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BEN EM VACAS

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investigação, 17(5): 24-31 2018
ISSN 2177-4080
24
 
investigação, 17(5): 24-31 2018
MV. Bruno Fianco1*, Eng. Agr. MSc. Dr. Mikael Neumann1, MV. MSc. Denis V. Bonato2, MV. MSc. Lucas G. 
Ghizzi3, MV. Angélica Link4, MV. MSc. Felipe de Lima Wrobel1, MV. MSc. Dr. Robson K. Ueno5, MV. MSc. 
Mailson Poczynek1, MV. MSc. Murilo K. Carneiro1, MV. MSc. Dr. Pedro Paulo M. Teixeira6,7
1. Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava, Paraná, Brasil.
2. Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina, Paraná, Brasil.
3. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo – FMVZ/USP, Pirassununga, São Paulo, Brasil.
4. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, Toledo, Paraná, Brasil.
5. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
6. Universidade de Franca – UNIFRAN, Franca, São Paulo, Brasil.
7. Universidade Federal do Pará – UFPA, Castanhal, Pará, Brasil.
* e-mail: bruno.fianco@hotmail.com
REVISÃO DE LITERATURA
NUTRIÇÃO E PRODUÇÃO ANIMAL
BALANÇO ENERGÉTICO NEGATIVO NO 
PERÍODO DE TRANSIÇÃO DA VACA LEITEIRA
Negative energy balance in dairy cow transition period
RESUMO ABSTRACT
Embora ainda com produtividade baixa a cadeia leiteira possui lugar de destaque no cenário agropecuário 
nacional com grande potencial de crescimento. Uma das formas de reverter a baixa produtividade de leite é a 
utilização correta de técnicas alimentares específicas para cada fase do ciclo produtivo da fêmea bovina. O período 
de transição, compreendido entre três semanas antes e três semanas após o parto, é considerado a fase mais crítica 
da lactação da vaca de aptidão leiteira. Neste contexto, o objetivo desta revisão é abordar aspectos relativos ao 
período de transição de vacas leiteiras, salientando medidas de manejo e nutricionais que diminuem a magnitude 
do balanço energético negativo (BEN), e dos prejuízos associados. Durante o período de transição ocorre uma 
série de mudanças hormonais, alterações nas exigências nutricionais e queda no consumo de matéria seca (CMS), 
predispondo o aparecimento do BEN, bem como o animal a distúrbios metabólicos. Uma das principais doenças 
metabólicas relacionadas com o BEN é a cetose, cujo risco pode ser reduzido com o aumento da ingestão de energia 
dietética após o parto. Uma nutrição adequada, que proporcione incremento no consumo alimentar, é fundamental 
neste período para que a vaca leiteira consiga atender a grande demanda ocasionada pelo crescimento fetal, pela 
colostrogênese, produção de leite e no caso de primíparas pelo seu próprio crescimento.
Palavras-chave: consumo de matéria seca, cetose, imunidade, produção de leite.
 Althought with low productivity, dairy chain has a prominent place in the national agricultural scenario 
with great potential for growth. Among other ways to revert this low milk yield is a correction of specific feeding 
techniques for each phase of the productive cycle of the bovine female. The transition period between three 
weeks before and three weeks after calving is considered to be a more critical phase of dairy cow. In this context, 
the objective of this review is to approach aspects of transition period in dairy cows, setting management and 
nutritional measures that reduce a magnitude of negative energy balance (BEN). During the transition period 
there are several hormonal and requirements of nutritional requirements changes and decrease of dry matter 
intake (CMS), predisposing the appearance of BEN, as well as animal to metabolic disorders. One of the major 
metabolic diseases related to BEN is ketosis, whose risk can be reduced by increasing dietary energy intake after 
calving using fat sources, additives (ionophores) and administration of propylene glycol. Adequate nutrition, 
which is proportional to increasing consumption, is essential in this period for a dairy cow to meet a great 
demand caused by fetal growth, colostrogenesis, milk production and growth.
Keywords: Dry Matter Intake, Ketosis, Immunity, Milk Production.
