Buscar

Manifestações Populares no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

11
COLÉGIO SENSO
SERVIÇO SOCIAL
ANDRÉ CAVALCANTE, FRANCISCA DAYANA, ROSANGELA BANDEIRA, ROSIMERY DA SILVA E WILLIANNA TELES
MANIFESTAÇÕES POPULARES NA SOCIEDADE BRASILEIRA OCORRIDAS RECENTEMENTE
QUIXERAMOBIM
2013
ANDRÉ CAVALCANTE,FRANCISCA DAYANA,ROSIMERY DA SILVA,ROSANGELA BANDEIRA E WILLIANNA TELES
MANIFESTAÇÕES POPULARES NA SOCIEDADE BRASILEIRA OCORRIDA RECENTEMENTE
 QUIXERAMOBIM
 2013
 SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 01
2.MANIFESTAÇÕES POPULARES NA SOCIEADE BRASILEIRA................................................... 03
PAPEL DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS NA DIVULGAÇÃO E
PROPAGAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES....................................................................................... 03
A INTERNET CONSIDERADA A NOVA PRAÇA PÚBLICA DA
SOCIEDADE.............................................................................................................................. 04
AS REDES SOCIAIS, CONSIDERADAS INSTRUMENTOS DE
MOBILIZAÇÃO SOCIAL............................................................................................................. 04
RELAÇOES ENTRE AS MANIFESTAÇÕES RECENTES E AS PASSADAS................................... .... 05
O CUNHO POLÍTICO FOI CONDIÇÃO NECESSÁRIA E O GRANDE
ARTICULADOR DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PASSADO................................................... 06
ASPECTOS IMPORTANTES.................................................................................................. 07
3 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 10
4 REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 11
 INTRODUÇÃO
As manifestações na suas mais variada formas, são um termômetro dos conflitos em que estão envolvidos os trabalhadores brasileiro, do descaso da justiça e das autoridades maiores deste país com aqueles que diariamente lutam para que o pão esteja presente na mesa de todos. Por outro lado, as manifestações mostram a vitalidade da população e suas organizações que querem ser ouvidas e respeitadas e exigem uma nova ordem no Brasil.
O Brasil está vivendo sob inúmeras manifestações sociais, as quais estão repercutindo não somente em nível nacional, como também, na esfera internacional. A princípio, imaginou-se que o objetivo dessas manifestações, as quais ganharam as ruas de várias cidades brasileiras, fosse único e exclusivamente o aumento tido por exagerado na tarifa do transporte coletivo urbano em algumas dessas cidades nacionais. Constatou-se, porém, aos poucos, que o horizonte dos objetivos dessas manifestações é bem mais extenso do que aquele anteriormente imaginado. As manifestações ampliaram-se, ganhando um número imensamente maior de pessoas e também novas reivindicações. 
A violência policial aos atos também contribuiu para que mais pessoas fossem às ruas para garantir os direitos de livre manifestação. Atualmente o número de manifestantes que vão as ruas multiplicaram, em relação a porcentagem de manifestantes que iriam reivindicar seus direitos a uns dez anos atrás, esse número elevado de manifestantes só aconteceu devido a internet, que hoje é o grande porta voz da sociedade, onde por meio desse tipo de comunicação, há um número maior de divulgação e propagação das manifestações.
Palavras chaves: Manifestação, violência policial, objetivos
The demonstrations in its most varied forms are a thermometer of the conflicts they are involved in the Brazilian workers, the neglect of justice and leading authority in this country with those who struggle for daily bread is present in every table. Moreover, the demonstrations show the vitality of the people and their organizations who want to be heard and respected and require a new order in Brazil. 
Brazil is living under numerous social events, which are impacting not only nationally, but also internationally. At first, it was believed that the purpose of these demonstrations, which took to the streets of various cities, were unique and exclusively by the increase had exaggerated in the urban transportation rate in some of these domestic cities. It was noted, however, gradually, that the horizon of the goals of these events is far more extensive than previously imagined the demonstrations have expanded, earning a vastly larger number of people and also new claims. 
