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Atividade Direito internacional publico Asilo politico - Refugio

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Asilo político = De Refúgio
Quais são as bases de direito internacional de cada um deles?
A principal base do direito internacional é a Declaração Universal dos Direitos humano.
Asilo político 
A constituição pátria defende, inquestionavelmente, a concessão de asilo político em seu território. Todavia, impende ressaltar que, embora reconhecido internacionalmente como direito fundamental, o asilo político não deve, nem pode, ser imposto a um Estado, já que deve ser encarado como um exercício de soberania.
Artigo XIV. 1 - Todo homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Refúgio
No Brasil, o mecanismo do refúgio é regido pela Lei 9.474 de 1997, que estabelece o procedimento para a determinação, cessação e perda da condição de refugiado, os direitos e deveres dos solicitantes de refúgio e refugiados e as soluções duradouras para aquela população. A Lei Brasileira de Refúgio considera como refugiado todo indivíduo que sai do seu país de origem devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas imputadas, ou devido a uma situação de grave e generalizada violação de direitos humanos no seu país de origem.
Considera-se que uma pessoa é perseguida quando seus direitos humanos tenham sido gravemente violados ou estão em risco de sê-lo. Isso pode acontecer, por exemplo, quando a vida, liberdade ou integridade física da pessoa corria sério risco no seu país.
Qual o posicionamento do estado brasileiro frente a esses dois institutos?
O refúgio é concedido ao imigrante por fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas. Enquanto tramita um processo de refúgio, pedidos de expulsão ou extradição ficam em suspensos. O refúgio tem diretrizes globais definidas e possui regulação pelo organismo internacional ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. No Brasil, a matéria é regulada pela Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, que criou o Comitê Nacional para os Refugiados – Conare, e pela Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, de 28 de julho de 1951.
O Conare é o órgão colegiado, vinculado ao Ministério da Justiça, que reúne segmentos da área governamental, da sociedade civil e das Nações Unidas. Cabe ao Conare analisar e deliberar sobre o pedido sobre o reconhecimento da condição de refugiado. Todos os pedidos de refúgio contêm um processo no qual é analisado se o solicitante possui um fundado temor de perseguição por meio de uma entrevista pessoal com um oficial do governo brasileiro, responsável por determinar a sua condição de refugiado.
Asilo politico 
Na área de proteção aos refugiados, o Estado brasileiro assinou os principais acordos internacionais e possui uma legislação considerada avançada na área (Lei nº 9.474/97), além de ter criado uma estrutura institucional robusta para analisar e julgar as solicitações de refúgio – Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) – que envolve membros do governo, da sociedade civil e um representante do ACNUR. No entanto, a atual crise de refugiados no cenário internacional também teve seus impactos para a política brasileira na matéria, trazendo dificuldades na implementação de políticas públicas e na garantia da efetivação dos direitos dos refugiados dentro do país, bem como na capacidade operacional do CONARE e na burocratização da concessão do status de refugiado.
Casos de relevância internacional em que o Brasil concedeu asilo político.
Soberania. O caso do asilo político do ex-presidente do equador, Lúcio Gutierrez
Nestes tempos em somos governados pelo Partido dos Trabalhadores que, no passado, sempre defendeu idéias anti-imperialistas na política internacional, filosofia que também permeia nossa Constituição acerca do comportamento do Brasil nas relações internacionais (art. 4., da CF), através de princípios tais como o respeito à independência nacional; autodeterminação dos povos; não-intervenção; igualdade entre os Estados; e concessão de asilo político, entre outros, cabe alguma indagação a respeito do episódio político e jurídico da concessão do asilo ao ex-Presidente do Equador, Lucio Gutierrez.
Comecemos por uma breve análise da deposição do ex-Presidente Lucio Gutierrez, o que, infelizmente não é nenhuma novidade na política equatoriana. O ex-Presidente agora asilado no Brasil, foi apenas mais um dos políticos que chegaram ao poder após uma campanha eleitoral em que fez promessas mirabolantes. No início do governo até que a situação ia bem, mas depois as coisas começaram a desandar e setores da sociedade civil inquietaram-se com os rumos do governo, respondendo o então Presidente com medidas de cunho autoritário, tais como o fechamento da principal corte de justiça. Mesmo assim, não conseguiu dominar os acontecimentos políticos, ou ao menos manter a marcha da política dentro dos limites necessários e o que se viu foi que, foram os protestos populares generalizados e um congresso que, desprestigiado pelo Presidente, resolveu por fim ao seu mandato. O fato curioso é que LC, um coronel do exército, que tentou chegar ao poder, anteriormente, através de conspirações, sequer teve o apoio das forças militares. Como tudo nos países do terceiro mundo sempre tem seu lado cômico e trágico, o ex-Presidente conseguiu asilo na embaixada brasileira em Quito e o povo lá fora, chamando-o de “cabron” e outras coisas desagradáveis e, inclusive, pela primeira vez na História das relações Equador/Brasil, o povo equatoriano reclamou da nossa ingerência em suas questões internas.
A ingerência brasileira no caso, lamentavelmente, se deu muito mais por conta da afinidade política e amizade pessoal entre Gutierrez e Lula, nosso Presidente. Um cáustico colunista político do País, SEBASTIÃO NERY, chegou, maldosamente, lembrando uma famosa propaganda de vodca, que Lula poderia ser Gutierrez amanhã. Não creio nisso, porém de toda sorte é bom por as barbas de molho, pois os ventos não andam soprando bem aqui na vizinhança. Na Bolívia, o Presidente Carlos Mesa ameaça renunciar, por conta dos protestos populares. No Peru, Alejando Toledo tem corrido sérios riscos de ser defenestrado do poder e, na Venezuela, Chaves está em marcha batida para se tornar ditador, sonho antigo seu, nem que para isso venha a sacrificar a economia do país e muitas vidas.Deposto Gutierrez, o governo brasileiro, antes mesmo de entendimentos protocolares necessários e indispensáveis com a nova autoridade equatoriana, despachou um avião da força aérea brasileira para Quito, porém a aeronave não teve permissão para entrar no espaço aéreo equatoriano e ficou no Acre, criando um desconforto para o novo governo equatoriano e, principalmente, para sua população, que viu na atitude do governo brasileiro um ranço de imperialismo. Ou seja, uma atitude típica de países como os Estados Unidos. Talvez tenha sido por isso que o salvo-conduto tenha demorado tanto para ser expedido e entregue ao embaixador brasileiro em Quito. Para mostrar, de certa forma, que o Equador tinha SOBERANIA sobre seu território. 
http://www.sedep.com.br/artigos/soberania-o-caso-do-asilo-politico-do-ex-presidente-do-equador-lucio-gutierrez/
Cesare Battisti
O governo brasileiro acaba de deferir asilo político a um terrorista italiano que foi condenado à prisão perpétua, conhecido com Cesare Battisti. Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país pela pratica de quatro assassinatos que ocorreram entre 1977 e 1979, quando liderava um grupo terrorista denominado Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Assevere-se que nada atenua os seus crimes, haja vista que a Itália vive, desde aquela época, em pleno Estado democrático de Direito. Destarte, foi julgado segundo o processo democrático e, por fim, foi considerado terrorista. A Carta Maior de 88em seu artigo 5º, incisos XLIII e XLIV considera o terrorismo e a tortura, como ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático. Portanto, é crime hediondo, inafiançável e imprescritível, e insuscetível de graça ou anistia (AZEVEDO, 2009, p.01).
https://oglobo.globo.com/mundo/outros-casos-de-asilo-politico-5268561

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