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FUNDAMENTOS DA PESQUISA HISTÓRICA - APOL 01 - GABARITO 05

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Questão 1/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia a seguinte afirmação: 
Um velho sábio insistia em afirmar que era preciso que os jovens de sua aldeia o escutassem com atenção, que prestassem muita atenção aos seus conselhos e às suas orientações. Os jovens, por sua vez, alegavam que o velho sábio não falava nada interessante, que todas as suas palestras eram baseadas em acontecimentos do passado e que nada daquilo lhes seria útil. Com essa querela, a aldeia perdeu não só o sábio, que falecera, mas também parte da sua própria história. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Considerando a afirmação acima e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre as funções da pesquisa histórica, analise as seguintes asserções:
I. O desconhecimento do passado prejudica as ações do presente.
PORQUE
II. As ações do presente são impactadas pelo conhecimento do passado. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira.
Você acertou!
“Desconhecer o passado não limita apenas a compreensão do presente, como pode parecer óbvio; compromete também as próprias ações do presente. Em um livro escrito durante a Segunda Guerra, Bloch (2001) [...], afirma que, em uma sociedade qualquer que fosse inteiramente determinada apenas pelos acontecimentos que ocorreram no período imediatamente anterior àquele em que se vive, não só perderíamos completamente a capacidade de mudança – afinal, os erros e acertos determinam as mudanças –, como também seria preciso que as trocas entre as gerações funcionassem apenas com um vetor, ou seja, apenas em linha reta. O filho saberia apenas sobre o pai. O pai, apenas sobre o avô e assim sucessivamente. As crianças só teriam contato com seus ancestrais por meio de seus progenitores. Compreender o homem e suas sociedades durante o tempo é a função principal da História. Naturalmente, é também a função principal da pesquisa histórica” (livro-base, p. 20).
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 2/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere as seguintes afirmações: 
O padeiro tem na farinha e na água os produtos essenciais para a fabricação do pão. O pedreiro, ao misturar a areia com pedras e cimento, tem a base para a edificação de casas e prédios. Para ambos, sem a matéria-prima que é inerente aos seus ofícios, não há a concretização dos produtos pelos quais são conhecidos. O mesmo ocorre com o historiador que, sem as fontes, não tem como produzir as narrativas históricas. Logo, as fontes são a matéria-prima para o historiador que pretende ser conhecido pela concretização de um produto, que é a narrativa histórica. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Levando em consideração as afirmações acima e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre as fontes históricas, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras, e F para as asserções falsas.
( ) As marcas, os rastros deixados pelas sociedades do passado, constituem a substância fundamental que os historiadores têm de traduzir, decodificar.
( ) Qualquer pessoa que queira abordar o passado está preparada para tal tarefa, pois a análise das fontes é procedimento simples e fácil.
( ) A disponibilidade das fontes do passado no tempo presente está diretamente relacionada com a preocupação das sociedades em resguardar a sua memória.
( ) Atualmente, a concepção de fontes históricas admissíveis para análise é limitada aos documentos escritos e/ou assinados por pessoas importantes. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – F – V
	
	B
	V – F – V – F
Você acertou!
“O historiador não existe sem suas fontes, que não são propriamente suas, mas sim do tempo, da humanidade. A questão é que o profissional da História vai tentar decifrar esses vestígios que o tempo deixou para nós. As fontes são o que os pesquisadores em História têm de mais caro, de mais importante e de mais interessante. Mas trabalhar com este material não é exatamente uma tarefa fácil e, certamente, é preciso treinamento e um olhar diferenciado para estes pretéritos vestígios. [...] 2.1 O que é uma fonte? A pergunta que abre este capítulo é, talvez, a mais complexa a ser respondida atualmente por um historiador. Isto porque, como é sabido, não existe história sem fonte. Sem um testemunho (ainda que fugaz) do passado, o que existe é mera narração, invencionice ou ficção. O historiador é – de certa forma – um refém das fontes. Sem elas, não há trabalho, como indicou Bloch (2001). O documento é a base para o julgamento dos historiadores. Karnal e Tatsch (2013) vão ainda mais além ao dizer que, se todos os documentos de determinada civilização forem destruídos, se todos os seus vestígios arqueológicos tiverem desaparecido e se nada puder ser encontrado, essa civilização é inexistente, ou seja, nunca existiu para o historiador. A História, como ciência, carece de fontes documentais tanto quanto a literatura precisa de um papel em branco e uma caneta, ou seja, é um ponto de partida, a tabula rasa de onde partimos, e sem a qual não há nada. Discutir e estabelecer o que é um documento histórico determina ipso facto o que deve ser preservado pela memória de um povo. Se deixamos, por exemplo, que nossas casas centenárias sejam demolidas para a construção de novos edifícios, estamos atestando que aquelas casas (ou mesmo a arquitetura como um todo) não são importantes para a memória de nosso povo. Se nossos jornais são jogados no lixo por todas as pessoas do país, isso indica que eles não constituirão documento histórico daqui dois ou três séculos. A preservação da memória hoje indica o que deixaremos para a posteridade amanhã e também o que enxergamos como relevante em nossa cultura. Durante muito tempo, a percepção mais difundida sobre o que é um documento histórico consistia em uma folha de papel – ou várias folhas – mas sempre escritas ou assinadas por alguém importante, como salienta Bloch (2001). O interessante é notar como essa percepção estava enraizada na própria cultura não só do historiador, mas também da população em geral. E, quando percebemos isto, percebemos o quão fugidia é essa noção” (livro-base, p. 65,66).
	