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INTRODUÇÂO
A bovinocultura leiteira é uma atividade muito importante 
para economia nacional, gerando renda para diversos 
setores da cadeia produtiva (IBGE, 2014). No Brasil são 
encontrados diversos sistemas de produção de bovinos 
leiteiros, que vão dos mais extensivos aos totalmente 
intensivos. No entanto, independente do sistema de 
produção, é imprescindível alguns cuidados de manejo 
que visam garantir a saúde das vacas durante todo o ciclo 
de lactação (MOTA et al., 2006) 
O período de transição é o momento mais complexo do 
ciclo de lactação, pois o animal deixa a condição de gestante 
não lactante e passa para uma fase de não gestante 
lactante. Isso implica em diversas alterações anatômicas e 
fisiológicas, que dependendo da intensidade a saúde da 
vaca pode ficar comprometida com o desenvolvimento 
de doenças metabólicas (EUSTÁQUIO FILHO et al., 2010).
Na fase final da gestação da vaca, que compreende o 
começo do período de transição, inicia-se a colotrogênese, 
que drena grandes quantidades nutrientes, fazendo com 
que a vaca nos momentos próximos do parto, esteja com 
deficiência de minerais, vitaminas e antioxidantes. Além 
disso, logo após o parto a demanda de nutrientes para a 
produção de leite é muito grande, superior à quantidade 
ingerida pelo animal, ocorrendo um BEN, que resulta em 
mobilização de reservas corporais (LEAN et al., 2013). 
A redução na ingestão de alimentos pode ser agravada 
quando a vaca entra no período de transição com um 
escore de condição corporal elevado, culminando em 
maior mobilização das reservas corporais, aumentando o 
ainda mais o risco do desenvolvimento de enfermidades 
metabólicas (BONATO et al. 2015). Segundo Santos et 
al. (2002), uma forma eficiente de evitar a ocorrência de doenças 
relacionadas com o período de transição é a utilização correta de 
técnicas alimentares específicas para cada fase do ciclo produtivo 
da fêmea bovina. Dentre estas fases, o período seco das vacas é 
determinante para garantir a saúde da vaca e o potencial produtivo 
da futura lactação, e normalmente os produtores têm deixado de 
lado, por considerar que vacas não lactantes não contribuem com a 
receita da propriedade.
Perdas econômicas decorrentes de doenças metabólicas podem ser 
reduzidas com o correto manejo e controle alimentar dos animais, 
visando atender as exigências nas variadas categorias da propriedade 
e os respectivos estágios de produção. Assim evita-se o descarte 
precoce e a morte de animais, tornando importante reconhecer as 
diferenças entre o consumo e a demanda de nutrientes no período 
de transição, bem como as mudanças que ocorrem com o animal 
nesta fase (MOTA et al., 2006).
Embasando-se nos fatos descritos, propõe-se com esta revisão 
bibliográfica descrever alguns pontos importantes do BEN no período 
de transição da vaca leiteira, bem como discutir estratégias para uma 
melhor produção e sanidade desses animais.
Período de transição e o balanço energético negativo
O período de transição das vacas leiteiras é o momento compreendido 
entre as três últimas semanas de gestação e as três primeiras semanas 
pós-parto (GRUMMER 1995), onde ocorrem diversas modificações 
fisiológicas no animal, chegando a uma etapa onde a ingestão 
de alimento não é suficiente para suportar os requerimentos de 
mantença e de produção, ocorrendo elevada drenagem de reservas 
corporais, o que caracteriza o balanço energético negativo (BEN) 
(TEDESCO et al., 2004; CAMPOS et al., 2007). 
Quando um animal encontra-se em BEN sua imunidade alterada. 
Observa-se diminuição da quantidade e atividade fagocitária dos 
neutrófilos sanguíneos, assim como de outros componentes do 
sistema imune (GOOF e HORST, 1997). Os autores indicam que há 
relação do estado nutricional e fisiológico em que se encontra a 
vaca com essa depressão do sistema imune, ficando assim, durante 
o BEN, mais susceptível à ocorrênciade distúrbios metabólicos e 
sanitários, entre eles: hipocalcemia, cetose, retenção de placenta, 
metrite, deslocamento de abomaso, acidose, laminite, estando 
estas inter-relacionadas.
Segundo Rabelo e Campos (2009), mudanças adaptativas muito 
expressivas ocorrem com o animal assim que se aproxima ao 
parto e posteriormente a ele, sendo elas importantes para a 
sanidade, produção e consequentemente para a rentabilidade da 
vaca leiteira. Neste período há grande aumento na demanda de 
nutrientes, que são destinados ao desenvolvimento final do feto, 
colostrogênese e lactogênese, somados com a baixa ingestão 
de matéria seca (IMS), gerando um déficit de aporte nutricional. 
