oração vincit 
invincibilem [vence o invencível], ela prevalece com o Onipotente (Oseías 12:4). [...]. O 
Senhor foi impedido por meio da oração de Moisés como com uma corrente de ouro. Está 
escrito: “deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele”. O que fazia Moisés? Ele 
somente orava (Êxodo 32:10). Orações abrem as portas para a misericórdia. Mesmo que 
o teu caso seja tão triste, se você puder orar então não precisarás temer (Salmos 10:17). 
Portanto aplica-te à oração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sola Gratia! 
Sola Fide! 
Solus Christus! 
Soli Deo Gloria! 
 
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Fonte: ReformedSermonArchives.com | Título Original: Prayer 
 
As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida Revisada Fiel) 
 
Tradução e Capa por William Teixeira | Revisão por Camila Almeida 
 
 
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Fonte: ReformedSermonArchives.com 
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Uma Biografia de Thomas Watson 
 
 
 
Thomas Watson (1620 - 1686) 
 
Watson foi um dos escritores mais objetivos, profundos, sugestivos e elucidativos dentre 
os célebres teólogos que fizeram da era Puritana o período dourado da literatura evangéli-
ca. Há uma união muito feliz entre a boa doutrina, a profunda experiência e a sabedoria 
prática evidentes em todas as suas obras. 
 
Embora Thomas Watson tenha escrito muitos livros preciosos, comparativamente pouco 
se sabe de sua pessoa. Seus escritos são suas melhores memórias. Ele talvez não preci-
sasse de outras e, portanto, a providência evitou o desnecessário. É de pouca importân-
cia se teve ou não sangue azul correndo em suas veias, pois sabemos que foi de 
semente real redimido pelo Senhor. Alguns homens são seus próprios ancestrais e, pelo 
que sabemos, a genealogia de Thomas Watson não lhe atribuiu fama, mas todo o seu 
brilho provém de suas realizações. 
 
Teve a felicidade de ser educado no Emmanuel College, em Cambridge, que naqueles 
dias merecia ser chamada de a escola dos santos, a grande mãe que alimentou eruditos 
evangélicos. 
 
Não nos surpreende descobrir que Thomas Watson desfrutou a boa reputação de ser o 
aluno mais aplicado enquanto estudava em Cambridge. Os grandes autores Puritanos 
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devem ter sido muito ativos na universidade, ou nunca teriam se tornado inigualáveis 
mestres em Israel. 
 
Em 1646, iniciou um pastorado de dezesseis anos em Londres. Neste ministério ele 
combinou considerável erudição com pregação popular. Em 1651 foi aprisionado com 
alguns outros ministros evangélicos, tendo sido liberto em 30 de Junho de 1652 e 
reintegrado formalmente ao púlpito de sua igreja. 
 
Obteve grande fama e popularidade como pregador até a Restauração, quando em 
decorrência do Ato de Uniformidade de 1662, foi expulso da igreja por não-conformismo. 
Apesar do rigor contra os dissidentes, Watson continuou a exercer seu ministério particu-
larmente quando encontrava oportunidade. 
 
Os mais cultos, santos e zelosos do clero da Igreja da Inglaterra descobriram que o Ato 
da Uniformidade não lhes permitiria manter suas consciências puras e seus estilos de 
vida, por isso se submeteram a perder tudo por causa de Cristo. Thomas Watson não 
hesitou em relação ao caminho que deveria seguir. Não era um faccioso inimigo da 
realeza, nem um republicano vermelho, nem mesmo um homem da quinta monarquia. Na 
verdade, havia sido muito leal à casa de Stuart nos dias do Cromwell. Havia protestado 
contra a execução do rei e se unido ao plano de [Christopher] Love para conduzir Charles 
II ao trono. Embora tivesse tudo isso a seu favor, era um Puritano e, portanto, não deveria 
ser tolerado pelos espíritos ressentidos que dominavam o governo da época. 
 
Com muitas lágrimas e lamentos, a congregação de St. Stephen viu seu pastor ser 
arrancado de seu rebanho. Com corações doloridos ouviram suas palavras de despedida. 
Ele mesmo falando como quem está de luto do que mais deleitava seu coração, sofrendocom alegria a perda de todas as coisas, despediu-se deles e saiu “sem saber aonde ia”. 
 
Na coleção Sermões de Despedida, há três sermões do Sr. Watson. Dois foram pregados 
no dia 17 de agosto e o terceiro na terça-feira seguinte. O primeiro deles, pregado um 
pouco antes do meio-dia, foi baseado no evangelho de João 13.34: “Novo mandamento 
vos dou: que vos ameis uns aos outros...”. O sermão enfoca muito do espírito do Evan-
gelho, particularmente ao recomendar amor aos inimigos e perseguidores. 
 
