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SGM-102 - NOLAM - BIZU

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SGM-102 OSTENSIVO 
NORMAS SOBRE LICITAÇÕES, ACORDOS 
 
E ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
(NOLAM) 
 
 
MARINHA DO BRASIL 
 
SECRETARIA-GERAL DA MARINHA 
 
 
 
2020 
 
#Ir ao índice 
OSTENSIVO SGM-102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS SOBRE LICITAÇÕES, ACORDOS 
 
E ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
(NOLAM) 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINHA DO BRASIL 
 
SECRETARIA-GERAL DA MARINHA 
 
2020 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: NORMATIVA 
 
 
 
 
 
 
5ª REVISÃO 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - II - REV.5 
 
 
 
ATO DE APROVAÇÃO 
 
 
Aprovo, para emprego na MB, a 5ª Revisão da publicação SGM-102 - NORMAS 
SOBRE LICITAÇÕES, ACORDOS E ATOS ADMINISTRATIVOS (NOLAM). 
 
 
Brasília, DF, 27 de fevereiro de 2020. 
 
 
 
MARCOS SILVA RODRIGUES 
Almirante de Esquadra 
Secretário-Geral da Marinha 
ASSINADO DIGITALMENTE 
 
 
 
 
 
 
 
AUTENTICADO 
PELO ORC 
 
 
RUBRICA 
 
 
 
 
EM____/____/____ 
 
 
 
CARIMBO 
 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - III - REV.5 
ÍNDICE 
 PÁGINAS
Folha de Rosto................................................................................................................. I
Ato de Aprovação............................................................................................................ II
Índice............................................................................................................................... III
Introdução........................................................................................................................ IX
CAPÍTULO 1 - LICITAÇÕES 
1.1 - Conceito................................................................................................................. 1-1
1.2 - Licitações de Obras e Serviços de Engenharia...................................................... 1-1
1.3 - Licitações de Serviços........................................................................................... 1-5
1.4 - Licitações de Compras........................................................................................... 1-16
1.5 - Parcelamento de Obras, Serviços e Compras........................................................ 1-31
1.6 - Modalidades de Licitação...................................................................................... 1-31
1.7 - Fases da Licitação.................................................................................................. 1-33
1.8 - Direito ao Contraditório e de Petição nas Licitações............................................. 1-37
1.9 - Interposição de Recurso......................................................................................... 1-37
1.10 - Intimação dos Atos Motivadores de Recurso...................................................... 1-37
1.11 - Representação e Pedido de Reconsideração........................................................ 1-38
1.12 - Compatibilidade com o “Programa de Aplicação de Recursos” (PAR).............. 1-38
1.13 - Adoção do Processo Administrativo.................................................................... 1-38
1.14 - Anulação e Revogação dos Atos Praticados pela Administração Pública........... 1-39
CAPÍTULO 2 - ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO 
2.1 - Instrumento Convocatório..................................................................................... 2-1
2.2 - Utilização das Minutas-Padrão da AGU................................................................ 2-7
2.3 - Anexos do Instrumento Convocatório................................................................... 2-7
2.4 - Impugnação ao Instrumento Convocatório............................................................ 2-8
2.5 - Habilitação............................................................................................................. 2-8
2.6 - Demais Orientações Para Elaboração do Instrumento Convocatório.................... 2-13
2.7 - Orientação Normativa (ON) da AGU.................................................................... 2-17
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - IV - REV.5 
CAPÍTULO 3 - AFASTAMENTO DE LICITAÇÃO 
3.1 - Hipóteses de Afastamento de Licitação................................................................. 3-1
3.2 - Publicação dos Afastamentos de Licitação na Imprensa Oficial........................... 3-1
3.3 - Instrução do Processo de Afastamento de Licitação.............................................. 3-1
3.4 - Sistema de Cotação Eletrônica de Preços para Aquisições de Pequeno Valor...... 3-6
3.5 - Sistema de Dispensa Eletrônica............................................................................ 3-8
CAPÍTULO 4 - PREGÃO PRESENCIAL 
4.1 - Modalidade de Licitação “Pregão”........................................................................ 4-1
4.2 - Fases do Pregão Presencial.................................................................................... 4-2
4.3 - Convocação dos Interessados................................................................................ 4-2
4.4 - Da Impugnação do Edital ..................................................................................... 4-3
4.5 - Do Credenciamento .............................................................................................. 4-3
4.6 - Da Declaração de Cumprimento dos Requisitos de Habilitação........................... 4-3
4.7 - Do Julgamento e Fase de Lances........................................................................... 4-3
4.8 - Da Possibilidade de Negociação............................................................................ 4-4
4.9 - Direito de Petição.................................................................................................. 4-4
4.10 - Convocação de Remanescentes........................................................................... 4-5
4.11 - Procedimento Completo...................................................................................... 4-5
CAPÍTULO 5 - PREGÃO ELETRÔNICO 
5.1 - Modalidade de Licitação “Pregão” na Forma Eletrônica...................................... 5-1
5.2 - Procedimento Completo........................................................................................ 5-2
5.3 - O Pregoeiro e a Equipe de Apoio no Pregão Eletrônico........................................ 5-6
5.4 - Do Sistema Eletrônico........................................................................................... 5-6
5.5 - Do Provedor do Sistema Eletrônico para a MB..................................................... 5-6
5.6 - Modalidade de Licitação “Pregão” na Forma Eletrônica nos Termos do Decreto 
nº 10.024/2019...................................................................................................... 
 
 5-7 
5.7 - Procedimento Completo........................................................................................ 5-8
 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - V - REV.5 
CAPÍTULO 6 - APROVAÇÃO DE MINUTAS DE EDITAIS, DE ACORDOS E 
DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
6.1 - Exame e Aprovação Jurídica................................................................................. 6-1
6.2 - Competência para Exame e Aprovação Jurídica................................................... 6-1
6.3 - Elaboração de Nota Técnica e de Proposta de Parecer Jurídico............................ 6-2
6.4 - Aprovação da Autoridade Superior........................................................................ 6-3
6.5 - Análise da Diretoria Especializada........................................................................ 6-3
6.6 - Aprovação Jurídica das Minutas de Convite e dos Termos de Afastamento de 
Licitação................................................................................................................ 6-3
6.7 - Prazo para encaminhamento de minutas para expedição de Nota Técnica........... 6-4
CAPÍTULO 7 - TRATAMENTO DAS MICROEMPRESAS, EMPRESAS DE 
PEQUENO PORTE E SOCIEDADES COOPERATIVAS NAS 
LICITAÇÕES7.1 - Enquadramento Legal............................................................................................ 7-1
7.2 - Definição de Microempresa................................................................................... 7-1
7.3 - Definição de Empresa de Pequeno Porte............................................................... 7-1
7.4 - Das Condições de Participação na Licitação......................................................... 7-1
7.5 - Da Comprovação da Regularidade Fiscal.............................................................. 7-1
7.6 - Do Direito de Preferência como Critério de Desempate....................................... 7-2
7.7 - Sociedades Cooperativas....................................................................................... 7-3
7.8 - Licitação com Exclusividade de Participação de Microempresa, Empresa de 
Pequeno Porte e Sociedade Cooperativa............................................................... 7-4
CAPÍTULO 8 - SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS 
8.1 - O Sistema de Registro de Preços........................................................................... 8-1
8.2 - Adoção do Sistema de Registro de Preços............................................................. 8-1
8.3 - Licitação para Registro de Preços.......................................................................... 8-1
8.4 - Documentação do Registro de Preços................................................................... 8-2
8.5 - Partes no Registro de Preços................................................................................. 8-2
8.6 - Intenção de Registro de Preços (IRP).................................................................... 8-3
8.7 - Adesão à Ata de Registro de Preços...................................................................... 8-3
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - VI - REV.5 
CAPÍTULO 9 - ACORDOS ADMINISTRATIVOS 
9.1 - Definição............................................................................................................... 9-1
9.2 - Contrato Administrativo........................................................................................ 9-1
9.3 - Carta-Contrato Administrativa............................................................................... 9-6
9.4 - Convênio................................................................................................................ 9-6
9.5 - Contrato de Concessão de Uso.............................................................................. 9-13
9.6 - Contrato de Concessão de Direito Real de Uso..................................................... 9-14
9.7 - Contrato ou Termo de Cessão de Uso.................................................................... 9-14
9.8 - Documentos Decorrentes....................................................................................... 9-17
9.9 - Contrato Padronizado............................................................................................ 9-19
9.10 - Acordos não elaborados pela MB........................................................................ 9-19
9.11 - Registro no SIAFI dos Acordos Administrativos................................................ 9-19
9.12 - Alteração dos Contratos de Serviços Continuados.............................................. 9-19
CAPÍTULO 10 - ATOS ADMINISTRATIVOS 
10.1 - Definição............................................................................................................. 10-1
10.2 - Permissão de Uso................................................................................................. 10-1
10.3 - Autorização de Uso.............................................................................................. 10-1
CAPÍTULO 11 - COMPOSIÇÃO DOS ACORDOS E ATOS ADMINISTRATI-
VOS 
11.1 - Elementos dos Acordos e Atos Administrativos.................................................. 11-1
11.2 - Texto Sigiloso...................................................................................................... 11-13
11.3 - Itens e Subitens.................................................................................................... 11-14
11.4 - Numeração de Acordos e Atos Iniciais................................................................ 11-14 
11.5 - Numeração de Documentos Decorrentes............................................................. 11-14
11.6 - Número Único de Processos................................................................................ 11-15
11.7 - Aprovação de Minuta........................................................................................... 11-15
11.8 - Despesas Contratuais........................................................................................... 11-15 
11.9 - Contratos com Empresas Estrangeiras................................................................. 11-15
11.10 - Contratos Envolvendo Operações de Crédito Externas..................................... 11-16
11.11 - Prazo de Arquivamento de Processos Licitatórios, de Afastamento de 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - VII - REV.5 
Licitação, Acordos e Atos Administrativos........................................................ 11-16
11.12 - Roteiro de Verificação Prévia de Procedimentos Licitatórios........................... 11-16
CAPÍTULO 12 - APLICAÇÃO DE SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
12.1 - Aplicabilidade...................................................................................................... 12-1
12.2 - Sanções................................................................................................................ 12-1
12.3 - Competência........................................................................................................ 12-3
12.4 - Procedimento para Apuração de Responsabilidade............................................ 12-4
12.5 - Direito de Petição................................................................................................ 12-7
12.6 - Formalização das Sanções................................................................................... 12-8
12.7 - Outros Procedimentos Passíveis de Punição....................................................... 12-8
12.8 - Registro das Sanções no CADASTRO GERAL................................................. 12-8
12.9 - Omissão e Relevação........................................................................................... 12-8
12.10 - Inaplicabilidade de Penalidade na Convocação de Remanescentes.................. 12-9
CAPÍTULO 13 - LICITAÇÕES E ACORDOS ADMINISTRATIVOS NO EXTE-
RIOR 
13.1 - Procedimentos..................................................................................................... 13-1
13.2 - Obtenção.............................................................................................................. 13-1
13.3 - Equivalência de Moedas...................................................................................... 13-2
13.4 - Aquisição na “US NAVY”................................................................................... 13-2
13.5 - Pedidos no Exterior.............................................................................................. 13-2
13.6 - Enquadramento.................................................................................................... 13-3
13.7 - Ratificação........................................................................................................... 13-3
13.8 - Publicidade.......................................................................................................... 13-3
13.9 - Participação.......................................................................................................... 13-3
13.10 - Responsabilidade pela Elaboração dos Acordos Administrativos..................... 13-4
13.11 - Delegação de Competência para Assinatura no Exterior................................... 13-4
CAPÍTULO 14 - ACORDODE COMPENSAÇÃO 
14.1 - Introdução............................................................................................................ 14-1
14.2 - Definições Básicas............................................................................................... 14-1
14.3 - Amparo Legal...................................................................................................... 14-5
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - VIII - REV.5 
14.4 - Aplicabilidade...................................................................................................... 14-5
14.5 - Objetivos da Compensação.................................................................................. 14-6
14.6 - Prazo de Compensação........................................................................................ 14-6
14.7 - Estrutura de compensação na MB....................................................................... 14-7
14.8 - Atribuições durante a fase de preparação para negociação de novos Acordos 
de Compensação.................................................................................................. 14-7
 
