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AULA 7: PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO Disciplina de Projeto e Construção de Edifícios Prof. Alexandre A. Bertini Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil Sob as diversas condições de exposição (peso próprio, sobrecargas de utilização, ação do vento e outras), a estrutura deve atender, durante a vida útil de projeto, aos seguintes requisitos: A) Não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes; B) Prover segurança aos usuários sob ação de impactos, vibrações e outras solicitações decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na época do projeto; C) Não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de quaisquer elementos da edificação, permitindo-se tal requisito atendido caso as deformações se mantenham dentro dos limites estabelecidos nesta Norma; D) Não repercutir em estados inaceitáveis de fissuras de vedações e acabamentos; E) Não prejudicar a manobra normal de partes móveis, tais como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalações em face das deformações dos elementos estruturais; F) Atender às disposições das normas NBR 5629, NBR 11682 e NBR 6122 relativas às interações com o solo e com o entorno da edificação. ITEM 7.1 - PT 2 ABNT NBR 15575 Desempenho estrutural - Exigências gerais de segurança e utilização •Projeto de estruturas análise de riscos previsíveis, condições de exposição, evidência de atendimento às respectivas normas de projeto; especificações dos materiais, recomendações de execução, recomendações de uso e manutenção. 6/204 RELEVÂNCIA ECONÔMICA • Custos do edifício 7/204 PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS 8 CUSTOS RELEVÂNCIA ECONÔMICA 30 a 35% Armadura Fôrma Concreto 35 a 50% 30 a 40% •É importante o desenvolvimento de sistemas de fôrmas de modo a barateá-lo, diminuindo sua percentagem nos custos 9 CUSTOS RELEVÂNCIA ECONÔMICA • Seviços (material) por m³ de estrutura Fonte: Bottura, M. S. (2005) 10 CUSTOS RELEVÂNCIA ECONÔMICA • R$ Serviços (material e mão-de-obra) por m³ de estrutura Fonte: Bottura, M. S. (2005) 11 CONCRETO ARMADO • R$ Serviços (material e mão-de-obra) por m³ de estrutura Fonte: Bottura, M. S. (2005) RELEVÂNCIA ECONÔMICA MÃO DE OBRA 62% MATERIAL 38% 12 CONCRETO ARMADO • Representatividade da mão-de-obra de cada serviço na estrutura Fonte: Bottura, M. S. (2005) RELEVÂNCIA ECONÔMICA ‘ 13 14 15/204 16 FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Fatores que influenciam o tempo de ciclo: Método de movimentação 17/204 Fatores que influenciam o tempo de ciclo: projeto de canteiro 18 Fatores que influenciam o tempo de ciclo: Escolha do sistema de fôrmas e cimbramento 19 Controle O que controlar??? 21 NORMAS!!! 23 SISTEMAS DE FÔRMAS PARA ESTRUTURAS DE CA 24 Sistemas de Fôrmas • Existem vários tipos de sistemas • Podem ser de: – madeira, aço, concreto, plástico ou papelão • A escolha depende de conhecimento e visão crítica • Tem grande participação nos custos da estrutura 25 Caracterização do Mercado Paulista quanto à Execução de Estruturas de Edifícios Fonte: Mércia Bottura/PCC/USP Amostragem: 207 obras, 3,4 milhões de área construída Ano da pesquisa: 2001 Distribuição das obras conforme o sistema estrutura adotado na torre 51,2% 37,2% 11,6% http://www.colorfotos.com.br/spnovo.htm • Sistema estrutural reticulado – Nesses sistema as lajes se apóiam em vigas, e as vigas em pilares – É o sistema mais comum nas edificações brasileiras, principalmente nas residências – A vigas são bem definidas – geometricamente e normalmente são alinhadas entre pilares; porém, existem situações onde vigas secundárias se apóiam em vigas principais, e estas em pilares 27 • Sistema estrutural com laje plana – Nesse sistema as lajes se apóiam em pilares sem que hajam vigas para realizar a transição dos esforços – Devido aos esforços de punção, algumas situações podem requerer o alargamento da seção do pilar no encontro com a parte inferior da laje, formando capitéis – As lajes planas também podem possuir vigas de borda, no vão da caixa de escada ou no vão dos elevadores, sem, contudo, passarem a ser classificadas como reticulada. 