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Metabolismo microbiano O metabolismo consiste na acumulação e na degradação de nutrientes dentro de uma célula. Essas reações químicas fornecem energia e geram substâncias que sustentam a vida. Panorama Existem dois componentes essenciais: 1. Enzimas: substrato (+ cofator/coenzima) produtos 2. ATP: molécula utilizada para gerenciar atividades energéticas, a partir da retirada de um fosfato terminal. As vias podem ser classificadas em: 1. Catabólicas: quebram macromoléculas em componentes mais simples, liberando energia no processo. Em geral, são reações hidrolíticas (utiliza água para a quebra) e exergônicas (produzem mais energia do que consomem). 2. Anabólicas: constroem macromoléculas por meio da combinação de moléculas mais simples, utilizando energia no processo. Frequentemente envolvem reações de síntese por desidratação (liberam água) e endergônicos (consomem mais energia que produzem). Quando um grupo fosfato terminal é retirado do ATP, o difosfato de adenosina (ADP) é formado e a energia é liberada para dirigir reações anabólicas. A energia das reações catabólicas é utilizada para combinar ADP e fosfato inorgânico, a fim de ressintetizar um ATP. Por isso, reações anabólicas são acopladas à quebra do ATP e as reações catabólicas são acopladas à síntese de ATP. Somente parte da energia liberada no catabolismo está disponível para as funções celulares, pois parte da energia é perdida no ambiente como calor. Como uma célula precisa de energia para se manter viva, ela tem uma necessidade constante de novas fontes externas dessa energia. Teoria da colisão Para as reações químicas ocorrerem atómos, íons ou moléculas devem colidir. A teoria da colisão explica como as reações químicas ocorrem e como certos fatores afetam a taxa dessas reações. A energia transferida pela partículas na colisão pode romper as estruturas eletrônicas o suficiente para quebrar as ligações químicas ou formar novas ligações. A energia de colisão necessária para uma reação química é a energia de ativação. A frequência de colisões contendo energia suficiente para desencadear uma reação é chamada de taxa de reação e depende do número de moléculas reagentes que estejam no nível da energia de ativação ou acima dela. As enzimas aumentam a taxa de reação, acelerando a reação ao diminuir a energia de ativação. A atividade enzimática acontece: 1-ligação entre substrato e sítio ativo. 2-formação do complexo enzima-substrato. 3-transformação do substrato, pela quebra ou combinação. 4-produtos da reação liberados. 5-enzima inalterada pronta para reagir com outra molécula. Especificidade e eficiência enzimática As enzimas apresentam especificidade por determinados substratos. A forma tridimensional dos aminoácidos específicos do sítio ativo se encaixa no substrato de uma maneira parecida com uma fechadura que se encaixa em uma chave. Contudo, o sítio ativo e o substrato são flexíveis, e eles modificam um pouco a sua forma quando se encontram para se encaixarem mais firmemente. Além disso, um certo composto pode ser substrato de muitas enzimas. O número de turnover (número máximo de moléculas de substrato que uma molécula de enzima converte em produto em cada segundo) é de 1 a 10 mil, podendo ser tão alto quanto 500 mil. Classificação das enzimas - Oxidorredutase: reação de oxidação-redução; Transferência de grupos funcionais; Hidrolase: hidrólise; Liase: remoção de grupos de átomo sem hidrólise; Isomerase: rearranjo de átomos dentro da molécula; Ligase: união de duas moléculas. Componentes das enzimas Apoenzima: porção proteica inativa. Cofator/coenzima: porção não proteica, ativador. Holoenzima: apoenzima+cofator, formando uma enzima completa. *Duas coenzimas mais importantes no metabolismo celular são a nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+) e a nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADP+), que funcionam como carreadores de elétrons. A coenzima A (CoA) também é importante para a degradação de gorduras e no desempenho do ciclo de Krebs. Fatores que influenciam a atividade enzimática Existem muitas formas de controles celulares para as enzimas, mas os dois principais são o controle da síntese enzimática e o controle da atividade enzimática. Os fatores mais importantes para