CAPÍTULO 15 - INOVAÇÃO, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNO-
LÓGICO 
15.1 - Propósito ............................................................................................................. 15-1
15.2 - Aspectos Gerais .................................................................................................. 15-1
15.3 - Enquadramento Legal ......................................................................................... 15-1
15.4 - Definições ........................................................................................................... 15-1
15.5 - ICT Existentes no Âmbito da MB ...................................................................... 15-4
15.6 - Formas de Atuação das ICT ................................................................................ 15-4
15.7 - Celebração de Contratos de Transferência de Tecnologia pelas ICT ................. 15-4
15.8 - Dos Instrumentos Jurídicos de Parceria............................................................... 15-6
15.9 - Da Contratação de Produtos para Pesquisa e Desenvolvimento......................... 15-8
15.10 - Dos Ambientes Promotores da Inovação........................................................... 15-10
15.11 - Do Estímulo à Inovação nas Empresas.............................................................. 15-12
15.12 - Participação em Ganhos Econômicos Decorrentes de Atividades de Inovação. 15-14
ANEXOS 
ANEXO A - Lista de Siglas............................................................................................. A-1
ANEXO B - Legislação Pertinente.................................................................................. B-1
 
#Voltar ao índice 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - IX - REV.5 
INTRODUÇÃO 
1 - PROPÓSITO 
Estabelecer normas sobre a organização, elaboração, aprovação, celebração e controle 
relativos a licitações, acordos e atos administrativos no âmbito da Marinha do Brasil (MB), 
inclusive as decorrentes de operações de crédito e as voltadas para atividades de pesquisa e 
desenvolvimento, conforme preconizado na Lei nº 10.973/2004 (Lei de Inovação Tecnológica 
- LIT). 
2 - RECOMENDAÇÕES 
a) Os procedimentos inerentes às Licitações, Acordos e Atos Administrativos a serem 
adotados pelas UG da MB devem emanar, exclusivamente, de orientação da DAdM, não só os 
relativamente à elaboração das Notas Técnicas que comporão os processos licitatórios 
encaminhados às Consultorias Jurídicas da União (CJU) nos Estados para aprovação jurídica, 
como os relativos ao desenrolar do certame competitivo e os concernentes à execução 
contratual. Havendo dúvidas quanto aos procedimentos licitatórios, acordos e atos 
administrativos, que não sejam sanadas à luz destas Normas, deverá ser solicitada orientação 
unicamente à DAdM; e 
b) Os procedimentos atualmente adotados, que contrariem as determinações constantes 
destas Normas, e os casos omissos, deverão ser objeto de imediata informação da UG à 
DAdM, por mensagem, para orientação específica. 
3 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE 
As instruções e procedimentos estabelecidos nestas Normas baseiam-se na legislação 
pertinente relacionada no anexo B. As remissões a artigos de lei constantes das presentes 
Normas referem-se às Leis nº 8.666/1993, nº 10.520/2002, e diplomas normativos correlatos. 
Quando outra for a lei citada, será o seu número mencionado expressamente. 
4 - SIGLAS 
No anexo A encontram-se evidenciadas, todas as siglas utilizadas. 
5 - SUGESTÕES PARA APRIMORAMENTO DESTAS NORMAS 
 É natural que, ainda, sejam detectadas falhas nas presentes Normas; entretanto, serão 
sanadas à medida que forem trazidas ao conhecimento da SGM, por intermédio da DAdM. 
 Assim, sugestões, visando ao aprimoramento destas Normas poderão ser encaminhadas à 
DAdM, através das Caixas Postais 0521@admstr, DAdM-0521/admstr/Mar (ZIMBRA) do 
Correio Eletrônico, INTRANET ou outro meio de comunicação disponível. 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - X - REV.5 
6 - PRINCIPAIS ALTERAÇÕES 
A presente revisão atualizou a Norma em diversos pontos, dentre as quais releva 
mencionar: 
a) Capítulo 1 - Inclusão das linhas gerais do processo licitatório, que pode possuir os mais 
diversos objetos, com regramentos específicos que deverão ser observados pelas OM. Nesse 
sentido, foram acrescentados artigos próprios relativos às Licitações de Obras e Serviços de 
engenharia, serviços em geral e compras. Buscou-se sistematizar os principais normativos, 
orientações e pareceres sobre o tema num único texto, de modo a facilitar a instrução dos 
processos licitatórios no âmbito da MB. Foram incluídas as principais inovações relativas a 
respeito dos temas, tais como a IN nº 5/2017, do antigo MPDG, a IN nº 1/2019 do SGD/ME, o 
Decreto nº 9.412/2018, o Decreto nº 8.473/2015, e as disposições relativas à Cotação 
Eletrônica de Preços; 
b) Capítulo 2 - Abordagem dos aspectos relevantes para fins de elaboração do Instrumento 
Convocatório, incluindo atualizações legislativas, esclarecimentos e posicionamentos do 
TCU, bem como orientações da AGU; 
c) Capítulo 3 - Inclusão do procedimento que deve ser observado, também, nos casos de 
Afastamento de Licitação, como por exemplo: a apresentação da documentação exigida na 
fase de habilitação e necessidade da realização da pesquisa de mercado. Além desses, o 
posicionamento da CJACM que dispensou o envio à CJU nos casos de Dispensa de Licitação 
quando objeto for o fornecimento de energia elétrica e a contratação de serviços prestados 
pela ECT; 
d) Capítulo 4 - Foram apresentados os pontos mais relevantes no que concerne ao Pregão 
na modalidade presencial, que ocorre em sessão pública nas dependências da OM, com vistas 
à contratação de bens considerados comuns. Diante da consolidação do Pregão, como a 
modalidade licitatória mais utilizada na Administração Pública, buscou-se detalhar as fases de 
credenciamento dos interessados, de julgamento e dos lances, que possuem tratamento 
distinto na modalidade eletrônica. Também foram acrescidas disposições relativas à 
possibilidade de negociação com o licitante vencedor, tema importante que permite assegurar 
de forma mais eficaz a escolha da proposta mais vantajosa; 
e) Capítulo 5 - Com o intuito de adequar o Pregão, na sua forma eletrônica, às orientações 
do TCU, da AGU e do antigo MPOG, foi inserido maior detalhamento acerca do seu 
procedimento na fase interna, além de alguns itens relativos à sua aplicabilidade nas 
contratações de serviços comuns de engenharia. As inovações trazidas pelo novo decreto que 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - XI - REV.5 
regulamenta o Pregão Eletrônico (Decreto nº 10.024/2019) foram tratadas a partir do artigo 
5.6 da Norma; 
f) Capítulo 6 - As mudanças ocorreram em função de alterações organizacionais e 
administrativas da AGU, quetiveram impacto direto no assessoramento jurídico da MB. Com 
as inovações, todos os estados brasileiros, com exceção da área abrangida pelo Com7ºDN, 
possuem uma CJU que, em regra, efetua as análises jurídicas dos processos licitatórios da 
MB; 
g) Capítulo 7 - Foi adequado às mudanças promovidas pela Lei Complementar nº 123/2006 
e pelo Decreto nº 8.538/2015. A definição de Empresa de Pequeno Porte foi alterada em 2016, 
com a elevação da receita bruta a ser auferida em cada ano-calendário pelas referidas 
empresas; 
h) Capítulo 8 - A sistemática do Registro de Preços mereceu atenção, em capítulo próprio, 
em razão da sua larga utilização na MB. Foram tratados os institutos da participação e da 
adesão à ata de registro de preços, considerando as recentes alterações promovidas pelo 
Decreto nº 9.488/2018; 
i) Capítulo 9 - Atualização referente à competência para celebração de acordo/contrato 
administrativo, assim como a inclusão do disposto na Portaria nº 179/ME, que trata sobre a 
Racionalização de Gastos Públicos. Foram atualizados, também, os artigos que dispõem sobre 
Convênios, bem como os que tratam sobre Cessão de Uso; 
j) Capítulo 11 - Detalhamento dos institutos de Reajustamento e da Repactuação, a fim de 
dirimir eventuais dúvidas por parte de fiscal/gestor do contrato, na elaboração de TA ou de 
Termo de Apostilamento, além da padronização da CCC. 
k) Capítulo 12 - Foi inserido o procedimento administrativo para aplicação das sanções 
administrativas previstas na Lei nº 8.666/1993 e na Lei nº 10.520/2002, em virtude da 
ausência de disciplina sobre o assunto na legislação. 
l) Capítulo 14 - Atualização do capítulo com as atualizações decorrente da Lei nº 
12.598/2012, Decreto nº 7.546/2011 e Portaria Normativa nº 61/GM-MD/2018; 
m) A retirada das remissões aos anexos disponibilizados pela Advocacia-Geral da União 
(AGU), bem como a recomendação de consulta aos modelos de editais, Termos de Referência, 
Contratos Administrativos e Listas de Verificação na página da AGU; e 
n) A supressão de todos os anexos, exceto a Lista de Siglas e a Legislação Pertinente que 
passaram a vigorar, respectivamente, como anexos A e B. Tais supressões foram efetuadas 
visando facilitar futuras alterações realizadas pela AGU e pelas normas pertinentes à 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - XII - REV.5 
Licitações, Acordos e Atos Administrativos. Os anexos suprimidos que não constam na página 
da AGU estão disponíveis na página da DAdM na INTRANET, em “LICIT, ACORDOS E 
ATOS ADM/Modelos DAdM”. 
7 - CLASSIFICAÇÃO 
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411, como Publicação da Marinha 
do Brasil (PMB), não controlada, ostensiva e normativa. 
8 - SUBSTITUIÇÃO 
Esta publicação substitui a 4ª Revisão da SGM-102 - NORMAS SOBRE LICITAÇÕES, 
ACORDOS E ATOS ADMINISTRATIVOS (NOLAM), aprovada em 24 de setembro de 
2013. 
 
