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vade-mecum-depen 2020

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SUMÁRIO 
CONHECIMENTOS BÁSICOS ............................................................................. 3 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ................................................................................................................ 3 
LEI Nº 8.112/1990 – TÍTULO IV E V ....................................................................................................... 3 
LEI Nº 12.846/2013 ............................................................................................................................ 11 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 17 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 17 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 ............................................................................................................ 17 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO .............................................................................................. 29 
LEI Nº 8.112/1990 .............................................................................................................................. 29 
LEI Nº 8.666/1993 .............................................................................................................................. 64 
DECRETO Nº 10.024/2019................................................................................................................ 101 
DECRETO Nº 6.170/2007 .................................................................................................................. 112 
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 424/2016 .................................................................................... 121 
LEI Nº 9.784/1999 ............................................................................................................................ 162 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 - ART. 37. §6º ..................................................................................... 169 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL .......................................................................... 170 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 ...........................................................................................................170 
CÓDIGO PENAL (DECRETO-LEI Nº 2.848/40) ....................................................................................172 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL (DECRETO-LEI 3.689/41) ................................................................ 201 
LEI 7.960/1989 ................................................................................................................................. 223 
LEI 8.072/90 – ART. 2º, § 4º .............................................................................................................. 224 
CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – ART. 7, 7 E 8, 2 (G) ....................................... 224 
NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL .............................................................. 225 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - RESOLUÇÃO 217-A ................................... 225 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 – ARTS. 5º AO 15 ............................................................................... 228 
REGRAS MÍNIMAS DA ONU PARA O TRATAMENTO DE PESSOAS PRESAS ..................................... 235 
DECRETO Nº 7.037/2009 .................................................................................................................. 253 
DECRETO Nº 9.759/2019.................................................................................................................. 309 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL (Nº 7.210/84) – ARTS. 62 A 64, 69 E 70, 80 E 81 ......................................... 311 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL...................................................................................................................... 313 
LEI Nº 12.850/2013 ............................................................................................................................ 313 
LEI Nº 9.613/1998 ............................................................................................................................ 321 
LEI Nº 9.455/1997 ............................................................................................................................ 328 
LEI Nº 12.846/2013 .......................................................................................................................... 328 
LEI Nº 13.869/2019 .......................................................................................................................... 334 
LEI Nº 8.429/1992 ............................................................................................................................ 338 
LEI Nº 10.826/2003 .......................................................................................................................... 344 
LEI Nº 11.343/2006............................................................................................................................353 
LEI Nº 13.964/2019 ........................................................................................................................... 371 
 
 
 
CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES.......................................................... 390 
EXECUÇÃO PENAL ............................................................................................................................. 390 
LEI Nº 7.210/1984 ............................................................................................................................ 390 
PORTARIA INTERMINISTERIAL MJ/SEDH Nº 4.226/2010 .................................................................. 415 
PORTARIA MJSP Nº 65/2019 ............................................................................................................ 418 
PORTARIA MJSP Nº 157/2019 .......................................................................................................... 419 
LEI Nº 13.675/2018 ........................................................................................................................... 421 
DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO Nº 9.489/2018 ........................................................................... 432 
PORTARIA MJSP Nº 18/2020............................................................................................................ 442 
PLANO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA 2020–2023 ...................................... 443 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL ................................................................................... 510 
DECRETO Nº 6.049/2007 ................................................................................................................. 510 
PORTARIA MSP Nº 199/2018 ........................................................................................................... 522 
LEI Nº 10.693/2003 .......................................................................................................................... 552 
LEI Nº 11.907/2009 – SEÇÃO XXIII .................................................................................................... 552 
LEI N º 13.327/2016 – CAPÍTULO VIII ................................................................................................. 560 
LEI Nº 11.473/2007 ........................................................................................................................... 561 
LEI Nº 11.671/2008 ........................................................................................................................... 564 
DECRETO Nº 6.877/2008.................................................................................................................. 566 
PORTARIA DISPF/DEPEN Nº 11/2015 ............................................................................................... 568 
 
 
 
 
VADE MECUM – Agente Federal 
de Execução Penal do DEPEN 
3 
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Ética no Serviço Público 
 
LEI Nº 8.112/1990 – TÍTULO IV e V 
Dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores 
Públicos Civis da União, das autarquias e das 
fundações públicas federais. 
TÍTULO IV - DO REGIME DISCIPLINAR 
CAPÍTULO I - DOS DEVERES 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do 
cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações 
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de 
direito ou esclarecimento de situações de interesse 
pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em 
razão do cargo ao conhecimento da autoridade 
superior ou, quando houver suspeita de 
envolvimento desta, ao conhecimento de outra 
autoridade competente para apuração; (redação dada 
pela Lei nº 12.527, de 18/11/2011, publicada no DOU Edição Extra 
de 18/11/2011, em vigor 180 dias após a publicação) 
VII - zelar pela economia do material e a conservação 
do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade 
administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou 
abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o 
inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e 
apreciada pela autoridade superior àquela contra a 
qual é formulada, assegurando-se ao representando 
ampla defesa. 
CAPÍTULO II - DAS PROIBIÇÕES 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem 
prévia autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade 
competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de 
documento e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço 
no recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos 
casos previstos em lei, o desempenho de atribuição 
que seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de 
filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a 
partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou 
função de confiança, cônjuge, companheiro ou 
parente até o segundo grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou 
de outrem, em detrimento da dignidade da função 
pública; 
X - participar de gerência ou administração de 
sociedade privada, personificada ou não 
personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
(redação dada pela Lei nº 11.784, de 22/9/2008) 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de 
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou 
vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado 
estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da 
repartição em serviços ou atividades particulares; 
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2011/lei-12527-18-novembro-2011-611802-publicacaooriginal-134287-pl.html
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2011/lei-12527-18-novembro-2011-611802-publicacaooriginal-134287-pl.html
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2011/lei-12527-18-novembro-2011-611802-publicacaooriginal-134287-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2008/lei-11784-22-setembro-2008-581033-norma-pl.html
 
