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bx_13_CURSO_NV17_SEMI 04_GEO_A

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1
Clima II – ventos e chuvas
07
Aula Geografia
4A
 Fenômenos atmosféricos
Os fenômenos atmosféricos, dos mais corriqueiros 
aos mais complexos, estão relacionados às diferenças 
de temperatura e pressão da atmosfera. As diferenças 
e variações térmicas influem na pressão atmosférica 
causando ventos e chuvas, por exemplo. 
Temperatura 
Na aula anterior, verificamos que a temperatura do 
ar atmosférico é influenciada, principalmente, pela lati-
tude, altitude, continentalidade e maritimidade. Esses 
fatores produzem o seguinte comportamento térmico 
na atmosfera: quanto maiores, tanto altitude como 
latitude, menores serão as temperaturas (altitude e 
latitude são inversamente proporcionais às temperatu-
ras); próximo aos mares e oceanos (maritimidade) as 
amplitudes térmicas são menores e, no interior dos 
continentes (continentalidade), as amplitudes são 
maiores. 
Pressão atmosférica
A pressão é a medida da força ou peso da atmosfera 
sobre um determinado ponto na superfície da Terra. 
A pressão atmosférica é medida em milibares (mb) e 
sofre variações com a densidade do ar. A densidade do 
ar varia com a temperatura e com a gravidade (devendo-
-se considerar também a influência do vapor-d’água)
A atmosfera, como toda mistura de gases, é passiva 
de compressão e tem “elasticidade”. Com o aquecimento, 
o ar dilata – ficando mais “leve”; com o resfriamento, o 
ar comprime – ficando mais “pesado”. Assim, diante das 
variações térmicas, latitudinais e altimétricas, a pressão 
atmosférica é inversamente proporcional à tempera-
tura e diretamente proporcional à latitude – conside-
rando locais de idêntica altitude, sendo inversamente 
proporcional à altitude.
 • Isóbara (linha isobárica): é a linha que une os pontos 
de mesma pressão atmosférica (barométrica).
PRESSÃO X TEMPERATURA
Variação com a latitude
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Circ. Polar Ártico
Trópico de Câncer
Equador
Trópico de Capricórnio
Circ. Polar Antártico
PRESSÃO X TEMPERATURA
Variação com a altitude
Pressão 
atmosférica Médias 
térmicas
Montanha
Oceano
Nível médio 
do mar
Anticiclonal e ciclonal
Anticiclonal é a denominação que se dá à área de 
alta pressão e ciclonal é como se denomina a área de 
baixa pressão.
As massas atmosféricas sempre se deslocam das 
áreas anticiclonais para as áreas ciclonais.
Ventos
São movimentos de massas atmosféricas ocasiona-
dos por diferenças de pressão.
2 Semiextensivo
Os ventos sempre se originam 
de áreas anticiclonais (dispersoras) 
para áreas ciclonais (receptoras). 
Podem ser classificados de acordo 
com a velocidade e a frequência com 
que sopram. Quanto maiores as di-
ferenças barométricas (de pressão), 
mais fortes serão os ventos.
Área anticiclonal 
Baixas temperaturas/ Alta pressão
AP
BP
Área ciclonal 
Altas temperaturas/ Baixa pressão
 Deslocamentos horizontais ou paralelos 
à superfície terrestre
Tipos de ventos
De acordo com a frequência 
com que sopram, podem ser classi-
ficados em constantes, periódicos, 
locais e variáveis.
Constantes
Também denominados regulares, 
sopram durante o ano todo numa 
determinada direção. Podem ser:
Alísios
São ventos que sopram das 
proximidades das linhas tropicais 
(áreas subtropicais – latitude 30°) 
para o Equador, em altitude sempre 
inferior a 2 000 metros. Ao convergi-
rem na linha equatorial, os alísios se 
elevam a aproximadamente 10 000 
metros, o ar resfria e a umidade con-
densa, provocando chuvas intensas. 
A zona de contato dos alísios no 
Equador constitui a Zona de Con-
vergência Intertropical (ZCIT). É uma faixa que avança até aproximadamen-
te 5° de latitude ao sul e ao norte. Chuvosa e com poucos ventos também é 
chamada de zona das calmarias (ou doldrums). 
Contra-alísios
São ventos que sopram do Equador em direção aos trópicos em alti-
tudes superiores a 3 000 metros. Os contra-alísios chegam secos e retiram 
das latitudes próximas dos Trópicos de Câncer e de Capricórnio grandes 
quantidades de umidade. Por isso, desertos quentes, como o Saara e o da 
Austrália, estão localizados próximos das linhas dos trópicos. 
Devido ao movimento de rotação da Terra, os alísios e os contra-alísios 
sofrem desvio em sua direção para oeste. No caso dos alísios, os do hemis-
fério Sul sopram no sentido sudeste-noroeste e os do hemisfério Norte, no 
sentido nordeste-sudoeste. 
A circulação orquestrada pelos ventos alísios e contra-alísios origina a 
célula tropical ou de Hadley. 
Ventos de oeste
Sopram nos hemisférios Norte e Sul das linhas tropicais para as regiões 
polares – formando a célula temperada ou das médias latitudes. Nas pro-
ximidades dos círculos polares, estes ventos se chocam com massas polares, 
elevam-se, provocam chuvas e retornam para os trópicos. 
Ventos polares
Constituem a célula polar e sopram nas zonas glaciais ártica e antártica 
e, ao se chocarem com os ventos da célula das médias latitudes, provocam 
as frentes polares que alteram características térmicas e pluviométricas das 
zonas temperadas. 
Circulação geral da atmosfera
90˚N
Alta pressão
Alta pressão
90˚S
Zona de baixa pressão
Zona de altas pressões subtropicais
Zona intertropical de convergência
(baixas pressões)
Zona de altas pressões subtropicais
Zona de baixa pressão60˚N
30˚N
0˚
30˚S
60˚S
90˚N
Alta pressão
60˚N
Baixa pressão
30˚N
Trópico
(alta pressão)
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Chuvas
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Equador (baixa
pressão ou ciclonal)
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30˚S
Trópico
(alta pressão)
60˚S
Baixa pressão
90˚S
Alta pressão
Ventos polares
Ventos do oeste
Ventos alisios
Módulo
Ventos 
de oeste
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Aula 07
3Geografia 4A
A diferença de aquecimento entre as superfícies 
oceânicas e as continentais determina movimentações 
de massas atmosféricas, ocasionando o mecanismo das 
brisas. Podem ser de dois tipos:
 • Marítimas: pelo fato de as superfícies continentais se 
aquecerem com maior rapidez do que as superfícies 
líquidas, ao amanhecer, a parte da atmosfera situada 
sobre a superfície oceânica se converte em áreas 
anticiclonais, por apresentar temperaturas inferiores 
às da superfície continental. Dessa maneira, surgem 
as brisas marítimas (ou vento maral), que durante o 
amanhecer sopram do mar para a terra.
 • Terrestres: considerando o resfriamento mais rápido 
das superfícies continentais em comparação com as 
oceânicas, ao anoitecer, a parte da atmosfera situada 
sobre a superfície continental se converte em áreas 
anticiclonais, por apresentar temperaturas inferiores 
às da superfície marítima. Surgem as brisas terrestres 
(ou vento terral), que sopram da terra para o mar.
Periódicos
Sopram durante um determinado período num sen-
tido e, depois, têm sua direção invertida. São as brisas e 
as monções.
Brisas litorâneas
Dia
BRISA
Noite
BRISA
 As brisas são ventos periódicos relacionados à maritimidade e 
à continentalidade.
Monções
São ventos que sopram durante seis meses da Ásia 
para o oceano e durante seis meses do oceano para a Ásia.
O mecanismo das monções
As estações do ano são opostas em relação à Linha do 
Equador, por isso, quando for inverno no hemisfério Norte, 
será verão no hemisfério Sul. As diferenças térmicas são 
acentuadas pela continentalidade e maritimidade asiáti-
ca, determinando movimentação de massas atmosféricas 
(ventos) da Ásia para o Índico. Portanto, durante esse 
período os ventos irão soprar do continente asiático (anti-
ciclonal) para o Índico (ciclonal), impedindo a entrada de 
chuvas. Essa movimentação dura aproximadamente seis 
meses e se denomina monções de inverno.
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Monções de inverno
Após seis meses, com a chegada do verão nohemisfério Norte e do inverno no hemisfério Sul, a 
circulação das massas atmosféricas será invertida, com 
os ventos soprando do Índico para a Ásia. Oriundos 
do Índico, são úmidos, provocam intensa precipitação 
no sul do continente e ficam impedidos pelo Himalaia 
de se expandirem para o interior do continente. Essa 
movimentação dura aproximadamente seis meses e se 
denomina monções de verão.
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Monções de verão
 Os ventos das monções são ventos periódicos que atingem o sul 
e o sudeste asiático.
4 Semiextensivo
Locais
São ventos que sopram regularmente numa deter-
minada região do globo. Os mais importantes são:
 • mistral – sopra na França;
 • bora – sopra no litoral norte do Adriático;
 • siroco – sopra no litoral argelino, na Sicília, sul da 
península Itálica e sul da península Balcânica;
 • foehm – sopra nos Alpes;
 • simum – vento quente que sopra do Saara em direção 
ao sul da Europa (principalmente na Península Ibérica);
 • minuano – também denominado pampeiro, sopra 
na Argentina, Uruguai e extremo-sul do Brasil. Ocor-
re depois das frentes frias.
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Ventos locais
 Principais ventos locais que sopram no continente europeu.
Variáveis
São aqueles que sopram em latitudes superiores a 
30°, em que não há influência das monções e dos alí-
sios. As direções desses ventos são bastante variáveis, 
porque os centros de altas e baixas pressões não são 
fixos.
Ciclones tropicais 
São centros ciclônicos que apresentam pressão 
atmosférica muito baixa. Regularmente um ciclone 
tropical tem entre 150 a 600 quilômetros de diâmetro e 
ventos que podem atingir mais de 200 km/h. 
As condições favoráveis para os ciclones tropicais 
(grande aquecimento) ocorrem nas áreas oceânicas da 
faixa tropical – em especial no Atlântico Norte.
De acordo com a região onde ocorrem, os ciclones 
tropicais podem receber denominações locais. São 
chamados furacões (Hurricane), no Atlântico Norte 
(Caribe); tufões (Typhoon), no oceano Pacífico. 