#Voltar ao índice 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-1 - REV.5 
CAPÍTULO 1 
LICITAÇÕES 
1.1 - CONCEITO 
1.1.1 - Licitação é o procedimento administrativo pelo qual a Administração Pública seleciona 
candidatos aptos a celebrar acordos ou a tornarem-se permissionários ou concessionários. 
1.1.2 - A Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) exige licitação prévia nas 
contratações referentes a obras, serviços, compras e alienações realizadas pela Administração 
Pública, só a dispensando nos casos em que a legislação especificar. 
1.1.3 - A Norma Federal que rege a matéria, Lei nº 8.666/1993, ampliou o elenco de negócios 
jurídicos sujeitos à prévia licitação, acrescentando também a obrigatoriedade para as locações, 
concessões e permissões. 
1.1.4 - Para realização de uma licitação, é necessária a observação da sequência a seguir (arts. 
21, 23, 38 e 40), que constitui a fase interna da licitação: 
a) surgimento da necessidade de aquisição de bem, contratação de serviço, contratação 
de obras, alienação, locação, concessão e cessão; 
b) elaboração da requisição pelo interessado, com a devida justificativa; 
c) aprovação da necessidade pela autoridade competente (OD), após verificação da 
previsão de recursos orçamentários (com exceção da alienação, concessão e cessão); 
d) definição do objeto da licitação; 
e) elaboração da “estimativa de valor”, fulcrado nos preços praticados no mercado; 
f) elaboração do instrumento convocatório (edital, convite ou instrumento de 
afastamento de licitação); 
g) apreciação e aprovação das minutas de edital e contrato, nos termos do Capítulo 6; 
h) determinação da abertura da licitação; 
i) designação da Comissão de Licitação; e 
j) publicação. 
1.2 - LICITAÇÕES DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA (art. 7º, da Lei nº 
8.666/1993) 
1.2.1 - Para a licitação de obras e serviços, faz-se necessária a observância dos seguintes 
requisitos definidos no art. 7º, § 2º, incisos I a IV, da Lei nº 8.666/1993: 
a) elaboração de PROJETO BÁSICO aprovado pela autoridade competente, e que, nos 
termos do art. 6º, inciso IX, do mesmo diploma legal corresponde ao conjunto de elementos 
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necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, 
ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos 
estudos técnicos preliminares que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do 
impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a 
definição dos métodos e do prazo de execução. 
b) ORÇAMENTO DETALHADO em planilhas que expressem a composição de todos 
os seus custos unitários, observando o Decreto nº 7.983/2013; 
c) elaboração de PREVISÃO DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS que assegurem o 
pagamento das obrigações decorrentes da contratação; e 
d) o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano 
Plurianual (PPA), quando for o caso. 
1.2.2 - Para a definição do objeto, o administrador deve estar atento, ainda, às vedações 
constantes dos §§ 3º ao 6º, do art. 7º. 
1.2.3 - O art. 7º é aplicado, no que couber, às contratações diretas por dispensa e 
inexigibilidade de licitação, consoante dispõe o seu § 9º. 
1.2.4 - Projeto Básico x Projeto Executivo 
O art. 7º, caput, estabelece a necessidade de confecção de projeto básico e de projeto 
executivo em caso de licitação para a execução de obras ou prestação de serviços, o que 
também encontra previsão na Súmula nº 261, do TCU. 
Os elementos a constituírem o projeto básico e projeto executivo encontram-se 
previstos nos incisos IX e X, do art. 6º, respectivamente. No primeiro, devem constar, de 
forma detalhada, todas as informações necessárias para a formulação das propostas. Quanto 
ao projeto executivo, o § 1º, do art. 7º, por sua vez, faculta a elaboração do referido 
documento concomitantemente à execução do objeto, desde que haja autorização da 
Administração. 
Nos termos dos incisos I, II e III, do art. 9º, da Lei nº 8.666/1993, é vedada a 
participação direta ou indireta na execução da obra ou serviço e do fornecimento de bens a 
eles necessários: 
a) do autor do projeto básico ou executivo, seja pessoa física ou jurídica; 
b) de empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto 
básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor 
de mais de cinco por cento do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico 
ou subcontratado; e 
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OSTENSIVO - 1-3 - REV.5 
c) de servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela 
licitação. 
Não obstante a vedação acima, o § 1º do artigo supracitado permite a participação do 
autor do projeto ou da empresa mencionada no inciso II, na licitação de obra ou serviço, ou na 
execução - como consultor ou técnico - nas funções de fiscalização, supervisão ou 
gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada. 
No que se refereà participação indireta mencionada no caput, o § 3º dispõe que esta 
corresponde à existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, 
financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou 
responsável pelos serviços, fornecimento e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e 
serviços a estes necessários. O mencionado conceito de participação indireta é extensível aos 
membros da comissão de licitação, à luz do disposto no § 4º, do art. 9º. 
Consoante disposição do § 2º, do art. 9º, não há impedimento para que a licitação ou 
contratação de obra ou serviço inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do 
contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração. 
Faz-se necessária a observância às diretrizes traçadas pela Resolução nº 361/1991, do 
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA, que dispõe sobre a 
conceituação de Projeto Básico em Consultoria de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Nos 
termos do art. 2º, “o Projeto Básico é uma fase perfeitamente definida de um conjunto mais 
abrangente de estudos e projetos, precedido por estudos preliminares, anteprojeto, estudos de 
viabilidade técnica, econômica e avaliação de impacto ambiental, e sucedido pela fase de 
projeto executivo ou detalhamento.”. O seu § 2º, por sua vez, estabelece que “A qualidade do 
projeto deverá ser assegurada em cada uma das fases, bem como a responsabilidade técnica de 
seus autores.” 
O Projeto Básico será elaborado por profissional devidamente inscrito na entidade de 
classe. Faz-se necessário o cumprimento do art. 7º, da Resolução nº 361/1991, do CONFEA, 
o qual dispõe que os autores do Projeto Básico, sejam eles contratados ou pertencentes ao 
quadro técnico do órgão contratante, deverão providenciar "Anotação de Responsabilidade 
Técnica" - ART, instituída pela Lei Federal nº 6.496/1977, e regulamentada pelo mencionado 
Conselho. 
1.2.5 - Regime de Execução da obra ou serviço (art. 10, da Lei nº 8.666/1993) 
A forma de execução das obras e serviços deverá ser informada por ocasião do edital, 
podendo ser direta ou indireta. 
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OSTENSIVO - 1-4 - REV.5 
A execução indireta poderá ocorrer nos seguintes regimes, cujos conceitos estão 
delineados nas alíneas a, b, d e e, do inciso VIII, do art. 6º, respectivamente: 
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço 
por preço certo e total; 
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço 
por preço certo de unidades determinadas; 
c) tarefa - quando se ajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com 
ou sem fornecimento de materiais; e 
d) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, 
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira 
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em 
operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de 
segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que 
foi contratada. 
1.2.6 – Responsabilidade Técnica 
O art. 13, da Lei nº 5.194/1966, a qual regula o exercício das profissões de engenheiro, 
arquiteto e engenheiro-agrônomo, dispõe que “os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer 
outro trabalho de Engenharia, de Arquitetura e de Agronomia, quer público, quer particular, 
somente poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor 
jurídico quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com esta Lei.” 
Deverá ser observada a Lei nº 6.496/1977, que institui a "Anotação de 
Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e 
agronomia. 
A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea a, do 
art. 73, da Lei nº 5.194/1966, e demais cominações legais, conforme estabelece o art. 3º da 
Lei nº 6.496/1977. 
1.2.7 - Orçamento 
Devem ser seguidas as disposições constantes do Decreto nº 7.893/2013, que 
estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de 
engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União. 
Nos termos do decreto supra, o orçamento basear-se-á no Sistema Nacional de 
Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido pela Caixa Econômica 
Federal (CEF). 
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OSTENSIVO - 1-5 - REV.5 
 
