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UMBANDA, um resumo

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UMBANDA, UM RESUMO. 
 
Umbanda, religião brasileira por adoção. Nascida em terras do Antigo Egito, 
quando seus Faraós e sacerdotes praticavam rituais semelhantes a aqueles 
realizados hoje em dia. Esta religião renasceu e floresceu em território brasileiro 
com muita desenvoltura, pois que sua liturgia, misto das mais diversas liturgias 
ocidentais e orientais, encontrou terreno fértil para adaptar-se ao povo brasileiro, 
já tão acostumado à mistura de raças e costumes. esta facilidade de nosso povo, 
na aceitação de diversas culturas e tradições, fez com que este ritual milenar 
renascesse junto a nós. 
A Umbanda presta culto aos Orixás como uma qualidade manifesta de Deus. Sua 
compreensão dos Orixás a aproxima, e muito, dos frutos da Árvore da Vida dos 
kabalistas. A Umbanda não aceita o sacrifício animal em qualquer de seus rituais. 
Utiliza, para a sua magia, de ervas, flores, velas coloridas, fitas, certas bebidas, 
mel e qualquer outra dádiva da natureza que não ceife a vida. A Magia está 
contida na Umbanda de forma evidente. Aprende com o catolicismo e muitas 
outras religiões a defumar os ambientes para o culto; do judaísmo traz a 
compreensão dos Orixás; do Candomblé absorve o nome dos Orixás, seus 
mantras, instrumentos destinados aos cânticos e mitos fantásticos; das religiões 
orientais traz a noção do karma, a interpretação de Deus como Força Cósmica e o 
uso das Guias coloridas. 
Muitas são as religiões que trabalham com o processo de incorporação, ou seja, 
preparam indivíduos para servirem de intermediários entre o Plano Material e os 
Planos Superiores de Manifestação. A Umbanda, sem dúvida é a que mais 
desenvolve esta faculdade. Seu ritual está, basicamente, centrado no processo 
mediúnico, seja por incorporação, seja por canalização. Umbanda, religião muito 
nova, que somente agora começa a codificar-se e estruturar-se como religião. 
 
 
 
HINO À UMBANDA 
Refletiu a Luz Divina, 
Com todo seu esplendor, 
Vem do Reino de Oxalá, 
Onde há paz e amor. 
 
Luz que refletiu na Terra, 
Luz que refletiu no Mar, 
Luz que veio de Aruanda, 
Para tudo iluminar. 
 
A Umbanda é paz e amor, 
É um mundo cheio de Luz, 
É força que nos da vida, 
E a grandeza nos conduz. 
 
Avante Filhos de fé, 
Com a nossa Lei não há, 
Levando ao mundo inteiro, 
A Bandeira de Oxalá. (2x) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORPO MEDIÚNICO 
O Templo do Vale do Sol e da Lua tem como dirigente o Babalorixá Luiz Antonio 
Martins e o corpo mediúnico é constituído por 150 médiuns. Entre eles temos: 
 
Médiuns Coroados 
São aqueles que passaram por todos os rituais de Iniciação de nosso Templo, 
tornando-se um Iaô, um conhecedor do segredo. Seus Orixás de cabeça já foram 
plenamente estabelecidos e seu Guia-Mentor foi identificado. O Guia-Mentor é a 
Entidade maior que acompanha um médium, foi aquele que assumiu o 
compromisso de zelar por aquele filho e por sua caminhada espiritual. Todas as 
Entidades que trabalham através de um médium, por exemplo, seguem as 
orientações do Guia-Mentor. Sua relação com o médium deve ser a mais estrita 
possível e a entrega desse médium em suas mãos seria o clímax do 
desenvolvimento mediúnico. A partir desse momento, o médium teria alcançado a 
maturidade e deveria caminhar com mais força em suas próprias pernas. Até a 
Coroação, o Guia-Mentor de todos os membros da corrente mediúnica será o 
Caboclo do Sol e da Lua, ser ao qual o Guia de cada um entregou o preparo 
inicial do médium que será “devolvido” somente quando do ritual de Coroação. 
Lembramos que o médium coroado não alcançou ainda o estágio de Babalorixá 
ou Ialorixá. Muitos não caminharão no sentido da independência, continuando 
ligados à nossa Casa e ao nosso Babalorixá. Aquele que desejar ter seus próprios 
filhos deverá passar por outros rituais. É importante entender que a Coroação não 
santifica o médium ou o torna plenamente realizado. Ela seria o primeiro passo na 
caminhada espiritual legítima de um buscador sincero. Todos os anos que o filho 
se prepara em direção à Coroação serão os anos iniciais em sua vida espiritual, 
mesmo que a mesma já venha sendo vivida em inúmeras vidas passadas. O 
médium coroado é como o adolescente. Não deve pensar que possui um grau de 
sabedoria superior aos outros como o jovem que se considera líder em meio a 
crianças. Ainda deverá trilhar outros caminhos para se aprofundar em sua 
caminhada. 
O ritual de Coroação, também chamado por nós de Deitada de Sete Anos, uma 
vez que seu tempo médio de realização será sete anos após a entrada do médium 
na corrente mediúnica, é a consagração do médium que chega à maturidade. 
Ritual regido pelo Orixá Oxum, demonstra esse caráter conforme já foi dito, 
comparável à chegada da criança a adolescência partir do nascimento metafórico 
de seus Orixás de cabeça. Será seguido de outros rituais, outras Deitadas e 
Reimantações que continuarão o preparo do médium. Sete anos após a 
Coroação, o médium Iyaô passará por outro ritual ainda mais profundo a partir do 
qual será considerado um Ebomi, estando pronto para ter sua própria Casa e seus 
próprios filhos. Esse ritual seria regido pelo Orixá Yansã, símbolo da maturidade e 
entrada na vida adulta. Em contraste com o caráter maternal de Oxum, Yansã 
representa aquela energia que nos lança ao mundo em busca de novas 
conquistas munidos de nossa coragem e nossos conhecimentos adquiridos com o 
tempo. Seria a maioridade legal alcançada pelo médium que agora chega à vida 
espiritual adulta. 
 
Mediuns Feitos 
Feitos são os médiuns que já passaram por todas as etapas ritualísticas 
preparatórias à Coroação. Terão essa condição aqueles que participaram da 
chamada Deitada para Pai e Mãe, também chamado Borí de Pai e Mãe, ritual no 
qual serão firmados os Orixás que regem a citual seria regido pelo Orixá 
Irtidamente, seus filhos.cizados, ou seja, carregados de muita emoç forma a se 
europeizar o cultooroa do filho, preparando-o no sentido do nascimento dos 
Orixás. Dentro da analogia proposta no capítulo dos Orixás, a deitada em questão 
seria o primeiro exame realizado pelo médico no qual o bebê se manifestaria. 
Aqui, verificam-se as qualidades e as condições em que se encontra aquele ser 
como em um ultra-som. Antes de deitar para Pai e Mãe, o médium já terá 
realizado o ritual de Deitada para Exu, no qual será feita a preparação do Exu 
Guardião (Bara) do médium, aquela energia que nos protege os corpos durante 
nossa vida encarnados. Antes ainda o médium será batizado, ritual simbólico de 
aceitação da Egrégora da Casa perante o filho que se apresenta. 
Assim, o médium feito já foi batizado, já tem seu Exu Guardião (Bara) 
devidamente assentado e já realizou o ritual de Imantação dos Orixás de sua 
coroa. Seu processo de Iniciação será finalizado com a futura coroação devendo, 
até essa realização, ficar o médium aberto a todos os ensinamentos que ainda 
deverá reter para se tornar um Iaô. Deve livrar seu coração de qualquer sinal de 
prepotência ou vaidade, grandes inimigos de qualquer um que caminhe na nossa 
Umbanda. Tendo chegado tão longe no seu processo em nossa Casa, não deve 
agora ceder perante os desafios apresentados. Deve vencer todos os obstáculos 
enfrentados, eliminar as dúvidas e preparar as condições e a maturidade 
necessárias à Coroação. 
 
Médiuns Prontos 
Pronto será todo médium da corrente que concluiu seu processo de educação 
mediúnica. A partir desse momento, ele poderá servir como instrumento aos 
trabalhos de forma mais harmônica e de acordo com as determinações do 
Babalorixá. Nem todo médium terá papel de trabalhar incorporado, podendo o 
médium pronto atuar em qualquer trabalho para o qual for designado. Um médium 
cambono pronto certamente viabilizará o trabalho da Entidade de uma forma mais 
perfeita que aquele que ainda está, como dizemos, em desenvolvimento. 
Não temos um ritual específico que determina que o médium está pronto, ficandoesta determinação a cargo do Babá. Esse médium não necessariamente concluiu 
este ou aquele ritual e pode, em certos casos, ser declarado pronto já na entrada 
na corrente. Alguns possuem um passado de práticas espirituais que já 
determinam um desempenho mediúnico perfeito não necessitando de educação 
nesse sentido. Não se deve, no entanto, deixar que essa consideração afete a 
caminhada do médium em direção à Meta Final. Não podemos nos esquecer que 
a religião não é um substituto aos dramas sociais e não deve o médium buscar 
glória ou fama com seu trabalho. Aquele que se deixa levar por honrarias 
transitórias nunca alcançará a Realização Plena. Nenhuma coroa ou declaração 
do Babalorixá pode substituir o desejo sincero e a humildade que devem sempre 
habitar os corações dos umbandistas verdadeiros. 
 
Médiuns em desenvolvimento 
Estes médiuns são aqueles que estão em estágio de aprendizado em relação à 
manifestação de sua mediunidade. Não podem ser vistos ou tratados com 
desdém por quem quer que seja, uma vez que o processo de todos deve começar 
aqui. Ninguém nasce pronto e mesmo aquele que possui total controle e 
conhecimento de sua mediunidade deve saber nutrir a humildade que possibilita o 
verdadeiro aprendizado. 
Nossa Casa prima por um desenvolvimento aprofundado dos médiuns da 
corrente. Assim, diferentemente de outras casas nas quais uma pessoa que 
apresente incorporação aparentemente perfeita poderia ser imediatamente 
designada para os trabalhos de consulta, nós buscamos, com paciência, o ensino 
correto dos primeiros passos de qualquer pessoa dentro da nossa Umbanda. 
Algumas crianças andam antes que outras mas é vital que o aprendizado não se 
transforme em corrida ou busca por mérito. Preferimos que uma criança demore 
mais a caminhar mas o faça de forma correta, possibilitando fazê-lo com firmeza 
por toda a sua vida. De que nos valeria apressar os passos de quem quer que 
seja, deixando de formar a base firme sobre a qual aquela pessoa caminhará por 
toda a vida? Muitos, em nome da pressa, acabam gerando médiuns que 
aparentemente caminham bem mas que poderão desenvolver problemas nas 
pernas futuramente por vícios de postura ou condições similares. Sabemos o 
quão complexo é caminhar. Não o fazemos somente com as pernas mas sim com 
todo o corpo físico. Caminhando é que o ser humano se distingue de todos os 
outros de nosso planeta mas não deve se enganar aquele que move corretamente 
suas pernas. Se a pessoa não souber coordenar as pernas, os braços e talvez o 
mais importante, a coluna, não poderá caminhar sem prejuízos futuros para seu 
corpo. Essa metáfora do aprendizado do caminhar nos serve para compreender o 
valor que damos à educação mediúnica. 
Por isso não apressamos a educação de quem quer que seja e esperamos que o 
médium tenha total confiança na orientação do Babalorixá, como a criança que 
confia em seus pais, sem ilusão de independência ou prepotência, 
compreendendo a importância vital de um perfeito desenvolvimento e educação 
mediúnicos no futuro de toda a caminhada daquela pessoa. 
 