a atividade enzimática são: o Temperatura: uma maior temperatura leva uma maior velocidade de reações. Contudo, uma elevação acima de certa temperatura (a temperatura ótima) reduz significativamente a velocidade da reação. Isso acontece devido a desnaturação, que modifica o arranjo dos aminoácidos no sítio ativo. o pH: a melhor atividade da enzima depende do seu pH ótimo. Mudanças acima ou abaixo desse valor diminui a velocidade da reação. Mudanças extremas no pH podem causar desnaturação. Ácidos (e bases) alteram a estrutura tridimensional da proteína, pois o H (e o OH) competem com o hidrogênio e as ligações iônicas presentes em uma enzima, resultando na desnaturação. o Concentração do substrato: a enzima fica saturada quando a concentração de substratos está elevada (seu sítio da enzima está sempre ocupado e ela realiza a reação em velocidade máxima). Sob condições celulares normais, as enzimas não estão saturadas com substrato(s). o Inibidores: podem ser competitivos ou não competitivos: Os competitivos ocupam o sítio ativo de uma enzima e competem com o substrato normal pelo sítio ativo, possuindo forma e estrutura química similar ao substrato normal, só que ele não forma produtos. Essa ligação pode ser reversível ou irreversível. Ex: sulfanilamida inibe a enzima cujo substrato é o ácido para- aminobenzoico, que é um nutriente essencial utilizado por muitas bactérias na síntese do ácido fólico, vitamina que funciona como coenzima. Os inibidores não competitivos interagem com outra porção da enzima. Nesse processo, chamado de inibição alostérica, o inibidor liga-se a um sítio na enzima diferente do sítio de ligação ao substrato, chamado de sítio alostérico, o que causa uma modificação da conformação do sítio ativo, tornando-o não funcional. Pode ser reversível ou irreversível. Ex: cianeto pode se ligar ao ferro nas enzimas contendo ferro, funcionando como um veneno enzimático, por inativarem permanentemente as enzimas. Aqui devemos destacar a importância da inibição por retroalimentação, que impede a célula de gastar recursos químicos na produção de mais substâncias do que o necessário. Ribozimas Um tipo específico de RNA, que, como as enzimas proteicas, funcionam como catalisadores, têm sítios ativos que se ligam ao substrato e não são consumidas na reação química. Estão envolvidas na fabricação de proteínas nos ribossomos. Produção de energia Várias reações nas vias catabólicas concentram a energia dentro das ligações do ATP, que serve como um transportador conveniente de energia. Para compreender as vias catabólicas é necessário entender o conceito de oxidação-redução e os mecanismos de geração do ATP. a)oxidação-redução: são reações acopladas, uma vez que quando uma substância é oxidada, outra é simultaneamente reduzida. Uma molécula sofre oxidação (perdeu um ou mais elétrons), ao passo que outra molécula sofre redução (ganhou um ou mais elétrons). Em muitas oxidações, elétrons e prótons (H+) são removidos ao mesmo tempo. Ex: a coenzima NAD+ após uma redução recebe um átomo de hidrogênio e dois elétrons com um H+ liberado no meio, formando o NADH. b)produção de ATP: Grande parte da energia liberada durante as reações de oxidação-redução é armazenada dentro da célula pela formação de ATP. ADP + energia + fosfato inorgânico ATP A ligação entre cada fosfato é de alta energia. A adição do fosfato a um composto químico é chamada de fosforilação, que pode ser: em nível de substrato (um P de alta energia é transferido de um substrato ao ATP);oxidativa (os elétrons são transferidos de compostos orgânicos para um grupo de carreadores de elétrons como NAD e FAD); fotofosforilação (ocorre em células fotossintéticas com a conversão da energia luminosa em energia química). Catabolismo de carboidratos A glicose é o carboidrato fornecedor de energia mais comum utilizado pelas células. Os microrganismos também podem catabolizar vários lipídeos e proteínas para produção de energia. A partir da glicose, a produção de energia pode acontecer pela respiração celular ou pela fermentação, ambas iniciando pela mesma etapa: glicólise. Exigências mínimas: uma fonte de carbono e nitrogênio, uma fonte de energia, água e vários íons. Os elementos essenciais são aqueles que são componentes proteínas, lipídios e ácidos nucleicos (C, O, S, etc), íons