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Fundamentos da comunicação Oral e Escrita

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FUNDAMENTOS 
DA COMUNICAÇÃO
SÉRIE AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
FUNDAMENTOS 
DA COMUNICAÇÃO
SÉRIE AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SENAI-DN – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora Associada de Educação Profissional
SÉRIE AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
FUNDAMENTOS 
DA COMUNICAÇÃO
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte . Quadra 1 . Bloco C . Edifício Roberto 
Simonsen . 70040-903 . Brasília – DF . Tel.: (0xx61)3317-9190 
http://www.senai.br
© 2015. SENAI – Departamento Nacional
© 2015. SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul
2ª edição
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, 
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul.
Esta publicação foi elaborada pela equipe da Unidade Estratégica de Desenvolvimento 
Educacional – UEDE/Núcleo de Educação a Distância – NEAD, do SENAI do Rio Grande do 
Sul, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os 
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional do Rio Grande do Sul
Unidade Estratégica de Desenvolvimento Educacional – UEDE/Núcleo de Educação a 
Distância – NEAD
FICHA CATALOGRÁFICA
S491
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional
 Fundamentos da Comunicação / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
 Departamento Nacional; Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento 
 Regional do Rio Grande do Sul. – 2. ed. – Brasília: SENAI/DN, 2015.
 173. p.: il. (Automação e Mecatrônica Industrial).
 ISBN 978-85-7519-949-7
 1. Linguagem. 2. Comunicação. 3. Tecnologia da Informação. I. Serviço Nacional 
 de Aprendizagem Industrial - Departamento Regional do Rio Grande do Sul. II. Título. 
 III. Série.
CDU – 811.134.3(81)’36
Responsável pela Catalogação na Fonte: Cristiane Mesquita T. Luvizetto – CRB-10/1266
Lista de ilustrações
Figura 1 - Particularidades da linguagem culta e da linguagem coloquial ................................................16
Figura 2 - Países que falam a língua portuguesa .................................................................................................16
Figura 3 - Exemplos de gírias .......................................................................................................................................18
Figura 4 - Regionalismos ...............................................................................................................................................18
Figura 5 - Etapas do parágrafo ....................................................................................................................................31
Figura 6 - Perguntas para um relatório.....................................................................................................................38
Figura 7 - Exemplo de currículo ..................................................................................................................................42
Figura 8 - Memorial .........................................................................................................................................................43
Figura 9 - Modelo de ata ................................................................................................................................................46
Figura 10 - Memorando .................................................................................................................................................47
Figura 11 - Capa ................................................................................................................................................................80
Figura 12 - Folha de rosto..............................................................................................................................................81
Figura 13 - Dicas para uma boa apresentação ......................................................................................................94
Figura 14 - Barras e menus do Word ...................................................................................................................... 106
Figura 15 - Localização da régua ............................................................................................................................. 107
Figura 16 - Ferramentas de tabela .......................................................................................................................... 107
Figura 17 - Guia dinâmica design ............................................................................................................................ 107
Figura 18 - Guia layout (tabela) ................................................................................................................................ 108
Figura 19 - Guia formatar ........................................................................................................................................... 108
Figura 20 - Guia cabeçalho e rodapé ..................................................................................................................... 109
Figura 21 - Adicionar legenda .................................................................................................................................. 110
Figura 22 - Índice de ilustrações .............................................................................................................................. 111
Figura 23 - Caixa do parágrafo ................................................................................................................................. 112
Figura 24 - Barra de status com a opção seção ativa ....................................................................................... 113
Figura 25 - Grupo fonte ............................................................................................................................................... 113
Figura 26 - Grupo páginas ......................................................................................................................................... 114
Figura 27 - Grupo estilos ............................................................................................................................................ 115
Figura 28 - Modificar estilo. ....................................................................................................................................... 115
Figura 29 - Zoom da janela ........................................................................................................................................ 116
Figura 30 - Botão Office, opção imprimir ............................................................................................................. 116
Figura 31 - Tela principal do MS Power Point ...................................................................................................... 118
Figura 32 - Definindo layout da apresentação .................................................................................................. 119
Figura 33 - Escolhendo um design apropriado ................................................................................................. 119
Figura34 - Salvando um design apropriado ...................................................................................................... 119
Figura 35 - Inserindo caixas de texto na apresentação .................................................................................. 120
Figura 36 - Inserindo imagens na apresentação ................................................................................................ 120
Figura 37 - Inserindo imagens na apresentação ................................................................................................ 120
Figura 38 - Inserir som como elemento de apresentação .............................................................................. 121
Figura 39 - Definindo sequência e configuração dos itens ............................................................................ 121
Figura 40 - Configurando propriedades do som na apresentação ............................................................. 122
Figura 41 - Trabalhando com filmes na apresentação ..................................................................................... 122
Figura 42 - Alterando plano de fundo .................................................................................................................. 122
Figura 43 - Alterando estilo de plano de fundo ................................................................................................ 123
Figura 44 - Configurando transição de slides .................................................................................................... 125
Figura 45 - Escolhendo opções de animação de slides ................................................................................... 125
Figura 46 - Ampliando opções de animação de slides .................................................................................... 125
Figura 47 - Personalizando uma animação .......................................................................................................... 126
Figura 48 - Opções de animação ............................................................................................................................. 128
Figura 49 - Inserindo sons nas animações ........................................................................................................... 128
Figura 50 - Exemplo de efeitos de animação ..................................................................................................... 128
Figura 51 - Interface do programa Microsoft Excel ........................................................................................... 130
Figura 52 - Interface do programa OpenOffice.org Calc................................................................................. 130
Figura 53 - Abrindo planilha existente .................................................................................................................. 131
Figura 54 - Abrindo planilha pelo programa iniciar ......................................................................................... 131
Figura 55 - Cabeçalho de planilha Excel ............................................................................................................... 131
Figura 56 - Inserido planilhas de Excel .................................................................................................................. 132
Figura 57 - Renomeando a planilha ....................................................................................................................... 132
Figura 58 - Selecionando células ............................................................................................................................. 133
Figura 59 - Seleção de intervalo de células ......................................................................................................... 133
Figura 60 - Mesclando células .................................................................................................................................. 133
Figura 61 - Alteração do tamanho da célula ....................................................................................................... 134
Figura 62 - Visualizando linhas da planilha .......................................................................................................... 134
Figura 63 - Formatando linhas de grade .............................................................................................................. 135
Figura 64 - Visualizando linhas da tabela pela função Imprimir .................................................................. 135
Figura 65 - Formatando células ............................................................................................................................... 136
Figura 66 - Usando sequenciais ou textuais na planilha ................................................................................. 136
Figura 67 - Inserido fórmulas na planilha ............................................................................................................. 137
Figura 68 - Função Fx para inserir fórmula de cálculo ..................................................................................... 137
Figura 69 - Selecionando função soma ................................................................................................................. 138
Figura 70 - Selecionando intervalo de soma ....................................................................................................... 138
Figura 71 - Cálculo da soma de células ................................................................................................................. 138
Figura 72 - Inserindo gráfico ..................................................................................................................................... 139
Figura 73 - Editando títulos do gráfico .................................................................................................................. 139
Figura 74 - Passo a passo do cálculo com referência fixa ............................................................................... 140
Figura 75 - Construindo a fórmula de cálculo .................................................................................................... 140
Figura 76 - Cálculo do custo do material elétrico .............................................................................................. 141
Figura 77 - Preenchimento das células com cálculo sem colocarmos a referência fixa ...................... 141
Figura 78 - Fórmula com referência fixa para travar a célula e utilização da alça para o preenchi-
mento das células seguintes e uso da alça de preenchimento após a aplicação da referência fixa. .......