Os Ogãs 
São os responsáveis por interagir com os Atabaques durante os trabalhos. Sua 
atuação deve seguir a orientação da Entidade dirigente e ainda a hierarquia 
existente entre eles próprios. O trabalho de todos no ritual depende de sua 
atuação e para isso eles também passam por um longo processo de 
aprendizagem antes de assumirem a responsabilidade de lidar com esse vital 
elemento ritualístico. Muito acerca do papel do Ogã será esclarecido quando 
falarmos sobre a função dos Atabaques no ritual. Também o Ogã não deve 
permitir o surgimento em seu coração de qualquer sentimento de arrogância ou 
prepotência. Eles também trabalham, completamente entregues, com a finalidade 
comum de possibilitar ou facilitar toda manifestação mágica e mediúnica. 
Sendo membros da corrente, os Ogãs também tem como objetivo final a plena 
realização de sua espiritualidade e não devem se perder no caminho em busca de 
glórias passageiras ou protagonismos incoerentes. Ninguém pode querer brilhar 
de forma destacada na nossa Umbanda. Nossos Ogãs ainda devem lidar com 
esses desafios de forma mais viva uma vez que os Atabaques, por mais que sua 
função seja vital e imprescindível, não devem assumir nenhum destaque no ritual. 
Não estamos assistindo a um concerto de percussão e a finalidade deles também 
é de medianeiros, possibilitando a manifestação, em nosso plano, de condições 
muito maiores que nossa compreensão limitada pode, por vezes, abarcar. Que os 
Ogãs possam sempre manter sua dignidade e sua perfeita compreensão da 
missão que possuem em todos os rituais em nossa Casa. Que sua luz viabilize os 
trabalhos e que não haja desarmonia em sua atuação, função tão importante para 
todos mas também um caminho seguro de desenvolvimento espiritual para aquele 
que não se deixa vencer pelos desafios do condicionamento e da vaidade 
humanos. 
 
Os Cambonos 
Cambono é o médium designado para auxiliar uma Entidade em qualquer 
trabalho. É um ponto de apoio material daquele ser que atua incorporado. O 
cambono tem função vital no ritual umbandista e muitas Entidades se recusam a 
realizar qualquer tipo de trabalho sem a presença do cambono. Ele orienta os 
consulentes e viabiliza a consulta intermediando a Entidade quando ela 
necessitar. Algumas vezes a pessoa da assistência não está familiarizada com a 
forma de falar da Entidade ou mesmo com alguma determinação dessa que pode 
não ter ficado clara. Cabe ao cambono esclarecer qualquer dúvida tanto do 
consulente quanto da Entidade sem, no entanto, interferir nos trabalhos. 
Nunca deverá, o cambono, assumir o papel de orientador ou conselheiro durante 
a consulta. Seria absurdo aquele que desempenha papel de ajuda e serviço numa 
gira tomar a frente da Entidade em relação a um consulente. Situação hilária mas 
muitas vezes testemunhada, estando a própria Entidade calada, possivelmente a 
entender com compaixão o impulso egóico do médium, enquanto o cambono se 
põe a tagarelar com o consulente. O papel do cambono é sutil. Deve compreender 
seu caráter imprescindível na realização de qualquer trabalho mas permanecer 
atuando nos bastidores, sem desejos de protagonizar qualquer feito e mantendo 
sempre a humildade acima de tudo. 
Nunca se deve ver o cambono como pessoa de hierarquia inferior ou menos 
preparada que outras. Ele deve ter um preparo completo uma vez que permanece 
desincorporado durante os trabalhos. Recebem inúmeros ensinamentos das 
Entidades tanto em relação ao ritual quanto em relação à religião em sentido mais 
amplo. Ao cambonar, o médium assume uma das funções mais nobres em nossa 
Umbanda, doando-se para que tudo ocorra segundo a Vontade Divina. Já 
mencionamos que o trabalho desapegado (Karma Yoga) é um dos caminhos para 
a Realização Plena e que não pode nunca liderar aquele que não souber, antes, 
servir aos outros. 
PRECES DE ABERTURA 
 
I) SAUDAÇÃO À UMBANDA E A TODOS OS ORIXÁS 
 
Salve a Umbanda! SALVE! 
Salve a Força de Exu! LAROYÊ EXU! 
Salve nosso Pai Oxalá! OXALÁ BABÁ! 
Salve Tempo! ZARA TEMPO ZARA! 
Salve nosso Pai Omolu! ATOTÔ OBALUAYÊ! 
Salve nossa Mãe Yemanjá! ODÔ FIABÁ YEMANJÁ! 
Salve nossa Mãe Ewá! RIRÓ EWÁ! 
Salve Osaiyn! EUÊ OSAIYN! 
Salve Nanã! SALUBÁ NANÃ! 
Salve Ogum! OGUM YÊ! 
Salve Oxosi! OKÊ OXOSI! 
Salve Oxum. ORA IÊ IÊ OXUM! 
Salve Yansã! EPA HEYI YANSÃ! 
Salve Oxumarê! ARRÔBÔ BÔYI OXUMARÊ! 
Salve Xangô! KAWÔ CABIÊ SILÊ MEU PAI! 
Salve todos os Orixás de Umbanda! SALVE! 
 
II) INTRODUTÓRIA 
Estamos todos reunidos neste momento de união e fé, para que juntos formemos 
uma corrente forte e sólida, para que possamos inundar a tudo e a todos nesta 
hora…ASSIM SEJA! 
 
III) ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS 
Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa paz. Onde haja ódio, consenti que 
eu semeie o amor. Perdão, onde haja injúria. Fé onde haja dúvida. Verdade onde 
hajamentira. Esperança onde haja desespero. Luz onde haja trevas. União onde 
haja discórdia. Alegria, Senhor, onde haja tristeza. 
Divino Mestre, permiti que eu não procure tanto ser consolado quanto consolar. 
Ser compreendido quanto compreender. Ser amado quanto amar. Porque é dando 
que recebemos. Perdoando é que somos perdoados. E morrendo é que 
nascemos para a vida eterna. QUE ASSIM SEJA! 
 
IV) SAUDAÇÕES 
Salve Melkezedeque! SALVE! Salve o Mestre Gautama – Senhor do Mundo! 
SALVE! Salve Saint-Germain! SALVE! Invocamos e pedimos a Saint-Germain, 
Chohan do Sétimo Raio, que nos auxilie e nos ampare em todos os momentos e 
durante os trabalhos que iremos realizar. 
Que a Força do Raio Violeta nos transforme e nos ilumine. Que nosso Eu interior 
possa senti-la, modificando-nos e transportando-nos para os planos mais 
elevados. Salve Saint-Germain, SALVE! Grande Mestre Ascencionado e Senhor 
da Magia! Bem-Amado Mestre Saint-Germain, Bem-Amado Arcanjo Ezequiel e 
Bem-Amado Elohim Arcturos, eu Vos amo e Vos abençôo. Agradeço por Vossa 
assistência a mim e a toda a humanidade. Traga-nos o amor e a Força para os 
nossos trabalhos! ASSIM SEJA! 
Salve os Elementais! SALVE! Eu Os invoco para os nossos trabalhos. Eu Os amo 
e peço-vos que nos auxiliem em nossos trabalhos. Que Sua Força nos sirva de 
auxílio, crescimento e proteção. E que desabe sobre mim toda vez que Os invocar 
de forma negativa. 
Salve Gohb, Rei dos Gnomos! SALVE! 
Salve Djin, Rei das Salamandras! SALVE! 
Salve Paralda, Rei dos Silfos! SALVE! 
Salve Nicksa, Rei das Ondinas! SALVE! 
Salve o Arcanjo ____ SALVE, que governa nesta época de ____. 
Salve os Anjos ____ e ____. SALVE! 
Salve ____. SALVE! Chefe do Signo, eu Vos amo, Vos abençôo e invoco a Vossa 
proteção. QUE ASSIM SEJA! 
Salve ____, ____ e ____. SALVE! 
Salve o Grande Elohim ____. SALVE, a quem invocamos e abençoamos. Salve 
____. SALVE, Governante e Senhor de Saturno, a quem solicito o auxílio para os 
nossos trabalhos. 
Salve ____ SALVE! Governante desta hora. Carregai-nos com o Vosso Poder. 
Salve Vo-Ael, que nos envia as visões. SALVE! 
Salve Samael, o Grande e poderoso espírito da Magia. SALVE! 
Salve Anael, que nos intui sobre o Universo. SALVE! 
Salve Zaimel, Guardião eterno do bastão de Moisés. SALVE! 
Salve ____ e ____ SALVE! A Vós invocamos e abençoamos, pedindo a proteção 
para nossos trabalhos. QUE ASSIM SEJA! 
 
V) PRECE DE CÁRITAS 
Deus, nosso Pai, que tendes poder e bondade, dai a força àquele que passa pela 
provação, dai a luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a 
compaixão e a caridade. 
Deus, dai ao viajor a Estrela Guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. 
Pai, dai ao culpado, o arrependimento, dai ao espírito a verdade, dai à criança o 
Guia, ao órfão o pai. Senhor, que a Vossa bondade se estenda sobre tudo o que 
criastes. 
Piedade, meu Deus, para aquele que não Vos conhece, esperança para aquele 
que sofre. Que a Vossa bondade permita hoje aos espíritos consoladores 
derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé. 
Deus! Um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber 
da fonte dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as 
dores se acalmarão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um 
grito de reconhecimento e amor. 
Como Moisés sobre a montanha, nós esperamos com os braços abertos para 
Vós, Oh Bondade! Oh Beleza! Oh Perfeição! E queremos, Pai, de alguma sorte, 
forçar a Vossa misericórdia. 
Deus, dai-nos a força de ajudar ao progresso a fim de subirmos até Vós. Dai-nos 
a caridade pura. Dai-nos a fé e a razão. Dai-nos a simplicidade, Pai, que fará de 
nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa imagem! QUE ASSIM 
SEJA! 
 
VI) PRECE PESSOAL 
 
VII) PRECE AO CABOCLO DO SOL E DA LUA 
Salve o Caboclo do Sol e da Lua! SALVE! 
Salve o Caboclo do Sol e da Lua! SALVE! 
Salve o Caboclo do Sol e da Lua! SALVE! 
 
