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L ÍN G U A P O R T U G U E S A COMUNICAÇÃO, EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA disciplina Comunicação, AExpressão em Língua Portuguesa tem como principais objetivos: agrupar a capacidade de comunicação, expressão e leitura; aprimorar a produção de textos, principalmente textos técnicos e relatórios administrativos e revisar o conteúdo gramatical de nível médio. Alcançar esses objetivos é estar apto a desenvolver sua capacidade de maneira significativa. Instituto do Corretor Centro de Educação Democrata COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 1.1. 19 O Processo de Comunicação ........................................... 1.2. 19 Problemas de Comunicação ............................................ 1.3. 19 Clareza de Expressão ...................................................... 1.4. 20 Elementos da Comunicação ............................................ 1.5. 21 Funções de Linguagem .................................................... 1.6. 22 Figuras de Linguagem ..................................................... 1.7. 22 Vícios de Linguagem ........................................................ TEXTO E LEITURA 2.1. 23 Noção de Texto ................................................................ 2.2. 23 As Possibilidades de Leitura ............................................. 2.3. 24 Textos Publicitários .......................................................... 2.4. 24 Coesão e Coerência ........................................................ 2.5. 24 Relatórios Administrativos ............................................... TEXTOS TÉCNICOS 3.1. 25 Redação Técnica ............................................................. 3.2. 25 Cartas Comerciais ........................................................... Modelos de Documentos ................................................. 3.3. 26 REVISÃO GRAMATICAL 4.1. 32 Termos Essenciais da Oração .......................................... Classificação do Sujeito ......................................... 4.1.1. 32 Classificação do Predicado .................................... 4.1.2. 32 4.2. 33 Concordâncias ................................................................ Concordância Verbal .............................................. 4.2.1. 33 Concordância Nominal ........................................... 4.2.2. 34 4.2.3. 35 Concordância Numeral .......................................... NOVA ORTOGRAFIA 5.1. 35 Acordo Ortográfico ........................................................... 5.2. 36 Teste seus conhecimentos ............................................... 5.3. 36 Acentuação ...................................................................... 5.4. 36 O uso do Trema ................................................................ 5.5. O uso do Hífen ................................................................. 37 5.6. O uso dos Porquês ........................................................... 39 5.7. Onde / Aonde ................................................................... 39 5.8. Mal / Mau ......................................................................... 40 5.9. Palavras Homônimas ....................................................... 40 5.10. Palavras Parônimas ....................................................... 40 1 2 3 4 5 SUMÁRIO 18 Sons, gestos, imagens e palavras cercam a vida do ho- mem moderno compondo mensagens de toda ordem, transmitidas pelos mais diferentes canais como a tele- visão, o cinema, a imprensa, o rádio, o telefone, o telé- grafo, os cartazes de propaganda, os desenhos, a músi- ca e tantos outros. Em todos esses meios de comuni- cação, a língua desempenha um papel preponderante, em sua forma oral ou através de seu código substitutivo escrito. E através dela, o contato com o mundo que nos cerca é permanentemente atualizado e a comunicação é incessante. Etimologicamente, comunicação significa compartilhar opiniões, tornar comum, fazer saber o que implica na in- teração e troca de mensagens. Portanto, é um processo de participação de experiências que modifica a dispo- sição das partes envolvidas. Toda empresa precisa de- senvolver canais de comunicação que proporcionem relacionamento agradável e eficaz entre seus integran- tes e com a comunidade. Por isso, as comunicações administrativas formam um sistema de informação estabelecido para favorecer os participantes da organização. As relações de trabalho exigem linguagem compreensível para que se estabe- leça o entendimento comum. A própria definição de co- municação envolve participação, transmissão e troca de conhecimentos. Desse modo, o desempenho da em- presa depende da eficácia da comunicação de seus participantes. Problemas de comunicação apresentam vários fatores que impedem a eficácia de uma mensagem. Da parte do Emissor pode-se considerar: l Incapacidade verbal, oral ou escrita para expor seu próprio pensamento; l Falta de coerência entre as partes de sua ideia, frase ou pensamento; l Intromissão de opiniões, juízos e valores quando so- mente os fatos podem gerar resultado satisfatório; l Uso de termos técnicos desconhecidos por parte do receptor; l Imprecisão vocabular; 1.1. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 1.2. PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO l Ausência de espontaneidade; l Acúmulo de detalhes irrelevantes; l Excesso de adjetivos, frases feitas, clichês. Da parte do Receptor podemos considerar: l Falta de experiência; l Falta de imaginação; l Ausência de atenção (distração); l Falta de disposição para entender; l Nível de conhecimento insuficiente para a compre- ensão da mensagem. Para obter melhores resultados na comunicação, é ne- cessário desenvolver algumas habilidades técnicas e atitudes que auxiliam no processo de compreensão en- tre as partes envolvidas. Essas habilidades técnicas en- volvem respostas para tais perguntas: l Como transmitir informações? l Como instruir? l Como ser breve e claro? Para fazer com que a comunicação seja eficaz, deve- mos analisar alguns pontos, tais como: l Com quem você vai se comunicar? l O que você irá dizer? l Como você está transmitindo as informações? l Como você se certifica que convenceu o receptor? Prestando atenção nesses itens, podemos conseguir bons resultados em nossa comunicação e, em conse- quência disso, a relação entre os participantes da orga- nização, pode trazer mais benefícios. São muitos os momentos em que vemos pessoas que não se entendem, mesmo falando o mesmo idioma. O que impede estas de emitir a sua mensagem com cla- reza, fazendo-se entender? A comunicação, por mais fácil que possa parecer, é algo difícil de executar com a eficácia devida. Mesmo dentro do mesmo idioma, há maneiras de se ex- pressar, incompreensíveis fora de seu contexto. Para que se possa expressar o que se deseja de uma ma- neira plausível à maioria das pessoas de um determina- do grupo, devemos expandir nossa capacidade de co- municação. 