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Semana 5
 
 
 
 
1 
Biologia 
 
Geração de energia 
 
Resumo 
 
Geração de energia 
• Energia solar: proveniente do Sol, uma fonte inesgotável. Os painéis solares possuem células 
fotoelétricas que transformam a energia proveniente dos raios solares em energia elétrica. Tem a 
vantagem de não produzir danos ao meio ambiente. 
• Energia nuclear: energia térmica transformada em energia elétrica. É produzida nas usinas nucleares 
por meio de processos físico-químicos. 
• Energia eólica: utilizada, com o auxílio de turbinas, para produzir energia elétrica. Não causa danos 
ambientais e tem baixo custo de produção em relação a outras fontes alternativas de energia. Já foi 
utilizada para produzir energia mecânica nos moinhos. 
• Energia mecânica: usada nas indústrias automobilísticas para trabalhos pesados. 
• Hidrelétricas: obtenção de energia pela força das águas. Essa energia é produzida pelo aproveitamento 
do potencial hidráulico, ou seja, da força das águas dos rios, mediadas pela construção de usinas 
hidrelétricas. 
• Petróleo: elemento importante nos meios de transporte, além de também poder ser utilizado na 
fabricação de produtos derivados, notadamente o plástico. A queima dos combustíveis oriundos do 
petróleo é responsável pela emissão de poluentes na atmosfera. 
• Carvão mineral: utilizado a partir das revoluções industriais resultantes do capitalismo e é ainda hoje 
uma fonte de energia bastante utilizada em todo o mundo, perdendo somente para o petróleo. A queima 
do carvão mineral é considerada ainda mais poluente que a do petróleo. 
• Gás natural: mistura de hidrocarbonetos leves na forma gasosa, tais como o metano, etano, propano, 
butano e outros. Contrário do petróleo e do carvão mineral, o gás natural é menos poluente, embora a 
sua combustão ainda sim apresente alguns níveis de poluição que causam danos à atmosfera. 
 
 
Imagem ilustrando a obtenção de energia eólica. 
 
 
 
 
 
2 
Biologia 
 
Desenvolvimento sustentável 
É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de 
atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o 
futuro. 
O desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais 
são finitos e, sugere qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos 
e o aumento da reutilização e da reciclagem. O conceito de desenvolvimento sustentável não se limita 
apenas à noção de preservação dos recursos naturais. Para construir sociedades sustentáveis é necessário 
ter por princípio, a equidade econômica, a justiça social, o incentivo à diversidade cultural e defesa do meio 
ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Biologia 
 
Exercícios 
 
1. O Brasil é um dos países que apresentam os maiores potenciais hidrelétricos do mundo, o que justifica, 
em partes, o fato de esse tipo de energia ser bastante utilizado no país. As usinas hidrelétricas são 
bastante elogiadas por serem consideradas ambientalmente mais corretas do que outras alternativas 
de produção de energia, mas vale lembrar que não existem formas 100% limpas de realizar esse 
processo. Assinale a alternativa que indica, respectivamente, uma vantagem e uma desvantagem das 
hidroelétricas. 
a) não emitem poluentes na atmosfera; porém não são muito eficientes. 
b) são ambientalmente corretas; porém interferem diretamente no efeito estufa. 
c) a produção pode ser controlada; porém os custos são muito elevados. 
d) ocupam pequenas áreas; porém interferem no curso dos rios. 
e) a construção é rápida; porém duram pouco tempo 
 
 
2. “No passado, 45,8% da energia usada pelos brasileiros veio de fontes renováveis (...). É a matriz mais 
equilibrada entre as nações mais populosas ou ricas do planeta. A média mundial de uso de energias 
renováveis é de 12,7%; essa média cai para 6,2% entre os 30 países-membros da Organização para a 
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que inclui os Estados Unidos e as mais ricas 
nações do globo” 
MONTÓIA, P. Brasil: Energia múltipla. Planeta Sustentável. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br. Acesso 
em: 05 jun. 2015. 
Os recursos naturais renováveis e não renováveis, respectivamente, mais utilizados como fontes de 
energia no Brasil são: 
a) gás natural e carvão mineral petróleo e etanol 
b) ventos e luz solar gás natural e hidroeletricidade 
c) água e biomassa petróleo e gás natural 
d) átomo e etanol carvão vegetal e gás de xisto 
e) energia atômica e hidrelétrica petróleo e carvão mineral 
 
 
3. “Águas de março definem se falta luz este ano”. Esse foi o título de uma reportagem em jornal de 
circulação nacional, pouco antes do início do racionamento do consumo de energia elétrica, em 2001. 
No Brasil, a relação entre a produção de eletricidade e a utilização de recursos hídricos, estabelecida 
nessa manchete, se justifica porque: 
a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige a manutenção de um dado fluxo de água 
nas barragens. 
b) o sistema de tratamento da água e sua distribuição consomem grande quantidade de energia 
elétrica. 
c) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas utiliza grande volume de água para 
refrigeração. 
d) o consumo de água e de energia elétrica utilizadas na indústria compete com o da agricultura. 
e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação implica abundante consumo de água. 
 
 
 
 
4 
Biologia 
 
 
 
4. A ideia de desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais discutida junto às questões que se 
referem ao crescimento econômico. De acordo com este conceito considera-se que: 
a) o meio ambiente é fundamental para a vida humana e, portanto, deve ser intocável. 
b) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam esta ideia, pois, por sua baixa 
industrialização, preservam melhor o seu meio ambiente do que os países ricos. 
c) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção ao meio ambiente e, portanto, é inevitável 
que os riscos ambientais sustentem o crescimento econômico dos povos. 
d) deve-se buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente 
sem que, com isso, deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis. 
e) são as riquezas acumuladas nos países ricos, em prejuízo das antigas colônias durante a 
expansão colonial, que devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos. 
 
 
5. O biodiesel é um combustível biodegradável, derivado basicamente de diversas fontes vegetais, e que 
pode substituir total ou parcialmente o diesel de petróleo em vários tipos de motores. 
a) Dê exemplo de duas fontes utilizadas na produção do biodiesel. 
b) Explique por que o biodiesel tem sido considerado uma alternativa econômica e ambientalmente 
viável para o Brasil. 
 
 
 
 
 
 
6. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, que, hoje, é o insumo básico de uma ampla 
variedade de produtos e serviços de valor agregado, como o etanol e a bioeletricidade. A principal 
atratividade do etanol é o grande benefício para o meio ambiente: estima-se que, em substituição à 
gasolina, seja possível evitar até 90% das emissões de gases do efeito estufa. Já a bioeletricidade, 
mais novo e importante produto do setor sucroenergético, é produzida a partir do bagaço e da palha 
da cana-de-açúcar, permitindo o aproveitamento desses resíduos para a geração de energia. 
(www.unica.com.br. Adaptado.) 
a) Uma das razões pelas quais a combustão do etanol é benéfica ao meio ambiente é o fato de ele 
ser obtido de fonte renovável. Explique por que a queima de um combustível de fonte renovável, 
como o etanol, em comparação à queima de combustíveis fósseis, contribui para uma menor 
concentração de CO2 na atmosfera. Justifique se a produção de bioeletricidade a partir da 
utilização da palhae do bagaço da cana-de-açúcar aumenta ou diminui essa concentração 
de CO2 na atmosfera. 
b) Nas usinas, a cana-de-açúcar é moída para a extração do caldo de cana, ou garapa, matéria-prima 
para a síntese do etanol. Que processo biológico resulta na síntese desse combustível a partir da 
garapa? Além do etanol, que gás é produzido ao longo desse processo? 
 
 
 
 
 
5 
Biologia 
 
7. A economia moderna depende da disponibilidade de muita energia em diferentes formas, para 
funcionar e crescer. No Brasil, o consumo total de energia pelas indústrias cresceu mais de quatro 
vezes no período entre 1970 e 2005. Enquanto os investimentos em energias limpas e renováveis, 
como solar e eólica, ainda são incipientes, ao se avaliar a possibilidade de instalação de usinas 
geradoras de energia elétrica, diversos fatores devem ser levados em consideração, tais como os 
impactos causados ao ambiente e às populações locais. 
Ricardo. B. e Campanili, M. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental. São Paulo, 2007 (adaptado) 
Em uma situação hipotética, optou-se por construir uma usina hidrelétrica em região que abrange 
diversas quedas d’água em rios cercados por mata, alegando-se que causaria impacto ambiental 
muito menor que uma usina termelétrica. Quais são os possíveis impactos da instalação de uma usina 
hidrelétrica nessa região? 
 
8. 
 
A energia eólica tem aumentado sua participação entre as alternativas não-poluentes de geração 
energética. Uma das zonas preferenciais para o aproveitamento da energia eólica são as áreas 
costeiras. 
Explique a razão do elevado potencial de geração de energia eólica na interface oceano-continente. 
 
9. Cite algumas possíveis atitudes individuais para promover o desenvolvimento sustentável. 
 
 
 
 
 
https://3.bp.blogspot.com/-E4jhyok6FHE/VVuNpTDGBlI/AAAAAAAAAW4/byG8lWWlxQw/s1600/Q5.png
 
 
 
 
6 
Biologia 
 
Gabarito 
 
1. C 
Entre as vantagens das hidroelétricas: não emitem poluentes, são renováveis, a produção pode ser 
controlada ou administrada; possui uma eficiência considerável; duram muito tempo. Entre as 
desvantagens: não são totalmente corretas no campo do meio ambiente; ocupam grandes áreas; 
possuem custos elevados de construção; interferem nos cursos d'água; a construção é demorada. 
 
2. C 
Os dois recursos mais utilizados como fontes renováveis de energia no Brasil são a água 
(hidroeletricidade) e a biomassa (biocombustíveis). Já os recursos não renováveis mais empregados 
no Brasil são o petróleo e o gás natural. 
 
3. A 
Para o sistema hidroelétrico funcionar é necessário um mínimo que é adquirido através da recarga de 
mananciais e da captação de bacias hidrográficas. 
 