Assim as exigências de energia líquida para a lactação chegam a 
dobrar neste período (NRC, 2001).
O BEN acomete a vaca alguns dias antes do parto, dependendo do 
nível energético da dieta, mas este déficit de nutrientes acentua-
se muito rapidamente após a parição, cerca de uma a duas 
semanas, pois a produção de leite aumenta em ritmo superiorao 
do consumo de matéria seca (CMS) (GRUMMER, 2006). A ordem 
de parto influencia na IMS no pré-parto, cujo CMS de primíparas 
é marcadamente menor em relação a multíparas e permanece 
diminuído no pós-parto, contudo o comportamento de queda 
no CMS tende a ser semelhante. Este decréscimo do CMS por 
aproximação ao parto se deve por variados motivos. Acreditava-
se que o principal deles era a diminuição do espaço físico do 
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rúmen por compressão provocada pelo útero gravídico 
(INGVARTSEN e ANDERSEN, 2000), e que este se estendia 
até o parto. Contudo esse efeito é pouco evidente quando 
se trata da última semana de prenhes (PARK et al., 2001), 
onde aspectos como aumento hormônios esteroides 
como o estrógeno (GRUMMER et al., 1990), de acido graxo 
não esterificado (AGNE) sérico e da resistência periférica 
a insulina, principalmente em animais com elevado 
escore de condição corporal ECC, também influenciam 
negativamente nesse período. 
Associado ao menor CMS tem-se redução na produção 
de ácido propiônico no rúmen, que por sua vez diminui a 
síntese de glicose pelo fígado, diminuindo os níveis séricos 
de glicose e insulina, e aumentando as concentrações 
de ácidos graxos livres e corpos cetônicos, advindos da 
lipólise (SANTOS e SANTOS, 1998). 
Com a proximidade do parto ocorre elevação dos níveis 
séricos de cortisol secretado pelo feto, este é responsável 
pela sinalização do início do parto, também se elevam os 
níveis de estrógenos e termina a atividade luteal do corpo 
lúteo e placenta. Essas alterações relatadas por Santos 
e Santos (1998) estão relacionadas com a elevação da 
mobilização de tecido adiposo. A produção do hormônio 
do crescimento é aumentada na aproximação do parto. 
Este hormônio estimula a renovação do epitélio secretor 
da glândula mamária, sendo lactogênico e favorece a 
lipólise durante o período de BEN. Nesta fase o tecido 
adiposo torna-se mais refratário aos efeitos de anabolismo 
da insulina, exacerbando ainda mais o catabolismo do 
mesmo (LANNA et al., 1995).
Manejo nutricional no período seco 
Notadamente, existe uma disputa hierárquica de multíparas em 
detrimento a primíparas no período seco. O fato de possuírem 
demandas nutricionais distintas faz com que a aplicação do manejo 
nutricional diferenciado em função da ordem de parto, uma estratégia 
para fornecer as dietas conforme a exigência de cada categoria. 
Nesse contexto, Grant e Albright (1995) propõe separar as vacas 
das novilhas neste período, para diminuir a competição entre elas, e 
acentuariam a diminuição no consumo de alimento pelas mesmas. 
Os mesmo autores observaram que o desempenho de novilhas é 
altamente favorecido quando elas são agrupadas separadamente 
das vacas adultas, isto traria benefícios no desempenho da lactação 
subsequente. 
No entanto, Grummer (1995) sugere a divisão em no mínimo dois 
grupos de animais, sendo o primeiro composto por vacas recém secas 
e o segundo agrupando os animais que estiverem nas três últimas 
semanas de gestação. 
O agrupamento de vacas secas em dois lotes diferentes facilita o 
fornecimento de rações distintas, pois níveis mais altos de alguns 
nutrientes são dispensáveis no início do período seco, e ração 
mais elaborada é necessária nas semanas que antecedem o parto, 
assim a utilização de um único lote de vacas secas torna inviável o 
uso de rações diferentes para estes animais, que tem diferenciados 
requerimentos e capacidade de CMS (SANTOS e SANTOS, 1998). 
Dieta no período pós secagem 
O período seco da vaca leiteira é uma etapa de descanso onde não 
se estará produzindo leite. Está situado entre a secagem do animal 
e o pré-parto, normalmente de 60 dias até 21 dias antes da parição. 