29 Sistema estrutural com laje nervurada – É um sistema que tem características semelhantes às da laje plana, diferindo pelo fato de remover da laje o concreto que não está sendo comprimida – Difere dos sistema reticulado pela unifomização das dimensões e espaçamentos das nervuras, além de formar visualmente um plano, formado pelas nervuras, quando visto de baixo para cima – As nervuras podem se apresentar em uma ou duas direções e podem ser produzidas empregando-se moldes plásticos, metálicos, de fibra de vidro, ou por elementos que ficam incorporados à laje, tais como blocos cerâmicos, de concreto celular autoclavado ou poliestirenoexpandido (Isopor) 30 31 32 33 34 CARACTERÍSTICA DE MERCADO Distribuição das obras conforme a abordagem relativa à confecção dos painéis FUNÇÕES • Moldar o concreto e garantir a geometria e textura desejadas FUNÇÕES • Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que atinja resistência mecânica necessária 38 FUNÇÕES • Servir de suporte para o posicionamento da armação, permitindo a colocação de espaçadores para garantir os cobrimentos 39 FUNÇÕES • Servir de suporte para o posicionamento de elementos das instalações e outros itens embutidos 40 FUNÇÕES • Servir de estrutura provisória para as atividades de armação e concretagem, devendo resistir às cargas provenientes do seu próprio peso, além das de serviço tais como pessoas, equipamentos e materiais 41 FUNÇÕES • Proteger o concreto novo contra choques mecânicos • Limitar a perda de água do concreto facilitando a cura Devido a importância das fôrmas, é necessário garantir o seu desempenho através de sua concepção, do seu dimensionamento e da sua execução. 42 PROPRIEDADES OU REQUISITOS DE DESEMPENHO • Resistência mecânica à ruptura • Resistência a deformações • Estanqueidade • Geometria especificada • Rugosidade superficial adequada • Estabilidade dimensional • Permitir o correto posicionamento da armadura 43 PROPRIEDADES OU REQUISITOS DE DESEMPENHO • Baixa aderência ao concreto • Permitir deforma sem danos • Facilidade para o correto lançamento do concreto • Permitir segurança no manuseio • Economia • Não influenciar negativamente nas características do concreto Cuidados com a absorção de água e o uso de desmoldante 44 IMPORTÂNCIA “A Fôrma inicia todo o processo de execução da estrutura, carregando consigo a “missão” de criar referências e padronizar o grau de “excelências exigida” para toda a obra”. Paulo Assahi 45 IMPORTÂNCIA A influência da fôrma na qualidade da estrutura • A fôrma é a única responsável pela geometria dos elementos estruturais a fôrma tem potencial de gerar altos custos indiretos, tais como o de correção da estrutura ou o que induz custos adicionais a outros subsistemas pela falta de qualidade geométrica da estrutura. Estes somados podem representar valores comparáveis ao da própria fôrma 46 IMPORTÂNCIA A influência da fôrma na qualidade da estrutura • Patologias na estrutura ou na vedação podem ser conseqüências da deformação ou mobilidade excessiva da estrutura causada pela má utilização do sistema de fôrmas 47 IMPORTÂNCIA A influência da fôrma na qualidade da estrutura • Excesso de peso das argamassas para correção de estrutura mal moldada pode causar patologia • Em alguns casos de ruptura da estrutura a médio e a longo prazo a origem pode estar na falha de estanqueidade da fôrma • A perda da nata expõem a armadura aos agentes agressivos através dos vazios formados, facilitando a sua despassivação 48 IMPORTÂNCIA A influência da fôrma na qualidadeda estrutura • Paralelamente ao seu relevante custo direto, a estrutura tem grande peso na determinação do prazo e da qualidade da obra, sendo um dos caminhos críticos mais longos, determinando o início da execução de quase todos os serviços subseqüentes • Constitui uma atividade vultuosa, que exerce grande influência sobre os custos e a qualidade de diversos outros serviços NOMECLATURA 49 50 NOMECLATURA NÃO HÁ CONSENSO NA NOMECLATURA ADOTADA POR -PROJETISTA DE FÔRMAS -PROJETISTA DE ESTRUTURAS -ENGENHEIROS DE OBRA -FORNECEDORES -OPERÁRIOS As fôrmas podem apresentar-se como: • Convencional = fabricadas no próprio canteiro de obras. • Industrializada de madeira = fabricadas sob medida, por empresa especializadas. • Industrializada modulada = painéis pré- fabricadas, geralmente metálicas, fornecidas por empresas especializadas. 