 
VADE MECUM – Agente Federal 
de Execução Penal do DEPEN 
4 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas 
ao cargo que ocupa, exceto em situações de 
emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam 
incompatíveis com o exercício do cargo ou função e 
com o horário de trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais 
quando solicitado. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do 
caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: 
I - participação nos conselhos de administração e 
fiscal de empresas ou entidades em que a União 
detenha, direta ou indiretamente, participação no 
capital social ou em sociedade cooperativa 
constituída para prestar serviços a seus membros; e 
II - gozo de licença para o trato deinteresses 
particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada 
a legislação sobre conflito de interesses. (Parágrafo 
único acrescido pela Medida Provisória nº 431, de 14/5/2008, 
convertida na Lei nº 11.784, de 22/9/2008) 
CAPÍTULO III - DA ACUMULAÇÃO 
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na 
Constituição, é vedada a acumulação remunerada de 
cargos públicos. 
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, 
empregos e funções em autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas, sociedades de 
economia mista da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Territórios e dos Municípios. 
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica 
condicionada à comprovação da compatibilidade de 
horários. 
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção 
de vencimento de cargo ou emprego público efetivo 
com proventos da inatividade, salvo quando os 
cargos de que decorram essas remunerações forem 
acumuláveis na atividade. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 
10/12/1997) 
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um 
cargo em comissão, exceto no caso previsto no 
parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela 
participação em órgão de deliberação coletiva. 
(redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se 
aplica à remuneração devida pela participação em 
conselhos de administração e fiscal das empresas 
públicas e sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer 
empresas ou entidades em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha participação no capital 
social, observado o que, a respeito, dispuser 
legislação específica. (acrescido pela Lei nº 9.292, de 
12/7/1996 e com nova redação dada pela Medida Provisória nº 
2225-45, de 4/9/2001) 
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, 
que acumular licitamente dois cargos efetivos, 
quando investido em cargo de provimento em 
comissão, ficará afastado de ambos os cargos 
efetivos, salvo na hipótese em que houver 
compatibilidade de horário e local com o exercício de 
um deles, declarada pelas autoridades máximas dos 
órgãos ou entidades envolvidos. (redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10/12/1997) 
CAPÍTULO IV - DAS RESPONSABILIDADES 
Art. 121. O servidor responde civil, penal e 
administrativamente pelo exercício irregular de suas 
atribuições. 
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato 
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que 
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado 
ao erário somente será liquidada na forma prevista 
no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a 
execução do débito pela via judicial. 
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, 
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em 
ação regressiva. 
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos 
sucessores e contra eles será executada, até o limite 
do valor da herança recebida. 
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes 
e contravenções imputadas ao servidor, nessa 
qualidade. 
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa 
resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no 
desempenho do cargo ou função. 
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas 
poderão cumular-se, sendo independentes entre si. 
Art. 126. A responsabilidade administrativa do 
servidor será afastada no caso de absolvição criminal 
que negue a existência do fato ou sua autoria. 
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser 
responsabilizado civil, penal ou administrativamente 
por dar ciência à autoridade superior ou, quando 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/medpro/2008/medidaprovisoria-431-14-maio-2008-575279-norma-pe.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/medpro/2008/medidaprovisoria-431-14-maio-2008-575279-norma-pe.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2008/lei-11784-22-setembro-2008-581033-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9292-12-julho-1996-362980-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9292-12-julho-1996-362980-norma-pl.html
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/medpro/2001/medidaprovisoria-2225-45-4-setembro-2001-395990-norma-pe.html
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/medpro/2001/medidaprovisoria-2225-45-4-setembro-2001-395990-norma-pe.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
 