142
Figura 79 - Utilizando a fórmula Excel e a alça de preenchimento para cálculo de valor por parcela ...
142
Figura 80 - Cálculo do custo dos materiais elétricos em 10x ........................................................................ 143
Figura 81 - Uso da alça de preenchimento para o cálculo dos demais materiais elétricos ................ 143
Figura 82 - Uso da fórmula Excel para o cálculo do valor da parcela em 10x ......................................... 144
Figura 83 - Uso da alça de preenchimento para completar os valores das parcelas em 10x ........... 144
Figura 84 - Protegendo as células da planilha .................................................................................................... 144
Figura 85 - Proteção de planilhas ............................................................................................................................ 145
Figura 86 - Selecionando as permissões ............................................................................................................... 145
Figura 87 - Adicionando senha para a proteção da planilha e confirmando a senha .......................... 145
Figura 88 - Aviso de célula bloqueada ..................................................................................................................146
Quadro 1 - Vocábulos aportuguesados .....................................................................................................................17
Quadro 2 - Mecanismos de coesão gramatical.......................................................................................................23
Quadro 3 - Mecanismos de coesão semântica .......................................................................................................24
Quadro 4 - Características dos textos.........................................................................................................................30
Quadro 5 - Regras de acentuação ...............................................................................................................................54
Quadro 6 - Uso do hífen ..................................................................................................................................................55
Quadro 7 - Palavras homônimas e parônimas ........................................................................................................59
Quadro 8 - Palavras usuais .............................................................................................................................................68
Quadro 9 - Natureza da pesquisa ................................................................................................................................72
Quadro 10 - Forma de apresentar um cronograma ..............................................................................................75
Quadro 11 - Operadores .............................................................................................................................................. 137
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................13
2 A LÍNGUA PORTUGUESA E AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS ...........................................................................15
2.1 Estrangeirismos ...........................................................................................................................................17
2.2 Neologismos .................................................................................................................................................17
2.3 Gírias ................................................................................................................................................................17
2.4 Regionalismo ................................................................................................................................................18
2.5 Jargão ..............................................................................................................................................................19
2.6 Vocabulário técnico ....................................................................................................................................19
3 TÉCNICAS DE LEITURA ................................................................................................................................................21
3.1 Interpretação ................................................................................................................................................21
3.2 Análise textual ..............................................................................................................................................22
3.3 Coesão textual .............................................................................................................................................22
3.4 Coerência textual ........................................................................................................................................24
3.5 Ambiguidade e redundância ..................................................................................................................24
3.6 Análise temática ..........................................................................................................................................25
3.7 Análise interpretativa ................................................................................................................................25
4 TIPOLOGIA, ESTRUTURA E PRODUÇÃO TEXTUAL .............................................................................................29
4.1 Parágrafo ........................................................................................................................................................29
4.1.1 Estrutura interna e tipos de parágrafos ............................................................................29
4.1.2 Unidade interna .........................................................................................................................31
4.2 Texto dissertativo .......................................................................................................................................32
4.3 Esquema e resumo .....................................................................................................................................34
4.3.1 As etapas de um resumo .......................................................................................................36
4.4 Relatório técnico .........................................................................................................................................37
4.4.1 Estrutura do relatório técnico ...............................................................................................37
4.4.2 Tipos de relatórios.....................................................................................................................40
4.5 Currículo profissional .................................................................................................................................41
4.6 Memorial .......................................................................................................................................................43
4.7 Ata ....................................................................................................................................................................45
4.8 Memorando ..................................................................................................................................................46
5 GRAMÁTICA APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA .........................................................................................51
5.1 O acordo ortográfico ................................................................................................................................51
5.1.1 Uso do hífen ................................................................................................................................55
5.2 Crase ................................................................................................................................................................56
5.3 Ortografia.......................................................................................................................................................57
Sumário
5.4 Formas variantes .........................................................................................................................................57
5.5 Palavras homônimas e palavras parônimas ......................................................................................58
5.6 Pontuação ......................................................................................................................................................60
5.7 Regência nominal e verbal ......................................................................................................................64
5.7.1 Regência nominal ....................................................................................................................645.7.2 Regência verbal ........................................................................................................................65
5.8 Palavras usuais .............................................................................................................................................67
6 PROJETOS E TRABALHOS DE PESQUISA: METODOLOGIA ..............................................................................71
6.1 Trabalho científico ......................................................................................................................................71
6.1.1 Finalidades ..................................................................................................................................72
6.1.2 Etapas ............................................................................................................................................72
6.2 Elaboração do projeto de pesquisa ......................................................................................................74
7 METODOLOGIA CIENTÍFICA – ABNT.......................................................................................................................79
7.1 Elementos pré-textuais ............................................................................................................................79
7.1.1 Capa ..............................................................................................................................................79
7.1.2 Folha de rosto ............................................................................................................................80
7.1.3 Sumário .......................................................................................................................................81
7.2 Elementos textuais ....................................................................................................................................81
7.2.1 Introdução ..................................................................................................................................82
7.2.2 Desenvolvimento ......................................................................................................................82
7.2.3 Conclusão ...................................................................................................................................82
7.3 Elementos pós-textuais ...........................................................................................................................82
7.3.1 Referências .................................................................................................................................82
7.3.2 Anexos .........................................................................................................................................83
7.4 Regras gerais de apresentação ..............................................................................................................83
8 COMUNICAÇÃO EM PÚBLICO ..................................................................................................................................89
8.1 Técnicas de comunicação em público .................................................................................................89
8.1.1 Ferramentas de multimídia ...................................................................................................91
8.1.2 Gerenciamento de tempo .....................................................................................................92
8.2 técnicas de apresentação.........................................................................................................................92
8.2.1 Para uma apresentação ..........................................................................................................92
8.2.2 Outros recursos também exigem sua atenção ..............................................................93
8.3 Técnicas de argumentação ......................................................................................................................95
8.3.1 Comunicação oral: exposição e argumentação ............................................................95
8.3.2 Texto argumentativo oral .......................................................................................................96
8.4 Seminário ......................................................................................................................................................97
8.4.1 Preparação de seminário ........................................................................................................97
8.4.2 Organização e apresentação de seminário .....................................................................97
8.5 Debate ...........................................................................................................................................................99
8.5.1 Organização e apresentação do debate ..........................................................................99
8.5.2 Roteiro para o debate .......................................................................................................... 100
8.6 Argumentação oral ................................................................................................................................ 100
8.7 Depoimento pessoal............................................................................................................................... 101
9 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO .......................................................................................................................... 105
9.1 Editor de textos ......................................................................................................................................... 105
9.2 Digitação de textos ................................................................................................................................. 105
9.3 Inserções ..................................................................................................................................................... 109
9.4 Parágrafos ................................................................................................................................................... 111
9.5 Formatação ................................................................................................................................................ 113
9.6 Impressão de arquivo ............................................................................................................................. 115
9.7 Elaboração de apresentação multimídia ......................................................................................... 117
9.7.1 Regras de estruturação ........................................................................................................ 118
9.7.2 Inserção de figuras e arquivos ........................................................................................... 120
9.7.3 Formatação .............................................................................................................................. 124
9.8 Planilha eletrônica ................................................................................................................................... 129
9.8.1 Interface .................................................................................................................................... 131
9.8.2 Estrutura de uma planilha................................................................................................... 132
9.8.3 Mesclagem de células .......................................................................................................... 133
9.8.4 Tamanho das células ............................................................................................................. 134
9.8.5 Bordas e visualização de impressão ................................................................................134
9.8.6 Formato de células ................................................................................................................ 135
9.8.7 Sequências numéricas e textuais ..................................................................................... 136
9.8.8 Fórmulas, cálculos e funções ............................................................................................. 137
9.8.9 Gráficos ...................................................................................................................................... 138
9.8.10 Referência fixa ....................................................................................................................... 140
9.8.11 Proteção de células e planilha ........................................................................................ 144
Referências ........................................................................................................................................................................ 149
Anexo .................................................................................................................................................................................. 151
Minicurrículo dos autores ........................................................................................................................................... 169
Índice .................................................................................................................................................................................. 170
A Unidade Curricular Fundamentos da Comunicação compõe o Módulo Básico comum 
aos Cursos de Habilitação Profissional da Área de Automação e Mecatrônica Industrial. 