Este período é caracterizado por mínimas exigências metabólicas 
(SANTOS e SANTOS, 1998). Alguns autores tem citado a utilização 
de rações contendo baixa concentração de energia neste período, 
pois o CMS ainda não decresceu tanto e as exigências não são tão 
elevadas (DEWHURST et al., 2009). Corroborando com estes dados 
NRC (2001), salienta o risco de fornecer uma ração de alta energia 
neste período e elevar o escore de condição corporal do animal, 
favorecendo posteriormente o desenvolvimento de cetose e 
outros distúrbios no periparto. 
Dann et al. (2006) verificaram que vacas alimentadas durante o 
período pós secagem (Far-Off) com uma dieta ajustada à atender 
80% da exigência de energia líquida de lactação (ELl) (1,3 Mcal/
kg de ELl), apresentaram maior CMS, maior balanço de energia 
e menos AGNE e betahidróxidobutirato sérico nos primeiros 10 
dias de lactação, concluindo que o adensamento energético da 
dieta nesse período tem um impacto negativo no metabolismo 
da parturiente e que a prática não se estende a fase seguinte (pré-
parto).
Segundo Butler et al. (2011) uma maneira de diminuir a densidade 
energética da ração é aumentar a quantidade de fibra em 
detergente neutro (FDN). Neste trabalho os autores compararam 
duas rações diferentes no período seco, uma sendo com alta FDN 
(42%) e baixa energia (1,17 Mcal/kg de MS) e outra com baixa FDN 
(29%) e alta energia (1,4 Mcal/kg de MS), os autores verificaram 
menores distúrbios metabólicos no periparto das vacas que 
ingeriam a ração de alta FDN e baixa energia. 
Dieta pré-parto
Em um trabalho realizado por Huzzey et al. (2007), houve um 
aumento da IMS logo após o parto de vacas saudáveis na ordem 
de 28%. Porém, no dia seguinte voltou a decrescer esta ingestão 
em torno de 11% devido aos animais não estarem adaptados a 
uma dieta de alto teor de carboidratos fermentáveis. Isto pode 
levar um acúmulo de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), sem 
o animal conseguir tamponar com a produção de saliva, desse 
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modo decrescendo o pH do rúmen culminando em uma 
acidose ruminal.
Em estudo consudizo por VandeHaar et al.(1999) houve 
aumento da IMS e diminuição da concentração de AGNE 
plasmático e Triglicerídos hepáticos quando se aumentour 
a densidade energética da dieta de vacas no pré-parto. 
Em concordância, Holcomb et al. (2001), relatam que 
vacas que receberam uma ração com alta densidade 
energética no pré-parto tiveram um menor decréscimo 
na IMS no pós-parto e um aumento na produção de leite, 
provavelmente por aumentar o tamanho das papilas 
ruminais, possibilitando maior absorção dos AGCC 
produzidos pela fermentação dos carboidratos não 
fibrosos da dieta, não decrescendo tanto o pH do rúmen. 
Já Salmazo et al. (2012), não encontraram diferenças entre 
a densidade energética do pré-parto com a produção de 
leite, somente houve melhor escore de condição corporal 
(ECC) pós-parto nos animais que receberam ração mais 
adensada energeticamente no pré-parto.
Embora tal prática seja recomendada, segundo Douglas 
et al. (2006), não há vantagens em aumentar o ECC de 
vacas que estão entre 3 e 3,25, que é a recomendação de 
ECC de Wiltbank et al. (2006) para vacasdurante o período 
seco, em função do não haver aumento na produção de 
leite na lactação subsequente. As recomendações do NRC 
(2001) como base da formulação de rações de transição 
apresenta bons resultados e é utilizada pela maioria dos 
nutricionistas (FARIA, 2009).Pesquisas recente apontam-
se que a dieta no período pré-parto deva conter: 1,4 – 
1,456 Mcal/kg de ELl , 13 a 14,5% de proteína bruta (PB) 
ou 1100g/dia de proteína metabolizável FDN vinda de 
forragem entre 40 e 50%, e níveis de amido entre 16 e 
20% (GRUMMER e ORDWAY, 2011). 
Cetose e síndrome do fígado gorduroso
Síndrome do fígado gorduroso e cetose são doenças metabólicas 
que têm origem na grande mobilização de lipídios durante as 
mudanças hormonais e BEN no período periparto (GRUMMER, 
2010).