Police violence to acts also contributed to more people to the streets to ensure the rights of free manifestação. Atualmente the number of protesters who go to the streets multiplied in relation to percentage of protesters who would claim their rights about ten years ago, this high number of protesters has only happened because of the Internet, which today is the great spokesman of the company, which through this type of communication, there are a greater number of dissemination and spread of demonstrations.
Key words: Manifestation, police violence, objectives
 
	DESENVOLVIMETO
O PAPEL DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS NA DIVULGAÇÃO E PROPAGAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES
O crescimento das redes sócias no Brasil é cada vez mais evidente e as mesmas se propagam de forma assustadora. Todas elas se tornaram grandes ferramentas, não só para os usuários fazerem amizades, mas também para reclamarem e protestarem contra situações que julgam errado. A s redes sociais funcionam hoje em dia como uma espécie de ¨arma¨ na hora de reivindicar direitos, expor ideias ou simplesmente elogiar determinada ação.
A facilidade da internet e das redes sociais na divulgação de um manifesto, faz com que os protestos vêm acontecendo de forma bem expressiva, assim diversas empresas estão agora monitorando o que é falado sobre elas nas redes. Agora as pessoas estão procurando cada vez mais a internet para realizarem campanhas nas redes sociais. Segundo analistas, o povo se manifesta contra coisas que acredita que terão boa repercussão. Não se pode negar o fato que os movimentos sociais obtiveram ganhos com a internet, pois grupos que anterior ao advento da internet só se comunicavam localmente, atualmente na era da informação textual digital, estão tendo alcance quase extraterrestre. Informações que levavam dias ou até meses para chegar de um grupo a outro, chegam praticamente em tempo real, facilitando a organização e mobilização dos grupos de luta pelas mesmas causas, em diferentes partes do mundo ao mesmo tempo.
Hoje o ponto de encontro das manifestações é o facebook ou o twitter, é o lócus da comunicação digital atual, transformando-se numa verdadeira plataforma, de um lado, é onde você se encontra com outras pessoas e, do outro, é de onde você parte para outras fontes de informação. Mas, no que tange aos protestos dos últimos dias, foi possível avaliar que essa premissa das redes sociais como plataforma comunicativa se acentuo.
A INTERNET CONSIDERADA A NOVA PRAÇA PÚBLICA DA SOCIEDADE
Hoje em dia, a internet inegavelmente se tornou a nova praça pública da sociedade, e tem se constituído em um espaço democrático de discussão. Todos os que têm acesso a um computador com internet podem expressar suas opiniões acerca de um fato, independentemente de suas condições sociais, posições políticas ou grau de escolaridade. E a constante mobilização das pessoas na rede tem mostrado uma realidade inquestionável, as pessoas querem debater política, querem ser agentes ativos nos projetos políticos de suas cidades. Como os espaços originalmente criados
Para este fim, os órgãos legislativos, como as câmaras municipais e as assembleias legislativas, não têm cumprido suas funções, as pessoas tem encontrado na internet, em especial nas redessociais, a possibilidade de terem suas vozes ouvidas.
Antigamente as pessoas eram mais humanas, permanecia mais o calor humano entre elas, existia a comunicação presente, com o passar do tempo, com as novas tecnologias, internet e redes sociais, as pessoas foram tendo outra visão de convivência, deixaram de sair, para visitar algum parente, amigos, colegas de trabalho, para passar mais tempo na internet, se comunicando assim, com os mesmos só através das redes sociais.
Um fato que chamou bastante a atenção do mundo no último ano foi grande agitação política nos países árabes, com a sucessiva queda de regimes ditatoriais. Há uma relação direta entre o crescente número de usuários egípcios na rede social twitter e a eclosão da chamada Revolução Egípcia. O número de novos usuários que se registraram nessa rede social saltou de maneira notável entre dezembro de 2010 a janeiro de 2011, mês dos protestos. O volume de mensagens disparadas através do twitter vinda do Egito também aumentou, e a movimentação política ganhou notoriedade mundial, visto que em 25 de janeiro os assuntos mais comentados no twitter, em escala mundial, eram Cairo, Egito e Mubarak.