O Curso Técnico em Mecatrônica tem o objetivo formar Técnicos em Mecatrônica 
com sólidos conhecimentos para atuar no desenvolvimento de sistemas automatizados 
de manufatura e na implementação e manutenção de máquinas e equipamentos 
automatizados, respeitando procedimentos e normas técnicas, bem como normas de 
qualidade, de saúde, de segurança e de meio ambiente. 
O caráter transversal desta Unidade Curricular reforça a ideia de que a comunicação 
é necessária, e cada vez mais importante, para a atividade profissional do Técnico 
em Mecatrônica. Desse modo, desenvolvemos as capacidades comunicativas em 
suas diferentes formas, relacionadas à aplicação das normas da linguagem culta na 
estruturação de textos técnicos, utilizando a metodologia de pesquisa e as técnicas da 
comunicação oral e da tecnologia da informação. Trabalharemos com a interpretação 
de textos técnicos e a aplicação dos princípios da redação técnica e da comunicação 
oral e escrita, inclusive em meio eletrônico. Além disso, estudaremos a interpretação de 
cronogramas, a aplicação das etapas básicas de planejamento, a utilização de recursos de 
informática, de pesquisa de informações técnicas em literatura específica, inclusive em 
meio eletrônico, e a organização de dados em formulários ou documentos específicos.
INTRODUÇÃO
1
A LÍNGUA PORTUGUESA E AS 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS
2
A comunicação é inerente ao convívio social. No trabalho e na sociedade, você convive com 
pessoas e grupos diferentes que exercem papéis e funções distintas e, para cada situação de 
fala, você precisa se comunicar de forma adequada para ser entendido.
Há momentos em que você pode utilizar um vocabulário mais simples, informal, porém, 
em outros casos, há a necessidade de elaborar melhor o seu discurso, sua fala. Por exemplo, 
em uma entrevista de emprego, é fundamental que você faça uso da linguagem formal para 
causar melhor impressão a quem estiver lhe entrevistando. Já nas conversas de “botequim”, 
você poderá falar de forma mais simples, coloquial. 
A seguir, você encontra algumas informações sobre a história de nossa língua.
Ao conquistar novas regiões, o latim era a língua imposta aos povos conquistados - que 
acabaram por modificar bastante a pronúncia e incorporaram ao vocabulário latino palavras 
de sua língua materna, transformando, assim, ao longo de anos de ocupação, a língua 
imposta. Deram, então, origem às línguas neolatinas: português, espanhol, catalão, francês, 
italiano e romeno.
Sendo assim, a língua portuguesa tem sua origem no latim, que era a língua falada no estado 
Lácio, região onde atualmente fica a cidade de Roma na Itália. 
Durante o Império Romano, havia dois níveis de expressão do latim: 
• latim clássico - falado e escrito pela elite dominante e escritores; 
• latim vulgar - falado pelo povo e que deu origem às línguas neolatinas.
 VOCÊ 
 SABIA?
No Brasil, hoje, há variações da linguagem. Entre as principais, temos a culta e a coloquial. 
Conheça as particularidades dessas variações na Figura 1.
16 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Figura 1 - Particularidades da linguagem culta e da linguagem coloquial
Fonte: SENAI-RS
O Brasil não é o único país que fala a língua portuguesa. Segundo o site Mundo Educação, a língua 
portuguesa, é a quinta mais falada no mundo e a terceira do mundo ocidental, superada apenas pelo 
inglês e o espanhol. Atualmente, 250 milhões de pessoas no mundo falam português, o Brasil responde por 
cerca de 80% desse total. Veja na Figura 2 o mapa representando os países que falam a língua portuguesa.
Figura 2 - Países que falam a língua portuguesa 
Fonte: SENAI-RS 
No site www.mundoeducacao.uol.br, você pode saber mais sobre o português falado 
no mundo.
 SAIBA 
 MAIS
Uma cultura influencia a outra, o que pode ser percebido na maneira de vestir, na culinária, na música, 
no comportamento e, é claro, na língua. Novas palavras, empréstimo de palavras de outras línguas, 
acabam sendo aportuguesadas. Veja, a seguir, alguns exemplos dessas influências na Língua Portuguesa.
2 A LÍNGUA PORTUGUESA E AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS 17
2.1 ESTRANGEIRISMOS
Estrangeirismos são palavras de outros idiomas que foram introduzidas na Língua Portuguesa. 
Algumas palavras foram aportuguesadas e outras não. 
No Quadro 1, você encontra exemplos de palavras com aportuguesamento:
ORIGEM PALAVRA
Francês Omelete, vitrine, toalete.
Africano Acarajé.
Inglês Recorde, hambúrguer, escocês.
Espanhol Pepita, cavalheiro.
Árabe Álgebra, arroz, alecrim.
Japonês Quimono, samurai, gueixa.
Italiano Lasanha, piano, maestro.
Russo Czar, vodca.
Quadro 1 - Vocábulos aportuguesados
Fonte: SENAI-RS
Outras palavras continuam sendo usadas com a mesma grafia da língua de origem: mouse, raio laser, 
software.
2.2 NEOLOGISMOS
Os neologismos são usados quando aquele que emite a mensagem não encontra uma palavra 
com significado similar na língua ou usa uma palavra com sentido novo, diferente do original e, 
após algum tempo, a nova acepção desse termo é incorporado ao dicionário. Por exemplo, a palavra 
“gato” normalmente designa um animal felino. Atualmente, também designa uma ligação elétrica 
clandestina. Já a palavra “laranja”, que é a denominação de uma fruta cítrica, também é o nome que se 
dá para um falso proprietário. 
São também neologismos as palavras que adaptamos de outras línguas para designar algo que não existia 
antes. Bons exemplos são termos da informática, como:
• deletar - eliminar, apagar;
• lincar - acessar documento de hipertexto por meio de link; 
• logar - fornecer nome do usuário e senha, permitindo acesso ao computador.
2.3 GÍRIAS
Gírias são palavras e expressões criadas, geralmente, por um determinado grupo social ou profissional, 
para substituir termos oficiais. Normalmente são substituídas de tempos em tempos pelas novas gerações.
Veja alguns exemplos de gírias usadas nos anos 50 e atualmente (FIGURA 3):
18 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Anos 50
• cafona
• careta 
• joia 
• prafrentex
Atualmente
• parada sinistra
• responsa
• tá ligado 
• da hora
Figura 3 - Exemplos de gírias
Fonte: SENAI-RS
2.4 REGIONALISMO
A influência de várias culturas deixou muitas marcas que acentuaram a riqueza do vocabulário brasileiro. 
O regionalismo linguísticotambém apresenta diferenças no sotaque e na pronúncia das palavras, sem 
necessariamente constituir-se em um erro. 
Um objeto pode receber um nome em uma região e, em outra, um completamente diferente.