 
VADE MECUM – Agente Federal 
de Execução Penal do DEPEN 
5 
houver suspeita de envolvimento desta, a outra 
autoridade competente para apuração de 
informação concernente à prática de crimes ou 
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que 
em decorrência do exercício de cargo, emprego ou 
função pública. (acrescido pela Lei nº 12.527, de 18/11/2011, 
publicada no DOU Edição Extra de 18/11/2011, em vigor 180 dias 
após a publicação) 
CAPÍTULO V - DAS PENALIDADES 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão 
consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para o 
serviço público, as circunstâncias agravantes ou 
atenuantes e os antecedentes funcionais. 
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade 
mencionará sempre o fundamento legal e a causa da 
sanção disciplinar. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997). 
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos 
casos de violação de proibição constante do art. 117, 
incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever 
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma 
interna, que não justifique imposição de penalidade 
mais grave. (redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997). 
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de 
reincidência das faltas punidas com advertência e de 
violação das demais proibições que não tipifiquem 
infração sujeita a penalidade de demissão, não 
podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) 
dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a 
ser submetido a inspeção médica determinada pela 
autoridade competente, cessando os efeitos da 
penalidade uma vez cumprida a determinação. 
§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a 
penalidade de suspensão poderá ser convertida em 
multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia 
de vencimento ou remuneração, ficando o servidor 
obrigado a permanecer em serviço. 
Art. 131. As penalidades de advertência e de 
suspensão terão seus registros cancelados, após o 
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo 
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não 
surtirá efeitos retroativos. 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes 
casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na 
repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a 
particular, salvo em legítima defesa própria ou de 
outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em 
razão do cargo;X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do 
patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou 
funções públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação 
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a 
autoridade a que se refere o art. 143 notificará o 
servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para 
apresentar opção no prazo improrrogável de dez 
dias, contados da data da ciência e, na hipótese de 
omissão, adotará procedimento sumário para a sua 
apuração e regularização imediata, cujo processo 
administrativo disciplinar se desenvolverá nas 
seguintes fases: (redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10/12/1997) 
I - instauração, com a publicação do ato que 
constituir a comissão, a ser composta por dois 
servidores estáveis, e simultaneamente indicar a 
autoria e a materialidade da transgressão objeto da 
apuração; (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
II - instrução sumária, que compreende indiciação, 
defesa e relatório; (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
III - julgamento. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-
se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a 
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2011/lei-12527-18-novembro-2011-611802-publicacaooriginal-134287-pl.html
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2011/lei-12527-18-novembro-2011-611802-publicacaooriginal-134287-pl.html
http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2011/lei-12527-18-novembro-2011-611802-publicacaooriginal-134287-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
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materialidade pela descrição dos cargos, empregos 
ou funções públicas em situação de acumulação 
ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das 
datas de ingresso, do horário de trabalho e do 
correspondente regime jurídico. (redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10/12/1997) 
§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a 
publicação do ato que a constituiu, termo de 
indiciação em que serão transcritas as informações 
de que trata o parágrafo anterior, bem como 
promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, 
ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no 
prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, 
assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, 
observado o disposto nos arts. 163 e 164. (redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará 
relatório conclusivo quanto à inocência ou à 
responsabilidade do servidor, em que resumirá as 
peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da 
acumulação em exame, indicará o respectivo 
dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade 
instauradora, para julgamento. (acrescido pela Lei nº 
9.527, de 10/12/1997) 
§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento 
do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua 
decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto 
no § 3º do art. 167. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo 
para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que 
se converterá automaticamente em pedido de 
exoneração do outro cargo. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 
10/12/1997) 
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a 
má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição 
ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em 
relação aos cargos, empregos ou funções públicas 
em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os 
órgãos ou entidades de vinculação serão 
comunicados. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
§ 7º O prazo para a conclusão do processo 
administrativo disciplinar submetido ao rito sumário 
não excederá trinta dias, contados da data de 
publicação do ato que constituir a comissão, 
admitida a sua prorrogação por até quinze dias, 
quando as circunstâncias o exigirem. (acrescido pela Lei 
nº 9.527, de 10/12/1997) 
§ 8º O procedimento sumário rege-se pelas 
disposições deste artigo, observando-se, no que lhe 
for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos 
Títulos IV e V desta Lei. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 
10/12/1997). 
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a 
disponibilidade do inativo que houver praticado, na 
atividade, falta punível com a demissão. 
Art. 135. A destituição de cargo em comissão 
exercido por não ocupante de cargo efetivo será 
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades 
de suspensão e de demissão. 
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata 
este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 
35 será convertida em destituição de cargo em 
comissão. 
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em 
comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 
132, implica a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal 
cabível. 
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em 
comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, 
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura 
em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) 
anos. 
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço 
público federal o servidor que for demitido ou 
destituído do cargo em comissão por infringência do 
art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência 
intencional do servidor ao serviço por mais de trinta 
dias consecutivos. 
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a 
falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta 
dias, interpoladamente, durante o período de doze 
meses. 
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou 
inassiduidade habitual, também será adotado o 
procedimento sumário a que se refere o art. 133, 
observando-se especialmente que: (redação dada pela 
Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
I - a indicação da materialidade dar-se-á: 
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação 
precisa do período de ausência intencional do 
servidor ao serviço superior a trinta dias; 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
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b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação 
dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por 
período igual ou superior a sessenta dias 
interpoladamente, durante o período de doze meses; 
(acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
II - após a apresentação da defesa a comissão 
elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou 
à responsabilidade do servidor, em que resumirá as 
peças principais dos autos, indicará o respectivo 
dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono 
de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao 
serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à 
autoridade instauradora para julgamento. (acrescido 
pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997). 
Art. 141. As penalidades disciplinares serão 
aplicadas: 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes 
das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais 
Federais e pelo Procurador-Geral da República, 
quando se tratar de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade de servidor 
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia 
imediatamente inferior àquelas mencionadas no 
inciso anterior quando se tratar de suspensão 
superior a 30 (trinta) dias; 
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na 
forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, 
nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 
(trinta) dias; 
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, 
quando se tratar de destituição de cargo em 
comissão. 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis 
com demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á 
advertência. 
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data 
em que o fato se tornou conhecido. 
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal 
aplicam-se às infrações disciplinares capituladas 
também como crime. 
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de 
