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DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO
→ Direito Humanitário ou Direito de Genebra # Direito da Haia ou de Guerra
Objetivo: “Minimizar os efeitos deletérios dos conflitos armados e das guerras”, “buscar diminuir os danos causados”.
HISTÓRICO 
Código de Manu – proibição do uso de determinadas armas e ataques a certas pessoas e locais, como plantações.
Idade Média - A Igreja Católica determinava a proibição de hostilidades em dias santos e horários bem como, em locais sagrados, não combatentes, clérigos, peregrinos, mulheres e colheitas
→ Século XIX – impulso do Direito Humanitário
→ Progresso tecnológico (Revolução Industrial) X Iluminismo (Revolução Francesa)
→ Henri Dunant (considerado o pai do humanitarismo moderno e primeiro jornalista a cobrir uma guerra – “Lembrança de Solferino” – Batalha de Solferino entre as forças da França e do Piemnte X Austria, ocorrida noite de 24/06/1859. 
Premio Nobel da Paz em 1901
Obs: Foi um episódio decisivo na luta pela unificação da Itália e também um momento importante na evolução do humanitarismo moderno. Está na origem do Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e das Convenções de Genebra. (Fonte Comitê Internacional da Cruz Vermelha)
RESUMO DA BATALHA: Tropas aliadas francesas e sardas, comandadas pelo imperador Napoleão III, enfrentaram soldados austríacos por volta das três horas da manhã do dia 24. Às seis horas, a batalha estava no auge. O sol forte se abateu sobre os 300 mil soldados, que atiraram, pisotearam, golpearam com baionetas e cortaram as gargantas de seus inimigos. Após 15 horas de carnificina e derramamento de sangue, cerca de 6 mil homens estavam mortos e mais de 35 mil ficaram feridos ou desapareceram.
Os serviços médicos dos exércitos francês e sardo ficaram sobrecarregados. O transporte para os feridos praticamente não existia; a comida e a água escassearam. Na igreja de Castiglione, a Chiesa Maggiore , um jovem suíço chamado Henry Dunant – que estava na região a negócios – fez o que pôde para tratar dos feridos e moribundos, com a ajuda de voluntárias locais. O grupo cuidou de todos os homens de forma igual, independente de que lado haviam lutado, inspirando as mulheres a inventar a frase “tutti fratelli” (todos irmãos).  (Fonte Comite Internacional da Cruz Vermelha)
→ Ideias defendidas por Dunant:
● Normas internacionais de proteção aos feridos em guerras e conflitos armados
● Criação de grupos nacionais e sociedades voluntárias de socorro para tratar dos feridos
● Criação de Organizações Internacionais para melhorar as condições dos envolvidos 
Obs.: as ideias de Dunant deram origem a criação em 1863 do Comitê Internacional e Permanente de Socorros Militares – Cruz Vermelha, do movimento do Crescente Vermelho e das Convenções de Genebra.
Obs.: em 1864 a Guerra Germano-Dinarmaquesa foi a primeira a eclodir após a Cruz Vermelha.
→ Convenção para a Melhoria da Sorte dos Feridos e Enfermos dos Exércitos em Campanha de 1864 
Marco do Direito Humanitário, sendo o 1º instrumento de Direito Internacional Público a se preocupar com a proteção da pessoa. 
SIMBOLOS DA CRUZ VERMELHA (entidade privada sem fins lucrativos), DO CRESCENTE VERMELHO E DO CRISTAL VERMELHO (Emblema do III Protocolo em 2005)
A Cruz Vermelha não é uma ONG. Pode ser considerada de caráter sui generis, de natureza híbrida. Tem personalidade jurídica de Direito Internacional, pelas competências que lhe foram atribuídas pelas Convenções de Genebra.
→ PRINCÍPIOS DO DIREITO HUMANITÁRIO
● Neutralidade
● Não discriminação
● Responsabilidade – o Estado é responsável pela aplicação das normas
● Humanidade
● Transnacionalidade e universalidade
● Imprescritibilidade
Após a II Guerra Mundial, em 1949, foram assinados os quatro principais tratados de Direito Humanitário, conhecidos como Convenções de Genebra, todos ratificados pelo Brasil.
A I Convenção de Genebra protege os soldados feridos e enfermos durante a guerra terrestre. Estende o escopo aos conflitos armados nos quais as povos lutam contra a colonialidade e os regimes racistas, com base no princípio da autodeterminação dos povos.
 A II Convenção de Genebra protege os militares feridos, enfermos e náufragos durante a guerra marítima.
A III Convenção de Genebra aplica-se aos prisioneiros de guerra.
A IV Convenção de Genebra outorga proteção aos civis, inclusive em território ocupado.
→ PESSOAL PROTEGIDO – militares ou civis, feridos, doentes, náufragos, prisioneiros de guerra, pessoal sanitário – médicos, enfermeiros, jornalistas, religiosos
→ PRIORIDADES – crianças, mulheres grávidas, parturientes, mães de lactentes e com filhos em tenra idade. 
→ PROIBIÇÃO DE EXPERIÊNCIAS CIENTÍFICAS. 