1.3. CLAREZA DE EXPRESSÃO 19 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃOCOMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO UNIDADE 1 Quantas vezes você já explicou algo para uma pessoa e esta não entendeu, mesmo após você repetir o que disse? PENSE BEM! Todos nós podemos falar gírias, mas para que pessoas alheias à elas entendam-nos quando falamos, devería- mos saber explicar com outras palavras cada gíria que falamos, assim como substituí-las por outras palavras que tenham cabimento naquele contexto. Outra coisa que, por mais que achemos que não, au- mentam nosso poder comunicativo é a leitura, ou me- lhor, a aquisição de informações. Não só as que lhe ca- bem, mas também informações gerais. É dessa manei- ra então que, com uma variedade de assuntos para fa- bricaropiniões sobre eles para que o relacionamento na sua empresa melhore. Com uma comunicação eficaz, conseguimos criar novos laços e contatos, dando-nos uma grande gama de oportunidades. A sociedade se baseia na comunicação. No entanto, a comunicação escrita apresenta alguns obstáculos. Por exemplo. Como não podemos explicar tudo o que há por trás do texto que escrevemos, devemos contar com a capacidade de interpretação do nosso receptor e sobre isso não temos controle. Por isso, devemos escrever de maneira clara, simples e precisa para que o texto seja compreensível ao maior número de leitores. Há fatores que favorecem a efetividade da comunica- ção, sendo eles: l Ter um objetivo em mente; l Ter informações suficientes sobre o fato; l Planejar a estrutura da comunicação a ser feita; l Tratar do assunto com prioridade; l Ser preciso; l Conhecer o significado de todas as palavras neces- sárias e escolhê-las adequadamente. Em todo ato de comunicação existem elementos que estão envolvidos: l Emissor; l Código; l Canal; l Mensagem; l Contexto; l Receptor. 1.4. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO É o que fala ou escreve. É a fonte da informação. Ocu- pa, em relação ao receptor, um dos extremos do circuito da comunicação. É o que houve ou lê. É o destinatário da informação. A transmissão da informação supõe a existência de dois polos: o que emite a informação: emissor (locutor ou es- critor), e o destinatário: o receptor (ouvinte ou leitor). Ora um polo é emissor e o outro receptor, ora os papéis são intercambiáveis. É o conjunto de sinais ou símbolos. O emissor e o re- ceptor devem dispor de um código comum a ambos, isto é, de um sistema de sinais convencionais que permita dar a informação de forma perceptível. Quando falamos ou escrevemos, por exemplo, valemo-nos de um código que compõe a língua que utilizamos. Da mesma forma, quem nos ouve ou vê deve dispor do mesmo código a fim de que possa nos entender. Então vejamos a seguir: l Codificar não significa adotar o código, mas esco- lher, selecionar e ordenar os sinais. l Decodificar significa traduzir o código e dar-lhe um sentido. Há outros códigos que não se submetem à linguagem verbal e que não precisam recorrer à ela para serem compreendidos: a música, os sinais de trânsito, a pintura, etc. Toda forma (combinação) codificada de sinais destina- da a transmitir uma informação específica constitui uma mensagem e é por meio da transmissão que nos comu- nicamos. Uma série de mensagens intercambiáveis é uma interação, sendo necessário pelo menos duas pes- soas, o emissor e o receptor, para que ela ocorra. EMISSOR RECEPTOR CÓDIGO MENSAGEM UM EXEMPLO É O CASO DAS GÍRIAS Veremos a seguir cada um dos seis elementos, a fim de que possamos entender como estão interligados e como interagem entre si. Decodificador (A mensagem é decifrada) 4 Emissor (Origem da Mensagem) 1 Retorno (Feedback) 6 Codificador (Conjunto de símbolos) 2 Canal (Escolha dos Veículos) 3 Receptor (Destino da mensagem) 5 Mensagem 20 Para a mensagem chegar ao receptor é necessário um veículo ou um canal que a transporte. Canal é o veí- culo que transporta o texto ou a mensagem. Atua no circuito da comunicação como o elemento comum ao codificador e ao decodificador. l Quando a mensagem é escrita, o canal, o veículo que a transporta são os raios luminosos que chegam à re- tina dos olhos permitindo a leitura; l No caso das mensagens irradiadas, o canal são as ondas hertzianas; l Na mensagem televisionada, há dois canais: os raios para a visão e o ar para a audição; l Já na mensagem em Braile, o canal são as papilas dos dedos, o tato, as mãos; Pelos exemplos percebe-se que o canal pode ser: l O meio de expressão da mensagem, como as própri- as capacidades e os sentidos do homem: a audição, a fala, o tato; l O meio pelo qual a mensagem é transmitida, como o ar na propagação de ondas sonoras; l O veículo pelo qual a mensagem é transmitida, como a televisão, o rádio, o Braile. A produção e a recepção das mensagens estão condi- cionadas à situação (circunstância) ou à ambientação. A mensagem sem contexto pode não ser entendida ou pode ser compreendida de modo diferente. Assim, não há texto sem contexto. Para o contexto português, cha- mar uma garota de rapariga é elogioso. Já no contexto nordestino brasileiro, chamar uma garota de rapariga pode ser uma ofensa. l Função Referencial, Informativa ou Denotativa; l Função Emotiva ou Expressiva; l Função Conativa ou Apelativa; l Função Metalinguistica; l Função Fática; l Função Poética. Função Referencial, Informativa ou Denotativa. Quando a intenção do emissor é apenas a transmitir mensagem, de modo claro e objetivo, sem admitir mais de uma interpretação, com a finalidade de espelhar a realidade, empregando palavras no sentido denotativo, a linguagem assume uma de suas funções mais impor- tantes: referencial, informativa ou denotativa. Esta fun- ção tem o predomínio do contexto; a intenção de infor- mar o conteúdo, as ideias, os argumentos de uma ideia. “ Eu nasci além dos mares. Os meus lares, meus amo- res ficam lá! Onde canta nos retiros seus suspiros. Sus- piros o sabiá ”. Casimiro de Abreu (1837-1860) “ Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, pas- sava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças e, contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a enten- deria, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às ve- zes faziam com as mãos arabescos tão compreensí- veis, que eu, que não participava do auditório, imagina- va os assuntos e suas peripécias e me sentia completa- mente feliz “. Cecília Meireles (1901-1964) Em ambos os textos acima, há predominância da Fun- ção Emotiva e Expressiva. Os textos mostram escrito- res (emissores) voltados para si, para os seus próprios sentimentos. Por isso, a presença de verbos e prono- mes na 1ª pessoa e de pontos de exclamação, reiteran- do os aspectos emocionais da linguagem. Quando há predominância dessas características, o emissor colo- cando seus sentimentos em destaque, pode-se afirmar que prevalece a Função Emotiva ou Expressiva da lin- guagem. A Função Emotiva acorre com maior frequên- cia em textos poéticos, onde o aspecto subjetivo é pre- dominante: “Meu sonho, eu te perdi, tornei-me um homem. O verso que mergulha o fundo da minha alma é simples e fatal, mas não traz carícia...” Vinícios de Moraes (1913-1980) Há predominância da Função Conativa ou Apelativa quando há o desejo do emissor em atuar sobre o re- ceptor, levando-o a uma mudança de comportamento. Isto pode acontecer por meio de uma ordem, um apelo, uma sugestão, uma súplica. Trata-se, portanto, de uma linguagem usada para atrair a atenção do receptor e in- fluenciá-lo a receber a mensagem. Exemplos: l “Pelo amor de Deus, me ajude aqui!” l “Rápido!!! - Sára! Venha aqui!” 1.5. FUNÇÕES DE LINGUAGEM CANAL, MEIO ou VEÍCULO CONTEXTO FUNÇÃO REFERENCIAL A Função Referencial é sempre predominante em textos de jornais, revistas informativas, livros técnicos e didáticos. FUNÇÃO EMOTIVA ou EXPRESSIVA FUNÇÃO CONATIVA ou APELATIVA 21 É o próprio linguístico discutido e posto em prá-código tica. Diz