 
4. D 
O desenvolvimento socioeconômico deve ser planejado, e os recursos naturais são de fundamental 
importância nesse processo, no entanto, devem ser utilizados com responsabilidade, de forma que 
não prejudique as futuras gerações. 
 
5. 
a) As principais fontes utilizadas na produção do biodiesel são: mamona, canola, soja, algodão, 
girassol, milho e amendoim. 
b) Pelas condições climáticas favoráveis, pedológicas e de extensão territorial do país, além da 
política oficial de estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico para este combustível 
dentro do setor energético. 
 
6. 
a) O etanol utilizado como biocombustível libera CO2 (que foi capturado através da fotossíntese). A 
queima dos combustíveis fósseis (como a gasolina), eleva a concentração de CO2 na atmosfera, 
intensificando o aquecimento global. 
 
b) O processo biológico utilizado na produção do etanol é a fermentação alcóolica, e o gás liberado 
durante a fermentação é o CO2. 
 
7. A destruição do habitat de animais terrestres. ara funcionar e aumentar seu potencial energético, usinas 
hidroelétricas precisam alagar grande porção de terreno, destruindo habitats e comunidades locais. 
 
8. O elevado potencial de energia eólica na interface oceano-continente se deve aos ventos regulares e 
constantes resultantes das diferenças térmicas e barométricas entre terra e mar. 
 
9. É de fundamental importância que haja uma mudança comportamental individual para que ocorra uma 
mudança em outras escalas. Algumas atitudes são: -Evitar o consumismo desnecessário; -Diminuir o 
desperdício de água; -Adquirir produtos biodegradáveis; -Evitar os produtos descartáveis; -Utilização 
de iluminação natural ou lâmpadas de baixo consumo; -Realizar a conscientização ambiental em seu 
ciclo social. 
 
 
 
 
 
1 
Filosofia 
 
Aristóteles 
 
Resumo 
 
Aristóteles foi um filósofo nascido na Macedônia, na cidade de Estagira. Ele fecha o trio de pensadores que 
sistematizou a filosofia grega conhecidos como filósofos clássicos (junto à Sócrates e Platão). Atribui-se a 
ele a produção de mais de cem obras sobre diversos temas, restando apenas 47 de sua autoria. O impacto 
de Aristóteles no pensamento e cultura ocidentais é sentido até hoje. 
Líder dos peripatéticos (os que passeiam) pelo hábito de filosofar ao ar livre e muitas vezes caminhando, 
Aristóteles era filho de Nicômaco, médico do rei da Macedônia. Ingressou na Academia de Platão aos 18 
anos, permanecendo lá por aproximadamente 20. Segundo Platão, sua academia era formada “pelos corpos 
de seus alunos e pela mente de Aristóteles”. 
Da ocasião da morte de Platão, Aristóteles não pôde assumir a direção da Academia, mesmo sendo o mais 
qualificado, pois era estrangeiro em Atenas. Com isso, deixou Atenas em direção à Ásia menor. Em pouco 
tempo foi chamado por Felipe II para ser professor de seu filho Alexandre, que viria a ser o imperador da 
Macedônia em 340 a.C. quando a relação entre mestre e discípulo foi interrompida. 
Em 335 a.C. Aristóteles voltou para Atenas para fundar o Liceu. Onde ensinou por 12 anos. Após a morte de 
Alexandre, Aristóteles teve que deixar Atenas pela sua proximidade com a corte macedônica, já que o 
sentimento antimacedônico era grande. Saiu afirmando querer evitar que os atenienses pecassem duas 
vezes contra a filosofia (Sócrates foi a primeira). 
Os campos de estudo de Aristóteles incluem (tendo praticamente fundado a maioria deles), Metafísica, 
Física, Óptica, Astronomia, Lógica, Ética, Política, Biologia, Química, Retórica, Psicologia, Artes. Esses 
campos, apesar de estudados “individualmente” não eram ramos tão especializados como no contexto atual 
da ciência e filosofia. A metafísica, por exemplo, é chamada por Aristóteles de filosofia primeira, uma ciência 
geral que não se dedica a questão particular nenhuma, mas a tudo. Todos os campos estavam integrados 
numa grande “árvore” do conhecimento, visão que perdura até o fim da Idade Medieval, quando o 
Renascimento refunda a ciência e derruba muitas das concepções científicas aristotélicas. 
 
A Metafísica de Aristóteles 
Para Aristóteles, as ciências deveriam encontrar o que define os seres, o que os constituí em termos reais. 
Por isso, rejeitou a ideia de Platão de que a realidade estaria em outro mundo, compreendendo essa 
percepção como uma extravagância. Aristóteles acreditava que conhecer as coisas era conhecer como as 
coisas são no mundo em que estamos e perceber a essência era o objetivo da metafísica. A filosofia de 
Aristóteles reconhece a mudança e a transformação como parte do real, parte daquilo que compõe as coisas. 
Fica claro para nós que o pensador estava muito mais interessado na natureza e da vida que seu mestre, o 
pensamento aristotélico tem grande impacto nas ciências naturais. Relacionando suas concepções sobre 
física e metafísica podemos compreender melhor essa dinâmica. 
Para Aristóteles a natureza tem ciclos regulares, a vida nasce, cresce e morre. Estamos integrados num todo 
coeso e lógico. As mudanças e transformações fazem parte da ordem que guia a sucessão de 
acontecimentos. O inteligível e o sensível estão juntos nessa realidade dinâmica. A separação entre sensível 
e inteligível é possível apenas conceitualmente, já que formam umtodo existencial. As coisas são o que são. 
Assim o filósofo propõe dois princípios que regem a existência: matéria (hylé) – daquilo que a coisa é feita; 
e forma (morphé) o que determina como a matéria se apresenta. 
 
 
 
 
2 
Filosofia 
 
Essa proposta ficou conhecida como hilemorfismo. Enquanto a matéria é, digamos, a composição da coisa, 
a forma permite que esse objeto seja distinguível e apresente características distintas que o tornam o que é. 
Aristóteles não abandona completamente as concepções de Platão, mas as situam no nosso mundo, numa 
camada de existência que requer reflexão e depuração para observar. Aristóteles não aceita que o mundo 
que experimentamos seja ilusão, como se não existisse. A partir da doutrina platônica, organiza os 
fenômenos sensíveis de maneira compreensível. 
Para tal, Aristóteles teve que enfrentar outro problema: o que faz as coisas permanecerem ou mudarem? 
Essa polêmica clássica, iniciada com Heráclito e Parmênides, também guia a doutrina aristotélica. 
Deslocando a questão da mudança em si para a realidade que sofre a mudança, o pensador torna o 
movimento heraclitiano ontológico. Para Aristóteles, uma semente não é uma planta, mas pode vir a ser, ao 
passo que um livro, não. A mudança não uma conversão aleatória daquilo que compõe as coisas, mas uma 
transformação possível, que segue uma ordem já presente na coisa antes de sua mudança. Assim, temos o 
ato, que representa a situação atual do ser, o que ele é; e a potência, o vir a ser aristotélico, contido nas 
possibilidades de cada coisa. 
Tudo na natureza é ato e potência, seguindo o ciclo observado pelo filósofo. Encontrando as condições 
necessárias para tal, um bebê nasce, cresce e morre, assim como uma semente que se transforma numa 
grande árvore que pode vir a dar flores e frutos. Podemos ainda relacionar a matéria à potência, o substrato 
que ainda não é, assim como a forma ao ato, o que define o ser, como se manifesta. 
Além desses princípios, é crucial observar que Aristóteles afirma que o ser é substância. A substância possui 
predicados, características que são os acidentes, atributos não essenciais, circunstanciais do ser. Além dos 
acidentes, a substância e composta pela essência, que é o atributo estrutural, ligado intimamente ao ser, 
aquilo que o define. 
 
Quatro Causas 
Aristóteles aponta para uma diferença fundamental entre os seres, uma classe de seres naturais e outra de 
seres artificiais. Para ele, na primeira classe, a transformação está contida no interior do ser. Na segunda 
classe, o movimento é causado por algo externo, um princípio exterior. Isso significa dizer que a mudança 
observada no que é natural também é natural, já que interna às condições da natureza, enquanto o que é 
artificial depende da ação externa, muitas vezes manifestada na vontade e intenção de causar essa 
mudança. Assim temos a transformação de origem interna e externa, dependendo da situação do ser, que 
faz da potência, ato. Esses princípios são chamados de causas, sendo quatro as causas fundamentais. 
A causa material se refere à matéria que compõe a coisa. Uma espada pode ser confeccionada de metal, um 
banco de madeira etc. Já a causa formal está ligada à característica que torna o ser distinto. Um pneu tem 
forma de pneu, uma taça tem forma de taça e por aí vai. A causa eficiente, por sua vez, refere-se a ação (e 
agente) gerador da coisa. O que transformou a matéria em forma? O que produziu aquela existência? É para 
essa direção que essa causa aponta. E, por último, a causa final, no sentido de objetivo, finalidade, razão, 
motivo. É a causa ligada a justificação daquele ser. A causa final, para Aristóteles, era a mais importante, 
pois é ela que dá o sentido para o ser. 
 
Primeiro motor 
Por refletir numa perspectiva que envolve ação e finalidade, Aristóteles esbarrou na questão da origem do 
mundo. Se o que existe foi feito e tem um fim, o que fez o mundo e por quê? O filósofo conclui que, na verdade, 
o mundo é eterno, sem início e sem fim. Partindo da proposta de movimento, seria contraditório pensar que 
algo dá origem ao mundo, pois não há onde o mundo se apoiar para seu surgimento, não há uma existência 
que seja ato e possa potencialmente se tornar o mundo. 
 