processo disciplinar interrompe a prescrição, até a 
decisão final proferida por autoridade competente. 
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo 
começará a correr a partir do dia em que cessar a 
interrupção. 
TÍTULO V - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
DISCIPLINAR 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de 
irregularidade no serviço público é obrigada a 
promover a sua apuração imediata, mediante 
sindicância ou processo administrativo disciplinar, 
assegurada ao acusado ampla defesa. 
§ 1º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 5/12/2005) 
§ 2º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 5/12/2005) 
§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação 
da autoridade a que se refere, poderá ser promovida 
por autoridade de órgão ou entidade diverso daquele 
em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante 
competência específica para tal finalidade, delegada 
em caráter permanente ou temporário pelo 
Presidente da República, pelos presidentes das Casas 
do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo 
Procurador-Geral da República, no âmbito do 
respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as 
competências para o julgamento que se seguir à 
apuração. (acrescido pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997). 
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão 
objeto de apuração, desde que contenham a 
identificação e o endereço do denunciante e sejam 
formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. 
Parágrafo único. Quando o fato narrado não 
configurar evidente infração disciplinar ou ilícito 
penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto. 
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: 
I - arquivamento do processo; 
II - aplicação de penalidade de advertência ou 
suspensão de até 30 (trinta) dias; 
III - instauração de processo disciplinar. 
Parágrafo único. O prazo para conclusão da 
sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo 
ser prorrogado por igual período, a critério da 
autoridade superior. 
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor 
ensejar a imposição de penalidade de suspensão por 
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http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2005/lei-11204-5-dezembro-2005-539427-norma-pl.html
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mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de 
cargo em comissão, será obrigatória a instauração de 
processo disciplinar. 
CAPÍTULO II - DO AFASTAMENTO PREVENTIVO 
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o 
servidor não venha a influir na apuração da 
irregularidade, a autoridade instauradora do 
processo disciplinar poderá determinar o seu 
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 
60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. 
Parágrafo único. O afastamento poderá ser 
prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os 
seus efeitos, ainda que não concluído o processo. 
CAPÍTULO III - DO PROCESSO DISCIPLINAR 
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento 
destinado a apurar responsabilidade de servidor por 
infração praticada no exercício de suas atribuições, 
ou que tenha relação com as atribuições do cargo em 
que se encontre investido. 
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por 
comissão composta de três servidores estáveis 
designados pela autoridade competente, observado 
o disposto no § 3º do art. 143, que indicará, dentre 
eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de 
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível 
de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
(redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 
§ 1º A Comissão terá como secretário servidor 
designado pelo seu presidente, podendo a indicação 
recair em um de seus membros. 
§ 2º Não poderá participar de comissão de 
sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro 
ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com 
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo 
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo 
interesse da administração. 
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das 
comissões terão caráter reservado. 
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas 
seguintes fases: 
I - instauração, com a publicação do ato que 
constituir a comissão; 
II - inquérito administrativo, que compreende 
instrução, defesa e relatório; 
III - julgamento. 
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo 
disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados 
da data de publicação do ato que constituir a 
comissão, admitida a sua prorrogação por igual 
prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará 
tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus 
membros dispensados do ponto, até a entrega do 
relatório final. 
§ 2º As reuniões da comissão serão registradas em 
atas que deverão detalhar as deliberações adotadas. 
SEÇÃO I - Do Inquérito 
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao 
princípio do contraditório, assegurada ao acusado 
ampladefesa, com a utilização dos meios e recursos 
admitidos em direito. 
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o 
processo disciplinar, como peça informativa da 
instrução. 
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da 
sindicância concluir que a infração está capitulada 
como ilícito penal, a autoridade competente 
encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, 
independentemente da imediata instauração do 
processo disciplinar. 
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá 
a tomada de depoimentos, acareações, 
investigações e diligências cabíveis, objetivando a 
coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a 
técnicos e peritos, de modo a permitir a completa 
elucidação dos fatos. 
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de 
acompanhar o processo pessoalmente ou por 
intermédio de procurador, arrolar e reinquirir 
testemunhas, produzir provas e contraprovas e 
formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. 
§ 1º O presidente da comissão poderá denegar 
pedidos considerados impertinentes, meramente 
protelatórios, ou de nenhum interesse para o 
esclarecimento dos fatos. 
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, 
quando a comprovação do fato independer de 
conhecimento especial de perito. 
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Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor 
mediante mandado expedido pelo presidente da 
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do 
interessado, ser anexado aos autos. 
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor 
público, a expedição do mandado será 
imediatamente comunicada ao chefe da repartição 
onde serve, com a indicação do dia e hora marcados 
para inquirição. 
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e 
reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha 
trazê-lo por escrito. 
§ 1º As testemunhas serão inquiridas 
separadamente. 
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou 
que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os 
depoentes. 
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a 
comissão promoverá o interrogatório do acusado, 
observados os procedimentos previstos nos arts. 157 
e 158. 
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles 
será ouvido separadamente, e sempre que 
divergirem em suas declarações sobre fatos ou 
circunstâncias, será promovida a acareação entre 
eles. 
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao 
interrogatório, bem como à inquirição das 
testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas 
perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, 
reinquiri-las, por intermédio do presidente da 
comissão. 
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade 
mental do acusado, a comissão proporá à autoridade 
competente que ele seja submetido a exame por 
junta médica oficial, da qual participe pelo menos um 
médico psiquiatra. 
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental 
será processado em auto apartado e apenso ao 
processo principal, após a expedição do laudo 
pericial. 
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será 
formulada a indiciação do servidor, com a 
especificação dos fatos a ele imputados e das 
respectivas provas. 
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido 
pelo presidente da comissão para apresentar defesa 
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe 
vista do processo na repartição. 
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será 
comum e de 20 (vinte) dias. 
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo 
dobro, para diligências reputadas indispensáveis. 
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente 
na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á 
da data declarada, em termo próprio, pelo membro 
da comissão que fez a citação, com a assinatura de 
(2) duas testemunhas. 
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica 
obrigado a comunicar à comissão o lugar onde 
poderá ser encontrado. 
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e 
não sabido, será citado por edital, publicado no Diário 
Oficial da União e em jornal de grande circulação na 
localidade do último domicílio conhecido, para 
apresentar defesa. 
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo 
para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última 
publicação do edital. 
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, 
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo 
legal. 
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do 
processo e devolverá o prazo para a defesa. 
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade 
instauradora do processo designará um servidor 
como defensor dativo, que deverá ser ocupante de 
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível 
de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
(redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997). 
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará 
relatório minucioso, onde resumirá as peças 
principais dos autos e mencionará as provas em que 
se baseou para formar a sua convicção. 
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à 
inocência ou à responsabilidade do servidor. 
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a 
comissão indicará o dispositivo legal ou 
regulamentar transgredido, bem como as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da 
comissão, será remetido à autoridade que 
determinou a sua instauração, para julgamento. 
 