respeito às mensagens relativas ao conjunto de sinais usados na comunicação. O dicionárioé um exemplo de metalinguagem, pois ele utiliza a língua pa- ra falar dela mesma. Põe o em destaque, verificando se o contato en-canal tre o emissor e o receptor continua sendo mantido. Expressões como: Alô; Bom dia; Com licença; Pois não. É a posta em destaque. O emissor tem a mensagem preocupação na escolha das palavras, realçando sons que sugerem significados diversos, para expressar ou enfatizar mensagem. l Referencial: enfatiza o contexto; l Emotiva: enfatiza o emocional do emissor; l Apelativa: enfatiza o receptor (convencimento); l Metalinguística: enfatiza o código; l Fática: põe em destaque o canal; l Poética: põe em destaque a mensagem. Figuras de linguagem são desvios das normas e regras convencionais para conseguir mais elegância e ênfase ao enunciado muito usada no dia a dia, nas canções e também é um recurso literário. l Figuras de som; l Figuras de construção; l Figuras de pensamento; l Figuras de palavras. Nota: Abordaremos a seguir apenas algumas figuras de construção, pensamento e de palavras. l Pleonasmo: consiste numa redundância cuja finali- dade é reforçar a mensagem. Exemplo: “E rir meu riso e derramar meu pranto”. l Ironia: expressão que contém o oposto do que se quer dizer, com a intenção de criticar. Exemplo: “Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou o que estava gravado?” l Antítese: é quando ocorrem oposições de palavras ou expressões, geralmente na mesma frase. Exemplo: “Já estou cheio de me sentir vazio, meu corpo é quente e estou sentindo frio.” l : expressão intencionalmente exagerada Hipérbole com a finalidade de realçar a ideia. Exemplo: “Estou morrendo de sede.” l Eufemismo: é o uso de expressões agradáveis em substituição às que têm sentido desagradável. Exemplo: “Você faltou com a verdade.” l Prosopopeia: atribuição de qualidades e sentimen- tos humanos a seres inanimados e irracionais. Exem- plo: “O jardim olhava as crianças sem dizer nada.” l l Metáfora: Consiste em utilizar uma palavra ou ex- pressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real. A comparação fica subentendida, não é clara. Transportamos o nome de uma coisa para outra. Exemplo: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” l Metonímia: Consiste numa transposição de signifi- cado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. A metonímia explora sempre alguma relação lógica en- tre os termos. Exemplos: Lugar pelo objeto: Fumei um saboroso Havana A parte pelo todo: (charuto) - Tinha seis bocas em casa para alimentar (pessoas) - A causa pelo efeito: Sócrates bebeu a morte (bebeu veneno). l Catacrese: Consiste na utilização de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver outra palavra apropriada ou a palavra apropriada não ser de uso comum. Exemplo: “Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.” São palavras que vão de encontro às normas grama- ticais e costumam ocorrer por descuido ou desconhe- cimento das regras por parte do emissor. l Barbarismo: consiste em pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta. Exemplos: pesqui (correto = pesqui ) za sa pro tipo (correto = pro tipo)to tó l Ambiguidade: trata-se de construir uma frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido. Exemplo: O guarda deteve os suspeitos em sua casa. ( : do guarda ou do suspeito?)na casa de quem l Plenoasmo: consiste na repetição desnecessária de uma ideia. Exemplo: O pai ordenou que as crianças entrassem para dentro imediatamente. 1.6. FIGURAS DE LINGUAGEM FUNÇÃO METALINGUÍSTICA FUNÇÃO FÁTICA FUNÇÃO POÉTICA RESUMO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM FIGURAS DE PENSAMENTO FIGURAS DE CONSTRUÇÃO FIGURAS DE PALAVRAS 1.7. VÍCIOS DE LINGUAGEM 22 Para falar de texto é necessário definir o que é um texto. Podemos abraçar um conceito amplo, lato, de texto. Neste caso, incluiremos como texto, produções nas mais diversas linguagens. Seriam tratadas como textos as produções das artes plásticas, da música, do cine- ma, do teatro, entre outras. Definições que se enquadram nesse caso são: “A palavra texto provém do latim textum , que significa ‘ ' tecido, entrelaçamento (...). O texto resulta de um tra- balho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se obter um todo inter-relacionado. Daí poder fa- lar em textura ou tessitura de um texto: é a rede de rela- ções que garantem sua coesão, sua unidade”. Infante, Ulisses. Do Texto ao Texto. Editora Scipione: São Paulo,1991. “... em um sistema semiótico bem organizado, um signo já é um texto virtual, e, num processo de comunicação, um texto nada mais é que a expansão da virtualidade de um sistema de signo”. Eco, Umberto. Conceito de Texto. São Paulo. T.A. Queiroz, 1984. Nesse sentido podemos entender a “leitura do mundo” de que fala Paulo Freire (1987). É preciso ler o mundo, compreender as diversas manifestações das muitas lin- guagens com as quais temos contato o tempo todo. Es- se conceito lato de texto, apesar de aceito por muitos teóricos e de ser interessante por se tratar de uma abor- dagem geral da compreensão (uma vez que essa de- pende da conjugação de várias linguagens) é adequa- do a algumas situações e ineficiente em outros casos. Se considerarmos um conceito amplo de tratamento, queremos que os sujeitos sejam capazes de “ler” os mais diversos “textos” nas mais diversas linguagens. Aqui vale a pena adotar a acepção de que “tudo é texto”. No entanto, para se fazer um estudo da leitura e da es- crita, por exemplo, é preciso delimitar um pouco esse conceito. Se tudo é texto, lemos o quê? Tudo? O profes- sor que vai alfabetizar tem de ensinar tudo? 2.1. NOÇÃO DE TEXTO TEXTO E LEITURA TEXTO E LEITURA TEXTO E LEITURA UNIDADE 2 Se pensarmos que tudo é texto, podemos ter um con- ceito errôneo. Se buscarmos um objeto de estudo para fazer ciência, a ampliação do conceito é extremamente perigosa e indesejada. Se tudo que vemos e ouvimos pode ser um texto, tudo pode ser texto e o conceito se transforma em nada, pois é intratável, indefinível e, por- tanto, não nos serve. Assim, a melhor definição de texto deve ser esta: “O texto será entendido como uma unidade linguística concreta (perceptível pela visão ou audição) que é to- mada pelos usuários da língua (falante, escritor, ouvin- te, leitor), em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como pre- enchendo uma comunicação reconhecível e reconheci- da, independentemente de sua extensão”. Travaglia, Luiz Carlos - Gramática e Interação São Paulo - Cortez, 1997, p.67 Assim, podemos finalizar com o seguinte conceito: Assim, um texto terá uma sequência verbal (palavras), na forma oral ou escrita, que formará um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação. A leitura de um texto não está nos devaneios interpre- tativos do leitor, mas inscrita como possibilidade no tex- to. Lido de maneira fragmentada, um texto pode dar a impressão de um aglomerado de noções desconexas, ao que o leitor pode atribuir o sentido que quiser. Desse modo, existem inúmeras possibilidades de interpretar um texto, mas há limites. Determinadas interpretações se tornarão inaceitáveis se levarmos em conta a cone- xão, a coerência entre seus vários elementos. Essa coerência é garantida pela reiteração entre esses elementos, tais como: a reiteração; a redundância; a re- petição e a recorrência a traços semânticos ao longo do discurso. Para perceber as reiterações, o leitor deve tentar agrupar os elementos significativos que se so- mam ao se confirmarem num mesmo plano do signi- ficado.Deve percorrer o texto inteiro, tentando localizar todas as recorrências, ou seja, todas as figuras e temas que conduzem a um mesmo bloco de significação. Essa recorrência determina o plano de leitura do texto. Texto é um termo verbal estruturado de tal modo que as ideias formam um todo coeso, uno e coerente. Suas partes devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. 