Que a luz do Teu Sol ilumine nosso Eu interior, fazendo-nos elevar até às 
Consciências Iluminadas dos planos superiores. Que a Tua presença, junto a nós, 
se faça sentir em cada momento e, que nos guies para o caminho do saber, da 
humildade e do amor. Que a força do Teu Sol, na união e construção deste 
Templo, se estenda pelo nosso templo interior, edificando em nossas almas a 
senda da ascensão, que nos levará à verdadeira felicidade, morada de nosso 
espírito. 
Que a Tua Lua resplandeça a força da Tua humildade, trazendo para os nossos 
corações, o despojamento de todas as imperfeições a que estamos sujeitos. Que 
esta Lua seja impressa em nosso peito, operando a grande alquimia em nosso 
ser, fazendo-nos de guardiães da Tua mensagem pura, justa e, acima de tudo, 
Divina. 
Caboclo do Sol e da Lua, nosso Guia e Mentor, a Ti dedicamos a nossa 
abnegação, o nosso despojamento das vaidades terrenas e a renúncia dos 
prazeres desta hora, para sermos envolvidos pela majestade do Teu amor 
celestial, a fim de que possamos, como um instrumento da Tua vontade, irradiá-lo 
a tudo e a todos. 
E, se por algum motivo, achares que não somos dignos de podermos Te sentir 
junto a nós, pedimos que não hesites em mostrar-nos o erro, usando do Teu 
grande e eterno amor. Dando louvores a Ti, nos reverenciamos! 
SALVE O CABOCLO DO SOL E DA LUA! 
SALVE O CABOCLO DO SOL E DA LUA! 
SALVE O CABOCLO DO SOL E DA LUA! 
 
VIII) PRECE DOS MÉDIUNS 
Oh! Deus de amor e misericórdia, dai a nós, médiuns do Templo do Vale do Sol e 
da Lua, a compreensão perfeita da santidade da missão que nos foi confiada e da 
responsabilidade que nos cabe no desempenho dessas funções! 
Deus, nosso Pai, permiti que sintamos fortemente a influência invisível e salutar 
de nossos Guias e Protetores, a fim de que possamos mais facilmente, eliminar 
de nossos corações e dos nossos pensamentos todos os maus sentimentos e 
todas as imperfeições de que se acham imbuídos os nossos espíritos, a fim de 
que possamos subir até Vós! 
Bons espíritos, que pela misericórdia de Deus, permaneceis junto a nós, médiuns 
do Templo do Vale do Sol e da Lua, para nosso consolo, dai-nos um grande amor 
pelas virtudes! Inspirai-nos tudo que é bom! 
Afastai de nós os espíritos trevosos e maleficentes a fim de trilharmos o caminho 
luminoso que pode ser a nossa vida terrena! Virgem Mãe da Terra, rogai a Deus 
por nós e pelos nossos irmãos desencarnados, que ainda se acham na 
ignorância, nas trevas e no sofrimento! 
Jesus, bom e amado Mestre Jesus, permiti que as falanges organizadas que 
trabalham na prática do bem, possam nos dispensar bastante proteção, para que 
nossos trabalhos sejam coroados de êxito! Benditas e Louvadas sejam as Forças 
da Criação! PARA SEMPRE SEJAM LOUVADAS! 
Salve o Arcanjo Miguel! SALVE! 
Salve a Ordem dos Templários! SALVE! 
Salve o Arcanjo Gabriel! SALVE! 
Salve a Ordem dos Guardiães! SALVE! 
Salve o Arcanjo Rafael! SALVE! 
Salve a Ordem dos Hospitalares! SALVE! 
Salve o Arcanjo Uriel! SALVE! 
Salve a Ordem dos Tributários! SALVE! 
Salve todas as Falanges de Umbanda! SALVE! 
E em nome de Deus Todo Poderoso, de Miguel Arcanjo, de nossos Guias e toda a 
Egrégora do Templo do Vale do Sol e da Lua, EU ME REVERENCIO PARA A 
PRÁTICA DO BEM, ASSIM SEJA! 
 
IX) SAUDAÇÃO FINAL 
Neste momento, pedimos a proteção de Miguel Arcanjo e que sua flamejante 
espada azul possa descer sobre nós! 
ADONAI MICHAELILLU! 
ADONAI MICHAELILLU! 
ADONAI MICHAELILLU! 
E agora pedimos licença a toda Hierarquia Espiritual de nosso Planeta para dar 
início aos nossos trabalhos! 
SALVE A GRANDE HIERARQUIA ESPIRITUAL! SALVE! 
SALVE TODOS OS ORIXÁS DE UMBANDA! SALVE! 
SALVE O TEMPLO DO VALE DO SOL E DA LUA! SALVE! 
 
X) PONTOS DE ABERTURA 
Hino à Umbanda: 
Refletiu a Luz Divina, 
Em todo seu esplendor, 
Vem do Reino de Oxalá, 
Onde há paz e amor. 
Luz que refletiu na Terra, 
Luz que refletiu no Mar, 
Luz que vem lá de Aruanda, 
Para tudo iluminar. 
A Umbanda é paz eamor, 
É um mundo cheio de Luz, 
É força que nos da vida, 
E a grandeza nos conduz. 
Avante Filhos de fé, 
Como a nossa Lei não há, 
Levando ao mundo inteiro, 
A Bandeira de Oxalá. (2x) 
Hino ao Caboclo do Sol e da Lua: 
No Oriente distante 
Onde o Sol despontou 
Clareou todo o vale 
Foi XANGÔ quem mandou (2x) 
Com o cetro da Lua 
Que alivia a dor 
Traz a justiça divina 
Traz a paz do Senhor (2x) 
Saudação a Hierarquia Espiritual do nosso Planeta: 
Quem vem, quem vem lá de tão longe 
São os anjinhos que vêm trabalhar (2x) 
O dai-me forças, pelo amor de Deus, meu Pai 
O dai-me forças, aos trabalhos meus 
Abertura da Gira: 
Meu Santo Antônio, me abre a gira e fecha a porta. 
Ô abre a Gira como abre na Aruanda 
Okê Obá, abrimos com as bênçãos de Oxalá 
 
EXPLICAÇÃO SOBRE AS PRECES DE ABERTURA 
Todo trabalho mágico requer uma preparação. A invocação das Forças não se faz 
da mesma forma que chamamos a uma pessoa. É preciso que utilizemos as 
palavras adequadas para invocar a Egrégora que se deseja. Quando invocamos 
uma determinada Força, temos que ter em nossa mente que é preciso lhe 
oferecer “assento”. Fazendo uma analogia, quando convidamos uma pessoa à 
nossa casa, é necessário e educado que lhe ofereçamos acomodações adequadas, 
a fim de não deixá-la mal acomodada, obrigando-a a partir antes da hora prevista 
e deixando-a impaciente pelas acomodações inadequadas. 
Da mesma forma, quando iniciamos um trabalho mágico, é preciso que todas as 
Forças envolvidas na magia encontrem seu “assento”. Este assento será o 
responsável pelo sucesso de todo o trabalho. 
Em Magia denominamos este assento de assentamento das Forças a serem 
invocadas. É, sem dúvida o momento mais importante para o sucesso dos 
objetivos a serem alcançados. 
Cabe esclarecer que todas estas preces têm um caráter exotérico e não 
esotérico, ou seja, são preces feitas para a participação do público. Outras preces 
existem para trabalhos velados de magia. 
A seguir a explicação das bases para o assentamento das Forças invocadas no 
processo mágico do Templo do Vale do Sol e da Lua. 
 
1) Saudação à Umbanda e a todos os Orixás 
Como o ritual dos trabalhos está baseado na Umbanda, iniciam-se as preces 
pela saudação à Umbanda e a todos os seus Orixás com os mantras 
característicos, oriundos na língua dos povos Yorubás. 
Os mantras são invocados em seu original em yorubá, a fim de preservar a 
força mântrica, pois a tradução para o português reduziria, e muito, a força 
invocatória. Como ilustração, lembramos a grande perda da força no ritual católico 
quando é abolida a língua latina. Os mantras devem ser preservados na sua 
língua de origem, pois ali reside a grande força. 
2) Introdutória 
Uma pequena prece inicia fazendo menção ao motivo pelo qual estamos reunidos. 
É a abertura da “janela” do mundo astral. O Assim Seja! substitui o Amém, 
originado no Egito Antigo, da palavra do Deus Amon, o Oculto. 
 