importantes (Na+, K+,Mg++, etc) e componentes de enzimas (Fe, Mn, Ni, etc). O oxigênio é essencial a depender do tipo de bactéria, que pode ser anaeróbios obrigatórios, aeróbios obrigatórios e anaeróbios facultativos. As bactérias que dependem de fonte inorgânica para produzir energia e CO2 são autotróficas, enquanto as que exigem fontes de carbono orgânicas são heterotróficas. glicólise Ou via de Embden-Meyerhof, é a oxidação da glicose em ácido pirúvico. Acontece da seguinte forma: 1- Glicose entra, é fosforilada; gasta 1 ATP e forma glicose-6-fosfato; 2- Glicose-6-fosfato vira frutose-6-fosfato; 3- Gasta 1 ATP para formar frutose-1, 6-difosfato; 4- Cliva o ácucar em 2 moléculas: DHAP e GP; 5- DHAP é convertido em GP (pode acontecer o inverso também); 6- Cada GP oxida e com Pi vira ácido 1,3-difosfoglicérico, forma NADH; 7- Um dos P de cada difosfoglicérico é transferido para ADP, forma ATP; 8- Realocação do P formando ácido-2-fosfoglicérico. 9- Conversão em ácido fosfoenolpirúvico (PEP), perda de H2O; 10- O P do PEP é transferido para ADP, forma ATP, termina em ácido pirúvico. Vias alternativas o Via das pentoses fosfato: fornece um meio para a quebra de açúcares de cinco carbonos (pentoses) e glicose, e ela produz pentoses intermediárias essenciais, utilizadas na síntese de (1) ácidos nucleicos, na (2) glicose a partir de dióxido de carbono na fotossíntese e em (3) certos aminoácidos. A via é uma importante produtora da coenzima reduzida NADPH a partir de NADP. o Via de Entner-Doudoroff: Assim como a glicólise, fosforila açúcares de 6 carbonos e cliva em compostos de 3 carbonos. A diferença é que em vez de clivar frutose-1,6-difosfato, cliva 2-ceto-3-desoxi-6- fosfogliconato. Glicose + ADP + NADP+ + NAD+ + Pi → 2 piruvato + ATP + NADPH + NADH o Via da fosfocetolase: Bactérias láticas heterofermentadoras, bem como bifidobactérias, fazem a oxidação de carboidratos por uma via denominada via da fosfocetolase. Esta enzima cliva cetoses fosforiladas por introdução de fosfato inorgânico. Destinos do piruvato 1. Fermentações 2. Descarboxilação oxidativa pelo complexo piruvato desidrogenase 3. Conversão a acetil-CoA pela piruvatoformiato liase 4. Sínteses resoiração celular Aerobia o aceptor final de elétrons é o O2; O ciclo de Krebs , consiste em uma série de reações bioquímicas, nas quais a grande quantidade de energia química potencial armazenada no acetil- CoA é liberada passo a passo. A sequência de reações químicas catalisadas por enzimas ocorrendo em uma célula é chamada de via metabólica. Primeiramente: o ácido pirúvico sofre descarboxilação, perde um CO2, e se liga à coenzima A, formando acetil-CoA, o ácido pirúvico também é oxidado, formando NADH. 1 glicose 2 piruvatos 2 acetil-CoA; 2 CO2; 2 NADH Então, a partir da acetil coenzima A, o ciclo de Krebs de inicia: 1- Enzimas retiram a CoA, associando o acetil (2C) com o ácido oxalacético (4C), formando o ácido cítrico (6C). 2- Rearranjo do ácido cítrico em ácido isocítrico (6C). 3- Descarboxilação e oxidação, formando ácido α-cetoglutárico (5C) e liberando CO2 e NADH. 4- Mais uma descarboxilação e oxidação com nova adição de CoA, formando succinil-CoA (4C) e liberando CO2 e NADH. 5- CoA é removida, formando ácido succínico (4C). Produção de ATP por fosforilação a nível de substrato. 6- Rearranjo das ligações formando ácido fumárico (4C) com oxidação transformando FAD em FADH2. 7- Outro rearranjo com formação de ácido málico (4C). 8- Outro rearranjo formando ácido oxalacético (4C) com outra oxidação com NADH. O ácido oxalacético está pronto para reiniciar o ciclo se juntando ao acetil. *Essa sequência de reações foi para apenas 1 piruvato, para 1 glicose, deve multiplicar por 2. A fase seguinte é a cadeia de transporte de elétrons. Nas células eucarióticas, a cadeia de transporte de elétrons está contida na membrana interna de mitocôndrias; nas células procarióticas, ela é encontrada na membrana plasmática. Há três classes de moléculas carreadoras nas cadeias de transporte de elétrons: - Flavoproteínas: contêm flavina, são capazes de realizar oxidações e reduções alternadas. - Citocromo: proteínas que contêm um grupo ferro (heme) capaz de existir alternadamente em sua forma reduzida (Fe2) e em sua forma oxidada (Fe3). - Ubiquinonas, ou coenzima Q (Q), são pequenos carreadores não proteicos. As bactérias apresentam diversidade no que se refere a carreadores utilizados e a sequência de atuação. Etapas: 1- Elétrons de alta energia são transferidos do NADH ao carreador flavina mononucleotídeo (FMN). NADH é oxidado em NAD+, e FMN é reduzido em FMNH2. 