1.2.8 - Utilização do Pregão para Obras e Serviços de Engenharia 
A modalidade Pregão não é cabível para a contratação de execução de obras, em 
virtude do art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 10.520/2002, que estabelece expressamente em 
seu conceito que a aplicabilidade da respectiva modalidade é tão somente para aquisição de 
bens e serviços comuns. No entanto, não há óbice para a sua utilização quando o objeto se 
tratar de serviços de engenharia, desde que comum, consoante previsão expressa no art. 1º, do 
Decreto nº 10.024/2019, que também definiu tais serviços no inciso III, do seu art. 3º. 
1.2.9 – Listas de Verificação e Modelos da AGU 
Encontram-se previstas no sítio da AGU, as Listas de Verificação para as modalidades 
convencionais Concorrência, Tomada de Preços e Convite 
(http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/244390), bem como as minutas- 
-padrão tanto para os casos de contratação de serviços comuns de engenharia, como também 
para os de obras e serviços por meio das modalidades convencionais 
(www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/295794). 
1.2.10 - Orientações Normativas da AGU em caso de Obras e Serviços de Engenharia 
a) ON nº 5, de 2009 – Na contratação de obra ou serviço de engenharia, o 
instrumento convocatório deve estabelecer critérios de aceitabilidade dos preços unitários e 
global; 
b) ON nº 41, 2014 – A celebração de quaisquer convênios entre a União e os demais 
entes federativos não deve ser inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais), sendo que para obras 
e serviços de engenharia, exceto elaboração de projetos, deve ser igual ou superior a R$ 
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). A vedação alcança todas as dotações 
orçamentárias, inclusive as decorrentes de emendas parlamentares. Para o alcance dos 
respectivos valores, admitem-se, exclusivamente, as hipóteses previstas no parágrafo único, 
do art. 2º, do Decreto nº 6.170/2007; e 
c) ON nº 54, de 2014 - Compete ao agente ou setor técnico da Administração 
declarar que o objeto licitatório é de natureza comum para efeito de utilização da modalidade 
pregão e definir se o objeto corresponde a obra ou serviço de engenharia, sendo atribuição do 
órgão jurídico analisar o devido enquadramento da modalidade licitatória aplicável. 
1.3 - LICITAÇÕES DE SERVIÇOS 
Serviço é toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a 
Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, 
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OSTENSIVO - 1-6 - REV.5 
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, 
seguro ou trabalhos técnicos profissionais (art.6º, II). 
Ao surgir a necessidade de contratação de um serviço pela Administração Pública, o 
Ordenador de Despesa deverá observar, o Decreto nº 9.507/2018, o qual regulamenta a 
Terceirização de serviços no âmbito Federal, devendo ser observados, principalmente, os 
artigos referentes às vedações (arts. 3º e 5º), as regras gerais referentes ao Instrumento 
Convocatório e ao Contrato (arts. 6º, 7º e 8º) e a Gestão e fiscalização da execução dos 
contratos (arts. 10 e 11). Este último tema será abordado de modo mais específico no inciso 
1.3.7, relativo à Instrução Normativa (IN) nº 5/2017, do Ministério da Economia (ME), antigo 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG). 
Deverá ser observada,ainda, a Portaria nº 433/2018, do ME, antigo MPDG, que 
estabelece os serviços que serão preferencialmente objeto de execução indireta mediante 
contratação. 
1.3.1 - Os Serviços são classificados em: 
a) Serviços não Continuados: são aqueles que impõem aos contratados o dever de 
realizar a prestação de um serviço específico em um período predeterminado, podendo ser 
prorrogado, desde que justificadamente, pelo prazo necessário à conclusão do objeto, 
observadas as hipóteses previstas no § 1º, do art. 57, da Lei nº 8.666/1993; e 
b) Serviços Continuados: são aqueles que, pela sua essencialidade, visam atender à 
necessidade pública de forma permanente e contínua, por mais de um exercício financeiro, 
assegurando a integridade do patrimônio público ou o funcionamento das atividades 
finalísticas do órgão ou entidade, de modo que sua interrupção possa comprometer a 
prestação de um serviço público ou o cumprimento da missão institucional. 
1.3.2 - O Serviços Continuados podem ser subdivididos em: 
a) Serviços sem regime de dedicação exclusiva de mão de obra; e 
b) Serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de obra. Estes serviços são 
aqueles em que o modelo de execução contratual exige os seguintes requisitos: 
I) Os empregados da contratada fiquem à disposição nas dependências da 
contratante para a prestação dos serviços; 
II) A contratada não compartilhe os recursos humanos e materiais disponíveis de 
uma contratação para execução simultânea de outros contratos; e 
III) A contratada possibilite a fiscalização pela contratante quanto à distribuição, 
controle e supervisão dos recursos humanos alocados aos seus contratos. 
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OSTENSIVO - 1-7 - REV.5 
Os serviços continuados com mão de obra exclusiva poderão ser prestados fora das 
dependências do órgão, desde que não seja nas dependências da contratada e presentes os 
requisitos das subalíneas II e III, da alínea anterior. 
1.3.3 - Insta destacar, que o PARECER n° 00028/2019/DECOR/CGU/AGU, uniformizou o 
entendimento segundo o qual é necessária a previsão de disposição editalícia bem como de 
cláusula contratual expressa para possibilitar a prorrogação de vigência, na hipótese de 
contratação de serviços contínuos, com fulcro no inciso II, do art. 57, da Lei n° 8.666/1993, 
sob pena de violação ao Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório. Assim, 
recomenda-se que as Organizações Militares (OM) se atentem para a adoção dos modelos de 
Edital e Contrato, disponibilizados no sítio eletrônico da AGU, em www.agu.gov.br, na aba 
“Modelos de Licitações e Contratos”, que trazem disposições expressas nesse sentido. 
1.3.4 - Nas prorrogações dos contratos referentes aos serviços continuados, recomenda-se, 
ainda, a observação da Manifestação Jurídica Referencial nº 012/CJU-RJ/CGU/AGU/2016, 
que diz respeito à segunda prorrogação, ou posterior, de contrato de serviço contínuo, 
localizada na página da AGU na INTERNET, em www.agu.gov.br, na aba “Consultoria 
Jurídica da União do Estado do Rio de Janeiro/Manifestação Jurídica Referencial-CJU/RJ 
2015”. 
1.3.5 - A contratação de serviços poderá ser realizada na forma de pregão eletrônico (Lei nº 
10.520/2002) ou presencial (Decreto n° 5.540/2005), quando destinados à aquisição de 
serviços comuns (aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente 
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado). Contudo, quando o 
objeto a ser adquirido não se enquadrar em tal definição, deverá ser utilizada uma das 
modalidades de licitação previstas no art. 23, da Lei n° 8.666/1993, quais sejam: 
Concorrência, Tomada de Preços e Convite, devendo ser respeitados os limites referentes aos 
valores fixados para cada uma. 
1.3.6 - Os Regimes de Execução de Serviço estão previstos no art. 10, da Lei de Licitações, 
assunto já abordado no inciso 1.2.5. 
 