 
 
 
3 
Filosofia 
 
Além disso, não faz sentido pensar no término do mundo, o mundo como ato sendo potencialmente outra 
coisa. Assim o pensador conclui que o próprio mundo é seu movimento, desempenhado eternamente, sem 
início nem fim. 
Essa conclusão é bastante lógica, porém ainda incompatível com o pensamento aristotélico. Tudo que está 
em movimento é colocado em movimento por algo. Isso leva Aristóteles e especular intuitivamente que deve 
haver algo que pôs o mundo em movimento, o primeiro motor (ou motor imóvel), um agente iniciador, mas 
que não foi iniciado por nada e que é a primeira causa do movimento. 
Esse primeiro motor precisa ser imóvel para interromper a cadeia de movimento ao infinito. Aristóteles 
pondera que esse motor é ato bom, puro, perfeito e eterno e, por isso, é capaz de produzir movimento sem 
ter sido movimentado. É que o filósofo tem uma concepção teleológica da realidade, tudo tem uma função e 
uma finalidade. Sendo assim, como tudo tende ao que é bom, a atração produzida pelo primeiro motor produz 
o movimento. 
 
Ética 
A ética aristotélica, assim como suas outras teorias, é grande devedora de seu mestre Platão. Mas, assim 
como em suas outras doutrinas, Aristóteles se afasta de seu mentor incluindo a prática e a experiência como 
parte crucial da existência, do conhecimento e da virtude. 
A proposta da ética aristotélica também é teleológica. Como já comentamos, para Aristóteles a existência 
era um todo integrado e analisado como uma grande árvore, o que significa dizer que sua concepção 
teleológica permeará todas as suas teorias. 
Na ética o pensador afirma que tudo é bom quando alcança seu fim. Sendo assim, aquilo que cumpre o que 
lhe é próprio pode ser chamado de bom. Um exemplo comum é o do lápis. Não importa quais características 
um lápis carregue, que seja belo ou inquebrável, se ele não permitir que escrevamos então ele não é bom, 
pois o fim do lápis e a escrita ou, por extensão, a grafia. Mas como definir que um ser humano é bom? 
 
Telos, eudaimonia e razão 
Já vimos que telos é fim, objetivo. Para Aristóteles, tudo que alcança seu fim é bom. Então, para uma pessoa, 
ser boa significa alcançar seu fim. Mas não se trata de objetivos individuais, não estamos falando de metas 
ou sonhos pessoais. Aristóteles está pensando no ser humano como uma categoria e, para categorizar o ser 
humano, precisamos identificar o que há de geral nas pessoas e o que as diferencia dos outros seres. 
Antes de partir para a definição do ser humano e sua finalidade, vamos pensar na virtude. A virtude é a 
propriedade mais essencial de um ser, ela que distinguirá esse ser dos outros. Essa virtude aponta para o 
perfeito exercício e atuação desse ser. Ou seja, a virtude está ligada à finalidade. Uma faca é virtuosa quando 
corta bem, assim como um dentista é virtuoso quando cuida bem de seus doentes. 
O ser humano possui uma ampla gama de habilidades, capacidades e competências. Podemos fazer 
inúmeras coisas que, inclusive, nos aproximam de outros seres (como correr, morder, dormir etc.) Mas o que 
nos distingue, nossa virtude, é a razão. Para Aristóteles, o fim do ser humano é a felicidade, a manifestação 
do bem nas pessoas. Para alcançar esse fim, o caminho é a virtude, a racionalidade. 
Ter racionalidade não é o suficiente. Já falamos que Aristóteles dá grande relevância para a experiência e a 
prática. A virtude precisa ser então praticada, exercitada. É preciso se esforçar para transformar em ato aqui 
que nos é dado como potência. Era necessário praticar a reflexão e a contemplação, com o fim de alcançar 
a virtude. Não se é virtuoso de um dia para o outro, muito menos feliz.4 
Filosofia 
 
Várias virtudes 
Apesar de assumir a racionalidade como a essência do ser humano, Aristóteles reconhece que somos 
capazes de realizar muitas coisas. Quer dize então que podemos desenvolver várias virtudes? Sim! Para o 
pensador a felicidade é alcançada pelo exercício dessas várias virtudes e não só da racionalidade. A própria 
contemplação só é possível com bem estar social, boas companhias, condições materiais e paz. Para gozar 
de uma vida que proporciona as condições ideais para o exercício da contemplação é preciso exercitar outras 
virtudes, como generosidade, coragem, cortesia e justiça. Não basta refletir, contemplar, enfim, não basta 
ser um filósofo. 
 
Felicidade racional 
Como a racionalidade é a base fundamental da ética aristotélica e é por ela que alcançamos a felicidade, 
uma busca de prazer desequilibrada conduz no sentido contrário à realização da finalidade do ser humano. 
O que faz o homem ser bom, sua felicidade, não é fruto de exuberâncias e exageros, mas do equilíbrio e da 
ponderação. 
A partir do exercício da reflexão e contemplação o indivíduo compreende a essência da felicidade, que não 
reside na superficialidade de prazeres efêmeros e exagerados, mas numa conduta racional, a essência do 
ser humano. A partir dessa reflexão o indivíduo guia sua conduta. Mas e as pessoas comuns, que não 
desfrutam das condições ideais para praticar essa reflexão? Bom, aí entra a prática mais uma vez. O exercício 
continuado de boas práticas leva a bons hábitos, uma conduta boa que também levará a felicidade. 
A excelência moral para Aristóteles está no exercício de virtudes que se configuram por ser um estado 
intermediário, o excesso ou a falta do que é conveniente deteriora a conduta. A virtude está no meio-termo, 
o que chamamos de mediania. Esse ponto de equilíbrio não é fixo. Ele varia conforme a circunstância. 
 
Política 
Do pensamento de Aristóteles sobre política vem a famosa frase “o homem é um animal político”. Ela 
representa a noção do filósofo de que somos seres sociais por natureza, já que nossas condições de 
sobrevivência dependem da nossa capacidade de organização. Para Aristóteles a organização em sociedade 
é um impulso natural e, por isso, a própria sociedade deve ser organizada conforme a natureza humana. 
Mais uma vez a questão teleológica entra na jogada. Se a finalidade do ser humano é ser feliz, a finalidade 
da sociedade é produzir o bem comum. Aqui observamos uma aproximação entre a ética e a política, uma 
tratando do bem na esfera individual e outra tratando do assunto na coletividade. A política e a ética são 
então complementares, ambas necessárias para produzir as condições de alcance da felicidade. 
A pólis seria a forma de organização por excelência, sendo considerada um fenômeno natural. Na concepção 
do pensador, todo o gênero humano deveria se organizar nesse formato. Como é ela que oferece as 
condições para que estejamos vivos, a cidade precede o indivíduo. Sem a cidade o indivíduo está perdido, 
sem um indivíduo a cidade continua. 
Além de tratar da organização do Estado (em cidade-Estado ou pólis) e dos objetivos da política, Aristóteles 
se notabilizou pelo estudo das organizações políticas de diversas sociedades diferentes. O resultado desse 
estudo se manifesta na consolidação de formas de governo gerais, como seguem: 
• Monarquia – governo realizado por um indivíduo 
• Aristocracia – governo realizado por alguns indivíduos 
• Politeia – governos de todos os cidadãos 
Todas essas formas de governo devem objetivar o bem comum. Quando isso não ocorre, ou seja, quando o 
líder (ou líderes) são egoístas, surgem formas degeneradas desses modelos do governo. A monarquia 
degenerada é a tirania, a aristocracia degenerada é a oligarquia e a politeia degenerada é a democracia. 
 
 
 
 
5 
Filosofia 
 
Exercícios 
 
1. ''(...) aprendemos executando o que temos que executar. Exemplo: homens se tornam construtores 
construindo e se tornam tocadores de lira tocando lira. É a realização de atos justos que nos torna 
justos, a de atos moderados que nos torna moderados, a de atos corajosos que nos torna corajosos 
(...).'' 
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II, cap. I, pág.75. São Paulo: Edipro, 2014. (Adaptado). 
 
Segundo o texto, para Aristóteles, as virtudes são 
a) puramente inatas ao ser humano. 
b) frutos do nascimento nobre. 
c) oriundas da prática e do exercício. 
d) exclusivas dos atenienses. 
e) proibidas aos bárbaros. 
 
 
2. Texto I 
“Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios 
interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós 
mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar 
esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.” 
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado). 
 
Texto II 
“Um cidadão integral pode ser definido nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer 
funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo 
que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem 
sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.” 
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. 
 
Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século 
IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a): 
a) prestígio social. 
b) acúmulo de riqueza. 
c) participação política. 
d) local de nascimento. 
e) grupo de parentesco. 
 
 
 
 
 
 
6 
Filosofia 
 
3. Aristóteles (384-322 a.C.) afirma em Política: “Diremos que nenhum indivíduo é cidadão só porque 
habita num determinado lugar, pois, tal como os cidadãos, também os metecos (homens livres) e os 
escravos possuem um local para habitar. (...) Ora, não há melhor critério para definir o que é o cidadão, 
em sentido estrito, do que entender a cidadania como capacidade de participar da administração da 
justiça e no governo.” 
(ARISTÓTELES. Política, livro III, cap. 1 1275a6-7 e 22-23). 
 
A partir desse trecho, é correto afirmar que 
(01) a atividade política não é restrita a um pequeno grupo de cidadãos, mas está acessível a todos 
que têm cidadania. 
(02) a cidadania é garantida em função de se habitar um lugar. 
(04) o principal critério para definir um cidadão é a possibilidade de ele participar da vida política da 
cidade. 
(08) a nem todos os habitantes de uma cidade é garantido o direito de ocupar cargos públicos ou 
tomar parte nas decisões judiciais, mas somente àqueles que são considerados cidadãos 
naquela cidade. 
(16) a participação política não é uma questão de escolha para Aristóteles, uma vez que, para ele, 
todos os habitantes da cidade deveriam agir politicamente, independentemente de sua 
condição social ou econômica. 
Soma: ( ) 
 
 
4. “O filósofo natural e o dialético darão definições diferentes para cada uma dessas afecções. Por 
exemplo, no caso da pergunta “O que é a raiva?”, o dialético dirá que se trata de um desejo de vingança, 
ou algo deste tipo; o filósofo natural dirá que se trata de um aquecimento do sangue ou de fluidos 
quentes do coração. Um explica segundo a matéria, o outro, segundo a forma e a definição. A definição 
é o “o que é” da coisa, mas, para existir, esta precisa da matéria.” 
Aristóteles. Sobre a alma, I,1 403a 25-32. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010. 
 