AS REDES SOCIAIS, COMO INSTRUMENTO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL
As redes sociais sem dúvida, é um instrumento de mobilização para os fatos mais importantes, como o direito da liberdade na internet, educação, política, saúde, segurança, moradia digna e tantas outras coisas que o cidadão necessita e que na teoria tudo é válido, porém na prática, nada é cumprido. De fato, as redes sociais ultrapassaram a sua função original de entreter e formar , relações pessoais para se tornarem o principal instrumento de cobrança de posturas éticas do poder público e de empresas privadas, de organização de manifestações de cunho político, cultural e social, ou simplesmente de divulgação e/ou posicionamento contra determinadas práticas como, por exemplo, maus-tratos aos animais, o hábito de dirigir embriagado, projetos de lei que não atendem aos interesses da sociedade como um todo, entre outras.
Em sendo assim, os principais acontecimentos da atualidade estão intimamente relacionados à internet, sejam eles considerados sob uma perspectiva mundial ou regional. Vide os recentes acontecimentos políticos no Mundo Árabe, que utilizaram a internet, notadamente as redes sociais, como forma de organizar os manifestantes contra regimes políticos antidemocráticos. Também podemos citar as recentes manifestações contra os projetos de lei que pretendem modificar o acesso ao conteúdo de sites da internet, como ACTA, SOPA e PIPA. Num âmbito mais restrito – Brasil e Belo Horizonte –, ressaltam-se as campanhas veiculadas pelo Facebook e Twitter contra a associação de bebidas e trânsito, maus-tratos aos animais e até mesmo contra um arbitrário aumento de salário dos vereadores de Belo Horizonte, que culminou na retratação dos mesmos em vários comunicados dirigidos à comunidade belorizonti.
 
RELAÇÃO ENTRE AS MANIFESTAÇÕES RECENTE E PASSADAS, VISTO QUE A SOCIEDADE APRESENTA UM NOVO CONTORNO
Realidade brasileira desde muito tempo tem manifestações envolvendo questões políticas ou diretamente ligadas a ela. Nesse país já houve muitas tendo como exemplos: Greves operárias do início do século 20,  revolta da vacina, de 10 a 16 de novembro de 1904 (República Velha), passeata dos 100 mil, 16 de junho de 1968, no Rio de Janeiro, comícios das Diretas Já (1984), Impeachment de Collor (1992), melhores condições de transportes.
Corrupção ativa, ditadura militar, pedindo a volta de eleições direta para presidente, contra lei criada pelo governo tornando vacinação obrigatória, contra o trabalho infantil e a ultima grande manifestação que ocorreu foi iniciada por causa de 0,20 centavos no aumento de passagens no transporte “público”, que de público somente tem o nome. Eclodindo em mais de 19 capitais e 100 cidades em todo o Brasil tendo apoio de milhares de pessoas na rua e outros milhares apoiando, via internet via redes sociais. Onde teve também a grande discussão sobre investimentos na copa que será realizada em nosso país no ano de 2014.
No passado e no presente, moradores das cidades brasileiras lutam por: acesso ao solo para moradia; infraestrutura urbana e social, ou seja: água, saneamento, drenagem, pavimentação, áreas ambientais, espaços de lazer, encontro e celebração, educação, saúde, transporte público. Além disso, o direito dos cidadãos participarem da definição dos investimentos e prioridades da cidade. Também lutas por afirmação de identidades e contra opressões raciais, sexuais, geracionais etc.
Até o início do século 20, não havia direitos trabalhistas: os salários eram baixos, a jornada de trabalho era enorme, havia o emprego maciço de mão de obra infantil. Muitos trabalhadores eram imigrantes europeus fortemente influenciados pelos princípios anarquistas e comunistas. Essa influência foi importantíssima para a eclosão das greves operárias da época. Em 1905, foi criada a Federação Operária de São Paulo, que reunia as associações de trabalhadores da cidade. Em abril do ano seguinte, o Rio de Janeiro recebeu o 1º Congresso Operário Brasileiro, evento considerado a origem do sindicalismo no Brasil. No dia 1º de maio de 1907, eclodiu a primeira greve geral da história do Brasil. A greve, que durou até o meio de junho, foi reprimida com violência, mas conseguiu fazer com que muitas empresas adotassem a jornada de oito horas de trabalho.