Ciclones extratropicais
Como os “furacões”, também ocorrem em áreas 
oceânicas. Formam-se em latitudes médias e altas 
em sistemas frontais. Portanto, o nascimento de um 
ciclone extratropical não está diretamente ligado à 
temperatura da água, e seu núcleo (olho) pode apre-
sentar pressões mais altas que a periferia do sistema. 
Regularmente não causam grandes danos e estão 
associados a quedas bruscas de temperatura e chuvas. 
Em alguns casos, provocam vendavais, chuvas fortes e 
granizo.
 Furacão Katrina
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Tornados
Menores que os ciclones tropicais, os tornados 
(ou Twister) são centros ciclônicos que se formam nas 
áreas continentais com diâmetro geralmente inferior a 
2 km e ventos que podem atingir mais de 400 km/h. 
Quando atingem, ou esporadicamente ocorrem sobre 
mares, provocam chuvas fortes e localizadas (trombas 
d´água).
 Tornado em Oklahoma, Estados Unidos
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Aula 07
5Geografia 4A
Ciclo hidrológico
O ciclo hidrológico ou ciclo da água corresponde aos estágios pelos quais a água passa na natureza. São eles: 
evaporação, condensação e precipitação.
A água, em temperaturas superiores a 0°C, evapora. Esse fenômeno ocorre com as águas dos rios (fluviais), dos lagos 
(lacustres) dos oceanos, etc. Com a evaporação, a água sobe para a troposfera e, à medida que se eleva, a temperatura vai 
diminuindo até impedir por completo a evaporação, dando origem à condensação. Quando o ar está saturado de vapor, 
a água forma gotículas que se juntam, formando gotas maiores, e voltam à superfície terrestre: é a precipitação.
Lago
Oceanos
Fluxo subterrâneo
Condensação Condensação
Precipitação
Precipitação
Evapoação Evapoação
Transpiração
Transporte de vapor
Terra
Fluxo de retorno
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Umidade atmosférica
É a quantidade de vapor-d’água existente numa determinada porção 
da atmosfera. A umidade atmosférica depende de vários fatores, tais como: 
temperatura, superfície, altitude e ventos.
 • Umidade absoluta: quantidade absoluta de vapor-d’água existente 
numa certa porção da atmosfera.
 • Ponto de saturação: quantidade máxima de vapor-d’água que uma 
determinada porção da atmosfera pode conter.
 • Umidade relativa: relação entre umidade absoluta e ponto de saturação, 
expressa em porcentagem.
Isoigra: linha que une pontos com a mesma umidade de ar.
Condensação
Ocorre quando o ponto de saturação é atingido. A condensação pode 
ocorrer em vários níveis, recebendo os nomes de orvalho, geada, neblina e 
nuvem.
Orvalho
Corresponde à condensação efetuada na superfície, ao anoitecer, 
principalmente quando o vapor-d’água, em contato com superfícies frias, 
condensa. Também é denominado sereno ou rocio.
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 Orvalho ou sereno sobre a vegetação 
rasteira.
6 Semiextensivo
Geada
Na realidade, não corresponde à condensação, uma 
vez que é o orvalho congelado. Os principais indícios 
de que possa ocorrer geada são noite fria, ausência de 
nuvens e vento.
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 Geada.
Neblina
É o fenômeno de condensação de vapor-d’água 
próximo da superfície terrestre – corresponde a nuvens 
muito baixas. Está relacionada a variações térmicas 
diurnas. Pode ser denominada de nevoeiro ou cerração.
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 A neblina é comum na região Sul do Brasil.
Nuvem
É o resultado do vapor-d’água condensado e em 
suspensão na atmosfera, sendo núcleos de condensa-
ção. As nuvens originam-se nas áreas de baixa pressão, 
onde o ar é ascendente. O ar quente e úmido que sobe 
encontra nas altas camadas o ar mais frio, o que provoca 
a condensação do vapor-d’água, originando as nuvens.
Tipos de nuvens (Classificação)
As nuvens são classificadas de acordo com a sua 
aparência, estrutura e altura. 
Quanto à aparência e à estrutura, existem três tipos 
básicos: as cirrus (cirriformes), de aparência fibrosa; 
as stratus (estratiformes), em forma de camadas; e as 
cumulus (cumuliformes), formações empilhadas que 
lembram grandes flocos de algodão de aspecto maciço.
Quanto à altura, as nuvens podem ser baixas, médias 
e altas. A altura é considerada a partir da base da nuvem 
e varia de acordo com a latitude. São mais altas nos 
trópicos (áreas de menor pressão atmosférica e maior 
temperatura) e mais baixas nos polos (áreas de maior 
pressão atmosférica e menor temperatura). As nuvens 
baixas situam-se abaixo dos 2.000 metros de altura; 
as médias, entre 2.000 e 8.000 metros; e as altas, 
acima de 8.000 metros. 
Cirrus
Cirrostratus
Altocumulus
Cirrocumulus
Altostratus
Stratocumulus
Nimbostratus
Cumulus
Cumulonimbus
7 000 m
2 000 m
Tipos de nuvens
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 2
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3.
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Os tipos mais destacados, e conhecidos, de nuvens 
são:
 • Cirrus: encontradas a grandes altitudes, são forma-
das por minúsculos cristais de gelo. Quando se apre-
sentam sob a forma de filamentos (ganchos), são 
popularmente chamadas de “rabo de galo”, “rabo de 
cavalo”, ou, ainda, “costela de vaca”. Nuvens rabo de 
galo aparecem na dianteira de uma formação frontal 
e indicam ventos e chuvas – daí serem chamadas de 
nuvens de mau tempo. 
Aula 07
7Geografia 4A
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 Nuvens cirrus – Curitiba (PR).
 • Cumulus: nuvens maciças, brancas e de grandes 
dimensões, lembrando flocos de algodão. Podem 
assumir formar curiosas (como os famosos carneiri-
nhos). Aparecem nas áreas de retaguarda das frentes 
e em áreas anticiclonais, e estão afetas ao tempo 
estável (sem chuva) – sendo conhecidas por nuvens 
de tempo bom.
 Nuvens cumulus e stratocumulus – Curitiba (PR).
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 • Cumulonimbus: enormes nuvens cinzentas relacio-
nadas a tempestades, tornados, chuvas torrenciais, 
granizo e neve. Possuem grande desenvolvimento 
vertical, podendo evoluir aaté 12 mil metros. Regu-
lamente assumem a forma de bigorna ou couve-flor. 
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 Nuvem cumulonimbus – Videira (SC). As nuvens cumulus e 
cumulonimbus podem adotar formas curiosas, como esta, lem-
brando um rosto. 
Nebulosidade: é a quantidade de nuvens 
existentes num determinado local da atmosfera.
Precipitação
Corresponde ao retorno (queda) da água à superfície 
terrestre, que pode ser sob a forma de chuva, granizo ou 
neve.
Chuva
É a precipitação de gotas-d’água, oriundas da jun-
ção de gotículas que formam as nuvens. Há três tipos 
fundamentais:
Chuva frontal
É causada pelo encontro de uma massa fria com ou-
tra quente e úmida, típicas das latitudes médias, como 
as de inverno no Brasil Meridional.
 As chuvas frontais ocorrem quando uma massa fria 
encontra-se com outra quente e úmida.
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8 Semiextensivo
Chuva de convecção
É provocada pela intensa evaporação e pelo 
consequente resfriamento em virtude da ascensão do ar 
úmido, fenômeno que ocorre nas zonas equatoriais e no 
verão do Centro-Sul brasileiro.
 As chuvas convectivas são provocadas pela ocorrên-
cia de subníveis de subidas de ar quente e pelo res-
friamento das camadas superiores da atmosfera.
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Chuva orogênica, orográfica ou de relevo
Ocorre quando os ventos úmidos se elevam e se res-
friam pelo encontro de uma barreira montanhosa, como 
é normal nas encostas voltadas para o mar. No Brasil, é 
comum nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
Sota vento
(sem chuva)
Mar
Vento
Barlavento
(com chuva)
 As chuvas orográficas ocorrem quando as massas de 
ar quente e úmido se elevam e se resfriam nas encos-
tas das montanhas.
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Granizo
A precipitação de gelo (chuva de pedra) acontece 
principalmente no verão, associada a tempestades e nu-
vens do tipo cumulonimbos. O movimento convectivo 
transforma gotas de água em pedras de gelo, ou ainda, 
em granizo, por se formar por sublimação. 
 Granizo
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Neve
Quando o vapor de água fica exposto a baixíssimas 
temperaturas, ocorre a cristalização. Isso pode acontecer 
dentro ou abaixo das nuvens, dando origem a cristais 
de estrutura hexagonal e “flocos” com as mais variadas 
formas. 
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 Acúmulo de neve em Khabarovsk, Rússia. Dezembro 2015. 
Índice pluviométrico
É o somatório das chuvas num determinado local du-
rante um período estabelecido, medido em milímetros. 
Regime pluviométrico
Distribuição das chuvas durante os 12 meses do ano.
Isoieta: linha que une pontos de igual índice 
pluviométrico num mapa.
Massas de ar e frentes 
As massas de ar correspondem a porções da atmos-
fera, com características próprias de umidade, tempe-
ratura e pressão. As massas atmosféricas deslocam-se, 
transportando suas características oriundas das regiões 
onde se formaram. A formação das massas ocorre em 
grandes áreas da Terra com características semelhantes 
de temperatura, umidade e relevo, que permitam esta-
bilidade atmosférica e a formação de bolsões de ar com 
características assemelhadas. Também as áreas de origem 
das massas de ar são, em geral, anticilonais (de alta pres-
são e dispersoras do ar atmosférico). 
Aula 07
9Geografia 4A
PRINCIPAIS MASSAS DE AR
MASSAS ORIGEM PROPRIEDADES ORIGINAIS
FRIAS 
(POLARES)
• polar marítima Oceanos com latitudes além de 50°. Fria, úmida e instável.
• polar continental Continentes em torno dos círculos polares. Fria, seca e muito estável.
QUENTES
(TROPICAIS e 
EQUATORIAIS)
• tropical oceânica
Oceanos tropicais e subtropicais. Quente, úmida e instável.
• equatorial oceânica
• tropical continental
Desertos de baixa/média latitudes (como Saara e 
Australiano). 
Quente, seca e estável. 
• equatorial continental Zona equatorial da América do Sul (floresta amazônica). Quente, úmida e estável.
Ao se deslocarem, as massas de ar vão perdendo as características originais, em função do contato com áreas que 
apresentam diferentes temperaturas, umidade, latitude, altitude, e também pela formação das frentes.