2.2. AS POSSIBILIDADES DE LEITURA 23 Segundo Cirelli (1985) - “... o elemento persuasivo está colocado ao discurso como a pele ao corpo”. Partindo dessa ideia podemos afirmar que nenhum tex- to é neutro, pois cada comunicação tem uma intenção e quer convencer o interlocutor sobre algo. Os textos que mais explicitamente têm intenção de convencer o re- ceptor é o publicitário, isto é, a propaganda. A técnica publicitária parece basear-se no pressuposto de que quanto mais um anúncio viola as regras de comunica- ção, mais atrai a atenção do espectador. A mensagem publicitária se vale de soluções já codifi- cadas. Nesse sentido, a publicidade não tem valor infor- mativo, mas somente valor ideológico. Isso significa que uma propaganda tem a intenção de persuadir im- pondo a ideologia do que anuncia. A propaganda passa os valores da ideologia dominante, aqueles em que a sociedade acredita e mostra uma maneira de ver o mun- do. Assim, é comum percebermos nos textos publici- tários ideias, tais como: valorização do sucesso, da be- leza, do status, etc. A propaganda visa tornar-se a ver- dade de todos, impondo alguma ideia como a mais cor- reta, ou a que trará sucesso, beleza, dinheiro, etc. O parágrafo é uma unidade do discurso que tem em vis- ta atingir um objetivo e não se limita a determinar pau- sas. Sua finalidade não está limitada ao que é de ordem estrutural, mas estende-se à qualidade das ideias. Des- se modo, ideias novas constituem parágrafos diversos. Conforme a estrutura do parágrafo, todo texto escrito pressupõe uma organização diferente do texto falado. A sua forma e estruturação são essenciais para a clareza da comunicação da mensagem. Entretanto, elementos como a coesão e a coerência também contribuem para que esse discurso seja bem sucedido. A coesão é a manifestação linguistica da coe- rência e vem do modo como os conceitos e relações subjacentes são expressos na superfície textual. Res- ponsável pela unidade formal do texto, a coesão cons- trói-se através de mecanismos gramaticais (pronomes anafóricos, conjunções, etc.). Portanto, a coesão reve- la-se na escolha desses mecanismos. A coerência encontra-se nas partes de um texto que de- vem concordar entre si, no que diz respeito às informa- ções. Daí a necessidade de ordem e inter-relação. Quando falamos na necessidade de ordem, falamos que é preciso narrar fatos sequencialmente, pois o de- senvolvimento de um “acontecimento” depende do que foi dito anteriormente. Se não há ordem, o leitor se sente perdido e não reconhece o objetivo do autor. Quando falamos de inter-relação falamos da relação que é esta- belecida entre os fatos, as ideias. É necessário que haja ligação entre o que é dito para haver coerência. Relatórios administrativos são comunicações elabora- das pelos membros de uma empresa. A importância desses textos não consiste em sua forma, mas sim em sua utilidade porque têm como objetivo prestar informa- ções sobre a situação do ocorrido na empresa, como projetos, operações, etc. l Apresentação de solução de problemas; l Enumeração de fatos; l Exposição temporal: cronologia dos fatos; l Argumentação. O esquema da apresentação que segue exposição cro- nológica dos fatos, expõe, o problema, depois as cau- sas e efeitos e, concluindo, a solução. Elaborar relatórios requer treino contínuo. A primeira providência a ser tomada é fazer um plano ou esquema, pois será útil para a precisão e qualidade do relatório. Esses esquemas filtrarão as informações para que o texto final não tenha dados irrelevantes. Para que sejam preparados com mais eficiência, deve-se considerar o tema, as circunstâncias, o receptor e reunir todas as in- formações relevantes antes de começar a escrevê-los. Considerando que a comunicação será eficaz de pro- duzir a resposta desejada, é necessário poupar o recep- tor de informações inoportunas porque uma impressão positiva sobre o relatório pode gerar uma resposta po- sitiva. 2.3. TEXTOS PUBLICITÁRIOS 2.4. COESÃO E COERÊNCIA 2.5. RELATÓRIOS ADMINISTRATIVOS ESTRUTURAS DE RELATÓRIO TÉCNICAS DE REDAÇÃO Há textos que permitem mais de uma leitura. As mesmas figuras podem ser interpretadas seguindo mais de um plano de leitura. Dizer que um texto pode permitir várias leituras não implica admitir que qualquer interpretação seja correta nem que o leitor possa dar ao texto o sentido que lhe for conveniente. O texto que admite várias leituras contém em si indica- dores dessas várias possibilidades. No seu interior apa- recem figuras ou temas que têm mais de um significado e que apontam para mais de um plano de leitura. Há ou- tros termos que não se integram a certo plano de leitura proposto e por si são desencadeadores de outro plano. Portanto, devemos ter consciência de que, mesmo que um texto não tenha apenas uma possibilidade de leitu- ra, não devemos delirar em sua interpretação. 24 A linguagem de uma carta comercial deve ser clara, simples, objetiva, formal e correta. O termo comumente usado é V.Sª. (Vossa Senhoria). Norma estética e formal de uma carta comercial: l Papel modelo A-4 (210 x 297 mm) l Impressão de um lado apenas do papel l De 20 a 25 linhas por página l De 60 a 70 toques por linha l Usam-se espaços duplos l Margens direita, esquerda, superior e inferior: 3,0 cm l O vocativo tem depois de si dois pontos (:) l Antes de iniciar, pode-se colocar - Ref.: (referência) Introduções mais comuns: l Participamos-lhe que... l Desejamos cientificá-los de que... l Atendendo às suas solicitações... l Informamos V. Sª. de que... l Em vista do anúncio publicado no... em... Fechos de cortesia: l .Atenciosamente (para pessoa com cargo semelhante); l Respeitosamente. (para pessoa com cargo importante); l Com elevada consideração; Abraço ao amigo. (para pessoas íntimas); l Cordiais saudações. (para pessoas amigas). Fechos que devemos evitar: l Aguardando suas notícias; um abraço; l Sem mais para o momento ... l Subscrevo-me... TIMBRE DA EMPRESA 5 espaços DE 357/09 3 espaços Florianópolis, 28 de fevereiro de 201 9 5 espaços Ref.: Solicitação de liberação de funcionários 3 espaços Sr. Marinho 3 espaços Informamos V. Sª. de que no dia 10 de março de 2014 o Centro de Educação Nacio- nal oferecerá um curso de aperfeiçoamento. Portanto, solicitamos a liberação dos funcionários para que possam vir a assistir ao curso a ser ministrado. Esperamos resposta oficial sobre a li- beração dos funcionários. 3 espaços Atenciosamente. 3 espaços Genésio Ribeiro 3 espaços GR/TF (iniciais do redator e do digitador) 3 espaços c/c: Gerência de Recursos Humanos Blumenau, 28 de fevereiro de 201 .9 Senhor Diretor: Estamos iniciando a comercialização de Cartões de Natal confeccionados pelas crianças carentes da comunidade VillaBella. Tal iniciativa tem a intenção de incen- tivar a criatividade dos menores que ali resi- dem e que agora fazem parte do projeto so- cial que iniciamos nesta semana. Convidamos V. Sª. a participar desse projeto, aceitando apreciar nossos cartões e assim, se desejar, contratar os serviços do projeto. Agradecemos, antecipadamente, em nome dos menores, a preferência que V. Sª. nos dará. Atenciosamente. Diretora Social - Projeto VillaBella 3.2. CARTAS COMERCIAIS TEXTOS TÉCNICOS TEXTOS TÉCNICOS TEXTOSTÉCNICOS UNIDADE 3 l é o ato de redigir, de exprimir pensamen-Redação tos e ideias através da escrita. l Técnica é o conjunto de métodos para execução de um trabalho, a fim de se obter um resultado. l Redação Técnica engloba textos como: ata, circular, certificado, contrato, memorando, parecer, procura- ção, recibo, relatório, currículo, entre outros. 