DIRETAS JÁ! (Impeachment Collor)
 Manifestação Brasil 2013
A segunda greve geral veio em 1917 e começou em São Paulo. Com a crise no comércio exterior causada pela Primeira Guerra, os preços aumentavam, os alimentos sumiam das prateleiras e os salários diminuíam. Enquanto isso, os patrões voltaram a esticar as jornadas de trabalho. Em 9 de julho, os trabalhadores organizaram uma passeata. A polícia avançou sobre a multidão com seus cavalos e atirou. Antonio Martinez, um sapateiro, foi morto. O assassinato revoltou ainda mais os trabalhadores: dias depois, o movimento se tornou uma greve geral com 45 mil pessoas paradas – praticamente todos os operários da capital paulista. A imprensa da época tratava as agitações como anarquistas e os patrões, como caso de polícia. Havia revistas nos passageiros dos bondes e em todos os operários e populares que transitavam pelas ruas. Mas, a partir de então, o movimento operário passou a ser reconhecido como algo representativo e os patrões passaram a negociar com eles.
“O primeiro presidente a negociar com o movimento operário e a admitir sua existência foi o General Hermes da Fonseca (1910-14)”, explica o professor Samuel. Mas a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que unificou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil, foi criada em 1943 pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945. “Mas é importante notar que essa legislação veio para conter o movimento operário e aliviar a pressão social; não foi por bondade do presidente. Vargas era considerado o pai dos pobres, mas também a mãe dos ricos”.
Muitos não compreendem a “repentina” ascensão das mobilizações nas grandes cidades brasileiras. Procuram a identidade das manifestações em sujeitos políticos tradicionais, não os identificando acham que as mobilizações são essencialmente difusões. Mas não são. São convergências. Convergências de insatisfações, contestações, organizações e ações que caracterizam a luta urbana no Brasil. Encontramos no conteúdo das reivindicações o nexo entre passado e presente, conexões entre sujeitos que compartilham realidades, lutas e solidariedades.
Havendo assim relações entre as manifestações do passado e do presente, pois a base delas é o exercício dos direitos fundamentais, a democracia e o fim da corrupção. O novo contorno da sociedade mudou a forma de organizações dessas manifestações que antes eram por meio de reuniões, oratórias e hoje com a ajuda dos meios de comunicação e informação que são eles a televisão e a internet e nela mais à utilizaçãodas redes sociais, como um complexo de difusão de opiniões a respeito de tudo como um todo.
ALGUNS PONTOS QUE SÃO IMPORTANTES
Diante de tudo explanado até aqui é possível pontuar características peculiares das manifestações ocorridas nas ruas durante esse período de luta, entre elas a mais importante seria o meio de comunicação usado para mobilizar a grande massa, uma ferramenta que foge do controle ou domínio de manipuladores de mídias, poder esse ainda usado nos demais meios de informação, porém é preciso enfatizar que a internet é um divulgador e comunicador que não permite reduzir ou limitar sua propagação, fator esse que favoreceu aos manifestos, mas, contudo atraiu uma pequena parte de pessoas interessadas em deturpar a paz e a ordem que era a preocupação maior dos idealizadores do movimento, e que apesar de todo o transtorno mantiveram suas ideologias e seus propósitos de forma objetiva e sempre evidente, sem deixarem abater-se, pois em uma proporção esmagadora, a população queria era aclarar seus anseios e perspectivas. 
Outro aspecto bem interessante está no apartidarismo, no distanciamento de filiações, de idealismo de partidos políticos, na persistência e na frequência dos manifestos, foi um, que desencadeou diversos outros, uma iniciativa de efeito despertador, um grito de acorde, que foi ecoando por todos os lugares e que foi ouvido, emitido a terceiros e respostado de forma imediatista, é possível também falar de acontecimentos contraditórios, assistimos na TV os críticos opinarem em relação à participação da classe média e alta nas manifestações, alguns apontando quão tão primordial era a participação destes em movimentos populares, porém a mídia apontou possíveis vândalos mascarados vestidos de grifes caras, e é nesse momento que vem aflorar-se perguntas irrespondíveis tais como: a violência não é típica das condições de pobreza de seus praticantes?
