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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMACOLOGIA Márcio Edivandro Pereira dos Santos Mestrando em Farmacologia Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais - NPPM Bioeletrogênese Bioeletrogênese • Bioeletrogênese • É a capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. • Diferença de Potencial (DDP) • Grandeza que mede a diferença de concentração de elétrons entre dois pontos. BIOLETRICIDADE POTENCIAIS BIOLÉTRICOS Seres vivos como máquinas elétricas Seus elementos produzem e usam eletricidade. As células vivas apresentam uma diferença de potencial entre os dois lados da membrana. Origem desses potenciais distribuição assimétrica de íons (Na+ ,Cl - , K+ ,HPO4- ) Potencial de Membrana • Potencial de uma membrana celular: • Diferença de potencial entre as superfícies interna e externa de uma membrana celular quando elas estão eletricamente carregadas. • Diferença de potencial pode variar de poucos mV à 100mV Potencial de Membrana Membrana celular se comporta como uma pilha: Existe DDP de elétrons entre as faces internas e externas da membrana; Uma das faces é o polo negativo e a outra e o polo positivo; Entre os polos elétricos da célula há uma DDP que varia de -50 até -90 mV; Uma corrente elétrica entre as faces interna e externa da membrana pode ocorrer, originando, assim, uma força elétrica entre os meios interno e externo da célula; Quando ocorre corrente elétrica, a DDP entre as superfícies interna e externa da membrana se altera; logo, ocorre modificação no valor da força elétrica entre as faces da membrana. Potencial de Membrana Origem: distribuição assimétrica de íons Na+ K+ Cl- HPO4- Potencial de Membrana Origem da DDP transmembrana: – Bomba Na+/K+ Caráter eletrogênico: tende a gerar um déficit de cargas positivas na célula e portanto contribui para manter um potencial negativo no citoplasma. 2 K+ 3 Na+ Potencial de Membrana Potencial de Membrana • Canais Iônicos • Os canais iônicos mostram seletividade a íons, permitindo a passagem de alguns íons inorgânicos, mas não de outros. • Os canais iônicos não estão abertos continuamente: eles são controlados, o que lhes permite abrir por um breve tempo e então fechar novamente. • São responsáveis pela excitabilidade elétrica de células musculares e medeiam a maioria das formas de sinalização elétrica no sistema nervoso Potencial de Membrana • Canais iônicos Potencial de Membrana • Canais de sódio • Canais de potássio • Canais de cloreto BIOLETRICIDADE E BIOPOTENCIAIS ELÉTRICOS Potenciais Iônicos e Bioelétricos O equilibrio iônico permite a obtenção de potenciais elétricos de várias naturezas, tanto Biológicos quanto não Biológicos. BIOLETRICIDADE E POTENCIAIS BIOELÉTRICOS Potenciais Não Biológicos • Pilhas elétricas, os geradores de correntes, efeitos fotoelétricos, processos para se obter diferença de potencial. Difusão de íons. • Ex: Sistema de compartimentos. Potenciais Biológicos • Associação de mecanismos ativos e Passivos, os Biossistemas produzem e utilizam, potenciais elétricos. Ex.: Célula + milivoltímetro + eletródio. BIOELETRICIDADE E PONTENCIAIS BIOELÉTRICOS • Existem DOIS tipos de POTENCIAIS: • Potencial de Repouso Estado fixo a Estacionário (Eo): Acontece quando a célula está em repouso, ou seja, ainda não foi estimulada. Tem o valor aproximado de -70mV. • Potencial de Ação (PA) uma variação e propagação bruscas do Potencial. : Acontece quando a célula é estimulada é sai do potencial de repouso. BIOELETRICIDADE E POTENCIAIS BIOLÉTRICOS POTENCIAL DE REPOUSO • É a diferença de potencial que existe através da membrana das células excitáveis, nos intervalos entre potenciais de ação. • Ex: células neurais e musculares • Faixa: –70 a –90 mV • É um potencial de difusão de íons através de uma membrana plasmática semi-permeável, sendo que tal membrana funciona como um condensador que carrega-se e descarrega-se dependendo da cinética dos íons que levam consigo carga elétrica. BIOELETRICIDADE E POTENCIAIS BIOLÉTRICOS • POTENCIAL DE REPOUSO O motivo da existência dessa DDP nas células é que ela possibilita o fluxo de corrente elétrica entre as células. BIOLETRICIDADE POTENCIAIS BIOELÉTRICOS • O potencial de repouso tem origem em um mecanismo simples de alternância entre ativo e passivo de pequenos íons. • Cada célula possui potencial transmembrana. • Em linhas gerais ocorre em 3 fases: • 1ª fase Na+ entra passivamente através do gradiente de concentração • 2ª fase A célula expulsa Na+ ativamente e K+ entra ativamente. • 3ª fase K+ tem grande mobilidade e sai passivamente para o lado externo da membrana, conferindo-lhe carga (+). Do lado interno, íons fosfato e proteínas aniônicas fornecem carga (-) BIOELETRICIDADE E POTENCIAIS BIOELÉTRICOS BIOELETRICIDADE E POTENCIAIS BIOELÉTRICOS • POTENCIAL DE REPOUSO A principal causa do Potencial de repouso é a alta permeabilidade