3) Oração a São Francisco de Assis (ou Mestre Kut Humi, ocupando o cargo 
de Instrutor do Mundo na Hierarquia espiritual) 
É o paraninfo do Templo do Vale do Sol e da Lua. É uma espécie de padrinho, 
que em qualquer momento está pronto a estender suas bênçãos sobre nossos 
trabalhos. 
4) Saudações Aqui é o momento mais importante em toda a prece 
É aqui que iremos invocar as Forças envolvidas na Magia. Inicia-se pela 
invocação de Melkezedeque, o responsável por toda a humanidade. Aquele que 
vela por todos nós. Melkezedeque é também conhecido por Sanati Kumara, o 
maior de todos os Kumaras, seres venuzianos, dos quais Lúcifer, o portador da 
Luz, faz parte. 
Em seguida, fazemos a invocação do Senhor do Mundo, grau imediatamente 
abaixo na hierarquia espiritual, ocupado, atualmente, pelo Grande Avatar 
Gautama que veio a tornar-se um Buddha. 
A saudação ao Mestre Saint Germain, Chohan (palavra sânscrita que designa 
Mestre) do Sétimo Raio e dirigente da Luz Violeta para o mundo é feita a seguir, 
uma vez que, nenhum trabalho de Magia deve ser realizado sem a invocação 
deste Mestre, considerado o Senhor da Magia, regente da Luz Violeta (o mesmo 
que Chama Violeta e o mesmo que a Força de Omulu) para nosso planeta. Como 
o Sétimo Raio, ou a Sétima Força é a regente da Magia, a invocação deste Mestre 
é necessária. O Raio Violeta, ou Omulu é o grande poder de transformação. 
Omulu é o Orixá da transformação, oriundo no néther egípcio Anúbis, o deus da 
transformação e do embalsamamento. Todo trabalho mágico, em última análise, 
requer a transformação de alguma coisa em outra. Quando invocamos o Mestre e 
não a Força somente, estamos aceitando nossa incapacidade de discernir entre o 
certo e o errado. Nossa visão parcial do mundo não nos permite 
fazer julgamentos. Somente um ser na condição de um Mestre pode realizar tal 
julgamento sobre o que pode e o que não pode ser feito. 
O Raio Violeta, através de seu poder de transformação, é invocado a fim de que 
realize a maior de todas as transformações em um trabalho de Magia, qual seja, a 
transformação de nosso Ego pessoal em nosso Eu Superior. 
Em outras palavras, a transmutação de nossa personalidade, com todos os 
nossos desejos e instintos, na mais pura ligação com as coisas divinas. É a 
própria exposição do coração do Mestre Jesus. 
A seguir são feitas as invocações da Hierarquia Angelical e da Hierarquia 
Elemental. Lembrando que são três as Hierarquias que compõem nosso Sistema 
Solar: Hominal, Angelical e Elemental, ou em outras palavras, dos homens, dos 
anjos e dos elementais (da terra, da água, do ar e do fogo). Estas três Hierarquias 
são saudadas. A Hominal, na figura do Mestre Saint Germain. Correspondendo ao 
Raio da Magia, fazemos a invocação do Arcanjo Ezequiel, dirigente deste Raio, 
pela hierarquia Angelical e do Elohim Arcturos, dirigente deste raio pela hierarquia 
Elemental. 
Quando utilizamos as palavras “eu vos amo e vos abençôo” significa que, 
naquele momento, o dirigente, através de seu Eu Superior, faz a saudação 
àqueles seres. Não é uma saudação feita de um ego comum para uma divindade. 
É uma saudação feita do Deus que existe em mim para o Deus que está em vós. 
O restante da frase está bastante claro. O agradecimento, assim como os 
pedidos, são feitos sempre para mim e para toda a humanidade, pois assim, 
estaremos realizando a verdadeira Magia Branca, altruísta e não a Magia Negra 
egoísta. 
Sempre as palavras Assim Seja tem o significado no Amém que tem sua origem 
no deus Amom egípcio, conhecido como Aquele que está oculto. 
A seguir vem a saudação a toda a Hierarquia Elemental. Esta Hierarquia tem 
uma saudação especial nas preces, uma vez que é a Hierarquia responsável 
pelos meios necessários a todo o trabalho mágico. Eles colocam todo o “material” 
necessário à consecução da magia. Fazendo uma analogia, não importa que 
tenhamos uma excelente cozinheira e um excelente fogão. Sem a matéria prima, 
que são os alimentos, nada pode ser feito. Nesta invocação percebe-se, 
novamente, uma certa dose de autoritarismo. Em Magia a palavra deve ser forte 
 o suficiente para mostrar nossos propósitos sinceros de ajudar o próximo. 
Sempre é feito o pedido. Porém, caso percebam que nossos propósitos não 
condizem com os propósitos de elevação de toda a humanidade, com certeza, 
não virão em nosso amparo. 
Quando é dito que Sua Força haverá de nos trazer o crescimento, auxílio e 
proteção, devemos, por outro lado, dizer o que pode ser feito caso não 
cumpramos nossa promessa. Como estes seres só trabalham para o crescimento 
da humanidade, devemos fazer um pacto de compromisso, para quando não 
cumprirmos com as promessas. Devemos oferecer nossa própria vida quando não 
cumprirmos o pacto. Daí as palavras “que desabe sobre mim”. Estas palavras são 
ditas somente pelo oficiante e não por todos. 
São realizadas as invocações dos seres referentes aos quatro elementos: 
Gnomos, do elemento Terra, Djin, do elemento Fogo,Paralda, do elemento Ar e 
Nicksa, do elemento Água. Estes Reis ocupam um lugar especial nesta Hierarquia 
Elemental. 
A partir daqui serão realizadas as invocações referentes ao dia e a época em que 
a magia está sendo realizada. O ano é dividido em quatro estações. São os quatro 
grandes momentos mágicos. Cada estação tem um nome mágico, oriundo da 
Kabalah, que vem a ser uma das duas grandes Escolas de Magia, sendo a outra a 
Oriental. Como estamos no Ocidente, utilizamos a magia kabalística, fonte de 
todas as artes mágicas. A Kabalah tem a sua origem no Egito Antigo, berço de 
Moisés, criado pelos sacerdotes egípcios. 
O ano é dividido em vários períodos governados, cada um, por uma Potência 
Angelical. Iniciamos pela invocação do Arcanjo responsável pelo período e da 
época do ano. Cada época tem os Anjos responsáveis. A seguir é realizada a 
invocação do Chefe do Signo. Este Senhor é o responsável pelo escudo 
representativo da estação do ano em que nos encontramos. 
Agora virão as saudações pelo dia em que a magia se realiza. Inicia-se pela 
saudação a Ezequiel, da Hierarquia Angelical, Senhor de Saturno, uma vez que 
nossos trabalhos são realizados no sábado, dia consagrado a Saturno. Depois o 
Arcanjo regente da hora em que os trabalhos se iniciam, pois que cada hora é 
regida por uma Força e a cada Força um Arcanjo correspondente. 
Depois a saudação a outras Forças, igualmente importantes nos trabalhos de 
Magia. Por último, porém não menos importante, os Gênios tutelares do dia, no 
caso o sábado. 
 
 
 
5) Prece de Cáritas 
A Prece de Cáritas é aqui inserida por dois motivos. O primeiro, é uma forma de 
abrandar um pouco todas as invocações realizadas. Ou melhor, é uma forma de 
“jogar” um pouco de água a tanto fogo invocado. Segundo, é, talvez, a mais 
conhecida de todas as orações não-católicas de nosso mundo tão influenciado 
pela Tradição Católica. 
 
6) Prece Pessoal 
Aqui fazemos a invocação de todas as falanges da Umbanda, ressaltando a 
importância do Povo Trabalhador (Falange de Exu) que dá a sustentação 
necessária a todo o trabalho. É realizado um pequeno movimento com as mãos, 
mostrando a natureza telúrica desta grande Falange. 
 
7) Prece ao Caboclo do Sol e da Lua 
Aqui é feita, através de Sua prece, a invocação do Guia Mentor da Casa onde se 
realizam os trabalhos. 
 
8 ) Prece dos Médiuns 
Aqui é lembrado, através desta prece, a importante missão dos médiuns na 
Umbanda. Na maioria das vezes esquecem-se do caráter sacerdotal que tem um 
médium, julgando serem simples medianeiros entre os “deuses” e os homens. 
9) Saudação Final 
Finalmente, com a invocação do Arcanjo Miguel, de nome místico Michael e 
utilizando-se do Seu mantra, estamos colocando em Suas mãos o destino de 
nossa Magia. Michael é o nosso grande guardião kármico. É Ele que eleva nosso 
eu inferior em contato com as grandes Potências. 
A seguir vem a saudação da Grande Hirarquia Espiritual do nosso Planetal que 
engloba todos os seres que, independente de credo, cor, religião ou qualquer 
outra qualidade distintiva da embotada mente humana, trabalha na elevação de 
nosso planeta e de nossas mentes ao encontro do Grande Criador. 
10) Pontos de Abertura 
Característicos da Umbanda e de seu ritual. 
 
EXUS, POMBAGIRAS E CIGANOS. 
Também conhecida como Falange do Povo Trabalhador, são os grandes 
mensageiros do astral. Fazem a ligação entre os diversos planos, tanto da 
espiritualidade como o físico. São os Grandes Guardiões de todo o nosso 
processo kármico enquanto estivermos encarnados. As Entidades que aqui se 
apresentam são chamadas de Exu, no caso de Entidade masculina, e Pombagira, 
no caso de Entidade feminina. Costuma-se dizer que “sem Exu não se faz nada”. 
São eles que abrem os caminhos e destravam todas as encruzilhadas de nossa 
vida. São as Entidades que assumem uma forma mais facilmente identificada com 
nossa face mais oculta e essencial, sendo, por isso, sentidos tão próximos a nós. 
A Falange de Exu recebe, em nossa Umbanda, a influência da força do Orixá Exu 
do Candomblé, no caso da tradição Nagô, ou do Inquice Pumbo Ingila, no caso da 
tradição de Angola. Dessas influências advém os títulos dados a essas Entidades. 
Assumem, dessa forma, quando utilizam um corpo astral, qualidades semelhantes 
às daquelas forças enquanto princípio da comunicação, da fecundidade e tudo 
que diz respeito ao que há de telúrico em todos nós. 
Exu e Pombagira lidam magistralmente com nossas questões de cunho sexual e 
relacional como, por exemplo, relacionamentos afetivos, mas também 
empresariais ou financeiros. Como todas as Entidades, não encontram limitações 
em seus campos de atuação, mas podemos perceber a facilidade com a qual nos 
iluminam em questões bastante humanas. 
Estão voltados, principalmente, para o tripé básico de sustentação de qualquer ser 
humano encarnado: amor, saúde e trabalho. Entendem como ninguém nossas 
necessidades mais básicas e todas as nossas carências. Ajudam em todo o nosso 
processo evolutivo enquanto estivermos encarnados. Assumem muitas vezes a 
forma de prostitutas ou de bêbados e malandros alinhando-se, assim, ao 
arquétipo do que há de mais telúrico em nossa raça humana. Vemos também, 
aqui, a tendência da Umbanda de santificar todos os excluídos da sociedade, nos 
igualando perante a Divindade. De que outra forma poderiam estabelecer uma 
relação direta com nossa condição humana? Não podemos, no entanto, tomar de 
forma limitada e preconceituosa essa roupagem e passar a achar que os seres de 
elevada espiritualidade que se apresentam à nossa frente seriam vagabundos ou 
espíritos de baixa moral. Há também a facilidade desses seres em tomar corpos 
muito astralizados, ou seja, carregados de muita emoção, facilitando, assim, o 
processo de incorporação. Quando olharem para uma Pombagira e questionarem 
a moral e a ética por ela demonstradas, devem buscar a correta compreensão da 
imagem retratada, fugindo da ignorância do cão que, deparado com seu reflexo no 
espelho, o ataca ou dele foge com medo. 
O tridente carregado simbolicamente por Exu é o símbolo de Netuno, Poseidon e 
ainda de Shiva. Representa o equilíbrio das três Forças Básicas Universais. É o 
domínio dos quatro elementos (as três forças cósmicas e a força telúrica que vem 
representada pela haste). Além disto, o Tridente de Exu apresenta a Suástica na 
sua haste. A Suástica é o símbolo de todo o processo de vida e renovação do 
planeta ou de qualquer sistema e tem seu simbolismo enraizado na tradição 
hinduísta. É o construir e o destruir sucessivos. Concluímos, então, que Exu 
carrega o processo de Criação e Renovação do Mundo. Não pode, o rico 
simbolismo da suástica hinduísta, ceder frente aos abusos que foram cometidos 
por homens que a utilizaram como estandarte. O movimento nazista e neonazista 
assumiram a suástica para si mas suas breves décadas de mau uso não 
poderiam invalidar milênios de força simbólica. Aqui também temos uma forte 
lição: a força desses símbolos é tão marcante que não pode, o homem tomado 
por sentimentos pouco nobres, utilizá-los com sucesso por muito tempo. 
Cabem a Eles zelar por nosso desenvolvimento material ajudando-nos a viver 
corretamente dentro dos parâmetros da Lei. São as Entidades mais próximas, em 
sua forma, ao nosso plano terrestre, no qual ocorre toda a evolução. Não se iluda 
o buscador menosprezando o valor do telúrico em detrimento do cósmico. Não 
pode saltar em direção às alturas aquele que não tem os pés bem fincados no 
chão, assim como a árvore mais frondosa precisa fincar-se ao solo com raízes 
bem profundas para não ceder ante a primeira rajada de vento. E ninguém senão 
os Exus são os Senhores do chão, ensinando-nos a posição que devem tomar 
nossos pés em nossa caminhada rumo ao Todo. Exu e Pombagira são Entidades 
altamente disciplinadas, jamais quebram a hierarquia, sendo de altíssima 
espiritualidade. São os nossos GrandesProtetores. Acodem-nos em qualquer 
momento e em qualquer lugar. São os grandes guardiões de nossa saúde, da 
nossa emoção e do nosso psiquísmo. 
Não há evolução sem a força de Exu ou Pombagira. Eles têm consciência plena 
de todos os seus atos. São Entidades que vêm ao plano terrestre para trabalhar 
positivamente. Não se deixam manipular por quem quer que seja. Apresentam-se 
de modo incomparavelmente bonito. As imagens que são colocadas à venda não 
têm nada da verdadeira beleza de Exu e Pombagira, mas representam, 
simbolicamente, com seus chifres e os pés de bode, a dualidade do cérebro e a 
nossa parte mais telúrica, respectivamente. São as Entidades mais belas que 
existem. Não ameaçam ninguém, nem, muito menos, são “compráveis”. Não 
exigem nada de ninguém. Não representam o diabo cristão. Utilizam as cores 
preto e vermelho que são as suas cores básicas, representando o elemento terra 
e a qualidade da comunicação, respectivamente, podendo usar, também, as cores 
correspondentes ao Orixá ao qual estão ligados ou qualquer outra que se preste 
aos objetivos dos seus trabalhos. Sabem manipular todos os elementos, cores, 
sons e trabalham sempre visando o bem de toda a humanidade. 
O Povo Trabalhador bifurca a sua vibração em dois tipos de energia: Encruzilhada 
e Kalunga. A encruzilhada manuseia a vibração em qualquer habitat da natureza, 
na interseção dos caminhos das praias, matas, estradas ou rios. A Kalunga dirige 
seus trabalhos para saúde, transformação ou transmutação. Não significa que 
todo Exu de Kalunga seja de Omolu ou de Nanã, Orixás que tem vibração ligada à 
Kalunga, os cemitérios. Dentro da linha de Kalunga temos Exus e Pombagiras de 
Xangô, Oxóssi, Yansã e todos os outros Orixás. O trabalho da Kalunga é mais 
sutil, mais interior. Já o trabalho de Encruzilhada pode ter qualquer fim. As 
encruzilhadas para os trabalhos dessa linha devem ser de barro, pois o asfalto 
funciona como isolante, prejudicando os trabalhos. 
Nessa Falange temos a presença de reis, sacerdotes, padres, médicos, entre 
outros. Sendo a Falange mais flexível da nossa Umbanda, normalmente nela se 
manifestam toda sorte de Falanges que podem ainda não desenvolver um 
trabalho próprio mas que não poderiam ser consideradas Exus ou Pombagiras. 
Esses seriam os casos do Povo Cigano, da Malandragem, do Povo da Estrada, 
dos Marinheiros, Boiadeiros, Mineiros, Baianos, enfim, Entidades que ainda não 
tem um ritual voltado, em nossa Casa, exclusivamente para a sua Falange mas 
que assumem características próprias em relação à sua forma de trabalho e 
mesmo de roupagem astral. Acabam sendo englobadas na Falange de Povo 
Trabalhador sem prejuízo dos trabalhos, uma vez que essa Falange não 
estabelece uma forma rígida de trabalho e sendo, por isso, considerada a mais 
flexível dentro da nossa ritualística. 
 