Denegrir o patrimônio publico não é uma pratica de leigos, de pessoas sem nenhuma formação educativa, enfim os motivos são sim justos demais para questionar reivindicar e protestar, mas a conjuntura se une e se afasta, havia gente brigando pelo a tarifa dos transportes públicos, pela a erradicação da corrupção, pela a pec. 37,os gastos extrapolados nas construções de estádios para a copa, pela a melhoria na saúde, pessoas que vivem a problemática dessas situações instaladas e pessoas que vivenciam uma realidade totalmente avessa a tudo isso, e, contudo, seria a mobilidade social, a união das classes por direitos arrancados de uns e transferidos a outros, seria a monotonia dos dias que causa indignação, por tudo de hoje ser igual ao que foi ontem, e a certeza de que se repetirá amanhã ou a junção de tudo isso levou essa sociedade as ruas?
Dificilmente, chegaríamos a uma resposta coerente e clara, mas é fato afirmar o movimento popular que modificou a rotina do país e evidenciou a indignação do povo em relação a quase todos os aspectos da política brasileira pode ser o início de uma mudança que o brasil precisa há muito tempo, mas também pode ser só um ciclo de protestos que vai acabar igual a diversos acontecimentos da nossa historia, engavetado, ou arquivado de forma mais moderna, para simples consulta no decorrer do tempo.
CONCLUSÃO
O advento da Internet trouxe diversas mudanças para a sociedade. Entre essas mudanças, temos algumas fundamentais, mais significativas, para este trabalho é a possibilidade de expressão e sociabilização através das ferramentas de comunicação mediada pelo computador.
Os protestos que assolaram o Brasil recentemente estão estruturados de forma diferente daqueles anteriores:
(1)       Em contraste com aqueles, pode-se falar num processo de mobilização que, a despeito da ação de alguns movimentos organizados, se caracteriza por atores predominantemente autônomos. Esse tipo de mobilização pode estar associado à consolidação de um tipo de cultura política e de ética pública, próprias ao campo social de cidadãos não articulados em torno de entidades representativas ou de classes.
Em outras palavras, seria a consolidação e elevação ao estágio máximo da fragmentação das bandeiras e instituições agregadoras como igrejas, partidos, sindicatos, entre outras, surgida por ocasião da hegemonização do neoliberalismo, já descritas por Perry Anderson (1998) na década de 1990. Nesse sentido, a complexifisação social em sua dimensão estrutural se materializou na crescente diferenciação funcional societária, multiplicando os interesses – cada vez mais conflitantes e complexos – presentes no seio da sociedade, doravante altamente segmentada por meio de linhas demarcatórias entrecruzadas, sobrepostas e não ajustáveis a estratificações classistas tradicionais. A sociedade passou a organizar-se em subsistemas específicos, em micro-agregações de pessoas voltadas à consecução de objetivos particularistas (RIBEIRO, 2004).
(2)     Diante do refluxo e crise de representatividade das instituições agregadoras clássicas, dadas as transformações recentes, observa-se pouca participação efetiva do corporativismo sindical nas manifestações;
(3)     Dada a difusão das reivindicações e de suas formas, é nítido que esse novo ciclo de protesto não encontrou uma estrutura de canais adequados de processamento de suas demandas;
(4)     Os atores coletivos que aparecem nos protestos apresentam densidade políticas muito diversas;
Apesar desses elementos que tendem a dar uma ‘falta de sentido’ às mobilizações, é claro que quando os protestos ganham corpo e visibilidade na arena política nacional, não estamos mais diante de meras ações de revolta, mas sim do delineamento de novas fronteiras das disputas ético-políticas. Estamos, nesse sentido, diante a emergência de novas energias, de novos recursos de poder, capazes de influir nos padrões políticos, culturais e nas reformas necessárias à institucional idade.