	C
	F – V – V – F
	
	D
	V – V – F – F
	
	E
	F – V – F – F
Questão 3/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia a afirmação a seguir: 
Tanto a narrativa histórica como as fontes históricas analisadas refletem escolhas, opções, perspectivas, denotando posicionamentos ímpares e uma carga de subjetivismo que é própria a todos os historiadores, professores e estudantes de História. Isso significa experiências históricas distintas, reforçando os processos de individualização e de socialização dos indivíduos. As múltiplas formas de se escrever a História, isto é, os diversos modelos narrativos empregados para transmitir ideias historicamente construídas, evidenciam o amplo leque de possíveis interpretações do passado. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Conforme a afirmação acima e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a narrativa histórica, analise as afirmativas a seguir:
I. Alguns historiadores consideram que a História, compreendida como disciplina científica, abarca tanto aquilo que aconteceu no passado como também as formas como tais acontecimentos são narrados.
II. Uma característica interessante das narrativas históricas é a ausência de dialogismo, isto é, a narrativa elaborada pelo historiador é resultado da possibilidade única de leitura das fontes e, por conseguinte, será a mesma leitura de um eventual leitor.
III. A afirmação de quesomente por meio de narrativas se tem história pode ser explicada pelo fato de que são elas as conexões entre passado e presente com vistas ao futuro.
IV. As narrativas históricas podem ser apresentadas em diferentes formas ou tipos de linguagem, como por meio da oralidade, das narrativas escritas e, até mesmo, pela linguagem do cinema. 
São corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III
	
	B
	I, III e IV
Você acertou!
“A História se apresenta ao seu ‘consumidor’, ao seu ‘degustador’ por meio da narração. A consciência histórica se manifesta por meio da narração de uma história. Koselleck (2006) e François Dosse (2003) explicam que a disciplina História pode ser vista como uma sequência de fatos ao mesmo tempo em que pode ser considerada a narrativa desses fatos. A história é o que ocorreu no passado, mas é também a forma como esse acontecimento foi narrado. Apoiando-se no teórico russo Mikhail Bakhtin (2011), podemos dizer que na escrita sempre há dialogismo; assim, ao mesmo tempo em que o historiador escreve, ele também está lendo e relendo suas fontes e também estudos prévios. O mesmo se dá com o leitor, que está, no momento em que lê, forjando conexões entre seu contexto, suas leituras prévias e seu repertório de informações e vivências. [...] Dosse (2001) defende que toda narrativa é mediação, ao mesmo tempo em que não se pode transmitir um conteúdo sem a presença de um ‘objeto’ mediador. Quem faz o papel de mediador do tempo pretérito para o tempo atual almejando o tempo futuro é a narrativa. Não há história sem narrativa. Note que normalmente estamos falando da narrativa escrita, uma vez que há uma certa tradição nesta forma de rememorar o nosso passado. No entanto, durante milênios os fatos passados eram narrados apenas por meio da oralidade, e ainda hoje muitas das conexões que fazemos com o passado são feitas da mesma forma, por meio das histórias que nos contam. Além disso, não podemos esquecer as demais formas de narrativa. O cinema é, talvez, a principal delas” (livro-base, p. 31,32).
	