Origem do nome 
Esú (esfera) e Pombagira (Pumbo Injila ou Bombogira) são nomes, 
respectivamente, do Orixá (ketu) e Inquice (Angola) cujas características de 
comunicação e ligações com o Plano Telúrico fizeram com que nossa Umbanda 
utilizasse o mesmo nome para designar Falanges cujos trabalhos têm 
características arquetípicas semelhantes às dessas forças da Natureza. 
Mantra 
Laróye Esú (Salve Exú!); Exu Mojubá! (Senhor Exu, meus respeitos!); Gira girê 
Pombagira! 
Qualidade divina 
São os senhores da comunicação e da grande plasticidade do mundo astral. 
Instrumento/Insígnia 
Tridente, leque, baralho seriam alguns exemplos 
Astro canalizador 
Mercúrio 
Fase lunar 
Qualquer fase lunar 
Campo de ressonância 
Encruzilhadas e cemitérios 
Cor 
Vermelho, preto, dourado 
Número 
1, 7 ou qualquer número par 
Flores 
Rosas vermelhas ou de qualquer cor, Cravos vermelhos, flores vermelhas em 
geral. 
Essências 
Cedro (Exu da Kalunga), Patchouli (Pombagira da Kalunga), Canela (Exu da 
Encruzilhada), Rosa vermelha ou verbena (Pombagira da Encruzilhada) 
Imãs (comida) 
Farofa de dendê e cachaça, alho, cebola, pimenta malagueta (Exu) ou dedo-de-
moça (Pombagira) 
Libação (bebida) 
Cachaça (marafo), bebidas alcoólicas em geral 
Metal 
Ferro 
Pedra 
Pedra-cruz 
Datas comemorativas 
Todo o período do carnaval e 13 de junho 
Dia da semana 
Segunda-feira 
Horário vibratório 
21h às 6h e 12h 
Exemplo de mandala 
Oferecer um pote com farofa (mistura de farinha com cachaça e dendê), decorado 
com pimenta, rodelas de cebola e regado com dendê. Ladear com uma vela 
branca, vermelha ou preta. Oferecer também um copinho com cachaça 
 
CABOCLOS. 
A Falange dos Caboclos agrupa seres que dirigem seu trabalho para o 
crescimento do nível de consciência das pessoas, fazendo-as ir de encontro à sua 
espiritualidade. Instigam a coragem no ser humano, fazendo-os lembrar que têm o 
direito à felicidade e ao amor. Que o ser humano nasce para ser próspero e feliz e 
que, somente pelo amor, serão capazes de realizar este intento. Quem, se não 
tiver coragem, se lançará no entendimento e busca de sua porção mais divina? 
É justamente esta coragem e esta determinação que esses grandes seres nos 
passam. Qualquer Caboclo, tenha ele a forma aparente de um índio, ou seja, 
revestindo-se de um corpo astral de índio para sua manifestação, tenha a forma 
de um sacerdote, médico ou qualquer outro grande ser dedicado à 
espiritualização de nossa humanidade, poderá participar desta Falange por nós 
denominada de Falange dos Caboclos, uma forma alegórica de mostrar toda a 
sua coragem ao enfrentar qualquer dificuldade e toda sorte de situações que 
poderiam nos fazer baixar a cabeça. 
Os Caboclos, atuando principalmente sobre o chakra cardíaco do médium, lhe 
conferem uma postura esguia que pode ser traduzida, ao leigo, como de 
arrogância e prepotência. É claro que estes grandes seres da espiritualidade não 
possuem esse tipo de arrogância tipicamente humana. Possuem, no entanto, a 
postura altiva dos que, de modo determinado, com disciplina e rigor, perseguem 
seus objetivos de despertar para a espiritualidade, avivando a partícula divina que 
habita no coração de cada ser humano. 
Esta Falange, no seu processo de ajuda à humanidade, nos incute a beleza da fé 
e de um mundo onde a paz convive no coração de todos. São os grandes 
doutores da trilha que, cada um de nós, mais cedo ou mais tarde, haverá de 
percorrer rumo ao encontro de Deus. Encontramos, na forma de Caboclos, uma 
grande variedade de seres como médicos, sacerdotes, além de todos aqueles 
que, não tendo um título que os designe, trabalham pela sutilização da 
humanidade para o encontro de Deus. Encontram grande ressonância com os 
trabalhos de cura de nossos corpos físico e psíquico e nos ensinam a não ceder 
frente às aparentes dificuldades ou doenças, sempre enfrentando tudo com o 
peito aberto. 
O índio brasileiro define muito bem esta Falange. E é, por este motivo, o símbolo 
maior deste agrupamento. O índio brasileiro, com sua destemida e divina 
arrogância no trato com o colonizador português, resistindo ao máximo por amor, 
acima de qualquer coisa, à sua liberdade, define, perfeitamente, estes grandes 
seres. É necessário ser livre para pensar, ser livre em todas as escolhas que a 
vida nos proporciona, para que, com toda a coragem, tomemos a estrada que nos 
levará à verdadeira felicidade, morada de nossos espíritos. 
A Falange dos Caboclos e Caboclas é a mais representativa da busca do 
pequeno ego humano que se esforça em seu crescimento para alcançar a 
Divindade, transmutando toda a sua energia em combustível para o desabrochar 
do Eu Superior. 
 
Origem do nome 
Sua apresentação na forma de índios mas com pleno conhecimento de nossa 
cultura e nossa língua trouxe essa denominação, a mesma dada aos nativos pré-
colombianos que já se adaptavam à cultura do homem branco. 
Mantra 
Okê Caboclo! (Salve os Caboclos, aqueles que brandam!) 
Qualidade divina 
Representam a coragem, a desenvoltura e o desenvolvimento do psiquismo que 
deveriam servirde exemplo para todos nós. 
Instrumento/Insígnia 
O arco e flecha, a lança e o cocar seriam alguns exemplos 
Astro canalizador 
Depende do Orixá ao qual o Caboclo vem ligado 
Fase lunar 
Qualquer fase lunar 
Campo de ressonância 
Florestas e matas 
Cor 
Verde, branco e vermelho 
Número 
6 
Flores 
Flores brancas e vermelhas em geral mas também qualquer tipo de flor. 
Essências 
Eucalipto (Caboclos) e pinho (Caboclas) 
Imãs (comida) 
Frutas em geral, milho, mel 
Libação (bebida) 
Água de coco, sucos de frutas 
Metal 
Depende do Orixá ao qual está ligado 
Pedra 
Quartzo verde 
Datas comemorativas 
20 de janeiro 
Dia da semana 
Todos os dias da semana 
Horário vibratório 
Todos os horários 
Exemplo de mandala 
Oferecer um prato de frutas regadas com mel. Decorar com flores e ladear com 
um potinho com água de coco e uma vela verde. 
 