Considerando-se o trecho acima, extraído da obra Sobre a Alma, de Aristóteles (384-322 a.C.), assinale 
a alternativa que nomeia corretamente a doutrina aristotélica em questão. 
a) Teoria das categorias. 
b) Teoria do ato-potência. 
c) Teoria das causas. 
d) Teoria do eudaimonismo. 
e) Teoria mimética 
 
 
 
 
 
 
7 
Filosofia 
 
5. Aristóteles afirma que os indivíduos são compostos de matéria (hyle) e forma (eidos). A matériaé o 
princípio de individuação e a forma a maneira como a matéria se constitui em si. Assim, todos os 
indivíduos de uma mesma espécie teriam a mesma forma, mas difeririam do ponto de vista da 
matéria, já que se trata de indivíduos diferentes, ao menos numericamente. 
(Adaptado de: MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 2.ed. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2007. p.21.) 
 
Com base na diferenciação entre matéria e forma apresentada no texto, indique o significado dos 
conceitos de essência e de acidente na teoria do conhecimento de Aristóteles. 
 
 
 
 
 
 
8 
Filosofia 
 
Gabarito 
 
1. C 
Ao afirmar que “aprendemos executando o que temos que executar”, Aristóteles expõe que acredita na 
prática como forma de crescimento e desenvolvimento. As virtudes devem ser exercitadas, praticadas. 
Fazer é parte crucial do processo de aprendizado e aperfeiçoamento. 
 
2. C 
Aristóteles foi o autor de um das mais célebres concepções de cidadania da história da filosofia e que 
expressa muito bem a visão clássica a respeito do tema. Para ele, a cidadania consiste essencialmente 
na capacidade de participação política, de doação pela comunidade. Isto significa que ela não é uma 
concessão do governo, nem um direito que se possa usar ou não, mas um dever, que está muito para 
além de eleições e que significa estar sempre disposto a sacrificar-se pelo bem comum. 
 
3. 1 + 4 + 8 
Ao definir o cidadão como aquele que participa politicamente da comunidade, Aristóteles faz uma clara 
distinção entre habitante (mero membro da sociedade) e o cidadão (membro da comunidade política). 
Da mesma maneira, reconhece que alguma forma de participação no governo deve ser concedida a todo 
aquele que é identificado como cidadão, mas não a todo habitante. 
 
4. C 
Todas as alternativas desta questão remetem à filosofia de Aristóteles. Entretanto, ao atentarmos ao 
texto, percebemos que nele se faz presente algumas palavras chaves como matéria e forma. O texto 
nos mostra a recusa da proposta platônica enquanto fundamento para o entendimento da essência 
(origem) daquilo que está no mundo sensível. Para Platão, a essência está no mundo das ideias. Para 
Aristóteles, pelo fato de não existir o mundo das ideias, temos que encontrar a essência do que existe 
nas próprias coisas que constituem o nosso mundo. Para encontrarmos tal essência, basta-nos 
aplicarmos a teoria das quatro causas. São elas: material, formal, eficiente e final. Ou poderíamos 
também aplicar a definição de essência proposta por Aristóteles: “Essência é a unidade indissolúvel 
entre a matéria (aquilo do que é constituído) e a forma (como ele é) que faz o “ser” ser aquilo que ele é 
com identidade própria e não outra coisa.” 
 
5. Aristóteles considera que toda substância individual é composta de matéria e forma, o que, de certo 
modo, faz com que o dualismo platônico seja contemplado no próprio ser (aquilo que é e que existe). A 
forma associa-se às condições essenciais da coisa (ser), tornando-a naquilo que ela é. É por intermédio 
da forma que o ser se constitui, sendo o que é. Por exemplo: diversos materiais (matéria) podem ser 
utilizados para fabricar mesas e cadeiras. Ambos os seres (cadeiras e mesas) são formados por 
materiais diversos. Então, o que as diferenciam do ponto de vista da essência? O que as tornam 
diferentes, em essência, é a forma que cada porção de matéria recebe. Desse modo, a mesa é mesa não 
em razão da matéria que a constitui, mas em razão da forma que a determina essencialmente. As 
diferenças assinaladas na matéria de cada ser são consideradas acidentes. Logo, os acidentes são as 
características mutáveis e variáveis que estão registradas na matéria e não na forma. Um risco, uma 
mancha ou uma trinca que se observa em uma cadeira, por exemplo, a torna singular (individual) em 
relação às demais, sem que isso lhe retire a sua essência (forma) de ser cadeira. 
 
 
 
 
1 
Filosofia 
 
 
Platão 
 
Resumo 
Platão se dedicou a resolver o impasse filosófico criado pelo antagonismo 
entre o pensamento de Heráclito e Parmênides. Heráclito estaria certo ao 
observar o movimento, a mudança a impermanência, pois focava no 
mundo sensível. A matéria é imperfeita, por isso, não consegue manter 
sua identidade. A experiência no mundo material é uma experiência 
contraditória, qualquer observação sobre o mundo das aparências 
produzirá opiniões contraditórias. Já Parmênides estava correto ao exigir 
que a filosofia abandonasse o mundo material. O que é verdadeiro, e deve 
ser buscado, é o que permanece, o Ser, uno imutável, idêntico, eterno, 
inteligível. Assim surge uma das teorias mais fundamentais para a 
compreensão do pensamento platônico é, sem dúvida, a sua famosa 
teoria das ideias. Ela afirma que existem dois mundos, a saber: 
o mundo sensível e o mundo inteligível. O mundo sensível é exatamente este mundo que nós 
habitamos, ou seja, o mundo terreno da matéria, onde estão presentes todos os objetos 
materiais. Todas as coisas do mundo sensível, então, estão sujeitas à geração e à corrupção, 
podendo deixar de ser o que são e se transformar em outra coisa, esse é o mundo da variação, da mudança, 
da transformação. No entanto, por que Platão nomeia este mundo de habitamos de mundo sensível? 
Exatamente porque nós apreendemos esse mundo através de nossos sentidos, ou seja, nós percebemos as 
coisas desse mundo por intermédio dos cinco sentidos (visão, tato, olfato, paladar, audição). Mas e o que é, 
então, o mundo inteligível para Platão? 
O mundo inteligível ou mundo das ideias ou mundo das Formas é um 
mundo superior, apenas acessível ao nosso Intelecto e não aos nossos 
sentidos, que nada mais é do que o mundo do conhecimento ou da 
sabedoria. É contemplando as ideias do mundo inteligível através de 
nossa alma que podemos conhecer as coisas. Assim, o mundo inteligível 
é composto de ideias perfeitas, eternas e imutáveis, que podemos acessar 
através da nossa razão. Todas as coisas (materiais) que existem aqui no 
mundo sensível correspondem a uma 
ideia ou Forma lá no mundo das ideias. No mundo inteligível estão as 
essências ou a origem de todas as coisas que observamos no mundo 
sensível. Assim, a origem das cadeiras que existem no mundo sensível é a 
ideia de cadeira. O que existe realmente é a ideia, enquanto a coisa material 
só existe enquanto participa de ideia dessa coisa. Essa é a teoria da 
participação em Platão: Uma coisa só existe na medida em que participa da 
ideia dessa mesma coisa. Portanto, segundo Platão, a ideia é anterior às 
próprias coisas. Seguindo o nosso exemplo, a ideia de cadeira é anterior à 
existência das cadeiras particulares. 
Percebemos então em Platão um dualismo, a existência de duas instâncias de realidade, o mundo sensível e 
o inteligível. Para ilustrar seu pensamento Platão recorre a uma alegoria, conhecida comumente como mito 
da caverna. Platão inicia narrando um cenário onde homens estão presos no interior de uma caverna desde 
pequenos. Estão acorrentados e não conseguem ver a entrada do recinto, fitando apenas o fundo. Atrás deles, 
 
 
 
 
2 
Filosofia 
 
 
fora da caverna, pessoas transitam com objetos nas mãos. Essas pessoas estão entre a caverna e uma 
fogueira, de modo que a luz emitida pela fogueira projeta as sombras as pessoas no fundo da caverna. Tudo 
o que esses prisioneiros contemplaram até o momento são as sombras das pessoas transitando entre a 
caverna e a fogueira. Essa é toda a realidade que conhecem. No entanto, um preso se liberta e percebe que o 
que viu a vinda inteira são meras sombras. Existe algo além, uma realidade superior que guarda a verdade. 
Ao tentar sair da caverna o prisioneiro terá dificuldades, pois a abundância de luz o incomodará. Adaptado a 
nova condição, o preso agora pode contemplar a realidade tal qual é, não apenas um reflexo. Sentindo um 
compromisso de ajudar seus companheirosprisioneiros, o agora homem liberto retorna a caverna revelando 
a verdade sobre o mundo. Ocorre que, acostumados com a situação que vivem, esses homens irão caçoar da 
ideia absurda de sair da caverna. Caso o prisioneiro liberto insista, chegará ao ponto de, sendo considerado 
louco, ser morto pelos seus companheiros. Assim Platão estabelece a diferença entre mundo sensível e 
mundo inteligível. O primeiro mutável e imperfeito; o segundo eterno e perfeito, onde todas as ideias derivam 
da ideia do bem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O processo de conhecer para Platão se submete a esse dualismo. Conhecer a verdade significa passar 
gradualmente das sombras e aparências para as essências. A primeira etapa do conhecimento é a doxa. Ela 
é definida pelas impressões ou sensações advindas dos sentidos. A doxa é todo saber que se adquire sem 
uma busca metódica. Mas, para obter um conhecimento autêntico, é preciso aplicar um método que permita 
ultrapassar os sentidos. Rejeitando a doxa, o homem deveria desenvolver o amor pela sabedoria (filosofia). 
O método proposto por Platão é a dialética. Equivalente aos diálogos críticos de Sócrates, ela consiste em 
contrapor uma opinião à crítica possível, ou seja, uma tese que será confrontada com sua antítese (a negação 
dessa tese), produzindo uma purificação racional dessa tese, permitindo alcançar a verdade. É por esse 
processo que ocorre a reminiscência. 
Segundo Platão, o ser humano é formado de uma parte mortal, a saber, 
o corpo; e uma parte imortal, a saber: a alma; antes de habitarmos este 
mundo, nossa alma habitava o mundo das ideias. Lá ela possuía todo 
o conhecimento possível, não era ignorante a respeito de nada. 
No entanto, quando nossa alma se junta ao corpo, ela acaba se esquecendo de 
tudo aquilo que ela sabia lá no mundo das ideias. Assim, o conhecimento para 
Platão é reminiscência (ou seja, lembrança) daquilo que nossa alma já viu 
quando habitava o mundo inteligível. Conhecer é, portanto, nada mais do que 
lembrar, trazer de volta à memória aquilo que já vimos em outro mundo. 
Como vimos, todo o pensamento de Platão está submetido à teoria das ideias. Faz sentido, já que para ele 
essa teoria explica a própria existência. Na política não seria diferente. Platão acredita que a ideia de bem é a 
ideia que dá origem a todas as outras (ela representa o sol na alegoria da caverna). Para governar de maneira 
justa, o filósofo acredita que o líder deve ser capaz de acessar essa ideia. Para alcançar essa ideia, como 
 