As frentes correspondem ao choque de massas de ar com características diferentes que produzem mudanças 
no tempo meteorológico. Sendo os encontros das massas polares com as tropicais os produtores das frentes mais 
fortes e frequentes, há concentração das frentes entre as latitudes 30° e 60°.
Existem dois tipos de frentes: quentes e frias. Nas fren-
tes quentes, o ar mais aquecido e úmido avança sobre o 
ar mais frio, produzindo nevoeiros, chuvas regularmente 
contínuas e fracas. As frentes frias acontecem com o 
avanço forte do ar frio (de alta pressão) em direção ao ar 
quente. O ar frio cria uma cunha, erguendo o ar quente. 
As frentes frias geram ventos com fortes rajadas, tempes-
tades e redução da temperatura. 
Na meteorologia, considera-se frontogênese o nasci-
mento e o vigor de uma frente que, estabelecida, pode 
durar de quatro até sete dias. O fim ou dissipação de uma 
frente é a frontólise. 
(mTa)
Massa Tropical Atlântica
(mPa)
Massa Polar Atlântica
Frente Fria
Fonte: <http://bjd.com.br/site/noticia.php?id_editoria=8&id_
noticia=1147>. Acesso; 10.12.2015 (com adaptações). 
 Frente fria originada pelo choque das 
massas polar atlântica (mPa) e tropical 
atlântica (mTa), com frontogênese atu-
ando no Centro-Sul do Brasil.
Testes
Assimilação
07.01. (MACK – SP) – Os deslocamen-
tos das massas de ar:
a) são sempre das áreas de alta pres-
são para as áreas de baixas pressões.
b) independem das condições de 
pressão atmosférica. 
c) dependem das condições de umi-
dade atmosférica.
d) são sempre de uma área seca para 
uma área úmida.
e) são sempre entre áreas de mesma 
temperatura.
07.02. (UPF – RS) – Associe as figuras I, II e III às características das chuvas.
(Fonte: SENE; MOREIRA. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010, p. 125)
10 Semiextensivo
( ) A evaporação e a ascensão de ar úmido e o resfriamen-
to adiabático desse ar provocam esse tipo de chuva 
comum no verão. 
( ) Resultam do encontro de duas massas de ar, com 
características diferentes, uma fria e a outra quente. 
( ) Quando nuvens encontram obstáculos como serras 
ou montanhas, ocasionando o seu resfriamento e 
provocando condensação e precipitação.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de 
cima para baixo, é: 
a) I, II, III. 
d) I, III, II. 
b) III, I, II. 
e) II, III, I. 
c) III, II, I.
07.03. (IFPE) – Observe o fenômeno atmosférico destacado 
na imagem abaixo.
Disponível em:<http://www.climatempo.com.br/
destaques/3287/chuva-forte-no-ceara/ (com 
adaptações)>. Acesso em: 11 maio 2014.
Esse fenômeno é intitulado como: 
a) Frente Polar Atlântica.
b) Massa Equatorial Continental.
c) Zona de Convergência Intertropical.
d) Ciclone Tropical.
e) Ondas de leste.
07.04. (UFPR) – A água na natureza se apresenta sob diversas 
formas e está em constante movimentação, com mudanças 
de estado. Considerando o tema, numere a coluna B de 
acordo com sua correspondência com a coluna A.
- A - 
(1) Circulação da água entre a atmosfera e a litosfera com 
mudanças de estado.
(2) Perdas de água dos vegetais sob a forma de vapor.
(3) Encontra-se sob a forma de vapor-d’água, de gelo nos 
polos e nas geleiras e sob a forma líquida nos rios, lagos e 
nos interstícios das rochas.
(4) Partículas de água que caem sob a forma sólida.
- B - 
( ) neve, granizo 
( ) água doce
( ) evapotranspiração
( ) ciclo hidrológico
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta da 
coluna B, de cima para baixo.
a) 2, 4, 3, 1
d) 3, 4, 2, 1
b) 1, 2, 3, 4
e) 3, 4, 1, 2
c) 4, 3, 2, 1
07.05. (UFAC) – Observe a imagem abaixo:
1. Isóbaras: são linhas que, num mapa, unem pontos 
de igual pressão atmosférica.
2. Milibares (mb): unidade de medida da pressão at-
mosférica.
ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil:Contradições, impasses e desafios 
sócioespaciais. São Paulo: Moderna, 1998, p.332. (adaptado).
Com auxílio da figura, pode-se concluir que:
a) áreas frias (ou de alta pressão), como as polares e as 
subtropicais, são dispersoras de massas de ar e ventos e 
recebem o nome de áreas ciclonais.
b) as áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica, como 
as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos 
que recebem o nome de áreas ciclonais.
c) o ar aquecido das zonas de baixas latitudes próximas 
ao Equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), 
criando uma área de alta pressão ou ciclonal.
d) os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam 
da distribuição homogênea de energia solar nas zonas 
de baixas, médias e altas latitudes.
e) a diferença de temperatura do ar atmosférico exerce 
uma função muito importante na formação de áreas de 
baixa e alta pressão atmosférica, porém não interfere no 
movimento das massas de ar e dos ventos.
Aperfeiçoamento
07.06. (UFPR) – Sobre a representação de uma nuvem na 
ilustração abaixo, é correto afirmar:
Ar seco
Ar quente
e úmido
Serra
Mar
Aula 07
11Geografia 4A
a) A serra é o principal fator do efeito estufa, por reter nuvens 
e provocar chuvas.
b) O ar aquecido e úmido não transpõe a serra, por ser retido 
pelas nuvens e produzir chuva.
c) O relevo é fator determinante nas precipitações locais.
d) As cabeceiras dos rios são fatores determinantes na 
precipitação.
e) O ar seco da camada superior da atmosfera retém as 
nuvens na serra e provoca chuva.
07.07. (UDESC) – Analise as proposições e assinale (V) para 
verdadeira ou (F) para falsa.
( ) O orvalho e a geada são fenômenos originados a par-
tir da umidade existente no ar atmosférico. Contudo, 
eles são diferentes da neve e da chuva porque não se 
precipitam; formam-se na superfície de plantas, solos 
e automóveis.
( ) As nuvens formam-se quando o ar atinge o ponto de 
saturação, ou seja, quando o ar está saturado de vapor 
de água.
( ) O granizo se origina nas partes mais baixas das nuvens 
do tipo estratos e cai logo que forma grandes placas, 
que vão se quebrando à medida que elas entram em 
contato com o ar mais quente.
( ) A neve ocorre quando a temperatura nas nuvens per-
manece abaixo de 0°C e faz o vapor de água condensar 
e transformar-se em cristais de gelo. À medida que os 
cristais de gelo caem, eles se juntam e formam os flo-
cos de neve.
( ) As nuvens do tipo cúmulos apresentam formas que 
lembram grandes flocos de algodão; as nuvens do tipo 
cirros são formadas por cristais de gelo e possuem apa-
rência fibrosa, por isso são conhecidas como “rabo de 
cavalo” ou “rabo de galo”.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de 
cima para baixo.
a) F – V – F – V – V
b) V – V – F – V – V
c) V – F – V – V – F
d) F – V – V – F – F
e) F – F – V – F – F
07.08. (IFSC) – Na formação da nuvem, pequeninas 
gotas e diminutos cristais de gelo rapidamente con-
densam-se e sublimam-se ao redor dos núcleos de 
condensação e sublimação, crescendo molécula por 
molécula, sem atingir o tamanho adequado para se pre-
cipitar. Contudo, algumas das gotas e cristais crescem o 
suficiente para começar uma queda apreciável. Em sua 
queda, vão agregando as moléculas que encontram no 
caminho, o que permite que elas rapidamente cresçam 
para gotas maiores, conseguindo atingir a superfície na 
forma de chuva.
MENDONÇA, F.; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções básicas e climas do 
Brasil. São Paulo: Oficina deTextos, 2007. Adaptado.
As chuvas são classificadas conforme sua gênese. Dessa 
forma, podemos encontrar diferentes tipos de chuvas. Sobre 
esses tipos, é correto afirmar:
a) As chuvas convectivas resultam de um acentuado 
aquecimento do ar ao longo do dia, que desencadeia 
movimentos ascensionais, os quais elevam o ar úmido, 
provocando a formação de nuvens e precipitação, ge-
ralmente no final da tarde.
b) As chuvas orográficas estão associadas ao encontro de 
massas de ar que formam uma frente que permanecerá 
no local, dependendo da quantidade de umidade e da 
diferença de temperatura entre as massas de ar, como 
também da velocidade de deslocamento da frente.
c) As chuvas frontais acontecem em locais onde o relevo 
funciona como uma barreira à circulação livre do ar, 
impulsionando-o a ascender próximo às encostas. A 
ascensão do ar úmido e quente provoca um rápido 
resfriamento dele mesmo, produzindo chuvas.
d) As chuvas de relevo resultam de um acentuado 
aquecimento do ar úmido que, ao se expandir, sobe a 
altitudes superiores, onde se resfria e retorna à super-
fície, formando nuvens que se precipitam na forma de 
aguaceiros.
e) As chuvas de origem térmica são mais comuns nas 
regiões de altas latitudes da Terra, pois são áreas de 
convergência dos sistemas subpolares, aumentando a 
pluviosidade de forma acentuada como resultado das 
altas pressões que caracterizam essas regiões.
07.09. (UPE – PE) – A figura a seguir mostra, esquematica-
mente, a gênese de um fenômeno geográfico, que se verifica 
entre o oceano Índico e o continente asiático. Observe-a.
12 Semiextensivo
Sobre esse fenômeno, é correto afirmar que: 
a) na situação A, existe sobre a Ásia um centro de baixas 
pressões atmosféricas, de onde partem massas de ar em 
direção ao Índico.
b) na situação B, que corresponde ao inverno no hemisfério 
Norte, a Zona de Convergência Intertropical é empurrada 
para as áreas setentrionais, provocando seca na Índia, no 
Paquistão e no Sri Lanka.
c) a mudança radical da direção dos ventos, observada em 
A e B, é determinada por um fenômeno de aquecimento 
global de causa antrópica, que repercute nos fluxos de ar 
locais representados pelas setas.
d) as diferenças térmica e barométrica, verificadas na tro-
posfera, sazonalmente, justificam esses fluxos regionais 
de ar indicados pelas setas.
e) a situação B corresponde à estação de verão no hemisfério 
Sul, quando se forma sobre a Ásia um extenso anticiclone 
que atrai os ventos úmidos meridionais.