PRETOS VELHOS. 
A Falange dos Pretos-Velhos, tão querida dentro da Umbanda e, talvez, a que 
melhor a represente, tem como característica principal a humildade em seus 
trabalhos. São seres que, apesar do altíssimo grau de espiritualidade, curvam-se 
diante de nós, em profundo ato de humildade e respeito. São considerados 
grandes Magos e são capazes de realizar muitos trabalhos envolvendo a cura. 
Entendem, como ninguém, a carência dos seres humanos, sua necessidade de 
ter um colo amigo onde possam chorar suas mágoas e tristezas. É com os Pretos-
Velhos que a Umbanda se manifesta em toda a sua grandeza, pois foram estes 
mesmos “velhos” que a fizeram renascer em nossas terras. 
Reverenciados como as Almas Santas, Sagradas e Benditas, assumem um 
domínio por todo o campo astral. Assim, questões emocionais envolvendo, por 
exemplo, família e relacionamentos, ou ainda, superação de dificuldades 
emocionais como a morte de um ente querido são bem compreendidas por estes 
seres. É a eles que apelamos para guiar as almas desencarnadas em seu 
caminho até o plano divino e são eles que assumem a difícil função de receber e 
reconfortar aqueles que se acham nas trevas e na ignorância, em nosso plano 
físico ou mesmo já no plano astral. 
O trabalho dessa Falange está direcionado, em sentido amplo, para a sutilização 
desse plano astral de nosso planeta Terra. Explicando melhor, esse plano, com 
todas as nossas práticas danosas de desrespeito à Mãe Natureza, vem, a cada 
dia, sendo marcado com uma energia prejudicial ao nosso desenvolvimento 
espiritual. Além disto, todo e qualquer pensamento de desamor, mágoa, ciúme, 
ódio e todos os maus sentimentos que guardamos em nosso peito, contribuem 
para a formação dessas energias nesse plano, que geram, como reflexo, uma 
grande influência nos corpos astrais de todos aqueles que habitam nosso planeta. 
O derramamento de sangue pelas guerras horrendas contribui, em muito, para 
aumentar, ainda mais, a densificação desse plano tão importante para nosso 
desenvolvimento espiritual. 
São estes queridos Pretos-Velhos os grandes guardiões do Astral. São eles que 
nos protegem em todos os trabalhos de magia. São eles que velam pelas milhares 
de almas que, a cada dia, deixam o corpo de carne para despertarem no plano 
astral. São eles, enfim, que tanto ajudam no processo de sutilização deste plano 
tanto no sentido amplo, englobando todo nosso planeta, como no sentido estrito, 
ou seja, tomando cada um de nós em seu colo e acalmando nossas emoções no 
momento em que mais precisamos. Enquanto houver uma energia que seja 
maculando este Mundo Astral, ali haverá, com certeza, um Preto-Velho a cuidar 
para que esta mácula seja retirada, sutilizando-a no Amor Universal e 
Incondicional. Exemplo claro dessa dedicação pode ser visto na prece conhecida 
como “As sete lágrimas de um preto-velho”, modelo modificado do original 
exposto por Matta e Silva chamado então “As sete lágrimas do Pai-preto”1. 
É através do negro escravo, dentro das senzalas brasileiras, que o culto aos 
Orixás ganha força. Mais tarde, esse culto iria ganhar identidade própria e, 
deixando-se influenciar pelas mais diversas Tradições, iria surgir com uma nova 
ritualística, onde a cultura do negro, do branco, do índio e do oriental se 
manifestariam na mais perfeita harmonia, sem que uma pudesse sobrepujar a 
outra, todas coexistindo de forma a oferecer mais um caminho para o despertar 
humano. 
Foi na humildade do negro, que se inicia todo este processo de resgate, que a 
Umbanda encontra seu maior alicerce. Assim poderíamos definir esta grande 
Falange: através da humildade de seus integrantes. São eles que se curvam 
perante o ser humano já tão cansado com seus problemas cotidianos, mostrando 
que sempre haverá de brilhar a luz da esperança no coração de almas tão 
calejadas por qualquer tipo de sofrimento. 
Na incorporação, esses grandes seres curvam o corpo do médium, em uma 
tentativa de aproximar, o máximo que puderem, o chakra raiz do médium, 
localizado na região do esfíncter, com o chakra frontal, localizado entre as 
sobrancelhas, unindo, desta forma, a energia da Mãe Terra com a força da mente 
do Homem superior. Essas duas energias unidas levam o processo mágico ao 
seu ponto de aproveitamento total. 
O trabalho dessa Falange está revestido pelo grande amor que dedicam ao nosso 
planeta e à nossa humanidade. Quem, tendo tido a maravilhosa experiência de 
estar em frente a um Preto-Velho, não haveria de se lembrar do carinho e do 
afago que jamais saem de nossa lembrança. E esses seres, grandes Magos que 
são, humildemente se curvam perante nós, nos ensinando que somente pela 
humildade pode a Divindade ser despertada em nossos corações. 
 
Origem do nome 
O nome dessa Falange, uma das mais tradicionais na nossa Umbanda, foi 
tomando forma ao longo da história da nossa religião. Chamados também de Pais 
Pretos e Mães Pretas, Santas Almas, Povo do Cativeiro, entre outros. 
Mantra 
Adorei as Almas! ou Salve as Almas Santas, Sagradas e Benditas! 
Qualidade divina 
Representam a humildade que devemos ter perante a Divindade 
Instrumento/Insígnia 
Cachimbo e cajado são dois exemplos típicos 
Astro Canalizador 
Saturno e Lua 
Fase Lunar 
Qualquer fase lunar 
Campo de Ressonância 
Cemitérios, cruzeiros, águas profundas 
Cor 
Preto e Branco 
Número 
13 
Flores 
Rosa branca e flores brancas em geral 
Essências 
Junquilho e Rosa branca (Pretas-Velhas), Alecrim (Pretos-Velhos) 
Imãs (comida) 
Bolo de milho, pão de milho, mingau de arroz (chamado mingau das almas) 
Libação (bebida) 
Vinho tinto e café preto 
Metal 
Chumbo 
Pedra 
Obsidiana floco-de-neve 
Datas comemorativas 
13 de maio 
Dia da semana 
Segunda-feira 
Ervas 
Arruda, guiné piu-piu, aroeira, alfazema, rosa branca, alecrim, manjericão. 
Horário Vibratório 
18h às 6h 
Exemplo de Mandala 
Oferecer um pote mingau das almas enfeitado com 13 galhos de arruda. Ladear 
com uma xícara de café e uma vela branca. 
 
CRIANÇAS 
A Falange das Crianças, com toda a expressão da alegria, são os renascidos para 
a espiritualidade. São crianças na simplicidade das palavras, mas demonstram 
profunda sabedoria em seus ensinamentos. São considerados os seres de mais 
alta espiritualidade com os quais mantemos contato. A Falange das Crianças é 
talvez uma das mais incompreendidas Falanges da Umbanda. Apesar de se 
apresentarem com a roupagem fluídica de crianças, trazem dessas somente a 
pureza e a alegria contagiante. Na verdade são os grandes Magos do Universo. 
Foram grandes Sacerdotes quando de suas encarnações na Terra. 
Como já mencionamos, a Entidade não possui um corpo astral, ela precisa 
assumir esse corpo para o processo de incorporação. Assim, ela busca na matéria 
do campo astral o material de que necessita para esse processo. Realiza esse 
intrincado passo retirando do próprio médium matéria astral, bem como vai buscar 
em um dos corpos astrais de uma de suas últimas encarnações o fluído de que 
necessita para o processo de incorporação. 
Dessa forma passamosa entender o porquê destas Entidades se apresentarem 
como crianças. Escolheram esta forma por representar melhor a energia que elas 
manipulam, ou melhor, que elas emitem. Criança significa alegria e pureza, 
qualidades fundamentais para quem quer que deseje trilhar o caminho da alta 
espiritualidade. 
Por outro lado, no processo de incorporação, a energia desta Falange penetra em 
grande parte pelo chakra laríngeo, fazendo com que o médium modifique a voz, 
afinando-a. Além disto, também durante o processo de incorporação, acontece um 
fato bastante peculiar a esta Falange. Normalmente durante a incorporação, a 
energia da Entidade penetra por um ou mais de um chakra, resultando em um 
processo bem definido de incorporação. No caso da Falange das Crianças o 
processo é diferente, penetrando a energia por um dado chakra, mas sofrendo um 
processo de dispersão por todo o corpo, fazendo com que o médium assuma uma 
postura inquieta, movimentando todo o corpo com extrema leveza e até mesmo 
saltitando ou dançando. 
Daí resulta toda a má interpretação que diversos médiuns, infelizmente, dão a 
esta poderosíssima Falange. Entendem-na como criancinhas despreparadas, 
infantis, choronas, brigonas às vezes, indolentes, simplórias em seus trabalhos e, 
o que é o pior, comilonas e bagunceiras. 
Percebemos, assim, que lhes são atribuídas todas as qualidades negativas das 
crianças de nosso mundo. Mas não é nada disto que realmente ocorre. As 
Crianças fazem parte de uma Falange, atuando com poder incomparável. Nossa 
Umbanda costuma dizer que o que uma Criança não puder realizar, nenhuma 
outra Falange realizará. Não possuem aquelas qualidades negativas que lhes são 
atribuídas como resultado de tanta má compreensão e confusão. 
Nenhuma Criança é comilona. Seria impossível, do ponto de vista do processo de 
incorporação, um médium comer compulsivamente como tantas vezes é visto. 
Quando da incorporação, principalmente da Falange das Crianças, fecha-se a 
glote do médium, não permitindo que sejam ingeridas grandes quantidades de 
doces ou outros alimentos. Somente pequenas quantidades de doces podem ser 
ingeridas, até pela contribuição do açúcar para o equilíbrio energético do médium. 
Assim, vemos que os líquidos têm mais facilidade de ingestão que os doces 
sólidos neste processo. Muito cuidado deve ser tido, pois a forma como esse 
trabalho é desenvolvido pode gerar, no médium despreparado, a confusão da 
influência mediúnica com os impulsos de sua criança interior. Os dois devem ser 
explorados em momentos devidos, mas o segundo não tem lugar num ritual 
umbandista. O desejo de brincar, comer doces e interagir de forma infantil não 
podem interferir no processo mediúnico. Isso prejudicaria o médium, mas ainda 
mais aqueles que dele dependem na busca espiritual, como as pessoas da 
assistência. Cabe ao Babalorixá realizar a perfeita formação do médium, 
ensinando a esse a diferença entre a sua criança interior, que não deve se 
manifestar num ritual religioso, e a Criança-Entidade, ser de elevada 
espiritualidade. 
Quanto ao tipo de trabalho que estas tão valorosas Entidades realizam, também é 
bastante mal compreendido por todos podendo ser visto de maneira bastante 
simplória. Não devemos nunca confundir simploriedade com simplicidade. Muitas 
vezes um gesto simples pode realizar muito e muitas das brincadeiras infantis 
incluem esses gestos aparentemente simplórios, mas carregados de grande força. 
Sendo os grandes Magos do Universo, seus trabalhos não precisam de muita 
parafernália. Dominam todas as artes da Magia. Dominam todos os elementos. 
Sabem como invocar e, até mesmo evocar, todos os seres que necessitam para 
ajuda em seus trabalhos. 
Esta falange trabalha com dois elementos básicos na sua arte mágica: a alegria 
contagiante que aflora de dentro do coração e se expande pela mente; e a 
simplicidade em tudo o que fazem, principalmente, em suas mensagens altamente 
espiritualizadas e singelas, mas com profundo senso de amor e alegria, trazendo 
para o consulente a certeza de dias melhores, retirando do coração das pessoas a 
mágoa, rancor e tristezas que são os grandes entraves na busca da felicidade. 
Por sua poderosíssima força, esta Falange é bastante considerada em todos os 
trabalhos. 
Sendo uma Falange que lida com uma manifestação bastante sutil, certos 
trabalhos de “limpeza”, serão preferencialmente assumidos por outras Falanges. 
Daí vermos, em nossa Casa, a invocação de outras Falanges para o “fechamento” 
dos trabalhos. A Criança, quando realiza o seu trabalho, no momento do passe, 
simplesmente retira o que pode estar atrapalhando a vida de uma pessoa, mas 
não conduz o que foi retirado para o devido lugar no plano físico. Como se 
retirasse e deixasse em um canto. Precisa, pois, de um “grupo especializado” 
como os Boiadeiros ou os Marinheiros para levar o que foi retirado para o seu 
devido lugar. 
É preciso se despir de todos os preconceitos, tirar todas as mágoas e ódios do 
coração para encontrar o reino dos Céus. Dessa forma, é preciso voltar a ser 
criança, como nos ensinou Mestre Jesus, para encontrarmos o verdadeiro 
caminho da espiritualidade. 
 