Para compreender melhor o assunto, veja os exemplos na Figura 4:
• Pipa
• Papagaio
• Pandorga
• Semáforo
• Farol
• Sinaleiro
• Sinal
• Sinaleira
• Mandioca
• Aipim
• Macaxeira
Figura 4 - Regionalismos
Fonte: SENAI-RS
2 A LÍNGUA PORTUGUESA E AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS 19
2.5 JARGÃO
Diferentes grupos profissionais fazem uso de vocabulário e expressões que são típicos de sua área de 
atuação. O jargão – linguagem técnica – é empregado por um grupo restrito de profissionais e, na maioria 
das vezes, o significado é inacessível para as pessoas que não pertencem ao mesmo grupo. Exemplos:
Jargão médico: a alopecia androgênica causa sentimento de inferioridade.(alopecia androgênica 
significa calvície).
Jargão jurídico: a materialidade do delito imputado aos acusados está comprovada estreme de dúvidas, 
o que pode ser inferido dos documentos juntados aos autos, mormente: laudo de exame tanatoscópico.
 FIQUE 
 ALERTA
É importante prestar atenção ao contexto em que você está inserido para adaptar a 
sua linguagem à situação de fala (culta ou informal). Considere também que, nem 
sempre, as pessoas reconhecem o vocabulário de determinadas áreas.
A comunicação ocorre por meio de diversas formas de linguagem. A cultura de um 
povo é um fator que contribui muito para as transformações da língua.
2.6 VOCABULÁRIO TÉCNICO
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, 
especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação.
Consulte o vocabulário técnico deste curso no anexo 1.
 RECAPITULANDO
Nesse capítulo falou-se da origem da língua portuguesa: o latim, língua falada na Itália antiga. E que, 
atualmente, a língua portuguesa é a quinta mais falada no mundo. Foram abordadas as variações de linguagem, 
como a culta e a coloquial. A língua é dinâmica e está sempre se modificando, porque sofre influência de outras 
culturas, de outras línguas, de grupos sociais, com criação de novas palavras (neologismos) e de regionalismos,
Na próxima etapa, você terá a oportunidade de conhecer o vocabulário técnico, específico da área em estudo.
TÉCNICAS DE LEITURA
3
Quando você lê, especialmente textos mais extensos ou de difícil compreensão, é importante 
que, além de ler com muita atenção e com um bom dicionário ao lado, você crie uma maneira 
para extrair o máximo de informações do texto. Veremos algumas orientações e técnicas que 
podem melhorar sua leitura e compreensão de textos. 
3.1 INTERPRETAÇÃO
A leitura de um texto exige muito mais do que o simples conhecimento da língua. O 
texto, para ser entendido e interpretado, exige que o leitor mobilize uma série de estratégias, 
tanto linguísticas como de aplicação de seus conhecimentos de mundo, para poder levantar 
hipóteses, validá-las ou não e preencher as lacunas que o texto apresenta. O leitor exerce o 
papel de construtor de sentido, utilizando-se de estratégias, como seleção, antecipação, 
inferência e verificação.
O documento conhecido como Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) orienta a educação, 
para os Ensinos Fundamental e Médio, no Brasil. Neste documento, encontramos o significado 
da leitura. Conforme podemos ver a seguir.
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação 
do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de 
tudo o que sabe sobre a linguagem, etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra 
por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, 
antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses 
procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões 
diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto 
suposições feitas. (BRASIL, 1998).)
Um leitor perspicaz, então, questiona o que lê, pensa sobre o que o autor está 
apresentando e decide se os pontos de vista expostos no texto têm o suporte de 
evidências. Para a interpretação de um texto, o leitor vai buscar subsídios em sua própria 
22 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
experiência, no conhecimento que possui a partir de outras leituras feitas. Novamente, enfatiza-se a 
importância de ler – e ler muito e sempre. O foco de sua interpretação deve estar enraizado no texto. 
Transforme a leitura em um prazer, não em uma obrigação sem sentido. 
3.2 ANÁLISE TEXTUAL
A análise textual tem por objetivo fazer a primeira aproximação do leitor com o texto a fim de conhecer o 
pensamento do autor, visando à análise temática posterior.
A seguir, lembramos alguns passos para realizar essa tarefa:
Passo 1: leia o texto do princípio ao fim, buscando ter uma noção geral sobre o assunto abordado;
Passo 2: leia o texto novamente, assinalando dúvidas quanto ao vocabulário que possam prejudicar a 
compreensão do texto. Você também vai assinalar pontos de dúvida quanto ao posicionamento do autor;
Passo 3: busque o significado dos vocábulos assinalados. Lembre-se de ver o significado no contexto 
da leitura;
Passo 4: faça um esquema provisório daquilo que você leu.
3.3 COESÃO TEXTUAL
Vejamos, a seguir, duas definições de texto. Essas definições nos ajudarão a entender melhor o que são 
coerência e coesão, que veremos posteriormente.
A palavra “texto” tem origem na palavra em latim “textum”, que significa tecido, entrelaçamento[...]. O 
texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se obter um todo inter-
relacionado. Daí poder falar em textura ou tessitura de um texto: é a rede de relações que garantem sua 
coesão, sua unidade. (INFANTE, 1991).
Temos, também, outra definição de texto. De acordo com Koch (1989), um texto não é simplesmente uma 
sequência de frases isoladas, mas uma unidade linguística com propriedades estruturais específicas. Um texto 
é construído, ou tecido, pelo encadeamento de palavras: uma palavra ligada a outra, uma oração a outra, uma 
ideia a outra, sendo conforme Antunes (2005) de maneira que nada fica solto e um segmento dá continuidade 
a outro. O que é dito em um ponto se liga ao que foi dito noutro ponto, anteriormente e subsequentemente.
Fazendo uma analogia do texto com uma máquina, podemos dizer que a coesão é a ma-
neira como as peças estão interligadas para que a máquina funcione. Se a ligação entre 
cada parte que compõe a máquina não estiver bem feita, ela não servirá ao propósito para 
o qual foi criada. O funcionamento de um conjunto pode ser prejudicado se, apesar dos 
componentes estarem bem soldados e aparafusados, eles não estiverem conectados a um 
conjunto maior.
 SAIBA 
 MAIS
3 TÉCNICAS DE LEITURA 23
Podemos entender a coesão textual como a propriedade de criar e sinalizar toda espécie de ligação que 
dá ao texto unidade de sentido ou unidade temática – a continuidade do texto, a sequência interligada de 
suas partes. Vejamos alguns mecanismos de coesão gramatical, no Quadro 2 a seguir:
MECANISMOS DE COESÃO GRAMATICAL
Pronomes pessoais São importantíssimos na “amarração” de um texto, já que sempre se referem a um substantivo já 
citado anteriormente ou que está por ser citado. (tu, ele, nós, vocês, etc.). Exemplo: Vocês, meus 
amigos, estarão sempre em meu coração.
Pronomes possessivos Relacionam a ideia de posse a pessoas do discurso (seu, sua, nosso, etc.). Exemplo: A escola era antiga, 
mas sua estrutura resistia bravamente à ação do tempo e ao descaso do poder público.
Pronomes relativos Além de se referirem a um termo antecedente, introduzem uma oração subordinada e desempe-
nham função sintática nessa oração. Exemplo: O equipamento cuja liberação já foi providenciada 
estará funcionando em uma semana. Os despachantesque atuaram junto à alfândega foram 
bem-sucedidos.
Pronomes 
demonstrativos
Relacionam-se a uma pessoa do discurso, fazendo referência ao substantivo que preenche seu 
significado. Exemplo: A maior vantagem foi do time visitante. Este marcou o único gol da partida. 
Conectivos Conjunções e preposições podem carregar ou não significado para as relações que 
fazem, o que ressalta seu papel de elementos conectores. Exemplo: A indústria brasilei-
ra vem crescendo. Contudo, devido à crise mundial, esse crescimento desacelerou no 
último ano e tem causado preocupação.