1.3.7 - DA OBSERVÂNCIA DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5/2017, DO ANTIGO 
MPDG 
A IN nº 5/2017, que dispõe sobre as regras e diretrizes dos procedimentos de 
contratação de serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração 
Pública federal direta, autárquica e fundacional, revogou a IN nº 2/2008, trazendo inovações e 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-8 - REV.5 
dispondo sobre procedimentos obrigatórios que deverão ser observados na contratação de 
serviços, que serão abordados nos tópicos a seguir. 
Inicialmente destaca-se que com a finalidade de facilitar a operacionalização do 
conteúdo desta IN, a mesma trouxe vários anexos, estes elaborados a partir das exigências 
nela estabelecidas, e compostos por diretrizes, as quais servirão de base para a produção dos 
documentos necessários ao processo. Estes anexos poderão ser encontrados no site 
www.comprasgovernamentais.gov.br, na aba “Legislação/Instruções Normativas/Instrução 
Normativa nº 5/Anexos da IN nº 5/2017”. 
a) os procedimentos iniciais do Planejamento da Contratação consistem nas seguintes 
atividades (art. 21): 
I) elaboração do documento para formalização da demanda pelo setor requisitante 
do serviço que contemple: 
- a justificativa da necessidade da contratação explicitando a opção pela 
terceirização dos serviços e considerando o Planejamento Estratégico, se for o caso; 
- a quantidade de serviço a ser contratada; 
- a previsão de data em que deve ser iniciada a prestação dos serviços; e 
- a indicação do servidor ou servidores para compor a equipe que irá elaborar os 
Estudos Preliminares e o Gerenciamento de Risco e, se necessário, daquele a quem será 
confiada a fiscalização dos serviços, o qual poderá participar de todas as etapas do 
planejamento da contratação. 
II) envio do documento de formalização da demanda ao setor de licitações do órgão 
ou entidade; e 
III) designação formal da equipe de Planejamento da Contratação pela autoridade 
competente do setor de licitações. 
A equipe de Planejamento da Contratação deverá ser composta por servidores, que 
reúnem as competências necessárias à completa execução das etapas de Planejamento da 
Contratação, o que inclui conhecimentos sobre aspectos técnicos acerca do objeto, de 
licitações e de contratos, dentre outros. 
Ao receber o documento de formalização da demanda, a autoridade competente do 
setor de licitações poderá, se necessário, indicar servidor ou servidores que atuam no setor 
para compor a equipe de Planejamento da Contratação, devendo seus integrantes serem 
expressamente cientificados de suas respectivas atribuições antes da designação formal. 
Quando contemplarem área técnica em sua estrutura, os órgãos poderão definir de 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-9 - REV.5 
forma diversa a formação da equipe responsável pelo planejamento das contratações. 
b) as contratações de serviços de execução indireta deverão observar as seguintes 
fases: 
I) O Planejamento da Contratação, previsto a partir do art. 20 da IN, que consiste 
nas seguintes etapas: 
- Estudos Preliminares; 
- Gerenciamento de Riscos; e 
- Termo de Referência ou Projeto Básico; 
- Seleção do Fornecedor; e 
- Gestão do Contrato. 
O Planejamento da Contratação é uma fase procedimental obrigatória que 
antecede a licitação e visa a planificação detalhada da contratação, levando em consideração a 
real necessidade do órgão, detalhes e risco previsíveis, com a finalidade de atingir com maior 
êxito o objetivo pretendido. 
c) os Estudos Preliminares fazem parte da etapa do planejamento que será elaborada 
pela equipe de planejamento e terá por documento norteador o Documento de Oficialização 
da Demanda. Os elementos que deverão compor os Estudos Preliminares estão dispostos no § 
1º, do art.24, senão vejamos: 
I) necessidade da contratação; 
II) referência a outros instrumentos de planejamento do órgão ou entidade, se 
houver; 
III) requisitos da contratação; 
IV) estimativa das quantidades, acompanhadas das memórias de cálculo e dos 
documentos que lhe dão suporte; 
V) levantamentode mercado e justificativa da escolha do tipo de solução a 
contratar; 
VI) estimativas de preços ou preços referenciais; 
VII) descrição da solução como um todo; 
VIII) justificativas para o parcelamento ou não da solução, quando necessária para 
individualização do objeto; 
IX) demonstrativo dos resultados pretendido sem termos de economicidade e de 
melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros disponíveis; 
X) providências para adequação do ambiente do órgão; 
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OSTENSIVO - 1-10 - REV.5 
XI) contratações correlatas e/ou interdependentes; e 
XII) declaração da viabilidade ou não da contratação. 
Os Estudos Preliminares deverão apresentar como conteúdo mínimo os elementos 
previstos nas subalíneas I, IV, VI, VIII e XII. 
Quando o Estudo Preliminar não contemplar quaisquer das alíneas previstas no § 
1º, do art. 24, da IN, o órgão deverá apresentar justificativa no próprio documento. 
Os órgãos poderão simplificar, no que couber, a etapa de Estudos Preliminares, 
quando adotados os modelos de contratação estabelecidos nos Cadernos de Logística 
divulgados pela antiga SG, do antigo MPDG disponíveis no site 
www.comprasgovernamentais.gov.br, na aba “Legislação/Instruções Normativas/Instrução 
Normativa nº 5/Caderno de Logística - Pagamento pelo Fato Gerador”. 
d) o Gerenciamento de Risco é materializado no documento Mapa de Riscos (art.26, 
caput) e consiste nas seguintes atividades: 
I) identificação dos principais riscos que possam comprometer a efetividade do 
Planejamento da Contratação, da Seleção do Fornecedor e da Gestão Contratual ou que 
impeçam o alcance dos resultados que atendam às necessidades da contratação; 
II) avaliação dos riscos identificados, consistindo da mensuração da probabilidade 
de ocorrência e do impacto de cada risco; 
III) tratamento dos riscos considerados inaceitáveis por meio da definição das ações 
para reduzir a probabilidade de ocorrência dos eventos ou suas consequências; 
IV) para os riscos que persistirem inaceitáveis após o tratamento, definição das 
ações de contingência para o caso de os eventos correspondentes aos riscos se concretizarem; 
e 
V) definição dos responsáveis pelas ações de tratamento dos riscos e das ações de 
contingência. 
e) o Mapa de Riscos deverá ser atualizado e juntado aos autos do processo de 
contratação ao final das seguintes etapas: elaboração dos Estudos Preliminares; elaboração do 
Termo de Referência ou Projeto Básico; após a fase de Seleção do Fornecedor e após eventos 
relevantes, durante a gestão do contrato pelos servidores responsáveis pela fiscalização. 
Salienta-se que a elaboração de um eficiente Mapa de Riscos exige conhecimento 
técnico multidisciplinar e treinamento específico, pois o tema é bastante complexo e a sua má 
confecção pode ensejar significativas perdas à Administração e ao interesse público. Desta 
forma, recomenda-se seguir as orientações constantes na Circular n° 25/2019, da Secretaria- 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-11 - REV.5 
-Geral da Marinha (SGM), a respeito do tema, vez que os anexos A e B, da referida Circular 
apresentam os principais riscos verificados em licitações e nos contratos, respectivamente. 
Para as contratações de Serviço com Regime de Dedicação Exclusiva de Mão de 
Obra, o procedimento de Gerenciamento de Riscos, deverá, obrigatoriamente, contemplar o 
risco de descumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e com FGTS da 
contratada. 
Para o tratamento dos riscos, poderão ser adotados os seguintes controles internos, 
os quais encontram-se disciplinados no item 1, do anexo VII-B, da IN: 
I) Conta-Depósito Vinculada - bloqueada para movimentação, conforme disposto 
em Caderno de Logística, elaborado pela antiga SG do antigo MPDG; ou 
II) Pagamento pelo Fato Gerador, conforme disposto no Caderno de Logística. 
Concluídas as etapas relativas aos Estudos Preliminares e ao Gerenciamento de 
Riscos, os setores requisitantes deverão encaminhá-los, juntamente com o documento que 
formaliza a demanda, à autoridade competente do setor de licitações, que estabelecerá o prazo 
máximo para o envio do Projeto Básico ou Termo de Referência. 
Ressalta-se a ausência de impedimento à utilização dos mesmos Estudos Preliminares 
e Gerenciamento de Riscos quando da contratação de serviços considerados da mesma 
natureza, semelhança ou afinidade, conforme disposto no § 5º, do art. 20, da referida IN. 
O Projeto Básico ou Termo de Referência deverá ser elaborado com base nos Estudos 
Preliminares e no Gerenciamento de Riscos, devendo ser observadas as diretrizes constantes 
no Anexo V da IN supracitada e nos Cadernos de Logística expedidos pela antiga SG do 
antigo MPDG. 
O setor requisitante ao elaborar o Projeto Básico ou Termo de Referência, deverá 