Ácidos graxos não esterificados (AGNE) são encontrados em grande 
quantidade no sangue e advém da mobilização de lipídios de 
reserva. A capacidade limitada do fígado de utilizar estes ácidos 
graxos como fonte de energia ou exportá-los para outros tecidos 
resulta em deposição hepática de triglicerídeos ou produção 
exacerbada de corpos cetônicos (GRUMMER, 2010).
Cetose é um distúrbio do metabolismo de carboidratos e gorduras 
que acomete principalmente vacas em período de transição logo 
após o parto, ocorrendo elevação dos níveis séricos de corpos 
cetônicos, dentre eles, acetona, acetoacetato e β-hidroxibutirato 
(BHB) (BARBOSA et al., 2009). Devido à alta constante de acidez 
destes corpos cetônicos, esta enfermidade tem como característica 
a diminuição da glicemia sanguínea e a cetoacidose (GONZÁLEZ e 
CAMPOS, 2003).
A forma sub-clínica é apontada como fator importante na 
diminuição do desempenho produtivo e reprodutivo de vacas de 
alta produção, sendo que a quantificação e prevalência no rebanho 
leiteiro brasileiro não são devidamente contabilizadas. Alguns 
métodos práticos de diagnóstico têm sido realizados, como o que 
detecta corpos cetônicos na urina (CAMPOS et al., 2005). De acordo 
com Geishauser et al. (1998) um bovino em condições normais 
apresenta até 1 mmol/L de BHB na urina, na cetose subclínica varia 
de 1 a 1,3 mmol/L e na cetose clínica esses valores são superiores a 
1,3 mmol/L.
A cetose acomete principalmente vacas de alta produção leiteira 
(NANTES e SANTOS, 2008). Geralmente três a seis semanas após 
o parto, onde é alcançado o pico de produção, mas seu CMS 
ainda não chegou ao auge. Ao ocorrer um déficit energético 
há mobilização de reservas de gordura para compensar a alta 
produção, consequentemente ocorre queda do peso corporal 
(RADOSTITS et al., 2000). Elevam-se os corpos cetônicos séricos 
e há aumento destes no leite e na urina do animal, sendo um 
dos testes diagnósticos para esta enfermidade a dosagem de 
β-hidroxibutirato (GONZÁLEZ e CAMPOS, 2003).
O tratamento é baseado no uso de hiperglicemiantes como 
glicerina ou propileno glicol na dose de 225 g duas vezes ao dia 
durante dois dias, seguido de 110 g diariamente por mais dois dias, 
por via oral ou misturado no alimento, associado ao procedido de 
injeção de glicose. A administração de 10 mg de dexametasona 
produz estado hiperglicêmico por quatro a seis dias em animais 
doentes. Insulina associada à glicose ou glicocorticóides na dose 
de 200-300 UI por animal, repetida em 24-48 horas, tem efeito 
positivo principalmente no início dos sinais clínicos (RADOSTITS 
et al., 2000). 
Estratégias para amenizar o balanço energético negativo
O maior benefício da amenização do BEN, além do aumento na 
produção, é a volta mais rápida ao ciclo estral do animal, melhorando 
o desempenho reprodutivo de vacas de alta produção, ajudando 
a aumentar a viabilidade da atividade leiteira que atualmente tem 
altos intervalos entre partos, culminando com maior período de 
lactação e diminuição da produção diária de leite (FREITAS JÚNIOR 
et al., 2010).
O que se tem mais conhecimento atualmente em dietas para 
diminuir o impacto negativo do BEN em vacas leiteiras é a utilização 
de formulações de rações com os mesmos ingredientes principais 
no pré e pós-parto, salvo o uso de sais aniônicos somente no pré-
parto. Esse conceito é baseado no fato do rúmen do animal já estar 
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adaptado à dieta que será fornecida assim que ela parir, 
tendo o desenvolvimento das papilas ruminais para 
absorção dos AGCC produzidos, e a microbiota ruminal 
também estar adaptada a ração, evitando com isso 
distúrbios metabólicos que diminuiriam o CMS como a 
acidose ruminal (FARIA, 2009).
A escolha dos alimentos em uma dieta de transição 
deve ser baseada em alimentos gliconeogênicos, sendo 
aqueles que estimulem a produção de propionato 
ruminais, como o milho, pois estas promovem a maior 
produção de glicose no fígado, que é o principal substrato 
energético no período de transição (FARIA, 2009).