51 52 NOMECLATURA: MOLDE • É a parte do sistema que dá a forma peça, entrando em contato com a superfície do concreto. Normalmente é composto por painéis, que podem ser: – Estruturados : possuem peças complementares para o enrijecimento fixadas permanentemente – Não-estruturados: não possuem nenhum elemento fixado permanentemente 53 NOMECLATURA: CIMBRAMENTO • É o conjunto de elementos que absorve ou transfere para um local seguro as cargas que atuam nas fôrmas. Pode ser dividido em quatro grupos: – Escoramentos: peças verticais sujeitos a esforços de compressão – Vigamento: peças horizontais sujeitas aos esforços de flexão originados pelos carregamentos – Travamento: peças verticais sujeitas aos esforços de tração e/ou flexão originados pelos carregamentos horizontais – Mãos-francesas: peças inclinadas para contenção horizontal 54 NOMECLATURA: ACESSÓRIOS • É o conjunto de peças que auxiliam os desempenho das outras, sendo constituídos por aprumadores, sarrafos de pé-de-pilar e cunhas 55 NOMECLATURA: PILARES 56 NOMECLATURA: PILARES 57 NOMECLATURA: PILARES 58 NOMECLATURA: PILARES 59 NOMECLATURA: PILARES 60 NOMECLATURA: PILARES 61 NOMECLATURA: VIGAS 62 NOMECLATURA: VIGAS 63 NOMECLATURA: VIGAS 64 NOMECLATURA: VIGAS 65 NOMECLATURA: VIGAS 66 NOMECLATURA: LAJES 67 NOMECLATURA: LAJES 68 NOMECLATURA: LAJES 69 NOMECLATURA: SISTEMA COMPLETO 70 FÔRMAS: Materiais Constituintes dos Moldes, Cibramentos e Acessórios 71 MATERIAL CONSTITUINTE: MOLDES 72 • MADEIRA – Chapas de madeira compensada É a principal e a responsável pela definição da textura superficial do concreto, ou seja, todo o contato do concreto com a fôrma se dá através deste material (~73% do custo total dos materiais) Materiais Constituintes: moldes 73 • MADEIRA – Chapas de madeira compensada Materiais Constituintes: moldes 74 • MADEIRA – Chapas de madeira compensada – CLASSIFICAÇÃO (NBR 9532) – GER: compensado de uso geral – FOR: fôrma de concreto » R: resinado » P: plastificado – DEC: decorativo – NAV: naval Materiais Constituintes: moldes 75 • MADEIRA – Chapas de madeira compensada – A quantidade entregue pela contagem das chapas – As dimensões: largura, comprimento e espessura – Número de lâminas – Ortogonalidade dos cantos – Análise visual da qualidade das lâminas superficiais e/ou da plastificação, presença de falhas nas bordas, pintura de proteção das bordas – Ensaio expedito de delaminação Materiais Constituintes: moldes PROPOSTA PARA RECEBIMENTO 76 • MADEIRA – Chapas de madeira compensada ENSAIO EXPEDITO DE RECEBIMENTO – Fervura durante um determinado tempo = avaliar a delaminação Materiais Constituintes: moldes 77 • METAL – Aço ou alumínio – Enorme capacidade de reutilização – Excelente acabamento superficial – Alto custo e baixa flexibilidade de utilização (não conseguem facilmente ser utilizados para mais de um elemento estrutural na mesma obra) – Não são usados em fôrmas convencionais – No exterior, devido à maior preocupação com a padronização e modulação dos vãos, são utilizados associados a painéis modulares voltados para pilares e paredes Materiais Constituintes: moldes 78 • METAL Materiais Constituintes: moldes http://www.pecformas.com.br/postes/postes.htm http://www.pecformas.com.br/tubos_caixas/caixas.htm 79 • METAL Materiais Constituintes: moldes 80 • METAL Materiais Constituintes: moldes Fôrma para pilar 81 • METAL Materiais Constituintes: moldes Moldes de aço incorporado ao concreto (tipo steel deck) 82 • SINTÉTICOS – Elementos de fácil conformação geométrica – De plástico e borracha, principalmente, têm sido utilizados em fôrmas especiais – Fôrmas precisas com boa capacidade de utilização – No Brasil, os plásticos mais utilizados são o polietileno rígido ou o poliéster reforçado com fibra de vidro, usados nos moldes das fôrmas para lajes nervuradas – Começam a ser utilizados painéis para fôrmas de pilares, vigas e lajes, mas, ainda de forma pouco difundida Materiais Constituintes: moldes 83 • SINTÉTICOS Materiais Constituintes: moldes 84 • SINTÉTICOS Materiais