TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES

@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Título 1 Resenha Crítica de Caso Direito Civil II

TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES À LUZ DO CCB

A transmissão das obrigações se encontra na parte especial, no titulo II do Código Civil brasileiro, a transmissão de uma obrigação acontece quando as partes a qual ela se constituiu são sucedidas por outras pessoas, de uma maneira que a mesma relação jurídica permanece, que se chama a modificação subjetiva, quando essa modificação acontece no polo ativo da relação, ocorre a cessão de crédito e quando ocorre no polo passivo da relação, temos a Assunção de dívida, a transmissão pode acontecer de dois modos principais, primeiro é quando um dos sujeitos morre e a obrigação tem que ser transmitida, ou pode acontecer também entre as pessoas vivas, quando ela ocorre decorrente da morte de um sujeito, é chamada sucessão hereditária, quando ela ocorre entre vivos é mais apropriado chamar de transmissão das obrigações, pois a sucessão hereditária é tratada em um capítulo específico do Código Civil. A transmissão que ocorre entre vivos também é chamada de cessão, a palavra cessão é mais adequada para indicar a transferência que decorre da manifestação das partes, por um ato voluntário e para isso precisa ser um ato entre vivos.

Quando se fala em transmissão das obrigações, ou transmissão direta, há apenas a mudança do sujeito mantendo a mesma relação obrigacional, existem três espécies de transmissão, que são cessão de crédito, cessão de débito ou assunção de dívida e a cessão da posição contratual.

Cessão de crédito é o negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional, é importante lembrar que existem três pessoas na realização desse negocio, cedente que é quem transfere, cessionário que é quem adquire e o cedido que é quem passa a ser o devedor. Os requisitos da cessão de crédito estão localizados no art. 286 do CC, não podem ser objetos de cessão, créditos obtidos de relações jurídicas de caráter personalíssimos, e também não podem compor a cessão ativa as relações jurídicas compreendidas no direito de família, os acessórios da obrigação devem acompanhar o credito na cessão, salvo ajuste em contrario pelas partes (art. 287 CC) e (art. 288 CC), no art. 290 do CC diz que, \u201c A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita \u201d, na cessão onerosa segundo o art. 295 do CC \u201cO cedente ainda que não se responsabilize fica responsável ao cessionário pela existência do credito ao tempo em que ele se deu, a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por titulo gratuito se tiver procedido de má fé\u201d art. 296 \u201cSalvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor\u201d, se chama exclusão da responsabilidade.

Os tipos de cessão se dão por, cessão de crédito voluntaria que é pautada livremente entre cedente e cessionário, cessão de credito judicial é um negocio que ocorre por sentença judicial e a cessão de credito necessária ou legal diz que o depositário que houver perdido a coisa depositado e recebido outra em seu lugar é obrigado a entregar a segunda depositante e ceder as ações que tiver pela restituição da primeira.

Assunção de dívida é umas das formas de transmissão das obrigações, diferente da assunção de crédito que parte de uma manifestação de vontade dos credores, a assunção de dívida gira em torno do polo passivo dos devedores, que possuem seus requisitos, as obrigações que se transmitem com o consentimento expresso do credor, se o credor for comunicado e ficar em silencio entendesse como negativa, há também a validade do negocio jurídico e a solvência do novo devedor ao tempo da realização do negocio jurídico, as garantias especiais estão no art. 300 do CC, entende-se como garantias especiais qualquer garantia prestada pelo próprio devedor é possível para o credor que se exija a manutenção das velhas garantias, mas não é a regra, existem dois tipos de garantia a garantia real e garantia pessoal, as espécies de assunção de divida por expromissão é fruto do contrato entre o terceiro e o credor sem a participação do devedor, é um negocio jurídico quando a pessoa assume espontaneamente a divida de outra, por exemplo o pai que assume a divida do filho, por delegação é fruto de acordo entre terceiro e devedor com a concordância do credor, o consentimento expresso do credor constitui requisito de eficácia do ato. A anulação da assunção de dívida esta prevista no art. 301 do CC, existe ainda duas formas de assunção, assunção liberatória se houver integral sucessão do débito e a assunção cumulativa que é quando o terceiro ingressa na obrigação como o novo devedor ao lado do devedor primitivo. As diferenças entre assunção de dívida e cessão de crédito, além da diferença do polo passivo ser diferente do ativo, para a assunção de dívida há a exigibilidade da concordância do credor, pois a pessoa do devedor é de extrema importância para o credor.