07.10. (UPE – PE) – “Em alguns momentos de nossas 
vidas, é possível que já tenhamos sido colhidos por 
um vento forte o suficiente que nos teria derrubado, 
caso não tivéssemos inclinado o corpo para frente ou 
nos agarrado em algo firme, para resistir à sua força. 
Londres, que raramente tem ventos fortes, experimen-
tou um vendaval em 25 de janeiro de 1990. Ventos 
soprando a mais de 175km/h arrancaram os telhados 
das edificações, derrubaram carretas e tornaram virtu-
almente impossível caminhar nas ruas. Certas regiões 
do mundo são acometidas por furacões, que trazem 
chuvas torrenciais e ventos muito fortes, removem 
o solo e provocam ondas nos oceanos, capazes de 
erodir e transportar enormes toneladas de sedimento 
das praias e das águas rasas. Muitos ventos são fortes, 
o suficiente para soprar grãos de areia no ar, criando 
tempestades de areia.”
(PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 
Porto Alegre: Bookman, 2006)
Sobre os assuntos abordados no texto, é correto afirmar que:
1. a velocidade que um vento assume é inversamente 
proporcional ao gradiente barométrico entre duas de-
terminadas localidades.
2. os furacões tropicais, sobretudo os que atingem a Ingla-
terra e a América Central, são frequentes sobre oceanos 
que apresentam anomalias térmicas negativas, daí serem 
intensos no oceano Atlântico norte.
3. os ventos, como agente modelador de paisagens 
geomorfológicas, exercem um papel destacado nos 
ambientes em que se observa um déficit hídrico.
4. os ventos alísios que, com a direção Sudeste, agem na 
costa oriental do Nordeste brasileiro, originam-se no 
centro de altas pressões do Atlântico Sul.
5. as brisas que se verificam nas áreas costeiras se formam 
a partir do desequilíbrio barométrico, verificado entre 
o ar que se situa sobre oceanos e áreas continentais 
adjacentes.
Somente está correto que se afirma em: 
a) 1
c) 3, 4 e 5.
e) 1, 2, 3 e 4.
b) 5. 
d) 2 e 3.
07.11. (ACAFE – SC) – Complete o quadro abaixo,escre-
vendo as palavras ALTA ou BAIXA em cada uma das linhas 
que estão dentro dos retângulos. Faça, depois, uma seta, 
indicando a direção das brisas durante o dia.
TERRA
DIREÇÃO DO 
VENTO
MAR
DIA
Temperatura
......................
Temperatura
......................
Pressão
Atmosférica
.....................
Pressão 
Atmosférica
.....................
A alternativa verdadeira, contendo a sequência completa 
no quadro cima, é:
a) Baixa
Alta
Baixa
Alta
=====>>
b) 
Alta 
Baixa
Baixa
Alta
=====>>
c) 
Alta 
Baixa
Alta 
Baixa
<<=====
d) 
Baixa
Alta
Alta 
Baixa
=====>>
e) 
Alta 
Baixa
Baixa
Alta
<<=====
Aprofundamento
07.12. (IFMG) – Os furacões têm uma rota preferencial 
quando chegam ao Caribe, porque:
a) os ventos alísios de NE e SE, em choque frontal sobre o 
território dos EUA, geram redemoinhos que, sob a ação 
das baixas pressões da frente intertropical, varrem o sul 
do país.
b) o encontro das correntes marítimas frias na costa dos EUA 
provoca a formação de massas de ar rotativas ascendentes 
que, ao se juntar às de jet stream, aceleram-se, formando 
os furacões.
Aula 07
13Geografia 4A
c) a oscilação diária da temperatura próxima ao período 
do equinócio forma correntes de ar ascendentes e des-
cendentes na área do trópico que, ao se encontrarem, 
provocam ventos fortes.
d) os sistemas de baixa pressão, gerados pela corrente do 
Golfo do México e o efeito da continentalidade, somados 
à disposição do relevo, facilitam a penetração dos furacões 
pelo vale do Mississipi.
e) as correntes marinhas frias que circulam ao sul dos EUA 
geram, na atmosfera, um sistema de alta pressão que 
empurra os furacões para o interior do continente, no 
período de agosto a novembro.
07.13. (UEM – PR) – “Um tornado passou por Xanxerê, 
no oeste de Santa Catarina, levando destruição e duas 
mortes, 191 mil unidades consumidoras ficaram sem 
luz, quase 47% da região.”
(http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/04/20). 
Assinale o que for correto sobre tornados e outros fenômenos 
meteorológicos.
01) Os tornados são fenômenos meteorológicos medidos 
pela intensidade dos estragos que causam e não pelo 
tamanho físico. 
02) Nos ciclones, os ventos giram no mesmo sentido, horário 
no hemisfério Sul, e anti-horário no hemisfério Norte.
04) Os tornados se formam nos oceanos e depois migram 
para os continentes com o aumento da velocidade.
08) O poder de destruição de um tornado é medido utili-
zando-se a Escala Richter.
16) Os furacões são formados por movimentos circulares 
de ventos calmos e baixa pressão e cercados por uma 
região com ventos altos e fortes pancadas de chuva.
07.14. (FUVEST – SP) – Refletindo sobre o desenho a seguir, 
em uma área tropical, podemos inferir que
 
a) em matas e bosques, a grande oscilação diuturna da 
temperatura mantém as nuvens baixas, fazendo com 
que chova mais.
b) em áreas com escassa cobertura vegetal, o ar frio e 
seco empurra as nuvens para cima, fazendo com que 
chova menos.
c) o ar mais úmido e quente sobre as matas e bosques 
ocasiona maior regularidade pluviométrica.
d) as pequenas amplitudes térmicas sobre as plantações 
produzem uma camada estacionária de ar úmido, im-
pedindo a presença de nuvens baixas.
e) em áreas com abundante cobertura vegetal, o ar mais 
frio e rarefeito facilita a descida das nuvens mais pesadas.
07.15. (UEPG – PR) – Sobre ventos e fatores a eles relacio-
nados, assinale o que for correto.
01) As zonas anticiclonais são regiões de saídas ou disper-
soras de ventos, enquanto que as zonas ciclonais são 
as de convergência de ventos.
02) Os ventos alísios de nordeste e de sudeste convergem 
em direção ao equador térmico da Terra.
04) No hemisfério Norte, os ventos divergem de uma zona 
anticiclonal no sentido horário, enquanto que no hemis-
fério Sul essa divergência se faz no sentido anti-horário.
08) Tornados e furacões são tempestades ciclônicas com 
ventos bastante fortes. Nas estações meteorológicas, a 
velocidade dos ventos pode ser medida por aparelhos 
denominados de anemômetros.
16) Os ventos sempre sopram de uma região de pressão 
atmosférica mais baixa para uma região de pressão 
atmosférica mais alta. 
07.16. (UFSC) – A partir da análise das ilustrações abaixo, é 
correto afirmar:
01) O quadro II representa as denominadas chuvas frontais, 
resultantes do encontro de massas de ar com caracte-
rísticas diferentes, frequentes no Sul do Brasil.
02) A figura III indica chuvas de relevo ou orográficas, res-
ponsáveis pela elevada pluviosidade de áreas próxi-
mas ao litoral brasileiro, como é o caso das encostas 
da serra do Mar e do planalto de Borborema.
04) As chuvas convectivas, representadas no quadro I, 
ocorrem quando uma massa de ar frio se eleva, alcan-
çando camadas de ar mais quentes, provocando a con-
densação e a posterior precipitação.
08) As chuvas orográficas, aqui representadas pelo quadro 
III, resultam do deslocamento horizontal do ar que, ao 
entrar em contato com regiões elevadas, sobe, conden-
sa-se e se precipita sob a forma de chuva.
16) As áreas de baixa pressão atmosférica e de intensa eva-
poração, devido às altas temperaturas, apresentam chu-
vas convectivas abundantes, representadas pela figura I.
14 Semiextensivo
07.17. (FCM – MG) – Observe o desenho a seguir.
Considerando a observação do desenho e seus conheci-
mentos, é INCORRETO afirmar:
a) O recuo do ar frio ocasiona o aquecimento gradativo da 
atmosfera ao nível da superfície. 
b) A massa de ar fria polar com forte pressão atmosférica 
avança e desloca a massa de ar tropical.
c) O contato que ocorre na frente provoca o deslocamento 
do ar quente para cima, formando correntes ascendentes. 
d) A passagem ou estacionamento das frentes frias em 
parte da faixa litorânea do Brasil é causa de grandes 
precipitações. 
e) A umidade na massa quente condensa-se por resfria-
mento, ao se formarem correntes ascendentes, gerando 
chuvas. 
07.18. (UESC – BA) – Sobre a dinâmica da atmosfera, nuvens 
e tipos de precipitação, pode-se afirmar:
01) A chuva tem várias origens, todavia a mais comum, no 
Brasil, é a orográfica.
02) As nuvens cirros apresentam-se em forma de flocos de 
algodão, são brancas, verticalmente alongadas e muito 
baixas.
03) A troposfera é a camada da atmosfera que concentra 
menos gases, é uniforme e estende-se até 40km de al-
titude.
04) O orvalho forma-se pela condensação do vapor de 
água existente sobre a superfície do solo, mas, quando 
ele congela, dá origem à geada.
05) A neve é um tipo de precipitação que ocorre quando 
a temperatura das nuvens está abaixo de 15°C e sua 
incidência está restrita a regiões de altas latitudes.
Discursivos
07.19. (FUVEST – SP) –
Os ciclones tropicais formam-se sobre os oceanos, em região onde a água é quente e o vapor-d’água, abundante. Eles nem 
sempre evoluem para um furacão, mas suas trajetórias no Atlântico Norte favorecem essa evolução.
a) Caracterize os furacões quanto às latitudes e às pressões atmosféricas das áreas em que se originam.
Aula 07
15Geografia 4A
b) Identifique as regiões onde os furacões ficam enfraquecidos em suas trajetórias.
c) Caracterize os impactos sociais e infraestruturais dos furacões sobre países insulares na área representada. Cite, ao menos, 
um desses países como exemplo.
07.20. (UFJF – MG) - Leia o gráfico abaixo.
DISTRIBUIÇÃO LATITUDINAL DA PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL
90
80
70
100
60
Latitude (em graus)
50
40
30
20
10
0
90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 908070605040302010
1 polegada = 25.4 mm
P
re
ci
p
it
a
çã
o
 e
m
 p
o
le
g
a
d
a
s
Trópico de 
Câncer
Trópico de 
Capricórnio
Regiões 
polares
Regiões 
polares
Equador
Fonte: Disponível em: <http://migre.me/lpbbi>. Acesso em: 25 ago. 2014.
a) Por que a zona intertropical possui os maiores totais de precipitação média anual?
b) Cite 2 tipos de precipitação.