3.1. REDAÇÃO TÉCNICA 25 EMPRESA DA LARANJA CNPJ Nº 00.000.000/0000-00 ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Realizada em vinte e oito de fevereiro de dois mil e quatorze, às vinte horas na sede na em- presa, sita na Avenida Paulista, nº 1000, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, conforme Edital de Convocação publicado nos jornais Diário Oficial do Estado e Folha da Avenida, do dia dez de dezembro de dois mil e treze. Quorum de Instalação: presen- tes os acionistas representando mais de um terço do capital social com direito a voto, con- forme livro de presença. Presidência/Secre- tária: presidida, nos termos do artigo vinte e um do Estatuto Social, por Terêncio Bertoldo Neves e secretariada por Gertrudes Helena Soares. Deliberações: os senhores acionis- tas, por unanimidade de votos, deliberam: aprovar a candidatura de Carmem de Abreu e Silva à presidência da empresa. Aprova- ção: após sua leitura aos presentes, foi esta ata por todos eles aprovada e assinada. São Paulo, vinte e oito de fevereiro de dois mil e quatorze. Terêncio Bertoldo Neves, Presi- dente; Gertrudes Helena Soares, Secretá- ria; demais acionistas. A presente é cópia fiel do original transcrito no livro de atas de as- sembleia de acionistas da empresa. Gertru- des Helena da Silva Soares - secretária. Se- cretaria do Comércio de Laranja do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 12345-67, aos vinte e oito dias de fevereiro de dois mil e dezenove. Gertrudes Helena Soares - Secretária Geral.................. Modelo de Ata: A seguir alguns modelos de documentos: Em assembleias gerais ou em reuniões é lavrado um documento que contém o resumo escrito dos fatos e re- soluções, que se denomina . As atas são escritas Ata em livro próprio, cujas páginas são numeradas e rubri- cadas. Atualmente, está bastante difundido o uso de atas digitalizadas, mas as normas são as mesmas. Não se diz e sim, . A “redigir uma ata” “lavrar uma ata” pessoa encarregada de numerar e rubricar as páginas do livro de atas terá que redigir o termo de abertura: “es- te livro contém “x” páginas por mim numeradas e rubri- cadas e se destina ao registro de atas da Empresa Y”. Na ata não se empregam parágrafos, embora nela se trate de assuntos diferentes. Nela não se admitem rasu- ras. Em caso de engano usam-se as expressões corre- tivas “ ”, “ ” e, logo a seguir, deve-se escrever a aliás digo palavra correta. Toda ata deve conter início, desenvolvi- mento e conclusão. Coloca-se, primeiramente, o núme- ro de ata e a natureza da reunião (de diretoria, assem- bleia ordinária, extraordinária, etc.). Ainda no inicio da ata, faz-se referência à hora, ao dia, mês e ano, escritos por extenso. Outro item que constitui o início da ata é o local de reunião e das demais pessoas presentes. O desenvolvimento é a parte da ata, onde se resumem, ordenadamente, todos os fatos e decisões da reunião. A última parte de que se compõe a ata é o encerramento, fecho ou conclusão, geralmente uma forma padroni- zada que conclui (ou encerra) a ata. No caso da ata di- gitalizada, no decurso da reunião, as anotações neces- sárias são feitas em escrita manual e, concluídos os tra- balhos, a ata será digitalizada em sua forma final. As atas digitalizadas terão todas as linhas numeradas e o espaço que sobra à margem direita, preenchido com pontilhado. Em resumo: Ata é um registro no qual se relata detalhadamente o que ocorreu em uma reu- nião, assembleia ou convenção. l Data; l Hora da realização; l Local onde foi realizada a reunião; l Identificação das pessoas presentes; l Declaração do presidente; l Declaração do secretário (a); l Ordem do dia; l Fechamento. 3.3. MODELOS DE DOCUMENTOS ATA Atualmente, as mensagens eletrônicas são usadas com muita frequência. Esse tipo de mensagem é como qualquer outra mensagem escrita, pois requer os mes- mos cuidados. Clareza, simplicidade e coerência de- vem estar presentes também na correspondência ele- trônica. Estruturalmente, o e-mail é semelhante à carta pessoal. O texto deve ter um vocativo (saudação inici- al), a mensagem, uma despedida (atenciosamente, cordialmente, respeitosamente) e, por fim, a assinatu- ra do emitente. E-MAIL ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA ATA Assinaturas 26 O aviso caracteriza-se pela informação ou comunicado a alguém. A forma mais comum de aviso é aquele em que o empregador notifica a rescisão de contrato ao em- pregado: o aviso prévio. A circular caracteriza-se como uma comunicação que é dirigida a várias pessoas ou a um órgão. Tem intuito de transmitir avisos, ordens, instruções, etc. AVISO CONTRATO CIRCULAR CIRCULAR Senhores, O diretor da escola informa que só aceitará matrículas acompanhadas de cópias autenti- cadas dos seguintes documentos: l Carteira de Identidade l Cadastro Pessoa Física - CPF l Comprovante de endereço l Compravante de escolaridade As cópias deverá ser grampeadas ao Reque- rimento de Matrícula para que não venha a ocorrer problemas relativos a perda de docu- mentos. Florianópolis, 28 de fevereiro de 2019. Assistente da Diretoria Edital é um ato de que se vale uma pessoa ou entidade para fins de comunicação, convocação, citação, aber- tura de concorrência, intimação, resultado de concur- so, etc., publicado em órgão da imprensa. O edital deve orientar os interessados no assunto. EDITAL CONDOMÍNIO EDIFÍCIO MERIDIONAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA EDITAL Pelo presente, ficam convocados os senhores condôminos para a Assembleia Geral Extraor- dinária a ser realizada no dia 20 de julho pró- ximo, às 20:30 horas, em primeira convocação e, às 21:00 horas, em segunda convocação, no salão de festas do condomínio, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: l Leitura, discussão e aprovação da ata da úl- tima assembleia; l Obras: valores recebidos até a presente da- ta; valores pagos; contratos firmados; valo- res a pagar; previsão para o seu término; l Solarium: manutenção e reformas; l Assuntos gerais. Florianópolis, 28 de fevereiro de 2019. ____________________ Assinatura do Síndico Jean Miélot (1472). Escriba europeu em seu escritório. O escriba ou escrivão era aquele que na Antiguidade dominava a escrita e a usava para, a mando do regente, redigir as normas do povo daquela região ou de uma determinada religião. Também exercia as funções de contador, secretário, copista e arquivista. Contrato é um documento resultante de um acordo en- tre duas ou mais partes em relação a algo. O contrato pode ser: l Unilateral: uma parte promete e a outra aceita; Exemplo: Doação pura. l Bilateral: as partes transferem mutuamente alguns direitos e reciprocamente os aceitam; Exemplo: Na compra de um produto, o contratante (consumidor) e o contratado (vendedor) combinam de acertar a quantia em dinheiro somente no término do serviço do contratado. l Cumulativo: a coisa que cada uma das partes se obriga a dar ou fazer equivale à que tem de receber; Exemplo: Compra e Venda. l Aleatório: o lucro que se há de receber do contrato é únicamente provável e incerto; Exemplo: Seguros. 