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SEÇÃO II - Do Julgamento 
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do 
recebimento do processo, a autoridade julgadora 
proferirá a sua decisão. 
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada 
da autoridade instauradora do processo, este será 
encaminhado à autoridade competente, que decidirá 
em igual prazo. 
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de 
sanções, o julgamento caberá à autoridade 
competente para a imposição da pena mais grave. 
§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o 
julgamento caberá às autoridades de que trata o 
inciso I do art. 141. 
§ 4º Reconhecida pela comissão a inocência do 
servidor, a autoridade instauradora do processo 
determinará o seu arquivamento, salvo se 
flagrantemente contrária à prova dos autos. (acrescido 
pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997). 
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da 
comissão, salvo quando contrário às provas dos 
autos. 
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão 
contrariar as provas dos autos, a autoridade 
julgadora poderá, motivadamente, agravar a 
penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o 
servidor de responsabilidade. 
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a 
autoridade que determinou a instauração do 
processo ou outra de hierarquia superior declarará a 
sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo 
ato, a constituição de outra comissão para 
instauração de novo processo. (redação dada pela Lei nº 
9.527, de 10/12/1997) 
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica 
nulidade do processo. 
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à 
prescrição de que trata o art. 142, § 2º, será 
responsabilizada na forma do Capítulo IV do Título 
IV. 
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a 
autoridade julgadora determinará o registro do fato 
nos assentamentos individuais do servidor. 
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como 
crime, o processo disciplinar será remetido ao 
Ministério Público para instauração da ação penal, 
ficando trasladado na repartição. 
Art. 172. O servidor que responder a processo 
disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou 
aposentado voluntariamente,após a conclusão do 
processo e o cumprimento da penalidade, acaso 
aplicada. 
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata 
o parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será 
convertido em demissão, se for o caso. 
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias: 
I - ao servidor convocado para prestar depoimento 
fora da sede de sua repartição, na condição de 
testemunha, denunciado ou indiciado; 
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando 
obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos 
para a realização de missão essencial ao 
esclarecimento dos fatos. 
SEÇÃO III - Da Revisão do Processo 
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a 
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se 
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis 
de justificar a inocência do punido ou a inadequação 
da penalidade aplicada. 
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou 
desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da 
família poderá requerer a revisão do processo. 
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a 
revisão será requerida pelo respectivo curador. 
Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova 
cabe ao requerente. 
Art. 176. A simples alegação de injustiça da 
penalidade não constitui fundamento para a revisão, 
que requer elementos novos, ainda não apreciados 
no processo originário. 
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será 
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade 
equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará 
o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se 
originou o processo disciplinar. 
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade 
competente providenciará a constituição de 
comissão, na forma do art. 149. 
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo 
originário. 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9527-10-dezembro-1997-349417-norma-pl.html
 