→ ONU – Responsável por velar pelas normas das Convenções de Genebra
● Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários
● O Representante Especial do Secretário-Geral para a Questão das Crianças em Conflitos Armados
● Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
● TPI – Tribunal Penal Internacional 
DIREITO INTERNACIONAL DOS REFUGIADOS
→ Regula a proteção de pessoas em situação de refúgio e estabelece o a marco legal da cooperação internacional em matéria de refúgio. 
→ CONVENÇÕES: Estatuto dos Refugiados – Carta Magna dos Refugiados
● Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951
● Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados de 1967
→ CONCEITO DE REFUGIADO: 
Convenção
Artigo 1º
Definição do termo "refugiado"
     A. Para fins da presente Convenção, o termo "refugiado" se aplicará a qualquer pessoa:
 1) Que foi considerada refugiada nos termos dos Ajustes de 12 de maio de 1926 e de 30 de junho de 1928, ou das Convenções de 28 de outubro de 1933 e de 10 de fevereiro de 1938 e do Protocolo de 14 de setembro de 1939, ou ainda da Constituição da Organização Internacional dos Refugiados;
    As decisões de inabilitação tomadas pela Organização Internacional dos Refugiados durante o período do seu mandato não constituem obstáculo a que a qualidade de refugiado seja reconhecida a pessoas que preencham as condições previstas no parágrafo 2º da presente seção;
2) Que, em consequência dos acontecimentos ocorridos antes de 1º de janeiro de 1951 e temendo ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, encontra-se fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país, ou que, se não tem nacionalidade encontra-se fora do país no qual tinha sua residência habitual em consequência de tais acontecimentos, não pode ou, devido ao referido temor, não quer voltar a ele.
     No caso de uma pessoa que tem mais de uma nacionalidade, a expressão "do país de sua nacionalidade" se refere a cada um dos países dos quais ela é nacional. Uma pessoa que, sem razão válida fundada sobre um temor justificado, não se houver valido da proteção de um dos países de que é nacional, não será considerada privada da proteção do país de sua nacionalidade.
→ Lei 9.474/1997
Do Conceito
Art. 1º Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:
I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país;
II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso anterior;
III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.
→ Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados – ACNUR
→ Princípio do Non-refoulement – Proibição de expulsão ou rechaço art. 33 da Convenção
Artigo 33
Proibição de expulsão ou de rechaço
  1. Nenhum dos Estados Contratantes expulsará ou rechaçará, de forma alguma, um refugiado para as fronteiras dos territórios em que sua vida ou liberdade seja ameaçada em decorrência da sua raça, religião, nacionalidade, gruposocial a que pertença ou opiniões políticas.
 2. O benefício da presente disposição não poderá, todavia, ser invocado por um refugiado que por motivos sérios seja considerado um perigo à segurança do país no qual ele se encontre ou que, tendo sido condenado definitivamente por um crime ou delito particularmente grave, constitua ameaça para a comunidade do referido país.
→ Negatória de refúgio: artigo 1, F da Convenção
 F. As disposições desta Convenção não serão aplicáveis às pessoas a respeito das quais houver razões sérias para se pensar que:
a) cometeram um crime contra a paz, um crime de guerra ou um crime contra a humanidade, no sentido dado pelos instrumentos internacionais elaborados para prever tais crimes;
b) cometeram um crime grave de direito comum fora do país de refúgio antes de serem nele admitidas como refugiados;
 c) tornaram-se culpadas de atos contrários aos fins e princípios das Nações Unidas.
→ CONARE – Comitê Nacional para os Refugiados – Lei 9.474
Composição – Ministério da Justiça (que preside o Órgão), Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Trabalho, Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério do Desporto, Polícia Federal e uma ONG. 
Obs.: O ACNUR é sempre convidado a participar das reuniões do CONARE.
→ Lei 13.445/2017 – Lei de Migração
Da Autorização de Residência
Art. 30. A residência poderá ser autorizada, mediante registro, ao imigrante, ao residente fronteiriço ou ao visitante que se enquadre em uma das seguintes hipóteses: 
II - a pessoa:
e) seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida;
→ Cessação da Condição de Refugiado – Lei 9.474
Da Cessação da Condição de Refugiado
Art. 38. Cessará a condição de refugiado nas hipóteses em que o estrangeiro:
I - voltar a valer-se da proteção do país de que é nacional;
II - recuperar voluntariamente a nacionalidade outrora perdida;
III - adquirir nova nacionalidade e gozar da proteção do país cuja nacionalidade adquiriu;
IV - estabelecer-se novamente, de maneira voluntária, no país que abandonou ou fora do qual permaneceu por medo de ser perseguido;
V - não puder mais continuar a recusar a proteção do país de que é nacional por terem deixado de existir as circunstâncias em consequência das quais foi reconhecido como refugiado;
VI - sendo apátrida, estiver em condições de voltar ao país no qual tinha sua residência habitual, uma vez que tenham deixado de existir as circunstâncias em consequência das quais foi reconhecido como refugiado.
→ Perda da Condição de Refugiado – Lei 9.474
Art. 39. Implicará perda da condição de refugiado:
I - a renúncia;
II - a prova da falsidade dos fundamentos invocados para o reconhecimento da condição de refugiado ou a existência de fatos que, se fossem conhecidos quando do reconhecimento, teriam ensejado uma decisão negativa;
III - o exercício de atividades contrárias à segurança nacional ou à ordem pública;
IV - a saída do território nacional sem prévia autorização do Governo brasileiro.

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