utilizar os modelos de minutas padronizados localizados na página da AGU na INTERNET, 
em www.agu.gov.br, na aba “Modelos de Licitações e Contratos”, selecionando-os de acordo 
com a natureza do serviço a ser contratado. 
Quando o órgão não utilizar o modelo padronizado das minutas, ou utilizá-lo com 
alterações, deverá ser acostada aos autos a devida justificativa. 
f) o Termo de Referência ou Projeto Básico deve conter, no mínimo, o seguinte 
conteúdo: 
I) declaração do objeto; 
II) fundamentação da contratação; 
III) descrição da solução como um todo; 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-12 - REV.5 
IV) requisitos da contratação; 
V) modelo de execução do objeto; 
VI) critérios de medição e pagamento; 
VII) forma de seleção do fornecedor; 
VIII) critérios de seleção do fornecedor; 
IX) estimativas detalhadas dos preços, com ampla pesquisa de mercado; e 
X) adequação orçamentária. 
A pesquisa de mercado, prevista na subalínea IX da alínea acima, deverá observar os 
parâmetros fixados na IN nº 5/ 2014, da antiga SLTI do antigo MPDG, conjuntamente com as 
alterações trazidas pela IN nº 3/2017, disponível em www.comprasgovernamentais.gov.br, na 
aba “Legislação/Instruções Normativas/Instrução Normativa Nº 5, de 27 de junho de 2014”. 
Todos os documentos referentes à fase de Planejamento da Contratação deverão ser 
acostados aos autos do processo administrativo de licitação. 
A fim de assegurar a segregação de funções, o órgão não poderá contratar o mesmo 
prestador para realizar serviços de execução, de subsídios ou assistência à fiscalização ou 
supervisão relativos ao mesmo objeto. 
O nível de detalhamento de informações necessárias para instruir cada fase da 
contratação deverá considerar a análise de risco do objeto contratado. 
Embora a IN supramencionada estabeleça casos em que o cumprimento das etapas 
referentes ao Planejamento da Contratação poderá ser dispensado (art. 20, § 2º, alíneas a e b 
da IN retromencionada), tal faculdade não é aplicada ao Gerenciamento de Riscos a ser 
realizado por ocasião da fase de Gestão do Contrato, sendo, portanto, de observância 
obrigatória, a fim de evitar a ocorrência de falhas capazes de ocasionar eventual rescisão do 
ajuste e danos ao erário decorrentes do desperdício de recursos. 
O cumprimento das etapas do Planejamento da Contratação, aplica-se às situações que 
ensejam a dispensa ou inexigibilidade da licitação, no que couber (art. 20, § 1º da IN 
supramencionada). 
Para a contratação dos serviços de vigilância, de limpeza e conservação, além das 
regras referentes ao procedimento da contratação, deverão ser observadas as regras previstas 
no anexo VI, da IN acima citada. 
g) a fase de seleção do fornecedor inicia-se com o encaminhamento do Termo de 
Referência ou Projeto Básico ao setor de licitações e encerra-se com a publicação do resultado 
de julgamento após a adjudicação e homologação. 
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OSTENSIVO - 1-13 - REV.5 
Com relação ao Ato Convocatório e ao Contrato, deverão ser utilizadas as minutas 
padronizadas localizadas na página da AGU na INTERNET, em www.agu.gov.br, na aba 
"Modelos de Licitaçõese Contratos”, bem como observadas as diretrizes constantes no anexo 
VII, da IN nº 5/2017 e do Caderno de Logística. 
O órgão que não utilizar ou alterar as minutas padronizadas, deverá apresentar as 
devidas justificativas e acostá-las aos autos. 
A contratação de serviço por meio de credenciamento deverá observar as diretrizes 
constantes no item 3, do anexo VII-B da referida IN. 
É dispensado o envio do processo para o exame e aprovação da assessoria jurídica, nos 
termos do parágrafo único do art. 38, da Lei nº 8.666/1993, se houver parecer jurídico 
referencial exarado pelo órgão de assessoramento competente, que deverá ser anexado ao 
processo, ressalvada a hipótese de consulta acerca de dúvida de ordem jurídica devidamente 
identificada e motivada. 
1.3.8 - DA GESTÃO DO CONTRATO E FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO NAS 
CONTRATAÇÕES DE SERVIÇOS 
O acompanhamento e a fiscalização dos contratos é um poder-dever da 
Administração Pública, visto que objetiva assegurar-se de que o objeto contratado seja 
recebido e executado a contento, as obrigações decorrentes sejam realizadas no tempo e modo 
devidos, bem como as cláusulas contratuais sejam rigorosamente observadas. 
Insta salientar que a AGU publicou um Manual de Fiscalização de Contratos, visando 
o aprimoramento dos procedimentos de execução, que deverá ser consultado por todos os 
agentes envolvidos nos procedimentos de gestão e fiscalização dos serviços contratados. O 
referido manual possui todos os modelos de documentos necessários à formalização da gestão 
e fiscalização e encontra-se disponível no site da AGU, na INTERNET, em www.agu.gov.br, 
na aba “Notícia/Manual de Fiscalização e Contratos da AGU”. 
A gestão contratual é a coordenação das atividades relacionadas à fiscalização 
técnica, administrativa, setorial e pelo público usuário, bem como dos atos preparatórios à 
instrução processual e ao encaminhamento da documentação pertinente ao setor de contratos 
para formalização dos procedimentos quanto aos aspectos que envolvam a prorrogação, 
alteração, reequilíbrio, pagamento, eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, 
dentre outros. Visando a realização de uma fiscalização mais eficiente, a IN nº 5/2017, que 
trata de serviços, optou por decompor essas atividades em cinco papéis diferentes em razão 
das distintas atribuições. São eles: 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-14 - REV.5 
a) fiscalização Técnica - é o acompanhamento com o objetivo de avaliar a execução 
do objeto nos moldes contratados e, se for o caso, aferir se a quantidade, qualidade, tempo e 
modo da prestação dos serviços estão compatíveis com os indicadores de níveis mínimos de 
desempenho estipulados no ato convocatório, para efeito de pagamento conforme o resultado; 
b) fiscalização Administrativa - é o acompanhamento dos aspectos administrativos da 
execução dos serviços nos contratos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra 
quanto às obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como quanto às providências 
tempestivas nos casos de inadimplemento; 
c) fiscalização Setorial - é o acompanhamento da execução do contrato nos aspectos 
técnicos ou administrativos quando a prestação dos serviços ocorrer concomitantemente em 
setores distintos ou em unidades desconcentradas de um mesmo órgão ou entidade; e 
d) fiscalização pelo Público Usuário - é o acompanhamento da execução contratual 
por pesquisa de satisfação junto ao usuário, com o objetivo de aferir os resultados da 
prestação dos serviços, os recursos materiais e os procedimentos utilizados pela contratada, 
quando for o caso, ou outro fator determinante para a avaliação dos aspectos qualitativos do 
objeto. As atividades de gestão e fiscalização da execução contratual devem ser realizadas de 
forma preventiva, rotineira e sistemática. 
O recebimento provisório dos serviços ficará a cargo do fiscal técnico, administrativo 
ou setorial, quando houver, e o recebimento definitivo, a cargo do gestor do contrato. 
Na indicação do Gestor e dos Fiscais do contrato, devem ser levados em 
consideração a compatibilidade com as suas atribuições do cargo, a complexidade da 
fiscalização, o quantitativo de contratos por servidor e sua capacidade para o desempenho das 
atividades. 
O Gestor e os Fiscais deverão ser cientificados, expressamente, da indicação e suas 
respectivas atribuições antes da formalização do ato de designação. 
Com relação aos aspectos gerais de fiscalização, insta destacar que os gestores e 
fiscais do contrato deverão estar atentos a todos os detalhes da execução, como por exemplo, 
a designação do preposto, os processos de pagamento, as obrigações contratuais, as estratégias 
para a execução do objeto, os métodos de aferição dos resultados, os mecanismos de 
fiscalização etc., a fim de que o processo de fiscalização ocorra de forma satisfatória sem 
intercorrências que possam afetar o resultado final. A IN nº 5/2017 traz todos os 
procedimentos necessários à realização da execução contratual de modo eficiente, como 
também anexos referentes à formalização dos atos praticados, os quais deverão ser observados 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-15 - REV.5 
por todos os agentes envolvidos na atividade de gestão e fiscalização. 
1.3.9 - DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
O legislador, no § 1º, do art. 71, da Lei nº 8.666/1993, optou pelo afastamento da 
responsabilidade subsidiária da Administração Pública em relação aos débitos trabalhistas da 
contratada. 
Contudo, por ocasião do julgamento do Recurso Extraordinário nº 760.931, pelo STF, 
que tratou da responsabilidade subsidiária da Administração Pública em razão de débitos 
trabalhistas nos casos de terceirização, consolidou-se o seguinte entendimento: 