 
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11 
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente 
pedirá dia e hora para a produção de provas e 
inquirição das testemunhas que arrolar. 
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias 
para a conclusão dos trabalhos. 
Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão 
revisora, no que couber, as normas e procedimentos 
próprios da comissão do processo disciplinar. 
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que 
aplicou a penalidade, nos termos do art. 141. 
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 
(vinte) dias, contados do recebimento do processo, 
no curso do qual a autoridade julgadora poderá 
determinar diligências. 
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será 
declarada sem efeito a penalidade aplicada, 
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, 
exceto em relação à destituição do cargo em 
comissão, que será convertida em exoneração. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá 
resultar agravamento de penalidade. 
 
 
 
 
LEI Nº 12.846/2013 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização 
objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas 
pela prática de atos contra a administração pública, 
nacional ou estrangeira. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às 
sociedades empresárias e às sociedades simples, 
personificadas ou não, independentemente da forma 
de organização ou modelo societário adotado, bem 
como a quaisquer fundações, associações de 
entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, 
que tenham sede, filial ou representação no território 
brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda 
que temporariamente. 
Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas 
objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, 
pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em 
seu interesse ou benefício, exclusivo ou não. 
Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não 
exclui a responsabilidade individual de seus 
dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa 
natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito. 
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada 
independentemente da responsabilização individual 
das pessoas naturais referidas no caput. 
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão 
responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua 
culpabilidade. 
Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica 
na hipótese de alteração contratual, transformação, 
incorporação, fusão ou cisão societária. 
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a 
responsabilidade da sucessora será restrita à 
obrigação de pagamento de multa e reparação 
integral do dano causado, até o limite do patrimônio 
transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais 
sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e 
fatos ocorridos antes da data da fusão ou 
incorporação, exceto no caso de simulação ou 
evidente intuito de fraude, devidamente 
comprovados. 
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, 
coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as 
consorciadas serão solidariamente responsáveis pela 
prática dos atos previstos nesta Lei, restringindo- se 
tal responsabilidade à obrigação de pagamento de 
multa e reparação integral do dano causado. 
CAPÍTULO II - DOS ATOS LESIVOS À 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NACIONAL OU 
ESTRANGEIRA 
Art. 5º Constituem atos lesivos à administração 
pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta 
Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas 
mencionadas no parágrafo único do art. 1º, que 
atentem contra o patrimônio público nacional ou 
estrangeiro, contra princípios da administração 
pública ou contra os compromissos internacionais 
assumidos pelo Brasil, assim definidos: 
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou 
indiretamente, vantagem indevida a agente público, 
ou a terceira pessoa a ele relacionada; 
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar 
ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos 
ilícitos previstos nesta Lei; 
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta 
pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular 
 
 
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12 
seus reais interesses ou a identidade dos 
beneficiários dos atos praticados; 
IV - no tocante a licitações e contratos: 
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação 
ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo 
de procedimento licitatório público; 
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de 
qualquer ato de procedimento licitatório público; 
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de 
fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer 
tipo; 
d) fraudar licitação pública ou contrato dela 
decorrente; 
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa 
jurídica para participar de licitação pública ou 
celebrar contrato administrativo; 
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo 
fraudulento, de modificações ou prorrogações de 
contratos celebrados com a administração pública, 
sem autorização em lei, no ato convocatório da 
licitação pública ou nos respectivos instrumentos 
contratuais; ou 
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-
financeiro dos contratos celebrados com a 
administração pública; 
V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização 
de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir 
em sua atuação, inclusive no âmbito das agências 
reguladoras e dos órgãos de fiscalização do sistema 
financeiro nacional. 
§ 1º Considera-se administração pública estrangeira 
os órgãos e entidades estatais ou representações 
diplomáticas de país estrangeiro, de qualquer nível 
ou esfera de governo, bem como as pessoas jurídicascontroladas, direta ou indiretamente, pelo poder 
público de país estrangeiro. 
§ 2º Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à 
administração pública estrangeira as organizações 
públicas internacionais. 
§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os 
fins desta Lei, quem, ainda que transitoriamente ou 
sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função 
pública em órgãos, entidades estatais ou em 
representações diplomáticas de país estrangeiro, 
assim como em pessoas jurídicas controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder público de país 
estrangeiro ou em organizações públicas 
internacionais. 
CAPÍTULO III - DA RESPONSABILIZAÇÃO 
ADMINISTRATIVA 
Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às 
pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos 
atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções: 
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 
20% (vinte por cento) do faturamento bruto do 
último exercício anterior ao da instauração do 
processo administrativo, excluídos os tributos, a qual 
nunca será inferior à vantagem auferida, quando for 
possível sua estimação; e 
II - publicação extraordinária da decisão 
condenatória. 
§ 1º As sanções serão aplicadas 
fundamentadamente, isolada ou cumulativamente, 
de acordo com as peculiaridades do caso concreto e 
com a gravidade e natureza das infrações. 
§ 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo 
será precedida da manifestação jurídica elaborada 
pela Advocacia Pública ou pelo órgão de assistência 
jurídica, ou equivalente, do ente público. 
§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo 
não exclui, em qualquer hipótese, a obrigação da 
reparação integral do dano causado. 
§ 4º Na hipótese do inciso I do caput, caso não seja 
possível utilizar o critério do valor do faturamento 
bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 
(seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões 
de reais). 
§ 5º A publicação extraordinária da decisão 
condenatória ocorrerá na forma de extrato de 
sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de 
comunicação de grande circulação na área da prática 
da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua 
falta, em publicação de circulação nacional, bem 
como por meio de afixação de edital, pelo prazo 
mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio 
estabelecimento ou no local de exercício da 
atividade, de modo visível ao público, e no sítio 
eletrônico na rede mundial de computadores. 
§ 6º (VETADO). 
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação 
das sanções: 
I - a gravidade da infração; 
 