Constituintes: moldes 85 • SINTÉTICOS Materiais Constituintes: moldes 86 • SINTÉTICOS Materiais Constituintes: moldes 87 • PAPELÃO – É utilizado como molde de elementos estruturais tipo barra, tais como pilares e vigas – Por ser um peça inteiriça, não possuindo juntas, o molde de papelão tem que ser cortado para desformar a peça, fazendo com que tenha apenas uma utilização – O seu custo pode ser compensado pela qualidade de acabamento superficial do concreto e pelo reduzido consumo de mão-de-obra na execução de elementos complicados Materiais Constituintes: moldes 88 • PAPELÃO Materiais Constituintes: moldes 89 • PAPELÃO Materiais Constituintes: moldes 90 • CONCRETO – É utilizado basicamente quando se associam elementos pré-moldados com elementos moldados in loco, como é o caso de pré-vigas ou pré-lajes – As pré-lajes, uma vez montadas, servem de molde para o restante da laje, ficando incorporadas na estrutura final Materiais Constituintes: moldes 91 • CONCRETO Materiais Constituintes: moldes 92 MATERIAL CONSTITUINTE: CIMBRAMENTOS • Escoramento e vigamento “A escolha dos materiais para o escoramento e o vigamento deve ser baseada na sua capacidade resistente, no potencial de reutilização, na manuseabilidade, na versatilidade e na interferência com os outros elementos” FREIRE,2001 93 • ESCORAMENTO – Como escoramento, é utilizada tanto serrada, com seção retangular, quanto na forma de peças roliças – Nos processos convencionais, o uso da madeira nas escoras é caracterizado pela falta de padronização, excesso de mão de obra, baixa precisão geométrica e grande volume de entulho gerado – É muito utilizada na construção civil nacional Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 94 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 95 96 97 98 99 100 • ESCORAMENTO – São bastante utilizados como escoras tubulares (de aço ou alumínio), fixas ou telescópicas, e em elementos de torres (tem boa capacidade de carga) – Possuem grande durabilidade e boa precisão geométrica – São de fácil manuseio – Atingem alturas superiores ao escoramento de madeira Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 101 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 102 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 103 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 104 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 105 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 106 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL Torre metálica 107 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL Torre metálica 108 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL Torre metálica 109 • ESCORAMENTO MateriaisConstituintes: Cimbramentos METAL Sistema tipo “Flex” 110 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL Sistema tipo “Flex” 111 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL Sistema tipo “Flex” 112 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL Sistema tipo “Deck” 113 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL Sistema tipo “Deck” 114 • ESCORAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 115 • VIGAMENTOS – Como vigamento, pode ser empregada tanto no estado natural (serrada ou aparelhada) ou industrializada – Os elementos e madeira industrializada constituem principalmente as vigas de perfil “I”, conhecidas comercialmente como H20 – As “H20” tem a alma em chapa de madeira compensada ou aglomerada e mesas em madeira aparelhada. São caracterizadas pela boa relação peso/resistência e têm boa durabilidade – O nome H20 tem origem na altura das vigas inicialmente usadas, que era de 20cm. No entanto, percebe-se que, atualmente, esse nome tem sido utilizado para as vigas de perfil em geral, independentemente da sua altura Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 116 • VIGAMENTOS Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 117 • VIGAMENTOS Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 118 119 120 121 • VIGAMENTOS – Normalmente feitos com chapas dobradas ou soldada e, muitas vezes, associados a peças de madeira, formando “vigas sanduíche”, ou então com barras de aço compondo vigas-treliças – São normalmente bastante