Advérbios Indicam a localização no espaço e no tempo dos elementos a que se referem. Exemplo: A entrada 
do centro tecnológico localiza-se no final da rua e há um ponto de ônibus a poucos metros dali.
Ordenadores Encarregam-se da organização das informações no texto (por um lado... por outro lado, em 
resumo, então, assim sendo, etc). Exemplo: Se por um lado o curso universitário está mais focado 
na teoria, por outro lado o curso técnico lhe dá a parte prática em menor espaço de tempo.
Omissão Um termo da oração facilmente identificável poderá ser omitido; a essa omissão se dá o nome de 
elipse. Exemplo: Meu pai insiste em fumar; eu, em convencê-lo a desistir. (elipse do verbo: eu insisto 
em convencê-lo a desistir).
Quadro 2 - Mecanismos de coesão gramatical
Fonte: SENAI-RS
No Quadro 2, foram apresentados os mecanismos de coesão gramatical. Veremos agora, no Quadro 3, 
mecanismos de coesão semântica:
(CONTINUA)
MECANISMOS DE COESÃO SEMÂNTICA
Sinonímia baseia-se na substituição de um termo por outro ou por uma expressão que possua equiva-
lência de significado. Exemplo: O avião presidencial sofreu uma pane. A aeronave havia sido 
vistoriada dois dias antes.
Repetição lexical é a reiteração de um termo ou termos de uma mesma família lexical. Exemplo: A ecologia 
deve fazer parte de nosso dia a dia, pois, se não a respeitarmos, ecologia poderá ser só mais 
uma palavra em um mundo semidestruído.
24 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Hiponímia e hiperonímia Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente do que o do seu 
hipônimo (vocabulário de sentido mais específico). Exemplo: Os jovens foram convidados 
a entrar no auditório. Eram pessoas com os mais diferentes interesses fora da escola, mas 
ali eram todos alunos buscando a profissionalização para um futuro mais promissor. No 
exemplo dado, a palavra pessoas, por ter um significado mais abrangente, é um hiperôni-
mo porque contém o significado de jovens e de alunos. As palavras jovens e alunos, por 
sua vez, são hipônimos da palavra pessoas.
Campo semântico É o emprego de termos que pertencem a um repertório associado a uma realidade, uma 
ciência, um estudo. São termos afins. Se pensarmos na palavra “vestibular”, podemos 
associar os seguintes vocábulos do mesmo campo semântico: vestibulando, vaga, teste, 
candidato, curso, estudante, carreira, universidade, faculdade e outras mais. Exemplo: 
Se você é vestibulando buscando uma vaga para um dos cursos mais concorridos nas 
universidades federais, prepare-se para estudar muito.
Quadro 3 - Mecanismos de coesão semântica
Fonte: SENAI-RS
3.4 COERÊNCIA TEXTUAL
Um bom texto sustenta-se não só na coesão, mas também no campo das relações de encadeamento 
lógico das ideias. A coesão articula estruturas e relações gramaticais e semânticas (plano mais material); 
a coerência articula as relações lógicas das ideias (plano mais abstrato). A presença tanto da coesão como 
da coerência garante um texto bem estruturado, bem “amarrado”, ou, em um contexto de técnicos, “bem 
soldado e aparafusado”.
Se há contradição entre as ideias, entre os argumentos apresentados em um texto, fica destruída 
qualquer tentativa de apresentar um desenvolvimento lógico, da mesma forma, em um texto narrativo, a 
alteração da ordem de sequências temporais o tornará incoerente.
Para termos um texto coerente, segundo Charolles (2002), é preciso que:
• o texto comporte em seu desenvolvimento linear elementos de estrita recorrência;
• seu desenvolvimento contenha elementos semânticos constantemente renovados;
• seu desenvolvimento não introduza nenhum elemento semântico que contradiga um conteúdo 
posto ou pressuposto anteriormente;
• os fatos que ele expressa estejam relacionados entre si no mundo representado.
3.5 AMBIGUIDADE E REDUNDÂNCIA
A ambiguidade e a redundância prejudicam um texto. Por isso, é importante que você saiba identificar 
esses dois vícios de linguagem:
(CONCLUSÃO)
3 TÉCNICAS DE LEITURA 25
• ambiguidade: ocorre quando podemos entender de duas maneiras a mesma frase. Observe o exemplo: 
“O cachorro do irmão foi visto perambulando pelo centro da cidade.” Neste caso, cachorro pode ser 
entendido como o animal que pertence ao irmão, ou como o próprio irmão, com a palavra cachorro 
sendo usada com sentido pejorativo, significando vagabundo, assanhado. Agora veja outro exemplo: 
“Estivemos na escola da cidade que foi destruída pelo incêndio.” Fica a dúvida: foi a cidade ou foi a escola 
destruída pelo incêndio?
• redundância: é a repetição de ideias na mesma frase. Veja o exemplo: “Subiu as escadas para cima.” 
Neste caso, bastaria dizer: “Subiu as escadas.” Outro exemplo: “Terminou o curso há três anos atrás.” 
Ora, quando digo “há três anos”, já estou indicando passado. Então, posso dizer: “Terminou o curso há 
três anos”. Ou de outra forma: “Terminou o curso três anos atrás.”
3.6 ANÁLISE TEMÁTICA
 O objetivo de se fazer a análise temática é compreender a mensagem veiculada pelo autor na unidade 
de leitura. Nessa análise, primeiramente buscamos responder as seguintes questões:
• de que trata o texto?
• como está problematizado? Qual a dificuldade a ser resolvida?
• qual a posição do autor frente ao problema? Que ideia ele defende?
• como o autor argumenta, raciocina para demonstrar a tese?
• existem ideias secundárias que apoiam a ideia central?
A análise temática tem por objetivo a apreensão da ideia principal, sem interpretar ainda. Desse modo, 
a análise temática é a base para a obtenção de resumos que sintetizam as ideias do autor.
3.7 ANÁLISE INTERPRETATIVA
Depois de feita a análise temática, é hora de tomar uma posição própria a respeito das ideias, ir além 
da estrita mensagem do texto, fazer a leitura nas entrelinhas, explorar toda a riqueza das ideias expostas, 
relacioná-las com a experiência de mundo do leitor, construir um diálogo com o autor. Assim, a análise 
interpretativa acontece.
Nessa fase, é muito importante não se deixar levar pelo subjetivismo, permitindo que nossas crenças 
e preconceitos interfiram na interpretação do texto especificamente. É hora de formular um juízo crítico, 
avaliando o texto em função de sua coerência interna, da originalidade e contribuição à discussão do 
problema, fazendo crítica pessoal às posições defendidas no texto.
26 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
 FIQUE 
 ALERTA
A crítica pessoal é a fase mais delicada da interpretação e exige maturidade inte-
lectual do leitor, cuja vivência pessoal do problema deverá ter alcançado um nível 
que possibilite o debate da questão e permita que faça novas proposições. Após, o 
leitor poderá elaborar uma síntese pessoal, levando em conta os dados coletados 
nas etapas anteriores e incluindo também sua contribuição pessoal para o tema. 
 RECAPITULANDO
Neste capítulo, vimos que o texto é composto de unidades menores, entrelaçadas e interdependentes. 
O leitor tem de mobilizar estratégias variadas para fazer uma leitura e interpretação eficientes: 
questionando o que lê, fazendo suposições, buscando esclarecimentos, validando no texto as suposições 
feitas. O primeiro passo é a análise textual, quando se faz a primeira leitura, buscando a ideia geral do 
texto, relendo para tirar dúvidas e esclarecer pontos que ficaram obscuros, pesquisando o significado das 
palavras no contexto e fazendo um esquema. A seguir é feita a análise temática para a apreensão da ideia 
principalcom a síntese da intenção do autor ao escrever o texto. Por fim, a análise interpretativa com a 
crítica pessoal; é a atividade mais complexa que permite ao leitor ser também participante do processo.