da membrana ao potássio durante o repouso BIOELETRICIDADE E POTENCIAIS BIOELÉTRICOS • Fatores que alteram o potencial de repouso: • Diminuição da atividade da atividade da bomba de sódio e potássio; • Diminuição da produção de ATP, como na inibição metabólica por venenos como o cianeto; • Ação de drogas que alteram a permeabilidade das membranas aos íons que formam o potencial de repouso. BIOLETRICIDADE POTENCIAIS BIOLÉTRICOS ESTÍMULOS NAS CÉLULAS • Um estímulo é qualquer alteração externa ou interna, que provoca uma resposta fisiológica,ou comportamental num organismo, podendo ser, por exemplo, luminoso (luz), mecânico(contato com superfícies pontiagudas), térmico (contato com quente ou frio). • No Potencial de repouso — Eo estão envolvidos dois cátions : Sódio (Na) e Potássio (K), que comandam a geração dos impulsos nervosos. BIOLETRICIDADE E BIOPOTENCIAIS ELÉTRICOS • UM POTENCIAL DE AÇÃO Potencial de repouso Hiperpolarizaçâo D e s p o la ri z a ç ã o R e p o la riz a ç ã o O PA é um evento elétrico transitório no qual ocorre a completa inversão da polaridade elétrica da membrana. Potencial de ação • É uma variação brusca do potencial de membrana , provocada por estímulos externos. • Facilmente identificado em certos tipos celulares e seus tecidos - como as células nervosas e musculares - denominados por este motivo, de células ou tecidos auto- excitáveis. • Trata-se de uma súbita troca de Na e K entre o interior e o exterior da célula, levando a DDP da membrana a oscilar de -80mV até +20mV; Papel do potencial de ação • Potenciais de ação são essenciais para a vida animal, porque transportam rapidamente informações entre e dentro dos tecidos. • Eles podem ser gerados por muitos tipos de células, mas são utilizados mais intensamente pelo sistema nervoso, para comunicação entre neurônios e para transmitir informação dos neurônios para outro tecido do organismo, como os músculos ou as glândulas. Potencial de Ação • Etapas: • 1.Despolarização: • Abertura dos canais de sódio, isso propicia um fluxo intenso de íons Na+ de fora para dentro da células, por um processo de difusão simples. • LIC se carrega positivamente e a membrana passa a apresentar um potencial inverso daquele encontrado nas condições de repouso. • O potencial de membrana nesta fase é de aproximadamente +45mV. Potencial de ação • 2.Repolarização: • Permeabilidade aos íons sódio retorna ao normal; • Aumento na permeabilidade aos íons potássio (saída), devido ao excesso de cargas positivasencontradas no interior da célula (maior concentração de potássio dentro da célula). • Íons sódio, que estavam em grande quantidade no interior da célula, vão sendo transportados ativamente para o exterior, pela bomba de sódio-potássio. • Todo este processo faz com que o potencial da membrana celular volte a ser negativo. • O potencial nesta fase passa a ser de aproximadamente de -95mV (pouco mais negativo que no potencial de repouso). Potencial de ação • 3. Repouso: • A célula volta a situação anterior a excitação. • A permeabilidade aos íons potássio retorna ao normal e a célula retorna as condições iniciais com potencial de membrana em torno de -90mV. • Perdura por aproximadamente, 2 a 3 mili-segundos na grande maioria das células do corpo humano. • Mas existe células excitáveis como por exemplo células do músculo cardíaco, cujo potencial de ação varia de 1,15 a 0,3 segundos, tais potenciais ocorrem na fase em que a célula está despolarizada. • Esses potenciais são denominados Potenciais de Platô. Potencial de ação • Efeito platô: • Ocorre quando a membrana não repolariza imediatamente após a despolarização • O platô prolonga muito a despolarização, e a repolarização só começa alguns milisegundos após o normal. Potencial de ação • Efeito platô em músculo liso e cardíaco: • Devido à vagarosa abertura dos canais de cálcio voltagem dependente • Que permitem o influxo de íons sódio e cálcio para o meio intracelular • Que prolonga a despolarização por alguns milisegundos. Potencial de ação • OBS.: • 4. Hiperpolarização • Não ocorre em todas as células; • Canais de potássio abertos mais tempo que o normal. Potencial de ação • Lei do Tudo-ou-Nada • Um neurônio só consegue enviar um impulso se a intensidade do impulso for acima de um determinado nível, fazendo com que a sua membrana seja despolarizada e repolarizada. • Este valor mínimo que permite a transmissão do potencial de ação é conhecido como potencial limiar. • Os valores abaixo do potencial limiar são conhecidos como sublimiares, e cada célula possui um valor característico de potencial limiar. ESTÍMULO NAS CÉLULASDO SISTEMA NERVOSO ETAPAS DO POTENCIAL DE AÇÃO QUANTO ÀS CARGAS • O potencial de ação se caracteriza por três etapas distintas: Despolarização, repolarização e hiperpolarização. TA NA HORA DE POR OS NEURÔNIOS PARA FUNCIONAR MOÇADA!!!!
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