 
 
 
3 
Filosofia 
 
 
tratamos no método dialético, o líder deveria ser um filósofo, pois a única forma de chegar até o conhecimento 
verdadeiro é a filosofia. Assim é proposta a Sofocracia, o governo dos reis-filósofos na pólis ideal, Calípolis. 
Platão define que a cidade ideal deveria seguir a categorização das almas dos indivíduos (concupiscente, a 
irascível e a racional), dividindo-se assim em três grandes grupos: 
• Produtores: responsáveis pela produção econômica, como os artesãos e agricultores, criadores de 
animais etc. Esse grupo corresponderia à alma concupiscente; 
• Guardiães: responsáveis pela defesa da cidade, como os soldados. Esse grupo corresponderia à alma 
irascível; 
• Governantes: responsáveis pelo governo da cidade. Esse grupo corresponderia à alma racional. 
Assim como o indivíduo deve alcançar o equilíbrio entre as três almas, a justiça na pólis se dará pelo equilíbrio 
das funções executadas por cada grupo social. Além disso, Platão entende que esse equilíbrio no indivíduo 
deve ser alcançado pela educação e que a alma racional deve preponderar. Também a organização da pólis 
deve seguir essa concepção. Os indivíduos então deveriam ter igual acesso à educação para que o processo 
definisse quem executaria qual função, conforme suas aptidões. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Filosofia 
 
 
Exercícios 
 
1. Para Platão, o mundo sensível, que se percebe pelos sentidos, é o mundo da multiplicidade, do 
movimento, do ilusório, sombra do verdadeiro mundo, isto é, o mundo inteligível das ideias. Sobre a 
filosofia de Platão, assinale o que for correto. 
(01) É com a teoria da reminiscência que Platão explica como é possível ultrapassar o mundo das 
aparências; essa teoria permite explicar como os sentidos servem apenas para despertar na alma 
as lembranças adormecidas do mundo das ideias. 
(02) Para Platão, um homem só é um homem enquanto participa da ideia de homem. 
(04) A epistemologia e a filosofia política são, para Platão, duas áreas de conhecimento dissociadas, 
pois a política deve se submeter à realidade dos acontecimentos e não pode ser orientada por um 
mundo ideal. 
(08) Platão distingue quatro graus de conhecimentos: crença, opinião, raciocínio e intuição intelectual. 
O raciocínio, que se realiza de maneira perfeita na matemática, purifica o pensamento das crenças 
e opiniões e o conduz à intuição intelectual, ao verdadeiro conhecimento, isto é, às essências das 
coisas – às ideias. 
(16) A teoria cosmológica do primeiro motor imóvel e a teoria estética da mimesis, de Aristóteles, 
fundamentam-se na teoria platônica da participação entre o mundo fenomênico e o mundo das 
ideias. 
Soma: ( ) 
 
 
2. Sobre a filosofia e o mito, considere o texto a seguir: 
O filósofo Platão, quando retrata a metáfora da caverna, ilustra sua crítica ao mundo das aparências. 
Na concepção do filósofo, o pensar racional é o que possibilita uma leitura crítico-reflexiva e rejeita os 
"mitos prejudiciais" ao homem. Na alegoria da caverna, faz-se presente o exercício da crítica racional, 
o bom senso, frente ao senso comum (opinião). 
Disponível em: <http://pensamentoradical.blogspot.com.br>. 
Sobre esse assunto, analise os seguintes itens: 
I. A alegoria da caverna demonstra a significância que tem o mundo das aparências para o 
pensamento que filosofa. 
II. Na narrativa do mito, o filósofo retrata, muito bem, a libertação e a dimensão do conhecimento na 
passagem do mundo das aparências para o mundo das ideias – a verdade. 
III. A primazia da alegoria da caverna é retratar a importância que tem a atividade do pensar como 
denúncia dos "mitos" que impedem a visão da verdade racional. 
IV. Está implícito, na alegoria da caverna, que o "amor à sabedoria" não significa outra coisa senão 
aspiração à intelecção, ao saber. 
V. Platão, no mito da caverna, reconhece que permanecer no nível das aparências é tornar impossível 
a construção de um conhecimento autêntico, seguro e estável. 
 
Estão corretos apenas 
a) I, II, III e IV. 
b) II, III, IV e V. 
c) II, III e IV. 
d) III, IV e V. 
e) I, IV e V. 
 
 
 
 
5 
Filosofia 
 
 
3. Eis com efeito em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar 
conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-se 
de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos para os belos 
ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência, que de nada 
mais é senão daquele próprio belo, e conheça enfim o que em si é belo. 
(PLATÃO. Banquete, 211 c-d. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores) p. 48). 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, é CORRETO afirmar que 
a) a compreensão da beleza se dá a partir da observação de um indivíduo belo, no qual percebemos 
o belo em si. 
b) a percepção do belo no mundo indica seus vários graus que visam a uma dimensão transcendente 
da beleza em si. 
c) a compreensão do que é belo se dá subitamente, quando partimos dele para compreender os belos 
ofícios e ciências. 
d) a observação de corpos, atividades e conhecimentos permite distinguir quais deles são belos ou 
feios em si. 
e) a participação do mundo sensível no mundo inteligível possibilita a apreensão da beleza em si. 
 
 
4. Há uma passagem célebre na obra A República, de Platão, em queo filósofo afirma: 
Enquanto os filósofos não forem reais nas cidades, ou os que agora chamamos reis e soberanos não 
forem filósofos genuínos e capazes, proporcionando a junção do poder político com a filosofia, não 
haverá termo para os males das cidades, nem, segundo penso, para os do gênero humano. 
Adaptado de: PLATÃO, A República (Livro VII, 473 d). 7a. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 252. 
 
Com base nessa passagem e considerando a realização da justiça na cidade ideal pensada por Platão 
em A República, explique como ele concebe a necessidade de que os governantes sejam filósofos ou 
dedicados à filosofia. 
 
 
5. Mas, alguém inteligente, disse eu, estaria lembrado de que os olhos estão sujeitos a dois tipos de 
perturbações que ocorrem em dois momentos diferentes, isto é, quando eles passam da luz para a 
escuridão e da escuridão para a luz. Se pensasse que é isso mesmo que ocorre com a alma, quando 
visse uma alma perturbada e incapaz de enxergar algo, não ficaria rindo tolamente, mas procuraria ver 
se ela, vindo de um lugar muito luminoso, por falta de hábito se sente nas trevas ou se, indo de uma 
ignorância maior para uma clareza maior, ficou com a vista embaciada pelo fulgor muito brilhante e, 
por isso, a uma felicitaria pelo que se tinha passado com ela e por sua vida, mas da outra teria piedade; 
se quisesse rir-se desta, seu riso teria menos de irrisão do que se risse da que chega, deixando a luz lá 
do alto.” 
(PLATÃO, A República, Livro VII.) 
a) Qual é a comparação feita entre alma e olhos por Platão nessa passagem? 
b) Segundo Platão, qual é a situação da alma que alguém inteligente felicitaria? Por qual razão? 
 
 
 
 
 
6 
Filosofia 
 
 
Gabarito 
 
1. 01 + 02 + 08 = 11 
(01) Correta. A reminiscência significa uma lembrança que fica na alma do tempo em que habitava o 
mundo ideal, que corresponde ao real no pensamento platônico. 
(02) Correta. Para Platão só era real o que correspondia a um ideal construído no pensamento. Assim, 
um homem só seria um homem caso se encaixasse na visão de homem (ideia de homem) 
construída pelo pensamento. 
(04) Incorreta. Até mesmo a política poderia ser planejada, ser definida de forma ideal, como aliás fez o 
filósofo em seu livro A República. 
(08) Correta. A afirmativa explica o entendimento de Platão sobre o raciocínio e seu papel para o 
conhecimento. 
(16) Incorreta. Para Platão o mundo fenomênico (das sensações) está dissociado do mundo das ideias, 
sendo aquele apenas um reflexo desse. 
 
2. B 
Apenas o primeiro item está incorreto, pois o mito da caverna demonstra justamente que as aparências 
enganam e que os filósofos devem sempre procurar ir além delas, em busca da essência. As demais 
alternativas descrevem corretamente aspectos do mito. 
 