16 Semiextensivo
Gabarito
07.01. a
07.02. b
07.03. c
07.04. c
07.05. b
07.06. c
07.07. b
07.08. a
07.09. d
07.10. c
07.11. e
07.12.d
07.13. 19 (01, 02, 16)
07.14. c
07.15. 15 (01, 02, 04, 08)
07.16. 27 (01, 02, 08, 16)
07.17. a
07.18. 04
07.19. a) Os furacões se originam em áreas de 
baixas latitudes (tropicais) do Atlân-
tico Norte. As pressões atmosféricas 
são baixas, caracterizando zonas ci-
clonais. 
b) Os furacões enfraquecem com a pro-
ximidade das áreas continentais de 
médias latitudes (zona temperada). 
c) Os impactos sociais e infraestrutu-
rais causados pelos furacões são, por 
exemplo: óbitos, destruição de casas, 
indústrias e plantações, danos nas 
redes de transporte e energia. Haiti 
e Cuba são países insulares (compos-
tos por ilhas) que ficam na rota dos 
furacões.
07.20. a) São elementos que justificam os maio-
res totais de precipitação na zona 
tropical: a atuação de massas de ar e 
frentes úmidas, mecanismos tropicais 
de circulação oceano/atmosfera (El 
Niño); a maior frequência de convec-
ção térmica na atmosfera por causa da 
maior disponibilidade de energia solar; 
deslocamento da zona de convergên-
cia intertropical e a circulação geral 
da atmosfera, associada à atuação das 
massas de ar, frentes frias e quentes 
que trazem umidade e influenciam no 
regime de precipitações.
b) Os tipos de precipitação são: chuvas 
convectivas, chuvas orográficas e 
chuvas frontais.
17Geografia 4A
Recursos hídricos
Geografia
4AAula 08
Águas continentais 
As águas continentais são aquelas situadas na superfície e no subsolo dos continentes. Através do ciclo da água – o 
ciclo hidrológico –, toda água do Planeta é “naturalmente reciclada”. Portanto, é errada a informação de que no futuro 
a água acabará. Ocorre limitação, seja pela quantidade ou qualidade, de acesso às reservas com águas doces boas para 
o abastecimento da agropecuária, indústrias e cidades. 
Como pode ser observado no gráfico, somente uma pequena parcela da água do Planeta é doce, estando uma par-
cela menor ainda disponível nos mananciais (rios, lagos...) na forma de água potável (passível de uso com tratamento 
simples).
TOTAL DE ÁGUAS
Doces
2,5%
ÁGUAS DOCES
Subterrâneas 
29,9%
Rios, lagos, 
umidade do solo, 
atmosfera 
1,2%
Salgadas 
97,5%
Geleiras 
68,9%
Distribuição das águas mundiais
Elaborado pelo autor. 
Fonte: TEIXEIRA. Wilson e outros (org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2003.
Crise hídrica
Apenas 2,5% de todas águas do planeta são doces, sendo a distribuição irregular. A maior parcela das águas doces 
está nas geleiras – nos polos e altas montanhas – (68,9%) e nos lençóis e aquíferos – águas subterrâneas – (29,9%). 
Somente 1,2% das águas doces são de mais fácil acesso, nos rios, lagos, umidade do solo e das chuvas, e também 
apresentam áreas de maior e menor concentração. Então, além de a menor parcela das águas do Planeta ser doce e 
estar irregularmente distribuída, a crise envolvendo o abastecimento de água doce vem do aumento da demanda 
(do consumo) em razão do crescimento demográfico e das produções, situação agravada pela poluição e desperdício. 
Também, os represamentos, os desmatamentos, as impermeabilizações dos solos urbanos e as mudanças climáticas 
interferem no ciclo das águas, consequentemente na infiltração e no escoamento superficial. 
“O maior problema do homem é a água. E o maior problema da água é o homem.”
BARBOSA. Vanessa. A última gota. São Paulo: Planeta, 2014.
A solução ou amenização da crise da água passa pelo uso racional, preservação das matas (principalmente das 
ciliares), reuso e controle da poluição; em alguns casos, passa pela dessalinização das águas dos mares e oceanos, mas 
essa é uma alternativa ainda cara.
18 Semiextensivo
Previsão de disponibilidade de água por pessoa em 2025
Fonte: United Nations Environment Programme 
Disponível em: https://freshwaterwatch.thewaterhub.org/pt-br/content/water-limited-resource. Acesso: 11.12.2015
Ta
lit
a 
K
at
h
y 
B
o
ra
Muitas ações dos governos e da população civil alertam para a necessidade do bom uso das águas. No plano 
global, as Nações Unidas (ONU) promoveram em 1977 a Conferência para a Água, e desde então muitas ações foram 
realizadas, sendo as águas um tema central na busca pelo desenvolvimento sustentável. Em 2003, declarado pela 
ONU como o Ano Internacional da Água Potável, foi criado o ONU Água, um amplo conjunto de ações relacionado à 
conservação dos recursos hídricos. No Brasil, cabe ressaltar as ações da Agência Nacional de Águas (ANA), criada em 
2000, para elaborar, implementar e fiscalizar medidas de gestão e conservação das águas continentais. 
Lei das águas 
No Brasil, a primeira regulamentação sobre as águas é de 1934 – o Código de Águas (Decreto 24.643 de 10.07.1934), 
constando que “a ninguém é lícito conspurcar ou contaminar as águas que não consome, com prejuízo de terceiros…”. 
A Lei das Águas de 1997 (Lei 9.433 de 08.01.1987) estabeleceu a Política Nacional dos Recursos Hídricos, e no artigo 1o. 
determina que:
A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:
I. a água é um bem de domínio público;
II. a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III. em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV. a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V. a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação 
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI. a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários 
e das comunidades. 
Águas continentais do Brasil
O Brasil é um país rico em águas continentais. O País detém 12% de todas as águas doces do Planeta, concentradas 
em grandes bacias hidrográficas, principalmente na Amazônica e Platina, e em aquíferos, onde se destacam o Guarani 
e o Alter do Chão. 
Aula 08
19Geografia 4A
Porém a abundância de águas não livra o Brasil de 
problemas relacionados aos recursos hídricos. Existem 
áreas semiáridas, como no Sertão Nordestino, e várias 
agressões comprometendo a oferta de água, com 
destaque para os desmatamentos, construção de bar-
ragens, poluição, urbanização e desperdício. O Centro-
-Sul, merecendo mais atenção São Paulo, sofre com 
estiagens que prejudicam o abastecimento de água, 
dificultando a obtenção de energia nas hidrelétricas, 
o funcionamento de hidrovias, setores produtivos e a 
população em geral, com racionamentos e até inter-
rupção no fornecimento. 
Demandas pelas águas
Separando as demandas hídricas (os usos) por seto-
res, segundo a ONU, verifica-se que: 70% das águas são 
usadas na agropecuária, principalmente em irrigação; 
22% pelas indústrias; e 8% nos domicílios. 
A quantidade de águas exploradas por uma popula-
ção em seus múltiplos usos constitui a pegada hídrica. 
Parte das águas da pegada hídrica não é visualizada e 
nem incluída no custo dos produtos. Essa água “invisível” 
é a água virtual. 
ÁGUA VIRTUAL DE ALGUNS PRODUTOS
1 litro de leite 1.020 litros
1 kg de farinha 1.820 litros
1 calça jeans 10.000 litros
1 kg de carne bovina 15.000 litros
Fonte: AGUIAR. Laura e outros. Como cuidar da nossa água. 
São Paulo: Bei, 2014.
Pelo comércio internacional, parte das águas abun-
dantes numa região são levadas para locais de escassez. 
É o que acontece, por exemplo, quando produtos 
brasileiros são exportados para o Oriente Médio. Em 
parte, isso é bom, porque ocorre uma redistribuição das 
águas via água virtual. Porém, como não são as águas 
consideradas matéria-prima, os locais de origem não 
recebem pagamento pelos recursos hídricos exporta-
dos, tendo ainda muitas vezes os mananciais compro-
metidos pelas atividades produtivas. O Brasil, segundo 
a ONU, exporta 112 trilhões de litros de água por ano 
como água virtual. 
Divisão das águas continentais
As águas continentais são divididas entre superfi-
ciais e subterrâneas.Lagos, rios, geleiras e a umidade 
dos solos correspondem às águas superficiais. Lençóis 
freáticos e aquíferos são águas subterrâneas. 
Geleiras 
As geleiras ou glaciares são a maior reserva de águas 
doces. Estão concentradas nas regiões polares ártica e 
antártica, onde existem camadas de gelo com mais de 
3.000 metros de espessura. Outras geleiras importantes 
estão nas grandes montanhas, como nos Andes (Améri-
ca do Sul), nos Alpes (Europa) e no Himalaia (Ásia). 
Com o aquecimento global, as geleiras estão ameaça-
das. O derretimento tem comprometido principalmente 
o gelo no Ártico. Com o derretimento, as águas doces 
são levadas para os mares e oceanos, o que compromete 
ainda mais a oferta de água para o consumo humano e 
aumenta o nível dos oceanos. 
Lençóis freáticos e aquíferos
As águas superficiais podem infiltrar nas camadas 
do solo e nas rochas mais profundas, formando lençóis 
e aquíferos. 
Zona não 
saturada ou 
vadosa
Nível de água 
ou lençol 
freático
Zona saturada 
ou freática
Água
Poros
Distribuição da água no subsolo
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.
Fonte: TEIXEIRA, Wilson et al. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: 
Companhia Editora Nacional, 2009. p. 192.
Os lençóis freáticos correspondem às águas infil-
tradas nas camadas mais superficiais, sendo facilmente 
saturados nos períodos de degelo e de chuvas abundan-
tes. Também a circulação das águas nos lençóis é mais 
rápida. Os lençóis abastecem poços e nascentes. 
20 Semiextensivo
Grandes aquíferos do Brasil 
Os aquíferos são depósitos maiores e mais profundos. Decorrem da 
percolação, ou seja, infiltração e deposição das águas numa área profunda. 
Apresentam também lenta circulação. Podem contribuir para nascentes de 
rios e formação de lagos/lagoas. Sua utilização nas atividades econômicas 
deve ser cuidadosa para não exceder, com a retirada de águas, a taxa de 
abastecimento do aquífero – secando-o. Também é necessário cuidar para 
não contaminar as águas e comprometer a estabilidade dos terrenos. 