O segundo sermão, pregado à tarde, foi baseado em 2 Coríntios 7.1: “Tendo, pois, ó 
amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do 
espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus”. Na primeira parte do 
sermão, ele insiste muito nas “...ardentes afeições de um bom ministro do Evangelho para 
com seu povo”. 
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 16 
 
Watson termina essa primeira parte assim: 
 
Eu exerci meu ministério com vocês por quase dezesseis anos. E me regozijo e 
agradeço a Deus por não ter o direito de dizer de vocês que quanto mais vos 
amei, menos fui amado. Recebi muitos sinais que demonstram o amor de vo-
cês. Ao passo que outras igrejas tenham mais membros que a nossa, entretan-
to, eu acredito que nenhuma tem tão forte afeição. Tenho observado com muita 
satisfação a reverente atenção que vocês têm à Palavra pregada. E esta luz 
alegra vocês, não por um breve momento, mas até o dia de hoje. 
 
Tenho observado em vocês o zelo contra o erro em momentos críticos, e a 
unidade e a harmonia que vocês têm. Essa é a honra de vocês. Se for 
necessária uma interrupção de meu ministério nesta igreja, visto que não seja 
permitido pregar para vós novamente, contudo não deixarei de amá-los e orar 
por vocês. 
 
Porém, por que deve haver alguma interrupção? Onde está o crime? Alguns, 
de fato, dizem que somos desleais e rebeldes. Amados, minhas atitudes e 
sofrimentos por Sua Majestade são de conhecimento de muitos. No entanto, 
devemos ir para o céu com elogios e críticas. E é bom que possamos chegar à 
glória, mesmo que lutemos contra baionetas. 
 
Eu me esforçarei para ainda mostrar a sinceridade de meu amor por vocês. 
Não prometerei que outra vez pregarei para essa igreja, nem direi o contrário. 
Desejo ser guiado pelo fio de prata da Palavra de Deus e Sua providência. Meu 
coração é vosso. Há, como vós sabeis, uma expressão neste último Ato de 
Uniformidade dizendo: “que possamos, em breve, ser como que naturalmente 
mortos”. Se eu devo morrer, vou deixar algum legado a vocês. 
 
O último discurso, em 19 de agosto, foi baseado em Isaías 3.10,11: “Dizei aos justos que 
bem lhes irá; porque comerão do fruto das suas ações. Ai do perverso! Mal lhe irá; porque 
a sua paga será o que as suas próprias mãos fizeram”. 
 
Após sua saída, Watson pregou esporadicamente onde pudesse fazê-lo em segurança. 
Multas e prisões foram insuficientes para fechar a boca das testemunhas de Jesus. Em 
barracões, cozinhas, casas de fazendas, vales e florestas, os poucos fiéis se reuniam 
para ouvir a mensagem de vida eterna. Sem dúvida alguma, as pequenas assembleias 
secretas eram boas ocasiões para as mentes piedosas: a Palavra do Senhor era preciosa 
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 17 
 
naqueles dias. Pão comido em secreto é proverbialmente doce e a Palavra de Deus na 
perseguição é especialmente deliciosa. 
 
Após o grande incêndio de 1666, quando igrejas foram queimadas, o Sr. Watson e outros 
não-conformistas prepararam grandes salas para os que desejavam se reunir. Em um 
tempo de tolerância, em 1672, ele conseguiu uma licença para usar uma grande sala na 
Crosby House, no lado leste da rua Bishopsgate, que pertencia a Sir John Langham (um 
não-conformista). Foi uma circunstância em que o digno nobre favoreceu a causa da não-
conformidade e que tão distinta câmara estava à sua disposição. Ali, Watson pregou por 
vários anos. O Rev. Stephen Charnock, B.D. tornou-se seu pastor auxiliar na Sala Crosby, 
em 1675, e continuou até sua morte em 1680. 
 
Quando sua saúde decaiu, retirou-se para Barnston, em Essex, onde morreu repenti-
namente, enquanto orava em secreto. Foi sepultado em 28 de Julho de 1686. 
 
O Sr. Watson publicou vários livros sobre assuntos práticos e úteis, dentre eles podemos 
citar os mais importantes: Three treatises: 1. The Christian’s Charter; 2. The Art of Divine 
Contentment; 3. A Discourse of Meditation, ao qual foram acrescentados vários sermões 
em 1660. Esse volume contém, além dos três tratados, God's Anatomy upon Man s Heart, 
The Saint's Delight, A Christian on Earth still in Heaven, Christ s Loveliness, The Upright 
Man s Character and Crown, The One Thing Necessary, The Holy Longing; ou, The 
Saint's Desire to be with Christ, Beatitudes; ou, A Discourse upon part of Christ s Famous 
Sermon upon the Mount, 1660, A Body of Practical Divinity, etc., além de alguns sermões: 
A Divine Cordial, The Holy Eucharist, Heaven taken by Storm, etc. 
 