2- FMNH2 transfere 2H para o outro lado da membrana e passa dois elétrons para Q, sendo oxidado para FMN. Q também captura 2H adicionais do meio aquoso circundante e os libera do outro lado da membrana. 3- Elétrons são transferidos sucessivamente de Q para cit b, cit c1, cit c, cit a, e cit a3. Cada citocromo na cadeia é reduzido quando captura elétrons e é oxidado ao doar elétrons. O último citocromo, cit a3, transfere seus elétrons para o oxigênio molecular (O2), o qual se torna carregado negativamente e captura prótons do meio circundante para formar H2O. O fluxo de elétrons na cadeia é acompanhado em vários pontos pelo transporte ativo (bombeamento) de prótons para o lado oposto da membrana. O resultado é um acúmulo de prótons de um lado da membrana. A síntese de ATP utilizando a cadeia de transporte de elétrons é chamada de quimiosmose, e envolve fosforilação oxidativa: 1- Quando os elétrons energéticos da NADH percorrem a cadeia de transporte de elétrons, alguns dos carreadores bombeiam prótons através da membrana - bombas de prótons. 2- Como a membrana é impermeável a prótons forma-se um gradiente de concentração e de carga elétrica (lado com prótons fica mais positivo) - força próton-motiva. 3- Os prótons somente podem difundir-se através da membrana através de canais de proteínas especiais que contêm a enzima ATP sintase. Quando esse fluxo ocorre, energia é liberada e utilizada pela enzima para sintetizar ATP a partir de ADP + fosfato inorgânico. Nos procariotos, cada molécula de glicose gera 38 moléculas de ATP: 34 provenientes da quimiosmose, além de 4 geradas pelas oxidações na glicólise e no ciclo de Krebs. Glicólise: 2 NADH, 2 ATP = 8 ATP Acetil: 2 CO2; 2 NADH = 6 ATP Krebs: 4 CO2, 6 NADH, 2 FADH2, 2 ATP = 24 ATP Resultado: 38 ATP Anaerobia O aceptor final de elétrons é uma substância inorgânica diferente do O2. O aceptor pode ser carbonato, formando metano (CH4); pode ser o íon nitrato, reduzido no fim a nitrito, óxido nitroso ou gás nitrogênio; ou ainda sulfato para formar sulfeto de hidrogênio. Como só parte do ciclo de Krebs atua de forma anaeróbica e apenas alguns carreadores da cadeia de transporte participam da respiração anaeróbica, o rendimento não é tão alto como o da respiração aeróbica. Lipídeos e proteínas também podem atuar. A lipase quebra os lipídeos em glicerol (que forma Di-hidroxiacetona) e em ácidosgraxos (forma acetil- CoA). As proteínas são convertidas enzimaticamente em outras substâncias para que possam entrar no ciclo. fermentação A fermentação libera a energia a partir de açúcares ou outras moléculas orgânicas, como aminoácidos, ácidos orgânicos, purinas e pirimidinas, além de utilizar uma molécula orgânica sintetizada na célula como aceptor final de elétrons. Os elétrons e prótons são transferidos das coenzimas reduzidas (NADH, NADPH) para o ácido pirúvico ou seus derivados. Na fermentação, ATP é gerado somente durante a glicólise, mas ela precisa acontecer para assegurar um suprimento estável de NAD e NADP. Fermentação do ácido lático Após a glicólise, as duas moléculas de ácido pirúvico são reduzidas por duas moléculas NADH, a fim de formar duas moléculas de ácido láctico, que é o produto final da reação, carregando maior parte da energia produzida na reação. Microrganismos produzem apenas ácido láctico, são denominados de homoláticos (ou homofermentativos). Fermentação alcóolica Após a glicólise, as duas moléculas de ácido pirúvico são convertidas em duas moléculas de acetaldeído e duas moléculas de CO2. As duas moléculas de acetaldeído são, então, reduzidas por duas moléculas de NADH para formar duas moléculas de etanol. Outra vez, a fermentação alcoólica é um processo de baixo rendimento energético porque a maioria da energia contida na molécula inicial de glicose permanece no etanol, o produto final. 