O Brasil dispõe de muitas águas subterrâneas, destacando-se os aquíferos 
Guarani e Alter do Chão.
O Guarani está no Centro-Sul do Brasil, estendendo-se pela Argentina, 
Paraguai e Uruguai. No Brasil estão 80% do aquífero Guarani, que possui 
37 mil km3 de água em uma área de 1.087.000 km2. A formação do Guarani 
deve-se à existência de rochas sedimentares, do tipo arenito, na região. 
O Alter do Chão ou SAGA (Sistema Aquífero Grande Amazônia) ocupa 
438.000 km2 na Amazônia, atingindo os territórios do Pará, Amapá e Ama-
zonas. As águas presentes em rochas sedimentares variadas possuem até 
545 metros de espessura, tendo um volume estimado em mais de 162 mil km3. 
O Alter do Chão é o maior aquífero do globo.
Quando porções do lençol freático atingem a superfície, há a presença 
de fontes ou olhos-d’água, que podem ser denominados de ressurgência.
Muitas vezes, as águas 
do lençol freático podem 
ser aquecidas por rochas 
vulcânicas e, ao chegar 
à superfície, formam as 
fontes termais.
Os gêiseres são fontes termais 
que irrompem periodicamente, 
devido ao aumento da pressão da 
água no subsolo provocado por 
rochas vulcânicas com temperatu-
ras elevadas. As águas aquecidas 
ultrapassam o ponto de ebulição 
e são expelidas para a superfície. 
A periodicidade relaciona-se com 
o tempo necessário para que as 
águas sejam aquecidas.
 Corte esquemático de um gêiser
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 Gêiser situado no Parque das Águas em 
Caxambu (MG). Na foto I, o gêiser está 
em repouso. Na foto II, o gêiser irrompe 
durante aproximadamente 7 minutos 
e retorna ao repouso por aproximada-
mente 5 horas.
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 A cidade de Poços de Caldas (MG) está situada na 
cratera de um antigo vulcão. Em consequência 
disso, apresenta várias fontes termais. 
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Aula 08
21Geografia 4A
• Recursos hídricos: águas continentais, superficiais e 
subterrâneas, disponíveis para múltiplos usos.
• Usos múltiplos: são as diversas serventias das águas, 
como irrigação, abastecimento urbano, hidrelétricas 
e lazer. 
• Água doce: são as reservas de água com salinidade 
próxima a zero – água dulcícola – existente nos con-
tinentes.
• Água potável: são as águas que podem ser aprovei-
tadas no consumo de animais e plantas, sem o com-
prometimento da saúde (do latim potare = beber).
• Água servida ou residual: correspondem aos es-
gotos, águas rejeitadas e poluídas após a utilização. 
Também chamada de efluente. 
• Água bruta: sem tratamento, in natura, podendo ser 
potável ou não. 
• Água fóssil: são porções de águas que não partici-
pam do ciclo hidrológico por estarem confinadas em 
aquíferos muito profundos ou na base de geleiras es-
pessas; também chamada paleoágua.
• Águas transfronteiriças: são rios, aquíferos, lagos e 
geleiras que extrapolam os limites territoriais de um 
país. O aquífero Guarani está representado em 4 países 
(Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) – é uma reserva 
d´água transfronteiriça. 
• Dessedentar: dar de beber, matar a sede de animais. 
• Volume morto: parte das águas de uma represa, lago 
ou açude abaixo do ponto estabelecido para a capta-
ção de água para o uso humano. Regularmente guar-
da sedimentos que prejudicam o tratamento da água. 
• Manancial: são as áreas com reservas de água potá-
vel (rios, lagos, aquíferos...).
• Permafrost (ou pergelissolo): solos e rochas perma-
nentemente congelados. Ocorrem nas regiões de al-
tas latitudes e montanhosas.
• Dessalinização: processo que retira o sal das águas 
marítimas e oceânicas até o nível aceitável para o con-
sumo humano e do setor produtivo. Embora praticado 
em algumas regiões, como no Oriente Médio, é pouco 
viável por ser caro e lento.
• Albufeira: lago artificial formado por uma barragem. 
• Reuso: aproveitamento de águas residuais ou da 
chuva em ações que dispensem água potável, como 
descargas de banheiro ou lavação de pátios. O reuso 
para consumo humano exige tratamento adequado. 
• Mata ciliar: vegetações que acompanham os cursos 
dos rios ou envolvem nascentes. São importantes para 
a manutenção das margens, evitando a erosão e o as-
soreamento dos rios. Também podem ser chamadas de 
matas de várzea ou de galerias. São consideradas pelo 
Código Florestal Brasileiro como áreas de preservação 
permanente (APP). 
Conceitos importantes
Testes
Assimilação
08.01. (UFRGS) – As figuras abaixo representam as alterações nos volumes de balanço hídrico entre um cenário sem urba-
nização e um urbanizado no Brasil.
CENÁRIO SEM URBANIZAÇÃO CENÁRIO URBANIZADO
Adaptado de: TUCCI, C .E. M. Inundações urbanas. Porto Alegre: ABRH/RHAMA, 2007. p. 96.
Considere as seguintes afirmações sobre os efeitos da urbanização na dinâmica do balanço hídrico. 
I. A infiltração no solo é reduzida, mantendo estável o nível do lençol freático. 
II. O volume de escoamento superficial aumenta devido à retirada da superfície permeável e da cobertura vegetal. 
III. As perdas por evapotranspiração são mais intensas no cenário urbanizado. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III.
22 Semiextensivo
08.02. (UFSCAR – SP) – 70% da superfície da Terra é coberta 
por água, o que nos dá a falsa impressão de que esse é um 
bem inesgotável. A Organização das Nações Unidas (ONU) 
estima que, até 2050, 45% da população humana não terá 
acesso à água potável, o que pode vir a gerar conflitos entre 
as nações. Essa contradição entre a abundância de água 
no planeta e a disponibilidade para o consumo humano 
deve-se, principalmente, ao fato de a maior parte da água 
do planeta:
a) ser salgada.
b) ser subterrânea.
c) encontrar-se presa nas geleiras.
d) estar contaminada por matéria orgânica.
e) estar na forma de vapor d’água nas nuvens.
08.03. (UNIFENAS – MG) – Observe a imagem e o fragmen-
to de texto aseguir: 
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas noticias/2015/03/21/
maior-aquifero-do-mundo-fica-no-brasil-e-abasteceria-o-planeta-por-250-anos.
htm. Acesso em 22.mar/2015. Com adaptação. 
Imagine uma quantidade de água subterrânea capaz 
de abastecer todo o planeta por 250 anos. Essa reserva 
existe, está localizada na parte brasileira da Amazônia 
e é praticamente subutilizada. Em 2013, novos estu-
dos feitos por pesquisadores da UFPA (Universidade 
Federal do Pará) apontaram para uma área maior e 
uma nova definição deste aquífero. O aquífero está 
posicionado nas bacias do Marajó (PA), Amazonas, 
Solimões (AM) e Acre – todas na região amazônica – 
chegando até a bacias subandinas. Para se ter ideia, a 
reserva de água equivale a mais de 150 quatrilhões de 
litros. “Daria para abastecer o planeta por pelo menos 
250 anos”, estimou Matos. (...). 
(Dados disponíveis em: http/noticias.uol.com.br. Acesso em 22.mar.2015). 
Com adaptação. 
Os dados apontados na imagem e no fragmento de tex-
to sobre um dos mais abundantes aquíferos brasileiros 
tratam do 
a) Aquífero Alter do Chão, hoje denominado Sistema Aquí-
fero Grande Amazônia (SAGA). 
b) Aquífero Guarani, maior reservatório hídrico da América 
do Sul. 
c) Aquífero Cuiabano, maior reservatório impermeável do 
planeta. 
d) Urucuia-Areado, com água predominantemente bicarbo-
natada cálcica e pouco mineralizada. 
e) Aquífero Furnas, caracterizado pela presença de água 
bicarbonatada sódica e muito potássica. 
08.04. (UERJ) – A Lei Federal nº. 9.433/1997 estabe-
lece que serão cobrados os usos dos recursos hídricos 
sujeitos à concessão do Estado. Tal regulamentação 
modificou substancialmente as bases operacionais e 
econômicas da utilização da água bruta. Essa cobrança, 
embora criticada por alguns setores, foi um instru-
mento benéfico, tanto em termos de conservação dos 
recursos hídricos, por estimular a gestão da demanda, 
como em termos de proteção ambiental.
Adaptado de HESPANHOL, I. Scientific American Brasil. Edição especial, nº 62, 2015.
Até a aprovação dessa lei, as indústrias não pagavam 
pela captação da água diretamente de um manancial, a 
chamada água bruta, para utilizá-la em seus processos 
produtivos. O instrumento de cobrança pela água bruta 
utilizada industrialmente obteve os resultados menciona-
dos no texto porque
a) estimulou o reuso do bem.
b) ampliou a dispersão do consumo.
c) reduziu a desigualdade de acesso.
d) inibiu o assoreamento de nascentes.
08.05. Com relação aos recursos hídricos, a figura trata da 
quantidade de água empregada na obtenção de bens e de 
serviços. 
136 LITROS 
DE ÁGUA
1 XÍCARA DE CAFÉ
A figura trata da:
a) água bruta (captada do meio natural e carecente de 
tratamento). 
b) água virtual (na maioria das vezes invisível e não conta-
bilizada no produto final).
c) água servida (apta para o consumo humano, ou seja, 
potável).
d) água residual (derivada de processos industriais e agro-
pecuários).
e) água fóssil (contida nos produtos sem participar o ciclo 
hidrológico). 
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Aula 08
23Geografia 4A
Aperfeiçoamento
08.06. (UNIFESP) – Observe a figura, que se refere ao ciclo da água em escala 
global.
Valores entre parênteses expressos em bilhões de bilhões de gramas [1018] e bilhões de bilhões de 
gramas por ano. Modificado de R. G. Barry & R. J. Chorley. Atmosphere, Weather and Climate, 1970.
Pela análise da figura, pode-se concluir que a quantidade de água que evapora por 
ano da superfície da Terra para a atmosfera ________ a quantidade precipitada. A 
energia _______ pela água promove sua evaporação. Posteriormente, a conden-
sação do vapor formado ________ a energia potencial da água na forma de calor. 
A ________ e não a ________ determina o fluxo de água através do ecossistema.
Nesse texto, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:
a) ... supera ... absorvida ... absorve ... precipitação ... evaporação
b) ... supera ... liberada ... libera ... evaporação ... precipitação
c) ... iguala ... liberada ... absorve ... precipitação ... evaporação
d) ... iguala ... liberada ... libera ... precipitação ... evaporação
e) ... iguala ... absorvida ... libera ... evaporação ... precipitação
08.07. (FUVEST – SP) – Observe o mapa.