27Convocação é uma forma de comunicação escrita na qual se convoca alguém para determinada reunião. CONVOCAÇÃO ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCAÇÃO A diretoria da APE, no exercício de suas atri- buições, convoca a Assembleia Geral da APE para reunir-se, em caráter ordinário, na Avenida Paulista, nº 1000, a 28 de janeiro de 2015, às 20 horas, para deliberarem sobre a seguinte pauta: 1. Discutir as aulas de Fevereiro; 2. Apreciar e aprovar o Calendário Letivo; 3. Decidir sobre outros assuntos relevantes. São Paulo, 21 de janeiro de 2019. ____________________________ Assinatura do Presidente Declaração é um documento em que se explica, mani- festa opinião e depõe a favor de alguém. DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO ADEMAR DE PÁDUA, brasileiro, casado, autônomo, portador da Carteira de Identi- dade nº 1.234.567. residente na cidade de São Paulo, à Av. Paulista, 2000, apto.10, de- clara que o Sr. PEDRO DA SILVA, brasileiro, casado, comerciário, portador da Carteira de Identidade nº 1.678.459 e CPF 001.123.456- 00, filho de João da Silva e Maria da Silva, re- sidentes à Rua 15 de Novembro, nª 1000, bairro Boa Esperança, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo é pessoa idônea, nada conhecendo de desabonador em sua con- duta pessoal e profissional. São Paulo, 28 de fevereiro de 2019. _________________________ Ademar de Pádua Atestado é uma declaração firmada por uma autorida- de em favor de alguém ou algum fato. ATESTADO ATESTADO DE FREQUÊNCIA Atestamos para os devidos fins que Marce- lino Moraes de Coimbra, brasileiro, solteiro, natural de Florianópolis, Santa Catarina, portador da Carteira de Identidade nº 4R- 123.456-7, está regularmente matriculado neste estabelecimento de ensino - Colégio Assis, desde 2014 sob o número de matrí- cula nº 01234/00. Florianópolis, 28 de fevereiro de 2019. ________________________________ Assinatura da Autoridade Diretor de Ensino Memorando é um documento usado como correspon- dência interna nas empresas. Traz impresso, abaixo do timbre da empresa, a expressão “Memorando” ou “Memorando Interno”. Logo abaixo há, também im- presso, Nº e “Em ___/___/___”, utilizado para numerar e datar o memorando. Na linha precedida de “De:”, se especifica o cargo de quem o envia, na linha precedida de “Para:”, o cargo de quem o recebe, e na linha prece- dida de “Assunto:”, o título para o assunto em questão. Deve ser redigido de maneira sucinta, usando-se ape- nas palavras indispensáveis à clareza do assunto tra- tado. As expressões formais, usadas no encerramento das correspondências comerciais, são dispensáveis no memorando, bastando a assinatura de quem o envia. Algumas organizações adotam para seus memoran- dos uma forma de encerramento bastante simples: l Quando o memorando for dirigido a um superior hie- rárquico, o encerramento será feito através da pala- vra “Respeitosamente”. l “Grato” é o encerramento usado no memorando em que é feita uma solicitação. l Quando o memorando é trocado entre funcionários da mesma hierarquia, “Saudações” é a forma de en- cerramento comumente usada. MEMORANDO 28 PROCURAÇÃO Procuração é um documento que autoriza uma pessoa a realizar negócios em nome de outra. Imagine a se- guinte situação: você precisa viajar e não pode partici- par da reunião do condomínio. A solução é autorizar alguém a representá-lo em seu lugar. Você poderia re- digir a seguinte procuração (observe atentamente as in- formações necessárias). PROTOCOLO PROCURAÇÃO Por este instrumento particular de procuração, eu, JOAQUIM SILVEIRA, brasileiro, econo- mista, casado, residente e domiciliado nesta cidade, à Rua do Príncipe, nº 234, apartamen- to nº 678, portador da Carteira de Identidade nº 3.456.789 e do CPF 123.456.789-00, no- meio o Sr. PEDRO DOS SANTOS, brasileiro, casado, representante comercial, residente e domiciliado nesta cidade, à Rua Amazonas, nº 1001, apartamento nº 340, portador da Car- teira de Identidade nº 999.888-00 e do CPF nº 987.654.321-00, para o fim específico de re- presentar-me na reunião de condomínio do Edifício Solar das Palmeiras, com poderes pa- ra votar, contestar e assinar documentos ne- cessários ao bom e fiel cumprimento deste mandato. Para fins de direito, firmo a presente procura- ção. Florianópolis, 28 de fevereiro de 2019. ____________________________ Joaquim Silveira (*) Assinatura com firma reconhecida É o registro dos atos públicos ou das audiências nos tri- bunais. Comercialmente, é como denominamos os re- gistros de correspondência de uma empresa ou regis- tros de entrada e saída de materiais ou documentos. PROTOCOLO Destinatário: ................................................ Data: ............................................................ Endereço: .................................................... Cidade: ............................... Estado: ............ Conteúdo: .................................................... ..................................................................... ..................................................................... ..................................................................... ..................................................................... ..................................................................... ..................................................................... Recebido em: ____/__________/________ _____________________________ Carimbo e Assinatura RECIBO Recibo é um documento em que se declara o recebi- mento de algo ou valor. RECIBO Recebemos da Marco Incorporações Ltda. a importância de R$ 150.000,00 (cento e cin- quenta mil reais) como pagamento de co- missões referente à venda de um aparta- mento situado à Av. Rio Branco, 750, Blume- nau, Santa Catarina. Blumenau, 28 de fevereiro de 2019. ________________________________ Assinatura Testemunhas: a) ___________________ b) ___________________ NOTA PROMISSÓRIA Nota Promissória é a promessa (compromisso) de pa- gamento feita pelo devedor ao credor. São requisitos: l Denominação: “Nota Promissória”; l Importância a ser paga (expressa por extenso); l Nome do credor a quem a importância deverá ser paga; l Nome legível do credor e devedor; l Assinatura do emitente devedor. 