	C
	II e III
	
	D
	I, II e IV
	
	E
	I e II
Questão 4/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia o texto a seguir: 
Contar histórias é algo inerente às sociedades humanas, que sempre buscaram, de alguma maneira, registrar e repassar aos seus descendentes suas experiências vividas. No entanto, há significativas diferenças entre esse tipo de histórias e as histórias contadas por historiadores. Entre elas, merece destaque o trabalho da pesquisa histórica, desenvolvido com teoria e metodologias próprias e que conferem ao historiador um status além do mero contador de histórias. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Levando em consideração o texto dado e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a visão geral da pesquisa histórica, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras, e F para as asserções falsas.
( ) Narrar o passado é possível a qualquer pessoa, mas são os historiadores que detêm uma forma peculiar de pesquisa histórica.
( ) O processo envolvendo a catalogação, análise e interpretação do passado e que culmina em uma narrativa histórica é a pesquisa histórica.
( ) O problema que mais aflige os historiadores é o fato de a pesquisa histórica resultar em um conhecimento histórico incontrolável.
( ) A leitura, a análise e a colocação de questões das fontes devem ser realizadas por pessoas infalíveis, corretas e completas, que são os historiadores. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – F
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	F – V – V – F
	
	D
	V – V – F – F
Você acertou!
“A pesquisa histórica é o que difere o historiador do contador de histórias. É o que difere um futuro historiador de um jornalista ou de um mero cronista. Esses profissionais são ótimos narradores, e têm naturalmente sua valia e sua expertise; porém, não são historiadores. E não o são porque não desejaram gastar tempo nos bancos escolares aprendendo o ofício de historiador e sua forma peculiar de pesquisar. A pesquisa histórica é um processo cognitivo que, como lembra Rüsen (2010), cataloga, adquire e apreende dados e informações a respeito do passado para que eles possam ser estudados e compreendidos com o intuito de confirmar ou rechaçar determinada perspectiva acerca do que se passou. [...] A pesquisa é o processo pelo qual se obtém, a partir do uso das fontes, um conhecimento histórico controlável. [...] Não nos enganemos, porém: as fontes precisam ser lidas, analisadas, questionadas; e, quem faz isso é um historiador, ou seja, um ser humano falível, incerto e incompleto. E, mais do que isso, uma criatura que não é e nem pretende ser neutra” (livro-base, p. 39,40).
	
	E
	F – V – F – F
Questão 5/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Durante séculos, na tradição dominada pela cultura ocidental de origem greco-romana, a História oscilou sistematicamente entre estilos ou objetos muito diversos, como a banal existência de um indivíduo qualquer, a hagiografia política, a filosofia ou a teologia. Com o advento da crítica racional no Renascimento e, mais particularmente, com o surgimento e a consolidação das Luzes no século XVIII, a História passou por uma espécie de repaginação teórica e metódica que culminou em sua cientificização. Esse processo atravessa o século XIX e culmina na consolidação e no êxito social da historiografia nesse século e no século XX.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARTINS, Estevão de Rezende. O renascimento da História como ciência. Folha de São Paulo, 09 abr. 2010. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u718380.shtml Acesso em: 11 set. 2019.
Considerando o trecho acima e as videoaulas da disciplina Fundamentos da Pesquisa Histórica, sobre a condição da História como ciência, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A História não pode ser considerada ciência, mas sim ficção, pois é a criação de uma narrativa.
	
	B
	Apesar de ser considerada ciência, a História não utiliza um método de análise para as suas fontes. 
	
	C
	A disciplina histórica foi considerada ciência somente no século XIX, os historiadores, a partir da década de 1930, passaram a considerá-la ficção.
	
	D
	O historiador deve prezar pelo senso comum na construção da sua narrativa histórica, é isso que garante a cientificidade da disciplina.
	
	E
	A História pode ser considerada uma ciência, pois possui métodos próprios. O historiador tem rigor científico e metodologia na análise de suas fontes.
Você acertou!
Comentário: Na rota de aprendizagem 1, vídeo 5, tema 4, 3’51’’ até 6’40’’, o professor aborda a necessidade de o historiador refletir sobre por que a História se constitui como ciência. A resposta está no fato de que a disciplina histórica possui método. O historiador analisa suas fontes através de metodologias científicas, é isso que o diferencia do senso comum e do “achismo”.
Questão 6/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere a seguinte citação: 
“Se a História não existe no ensino, [...] como disciplina escolar, na época clássica, é simplesmente porque não existe como disciplina. Está dividida em duas actividades intelectuais que se ignoram quase sempre ou se desprezam: a erudição e a filosofia”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FURET, François. A oficina da história. Trad. de Adriano Duarte Rodrigues. Lisboa: Gradiva, s/d. p. 109. 
A partir do trecho de texto acima e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a História como ciência, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A História não é ciência, pois despreza teoria e metodologias próprias na organização de seus saberes.
	