a) o inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado, em 
regra, não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo 
seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1°, da Lei nº 
8.666/1993; e 
b) no entanto, em determinado caso concreto, poderá a Administração Pública ser 
responsabilizada, quando estiver evidenciada a culpa in vigilando consistente na conduta 
omissiva do ente público contratante, ao não desincumbir satisfatoriamente de seu ônus de 
comprovar ter fiscalizado o cabal cumprimento, pelo empregador, daquelas obrigações 
trabalhistas, como estabelecem a Lei nº 8.666/1993 e a IN n° 5/2017, do antigo MPDG. 
Assim, com vistas a evitar uma possível responsabilização subsidiária da 
Administração Pública, é indispensável que as OM realizem uma fiscalização eficiente dos 
contratos de terceirização, especificamente no que toca ao cumprimento das obrigações 
trabalhistas pelas empresas, mediante comprovação documental, que possam vir a instruir 
eventual defesa em juízo. 
Com relação à responsabilização previdenciária, dispõe o § 2º, do art. 71, da Lei de 
licitações que “A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos 
encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31, da Lei nº 
8.212/1991”. 
No entendimento do eminente doutrinador SIDNEY BITTENCOURT, a solidariedade 
da Administração Pública é adstrita à obrigação de retenção referente aos pagamentos 
realizados ao contratado por serviços prestados. Qualquer outra inadimplência não alcança a 
Administração, não podendo o Poder Público ser arrolado como devedor solidário ou 
subsidiário. 
1.3.10 - DAS ORIENTAÇÕES NORMATIVAS DA AGU RELATIVAS A SERVIÇOS 
a) ON nº 1, 2009 - A vigência do contrato de Serviço Contínuo não está adstrita ao 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-16 - REV.5 
exercício financeiro; 
b) ON nº 8, 2009 - O fornecimento de passagens aéreas e terrestres enquadra-se no 
conceito de serviço previsto no inciso II, do art. 6º, da Lei nº 8.666/1993; 
c) ON nº 24, 2009 - O contrato de Serviço Continuado sem Dedicação Exclusiva deMão de Obra deve indicar que o reajuste dar-se-á após decorrido o interregno de um ano 
contado da data limite para a apresentação da proposta; e 
d) ON nº 39, 2009 - A vigência dos contratos regidos pelo art. 57, caput, da Lei nº 
8.666/1993, pode ultrapassar o exercício financeiro em que celebrados, desde que as despesas 
a eles referentes sejam integralmente empenhadas até 31 de dezembro, permitindo-se, assim, 
sua inscrição em restos a pagar. 
1.4 - LICITAÇÕES DE COMPRAS 
Os processos licitatórios destinados à aquisição de bens, normalmente se darão por meio 
de Pregão (Lei n° 10.520/2002), na forma presencial ou eletrônica (Decreto n° 5.450/2005), 
no último caso, preferencialmente com a adoção da sistemática de registro de preços, prevista 
no Decreto n° 7.892/2013. Não obstante, quando os bens não forem considerados de natureza 
comum, poderão ser utilizadas outras modalidades licitatórias, tais como: Concorrência, 
Tomada de Preços e Convite, a depender dos limites previstos no art. 23, da Lei n° 
8.666/1993. 
As compras, sempre que possível, deverão: 
a) trazer especificação completa do bem a ser adquirido, sem indicação de marca; 
b) definir as unidades e as quantidades a serem adquiridas; 
c) estabelecer condições de guarda e de armazenamento que não permitam a 
deterioração do material; 
d) atender ao princípio da padronização; 
e) ser processadas através de sistema de registro de preços quando presentes uma das 
hipóteses do art. 3°, do Decreto n° 7.892/2005; 
f) submeter-se a condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; 
g) ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as 
peculiaridades do mercado, visando à economicidade. As compras devem ser divididas em 
tantos itens (etapas ou parcelas) quantos se comprovarem técnica e economicamente viáveis, 
procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no 
mercado e à ampliação da competitividade, sem perda da economia de escala; 
h) balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-17 - REV.5 
Pública, conforme os termos da IN n° 5/2014, da antiga Secretaria de Logística e Tecnologia 
da Informação (SLTI) do antigo MPDG, com alterações trazidas pela IN nº 3/2017; e 
i) aplicar critérios de sustentabilidade ambiental previstos na IN/MPOG n° 01/2010 e do 
Guia Nacional de Licitações Sustentáveis da AGU; 
O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23, da Lei n° 
8.666/1993 para a modalidade de Convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo 
três membros. 
1.4.1 - Temas que merecem atenção nas licitações de compras: 
a) Aquisição por itens, grupos/lotes: 
A divisibilidade do objeto pode acarretar, a critério da Administração, a realização 
de procedimento único ou procedimentos distintos de licitação. Na hipótese de procedimento 
único de licitação, denominada “licitação por item”, a Administração concentra, no mesmo 
certame, objetos diversos que serão contratados (ex: licitação para compra de equipamentos 
de informática pode ser dividida em vários itens, tais como microcomputador e impressora). 
Nesse caso, várias licitações são realizadas dentro do mesmo processo administrativo, sendo 
certo que cada item será julgado de forma independente e comportará a comprovação dos 
requisitos de habilitação. 
Já com relação à opção de se licitar por lotes/grupos de itens, ela deve ser 
excepcional e estar acompanhada de justificativa de ordem técnica e econômica, devidamente 
fundamentada sobre a vantagem dos agrupamentos adotados que conduzirão à melhores 
contratações, em atenção ao inciso I, do § 1º, do art. 3º, ao inciso IV, do art. 15, e §§ 1º e 2º, 
do art. 23, todos da Lei nº 8.666/1993. 
Em licitações para registro de preços, é obrigatória a adjudicação por item como 
regra geral, tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla participação de licitantes e a 
seleção das propostas mais vantajosas. A adjudicação por preço global é medida excepcional 
que precisa ser devidamente justificada, além de ser incompatível com a aquisição futura por 
itens; 
b) A questão da padronização 
Determina a Lei de Licitações no inciso I, do art. 15, que as compras, sempre que 
possível, devem atender ao princípio da padronização, em razão de facilitar a compra em 
grande escala e a manutenção dos bens adquiridos. Para que haja padronização é preciso 
existir compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho. 
Normalmente é aplicável a aquisições de móveis, veículos, máquinas e 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-18 - REV.5 
equipamentos. Na hipótese de padronização, a escolha deve ser objetiva e técnica, 
fundamentada em estudos, laudos, perícias e pareceres que demonstrem as vantagens 
econômicas e a requerida satisfação do interesse público. Em quaisquer dos casos, deve a 
Administração ter por base produto, projeto ou tecnologia integrante do patrimônio público 
ou ainda de contratações futuras. 
A lei não admite, porém, a preferência de marca determinada, em razão de 
prevalecer o princípio da igualdade entre os fornecedores. A padronização de marca somente é 
possível em casos excepcionais, quando ficar incontestavelmente comprovado que apenas 
aquele produto, de marca certa, atende aos interesses da Administração. 
Na hipótese de exigência de materiais pré-qualificados e padronizados impõe-se a 
juntada aos autos da documentação comprobatória da aludida pré-qualificação e 
padronização, incluindo, dentre outros, a metodologia adotada para a eleição dos produtos, 
relatórios, pareceres técnicos, atas de reunião das comissões designadas para esses fins 
específicos, bem como a comprovação da divulgação dos produtos pré-qualificados e 
padronizados. 
Cumpre destacar que a licitação é dispensável para as compras de material de uso 
pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando 
houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos 
meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto (inciso 
XIX, do art. 24, da Lei n° 8.666/1993). No âmbito da Marinha, a comissão instituída é o 
Conselho Financeiro e Administrativo da Marinha (COFAMAR), devendo ser observado o 
procedimento previsto no item 3, da Portaria nº 295/MB/2014; 
c) Vedação à preferência por marcas 
A princípio, a Lei de Licitações veda a preferência por marca, conforme inciso I, do 
§ 7º, art. 15, por representar restrição à ampla competitividade do certame. Assim, se houver 
menção à marca/fabricante, ela deverá ser seguida das expressões “ou equivalente”, “ou 
similar” e “ou de melhor qualidade” ou outras análogas. 
Todavia, não se pode olvidar que a própria Lei n° 8.666/1993, em seu § 5º, do art. 
7º, admite a indicação de marca, características ou especificações exclusivas, desde que 
tecnicamente justificável, o que também é sustentado pela doutrina. Portanto, a justificativa 