Considere as afirmações sobre o Sistema Aquífero Guarani.
I. Trata-se de um corpo hídrico subterrâneo e transfronteiriço que abrange parte 
da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai.
II. Representa o mais importante aquífero da porção meridional do continente 
sul-americano e está associado às rochas cristalinas do Pré-Cambriano.
III. A grande incidência de poços que 
se observa na região A é explicada 
por sua menor profundidade e 
intensa atividade econômica nessa 
região.
IV. A baixa incidência de poços na 
região indicada pela letra B deve-
-se à existência, aí, de uma área 
de cerrado com predomínio de 
planaltos.
Está correto o que se afirma em: 
a) I, II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
08.08. A água é um bem precioso 
que deve ser consumido de forma 
racional. Estudiosos apontam que, 
futuramente, a água poderá se tor-
nar rara caso continue ocorrendo 
desperdício. Em algumas regiões 
do mundo, principalmente nas 
mais pobres, já ocorre a falta de 
água.
<http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/ 
agua.htm>. Acesso em: 26.07.2015. 
Além do desperdício, mencionado 
no texto, existem outras razões para 
acreditarmos num futuro agravamento 
da crise da água, como:
a) o aquecimento global que aumen-
tará a quantidade de água nos 
oceanos, no presente detentores 
de 70% de toda a água.
b) o aumento da urbanização, pois é 
sabido que o consumo doméstico 
representa 73% da demanda por 
água doce. 
c) o aprisionamento da água em 
albufeiras de usinas hidrelétricas, 
interrompendo o ciclo natural de 
reciclagem da água. 
d) a inclinação das Nações Unidas 
(ONU) para converter os mananciais 
em simples commodities sujeitas a 
leis de mercado. 
e) os desflorestamentos e as im-
permeabilizações urbanas que 
promovem o rápido escoamento 
superficial, prejudicando reservas 
subterrâneas e nascentes. 
24 Semiextensivo
08.09. (UP – PR) – A demanda crescente por água para 
os mais variados usos tem aumentado a pressão sobre os 
recursos hídricos. A ampliação da utilização de água, em 
conjunto com as condições físico-naturais, tem favorecido 
a escassez desse recurso em várias regiões do planeta. A 
respeito do assunto, assinale a alternativa que indica em que 
tipo de uso há maior consumo de água, considerando sua 
disponibilidade total, e que medidas poderiam ser tomadas 
para reduzir o consumo atual.
a) Abastecimento de água potável para as áreas urbanas; 
conscientização da população para redução do uso da 
água e melhorias na infraestrutura de abastecimento.
b) Uso de água nas atividades de mineração; introdução de 
novas tecnologias de exploração mineral, reutilização e 
reciclagem da água.
c) Utilização de água nos processos industriais e no trata-
mento de efluentes; inserção de novas tecnologias, reuso 
e reciclagem da água.
d) Utilização de água para a irrigação na agricultura; elimina-
ção dos desperdícios e introdução de reuso e reciclagem 
da água.
e) Produção de energia, a partir do uso de usinas hidrelétri-
cas; opção por outros modos de produção de energia e 
redução no consumo de energia elétrica.
08.10. (UNESP – SP) – 
ÁGUA DOCE: O OURO DO SÉCULO 21
O consumo mundial de água subiu cerca de seis vezes 
nas últimas cinco décadas. O Dia Mundial da Água, em 
22 de março, encontra o líquido sinônimo de vida numa 
encruzilhada: a exploração excessiva reduz os estoques 
disponíveis a olhos vistos, mas o homem ainda reluta 
em adotar medidas que garantam sua preservação. 
(http://revistaplaneta.terra.com.br)
Além da redução do consumo, uma medida que, a médio 
e a longo prazo, contribuirá para a preservação dos esto-
ques e a conservaçãoda qualidade da água para consumo 
humano é:
a) a construção de barragens ao longo de rios poluídos, 
impedindo que as águas contaminadas alcancem os 
reservatórios naturais.
b) o incentivo à perfuração de poços artesianos nas residên-
cias urbanas, diminuindo o impacto sobre os estoques de 
água nos reservatórios.
c) a recomposição da mata nas margens dos rios e nas áreas 
de nascente, garantindo o aporte de água para as represas.
d) o incentivo à construção de fossas sépticas nos domicílios 
urbanos, diminuindo a quantidade de esgotos coletados 
que precisam ser tratados.
e) a canalização das águas das nascentes e seu redireciona-
mento para represas, impedindo que sejam poluídas em 
decorrência da atividade humana no entorno.
08.11. (FAG – PR) – Na virada do século, em 2001, 
o especialista em recursos hídricos Marcos Freitas, 
então diretor da Agência Nacional das Águas (ANA), 
foi convidado por uma revista a fazer projeções sobre 
o futuro do Brasil e como seria a vida dos brasileiros 
em 2015. À época, a resposta de Freitas pareceu 
um tanto esdrúxula: o país, mesmo tendo o maior 
volume de água doce do planeta, viveria uma grave 
crise hídrica. 
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia. Acesso em 10 mai 2015.
Assinale a alternativa correta a respeito do tema. 
a) Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontra-
-se coberta por água, mas somente a metade dela é 
própria para o consumo. 
b) Somente uma pequena porcentagem da água que cobre 
a Terra é própria para o consumo e uso nas atividades 
humanas. 
c) Quase não há água no planeta. Modernas pesquisas 
constataram ser uma inverdade que a maior parte da 
superfície da Terra esteja coberta por água. 
d) Dois terços da água do planeta estão concentrados 
nas geleiras e, portanto, são inacessíveis às populações 
humanas. 
e) Os efeitos da poluição, notadamente do efeito estufa, 
agravaram os problemas do Brasil que, apesar do seu 
tamanho, tem apenas 3% da água disponível na América 
do Sul. 
08.12. (UFPel – RS) – Observe a figura a seguir.
Diário Popular, 25 mar 2007
Em 22 de março, comemora-se o dia mundial da água, data 
criada pela ONU em 1993, com o objetivo de chamar a 
atenção para a escassez desse recurso, bem como para cons-
cientizar as pessoas sobre a necessidade de preservação e 
reaproveitamento da água de que dispomos hoje. Considere 
as alternativas abaixo a respeito da água doce.
I. O aumento da população, o crescimento econômico 
não sustentável e a agricultura irrigada estão entre os 
principais fatores que ameaçam as fontes de água em 
todo o mundo.
Aula 08
25Geografia 4A
II. O Brasil tem grande disponibilidade de água doce e, por 
essa razão, não enfrenta problemas de abastecimento 
em nenhuma de suas metrópoles nacionais.
III. Os fertilizantes e agrotóxicos podem modificar as carac-
terísticas dos “corpos de água”, gerando impactos em 
aquíferos, rios e mananciais. 
IV. A impossibilidade da dessalinização de águas salgadas 
do planeta dificulta a solução de um problema que, 
com custos pouco elevados, atenderia toda a demanda 
mundial.
V. Uma das consequências relacionadas à falta de água 
potável é o aumento da incidência de doenças, como a 
diarreia e outros males provocados pela água contami-
nada, os quais causam a morte de milhões de crianças 
em todo mundo.
Somente são corretas as afirmativas:
a) II, III e IV. b) I, II e V.
c) III, IV e V. d) I, II e IV.
e) I, III e V.
Aprofundamento
08.13. (UEM – PR) – “Passam sede hoje no mundo 748 milhões de pessoas, apesar de outras 2,3 bilhões terem 
conquistado o acesso à água nos últimos 25 anos. Esse é o balanço da Década da Água para a Vida, instituída 
pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2005, que termina neste domingo (22).” 
(Folha de S. Paulo, Caderno Especial, 22/03/2015). 
Em relação ao tema água, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A água se encontra distribuída de maneira uniforme na Terra, no entanto ela não é um recurso renovável.
02) A ANA (Agência Nacional de Águas) é a responsável no Brasil por implementar e coordenar a gestão compartilhada e 
integrada dos recursos hídricos.
04) Quando um país polui as águas de um rio a montante, ele afeta a qualidade da água para os países que o utilizam a 
jusante.
08) Quanto menor o nível de desenvolvimento de um país, maior é o consumo de água no setor doméstico.
16) A reutilização das águas residuais e a dessalinização são tecnologias que procuram auxiliar na resolução da crise de 
abastecimento de água em várias cidades mundiais.
08.14. (PUCPR) – A Agência Nacional das Águas (ANA) afirma que “as causas da crise hídrica não podem ser re-
duzidas apenas às menores taxas pluviométricas verificadas nos últimos anos, pois outros fatores relacionados à 
gestão da demanda e à garantia da oferta são importantes para agravar ou atenuar sua ocorrência.”
(ANA – Encarte especial sobre a crise hídrica, 2014).
USO DE ÁGUA NAS REGIÕES HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS
REGIÕES HUMANA URBANA HUMANA RURAL INDUSTRIAL IRRIGAÇÃO ANIMAL*
Amazônica 30% 7% 6% 29% 27%
Tocantins-Araguaia 25% 4% 4% 39% 28%
Parnaíba 32% 7% 3% 47% 12%
São Francisco 18% 3% 10% 64% 5%
Uruguai 5% 1% 3% 86% 5%
Paraná 33% 2% 33% 24% 7%
Paraguai 28% 2% 3% 22% 46%
Brasil 27% 3% 18% 46% 7%
* Uso animal: inclui dessedentação, higiene e demais usos de água para permitir a atividade de criação.
Fonte: adaptado de Agência Nacional das Águas – ANA. GEO Brasil Recursos Hídricos. Componente da Série de Relatórios sobre o Estado e 
Perspectivas do Meio Ambiente no Brasil. Brasília – DF, 2007. Disponível em: <www.ana.gov.br>. Acesso em: 28 ago. 2015.
Uma reflexão sobre o uso da água nas principais bacias hidrográficas e a crise hídrica que afeta algumas regiões brasileiras 
alerta que o uso racional da água exige
a) métodos mais eficientes para a utilização da água no cultivo agrícola e criação de animais, atividades que, segundo a ANA, 
mais consomem água em cada uma das grandes regiões hidrográficas.
b) reeducação no consumo urbano da água, afinal, o desperdício das grandes cidades é o principal responsável pela falta 
desse importante recurso natural.