3. B 
a) Incorreta. Observar alguém belo é apenas ter contato com certo grau de beleza, e não a conhecer em 
si mesma, pois, para se atingir esse em si, segundo Platão, é preciso abstrair das várias belezas do 
mundo da sensibilidade e acessar a beleza ideal, que é transcendente. 
b) Correta. Para Platão, só conhecemos algo verdadeiramente quando conhecemos o “em si”, ou seja, 
a essência de algo, que para ele explica a existência de diversos graus de beleza no mundo sensível. 
c) Incorreta. Compreendemos o belo em si, para Platão, partindo da compreensão dos vários belos 
ofícios, ciências e seres que percebemos no dia a dia e que são belos em certa medida. Não temos 
uma apreensão do em si antes do contato com as várias formas como ele aparece para nós no 
mundo sensível. Mas só acessamos o em si transcendendo o sensível via dialética, o que não ocorre 
subitamente. 
d) Incorreta. Observando a realidade que nos cerca, mesmo distinguindo coisas belas de feias, não as 
distinguimos de modo verdadeiro, já que apenas distinguimos certos graus de beleza e feiura. Só 
sabemos o que é belo e feio em si, para Platão, transcendendo os graus em que estes aparecem no 
sensível, ou seja, acessando o inteligível via dialética. 
e) Incorreta. A beleza em si, para Platão, tem existência transcendente no mundo inteligível, das 
ideias/formas, que, por sua vez, é o fundamento ou causa da realidade dos fenômenos sensíveis. O 
mundo da sensibilidade, ou mundo dos fenômenos, possui certos graus dessa beleza, por 
participação do em si, de modo graduado, na realidade sensível. 
 
4. A República pertence ao rol de utopias políticas construídas ao longo da história. Platão quer, diante de 
uma Atenas com forte influência da sofística e triunfo dos oradores mais habilidosos, pensar um novo 
modelo político que possa concretizar de fato as virtudes. Sobretudo, a mais elevada, que é a justiça. Um 
governo não deve ser obra dos mais fortes, como afirma Trasímaco no livro I de A República, ou dos mais 
competentes na arte de proferir discursos que enganam. O governo deve ser exercido pelos mais sábios, 
 
 
 
 
7 
Filosofia 
 
 
que alcançam a contemplação do Bem, fonte ou causa de todo conhecimento e de toda a verdade. É 
nesse contexto que se insere a ideia platônica do governo do rei filósofo necessário para constituir uma 
cidade virtuosa. Platão propõe uma espécie de epistemocracia. O filósofo, por uma comunhão com a 
Verdade, é aquele que se dedica com afinco ao estudo das diversas ciências. Platão propõe que, para 
chegar à função de comando, o governante deve antes passar pelo estudo de uma gama variada de 
conhecimentos (ciências) e que saiba fugir das sensações com o objetivo de contemplar as essências, 
ou seja, que consiga necessariamente distinguir o conhecimento (“episteme”) da opinião (“doxa”). O 
filósofo é aquele que sabe diferenciar as essências do que é mutável e passageiro. O filósofo é avesso 
à mentira e amigo da justiça. Metaforicamente, Platão compara a cidade a um navio. Nele, estão os 
armadores, marinheiros e o piloto. Os armadores correspondem ao povo. São fortes, mas não possuem 
muita clareza acerca da navegação. Os marinheiros são aqueles que lutam pela posse do leme, mas 
também não conhecem a arte de navegar. São como os chefes políticos. Por fim, restam os pilotos que, 
assim como os filósofos, são desprezados, mas detêm o conhecimento para bem conduzir o navio. O 
Estado terá uma boa condução quando à frente do governo estiver o filósofo ou então alguém que esteja 
imbuído da filosofia verdadeira. Com isso, teremos governantes justos. 
 
5. 
a) Platão diz aqui que, assim como os olhos, a alma tem a sua visão perturbada pela passagem tanto 
da luz para a escuridão quanto da escuridão para a luz. Essa dificuldade inicial de enxergar bem é 
causada pela falta de hábito de quem ou vem de uma claridade maior ou é ofuscado por uma luz 
muito forte. No que se refere à alma, a escuridão significa o mundo sensível, a ignorância e o engano, 
ao passo que a claridade representa o âmbito do inteligível ou das ideias, a verdadeira realidade. 
b) A alma a ser felicitada é aquela que passou da escuridão para a luz, porque ela saiu da ignorância e 
entrou em contato com a verdadeira realidade, o âmbito do inteligível ou das ideias, que constitui o 
fundamento, a origem e a explicação do ilusório mundo sensível. 
 
 
 
 
 
1 
Física 
 
Exercícios de Movimento Circular 
 
Exercícios 
 
1. As máquinas cortadeiras e colheitadeiras de cana-de-açúcar podem substituir dezenas de 
trabalhadores rurais, o que pode alterar de forma significativa a relação de trabalho nas lavouras de 
cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada na figura abaixo gira em movimento circular 
uniforme a uma frequência de 300 rpm. A velocidade de um ponto extremo P da pá vale 
Considere 3.π  
 
a) 9 m/s. 
b) 15 m/s. 
c) 18 m/s. 
d) 60 m/s. 
 
 
2. Anemômetros são instrumentos usados para medir a velocidade do vento. A sua construção mais 
conhecida é a proposta por Robinson em 1846, que consiste em um rotor com quatro conchas 
hemisféricas presas por hastes, conformefigura abaixo. Em um anemômetro de Robinson ideal, a 
velocidade do vento é dada pela velocidade linear das conchas. Um anemômetro em que a distância 
entre as conchas e o centro de rotação é r 25 cm,= em um dia cuja velocidade do vento é 
v 18 km / h,= teria uma frequência de rotação de 
 
Se necessário, considere 3.π  
a) 3 rpm. 
b) 200 rpm. 
c) 720 rpm. 
d) 1200 rpm. 
 
 
 
 
2 
Física 
 
3. A Lua leva 28 dias para dar uma volta completa ao redor da Terra. Aproximando a órbita como circular, 
sua distância ao centro da Terra é de cerca de 380 mil quilômetros. 
A velocidade aproximada da Lua, em km/s, é: 
a) 13 
b) 0,16 
c) 59 
d) 24 
e) 1,0 
 
 
4. Uma roda d’água de raio 0,5 m efetua 4 voltas a cada 20 segundos. A velocidade linear dessa roda é 
Considere: 3π = 
a) 0,6 m/s. 
b) 0,8 m/s. 
c) 1,0 m/s. 
d) 1,2 m/s. 
 
5. Levando-se em conta unicamente o movimento de rotação da Terra em torno de seu eixo imaginário, 
qual é aproximadamente a velocidade tangencial de um ponto na superfície da Terra, localizado sobre 
o equador terrestre? 
Considere π =3,14; raio da Terra RT = 6.000 km. 
a) 440 km/h. 
b) 800 km/h. 
c) 880 km/h. 
d) 1.600 km/h. 
e) 3.200 km/h. 
 
 
6. O Brasil prepara-se para construir e lançar um satélite geoestacionário que vai levar banda larga a 
todos os municípios do país. Além de comunicações estratégicas para as Forças Armadas, o satélite 
possibilitará o acesso à banda larga mais barata a todos os municípios brasileiros. O ministro da 
Ciência e Tecnologia está convidando a Índia – que tem experiência neste campo, já tendo lançado 70 
satélites – a entrar na disputa internacional pelo projeto, que trará ganhos para o consumidor nas 
áreas de Internet e telefonia 3G. 
Adaptado de: BERLINCK, D. Brasil vai construir satélite para levar banda larga para todo país. O Globo, Economia, mar. 2012. 
A posição média de um satélite geoestacionário em relação à superfície terrestre se mantém devido à 
a) sua velocidade angular ser igual à velocidade angular da superfície terrestre. 
b) sua velocidade tangencial ser igual à velocidade tangencial da superfície terrestre. 
c) sua aceleração centrípeta ser proporcional ao cubo da velocidade tangencial do satélite. 
d) força gravitacional terrestre ser igual à velocidade angular do satélite. 
e) força gravitacional terrestre ser nula no espaço, local em que a atmosfera é rarefeita. 
 
 
 
 
3 
Física 
 
7. Durante os festejos do Círio de Nazaré, em Belém, uma das atrações é o parque de brinquedos situado 
ao lado da Basílica, no qual um dos brinquedos mais cobiçados é a Roda Gigante, que gira com 
velocidade angular ,ω constante. 
 
Considerando-se que a velocidade escalar de um ponto qualquer da periferia da Roda é V 1m s= e 
que o raio é de 15 m, pode-se afirmar que a frequência de rotação f, em hertz, e a velocidade angular 
,ω em rad s, são respectivamente iguais a: 
a) 
1
30π
 e 
2
15
 
b) 
1
15π
 e 
2
15
 
c) 
1
30π
 e 
1
15
 
d) 
1
15π
 e 
1
15
 
e) 
1
30π
 e 
1
30π
 
 
 
8. O escalpelamento é um grave acidente que ocorre nas pequenas embarcações que fazem transporte 
de ribeirinhos nos rios da Amazônia. O acidente ocorre quando fios de cabelos longos são presos ao 
eixo desprotegido do motor. As vitimas são mulheres e crianças que acabam tendo o couro cabeludo 
arrancado. Um barco típico que trafega nos rios da Amazônia, conhecido como “rabeta”, possui um 
motor com um eixo de 80 mm de diâmetro, e este motor, quando em operação, executa 3000 rpm. 
Considerando que, nesta situação de escalpeamento, há um fio ideal que não estica e não desliza 
preso ao eixo do motor e que o tempo médio da reação humana seja de 0,8 s (necessário para um 
condutor desligar o motor), é correto afirmar que o comprimento deste fio que se enrola sobre o eixo 
do motor, neste intervalo de tempo, é de: 
a) 602,8 m 
b) 96,0 m 
c) 30,0 m 
d) 20,0 m 
e) 10,0 m 
 
 
 
 
 
4 
Física 
 
9. “Nada como um dia após o outro”. Certamente esse dito popular está relacionado de alguma forma 
com a rotação da Terra em torno de seu próprio eixo, realizando uma rotação completa a cada 24 
horas. 
Pode-se, então, dizer que cada hora corresponde a uma rotação de: 
a) 180º 
b) 360º 
c) 15º 
d) 90º 
 