Porém, sua obra principal foi A Body of Divinity, uma coleção de 176 sermões sobre o 
Breve Catecismo da Assembleia de Westminster, que só apareceu depois de sua morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________ 
 
Esta biografia é baseada nas seguintes fontes: 
 
♦ Biografia por Charles Haddon Spurgeon no Prefácio de: A Fé Cristã: Estudos baseados no Breve 
Catecismo de Westminster. Watson, Thomas. 1ª edição. São Paulo: Cultura Cristã. 2009. p 7-12. 
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 Indicações de E-books de publicações próprias. 
Baixe estes e outros gratuitamente no site. 
 
 10 Sermões – Robert Murray M’Cheyne 
 Agonia de Cristo – Jonathan Edwards 
 Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina 
da Eleição 
 Cristo É Tudo Em Todos – Jeremiah Burroughs 
 Cristo, Totalmente Desejável – John Flavel 
 Doutrina da Eleição, A – Arthur Walkington Pink 
 Eleição & Vocação – Robert Murray M’Cheyne 
 Excelência de Cristo, A – Jonathan Edwards 
 Gloriosa Predestinação, A – C. H. Spurgeon 
 Imcomparável Excelência e Santidade de Deus, A – 
Jeremiah Burroughs 
 In Memoriam, A Canção dos Suspiros – Susannah Spurgeon 
 Jesus! - Charles Haddon Spurgeon 
 Justificação, Propiciação e Declaração – C. H. Spurgeon 
 Livre Graça, A – C. H. Spurgeon 
 Paixão de Cristo, A – Thomas Adams 
 Plenitude do Mediador, A – John Gill 
 Porção do Ímpios, A – Jonathan Edwards 
 Quem São Os Eleitos? – C. H. Spurgeon 
 Reforma – C. H. Spurgeon 
 Reformação Pessoal & na Oração Secreta – R. M. M’Cheyne 
 Salvação Pertence Ao Senhor, A – C. H. Spurgeon 
 Sangue, O – C. H. Spurgeon 
 Semper Idem – Thomas Adams 
 Sermões de Páscoa – Adams, Pink, Spurgeom, Gill, Owen e 
Charnock 
 Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) –
C. H. Spurgeon 
 Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A – J. Edwards 
 Tratado sobre a Oração, Um – John Bunyan 
 Verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, O – Paul D. Washer 
Livros que Recomendamos: 
 
 A Prática da Piedade, por Lewis Bayly – Editora PES 
 Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, por 
John Bunyan – Editora Fiel 
 Um Guia Seguro Para o Céu, por Joseph Alleine – 
Editora PES 
 O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel 
 O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo 
Cristão 
 O Diário de David Brainerd, compilado por Jonathan 
Edwards – Editora Fiel 
 Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES 
 Por Quem Cristo Morreu? Por John Owen (baixe 
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Quem Somos 
 
O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo 
Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções 
inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e 
divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores 
àqueles como John Gill, Robert Murray M’Cheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur 
Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes 
últimos quatro autores. 
 
O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano, 
Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das 
Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas, 
holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-
mos nEle desde agora e para sempre. 
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John Bunyan – Editora Fiel 
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 O Peregrino, por John Bunyan – Editora Fiel 
 O Livro dos Mártires, por John Foxe – Editora Mundo 
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 O Diário de David Brainerd, compilado por Jonathan 
Edwards – Editora Fiel 
 Os Atributos de Deus, por A. W. Pink – Editora PES 
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2 Coríntios 4 
 
1
 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não 
desfalecemos; 
2
 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando 
com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à 
consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 
3
 
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. 
4
 
Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não 
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 
5
 Porque 
não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos 
vossos servos por amor de Jesus. 
6
 Porque Deus, que disse que das trevas 
resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do 
conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 
7
 Temos, porém, este tesouro 
em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 
8
 Em tudo 
somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 
9
 Persegui-
dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 
10
 Trazendo sempre por toda 
a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se 
manifeste também nos nossos corpos; 
11
 E assim nós, que vivemos, estamos sempre 
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 
nossa carne mortal. 
12
 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 
13
 E 
temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos 
também, por isso também falamos. 
14
 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos 
ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. 
15
 Porque tudo isto é por 
amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de 
graças para glória de Deus. 
16
 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem 
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 
17
 Porque a nossa leve e 
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 
18
 Não 
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se 
veem são temporais, e as que se não veem são eternas. 
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