26 Semiextensivo
c) uma valorização do recurso hídrico como bem público 
inesgotável e a conscientização de que a diminuição 
do consumo de carne reduz a demanda por água para 
dessedentação.
d) redução no desperdício de alimentos e técnicas de irriga-
ção mais eficientes, pois, no Brasil, o setor agropecuário 
utiliza mais de 50% da água disponível para consumo.
e) políticas públicas que pressionem as propriedades agro-
pecuárias para uma redução no consumo de água, setor 
que não atingiu o equilíbrio entre oferta e demanda de 
água verificado nos demais setores usuários.
08.15. (UAM – SP) – A água contida nos produtos, não a de 
fato, mas a que foi utilizada na produção, pode ser chamada 
de água virtual, como definiu o geógrafo Tony Allan. Acerca 
da água virtual, são apresentadas as afirmativas a seguir.
I. O conceito serviu para explicar, em parte, por que os 
países do Oriente Médio não estavam em guerra em 
função dos escassos recursos hídricos, uma vez que são 
importadores de alimentos com grande proporção de 
água virtual.
II. O comércio de água virtual pode contribuir para a miti-
gação de escassez de água no mundo, redistribuindo, de 
forma indireta, os recursos hídricos.
III. As principais regiões exportadoras de carne e cereais são 
também as maiores exportadoras de água virtual.
Está correto o que se afirma em: 
a) I, II e III. 
b) II e III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, apenas.
08.16. (FICS Albert Einstein – SP) – “A recuperação e ma-
nutenção das áreas próximas às nascentes e rios, bem 
como a ocupação disciplinada da terra e medidas de 
controle da erosão têm efeitos positivos na proteção dos 
recursos hídricos, tanto no volume quanto na qualidade 
da água presente no manancial.”
Eduardo Dibieso. A fonte do conhecimento. São Paulo: Jornal da UNESP no 309, 
abril 2015,p. 8.
www.ciliosdoribeira.org.br
Não basta apenas chover. Ações de proteção de recursos hí-
dricos estocados em mananciais são de grande importância. 
A esse respeito é correto dizer que
a) matas ciliares que protegem nossos rios e represas estão 
perdendo sua eficácia na proteção, pois com as constantes 
secas que nos atingem, elas estão desaparecendo.
b) a principal forma de proteção dos recursos hídricos nos 
rios e nos mananciais é a recuperação e a manutenção, 
em dimensões adequadas, de matas ciliares.
c) em vista da gravidade das crises hídricas, nossas leis am-
bientais têm se tornado mais rígidas, o que já gera efeitos 
positivos nas áreas de mananciais urbanos.
d) o essencial em termos de recursos hídricos é a proteção 
das nascentes com a manutenção de florestas. Com isso 
garante-se a existência adequada de um rio.
08.17. (FAAP – SP) – A valoração econômica da água 
vem sendo amplamente discutida no cenário político 
internacional, principalmente no que diz respeito à sua 
incorporação nos produtos que circulam no mercado, 
especialmente através das commodities. Para medir a 
quantidade de água gasta para produzir um bem ou 
serviço, não apenas no sentido visível, físico, mas tam-
bém no sentido “virtual”, alguns países, à semelhança da 
Pegada Ecológica, vêm adotando o conceito da Pegada 
da Água ou da “Água Virtual”. Assim, na produção de 1 
quilo de açúcar, por exemplo, são gastos 1 500 litros de 
água virtual. 
Considerando a abordagem acima, sobre a valorização 
econômica da água, podemos afirmar: 
I. O cultivo de vegetais e a criação de animais empregam 
de forma direta e indireta elevada quantidade de água 
em suas cadeias produtivas. 
II. Os países exportadores de commodities agrícolas, em 
especial de gêneros tropicais, de um modo geral, em-
pregam baixo volume de água na produção, em razão 
do uso intensivo da mecanização. 
III. As commodities, ou seja, mercadorias que agregam valor 
devido ao elevado grau de industrialização, apresentam 
pequena quantidade de água embutida. 
IV. Na comercialização de produtos entre nações, também 
se estabelece uma relação de transferência da água, das 
regiões onde o recurso é abundante para aquelas onde 
há escassez. 
a) Apenas I e IV. 
b) Apenas I e III. 
c) Apenas III e IV. 
d) Apenas II e III. 
e) Apenas II e IV.
Aula 08
27Geografia 4A
08.18. (UFSC) – “A água é essencial para nossas vidas e para a de milhares 
de espécies existentes no mundo.”
COIMBRA, Pedro J; TIBÚRCIO, José Arnaldo M. Geografia: uma análise do espaço geográfico. 
São Paulo: Harbra, 2002. p. 135. [Adaptado]
Com o auxílio das informações acima sobre o tema água, assinale a(s) 
proposição(ões) correta(s).
01) A figura representa o ciclo hidrológico e demonstra a movimentação e as 
mudanças do estado físico de parte da água estocada na superfície terrestre.
02) Como a água é um recurso natural renovável, significa que toda a água dis-
ponível na Terra é potável.
04) Quando a condensação do vapor- 
-d’água atinge um determinado 
volume e as gotículas de água 
não mais conseguem se manter 
em suspensão no ar, ocorre sua 
precipitação.
08) Oceanos, mares, geleiras e len-
çóis freáticos são classificados 
como águas continentais e for-
mam a hidrosfera.
16) Conforme a figura, parte da água 
que se precipita infiltra-se no 
solo, formando o lençol freático, 
camada de água subterrânea si-
tuada sobre um terreno ou rocha 
impermeável.
32) A distribuição espacial dos reser-
vatórios de água doce é bastante 
irregular, com locais pobres em 
recursos hídricos, como o Oriente 
Médio, e outros mais ricos, como 
o Brasil.
64) O consumo per capita de água 
nos países do Eixo Sul é o mesmo 
que nos países do Eixo Norte.
Discursivos
08.19. (UERJ) – 
Quede água?
A seca avança em Minas, 
Rio, São Paulo. 
O Nordeste é aqui, agora. 
No tráfego parado onde me enjaulo, 
vejo o tempo que evapora. 
Meu automóvel novo mal se move, 
enquanto no duro barro, 
no chão rachado da represa 
onde não chove, 
surgem carcaças de carro. 
Os rios voadores da Hileia 
mal desaguam por aqui, 
e seca pouco a pouco 
em cada veia o Aquífero Guarani. 
Assim, do São Francisco a San Francisco, 
um quadro aterra a terra: 
por água, por um córrego, um chuvisco, 
nações entrarão em guerra
Quede água? Quede água?
(...)
Quando em razão 
de toda a ação “humana” 
e de tanta desrazão, 
a selva não for salva 
e se tornar savana; 
e o mangue, um lixão; 
quando minguar o Pantanal, 
e entrar em pane 
a Mata Atlântica, tão rara; 
e o mar tomar toda a cidade litorânea, 
e o sertão virar Saara; 
e todo grande rio virar areia, 
sem verão virar outono; 
e a água for commodity alheia, 
com seu ônus e seu dono; 
e a tragédia da seca, da escassez, 
cair sobre todos nós, 
mas sobretudo sobre os pobres, 
outra vez sem terra, teto, nem voz;
Quede água? Quede água?
Lenine e Carlos Rennô. 
Carbono. Universal Music, 2015.
28 Semiextensivo
As discussões sobre o problema da seca vêm se ampliando nos dias atuais. Várias regiões do planeta que antes não eram 
atingidas por esse fenômeno já sentem seus efeitos, como destaca a letra da canção. Aponte uma consequência da seca para 
as atividades humanas e uma para a dinâmica natural da Terra.
08.20. (UFPR) – “Estima-se que o Brasil concentre entre 12 e 16% do volume total de recursos hídricos do planeta 
Terra. Embora essa seja uma participação expressiva, os recursos não são distribuídos de forma homogênea e 
encontram-se ameaçados por fatores socioeconômicos diversos.”
(CLARKE, R & KING, J. O atlas da água. São Paulo: Publifolha, 2005.)
Defina o que são recursos hídricos e justifique a afirmação de que tais recursos não são distribuídos de forma homogênea, 
especificando três fatores socioeconômicos que os ameaçam.
08.21. (UFPR) – O recurso água e seu uso estão entre os grandes problemas socioambientais que a sociedade tem como 
desafio nas próximas décadas. Reservas desse recurso estão localizadas no que se denominam aquíferos, como é o caso do 
aquífero Guarani. Conceitue o termo aquífero, caracterizando especificamente o aquífero citado, sua distribuição geográfica 
e os desafios políticos que seu uso impõe.
Aula 08
29Geografia 4A
Gabarito
08.01. b
08.02. a 
08.03. a
08.04. a 
08.05. b
08.06. e
08.07. b
08.08. e
08.09. d
08.10. c
08.11. b
08.12. e
08.13. 22 (02, 04, 16)
08.14. d
08.15. b
08.16. b
08.17. a 
08.18. 53 (01, 04, 16, 32)
08.19. Consequências da seca para as ativi-
dades humanas: avanço da fome; pro-
liferação de enfermidades ambientais; 
redução da produção de energia a partir 
de hidrelétricas; diminuição ou perda 
das colheitas e de criações de animais; 
comprometimento do abastecimento 
de água para pessoas e animais.
Consequências da seca para a dinâmica 
natural da Terra: exposição e resseca-
mento do solo; impactos sobre o ciclo 
hidrológico e sobre a rede hidrográfica; 
ressecamento da vegetação, com mais 
propagação de incêndios; aumento da 
concentração de partículas sólidas no ar 
nas grandes cidades. 
08.20. Os recursos hídricos são as águas super-
ficiais ou subterrâneas disponíveis para 
qualquer tipo de uso de região ou bacia. 
As águas estão mal distribuídas por fato-
res naturais: nos climas úmidos, a água é 
abundante; nos climas secos, é escassa. 
Existe grande concentração nas geleiras 
e nos aquíferos, sendo pouca a água 
presente na atmosfera, lagos e rios. São 
fatores socioeconômicos que ameaçam 
as águas: poluição, desperdício e o des-
matamento. 
08.21. Um aquífero corresponde a um grande 
depósito ou lençol subterrâneo de água, 
presente em rochas permeáveis (em ge-
ral sedimentares). Move-se lentamente, 
recebendo a infiltração de águas super-
ficiais, principalmente das chuvas, e so-
fre descargas em nascentes. O aquífero 
Guarani está presente nas rochas sedi-
mentares (areníticas) do Planalto Central 
e Meridional do Brasil, estendendo-se 
também pela Argentina, Paraguai e 
Uruguai. Em grande parte, essas rochas 
sedimentares

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