1 NADH = 3 ATP 1 FADH2 = 2 ATP Os organismos que produzem ácido láctico, bem como, outros ácidos ou álcoois, são conhecidos como heteroláticos (ou heterofermentativos). *Outros produtos produzidos: Ácido propiônico, ácido acético, ácido butírico, butanol, acetona, álcool isopropílico, etanol. fotossíntese É a conversão da energia luminosa do sol em energia química. A energia química é, então, utilizada para converter o CO2 da atmosfera em compostos de carbono mais reduzidos, principalmente açúcares. Pode ser resumida: 1. Plantas, algas e cianobactérias utilizam a água como doador de hidrogênio, liberando O2: 6 CO2 + 12 H2O + Energia luminosa C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2 2. Bactérias sulfurosas verdes e púrpuras utilizam o H2S como doador de hidrogênio, produzindo grânulos de enxofre: 6 CO2 + 12 H2S + Energia luminosa C6H12O6 + 6 H2O + 12 S A fotossíntese acontece em duas etapas: 1) Reações dependentes de luz: formação de ATP e NADPH 2) Reações independentes de luz: elétrons são utilizados juntamente com a energia do ATP para reduzir CO2 em açúcar. Fotofosforilação A fotofosforilação é uma das três vias para produzir ATP, e ela somente ocorre em células fotossintéticas. A energia luminosa é absorvida pela clorofila, excitando elétrons. Os elétrons passam por uma série de carreadores, os prótons são bombeados pela membrana, e ADP é convertido em ATP por quimiosmose. Na fotofosforilação cíclica, os elétrons liberados da clorofila, pela luz, no fotossistema I, retornam à clorofila após passarem pela cadeia de transporte de elétrons. Na acíclica, os elétrons liberados da clorofila nos fotossistemas I e II não retornam à clorofila, sendo incorporados ao NADPH. Os elétrons perdidos da clorofila são substituídos por elétrons de H2O. Diversidade metabolica Vias metabolicas de uso de energia Consideraremos como as células utilizam vias de ATP para a síntese de compostos orgânicos como carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos. Biossíntese de polissacarídeos Os átomos de carbono produzidos na glicólise e no ciclo de Krebs são requeridos para sintetizar glicose, aminoácidos e lipídeos. A glicose e outros açúcares podem ser agregados pelas bactérias para formar polissacarídeos. Um exemplo é o glicogênio com fosforilação (gasto de ATP) e ligação da glicose. Biossíntese de lipídios As células sintetizam gordura pela ligação de glicerol a ácidos graxos. A porção glicerol da gordura é derivada da di-hidroxiacetona-fosfato, um intermediário formado durante a glicólise. Os ácidos graxos, que são hidrocarbonetos de cadeia longa (hidrogênio ligado a um carbono), são formados quando dois fragmentos de carbono da acetil-CoA são sucessivamente adicionados um ao outro. As unidades construtivas ded lipídios são ligadas por reações de desidratação e requer energia. Biossíntese de aminoácidos e proteínas Alguns microrganismos, como E. coli, contêm as enzimas necessárias para usar material inicial, como glicose e sais inorgânicos, e por isso podem sintetizar todos os aminoácidos direta ou indiretamente a partir de intermediários do metabolismo de carboidratos. Outros microrganismos requerem que o ambiente forneça alguns aminoácidos pré-formados. *Aminação: adição de um grupo amina ao ácido pirúvico ou a um ácido orgânico apropriado do ciclo de Krebs converte o ácido em um aminoácido. *Transaminação: o grupo amina é oriundo de um aminoácido preexistente. Biossíntese de purinas e pirimidinas Os açúcares de cinco carbonos dos nucleotídeos são derivados da via da pentose-fosfato ou da via de Entner-Doudoroff. Alguns aminoácidos – ácido aspártico, glicina e glutamina – feitos a partir de intermediários produzidos durante a glicólise e no ciclo de Krebs participam da biossíntese já que os átomos de carbono e nitrogênio derivados desses aminoácidos formam os anéis de purina e pirimidina. A integração do metabolismo As vias metabólicas que funcionam no anabolismo e no catabolismo são chamadas de vias anfibólicas, isto é, têm duas finalidades. Isso porque, as reações anabólicas e catabólicas estão unidas por um grupo de intermediários comuns. As vias anfibólicas ligam as reações que levam à quebra e à síntese de carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucleicos. Essas vias permitem que reações simultâneas ocorram, e o produto da quebra, formado em uma reação, é utilizado em outra reação para sintetizar um composto diferente e vice-versa
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