Origem do nome 
Ibeiji é o nome dos Orixás gêmeos da mitologia yorubá. Seriam filhos de Oxum ou 
de Yansã e alguns mitos ainda citam um terceiro irmão, que muitos relacionam 
com a figura de Doum. Representam, assim, a energia das crianças que essas 
Entidades manifestam. 
Mantra 
Oni Ibeijada! (Ó ní, ele fala; ou seja, As Crianças Falam!) 
Qualidade divina 
Representam a alegria sem a qual não se ascende aos planos superiores 
conforme o próprio ensinamento do Mestre Jesus em Lucas 18:15-17 
Astro canalizador 
Sol 
Fase lunar 
Qualquer fase lunar 
Campo de ressonância 
Jardins, rios, mar, matas, cachoeiras 
Cor 
Rosa e azul claro 
Número 
2 
Flores 
Rosas cor-de-rosa e flores do campo 
Essências 
Maçã verde 
Imãs (comida) 
Doces em geral 
Libação (bebida) 
Guaraná ou qualquer bebida doce não-alcoólica 
Metal 
Mica 
Pedra 
Quartzo rosa 
Datas comemorativas 
27 de setembro 
Dia da semana 
Domingo 
Ervas 
Alecrim, manjericão, alfazema, rosa branca, boldo. 
Horário vibratório 
6h às 18h (entre o nascer-do-Sol e por-do-Sol) 
 
EXU 
Dedicamos um culto e uma compreensão especiais a Exu, que nos veio do 
Candomblé se destacando em importância em nossa Umbanda de tal forma que 
teve seu entendimento ainda mais dividido para possibilitar um enfoque em devida 
concordância com o resto do ritual 
A caracterização antropomórfica do Orixá Exu africano acabou sendo absorvida 
pela nossa religião em seu início como designação de uma Falange que se 
apresentava nos mesmos moldes arquetípicos que o mencionado Orixá. 
Não se tratava de um Orixá, mas tão somente da utilização do mesmo nome. 
Como o Orixá Exu representa a Força que mantém a Criação em sua dinâmica, 
não pode atuar de forma parcial ou mesmo de forma constante num mesmo 
sentido. Diferente de outros Orixás que tendem à apresentação de padrões e 
arquétipos bem definidos, Exu representa exatamente a quebra do pré-definido, a 
subversão da ordem estabelecida, entre outras funções essenciais ao pleno 
funcionamento do Cosmo. 
Não podemos nos deixar levar por possíveis ecos de uma criação cristã que tudo 
divide em certo e errado; bom e ruim; bem e mal. Não há luz sem sombra. Não há 
amargo sem doce. As polaridades são simplesmente indispensáveis. Iludido é o 
religioso que acredita só atuar em um sentido. Aquele que só olha para a luz, 
esquece a importância da sombra. Enquanto estivermos completamente 
subjugados pela dicotomia terrena, impossível será a caminhada espiritual 
legítima. Aproveitamos para rejeitar aqui qualquer comparação entre esta grande 
força da criação e o conceito cristão de diabo ou Satanás. Como nos ensina o 
professor Beniste: “Na cultura yorubá, como nos Candomblés Kétu, não há 
nenhuma divindade que se assemelhe aodiabo ou o demônio dos cristãos.” 
Enquanto este está em constante oposição ao Deus cristão, o Deus yorubá tem 
em Esu um servo fiel, com a função de informante dos acontecimentos diários na 
Terra.”¹ A satanização de Exu se dá na mesma linha de raciocínio empregada 
pelas religiões que se propõe à dominação religiosa e afirmação de sua 
supremacia pelo descrédito das crenças e dos deuses das outras religiões. 
Rejeitamos ainda a divisão comumente aplicada de nossa religião em umbanda e 
quimbanda, sendo a primeira representante do bem e a segunda do mal, 
pensamento claramente afetado por forte carga de religiosidade cristã mal 
compreendida. Tanto o bem como o mal são partes indivisíveis de Deus. Não 
haveria Criação ou criado sem os opostos. 
Acrescentamos ainda que o mundo dos opostos, conforme nos ensina 
brilhantemente a doutrina budista, é exatamente o que se encontra entre nós e a 
Plena Realização espiritual. Enquanto estivermos presos a julgamentos de valores 
mesquinhos e parciais, continuaremos presos à esta realidade. Como duas faces 
da mesma moeda, se escolhemos só realizar o denso, nos esquecendo do sutil, 
permaneceremos com uma das metades da realidade, presos ao cativeiro da 
parcialidade e da ignorância. 
Seria o deus Mercúrio na tradição européia, por exemplo. Como os deuses e os 
humanos não habitam o mesmo plano, deve-se sempre louvar a força 
responsável por deslocar do mundo dos homens em direção ao mundo dos 
deuses, qualquer pedido de intervenção desejado. 
Assim, a força de Exu é considerada, de forma genérica, a energia primordial, 
responsável pela comunicação entre os planos e realização de tudo quanto há. 
Exu deve ser sempre reverenciado em primeiro lugar uma vez que não podemos 
movimentar a energia que for sem o “consentimento” de Exu. Nenhum Orixá 
poderá ser animado sem que Exu esteja lá atuando no sentido desejado. 
Lembramos ainda mais uma vez que não se deve confundir essa força Exu 
considerada um padrão energético cósmico que atua de inúmeras formas, com a 
forma assumida por seres de planos elevados que conhecemos como a Falange 
de Exu e Pombagira. Vale ressaltar que Pumbo Ingila e, posteriormente, 
Bombogira, que gerariam a palavra Pombagira, seria o Inquice (nome dos deuses 
da tradição de Angola) equivalente ao Orixá Exu Nagô. Na Umbanda Exu toma o 
nome de Catiço para diferencia-lo do Orixá. 
Origem do nome – Esú (esfera) e Pombagira (Pumbo Injila ou Bombogira) são 
nomes, respectivamente, do Orixá (ketu) e Inquice (Angola) cujas características 
de comunicação e ligações com o Plano Telúrico fizeram com que nossa 
Umbanda utilizasse o mesmo nome para designar Falanges cujos trabalhos têm 
características arquetípicas semelhantes às dessas forças da Natureza. 
Mantra – Laróye Esú (Salve Exú!); Exu Mojubá! (Senhor Exu, meus respeitos!) 
Qualidade divina – São os senhores da comunicação e da grande plasticidade 
do mundo astral. 
Astro canalizador – Mercúrio 
Fase lunar – Qualquer fase lunar 
Campo de ressonância – Encruzilhadas e cemitérios. 
Cor – Vermelho, preto, dourado. 
Ferramenta – Ogó (bastão ou cetro, símbolo de poder) de ferro, Tridente e Adó 
(cabacinhas contendo elementos da criação do mundo). 
Número – 1, 7 ou qualquer número par. 
Chakra no qual atua – Primeiro (muladhara) e segunda (Swadhistana). 
Flores – Rosas vermelhas ou de qualquer cor, Cravos vermelhos, flores 
vermelhas em geral. 
Essências – Cedro (Exu da Kalunga), Patchouli (Pombagira da Kalunga), Canela 
(Exu da Encruzilhada), Rosa vermelha ou verbena (Pombagira da Encruzilhada). 
Metal – ferro e todos os demais. 
Pedra – Pedra-cruz. 
Datas comemorativas – Todo o período do carnaval e 13 de junho. 
Dia da semana – Segunda-feira. 
Horário vibratório – 21h às 6h e 12h. 
Imãs (comida) – Farofa de dendê e cachaça, alho, cebola, pimenta malagueta 
(Exu) ou dedo-de-moça (Pombagira). Suas comidas levam pimenta e atarê, 
pimenta-da-costa, que afasta a morte e cachaça. Para o seu assentamento se 
“encante” é preciso misturar à cachaça, a saliva da pessoa. 
Seu obi preferido é o vermelho. Os obis vermelhos também são usados para os 
Orixás “quentes” como Ogum e Yansã, ou para médiuns com mais de sete anos 
de feito, os Ebômis. As farofas são: 
Dendê – para agilizar algo. Acelerar. 
Waji – para dinamizar. 
Gema de ovo – para prosperidade. 
Clara de ovo – para ser despachado às sextas-feiras. 
Mel – feitiço para adoçar, amansar. 
Frutas: limão, banana cana-de-açúcar e todas as frutas cítricas. 
Bebidas: todas as bebidas fortes. 
Banana cozida – para ereção. 
Banana-da-terra com dendê – para esquentar aquele que é potente. 
Atarê – para afastar a morte. 
Orobô – para pessoas com problemas digestivos. 
Libação – (bebida) Cachaça (marafo), bebidas alcoólicas em geral. 
Ervas – Aroeira (Àjóbi); Pinhão Roxo (Bòtúje Pupa); Tiririca (Dandá); Mamona 
(Lárá); Picão (Abéré); Trombeta (Àgogó); Dormideira (Ápéjè); Pimenta Malagueta 
(Ata); Pimenta-do-Reino (Ata Dudu); Sapê (Ekun); Mastruço (Ewé Isinisini); 
Coroa-de-Cristo (Ikikigún); Cana-de-Açúcar (Ìrèké); Arrebenta-Cavalo (Ewé Bòbó); 
Bico-de-papagaio (Mulungu ou Odidi); Azevinho (Sukuí); Palmatória-de-Exu 
(cactus); Aroeira; Canela; Cravo (condimento); Amendoeira, Mirra, Pau-d’água 
(Pèrègún), Alfazema, Folha-de-bananeira. 
Número de Folhas – 7 ou qualquer número par. 
 