3 TÉCNICAS DE LEITURA 27
Anotações:
TIPOLOGIA, ESTRUTURA E 
PRODUÇÃO TEXTUAL
4
Ao ler um texto, é importante que você identifique a tipologia textual (tipos de texto), 
a estrutura e a finalidade da linguagem. E, para facilitar a leitura, produção e interpretação, 
existem orientações que auxiliam na extração das informações importantes que o texto 
oferece, como você pode ver a seguir.
4.1 PARÁGRAFO
O parágrafo1 é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. Ele é uma 
unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em 
um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. 
Os parágrafos podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo 
de texto que se está elaborando. Os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal2, 
um desenvolvimento e uma conclusão com unidade, coerência, concisão e clareza. Nem todos 
os parágrafos têm conclusão, especialmente nos parágrafos mais curtos e simples. A conclusão 
retoma a ideia central, levando em consideração os aspectos selecionados no desenvolvimento.
4.1.1 ESTRUTURA INTERNA E TIPOS DE PARÁGRAFOS
Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda alguns termos 
que costumam causar confusão. O parágrafo pode ser composto por vários períodos que 
apresentam uma única idéia. 
O período é composto por uma ou mais orações com sentido completo e termina com um 
sinal de pontuação: ponto final, exclamação ou outro equivalente.
Você sabe qual a diferença entre frase e oração?
1 É unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em um ou mais perí-
odos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica.
2 oração com o tema central do parágrafo, também chamada de tópico frasal
30 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
A frase é um enunciado com sentido completo, podendo, ou não, conter verbos em sua estrutura. Por 
outro lado, a oração é um enunciado que obrigatoriamente apresenta ao menos um verbo em sua estrutura 
e o sentido dela pode depender de outra oração.
O parágrafo pode ser considerado como um pequeno texto e deve ter um tema delimitado (o quê?) e 
um objetivo claro (para quê?). Como todo o texto, o parágrafo pode ser curto ou longo e deve apresentar 
introdução, desenvolvimento e, muitas vezes, conclusão.
 FIQUE 
 ALERTA
Não se aconselha usar parágrafos demasiadamente longos, pois dificultam a trans-
missão de uma ideia de forma clara e objetiva. Os parágrafos longos podem confun-
dir ou dispersar a atenção do leitor.
Os parágrafos são microtextos e podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham 
o tipo de texto que se está elaborando. Confira no Quadro 4 características que podem auxiliar você na 
identificação de cada tipo de texto.
NARRAÇÃO - Relato de fatos.
- Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo.
- Apresentação de um conflito.
- Uso de verbos de ação.
- Geralmente, é mesclada com descrições.
- O diálogo direto e o indireto são frequentes.
DESCRIÇÃO - Relato de pessoas, ambientes, objetos.
- Predomínio de atributos.
- Uso de verbos de ligação.
- Emprego frequente de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem.
- Resulta em uma imagem física ou psicológica.
DISSERTAÇÃO - Defesa de um argumento.
- Apresentação de uma tese que será defendida.
- Desenvolvimento ou argumentação.
- Fechamento.
- Predomínio da linguagem objetiva.
- Prevalece a denotação.
Quadro 4 - Características dos textos
Fonte: CAMPEDELLI e SOUZA , (1999)
Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem, organizada numa 
determinada sequência de tempo e lugar. Nesse tipo de texto, o principal elemento é a história, que deve 
ter começo, meio e fim. 
Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações, lugares, etc. A descrição 
normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou dissertativo, pois auxilia o leitor a imaginar a cena 
ou o local.
Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observador. A descrição é utilizada, 
principalmente, em relatórios de experimentos que você realiza nos laboratórios.
4 TIPOLOGIA, ESTRUTURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 31
Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto, que ele defende ou questiona, 
apresentando argumentos que embasam seu ponto de vista.
Observe que na dissertação, o autor tenta convencer o leitor sobre o seu ponto de vista. 
Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo corretamente, para deixar sua ideia 
clara e objetiva.
4.1.2 UNIDADE INTERNA
Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvido. Como o tema do texto 
não muda, quando se faz um novo parágrafo, não se muda de assunto. O que muda é a abordagem e os 
argumentos apresentados em cada parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de 
tal forma que o leitor compreenda o texto.
Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza. Normalmente, os parágrafos apresentam 
uma introdução ou tópico frasal, um desenvolvimento e uma conclusão. 
Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas etapas (Figura 5).
Figura 5 - Etapas do parágrafo
Fonte: SENAI-RS
Veja a seguir um exemplo de parágrafo:
Introdução: também designada como “tópico frasal” , consiste, geralmente, na frase inicial que expressa 
de maneira geral e sucinta a ideia central do parágrafo.
Muitos termos novos relacionados à automação apareceram nas últimas décadas. 
Desenvolvimento: são as frases que esclarecem essa ideia central, discutindo-a em detalhes.
32 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Palavras usadas anteriormente, como mecanização, que indica a utilização da máquina em vez do 
trabalho humano ou de animais, foram substituídas por automação e robótica. Enquanto a automação 
pode ser definida como a técnica de tornar um processo ou sistema automático, e refere-se tanto a serviços 
executados como a produtos fabricados automaticamente, a robótica é um ramo da tecnologia que 
engloba mecânica, eletrônica e computação em máquinas controladas por circuitos integrados, tornando 
sistemas mecânicos motorizados, controlados manualmente ou por computador. 
Conclusão: nem todo parágrafo apresenta conclusão, como já mencionado anteriormente. A conclusão 
deve retomar a ideia abordada no tópico frasal.
O fato de surgirem palavras novas, como automação e robótica, indica que há evolução nos processos 
industriais, o que é sempre bem-vindo.
Retomando, o parágrafo se apresentaria assim:
Muitos termos novos relacionados à automação apareceram nas últimas décadas. Palavras usadas 
anteriormente, como mecanização, que indica a utilização da máquina em vez do trabalho humano ou 
de animais, foram substituídas por automação e robótica. Enquanto a automação pode ser definida como 
a técnica de tornar um processo ou sistema automático, e refere-se tanto a serviços executados como 
a produtos fabricados automaticamente, a robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, 
eletrônica e computação em máquinas controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos 
motorizados, controlados manualmente ou por computador. O fato de surgirem palavras novas, como 
automação e robótica, indica que há evolução nos processos industriais, o que é sempre bem vindo.
Ao passar de um parágrafo para outro é necessário que se tenha atenção especial. Não se deve fazer essa 
passagem de maneira abrupta, pois é necessário fazer um encadeamento lógico e natural dos mesmos. 
Em alguns casos, é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão de ideias seja 
apresentada de maneira harmoniosa.
O texto deve conter parágrafos que apresentem ideias sobre o tema, para que não se tornerepetitivo, 
redundante e cansativo. Outro aspecto que precisa ser observado na elaboração de um texto, e, 
principalmente dentro do parágrafo, é evitar-se a repetição desnecessária de palavras, o uso de termos 
chulos ou rebuscados demais para o tipo de texto.
4.2 TEXTO DISSERTATIVO 
Em nosso cotidiano, somos sempre chamados a dar opiniões, tomar decisões e expor pontos de vista. 
Para isso, utilizamos nosso poder de persuasão e argumentação. 