 
10. Durante uma hora o ponteiro dos minutos de um relógio de parede executa um determinado 
deslocamento angular. Nesse intervalo de tempo, sua velocidade angular, em graus minuto, é dada 
por 
a) 360. 
b) 36. 
c) 6. 
d) 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Física 
 
Gabarito 
 
1. C 
Dados: f = 300 rpm = 5 Hz; π = 3; R = 60 cm = 0,6 m. 
A velocidade linear do ponto P é: 
v R 2 f R 2 3 5 0,6 
v 18 m/s.
ω= =     
=
 
 
2. B 
Dados: v 18 km/h 5 m/s; r 25 cm 0,25 m; 3.π= = = = = 
v 5 5 5
v 2 r f f Hz 60 rpm f 200 rpm.
2 r 2 3 0,25 1,5 1,5
π
π
=  = = = =   =
 
 
 
3. E 
28 dias 28 24 horas 28 24 3600 s.=  =   
2 rS 2 3,14 380.000
V 1,0 km/s.
t T 28 24 3600
 
= = = 
 
πΔ
Δ
 
 
4. A 
( )4 2 rS 4 2 3 0,5
v v 0,6 m/s.
t 20 20
πΔ
Δ
  
= = =  = 
 
5. D 
Dados:  = 3,14 e raio da Terra: RT = 6.000 km. 
O período de rotação da Terra é T = 24 h. Assim: 
v = T
2 R 2 (3,14) (6.000)S
1.570
t T 24

= = =

km/h  
v  1.600 km/h. 
 
6. A 
Se o satélite é geoestacionário, ele está em repouso em relação à Terra. Para que isso ocorra, a 
velocidade angular do satélite deve ser igual à velocidade angular da Terra. 
 
7. C 
V 1 1
V 2 R f f f Hz.
2 R 2 15 30
1 1
2 f 2 rad/s.
30 15
π
π π π
ω π π ω
π
=  = =  =
= =  =
 
 
8. E 
Dados: f = 3000 rpm = 50 Hz; D = 80 mm = 0,08 m; t 0,8 sΔ = . 
D
S v t S R t S 2 f t 3,14 50 0,08 0,8 
2
S 10 m.
Δ Δ Δ ω Δ Δ π Δ
Δ
=  =  = =    
=
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Física 
 
9. C 
Sabemos que o ângulo de uma volta é 360°, o que a Terra completa em 24 h. Assim, por simples regra 
de três: 
 
 
 
24  = 360°   = 
360
24
  = 15°. 
 
 
10. C 
− Para uma volta completa, tem-se um deslocamento angular de 2π radianos ou 360 
− O tempo necessário para o ponteiro dar uma volta completa é de 60 minutos. 
 
Desta forma, 
360
t 60
graus
6
minuto
Δθ
ω
Δ
ω
= =
=
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Geografia 
 
União Europeia e EUA no contexto geopolítico 
 
Resumo 
 
União Europeia 
A União Europeia (UE) é um bloco econômico criado em 1992 para estabelecer uma cooperação 
econômica e política entre os países europeus. É um dos exemplos de blocos mais avançados 
apresentando uma integração econômica, social e política, moeda comum, livre circulação de pessoas 
e funcionamento de um Parlamento Europeu, recentemente, com a crise de migração enfrentada pelo 
velho continente, a criação de uma polícia de fronteiras. 
Atualmente o bloco é composto por 28 países membros. Em junho de 2016, através de um 
plebiscito, o Reino Unido decretou a saída do bloco econômico. 
O embrião do bloco surgiu em meados de 1957, com a criação da CCE (comunidade econômica 
europeia), ou MCE (mercado comum europeu), era formada apenas pela: Alemanha, Bélgica, França, 
Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Esta organização também era chamada de “Europa dos 6”. O 
contexto de criação da CEE foi na Guerra Fria, momento em que o mundo vivia a bipolarização entre os 
norte-americanos e soviéticos. Como forma de buscar uma aliança para fortalecer as comunidades 
europeias com uma recuperação economicamente e enfrentar o avanço da influência norte-americana, 
os europeus objetivaram criar vínculos para integração econômica. Neste mesmo contexto a Europa 
buscava se reconstruir dos danos da Segunda Guerra Mundial e, bem como, de prosperar a paz. Dessa 
forma, outra intenção foi construir uma força militar e de segurança. Na década de 80 outros países 
integraram a CEE comoa: Inglaterra, Grécia, Espanha, Dinamarca, Irlanda e Portugal. Com a adesão 
destes países, a comunidade europeia se chamaria de “Europa dos 12”. 
A criação da União Europeia ocorreu em 1992, na cidade de Maastricht na Holanda, quando os 
países membros da CEE se reuniram e assinaram o chamado Tratado de Maastricht. Este tratado, que 
entrou em vigor apenas em 1993, propôs uma integração e cooperação econômica, buscando 
harmonizar os preços e as taxas de importação. 
Em 1999 foi projetada a união monetária, a qual consistia na criação de um banco central e da 
moeda única, o Euro. Esta nova moeda foi capaz de gerar profundas mudanças no cenário geopolítico 
e pode dar condições de fortalecer a economia e influência da UE para competir com o dólar norte-
americano 
 Com a UE permitiu-se a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas por meio da 
eliminação dos controles das fronteiras entre os países da UE, abolindo barreiras físicas, jurídicas e 
burocráticas. A União Europeia torna a Europa praticamente como se fosse um país único. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
Contexto Geopolítico EUA 
Durante a Velha Ordem mundial, onde O mundo bipolar, que era dividido em dois lados: Estados 
Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista). Com o declínio do socialismo e, consequentemente, 
a queda da União Soviética houve uma transformação no cenário geopolítico mundial, e essa começou 
a ser estabelecida. Com a saída da União Soviética do cenário global, em relação à sua influência 
política, os Estados Unidos passaram a se tornar maior potência mundial e não havia nenhum país para 
ir contra as suas ofensivas. 
Devido ao fortalecimento econômico, obtido durante e pós Segunda Guerra, os EUA exercem um 
grande poder sobre os organismos financeiros internacionais, forçando a abertura da economia de 
países subdesenvolvidos, todavia, possui políticas protecionistas em relação à entrada de produtos 
estrangeiros em seu território criando taxas alfandegárias, além de exercer um forte poder de 
manipulação sobre o mercado internacional. 
Quanto à questão cultural os americanos desenvolvem a difusão de sua cultura, isso ocorre 
através dos veículos de comunicação em massa como canais americanos, seriados, músicas e 
principalmente o cinema, que vende uma imagem ou um modelo a ser seguido ditando ao mundo o que 
se deve vestir, comer, comprar, assistir, ouvir, um exemplo disso são as multinacionais que alteram, 
com os fast food, os hábitos alimentares. 
Os EUA se destacam como potência no seguimento militar, investimento oriundo também 
durante a Guerra fria (conflito entre EUA capitalista e URSS socialista). 
Mas toda essa hegemonia pode entrar em declínio, segundo alguns estudiosos, provocado 
principalmente pela queda do PNB de 1960 a 2003, ameaça de países como China, Tigres Asiáticos e 
Alemanha, absorção de produtos importados por parte dos americanos deixando saldos negativos em 
sua balança comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
Exercícios 
 
1. 
 
Tendo em vista o que a charge pretende expressar e a data de sua publicação, dentre as legendas 
propostas abaixo, a mais adequada para essa charge é: 
a) Suspensão do embargo econômico a Cuba por parte dos EUA. 
b) Devolução aos cubanos da área ocupada pelos EUA em Guantánamo. 
c) Fim do embargo das exportações petrolíferas cubanas. 
d) Retomada das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba. 
e) Transferência de todos os presos políticos de Guantánamo, para prisões norte-americanas. 
 
 
2. Observe o mapa 
 
Atlas Geográfico Escolar. IBGE, 2012. 
 
Com base no mapa e em seus conhecimentos sobre os EUA, 
a) aponte duas razões da importância geopolítica desse país, na atualidade, considerando sua 
localização e dimensão territorial; 
b) explique a importância econômica, para esse país, da região circundada no mapa, considerando 
os recursos naturais e os aspectos humanos. 
 
 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
3. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o governo dos Estados Unidos da América aprovou uma 
série de medidas com o objetivo de proteger os cidadãos americanos da ameaça representada pelo 
terrorismo internacional. Entre as medidas adotadas pelo governo norte-americano estão 
a) A realização de acordos de cooperação militar e tecnológica com países aliados no combate ao 
terrorismo internacional; e a prisão imediata de árabes e muçulmanos que residissem nos Estados 
Unidos. 
b) A realização de ataques preventivos a países suspeitos de sediarem grupos terroristas; e a 
restrição da liberdade e dos direitos civis de suspeitos de associação com o terrorismo. 
c) A concessão de apoio logístico e financeiro a países que, autonomamente, pudessem combater 
grupos terroristas em seus territórios; e a preservação dos direitos civis de suspeitos de 
associação com o terrorismo, que residissem dentro ou fora dos Estados Unidos. 
d) A realização de ataques preventivos a países suspeitos de sediarem grupos terroristas; e a 
flexibilização do ingresso nos Estados Unidos de pessoas oriundas de qualquer região do mundo. 
e) A realização de acordos de cooperação militar e tecnológica com países suspeitos de sediarem 
grupos terroristas; e a preservação dos princípios de liberdade individual e autonomia dos povos. 
 
4. O referendo realizado no Reino Unido em junho de 2016 conduziu ao Brexit, após 43 anos de adesão à 
União Europeia. São potenciais consequências dessa decisão, nos níveis nacional e continental, 
respectivamente, 
a) o pedido da Irlanda do Norte por um novo referendo para decidir sua permanência no Reino Unido 
e a continuidade da livre circulação da moeda europeia, o euro, no Reino Unido. 
b) o pedido da Inglaterra por um novo referendo para decidir sua permanência no Reino Unido e a 
continuidade da livre circulação da moeda europeia, o euro, no Reino Unido. 
c) o pedido da Escócia por um novo referendo para decidir sua permanência no Reino Unido e o 
comprometimento da livre circulação de cidadãos europeus no Reino Unido. 
d) o pedido do País de Gales por um novo referendo para decidir sua permanência no Reino Unido e 
o comprometimento da livre circulação de cidadãos europeus no Reino Unido. 
 