Cessão de posição contratual como uma transferência de inteira posição ativa ou passiva do conjunto de direitos e obrigações que é titulada a uma pessoa, ocorre em contrato bilateral, mas de execução ainda não concluída, a norma exige que haja anuência do outro contratante para que haja a cessão de posição contratual, a anuência poderá ser dada antes ou depois da celebração da cessão, a cessão da posição contratual exige como requisito de validade a existência de um contrato valido anterior que será objeto de cessão, a transmissão de uma das posições das partes através de um negocio cessionado e que haja uma causa, uma fonte dentro da ideia da causalidade, não se admite a cessão de contratos abstratos, em regra o cedente não responde pela solvência do devedor, porem pela autonomia da vontade nada impede que isso seja acordado havendo responsabilidade solidaria, se o cedente sabia da existência de vicio de nulidade, ou mesmo da extinção da obrigação e ainda sim opta por concretizar a cessão, respondera por perdas e danos frente ao cessionário de boa fé, é vedada a cessão de posição contratual quando a obrigação for fundada nas qualidades pessoais, ex(obrigações personalíssimas), bens litigiosos, obrigação alimentar e casamento. Na cessão de crédito segue-se apenas o direito de crédito, já na cessão de contrato existe o crédito e também a cessão da obrigação.

Concordando com os fatos apresentados, a transmissão das obrigações representa um caráter patrimonial, existe um vínculo econômico envolvido, crédito e débito tem um interesse social por isso podem circular, porém, possui algumas exceções, pois existem as obrigações personalíssimas que só podem ser cumpridas pelo próprio devedor, por exemplo, a obrigação familiar de prestar alimentos, ela é própria dos familiares.

Existem também as obrigações infungíveis nesta obrigação único devedor pode cumprir a, pois o objeto da prestação se vincula diretamente ao sujeito que a presta, por isso é chamada personalíssima. O Código Civil possui um capítulo que trata só da transmissão das obrigações por motivo convencional, por manifestação de vontade, mas a transmissão pode ocorrer também por força da lei, quando o devedor morre, por exemplo, a dívida se transmite aos herdeiros, até o limite das forças da herança, isso ocorre na sucessão hereditária. Embora a transferência e cessão sejam termos equivalentes, o termo transferência está mais ligado diretamente ao objeto, no caso crédito ou débito, em quanto ao termo sucessão está mais ligado diretamente ao sujeito como ocorre no caso da morte.

Quando se fala em transmissão das obrigações o que ocorre na verdade é uma mutação subjetiva, pois um dos sujeitos se altera, essa alteração ocorre porque se transmitiu a situação ativa ou passiva da relação obrigacional, no caso da cessão ativa o que se transmite é um crédito e na situação passiva transmitisse uma dívida, em alguns casos a relação jurídica inicial não é extinta, ela é substituída por uma nova obrigação, extingue-se a obrigação inicial e cria-se uma nova, no Direito Romano se caracterizava como uma transmissão indireta.

Referencias:

http://portaldoaluno.webaula.com.br//repositorio/LD413.pdf

TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. São Paulo: Editora Método, 2011.

Sankievicz, Alexandre. Código Civil e de Processo Civil: edições câmara.legislativo, 2018.

TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES

ESTÁCIO

Direito Civil II

Continue navegando

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Assinale a opção que indica duas espécies de Transmissão das Obrigações previstas no Código Civil. Assunção de dívida e imputação. Sub-rogação e ...

Conforme as disposições do Código Civil, julgue o item, no que diz respeito à transmissão das obrigações: “É facultado a terceiro assumir a obrigaç...

Em relação a transmissão das obrigações, marque a alternativa INCORRETA: Para que haja eficácia contra terceiros, a transmissão de um crédito deve,...

Considere as assertivas a seguir. I – A transmissão das obrigações refere-se à transmissão do crédito, do débito ou de uma posição contratual. II –...

Outros materiais