 
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13 
II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; 
III - a consumação ou não da infração; 
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; 
V - o efeito negativo produzido pela infração; 
VI - a situação econômica do infrator; 
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração 
das infrações; 
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos 
internos de integridade, auditoria e incentivo à 
denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de 
códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa 
jurídica; 
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa 
jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; e 
X - (VETADO). 
Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de 
mecanismos e procedimentos previstos no inciso VIII 
do caput serão estabelecidos em regulamento do 
Poder Executivo federal. 
CAPÍTULO IV - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
DE RESPONSABILIZAÇÃO 
Art. 8º A instauração e o julgamento de processo 
administrativo para apuração da responsabilidade de 
pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada 
órgão ou entidade dos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou 
mediante provocação, observados o contraditório e 
a ampla defesa. 
§ 1º A competência para a instauração e o julgamento 
do processo administrativo de apuração de 
responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser 
delegada, vedada a subdelegação. 
§ 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a 
Controladoria- Geral da União - CGU terá 
competência concorrente para instaurar processos 
administrativos de responsabilização de pessoas 
jurídicas ou para avocar os processos instaurados 
com fundamento nesta Lei, para exame de sua 
regularidade ou para corrigir-lhes o andamento. 
Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - 
CGU a apuração, o processo e o julgamento dos atos 
ilícitos previstos nesta Lei, praticados contra a 
administração pública estrangeira, observado o 
disposto no Artigo 4 da Convenção sobre o Combate 
da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros 
em Transações Comerciais Internacionais, 
promulgada pelo Decreto nº 3.678, de 30 de 
novembro de 2000. 
Art. 10. O processo administrativo para apuração da 
responsabilidade de pessoa jurídica será conduzido 
por comissão designada pela autoridade 
instauradora e composta por 2 (dois) ou mais 
servidores estáveis. 
§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de 
representação judicial, ou equivalente, a pedido da 
comissão a que se refere o caput, poderá requerer as 
medidas judiciais necessárias para a investigação e o 
processamento das infrações, inclusive de busca e 
apreensão. 
§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à 
autoridade instauradora que suspenda os efeitos do 
ato ou processo objeto da investigação. 
§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo 
de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da 
publicação do ato que a instituir e, ao final, 
apresentar relatórios sobre os fatos apurados e 
eventual responsabilidade da pessoa jurídica, 
sugerindo de forma motivada as sanções a serem 
aplicadas. 
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, 
mediante ato fundamentado da autoridade 
instauradora. 
Art. 11. No processo administrativo para apuração 
de responsabilidade, será concedido à pessoa jurídica 
prazo de 30 (trinta) dias para defesa, contados a 
partir da intimação. 
Art. 12. O processo administrativo, com o relatório 
da comissão, será remetido à autoridade 
instauradora, na forma do art. 10, para julgamento. 
Art. 13. A instauração de processo administrativo 
específico de reparação integral do dano não 
prejudica a aplicação imediata das sanções 
estabelecidas nesta Lei. 
Parágrafo único. Concluído o processo e não 
havendo pagamento, o crédito apurado será inscrito 
em dívida ativa da fazenda pública. 
Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser 
desconsiderada sempre que utilizada com abuso do 
direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática 
dos atos ilícitos previstos nesta Lei ou para provocar 
confusão patrimonial, sendo estendidos todos os 
efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos 
seus administradores e sócios com poderes de 
 
 
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14 
administração, observados o contraditório e a ampla 
defesa. 
Art. 15. A comissão designada para apuração da 
responsabilidade de pessoa jurídica, após a 
conclusão do procedimento administrativo, dará 
conhecimento ao Ministério Público de sua 
existência, para apuração de eventuais delitos. 
CAPÍTULO V - DO ACORDO DE LENIÊNCIA 
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou 
entidade pública poderá celebrar acordo de leniência 
com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática 
dos atos previstos nesta Lei que colaborem 
efetivamente com as investigações e o processo 
administrativo, sendo que dessa colaboração resulte: 
I - a identificação dos demais envolvidos na infração, 
quando couber; e 
II - a obtenção célere de informações e documentos 
que comprovem o ilícito sob apuração. 
§ 1º O acordo de que trata o caput somente poderá 
ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os 
seguintes requisitos: 
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar 
sobre seu interesseem cooperar para a apuração do 
ato ilícito; 
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu 
envolvimento na infração investigada a partir da data 
de propositura do acordo; 
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito 
e coopere plena e permanentemente com as 
investigações e o processo administrativo, 
comparecendo, sob suas expensas, sempre que 
solicitada, a todos os atos processuais, até seu 
encerramento. 
§ 2º A celebração do acordo de leniência isentará a 
pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II do 
art. 6º e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 
(dois terços) o valor da multa aplicável. 
§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica 
da obrigação de reparar integralmente o dano 
causado. 
§ 4º O acordo de leniência estipulará as condições 
necessárias para assegurar a efetividade da 
colaboração e o resultado útil do processo. 
§ 5º Os efeitos do acordo de leniência serão 
estendidos às pessoas jurídicas que integram o 
mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde 
que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as 
condições nele estabelecidas. 
§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se 
tornará pública após a efetivação do respectivo 
acordo, salvo no interesse das investigações e do 
processo administrativo. 
§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do 
ato ilícito investigado a proposta de acordo de 
leniência rejeitada. 
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de 
leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de 
celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos 
contados do conhecimento pela administração 
pública do referido descumprimento. 
§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe 
o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos nesta 
Lei. 
§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão 
competente para celebrar os acordos de leniência no 
âmbito do Poder Executivo federal, bem como no 
caso de atos lesivos praticados contra a 
administração pública estrangeira. 
Art. 17. A administração pública poderá também 
celebrar acordo de leniência com a pessoa jurídica 
responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei nº 
8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas à isenção 
ou atenuação das sanções administrativas 
estabelecidas em seus arts. 86 a 88. 
CAPÍTULO VI - DA RESPONSABILIZAÇÃO 
JUDICIAL 
Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade 
da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de sua 
responsabilização na esfera judicial. 
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 
5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, por meio das respectivas Advocacias 
Públicas ou órgãos de representação judicial, ou 
equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar 
ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às 
pessoas jurídicas infratoras: 
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que 
representem vantagem ou proveito direta ou 
indiretamente obtidos da infração, ressalvado o 
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; 
II - suspensão ou interdição parcial de suas 
atividades; 
 