OXALÁ 
É o Orixá maior. Seu nome tem como uma das interpretações a junção de duas 
palavras: orisá + nla, significando esta última “grande, maior”. Também conhecido, por 
isso, por Orixalá ou ainda por Obatalá (Obá, rei, senhor; e Alá, pano branco), nome 
que faria referência ao papel fundamental de Oxalá como Orixá primordial, que na 
tradição iorubá é representado pelo branco, símbolo da pureza e do divino. 
Orixalá, Orixanlá, Oxalá ou Obatalá simboliza um elemento fundamental do começo 
dos começos, massa de ar e massa de água; um dos elementos que deram origem a 
novas formas de existência. Os Orixás funfun são os seres que manipulam e têm o 
domínio sobre a formação dos seres deste mundo – os ara aiyê e também a formação 
de seres no além. 
Os vivos e os mortos, os dois Planos de Existência são controlados pelo Axé de 
Oxalá. O Alá, o grande pano branco, é o seu emblema. É embaixo do Alá estendido 
que Ele abriga a vida e a morte. O emblema maior de Oxalá é o Opaxorô (opa do 
mistério) que Oxalá diferencia o Orun do Aiyê, estabelecendo os dois níveis de 
existência. Foi ainda com o Opaxorô que Ele furou o Igi-opê (palmeira) e bebeu a sua 
seiva. Foi esta violação que o deixou sem forças, impotente. O mito diz que foi como 
se tivesse bebido do seu próprio sangue. 
Entre o povo jeje é conhecido por Lissa, em Angola por Lembá, Cassumbecá, 
Cassulembá, Assulembá, Lembaranganga, Lembadilê e Malemba e para os Cabinda é 
Gangazumba. Oxalá pode se apresentar como um velho sábio, Oxalufã, ou também 
como um jovem guerreiro, Oxaguiã, também chamado de Ajagunã. Oxalufã porta 
sempre seu Opaxorô e junto a Ele, todos os seus filhos se abaixam, porque ninguém 
pode ser maior que Ele. 
O arquétipo dos filhos de Oxalá é a timidez, romantismo, apaixonados e fiéis. São 
amigos, pacientes, dignos, avesso a fantasia, caseiro, amoroso, lúcido, discreto, 
desprendido, bom gosto, preciso, tranqüilo, explodindo por vezes, avesso à prática do 
esporte, sábio, austero, lógico, reservado, lento, inventivo, querendo saber como as 
coisas funcionam em detalhes, auto-suficiente, avesso à multidão e a luz solar, polido, 
invulgar, sóbrio, justo, observador, compreensivo, socialista, elevada moral, gosta de 
sexo e sabe como fazer. Gosta de música e de animais. 
Representa o princípio masculino fundamental e tem, por isso, sua mitologia sempre 
relacionada com o princípio feminino fundamental, oposto, chamado Oduduá. Os dois 
estão sempre em guerra, envolvidos em disputas pelo controle da criação ou 
simplesmente buscando se sobrepor um ao outro em importância. Por coincidênciaou 
não, foi o princípio masculino que assumiu maior importância tanto em nosso culto 
como na maioria dos grupos que trouxeram essa influência para o Brasil, ficando o 
culto a Oduduá praticamente esquecido. 
Talvez por isso Oxalá acabe assumindo caráter essencialmente andrógino e pode ser 
visto, em algumas tradições como uma força feminina. Na Santería cubana, é 
sincretizado com Nossa Senhora das Mercês demonstrando sua face feminina, 
possível influência da idéia original de Oduduá e Obatalá como complementos 
fundamentais. “O branco, representando a criação e o poder genitor, tanto masculino 
como feminino, parece acentuar ainda mais essa unidade. 
Oxalá teria então a função de Criador de nosso sistema, de nosso planeta e de todos 
os seres que o habitam. Ele moldaria esses seres que receberiam de Olorum o sopro 
da vida tornando-se, assim, seres vivos. Inúmeros mitos e cânticos apontam essas 
características de Oxalá e podemos relacionar seu papel com o desempenhado pelo 
Deus Brahma hindu, o Criador de nosso planeta. 
Não confundi-lo com Brahman, o grande Senhor do Cosmo. Equivaleria ao Criador da 
teosofia, faceta individualizada do Creador, este responsável, assim como Brahman, 
pelo Todo existente. Não é a toa que tem seu sincretismo também realizado com a 
figura de Jesus enquanto manifestação de Deus encarnado. Jesus assumiria para os 
cristãos o papel de Senhor do nosso mundo correspondente à figura de Oxalá. 
Fica claro, no entanto, que inúmeros desafios são enfrentados pelos cristãos para 
fazer sentido a idéia de humanização de Deus enquanto que o conceito do Orixá 
Oxalá, por mais que possa receber características humanas nos mitos e cânticos, 
nunca seria confundido com um ser que já encarnou. 
Outro exemplo seria o da manifestação dessa força enquanto princípio de manutenção 
do criado. Aquele que cria tem a função de zelar pelo criado muitas vezes não 
admitindo mudanças ou resistindo a elas. Como na trindade hindu, Brahma teria a 
função criadora mas é Vishnu quem mantêm e Shiva quem renova o criado. Oxalá 
seria o criador zelador e nesse papel teria o nome de Oxalufã (da palavra Ifon, nome 
da cidade africana com a qual se identifica o culto a esta forma de Oxalá, o Oxalá de 
Ifon, também chamado, por isso, de Olufon, Oló, senhor, ou seja, o senhor de Ifon), o 
velho criador. 
Nesse papel de Criador pode ainda ser comparado com o deus egípcio Hórus, 
divindade maior no panteão egípcio representada pela águia, única ave capaz de voar 
encarando a luz solar de frente, demonstrando sua forte ligação com a divindade, o 
deus Sol. Ainda outra qualidade de Oxalá o identifica como o artesão que modela as 
cabeças de todos os seres humanos. Nessa condição receberia o nome de Ajalá, o 
oleiro divino, conforme nos conta o professor José Flávio “quem modela os orís 
(cabeças) é Ajalá… ele é muito velho mas modela no barro com perfeição a cabeça 
dos homens… mistura no barro um pouco de cada coisa da natureza… se tem mais 
água a pessoa pode ser de Oxum ou Yemanjá, se é mais terra, de Obaluaiê, depois 
Olorum dá vida com seu emi (hálito)… São duas as cabeças, uma fica no Orum – terra 
dos orixás, e a outra vem para o Ayê – terra dos homens. Quando morremos as duas 
se encontram no Orum com Oxalá…”1 . Esses são apenas alguns exemplos de como 
a mesma força pode assumir características múltiplas. 
Em nossa Umbanda, Oxalá teria como representação mais característica a 
personificação da Paz e do Amor. Seria o segundo a ser reverenciado, logo após a 
energia multiforme de Exu, demonstrando a sua importância em nosso culto. Nada 
existe acima do Amor, nenhuma meta é mais elevada, nenhum entendimento mais 
valorizado. Por esse motivo, a única guia necessariamente comum a todos os médiuns 
é a guia de Oxalá, a primeira a ser confeccionada e sempre a primeira a ser colocada 
e última a ser retirada, simbolizando que antes de qualquer coisa, o Amor deve estar 
presente para que qualquer trabalho possa ser realizado corretamente. É através 
dessa força que entendemos a caridade, exercitamos a compaixão e alcançamos os 
planos mais elevados da espiritualidade. 
Origem do nome – Òrisá Nlá, O Grande Orixá 
Mantra – Oxalá Babá (O Pai dos Orixás); Exê Uepa Baba; Epa Epa Baba, 
Toque – Ogbin 
Qualidade – divina Força Cósmica do Amor e da Paz. É a grande força da Criação. 
Instrumento/Insígnia – Opaxorô (opa, cajado, xorô, mistério ou os òòrò, pingos), Alá 
(pano branco) e Agadá (espada) de Oxalufã; Alfange (espada curva) de Oxoguiã e 
Eninodô (mão-de-pilão) de Oxoguiã 
Sincretismo – Jesus Cristo (catolicismo brasileiro); Nossa Senhora das Mercês 
(santería cubana); Brahma ou Shri Krishna (Hinduísmo); Hórus (Egito Antigo). 
Astro canalizador – Sol 
Fase lunar – Cheia (Oxaguiã) e Minguante (Oxalufã) 
Campo de ressonância – Campos abertos, picos de altas montanhas e regiões 
nevadas. 
Cor – Branco e dourado 
Número – 10 
Odu – Ofun 
Flores – Girassol, agapanto branco, camélia ou qualquer flor branca. 
Essências – Aloés 
Imãs (comida) – Canjica branca; bolinhos de inhame; arroz branco; obi 
Libação (bebida) – Mel 
Metal – Ouro amarelo 
Pedra – Diamante, Quartzo branco 
Datas comemorativas – 25 de dezembro (Natal) 
Dia da semana – Domingo 
Horário vibratório – 6h às 12h (Oxaguiã) e 18h às 24h (Oxalufã) 
Ervas Boldo – (Ewé Bàbá); Cana-do-Brejo (Tètèrègún); Fortuna (Orindundun); Cará 
(Àkan); Dama-da-Noite (Àlúkerésé); Trombeta (Antijuí); Malva Branca (Àsíkùtá); 
Manjericão (Efínrín Kékéré); Tabaco (Etába); Guandu; Ervilha-d’Angola (Èwá Igbó); 
Brilhantina (Ewé Mimolé); Trevo (Ewé Omí-Eró); Algodoeiro (Ewé Òwú); Alecrim 
(Ewéré); Fruta-pão (Gbèrèfútù); Mamoeiro (Ìbépe); Graviola (Igi Omo Funfun); Arroz 
(Ìresì); Inhame (Isu); Alfazema (Jobó); Saião (Òdúndún); Chapéu-de-Couro (Séséré); 
Caruru-de-mancha ou Bredo (Tètè); Videira; Maracujá (Kankìnse). 
 
TEMPO 
Tratado em nossa Casa como um Orixá, Tempo seria, em sua origem, um Inquice do 
culto de Angola. É o grande pára-raio dos Templos e dos Babalorixás. Grande é a 
discussão se há equiparação e se os Inquices do culto de Angola, os Orixás do culto 
Nagô e ainda os Voduns deveriam ou não ser tratados como um mesmo conceito. O 
tão discutido sincretismo, efeito natural em um movimento de confluência de tantos 
sistemas de crenças num mesmo local – o Brasil –, e sua contraparte, a busca pela 
pureza dos cultos, formam uma das maiores discussões atualmente no meio religioso 
brasileiro. Nossa Umbanda, no entanto, não participa dessa discussão. Somos 
exatamente o resultado da mistura, da convivência e da multiplicidade tão 
características de nosso povo. 
Nas palavras de Ivete Previtalli, “A questão do sincretismo no candomblé, não só entre 
os diversos elementos das nações, mas também com os santos católicos, como 
vimos, é uma questão que exige muito cuidado ao ser analisada. Percebe-se entre os 
sacerdotes entrevistados, seus filhos de santo, enfim, entre os adeptos do candomblé, 
que todos sabem, por exemplo, que o inquice Matamba não é Iansã e também não é 
Santa Bárbara, mas que em alguns momentos podem ser uma só.”1 
Entendemos as distinções marcantes e ainda a singularidade de cada forma de 
expressão religiosa. Sabemos, por exemplo, que Ísis não é, literalmente, Yemanjá. No 
entanto, entendemos que, frutos de momentos históricos diversos e mesmo de 
civilizações bastante distintas, ambas as mencionadas deusas seriam representações 
do mesmo princípio original feminino: a Grande Mãe. Assim, com o devido 
entendimento, tratamos Orixás, Inquices, Vonduns, Santos, Budas ou Netheres como 
expressões ou qualidades de um único Deus. 
Se tradições diferentes chamam esse Deus por nomes diferentes e dedicam a Ele um 
culto distinto, entendemos que se dirigem a uma mesma Força e a um mesmo 
Princípio. Se um brasileiro colhe uma fruta e a chama maçã, um estadunidense 
poderia chamá-la apple e um espanhol manzana, mas estariam se referindo a 
mesmíssima

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