5. No continente europeu, a lógica das economias nacionais presidiu a implantação da atividade 
industrial. Ao longo do século XIX, grandes aglomerações industriais se desenvolveram, na maioria das 
vezes, polarizadas pela presença de complexos siderúrgicos. 
(...) 
A integração econômica definida pelo Tratado de Maastricht promoveu uma profunda reestruturação 
espacial da indústria europeia. 
Adaptado de TERRA, Lygiae outros. Conexões. Ed. Moderna. São Paulo. 2010. 
 
Sobre as mudanças observadas na organização espacial da indústria europeia, analise as afirmações 
a seguir. 
I. Os complexos siderúrgicos tendem a se deslocar para as áreas que enfrentam um processo de 
desindustrialização, com o objetivo de valorizar seus fatores internos. 
II. As empresas tendem a traçar novas estratégias locacionais, visando a atender às necessidades 
de um mercado consumidor multinacional. 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
III. As empresas de capital intensivo surgidas nas últimas décadas tendem a renovar as bacias 
carboníferas, graças às possibilidades de geração de energia renovável. 
Está correto apenas o que se afirma em 
a) I. 
b) III. 
c) I e II. 
d) II. 
e) II e III. 
 
6. A Turquia, um dos países candidatos a integrar a União Europeia, tem dividido opiniões quanto ao seu 
ingresso no bloco. Dentre as polêmicas que dificultam sua entrada, destacam-se: 
I. A posição estratégica que o país ocupa enquanto nação cristã no combate ao terrorismo e ao 
fundamentalismo; 
II. O tratamento diferenciado que o país ainda faz para com homens e mulheres; 
III. A prática de violação dos direitos humanos ainda presente no país, sobretudo contra os curdos; 
IV. A instabilidade econômica que o país ainda não conseguiu solucionar. 
Estãocorretas as assertivas: 
a) I e IV, apenas 
b) I, III e IV 
c) I, II e III 
d) II, III e IV 
e) II e III, apenas 
 
7. “UE criará sistema unificado de eletricidade em 2015. Com geração regional, o bloco soma prejuízos 
de US$ 5,4 bilhões. Integração seria uma forma de ganhar sinergias” (Veja, 25/09/2013). 
O texto acima revela uma importante etapa de integração dos países europeus através da União 
Europeia. Tal integração é considerada importante, pois: 
a) há uma preocupação presente em toda Europa sobre o desmembramento econômico do 
continente. 
b) é uma forma de se precaver diante da eminente ameaça de invasão militar dos Estados Unidos. 
c) poderá tornar a Europa novamente o principal centro econômico e político do mundo. 
d) será uma estratégia de combater os avanços desenfreados da Globalização sobre a Europa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
8. “Para a União Europeia, nada muda. A Espanha continua sendo nosso único interlocutor.” A mensagem 
nas redes sociais do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, é a primeira reação de peso à 
declaração da Catalunha: a UE não reconhece a independência. A equipe de Tusk advertiu que é preciso 
evitar uma “escalada", o que seria uma péssima noticia “para os catalães, para a Espanha e para a 
Europa". 
Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/27/intemadonal/1509120610_062639.html> Acesso em: 27 de mar, 
2017. 
Considerando-se o contexto geopolítico do movimento separatista da Catalunha, responda. 
a) Por que esse movimento separatista representou e ainda representa uma ameaça para os outros 
países integrantes da União Europeia? 
b) Apresente dois argumentos utilizados pelos separatistas da Catalunha para justificar sua 
independência da Espanha. 
9. “Desde 1º de janeiro de 2002, o euro, a nova moeda comum europeia, deixou de ser virtual para tornar-
se realidade. [...] Na maior troca monetária já realizada na história, o euro substituiu 12 moedas, 
tornando-se o meio de pagamento oficial daqueles países. Isso significa que, passado o período de 
dupla circulação, 12 moedas europeias deixaram de existir; é o caso, por exemplo, do marco alemão, 
uma das moedas mais estáveis do mundo; assim como da dracma grega, cujo nome tem suas origens 
no século 6 a.C”. 
“Saiba por que o Euro foi criado”. Folha Online, 18/04/2009. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/. 
 
Entre as consequências da criação do euro, podemos citar: 
I. O alinhamento dos preços das mercadorias e serviços entre os países; 
II. Dinamização das relações econômicas empresariais no mercado financeiro; 
III. Derrubada gradativa das fronteiras entre os países que adotaram a nova moeda; 
IV. Fim das dívidas externas desses países com o FMI, por possuírem, agora, uma moeda mais 
poderosa. 
 
Estão corretas as afirmações: 
a) I e II 
b) III e IV 
c) I, II e III 
d) II, III, IV 
e) I, II e IV 
 
 
10. As origens da oposição dos britânicos à União Europeia (UE), que estão na justificativa do Brexit, 
remontam ao fato de que, historicamente, eles nunca abraçaram uma identidade europeia. O Brexit 
representa um duro golpe ao projeto de integração europeu cujas origens datam do pós-Segunda 
Guerra Mundial. 
BBC Brasil, junho de 2016. Adaptado. 
a) Aponte e explique o contexto geopolítico relacionado à origem do projeto de integração europeia. 
b) Aponte um motivo de ordem econômica e outro de ordem social relacionados ao interesse dos 
britânicos na salda da UE. 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
Questão contexto 
 
O referendo realizado no Reino Unido em junho de 2016 conduziu ao Brexit, após 43 anos de adesão à 
União Europeia. Cite potenciais consequências dessa decisão, nos níveis nacional e continental, 
respectivamente. 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
Gabarito 
 
1. D 
Em dezembro de 2014, os líderes dos EUA e de Cuba anunciaram a retomada das relações diplomáticas 
entre os dois países, rompida no início da década de 1960, durante a Guerra Fria. 
 
2. 
a) Os Estados Unidos são a principal potência mundial. É a quarta maior extensão territorial do mundo, 
rica em recursos naturais (petróleo, gás natural, gás de xisto, metais etc.). É também o terceiro país mais 
populoso e um grande mercado consumidor com alto poder aquisitivo. O país é a maior economia do 
mundo (com PIB avaliado em dólares), industrializado, além de ser potência tecnológica. O país é muito 
influente em todos os fóruns internacionais (ONU, FMI, Banco Mundial, OMC etc.). Também é a principal 
potência militar, representando cerca de 50% dos gastos militares do planeta e com capacidade de 
executar intervenções militares em outros países. 
b) A região circundada é o Nordeste (manufacturing belt, atualmente rust belt). É uma região com grande 
concentração populacional e urbana, a exemplo da megalópole Boswash (Boston, Nova York, Filadélfia 
até Washington). Apresenta grande concentração industrial desde o século XIX, importantes instituições 
de pesquisa, mão de obra qualificada e mercado consumidor. Diversos recursos naturais estimularam a 
industrialização da região, a exemplo do ferro, do carvão (região dos Apalaches) e dos recursos hídricos 
(transporte e geração de energia). 
 
3. B 
Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o governo estadunidense iniciou ações militares 
preventivas em países suspeitos de colaborarem com grupos terroristas. O Afeganistão foi o primeiro 
país a sofrer esse tipo de ataque. Com ele, os Estados Unidos buscaram desarticular e enfraquecer a rede 
terrorista Al Qaeda. 
 
4. C 
A decisão britânica em retirar-se da união europeia, denominada BREXIT, gerou consequências políticas 
que promoverá negociações nos próximos anos. Destaca-se a decisão escocesa em consultar seus 
cidadãos sobre uma possível independência em relação do Reino Unido. Caso essa independência ocorra, 
haverá a possibilidade de a Escócia aderir ao bloco supranacional. 
 
5. D 
Dentre as mudanças observadas na organização da indústria europeia nota-se que muitas empresas se 
deslocaram para áreas que oferecem vantagens fiscais, mão de obra barata e leis ambientais flexíveis. 
Dentre as novas estratégias locacionais destaca-se a preocupação em instalar indústrias em áreas que 
ofereçam boa infraestrutura de transporte e comunicação, permitindo atender mercados consumidores 
de diversos países. Vale lembrar que as empresas de capital intensivo têm pouca relação com a 
renovação das antigas bacias carboníferas. 
 
6. D 
Itens II, III e IV, respectivamente, devido às questões religiosas, as imposições existentes sobre as 
mulheres no país, ainda que tenham sido recentemente atenuadas, ainda são um grande empecilho ao 
ingresso da Turquia na UE. A repressão contra os curdos (maior nação sem pátria do mundo) e contra 
outras desinências étnicas no país, é um problema que pesa contra a Turquia, uma vez que a União 
Europeia não admite posturas governamentais de violação aos direitos humanos. A fragilidade 
econômica da Turquia, apesar dos recentes índices de crescimento, é vista com desconfiança pelos 
membros da União Europeia, o que se tornou pior com as recentes crises pelas quais esse bloco passou. 
 
 
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
7. C 
Um dos principais motivos de integração dos países-membros na União Europeia é promover um melhor 
desenvolvimento do continente e torná-lo novamente o centro do poderio econômico e político mundial. 
 
8. 
a) O movimento separatista na Catalunha representou e ainda representa uma ameaça pelo seu poder de 
fomentar a insurgência de outros movimentos de caráter separatista dentro do bloco. Esses movimentos 
ameaçam a manutenção de territórios historicamente consolidados e têm o potencial de gerar 
repercussões de ordem econômica na estabilidade da UE. 
b) Entre os argumentos destacam-se: a cultura e o idioma diferentes do restante da Espanha, o que 
alimenta uma questão de identidade própria; por ser uma das regiões mais ricas da Espanha, a Catalunha 
enxerga um descompasso

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