resistentes à flexão – Apresentam grande capacidade de reutilização Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 122 • VIGAMENTOS Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 123 • TRAVAMENTO A seleção dos materiais que farão o travamento das fôrmas deve levar em consideração a sua capacidade de resistir à tração e ã flexão, durabilidade, manuseabilidade e integração com os demais elementos Materiais Constituintes: Cimbramentos 124 • TRAVAMENTO – Nos travamentos de vigas e pelares, a madeira é utilizada em diversas dimensões, compondo gravatas, vigas de travamento, sarrafos de pressão, etc – Pode também ser associada a outros materiais, como aço e alumínio – Para travar pilares e vigas, são utilizadas vigas feitas com chapa dobrada ou soldada, gravatas barras de ancoragem, porca e tensores Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 125 • TRAVAMENTO: PILARES Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 126 • TRAVAMENTO: PILARES Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 127 128 129 130 • TRAVAMENTO: VIGAS Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 131 • TRAVAMENTO: VIGAS Materiais Constituintes: Cimbramentos MADEIRA 132 • TRAVAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 133 • TRAVAMENTO Materiais Constituintes: Cimbramentos METAL 134 • TRAVAMENTO: METAL/MADEIRA Materiais Constituintes: Cimbramentos 135 • TRAVAMENTO: METAL/MADEIRA Materiais Constituintes: Cimbramentos 136 • MÃO-FRANCESA – A seleção de materiais para serem utilizados como mão- francesa deve considerar a sua capacidade de resistir à tração e à compressão, manuseabilidade e integração com os demais elementos do sistema – As mãos-francesas podem ser feitas dos seguintes materiais: • Madeira: podem ser utilizados sarrafos ou tábuas • Metal: utiliza-se cantoneiras metálicas, escoras tubulares e aprumadores metálicos • Outros: para a contenção horizontal de vigas e pilares, podem ser utilizados cordas ou cabos de aço associados a esticadores ou ganchos metálicos Materiais Constituintes: Cimbramentos 137 • MÃO-FRANCESA: PILARES Materiais Constituintes: Cimbramentos 138 • MÃO-FRANCESA: VIGAS Materiais Constituintes: Cimbramentos 139 MATERIAL CONSTITUINTE: ACESSÓRIOS •A escolha dos acessórios baseia-se, principalmente, na sua capacidade de bem suprir as necessidades do sistema de fôrmas como um todo •Em função de se ter diversas utilizações possíveis para os acessórios, a escolha dos materiais que os compõem se baseará, mais do que em seus desempenhos individuais, nas interferências com os demais elementos do sistema de fôrmas 140 • Madeira – Normalmente os acessórios de madeira, como cunhas, gastalhos malucos e sarrafos para fixação de gastalhos, são feitos cortando peças de madeira, como pontaletes, sarrafos ou chapas de compensado. Os acessórios feitos de madeira são caracterizados pela imprecisão dimensional, grande consumo de mão-de- obra, poucas reutilizações e geração de entulho; no entanto, têm seu custo unitário baixo; • Metal – São utilizados, em algumas situações, para substituir a madeira, proporcionando vantagens quanto ao desempenho e vida útil, ainda que sejam mais caros. Por exemplo, forcados e cruzetas. • Plástico – É utilizado, quase que exclusivamente, na forma de tubos de PVC e cones para encamisamento de tensores e barras de ancoragem. Materiais Constituintes: Acessórios 141 FÔRMAS: CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS 142 • Sistemas modulares: associados a painéis estruturados fabricados em metal ou plástico, com pouco cimbramento e altamente industrializado. • Sistemas tramados: possuem uma quantidade maior de peças associadas ao vigamento e travamento, sendo associados a painéis sem padronização dimensional, confeccionados especialmente para uma determinada situação. Caracterização dos Sistemas 143 ESCOLHA DO SISTEMA DE FÔRMAS Os objetivos básicos da sistematização da fôrma são: – Obter o sistema adequado às necessidades e às condições disponíveis; – Ter o controle da precisão geométrica dos elementos da estrutura; – Obter melhor produtividade na confecção, montagem, desforma, transporte, conservação e manutenção; – Preservar o desempenho da estrutura com correto manuseio da fôrma; – Obter o resultado mais econômico. 