	B
	Sendo ciência, a História é um produto irracional e sem metodologia, pois pode ser apreendido por não historiadores.
	
	C
	Por apresentar teoria e metodologias próprias,é possível sustentar a História como ciência.
Você acertou!
“Muito se discute se a História é ciência ou não, ou até que ponto a História pode ser considerada ciência. Bem, de acordo com Rüsen (2001) e Bloch (2001), essa questão deve sempre estar posta. De acordo com Bloch (2001), cabe ao historiador se questionar a todo o tempo se o que ele está fazendo é ou não ciência. Esse cuidado faz com que estejamos sempre atentos. O autor alega que a questão da ciência está sempre posta naquilo que ele intitula razão histórica. A própria noção da cientificidade quer simplesmente saber se a história possui um sentido que possibilita um conhecimento e um aprofundamento. E todos os pensamentos que envolvem a história estão motivados por esta questão. A ciência da História é um produto racional, constituído metodologicamente acerca do tratamento da história. Por outro lado, a reflexão humana cotidiana acerca da História tem como objetivo fornecer um conhecimento histórico que qualquer pessoa pode situar no processo do tempo. Temos, claramente, uma disputa entre a academia e o conhecimento cotidiano. Podemos então dizer, a partir de Rüsen (2001), que o que sustenta a História enquanto ciência é o fato de ela possuir teoria e metodologias próprias. A teoria da História tem como objetivo analisar a base do pensamento histórico, mas fazendo-o em uma versão científica, sem a qual não passaria de um agrupamento de pressupostos e fundamentos implícitos – ou, pior ainda, não passaria de lugar-comum e achismo. Independente da definição utilizada para a palavra ciência, é importante esclarecer que o pensamento científico é sempre muito bem fundamentado, e que o conhecimento científico, sempre que possível, busca maximizar a utilização da racionalidade e da sensibilidade para apreender o seu objeto” (livro-base, p. 37).
	
	D
	Mesmo sendo ciência, a História desconsidera a utilização da racionalidade e da sensibilidade na apreensão de seus objetos de análise.
	
	E
	Discutir se História é ou não ciência é considerado perda de tempo, pois o que o historiador faz não é baseado em teorias e métodos próprios.
Questão 7/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia o excerto de texto a seguir: 
“Vivemos em um mundo dominado por imagens e sons obtidos ‘diretamente’ da realidade, seja pela encenação ficcional, seja pelo registro documental, por meio de aparatos técnicos cada vez mais sofisticados. E tudo pode ser visto pelos meios de comunicações e representado pelo cinema, com um grau de realismo impressionante. [...] As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadoras, mas seu estatuto é paradoxal”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NAPOLITANO, Marcos. A história depois do papel. In: PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, p. 235-289, 2006. p. 235. 
A partir do excerto de texto acima e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre decupar um filme como fonte histórica, enumere, na ordem sequencial, as explicações que se relacionam a cada um dos elementos a seguir:
1. Enquadramento
2. Corte
3. Sonorização
4. Montagem
( ) Processo pelo qual são selecionadas e unidas as cenas filmadas na sequência desejada para exibição.
( ) Trata-se da seleção das imagens e sequências que serão apresentadas no filme propriamente dito, já que nem tudo o que foi filmado será aproveitado.
( ) Diz respeito ao conjunto das técnicas e procedimentos relacionados à edição do som em um filme, como o uso de trilha sonora.
( ) Relaciona-se ao modo de posicionamento da câmera durante as filmagens, isto é, trata-se da perspectiva que será captada e apresentada ao espectador. 
Agora, marque a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	3 – 2 – 1 – 4
	