 
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15 
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica; 
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, 
subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou 
entidades públicas e de instituições financeiras 
públicas ou controladas pelo poder público, pelo 
prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. 
§ 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será 
determinada quando comprovado: 
I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma 
habitual para facilitar ou promover a prática de atos 
ilícitos; ou 
II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular 
interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários 
dos atos praticados. 
§ 2º (VETADO). 
§ 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma 
isolada ou cumulativa. 
§ 4º O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou 
órgão de representação judicial, ou equivalente, do 
ente público poderá requerer a indisponibilidade de 
bens, direitos ou valores necessários à garantia do 
pagamento da multa ou da reparação integral do 
dano causado, conforme previsto no art. 7º, 
ressalvado o direito do terceiro de boa-fé. 
Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, 
poderão ser aplicadas as sanções previstas no art. 6o, 
sem prejuízo daquelas previstas neste Capítulo, 
desde que constatada a omissão das autoridades 
competentes para promover a responsabilização 
administrativa. 
Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será 
adotado o rito previsto na Lei nº 7.347, de 24 de julho 
de 1985. 
Parágrafo único. A condenação torna certa a 
obrigação de reparar, integralmente, o dano causado 
pelo ilícito, cujo valor será apurado em posterior 
liquidação, se não constar expressamente da 
sentença. 
CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo 
federal o Cadastro Nacional de Empresas Punidas - 
CNEP, que reunirá e dará publicidade às sanções 
aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas 
de governo com base nesta Lei. 
§ 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deverão 
informar e manter atualizados, no Cnep, os dados 
relativos às sanções por eles aplicadas. 
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes 
informações acerca das sanções aplicadas: 
I - razão social e número de inscrição da pessoa 
jurídica ou entidade no Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica - CNPJ; 
II - tipo de sanção; e 
III - data de aplicação e data final da vigência do efeito 
limitador ou impeditivo da sanção, quando for o 
caso. 
§ 3º As autoridades competentes, para celebrarem 
acordos de leniência previstos nesta Lei, também 
deverão prestar e manter atualizadas no Cnep, após 
a efetivação do respectivo acordo, as informações 
acerca do acordo de leniência celebrado, salvo se 
esse procedimento vier a causar prejuízo às 
investigações e ao processo administrativo. 
§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do 
acordo de leniência, além das informações previstas 
no § 3º, deverá ser incluída no Cnep referência ao 
respectivo descumprimento. 
§ 5º Os registros das sanções e acordos de leniência 
serão excluídos depois de decorrido o prazo 
previamente estabelecido no ato sancionador ou do 
cumprimento integral do acordo de leniência e da 
reparação do eventual dano causado, mediante 
solicitação do órgão ou entidade sancionadora. 
Art. 23. Os órgãos ou entidades dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas 
de governo deverão informar e manter atualizados, 
para fins de publicidade, no Cadastro Nacional de 
Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter 
público, instituído no âmbito do Poder Executivo 
federal, os dados relativos às sanções por eles 
aplicadas, nos termos do disposto nos arts. 87 e 88 da 
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou 
valores aplicados com fundamento nesta Lei serão 
destinados preferencialmente aos órgãos ou 
entidades públicas lesadas. 
Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações 
previstas nesta Lei, contados da data da ciência da 
infração ou, no caso de infração permanente ou 
continuada, do dia em que tiver cessado. 
 
 
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16 
Parágrafo único. Na esfera administrativa ou judicial, 
a prescrição será interrompida com a instauração de 
processo que tenha por objeto a apuração da 
infração. 
Art. 26. A pessoa jurídica será representada no 
processo administrativo na forma do seu estatuto ou 
contrato social. 
§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica serão 
representadas pela pessoa a quem couber a 
administração de seus bens. 
§ 2º A pessoa jurídica estrangeira será representadapelo gerente, representante ou administrador de sua 
filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no 
Brasil. 
Art. 27. A autoridade competente que, tendo 
conhecimento das infrações previstas nesta Lei, não 
adotar providências para a apuração dos fatos será 
responsabilizada penal, civil e administrativamente 
nos termos da legislação específica aplicável. 
Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados 
por pessoa jurídica brasileira contra a administração 
pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior. 
Art. 29. O disposto nesta Lei não exclui as 
competências do Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica, do Ministério da Justiça e do Ministério 
da Fazenda para processar e julgar fato que constitua 
infração à ordem econômica. 
Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei 
não afeta os processos de responsabilização e 
aplicação de penalidades decorrentes de: 
I - ato de improbidade administrativa nos termos da 
Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992; e 
II - atos ilícitos alcançados pela Lei nº 8.666, de 21 de 
junho de 1993, ou outras normas de licitações e 
contratos da administração pública, inclusive no 
tocante ao Regime Diferenciado de Contratações 
Públicas - RDC instituído pela Lei nº 12.462, de 4 de 
agosto de 2011. 
Art. 31. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) 
dias após a data de sua publicação (01/08/2013). 
 
 
 
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17 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Noções de Direito 
Constitucional 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático 
de direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
CAPÍTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal 
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito 
a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por 
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos 
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus 
bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada 
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio 
aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
 
 
VADE MECUM – Agente Federal 
de Execução Penal do DEPEN 
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XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a 
de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu 
funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no 
primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou 
a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, 
ou por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvados os casos 
previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida 
em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a 
lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse 
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico 
do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no 
País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não 
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa 
do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral,

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