144 ESCOLHA DO SISTEMA DE FÔRMAS A escolha do sistema de fôrma requer conhecimentos teóricos e práticos, sob pena de optar-se pelo sistema tecnicamente correto, mas inadequado às condições do canteiro. O enfoque mais importante é o da adequabilidade. 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 Fabricação de fôrmas A fabricação de formas pode ser contratada ou executada na própria obra com o auxílio do Projeto Executivo de Estrutura, Projeto de Escoramento e Projeto de Fôrmas. 157 Central de produção? ou Produção em cada obra? ou Fôrmas pré-fabricadas? Decisão Inicial: Comprar ou Alugar? Materiais e Equipamentos: - Maderite (Plastificado ou Resinado); - Pontaletes de madeiras; - Cunhas de madeiras; - Pregos e linhas de nylon; - Nível alemão, nível laser ou de mangueira de mão; - Prumos de centro; - Serra de bancada; - Espaçadores; - Distanciadores; - Desmoldantes (pincel ou broxa); - Proteções periféricas (NR-18), - Dentre outros. 158 Fabricação de fôrmas Condições para o início da confecção: a) A central de forma deve estar montada e com todos os equipamentos instalados; b) Obedecer criteriosamente à planta de fôrmas do projeto estrutural, tendo como base o dimensionamento para resistir aos esforços: - Peso próprio das formas; - Peso próprio das armaduras e do concreto; - Peso próprio dos operários e equipamentos; - Vibrações devido ao adensamento; c) As fôrmas devem ser estanques, não permitindo a passagem de argamassa pelas frestas das tábuas; d) Devem ser executadas de modo a possibilitar o maior número possível de reutilizações, proporcionando economia no material e mão-de-obra. 159 Fabricação de fôrmas Procedimentos para a fabricação: a) Galgar todas as peças, cortar e estruturar os painéis de acordo com o projeto, b) As superfícies devem ser planas e lisas, sem apresentar serrilhas; c) Identificação dos painéis com gabaritos de letras e tinta óleo; d) Estocar painéisem áreas limpas, arejadas e protegidas da ação do sol e da chuva, com espaço compatível, fora da área de montagem; e) Deve-se ter no mínimo 02 jogos de fôrmas de fundo de viga e tiras de reescoramento das lajes respeitando o tempo correto de desforma. 160 Fabricação de fôrmas Central de produção 161 Produção na obra 162 Projeto de fabricação 163 Projeto de Fabricação 164 Procedimentos para recebimento das fôrmas: a) Receber sempre com o mestre de obra e conferir pelo número de ordem com o romaneio (lista que especifica peso, qualidade e quantidade) de nota fiscal; b) Conferir cada peça (chapas inteiras, longarinas, escoras de laje, os garfos de fundo de viga e outros); c) A estocagem deve ser feita empilhando-se o material na posição horizontal, sobre vigotas de madeira a uma altura de 15 cm do chão. 165 Fôrmas prontas Fôrma pronta 166 Sistema para paredes e pilares que garante acabamento perfeito do concreto e proporciona redução de até 70% de mão-de-obra. Material: Painéis em chassis de aço galvanizado. 167 Fôrma pronta Sistema composto por painéis em chassis de aço forrados com compensado plastificado, que são acoplados com clips e alinhados com perfis ou tubos metálicos. Fôrma pronta 168 169 Fôrma pronta 170 Fôrma pronta 171 Fôrma pronta 172 Fôrma pronta 173 Fôrma pronta As formas são divididas em duas metades iguais, unidas por parafusos sextavados 5/8” x 1.1/2”, a cada 25 cm nas abas laterais. 174 Fôrma pronta 175 Fôrma pronta 176 Composto por perfis metálicos que se encaixam entre si, o sistema permite a utilização de qualquer tipo de cubeta. Seu sistema proporciona a desforma rápida da laje, sem a necessidade de retirar as escoras do reescoramento. Cubeta confeccionada em polipropileno (PP) Fôrma pronta Uso de cubetas de polipropileno com a fôrma para lajes 177 Fôrma pronta Fôrma pronta 178 Fôrma pronta 179 Praticas recomendadas Fôrma de pilares • Procedimentos de montagem: a) eixos e nível transferidos para a laje (conferidos e liberados com trena metálica); b) marcar e fixar os gastalhos nos tacos (colocados na concretagem) a partir dos eixos sem se preocupar com o nível; c) apicoar o concreto na base interna do gastalho a fim de remover a nata