É a atitude linguística da dissertação que nos permite fazer uso da linguagem a fim de expor ideias, 
desenvolver raciocínios, encadear argumentos, formar conclusões. Os textos dissertativos são produtos 
dessa atitude.
No texto dissertativo, é raro encontrar os elementos tempo e espaço como na narração, assim como 
também não encontramos o detalhamento rico em adjetivos na descrição. 
4 TIPOLOGIA, ESTRUTURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 33
O texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é, por meio da exposição de 
fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias opiniões e chegar a conclusões. 
Ao redigir um texto dissertativo, é importante seguir os seguintes passos:
• traçar um roteiro (planejamento do que será escrito) com algumas ideias a serem apresentadas em 
uma sequência organizada;
• relacionar palavras e frases importantes, que tenham vínculo com o tema, as quais vão se transformar 
em parágrafos no desenvolvimento do texto;
• definir a tese e fundamentá-Ia com argumentos que a sustentarão;
• apresentar pontos de vista e opiniões diversas que se contrapõem e enfatizar seu ponto de vista ou 
posicionamento crítico;
• verificar se o texto tem as partes principais - introdução, desenvolvimento, conclusão; 
• concluir, retomando o que foi falado no início;
• inserir um título sugestivo. 
A seguir, compreenda melhor cada parte do texto dissertativo. 
Introdução
Segundo Infante (1991), a introdução encaminha o leitor, colocando a orientação adotada para o 
desenvolvimento do texto. Atua, assim, como uma espécie de ‘roteiro’. A introdução precisa ser clara e, ao 
mesmo tempo, breve, trazendo de forma resumida as informações que serão desenvolvidas no texto. Ela 
deve servir como convite ao leitor, pois traz as informações iniciais e chama o leitor à reflexão. A introdução 
pode apresentar uma tese, que será discutida e provada no decorrer do texto, ou pode trazer também um 
questionamento, que fará com que o leitor reflita sobre o assunto ou até reveja seus conceitos, buscando 
no texto algumas respostas ou justificativas para seu ponto de vista. 
Desenvolvimento
Este é o momento da exposição de ideias, apresentação de fatos e argumentos. É importante que 
você apresente mais de um ponto de vista, considerando sempre as diversas opiniões, mas sem perder a 
convicção na sua própria. É preciso desenvolver suas ideias e opiniões com organização e obedecendo a 
critérios que foram estabelecidos na introdução. Enquanto na introdução foram apresentados os tópicos 
de maneira sucinta, no desenvolvimento, as ideias devem ser desenvolvidas de forma a dar ao leitor 
informações suficientes a ponto de auxiliarem na tomada de opinião. 
Ainda segundo Infante (1991), a introdução já anuncia o desenvolvimento, que retoma, ampliando e 
desdobrando, o que lá foi colocado de forma sucinta.
O objetivo maior é convencer o leitor do seu ponto de vista, e, para assegurar maior chance de êxito 
nessa tarefa, é importante que as informações estejam corretas e bem organizadas para que façam o leitor 
refletir sobre o tema. 
34 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Conclusão 
É o fechamento do texto, retoma as ideias principais e traz uma avaliação, de preferência pessoal, do 
assunto tratado. É possível, também, que você possa fazer sugestões de melhorias e/ou planos de ação 
para a solução de um problema discutido no texto.
4.3 ESQUEMA E RESUMO
O esquema pode ser o ponto de partida para a produção de um texto, auxiliar o método de estudo para 
algum assunto ou traçar uma diretriz sobre um ponto de vista a ser defendido. É um recurso de planejamento 
e organização de conceitos/opiniões, que facilita a compreensão da ideia principal do texto lido.
Por meio desse recurso, é possível identificar com mais facilidade a ideia central do texto, organizar e 
relacionar as informações com clareza e coerência. 
Há várias maneiras de elaborar um esquema, mas é importante ressaltar que ele deve ser breve e conter o 
que é mais significativo no texto. Você não precisa elaborar frases inteiras e pode eliminar artigos e adjetivos 
usando expressões mais curtas, em tópicos. Se quiser, use setas ou outros recursos visuais para facilitar. 
Observe este exemplo de como fazer um esquema a partir de um texto: 
Texto proposto
Como enfrentar a globalização? 
Qual o lugar do ser humano? 
“O jornalista senegalês Alcinou Louis da Costa, representante daquele país junto à Unesco, arrancou 
entusiasmados aplausos da plateia quando afirmou que “ser contra ou a favor da globalização não é o 
problema. A questão é enfrentar a realidade do fenômeno com uma atitude ativa, recolocando o ser 
humano no seu verdadeiro lugar e, assim, reordenando o debate, buscando privilegiar a dimensão humana 
da globalização”. O jornalista africano enfatizou que o fenômeno planetário possui uma dinâmica que se 
assenta sobre um sistema técnico e econômico fundado unicamente no lucro. “O ser humano está relegado 
ao papel de consumidor”. 
Essa categoria atribuída ao ser humano diante do mundo globalizado foi também defendida pelo 
economista brasileiro Plínio de Arruda Sampaio, conferencista que abriu o congresso em Friburgo. Plínio 
afirmou que o capitalismo reduz o ser humano a mero consumidor de mercadorias. ‘Mesmo valores 
intelectuais, estéticos, éticos e espirituais podem ser mercadorias a serem comercializadas. Isso também 
acaba ocorrendo com a informação. 
Para Plínio, que é diretor do ‘Correio da Cidadania’, jornal publicado semanalmente em São Paulo, a 
informação, transformada em mercadoria, é apresentada como entretenimento a fim de satisfazer 
curiosidades e despertar ‘sensações’, como é denunciada por Chomsky em seu livro ‘Fabricando consensos’. 
‘Sentidos, não o intelecto, são o alvo do jornalismo. A frívola curiosidade do público, sua morbidez, 
4 TIPOLOGIA, ESTRUTURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 35
intolerância racial, violência, sexualidade depravada são continuamente excitadas a fim de se vender 
jornais e revistas, como uma espécie de morfina. Tudo isso gera lucro e protege o ‘status quo’ da crítica. 
‘Plínio é contundente em sua visão do jornalismo atual e acredita que ele tenha se tornado mais e mais 
um apêndice do negócio da publicidade. ‘O real propósito não é informar, mas persuadir e induzir ao 
consumismo.’ “ 
Fonte: CRUZ, 2002. 
Esquema do texto proposto
O jornalista senegalês Alcinau L. da Costa
• arrancou: aplausos
• quando 
• falou: sobre globalização
• e afirmou: o ser humano é reduzido a consumidor de mercadorias 
• conforme 
• defendeu: o economista brasileiro Plínio A. Sampaio que 
• considera: a informação como uma mercadoria
• para 
• tornar: o jornalismo atual mais lucrativo com o propósito de persuadir e não de informar 
O resumo, conforme Pereira e Pelachin (2004), é um texto feito a partir de outro. Sua elaboração resulta, 
de um lado, da seleção e organização das informações mais importantes de um texto e, de outro lado, do 
abandono de informações consideradas menos significativas.
Segundo Ferreira (1986), resumo significa ‘’[...] apresentação, em poucas palavras, do conteúdo de 
artigo, livro, etc. [...]”. 
 FIQUE 
 ALERTA
Um resumo reproduz as informações do texto lido, porém, de forma sintetizada, 
extraindo somente o essencial. 
Em síntese, é preciso primeiramente ler o texto selecionado com atenção a fim de compreender sua 
mensagem. Em seguida, em uma segunda leitura, deve-se destacar as ideias principais e as palavras do 
texto. É importante, então, transcrever o que foi selecionado para que seja possível organizaro resumo. 
