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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ CAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA Disciplina de Química Nuclear Aluno: Douglas Olicheski Wichineski História e laureados com o prêmio Nobel de química Alfred Bernhard Nobel, é o fundador da Fundação Nobel que confere prêmios Nobel a pessoas que tenham mostrado demasiada excelência em seus trabalhos, desconsiderando sempre características pessoais, como nacionalidade e gênero. Os campos contemplados pela fundação Nobel, são as áreas de Química, Física, Fisiologia (Medicina), Literatura, Paz e por último ciências econômicas, este em homenagem ao criador da fundação. A fundação começou funcionar desde 1901 e vem se desenrolando até os dias atuais, contemplando inúmeros cientistas, com além do próprio prêmio Nobel, medalhas de ouro e quantias em dinheiro custeadas pelo banco Norueguês. Dentre os quase 1000 contemplados pelo prêmio, a faixa etária média fica entre 60 a 64 anos. Em todo esse tempo nem todos os nomeados foram realmente contemplados com o prêmio, alguns simplesmente recusaram, outros foram obrigados por autoridades a recusarem o prêmio. Alfred Bernhard Nobel, nascido em Estocolmo na Suécia, ficou muito famoso pelo trabalho na fabricação de explosivos a base de nitroglicerina, e seus principais feitos foram a invenção da dinamite, da gelatina explosiva e da pólvora sem fumaça. Abalado com a destinação um pouco maléfica de suas invenções, usou sua fortuna para a construção da Fundação Nobel, a qual seria encarregada de premiar as melhores contribuições que favoreciam o bem para humanidade [1]. Laureados pelo prêmio Nobel na área de Química Nuclear: Laureado Ano da premiação Resumo Edwin M. Mcmillan (1907-1991) 1951 Ganharam o Nobel devido a descobertas dos elementos transurânicos, pela produção e identificação do elemento de número atômico 93, netúnio e o elemento de número atômico 94, plutônio, resultado da fissão nuclear do urânio [2]. Glenn T. Seaborg (1912-1999 Otto Hahn (1879- 1968) 1944 Ganhou o Nobel pela descoberta da fissão nuclear no urânio em 1939, isso proporcionou no futuro a construção de usinas nucleares para produção de energia elétrica e até bombas atômicas [4]. George de Hevesy (1885-1966) 1943 Conseguiu o Nobel por seu trabalho sobre o uso de isótopos como indicadores no estudo de processos químicos. Propôs “marcar” o chumbo com isótopos de rádio, essa técnica tornava possível rastrear o chumbo e medir sua radioatividade, usou primeiramente em organismos de plantas e animais, essa técnica deu tão certo que lhe garantiu o Nobel. Em 1922, Hevesy ajudou a descobrir o elemento Háfnio [5]. Frédéric Joliot (1900- 1958) 1935 Conquistaram o prêmio pela síntese de novos elementos radioativos que ficou conhecida como radioatividade artificial. O experimento que proporcionou tal feito foi realizado através do bombardeamento de uma folha de alumínio por partículas alfa. [3] Irène Joliot-Curie (1897-1956) Harold c. Urey 1934 Fez a descoberta do Deutério, um isótopo do hidrogênio de massa igual a 2. Foi responsável por pesquisas sobre métodos de difusão e centrifuga de separação de isótopos, além de estudo sobre água pesada como moderador [6]. Francis W. Aston (1877-1945) 1922 Fez a descoberta de vários isótopos através do espectrógrafo de massa e da regra do número inteiro na estrutura e peso dos átomos. Fez estudos com neon, gás inerte, descobrindo isótopos do mesmo [7]. Frederick Soddy (1877-1956) 1921 Contribuição para o conhecimento da química de substâncias radioativas e sua Investigação sobre a origem e a natureza dos isótopos, fez uma generalização sobre as emissões alfa e beta, que tempo depois ficou conhecida como a lei do deslocamento, essa lei explicava basicamente a mudança dos elementos e como eles se deslocavam na tabela periódica quando emitissem um partícula alfa ou uma beta [3]. Marie Curie (1867- 1934) 1911 Descobriu os elementos rádio e Polônio, fez o isolamento destas substâncias e estudou seus compostos. Deu sentido ao nome radioatividade ao falar que era isso que os elementos radioativos faziam. Morreu em 1934 de leucemia, muito provavelmente causada pela exposição à radiação [3]. Sir Ernest Rutherford (1871- 1937) 1908 Por seus estudos sobre substâncias radioativas. Realizou diversos estudos utilizando substâncias radioativas, o mais famoso deles foi o experimento da folha de ouro, este foi o responsável pela formulação de seu modelo de átomo da época. O experimento consistia basicamente em bombardear uma folha de ouro com partículas alfa, a partir da observação Rutherford notou que a maioria das partículas passavam pela folha em linha reta e outra passavam mas ricocheteavam, somente pouquíssimas partículas retornavam a fonte de emissão alfa, isso foi o bastante para a formulação do novo modelo atômico na época. Outro feito memorável, foi a proposta da existência de uma partícula neutra, denominada nêutron, que foi comprovada por James Chadwick, em 1932, após irradiação de uma folha de berílio com partículas alfa [3,4]. Willard F. Libby (1908- 1980) 1960 Especialista em rádio química, orientado a área de trabalho e rastreamento de isótopos, ganhou fama pela universidade de Chicago pelo seu trabalho com carbono-14 natural, com uso em artefatos arqueológicos para fazer a datação, processo que consistia em descobrir a “idade de artefatos” com base no decaimento do carbono 14. Foi através do trabalho com carbono- 14 que conquistou o prêmio Nobel em 1933 [9]. Richard Robert Ernst (1933-) 1991 Foi professor e investigador na Suíça, recebeu o prêmio Nobel devido suas contribuições para o desenvolvimento da metodologia de ressonância magnética nuclear de alta resolução, como técnicas aprimoradas de espectroscopia 2D e difusão de spin [8] . Referências: [1] Mazali, I. O. História e laureados com o prêmio Nobel de Química. Laboratório de Química do Estado Sólido – IQ-UNICAMP. São Paulo, sem ano. [2] FLÔR, C. C. História da Ciência na Educação Química: Síntese de elementos transurânicos e extensão da Tabela Periódica. Universidade Estadual do Paraná - UFPR. Paraná, 2008. [3] XAVIER, A. M. et all. Marcos da história da radioatividade e tendências atuais. Química Nova vol.30 no.1 São Paulo, 2007. [4] MERÇON, F.; QUADRAT, S. V. A radioatividade e a história do tempo presente. Química nova na escola. N° 19, sem local, 2004. [5] George de Hevesy. ATOMIC HERITAGE FOUNDATION. Disponível em: https://www.atomicheritage.org/profile/george-de-hevesy. Acesso em 02/04/20. [6] Moving Forward – 1941. ATOMIC HERITAGE FOUNDATION. Disponível em: https://www.atomicheritage.org/history/moving-forward-1941. Acesso em 02/04/20. [7] Francis W. Aston Biographical. THE NOBEL PRIZE. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/chemistry/1922/aston/biographical/. Acesso em 02/04/20. [8] Richard Robert Ernst. THE NOBEL PRIZE. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/chemistry/1991/ernst/biographical/. Acesso em 06/04/20. [9] Willard F. Libby. THE NOBEL PRIZE. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/chemistry/1960/libby/biographical/. Acesso em 06/04/20.