	B
	4 – 2 – 3 – 1
Você acertou!
“Depois de recolher diversos materiais alheios ao filme, mas que darão sustentação à tese que se procura defender, é necessário decupar o filme, ou seja, separá-lo em partes, para conseguir sistematizar melhor o estudo. Em seguida, o pesquisador deve tentar compreender os códigos e linguagens que compõem a linguagem fílmica. Neste momento, é obrigatório que o historiador conheça um pouco sobre cinema, do ponto de vista da produção. Noções como enquadramento, corte, plano, sequência, sonorização, montagem, entre outras devem estar presentes no repertório do historiador, ou o resultado final da pesquisa será insatisfatório. De acordo com Martin (2003), enquadramento é o modo como posiciona-se a câmera no momento da gravação de uma cena. Com o posicionamento da câmera, tem-se o ponto de vista que será passado para o espectador, construindo, assim, uma forma de olhar a história. [...] O corte do filme também é muito importante. Saber quando cortar e o que cortar é de suma importância. Benjamin (1994) relata que quando Chaplin rodou seu Opinião Pública, 125.000 metros de filme foram utilizados para fazer apenas os 3.000 que compõem o filme finalizado. O restante ficou no chão da sala de corte. Barthes (2012) nos lembra, porém, que o que não está na história (ou no frame) faz tão parte da história quanto aquilo que está sendo mostrado, e da mesma forma o segundo e o terceiro planos também ajudam a contar a história. As cores, a trilha sonora e a ambientação são outras formas de perceber e transmitir a história de uma forma que nem sempre o espectador comum se atenta. Mas o pesquisador tem que estar consciente disso. [...] Outra característica importante do cinema é a montagem, ou seja, a ordem dos acontecimentos no filme pronto. Talvez não seja do conhecimento de todos os leitores deste livro, mas um filme não é gravado na ordem em que ele aparece em cena. Por uma série de motivos (conflito de agendas, disponibilidade de recursos, locações etc.), as cenas são gravadas em uma ordem diferente daquela que é exibida. No fim das filmagens cabe ao montador do filme – normalmente o diretor – decidir a ordem em que as cenas vão aparecer para o espectador. E a forma como o filme é montado consegue atribuir suspense, tensão, alegria etc. Esta talvez seja a principal função do cinema: montar o filme de uma maneira que ele fique atraente” (livro-base, p. 161-163).
	
	C
	4 – 3 – 2 – 1
	
	D
	1 – 4 – 2 – 3
	
	E
	1 – 3 – 2 – 4
Questão 8/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Considere a seguinte informação: 
Em tempos de mudanças rápidas, a preocupação com o passado tem sido menosprezada por muitas pessoas. O imediatismo característico da sociedade contemporânea relega o passado às amareladas páginas dos livros e aos escuros corredores dos museus. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Considerando essas informações e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre as funções da História, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O ofício dos historiadores consiste em se pensar o passado com os olhos do passado.
	
	B
	A preocupação que devemos ter com a História é pensar no presente com os olhos do passado.
	
	C
	Pensar em História é pensar no futuro, buscando respostas para as aflições e questionamentos do presente.
Você acertou!
“Pensar em História não é pensar no passado. Na verdade, pensar em História é pensar no futuro. Isso porque a disciplina História não serve para nada se os ensinamentos dela permanecerem no passado opaco, no vazio que nos separa das eras que nos precederam. Quando olhamos para trás, desejamos ardorosamente respostas para nosso hoje” (livro-base, p. 19).
	
	D
	O historiador limita-se a analisar apenas a história do tempo presente, evitando os dados do passado.
	
	E
	A história é o ato de se pensar no presente a respeito do futuro, buscando respostas para as indagações do passado.
Questão 9/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia a citação a seguir: 
“Essa é que é a questão. Na realidade, o documento é sempre de facto um monumento, querdizer, é algo que forma, não que informa, com o objectivo de ‘impressionar’”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LE GOOF, Jacques. Reflexões sobre a História. Trad. de António José Pinto Ribeiro. Lisboa, Edições 70, 2009. p. 31. 
Com base na citação acima e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a História e suas fontes, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O trabalho do historiador é possível mesmo sem a existência de fontes ou vestígios do passado.
	
	B
	As fontes são objeto dispensável ao ofício do historiador, pois as narrativas históricas são fruto da imaginação desse profissional.
	