Algumas alternativas estão sendo descritas para 
amenização do BEN dentre elas temos:
Fontes de gordura na dieta 
O termo gordura é utilizado para descrever substâncias 
com grande teor de ácidos graxos de cadeia longa, 
sendo 2,25 vezes mais energéticos do que carboidratos, 
e é uma alternativa para aumentar a densidade da dieta 
sem causar uma sobrecarga de carboidratos não fibrosos 
(NRC, 2001).
A adição de fontes de gordura na dieta de vacas leiteiras, 
especialmente na fase de início de lactação, tem por 
objetivo aumentar a concentração energética da dieta 
para amenizar os efeitos do BEN, enquanto o CMS não 
é satisfatório para alcançar as exigências de produção 
de leite (NÖRNBERG et al., 2006). De acordo com 
Grummer (2006) a suplementação de gordura promove 
o aumento de ingestão de energia, sem reduzir o teor de 
fibras da dieta, mantendo a saúde ruminal. No entanto, Zapata et 
al. (2015) avaliaram em vacas Holandesas no período pré-parto, o 
adensamento energético da dieta com fontes gordura oriundas de 
grãos de girassol e canola, ajustadas para obter 8% de gordura total 
na base de matéria seca (MS), e observaram que houve redução no 
CMS e consequentemente não houve atenuação do BEN.
Conforme o NRC (2001) uma dieta para ruminantes pode conter 
no máximo 6% de extrato etéreo, valores maiores culminariam 
com a redução da taxa de passagem do rúmen e diminuição da 
digestibilidade da dieta. Nörnberg et al. (2006) citam o uso de 
gordura com proteção industrial (sais cálcicos de ácidos graxos de 
óleo de palma), fontes naturais de gordura como o farelo de arroz 
integral e o óleo de arroz. Santos et al. (2009) relatou o uso de óleo 
de soja degomado misturado a dieta e grãos de oleaginosas inteiros 
como a soja tostada. 
Avaliando diversas fontes de gordura (farelo de arroz, sais cálcicos 
de ácidos graxos de óleo de palma e óleo de arroz) para vacas 
Jersey, Nörnberg et al. (2006), verificaram que as fontes de gordura 
não afetaram o CMS e a digestibilidade aparente de nutrientes, em 
relação a uma dieta controle sem incremento de fontes de gordura. 
Também no mesmo trabalho verificaram o aumento da produção 
de leite dos animais que recebiam gordura na dieta. 
Trabalhando com óleo de soja como fonte de gordura para vacas 
Holandesas no pré e pós-parto, Santos et al. (2009) observaram que 
a inclusão de óleo de soja a nível de 3% do concentrado, alcançando 
5,5% de extrato etéreo na dieta, proporcionou melhor balanço 
energético. Para os animais que consumiam o óleo, o balanço positivo 
foi alcançado na oitava semana lactacional. Já as vacas da dieta 
controle permaneceram em balanço negativo até o fim do período 
experimental, porém em ambos os grupos não houve aumento na 
produção de leite. Porém, Vilela (2002) ressalva que o aumento na 
produção de leite não é a única vantagem em utilizar uma fonte de 
gordura na ração de vacas, mas sim a possível melhoria nos índices 
reprodutivos do rebanho. A utilização de gordura na dieta pós-
parto sem prévia adaptação pode provocar ou agravar o quadro de 
cetose do animal, pois irá sobrecarregar o fígado em metabolizar 
os ácidos graxos advindos da dieta, aumentandoas concentrações 
sanguíneas de ácidos graxos não esterificados, devendo o uso ser 
feito com cautela e acompanhamento da saúde do animal (AVILA 
et al., 2000).
Ionóforos
Ionóforos são aditivos utilizados na alimentação de animais cujo 
objetivo é o controle da microbiota gram-positiva ruminal. Seu 
mecanismo de ação é a modificação do equilíbrio de íons no 
interior da bactéria através da desestabilização da parede celular 
da mesma (RUSSELL, 1987). Os mais utilizados atualmente são a 
monensina sódica e a lasalocida.
Uma das inúmeras ações dos ionóforos quando utilizados na 
nutrição de ruminantes é a inibição das espécies bacterianas 
responsáveis pela produção de amônia no rúmen, que ocorre 
através da degradação da proteína da dieta (RANGEL, et al., 2008). 
Segundo Zanine et al. (2006), esta não degradação das proteínas 
dietéticas possibilita que proteínas de valor biológico maior ao das 
bactérias, possam promover um ganho adicional ao animal.