Todavia, preste atenção: resumo não é cópia. É preciso reescrever o texto de forma sintetizada, a partir 
das ideias destacadas no texto original. Cuidado para não acrescentar comentários, pois eles exprimem 
opinião, e esse não é o objetivo do resumo. 
Assim, resumir é reproduzir o contexto do texto em poucas palavras e preferencialmente com nossa 
linguagem. é interpretar e condensar, ou seja, reproduzir o conteúdo do texto, de modo sintético, em 
poucas palavras. Um resumo deve ter, no máximo, um quarto ou um quinto do texto original, sendo escrito 
de preferência com a nossa própria linguagem. 
36 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Segundo Serafini (1995), deve-se utilizar quatro regras para se elaborar bons resumos: 
• cancelamento - é possível cancelar as palavras que se referem a detalhes desnecessários à compreensão 
do texto; 
• generalização - é possível substituir alguns elementos por outros mais gerais que os incluem; 
• seleção - é possível eliminar elementos que exprimem detalhes óbvios e normais no contexto; 
• construção - é possível substituir um conjunto de orações por uma nova que inclua todas as demais 
informações”. 
Para elaborar esse resumo, como no exemplo do texto do jornalista senegalês Alcinau L. da Costa, você 
precisa:
• ler várias vezes o texto original para identificar a ideia central; 
• identificar suas partes essenciais, grifando ou sublinhando o que é considerado importante; 
• eliminar palavras e frases inteiras, que não interferem na compreensão geral, mas manter as ideias 
fundamentais do original; 
• usar termos e expressões mais curtos no resumo, verificando se esse texto forma uma unidade de 
sentido e se está claro e construído com coesão e coerência. 
Para resumir é preciso saber diferenciar a ideia principal das secundárias. Não há uma definição da 
dimensão do texto, mas é fundamental que ele contenha as informações necessárias para que o leitor 
compreenda o que está sendo tratado. 
Como o resumo é a apresentação concisa dos pontos mais importantes de um texto, é necessário 
fazer atentamente várias leituras de todo o original que será resumido, para identificar sua ideia central e 
para assimilar as ideias do autor, ou seja, perceber qual é o encadeamento do pensamento do autor, o fio 
condutor usado no texto. 
Para construir o resumo é aconselhável: prestar atenção à coesão; elaborar os parágrafos bem encadeados 
e coerentes entre si, na ordem direta e na voz ativa; usar a 3ª pessoa do singular; eliminar detalhes que não 
sejam fundamentais para a compreensão do texto; evitar o uso abusivo de adjetivos; substituir formas mais 
extensas por outras mais curtas; manter o encadeamento do texto por meio de conectores, para que haja 
articulações lógicas entre as partes. 
Em geral, o resumo é objetivo, não apresenta uma introdução e não tem caráter opinativo. Indica os 
pontos principais do texto sem apresentar dados qualitativos ou quantitativos, informa suficientemente 
o leitor para que ele possa ter uma ideia sobre o texto original de forma global, sem expor exemplos, 
resultados ou conclusões que não estejam nesse texto. 
4.3.1 AS ETAPAS DE UM RESUMO 
As quatro etapas para uma elaboração adequada de um resumo são:
a) leitura atenta do texto original para identificar o tema e a finalidade;
4 TIPOLOGIA, ESTRUTURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 37
b) seleção de fatos ou informações mais importantes para a compreensão do original;
c) redação do resumo, com expressões menores e simplificadas que remetam ao original;
d) revisão do trabalho a fim de fazer alterações e correções necessárias para que o resumo tenha uma 
unidade de sentido. 
4.4 RELATÓRIO TÉCNICO
O relatório é um tipo de descrição técnica que tem por objetivo apresentar os passos de um 
procedimento, funcionamento de um aparelho, experimento, entre outras coisas. Nas áreas administrativas, 
o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador ou técnico consegue acompanhar 
as atividades desenvolvidas pelos diversos setores, já que seria quase impossível estar presente durante 
todos os processos. Um relatório deve, obrigatoriamente, levar o leitor a chegar a uma conclusão, caso 
contrário, não atingiu seu propósito. 
Os relatórios podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, parciais ou completos, periódicos 
ou eventuais, técnicos, científicos, econômicos, administrativos. Entre os tipos de relatórios, destacam-se os 
de pesquisa científica, relatório de atividades escolares, relatório comercial, administrativo e de prestação 
de contas.
4.4.1 ESTRUTURA DO RELATÓRIO TÉCNICO
O relatório, como o próprio nome já diz, tem por objetivo relatar uma sequência de fatos ou 
acontecimentos relacionados a um evento específico, por exemplo: uma viagem de estudos, uma palestra, 
um evento, entre outras coisas. Para Martins e Zilberknop (2010), o relatório é o documento através do qual 
se expõem resultados de atividades variadas. 
Normalmente, o relatório apresenta as seguintes característica:
• objetividade;
• ausência de suspense ou expectativa;
• impessoalidade na exposição;
• exposição em ordem cronológica;
• indicação clara das diferentes fases do processo;
• detalhamento das atividades realizadas;
• predominância de orações coordenadas.
Normalmente, a dificuldade na elaboração de um relatório é proporcional à complexidade e abrangência 
do assunto abordado. 
38 AUTOMAÇÃO E MECATRÔNICA INDUSTRIAL
Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador 
ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvolvidas pelos diversos setores, já que seria quase 
impossível estar presente durante todos os processos. 
Para Martins e Zilberknop (2010), o relatório constitui um reflexo de quem o redige, pois espelha sua 
capacidade. Ainda segundo esses autores, é necessário que o redator aprimore ao máximo na sua execução 
e obedeça a algumas normas para que ele seja realmente um reflexo da sua competência, com clareza, 
conteúdo e facilidade na consulta.
Um relatório precisa apresentar os fatos obedecendo à sua ordem cronológica, ser claro, objetivo, 
informativo e apresentável. Sempre que possível, o relatório deve ser breve, pois se pressupõe que ele foi 
escrito para otimizar o tempo de quem o lê. A linguagem deve ser objetiva, exata, precisa, clara e concisa 
sem, omitir nenhum dado importante. 
Também é necessário observar a pontuação, o emprego adequado das palavras e a ortografia das 
mesmas. Evite qualquer tipo de rodeio, pois a linguagem deve ser simples, clara e os termos devem ser 
precisos e exatos.
 FIQUE 
 ALERTA
Um relatório deve, obrigatoriamente, levar o leitor a chegar a uma conclusão; caso con-
trário, esse não atingiu seu propósito.
Para que um relatório sirva aos objetivos aos quais se propões, eles deve responder às perguntas da 
Figura 6.
Figura 6 - Perguntas para um relatório
Fonte: SENAI-RS
Antes de redigir um relatório técnico, é preciso que essas perguntas estejam respondidas, para então 
iniciar a organização dele.
4 TIPOLOGIA, ESTRUTURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 39
Os relatórios podem ser classificados, segundo as suas características, como: 
• crítico - descreve como uma atividade foi realizada, há a opinião do autor;
• síntese - resume brevemente um fato, experiência, situação, etc. Geralmente, este tipo de relatório é 
elaborado a partir de outros relatórios;
• formação - são elaborados durante ou após a realização de um curso ou estágio.
Dependendo da complexidade e extensão da informação, o relatório pode variar sua forma. Quando for 
curto, podem-se enumerar os parágrafos, exceto o primeiro. Se o relatório for mais extenso, ele deve conter 
os seguintes elementos:
• capa; 
• folha de rosto;
• sumário; 
• sinopse (ou resumo); 
• introdução; 
• contexto (ou desenvolvimento);
• conclusões; 
• anexos (se houver).
Para redigir esses elementos, é necessário obedecer às normas vigentes estabelecidas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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