	C
	As fontes, os vestígios do passado, são a matéria-prima do historiador, sem a qual não há passado a ser analisado e compreendido.
Você acertou!
“O historiador não existe sem suas fontes, que não são propriamente suas, mas sim do tempo, da humanidade. A questão é que o profissional da História vai tentar decifrar esses vestígios que o tempo deixou para nós. As fontes são o que os pesquisadores em História têm de mais caro, de mais importante e de mais interessante. Mas trabalhar com este material não é exatamente uma tarefa fácil e, certamente, é preciso treinamento e um olhar diferenciado para estes pretéritos vestígios. [...] 2.1 O que é uma fonte? A pergunta que abre este capítulo é, talvez, a mais complexa a ser respondida atualmente por um historiador. Isto porque, como é sabido, não existe história sem fonte. Sem um testemunho (ainda que fugaz) do passado, o que existe é mera narração, invencionice ou ficção. O historiador é – de certa forma – um refém das fontes. Sem elas, não há trabalho, como indicou Bloch (2001). O documento é a base para o julgamento dos historiadores. Karnal e Tatsch (2013) vão ainda mais além ao dizer que, se todos os documentos de determinada civilização forem destruídos, se todos os seus vestígios arqueológicos tiverem desaparecido e se nada puder ser encontrado, essa civilização é inexistente, ou seja, nunca existiu para o historiador. A História, como ciência, carece de fontes documentais tanto quanto a literatura precisa de um papel em branco e uma caneta, ou seja, é um ponto de partida, a tabula rasa de onde partimos, e sem a qual não há nada” (livro-base, p. 65,66).
	
	D
	É perfeitamente válido conjecturar a respeito de uma sociedade do passado sem a consulta das fontes.
	
	E
	O trabalho do historiador se faz com ou sem as fontes, já que a essência dele é de base ficcional.
Questão 10/10 - Fundamentos da Pesquisa Histórica
Leia o texto a seguir: 
Pesquisar é sempre buscar mais e melhores informações acerca de um determinado tema ou assunto. No caso da pesquisa histórica, há várias possibilidades para o desenvolvimento da mesma. Apesar das diversas possibilidades, há um detalhe que deve ser observado em toda a pesquisa histórica: a metodologia. Pesquisa histórica sem organização metodológica perde toda a sua essência e, portanto, deixa de ser trabalho de historiador. 
Fonte: Texto elaborado pelo autor da questão. 
Levando em consideração o texto dado e de acordo com os conteúdos do livro-base Fundamentos da pesquisa histórica sobre a heurística como um dos passos metodológicos para a pesquisa histórica, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras, e F para as asserções falsas.
( ) A heurística é, em uma pesquisa histórica, a etapa de finalização de todo o trabalho quando a narrativa historiográfica já está finalizada.
( ) Em função de uma boa pesquisa histórica ser demorada, é recomendável o trabalho de catalogação e fichamento.
( ) Das fontes arroladas para a pesquisa, nem todas são fundamentais, por isso a importância da classificação de fontes.
( ) A heurística na pesquisa histórica envolve o trabalho de busca de fontes para que o historiador possa começar a pesquisa. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – F
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	F – V – V – F
Você acertou!
“O primeiro passo metodológico que o pesquisador deve dar é a heurística. A definição de Rüsen (2010, p. 118) para heurística é ‘a operação metódica da pesquisa, que relaciona questões históricas, intersubjetivas controláveis, a testemunhos empíricos do passado, que reúne, examina e classifica as informações das fontes relevantes para responder às questões, e que avalia o conteúdo informativo das fontes’. Trata-se da identificação mais precisa da fonte, momento em que o pesquisador se esforça e se debruça sobre o material empírico que detém (ainda que em uma forma ‘menos pura’, como microfilmes ou réplicas exatas) para analisar detalhadamente cada um deles, verificar origem, datação, formato, gênero e tantas mais coisas quantas podem existir em relação a uma fonte. Além disso, é necessário catalogar cada um destes materiais. Uma boa pesquisa histórica é demorada. Não se pode fazer uma boa pesquisa documental em apenas um ou dois meses. Assim, fica claro que a etapa de catalogação e fichamento é, mais do que útil, extremamente necessária. Um bom fichamento de fontes diminui consideravelmente o trabalho do pesquisador. [...] Outra parte extremamente relevante é a classificação das fontes. Ora, é fácil presumir que existem fontes imprescindíveis para a pesquisa escolhida, enquanto outras são úteis, outras ainda são periféricas e há, inclusive, aquelas que serão descartadas ao longo do processo, simplesmente por conterem dados repetidos ou porque não apresentam uma singularidade que as faça necessárias. Uma boa classificação é, então, essencial para o bom andamento da pesquisa histórica” (livro-base, p. 46,47).
	
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