de cimento; d) fixar um pontalete guia, travando no gastalho e aprumando de acordo com os eixos (2 escoras em mão-francesa); e) colocar as formas (3 faces) do pilar, cuidando para que fiquem solidarizadas no gastalho e aprumadas no pontalete guia; f) verificar o nível do conjunto marcando no pontalete guia a altura do pilar; g) a cada operação conferir prumo, nível e ortogonalidade do conjunto (usando esquadro metálico); h) passar desmoldante nas faces internas das fôrmas (caso já tenha sido usada); i) conferir e liberar para colocação e montagem da armadura; j) depois de colocada a armadura e todos os embutidos (prumadas, caixas etc.) posicionar as galgas e espaçadores a fim de garantir as dimensões internas e o recobrimento da armadura; 180 • Procedimentos de montagem: l) prever janela de inspeção e limpeza em pilares com mais de 2,5 m de altura; m) executar o travejamento da fôrma por meio de gravatas, tirantes, tensores, encunhamentos etc., de acordo com as dimensões dos painéis e da carga de lançamento a suportar; n) conferir todo o conjunto e partes e liberar para concretagem, verificando principalmente: prumo, nível, imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e limpeza do fundo. 181 Praticas recomendadas Fôrma de pilares Praticas recomendadas Fôrma de vigas • Procedimentos de montagem: a) depois de limpos os painéis das vigas, deve-se passar desmoldante com rolo ou broxa (providenciar a limpeza logo aos a desmoldagem dos elementos de concreto, armazenando os painéis de forma adequada para impedir empenamento); b) lançar os painéis de fundo de vigas sobre a cabeça dos pilares ou sobre a borda das fôrmas dos pilares, providenciando apoios intermediários com garfos (espaçamento mínimo de 80 cm); c) fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas nos pilares cuidando pra que não ocorram folgas (verificar prumo e nível); d) nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas nas bases dos garfos e fixando o nível com sarrafos pregados nos garfos (repetir nos outros garfos até que todo o conjunto fique nivelado); e) lançar e fixar os painéis laterais; f) conferir e liberar para colocação e montagem da armadura; g) depois de colocada a armadura e todos os embutidos (prumadas, caixas etc.) posicionar as galgas e espaçadores a fim de garantir as dimensões internas e o recobrimento da armadura; 182 Praticas recomendadas Fôrma de vigas • Procedimentos de montagem: h) dependendo do tipo de viga (intermediária ou periférica) executar o travejamento da fôrma por meio de escoras inclinadas, chapuzes, tirantes, tensores, encunhamentos etc., de acordo com as dimensões dos painéis e da carga de lançamento a suportar; i) conferir todo o conjunto e partes e liberar para concretagem, verificando principalmente: alinhamento lateral, prumo, nível, imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e limpeza do fundo. 183 Praticas recomendadas Fôrmas para lajes • Procedimentos de montagem (laje maciça): a) lançar e fixar as longarinas apoiadas em sarrafos guias pregados nos garfos das vigas; b) providenciar o escoramento mínimo para as longarinas por meio de escoras de madeira ou metálicas (1 a cada 2 metros); c) lançar o assoalho (chapas compensadas ou tábuas de madeira) sobre as longarinas; d) conferir o nível dos painéis do assoalho fazendo os ajustes por meio cunhas nas escoras ou ajustes nos telescópios; e) fixar os elementos laterais a fim de reduzir e eliminar as folgas e pregar o assoalho nas longarinas; f) verificar a contra flecha e se for o caso de laje-zero, nivelar usando um aparelho de nível (laser) a fim de garantir a exatidão no nivelamento; g) travar o conjunto todo; h) limpar e passar desmoldante; i) conferir nos projetos das instalações os pontos de passagens, prumadas, caixas, embutidos etc.; j) liberar para execução da armadura; 184 Praticas recomendadas Fôrmas para lajes • Procedimentos de montagem (laje maciça): l) conferir todo o conjunto e partes antes de liberar para concretagem, verificando principalmente: nivelamento, contra flecha, alinhamento lateral, imobilidade, travejamento, estanqueidade, armaduras, espaçadores, esquadro e limpeza do fundo. 