Ainda de forma radicalmente diferente das manifestações anteriores, temos que considerar o papel que desempenharam as redes sociais, não como mero meio de troca de mensagens e de chamadas para a participação na mobilização, mas como um novo e expressivo campo de debate ético-político que dá bases aos movimentos reivindicativos, de forma mais direta, expandindo a noção de movimento popular e que se fortalece e se consolida independentemente do apoio de entidades antes absolutamente estruturantes, tais como a Igreja, a academia científica e grupamentos político-partidários identificados como de esquerda, os sindicatos e as ONGs.
Esse ciclo de protesto no Brasil surge, portanto, no sentido de negar o padrão institucional clientelístico-corporativo do modelo político anterior, bem como questionar os aspectos autoritários que prevaleceram na democracia brasileira, que, ainda que reelaborados, tem sua origem no regime militar: é uma luta contra a permanência institucional de resíduos de um modelo político que dá pouca voz às ruas, ou que a restringe à participação pelo ato do voto.
Tais protestos podem contribuir inegavelmente para a conformação de novas formas de “fazer política”, em que tenha por base o investimento no compartilhamento de uma ética pública solidária, o que pode culminar com o fortalecimento da democracia.
Assim, é crucial reforçar o seguinte: não pode haver, e nem faz sentido, um movimento anti-institucional. Não se pode pretender desconstruir e destruir as instituições políticas brasileiras vigentes, uma vez que são elas próprias resultados de ampla mobilização política e social, resultantes dos pactos fundantes da institucional idade reclamada pelos movimentos pró-democracia das décadas de 1970, 1980 e 1990.
Mesmo reconhecendo como legítimo o discurso de recusa às instituições – por vezes propalado por parte dos militantes -,deve-se encarar o momento recente como a necessidade de estabelecer um equilíbrio de ruptura/avanço institucional, mas sempre marcado por valores morais e éticos, sem necessariamente ridicularizar/deslegitimar a autoridade pública, uma vez que consideramos caminho nebuloso qualquer tentativa de reforçar a democracia por meios não democráticos.
REFERÊNCIAS
ACQUISTI, A.; GROSS, R. Imagined Communities: Awareness, Information Sharing, and
Privacy on the Facebook. Privacy Enhancing Technologies. Cambridge: June 28-30, 2006.
ADAMIC, L. Zipf, Power-Laws and Pareto – A Ranking Tutorial. 2002. Disponível em:
<http://www.hpl.hp.com/research/idl/papers/ranking/ranking.html>. Acesso em: 04 mai
2004.
ADAMIC, L.; ADAR, E. How to Search a Social Network. Social Networks, n. 27, vol. 3,
p.187-203, Julho 2005. Disponível em <http://www.hpl.hp.com/research/idl>. Acesso em:
23 mar 2004.
______. Friends and Neighbours on the Web. Social Networks, n. 25, vol 3, p.211-230,
Julho 2003. Disponível em <http://www.hpl.hp.com/research/idl>. Acesso em: 23 mar 2004.
______. b Tracking information epidemics in Blogspace. WEB INTELLIGENCE 2005,
Compiegne, France, Sept. 19-22, 2005. Disponível em <http://www.hpl.hp.com/research/
idl/papers/blogs2>. Acesso em 24 mar 2006.
ADAMIC, L.; BUYUKKOKTEN, O. e ADAR, E. A Social Network Caught in the Web.
First Monday, vol 8, 2003. Disponível em <http://www.firstmonday.org/issues/issue8_6/
adamic/>. Acesso em: 04 maio 2006.
ADAMIC, L.; HUBERMAN, B. A. Zipf’s law and the Internet. Glottometrics, n. 3, p.143-
150, 2002.
ADAR, Eytan e ADAMIC, Lada. Tracking Information Epidemics in Blogspace. Disponível
em http://www.cond.org/trackingblogepidemics.pdf. Acesso em 05/12/2005.
ALDOUS, J. O Intercâmbio entre Durkheim e Tönnies sobre a Natureza das Relações Sociais.
In: MIRANDA, O. de (Org.). Para ler Ferdinand Tönnies. (p.111-120) São Paulo: EdUSP,
1995.
ALLEN, C. The Dunbar Number as a Limit to Group Sizes. Publicado em 10 mar 2004.

Continue navegando