Como conseqüência, pode ocorrer um aumento de aminoácidos 
glicogênicos na corrente sanguínea, oriunda da absorção intestinal, 
o qual alivia a mobilização de energia de tecidos corporais pelos 
animais, principalmente vacas no início da lactação (RANGEL et al., 
2008).
Outro efeito positivo do uso de ionóforos para a amenização do 
BEN é o fato que eles modificam a produção de AGCC no rúmen, 
através da diminuição da proporção molar acetato/propionato 
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e da produção de metano. Esse aumento da produção 
de propionato disponibiliza mais ácido oxaloacético 
para o ciclo de Krebs do hepatócito, resultando em 
menor mobilização de ácidos graxos corpóreos, o que 
não permite o acúmulo de corpos cetônicos, e aumenta 
também a disponibilidade de ATP (RANGEL et al., 2008).
O uso de ionóforos tem respostas bastante variáveis, o 
que pode ser elucidado pelas várias doses utilizadas, os 
tipos de ionóforos, condições experimentais, diferentes 
protocolos, diferentes dietas e condições dos animais 
que são submetidos a testes com estes aditivos (FARIA, 
2009). Como no trabalho realizado por Sá Fortes (2008), 
utilizando a monensina sódica no pré e pós-parto de vacas 
leiteiras, em que os animais que receberam o ionóforo 
tiveram uma queda no escore de condição corporal 
(ECC) devido à queda de CMS provocada pela inclusão 
da monensina. No entanto, Duffield et al. (2012) citam 
que essa redução no CMS quando utiliza-se monensina é 
relativa, ocorrendo principalmente quanto a monensina 
é fornecida em dietas com inclusão de silagem de milho. 
Duffield et al. (2012) também confirmam que no geral 
o uso da monensina melhora a eficiência alimentar dos 
bovinos.
Propileno glicol
A utilização de propileno glicol no período de transição 
através de ingestão forçada na forma de “drench” ou em 
mistura na dieta é uma alternativa para aliviar o BEN, 
baseado na proposição de que ele aumente rapidamente 
os teores de glicose séricos (BUTLER et al., 2006). O 
propileno glicol é metabolizado em glicose através da 
carboxilação em piruvato e em seguida diretamente 
em oxalacetato, enquanto que o metabolismo de ácidos graxos 
oriundos da lipólise, ou do propionato oriundo da fermentação 
ruminal, necessitam mais reações no ciclo de Krebs para a produção 
de do oxalacetato, sendo assim, o propileno glicol tem uma resposta 
rápida para amenizar o BEN (NIELSEN e INGVARTSEN, 2004).
Em um estudo fornecendo propileno glicol como “drench” durante 
10 dias antes do parto, Studer et al. (1993) observaram que houve 
redução significativa dos níveis séricos de BHB e de ácidos graxos 
não esterificados. Também aumentou as concentrações de insulina, 
e reduziu o acúmulo de triglicerídeos no fígado no pós-parto, o que 
indicou efetivo para amenizar o BEN. Em contrapartida García et al. 
(2011), não observou efeito amenizando o BEN e a cetose clínica, 
pois não foi capaz de decrescer os níveis de BHB e ácidos graxos 
não esterificados séricos, porém induziu um efeito de proteção 
hepática, diminuindo os níveis sanguíneos da enzima hepática 
aspartato amino transferase (AST).
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O balanço energético negativo da vaca leiteira durante o período 
de transição é uma etapa complexa da vida produtiva do animal. 
Uma nutrição adequada, que proporcione incremento no consumo 
alimentar, é fundamental neste período para que a vaca leiteira 
consiga atender a grande demanda ocasionada pelo crescimento 
fetal, colostrogênese, produção de leite e no caso de primíparas pelo 
seu próprio crescimento, preparando-se assim para as mudanças 
drásticas que ocorrem nesta fase, amenizando os efeitos deletérios 
do balanço energético negativo.
 Existe muito ainda por ser descoberto sobre este tema, mas o 
que pode-se dizer é que a nutrição e o manejo devem ser realizados 
da melhor forma possível nesta etapa, em vista os inúmeros 
problemas que podem ser prevenidos, proporcionando saúde e 
bem estar ao animal e evitando perdas econômicas ao produtor.
investigação, 17(5): 24-31 2018
ISSN 2177-4080
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