185 Práticas recomendadas Desforma Tipos de formas Prazo de desforma mínimo Paredes, pilares e faces laterais de vigas 3 dias Lajes com mais de 10 cm de espessura e faces inferiores de vigas com menos de 10 m de vão 7 dias Faces inferiores de viga com reescoramento 7 dias 186 Deve ser realizada usando-se ferramentas adequadas e por pessoal treinado, reduzindo-se gradativamente o escoramento. A retirada dos escoramentos deve ser guiada pelo Projeto de Escoramento e deve ocorrer conforme esforço natural da peça. Após a retirada das formas, deve-se limpá-las para que elas possam ser reutilizadas. Processo de desforma: - Verificar o tempo adequado de cura do concreto para desforma das peças; - Observar se os painéis estão sendo desformados com auxílio de desformador; - Checar a instalação de cordas, redes ou cavaletes, para evitar eventuais impactos; - Assegurar a limpeza dos painéis logo após a desforma; - Verificar a deforma e escoramento adequados de vigas e lajes. Reescoramento de vigas e lajes: Verificar, visualmente, o posicionamento e a fixação das reescoras, dos fundos de viga e das tiras de laje, nas posições definidas em projeto, antes da retirada das escoras. 187 Práticas recomendadas 188 Outros tipos de fôrmas • Fôrmas para parede maciça; • Fôrmas trepantes; • Fôrmas deslizantes (horizontal e vertical); • Fôrmas voadoras. 189 Fôrmas para parede Maciça •Vedação e estrutura ao mesmo tempo; •Revestimentos racionalizados;•Alguns sistemas próprios e empresa; •Empregados em sistemas de HIS. PRINCIPAIS VANTAGENS •Alta produtividade; •Competitivo; •Execução simultânea da vedação e da estrutura; •Dispensa revestimento ou leva revestimentos de pequenas espessuras. 190 Sistema composto por painéis fabricados com perfis especiais de alumínio e forrados com placas de alumínio. Fôrmas para parede Maciça 191 Fôrmas para parede Maciça 192 Fôrmas para parede Maciça 193 Fôrmas para parede Maciça 194 Fôrmas para parede Deslizantes 1- barrão 2- macaco hidráulico 3- perna de canga 4- plataforma de trabalho 5- andaime superior 6- fôrma 7- tubo de camisa 8- travessa 9- andaime de pedreiro 10- parede concretada 11- guarda corpo 12- bomba hidráulica 195 Sistema de fôrmas deslizantes Sistema utilizado para obras com estruturas de concreto armado muito altas, com seções de dimensões contínuas ou variáveis, como pilares, paredes, silos dentre outros. Compostas por painéis, guias, barrões, ancoragens, andaime, piso metálico, além de contraventamento e de material hidráulico, as Fôrmas Deslizantes proporcionam agilidade, resistência, supressão de juntas e permitem um acabamento perfeito nas obras. As fôrmas são montadas de acordo com a geometria da estrutura, depois, são fixados dispositivos estruturais e hidráulicos que possibilitam a movimentação da fôrma no sentido vertical ou horizontal. Para a montagem do sistema, se faz necessário o uso de guindastes ou gruas. 196 Equipamento ideal para a execução de grandes lajes, principalmente protendida, em curtos prazos de tempo. A mesa deslizante é uma fôrma de laje que se apoia nos pilares já concretados. Vantagens: • Redução de mão-de-obra; • Maior velocidade na execução da obra; • Nenhum ou pouco escoramento, e, em consequência, redução ou eliminação de reescoramento. Sistema de fôrmas deslizantes Sistema de fôrmas deslizantes 197 198 Fôrmas para parede Trepantes O emprego do sistema TECFORMA de fôrmas trepantes propicia uma evolução com maior racionalização no emprego de pessoal, andaimes e escoramentos, refletindo-se em melhor produto acabado e menores custos, se comparado aos sistemas convencionais de concretagem. Em comparação com o sistema de fôrmas deslizantes, apresenta uma necessidade menor de infra- estrutura, não exigindo o trabalho em turnos contínuos. Sistema de fôrmas trepantes 199 200 Sistema de fôrmas trepantes 201 Fôrmas para parede e lajes Voadoras Tipo mesa- parede voadora Sistema de fôrma tipo mesa voadora 202 203 Fôrmas para parede e lajes Voadoras Tipo Túnel Vídeos 204 https://www.ulmaconstruction.com.br/pt-br/multimidia/animacoes-e-videos#b_start=0 29 vídeos de sistemas de formas, andaimes, escoramentos e outros
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