correspondente deverá pautar-se em critérios técnicos e objetivos que demonstrem a sua 
imprescindibilidade para a plena satisfação do interesse público; 
d) Exigência de amostras: 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-19 - REV.5 
Admite-se a exigência de amostras dos bens por parte dos licitantes desde que 
prevista expressamente no instrumento convocatório, devidamente acompanhada de critérios 
de julgamento estritamente objetivos, sendo exigida, tão somente do vencedor. 
1.4.2 - Peculiaridades quanto a determinados objetos: 
a) Medicamentos: 
I) A questão da pesquisa de mercado X lista da CMED 
No que toca à aquisição de medicamentos, cumpre salientar que a Câmara de 
Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) alerta os gestores federais, estaduais e 
municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a necessidade de realização de uma 
pesquisa prévia e efetiva de preços no mercado, quandoda realização de compras públicas de 
medicamentos. Na interpretação do TCU (Acórdão nº 3016/2012), a aquisição de 
medicamentos por preços inferiores aos registrados na lista da CMED não isenta o gestor 
público de possíveis sanções, diante da possibilidade de superdimensionamento dos Preços 
Fábrica constantes da lista, que podem não refletir os descontos praticados no mercado. 
Cumpre lembrar que os Preços Fábrica (PF) e Preços Máximos de Venda ao Governo 
(PMVG) são os preços teto, não servindo como parâmetro isolado para compras públicas; 
II) Vedação à utilização do Banco de Preços em Saúde como parâmetro de preços 
“O Banco de Preços em Saúde, tendo em vista suas fragilidades e limitações para 
obtenção do preço de mercado, não deve ser utilizado como parâmetro legítimo 
na apuração de sobrepreço em medicamentos, tendo em vista as fragilidades e 
limitações por ele apresentadas, tais como cálculo da média com base nos dezoito 
meses anteriores, alimentação voluntária e registro apenas das aquisições do setor 
público, sem possibilitar a obtenção do preço de mercado (Acórdão nº 
1.146/2011, 1.988/13 e 1.561/2013- Plenário e Acórdão nº 384/2014 2ª 
Câmara).”(...) Acórdão 3759/2014- Primeira Câmara, TC 002.519/2012-7, relator 
Ministro José Múcio Monteiro, 9.7.2014”; 
III) Vedação à utilização de tabelas de associações como fonte de pesquisa de 
preços 
As tabelas elaboradas por representantes do mercado farmacêutico, como, por 
exemplo, as tabelas da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico - Abcfarma e 
Brasíndice, não são fontes adequadas para uma pesquisa de preços no âmbito das compras 
públicas. Essas tabelas consignam valores máximos para aquisição, no varejo, por consumidor 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-20 - REV.5 
final. Essa situação não se adequa às grandes aquisições do setor público, haja vista o efeito 
da economia de escala sobre os preços” (Fonte: Acórdãos nº 2.901/2016-Plenário, Ministro 
Redator BENJAMIN ZYMLER; nº 5.810/2017-2ª Câmara, Ministra Relatora ANA ARRAES; 
1.049/2004-Primeira Câmara - TCU); e 
IV) Critérios de habilitação técnica específicos para os medicamentos 
Entre os documentos de qualificação técnica passíveis de exigência, estão o 
registro ou a inscrição na entidade profissional competente e a comprovação de aptidão para 
desempenho de atividade pertinente. 
No caso de medicamentos, a Lei nº 6.360/1976 dispõe no sentido de que 
somente poderão extrair, produzir, fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, 
embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir esses produtos as empresas 
autorizadas pela ANVISA e cujos estabelecimentos tenham sido licenciados pelo órgão 
sanitário das unidades federativas em que se localizam (art. 2º, da Lei nº 6.360/1976 e art. 2º, 
do Decreto nº 8.077/2013). Assim, poderá ser exigido o ato de Autorização de Funcionamento 
(AFE), de competência da ANVISA, que permite o funcionamento de empresas ou 
estabelecimentos, instituições e órgãos, mediante o cumprimento dos requisitos técnicos e 
administrativos constantes da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 16/2014. 
Também poderá ser exigida a Autorização Especial (AE), que consiste no ato em 
que a ANVISA permite o exercício de atividades que envolvam insumos farmacêuticos, 
medicamentos e substâncias sujeitas a controle especial, bem como o plantio, o cultivo e a 
colheita de plantas das quais possam ser extraídas substâncias sujeitas a controle especial 
(arts. 27 e 30 § 5º da RDC 16/2014), mediante comprovação de requisitos técnicos e 
administrativos específicos. 
É possível realizar consulta à situação da AFE ou AE das empresas no portal 
eletrônico da ANVISA. 
Caso a importação de medicamento seja feita por um terceiro e, não, pelo 
detentor do registro do medicamento na ANVISA, além da exigência do AFE, é necessária a 
Declaração do Detentor de Registro - DDR. Por meio dessa declaração, a empresa detentora 
da regularização do produto autoriza uma outra empresa a realizar a atividade exclusiva de 
importação terceirizada (RDC 81/2008). 
A DDR é um documento de extrema relevância no fluxo de análise do processo 
de importação, pois garante a ciência do detentor da regularização de que toda obrigação 
sobre o produto em território nacional é de sua responsabilidade, não sendo possível tal 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-21 - REV.5 
transferência para outra empresa; 
V) Critérios de habilitação indevidos 
O TCU já se posicionou no sentido de ser indevida a exigência nos editais, como 
critério de habilitação, a apresentação do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) 
bem como o Certificado de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem (CBPDA). O 
CBPDA é o documento emitido pela ANVISA atestando que determinado estabelecimento 
cumpre com as boas práticas de distribuição e armazenagem ou boas práticas de 
armazenagem dispostas na legislação. 
Outro documento que afronta os critérios de habilitação técnica previstos na Lei 
nº 8.666/1993 é a Declaração de Credenciamento Junto às Empresas Detentoras do Registro 
do Produto; e 
VI) Cumprimento do convênio CONFAZ - Conselho Fazendário/MF nº 87/2002 
Deverá ser cumprido o convênio CONFAZ - Conselho Fazendário/MF nº 
87/2002, firmado pelo Ministério da Fazenda, que determina, em sua cláusula primeira, que 
os gestores federais, estaduais e municipais em suas compras de medicamentos por licitações 
(ou por dispensa/inexigibilidade) e por mandados judiciais são obrigados a adquirir 
medicamentos com isenção de ICMS. 
O Convênio ICMS CONFAZ nº 87/2002 também assevera que o valor 
correspondente à isenção do ICMS deve ser deduzido do preço dos respectivos produtos, 
devendo o contribuinte demonstrar a dedução, expressamente, nas propostas do processo 
licitatório e nos documentos fiscais. 
Do mesmo modo, a jurisprudência consolidada do TCU dispõe que se deve 
incluir, no edital ou no termo de dispensa, cláusula específica relativa à aplicação do 
Convênio ICMS CONFAZ nº 87/2002 ou de outras normas que impliquem desoneração 
tributária, de modo a assegurar a isonomia entre os participantes, a publicidade e a obtenção 
da proposta mais vantajosa para a Administração Pública (Acórdão nº 8.518/2017 TCU-2ª 
Câmara, Ministro Relator JOSÉ MÚCIO MONTEIRO; Acórdão nº 1.140/2012-TCU-
Plenário, Ministra Relatora ANA ARRAES; Acórdão nº 1.574/2013-TCU- 2ª Câmara, 
Ministra Relatora ANA ARRAES; Acórdão nº 9.790/2011-TCU-2º Câmara, Ministro Relator 
JOSÉ JORGE); 
b) Informática: 
I) Legislação aplicável: 
As aquisições de bens de informática possuem regramento específico, sem 
prejuízo das normas gerais constantes das Leis n° 8.666/1993 e nº 10.520/2002. Assim, as 
OSTENSIVO SGM-102 
OSTENSIVO - 1-22 - REV.5 
OM deverão consultar a Lei n° 8.248/1991, Decretos n° 5.906/2006 e nº 7.174/2010. 
Já o enquadramento de bens como sendo de Tecnologia da Informação (TI) torna 
necessário observar as diretrizes constantes das IN n° 1 e n° 2, ambas de 2019, do Secretário 
de Governo Digital do Ministério da Economia, da Portaria n° 20/2016, da Portaria n° 
40/2016, ambas da antiga STI do antigo MPDG e a Portaria n° 46/2016, também da antiga 
STI, que dispõe sobre a disponibilização de software público brasileiro; 
II) Peculiaridades na instrução processual: 
O Decreto n° 7.174/2010, que trata de bens e serviços de informática, prevê 
margens de preferência. Assim, cabe indagar à área técnica quais objetos podem ser 
considerados bens de informática, de TI, ou de automação e quais atrairão a incidência de 
margem de preferência. Se for o caso de aquisição de cartuchos e “toners” para impressoras, 
há orientação do TCU no sentido de que são considerados bens de informática e sujeitos ao 
regramento previsto na Lei nº 8.248/1991 e Decreto n° 7.174/2010. 
Para os bens alcançados pelo Decreto n° 7.174/2010, o Termo de Referência 
deverá prever, segundo o art. 3º: 
- métodos objetivos de mensuração

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