29 ESTATUTO l O Estatuto é o regimento que determina as normas de uma organização, empresa, estabelecimento de ensino, fundação, entre outras entidades. ESTATUTO SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO VILLA BELLA ARTIGO 1º - DENOMINAÇÃO, SEDE, FINALIDADE E DURAÇÃO A Associação designada Associação Villa- Bella, fundada em 1º de Janeiro de 2014, com sede na Rua Manaus, 100, CEP 89.000-000, Blumenau, SC, é uma associação de direito privado, constituída por tempo indetermina- do, sem fins econômicos, de caráter organi- zacional, filantrópico, assistencial, promocio- nal, recreativa e educacional, sem cunho po- lítico ou partidário, com a finalidade de aten- der a todos que à ela se dirigem, independen- te da nacionalidade, classe social, sexo, raça, cor ou crença religiosa. ARTIGO 2º - PRERROGATIVAS DA ASSOCIAÇÃO No desenvolvimento de suas atividades, a As- sociação observará os princípios da legalida- de, impessoalidade, moralidade, publicida- de, economicidade e da eficiência, com as se- guintes prerrogativas. (acrescentar neste inci- so todas as finalidades da Associação). Parágrafo Único: Para cumprir suas finalida- des sociais, a Associação se organizará em tantas unidades quantas se fizerem necessá- rias, em todo o território nacional, as quais fun- cionarãomediante delegação expressa da matriz, e se regerão pelas disposições conti- das neste Estatuto e, ainda, por um Regimen- to Interno, aprovado pela Assembleia Geral. ARTIGO 3º - COMPROMISSOS DA ASSOCIAÇÃO A Associação se dedicará às atividades atra- vés de seus administradores e associados, e adotará práticas de gestão administrativa su- ficientes a coibir a obtenção, de forma indivi- dual ou coletiva, de vantagens ou benefícios lícitos ou ilícitos, de qualquer forma, em decor- rência da participação nos processos decisó- rios, e suas rendas serão integralmente apli- cadas exclusivamente em território nacional, na consecução e no desenvolvimento de seus objetivos sociais. ARTIGO 4º - DA ASSEMBLEIA GERAL A Assembleia Geral Deliberativa é o órgão máximo e soberano e será constituída pelos seus associados em pleno gozo de seus direi- tos. Reunir-se-á sempre no transcorrer da se- gunda quinzena de janeiro, para tomar co- nhecimento das ações da Diretoria Executiva e, extraordinariamente, quando devidamente convocada. Constituirá em primeira convoca- ção com a maioria absoluta dos associados e, em segunda convocação, meia hora após a primeira, com qualquer número, deliberando pela maioria simples dos votos dos presentes, salvo nos casos previstos neste Estatuto, ten- do as seguintes prerrogativas: I - Fiscalizar os membros da Associação, na consecução de seus objetivos; II - Eleger e destituir os administradores; III - Deliberar sobre a previsão orçamentária e a prestação de contas; IV - Estabelecer o valor das mensalidades dos associados; V - Deliberar quanto a compra e venda de imó- veis da Associação; VI - Aprovar o Regimento Interno, que discipli- nará os vários setores de atividades da Asso- ciação; VII - Alterar, no todo ou em parte, o presente Estatuto Social; VIII - Deliberar quanto à dissolução da Asso- ciação; IX - Decidir, em última instância, sobre quais- quer assuntos de ordem social, bem como so- bre os casos omissos no presente Estatuto ou no seu Regimento Interno. Parágrafo Primeiro: As Assembleias Gerais poderão ser Ordinárias ou Extraordinárias e serão convocadas, pelo presidente ou por 1/5 (um quinto) dos associados, mediante edital fixado na sede social da Associação, com an- tecedência mínima de 10 (dez) dias de sua realização, onde deverá constará: o local, o dia, o mês, o ano, hora da primeira e segunda chamadas, ordem do dia, e o nome de quem a convocou. continua na página seguinte... 30 Parágrafo Segundo: Quando a Assembleia Geral for convocada pelos associados, deve- rão convocá-la no prazo de 3 (três) dias, con- tados da data da entrega do requerimento, que deverá ser encaminhado ao Presidente através de notificação extrajudicial. Se o Pre- sidente não convocar a Assembleia, aqueles que deliberaram por sua realização, farão a convocação; Parágrafo Terceiro: Serão tomadas por es- crutínio secreto as deliberações que envol- vam eleições da Diretoria e Conselho Fiscal e o julgamento dos atos da diretoria quanto à aplicação de penalidades. ARTIGO 5º - ....... acrescentar as normas as quais foram deliberadas quando da sua cons- tituição. ARTIGO 6º - ........... acrescentar as normas as quais foram deliberadas quando da sua cons- tituição. ARTIGO 7º - DOS DEVERES DOS ASSOCIADOS I - Cumprir e fazer cumprir este Estatuto; II - Respeitar e cumprir as decisões da As- sembleia Geral; III - Zelar pelo bom nome da Associação; IV - Defender o patrimônio e os interesses da Associação; V - Cumprir e fazer com que seja cumprido o Regimento Interno; VI - Comparecer por ocasião das eleições; VII - Votar por ocasião das eleições; VIII - Denunciar qualquer irregularidade veri- ficada dentro da Associação, para que a As- sembleia Geral tome providências. Parágrafo Único: É dever do associado con- tribuinte honrar pontualmente com as contri- buições associativas. ARTIGO 8º - ........... acrescentar normas as quais foram deliberadas quando da sua cons- tituição. ARTIGO 9º - ........... acrescentar normas as quais foram deliberadas quando da sua cons- tituição. ARTIGO 10 - ............. acrescentar as normas as quais foram deliberadas quando da sua constituição. ARTIGO 11 - DA APLICAÇÃO DAS PENAS As penas serão aplicadas pela Diretoria Exe- cutiva e poderão constituir-se em: I - Advertência por escrito; II - Suspensão de 30 dias até 1 ano; III - Eliminação do quadro social. ARTIGO 12 - DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS DA INSTITUIÇÃO São órgãos da Associação: I - Diretoria Executiva; II - Conselho Fiscal. ........... ARTIGO 29 - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS A Associação não distribui lucros, bonifica- ções ou vantagens a qualquer título, para diri- gentes, associados ou mantenedores, sob nenhuma forma ou pretexto, devendo suas rendas ser aplicadas, exclusivamente, no ter- ritório nacional. ARTIGOS SEGUINTES - ... acrescentar tantos artigos quantos foram deliberados por oca- sião da constituição da Associação. ARTIGO 30 - DAS OMISSÕES Os casos omissos no presente Estatuto serão resolvidos pela Diretoria Executiva, “ad refe- rendum” em Assembleia Geral. Blumenau, 1º de janeiro de 2019. Presidente Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário Assessoria Jurídica - Advogado - OAB-0000 31 A produção de todo e qualquer texto deve levar em con- ta os princípios e as regras da língua. O português, por exemplo, nem sempre apresenta regras simples, embo- ra sejam necessárias para um texto bem estruturado e claro. Muitas vezes, o processo de criação textual aca- ba ignorando as normas gramaticais que podem com- prometer todo o texto produzido. Dessa forma, a aplicação das normas gramaticais e res- pectiva revisão do texto torna-se imprescidível para ga- rantir a clareza e a coerência do texto. Afinal, a forma não deve ser o único aspecto levado em conta, mas seu conjunto. Às vezes boas ideias acabam por passar despercebi- das, simplesmente porque a forma de exprimi-las não atingiu os leitores, ou seja, o redator não conseguiu seu objetivo de informar corretamente. Muitos textos trazem as regras gramaticais corretamen- te aplicadas, mas as frases parecem vazias, sem senti- do algum. Seja qual for o objetivo que pretenda atingir (informar, descrever, vender, apresentar ou divertir) o texto deve estar bem estruturado e coerente com sua função. Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os essenciais. A oração possui dois termos essenciais, sujeito e predicado. l Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo. Exemplo: A praia está cada vez mais poluída. Como “achar” o sujeito? Encontra-se o verbo e se faz a pergunta: Quem? - O que? Nesta frase do exemplo acima, deve- mos perguntar: O que está? E a resposta será o sujeito, ou seja, a resposta é: “a praia”. l Predicado: é aquilo que se declara a respeito do su- jeito. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vo- cativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predi- cado. Exemplo: A praia está cada vez mais poluída. Agora que já encontramos o sujeito desta frase, iremos identificar seu predicado. Conforme enunciado, o pre- dicado desta frase é: “está cada vez mais poluída”, pois se trata da ação do sujeito “a praia”. 4.1. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO l Sujeito Simples: apresentará um só núcleo (núcleo é qualquer substantivo, pronome ou palavra substan- tivada). Exemplo: O lápis. l Sujeito Composto: sempre apresentará dois ou mais núcleos. Exemplo: O lápis e a caneta sumiram. l Sujeito Oculto: quando os pronomes: eu, tu, ele, nós e vós não aparecem na oração. Exemplo: Vendi a casa. (sujeito oculto: “eu”) l Sujeito Inexistente: verbos que indicam fenômenos da natureza (chover, ventar, etc.); verbo haver no sentido de existir; verbo fazer, ser e estarsempre indi- cando tempo. Exemplo: Choveu muito hoje. l Sujeito Indeterminado: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural e não aparece o sujeito nem antes e nem depois do verbo. Exemplo: Bateram à porta. Neste item, iremos abordar somente o predicado ver- bal e o predicado nominal. l Predicado Verbal: caracteriza-se como predicado verbal porque tem um verbo como núcleo e não pos- sui predicativo do sujeito. Exemplo: Meus dois belos cães morreram ontem. l Predicado Nominal: possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo e é formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. Exemplo: Cláudia anda nervosa. Observação: Sempre haverá um predicativo do sujeito quando houver um verbo de ligação. Exemplos de verbos de ligação: ser, estar, parecer, per- manecer, ficar, virar, continuar e andar. 4.1.1. CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO 4.1.2. CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO REVISÃO GRAMATICAL REVISÃO GRAMATICAL REVISÃO GRAMATICAL UNIDADE 4 Francis Bacon (1561-1626) “A leitura traz ao homem plenitude, a conversação torna-o ágil e a escrita dá-lhe a precisão”. 32 4.2. CONCORDÂNCIAS Concordância é a harmonia de flexão de uma frase. Há dois tipos de concordância: Nominal e Verbal. l Concordância Nominal: Um adjetivo ou termo com valor de adjetivo (nome, numeral, artigo, particípio) concorda em gênero e número com o substantivo que o acompanha. Exemplo: Curvas traiçoeiras transfor- mam motoristas em pilotos de rali. l Concordância Verbal: O verbo concorda em núme- ro e pessoa com seu sujeito. Exemplo: Obras mal executadas criam armadilhas. l O verbo concorda com o sujeito. Portanto, para efe- tuar a concordância corretamente é necessário reco- nhecer o sujeito da oração, tendo em vista que exis- tem diversos tipos de sujeito. Exemplos: l Simples; l Composto; l Oculto; l Indeterminado; l Inexistente. O sujeito pode vir antes ou depois do verbo, constituin- do diversas expressões diferentes. Concordância do Verbo com o SUJEITO SIMPLES l Quando é sujeito simples, antes ou depois do verbo. Se o sujeito simples estiver no singular, o verbo fica no singular. Se o sujeito simples estiver no plural, o verbo fica no plural. Exemplos: l O disco voador apareceu; l Apareceu o disco voador; l Os astronautas desceram; l Desceram os astronautas; l Eu vi a nave; Nós vimos a nave. Concordância do Verbo com o SUJEITO COMPOSTO l Quando se trata do sujeito composto antes do verbo, o verbo deve ficar no plural. Exemplo: A lua e as estrelas surgiram. l O verbo fica no plural ou concorda com o mais próxi- mo. Exemplo: Surgiram a lua e as estrelas. 4.2.1. CONCORDÂNCIA VERBAL l Concordando com o sujeito mais próximo (se o mais próximo for plural, o verbo será no plural). Exemplo: Surgiram as estrelas e a lua. Concordância do Verbo com o SUJEITO COMPOSTO por PRONOMES PESSOAIS. l Eu, Tu, Ele ................... verbo correspondente = Nós Exemplo: Eu, tu e ele falamos. l Ela, Tu, Eu ................... verbo correspondente = Nós Exemplo: Ela, tu e eu falamos. l Tu, Eu .......................... verbo correspondente = Nós Exemplo: Tu e eu falamos. l Tu, Ele ........................ verbo correspondente = Vós Exemplos: Tu e Bruna ireis adiante (ou irão) Tu e ele falais (ou falam) l Ele, Ela ....................... verbo correspondente = Eles Exemplo: Ele e ela saíram Concordância com o verbo: SER l O verbo ser, em geral, concorda com o sujeito. Exemplos: l A flor é perfumada; l Mariana é a alegria da família. l Quando o verbo ser indica horas, datas, distâncias, torna-se impessoal (não tem sujeito), então con- cordará com o predicativo, ou seja, com a palavra que indica horas, datas e distância. Exemplos: l Que hora é? l Que horas são? l É uma hora; l Hoje são 25 de março; l São quinze quilômetros; l Hoje é 1º de abril. Concordância com os verbos: HAVER, EXISTIR l Quando usado com o sentido de existir, o verbo haver ficará na 3ª pessoa do singular, pois neste caso ele será um verbo impessoal (sem sujeito). Exemplo: l Na sala há vinte lugares. l Já o verbo existir deve ir para o plural, pois este ver- bo não é um verbo impessoal. Portanto, ele concor- dará com o sujeito ao qual se refere. Exemplos: l Existem muitas pessoas na sala; l Na sala, existiam vinte lugares. Existem várias regras de concordância do verbo, conforme for o tipo de sujeito. Por isso, a partir de agora, veremos estas regras de concordância. 33 l Com isso, pode-se concluir que o verbo haver quan- do empregado com o sentido de existir, ocorrer e acontecer, fica na 3ª pessoa do singular (por isso, é impessoal). É importante ressaltar que o verbo haver transmite sua impessoalidade para os verbos auxilia- res. Exemplo: Na sala devia haver vinte lugares. Concordância com os verbos: FAZER, HAVER l Os verbos fazer e haver ficam na 3ª pessoa do singu- lar quando a frase tem sentido de tempo transcorrido ou a transcorrer. l Exemplo: Ontem fez dois meses que ele se formou. l Adjetivo anteposto: adjetivo antes de dois ou mais substantivos, concordará com o mais próximo. Exemplos: l Sentia, descompassado o coração e a alma; l Sentia, descompassada a alma e o coração. l Adjetivo posposto: quando o adjetivo (ou a palavra com a função de adjetivo) vier depois de dois ou mais substantivos, teremos a concordância, com o subs- tantivo mais próximo. Exemplos: l E as coisas, e os homens todos silenciosos; l E os homens, e as coisas todas silenciosas. l O adjetivo pode ir para o plural no mesmo gênero dos substantivos, desde que estes tiverem o mesmo gênero. l Exemplo: Flores e folhas despedaçadas caíam. l Gêneros diferentes: plural no gênero masculino. Exemplo: l Quadros e cortinas despedaçados estavam alí. l Dois adjetivos para um substantivo, determina dos pelo artigo no singular: Exemplos: l Emília estuda a língua alemã e a inglesa; l Nós analisamos o produto nacional e o importado. O substantivo fica no plural e sem artigo para o segundo adjetivo: Exemplo: l Emília estuda as línguas alemã e inglesa. l É preciso - É necessário - É proibido - É bom: São invariáveis se o sujeito não estiver determinado. Exemplos: l É preciso muita pesquisa; l É bom plantar erva-cidreira para matar formigas; l É proibido a entrada de estranhos. 4.2.2. CONCORDÂNCIA NOMINAL l São variáveis e concordam com o sujeito em gênero e número se o sujeito estiver determinado. Exemplos: l É boa a erva-cidreira para matar as formigas; l É proibida a entrada de estranhos. l Concordância do adjetivo (em função predicativa) como o sujeito: Predicativo e sujeito simples: o predicativo concorda com o sujeito simples. Exemplo: l Meus olhos permaneciam embaçados pela névoa. l Mesmo - Próprio - Incluso - Anexo - Obrigado - Quite Essas palavras concordam geralmente com o nome a que se referem. Exemplos: l Os alunos mesmos organizaram o texto; l Elas próprias decidiram a questão; l Afirmo ter recebido a escritura do imóvel; l Estou quite com as minhas dívidas; l Muito obrigado - disse ele; l Muito obrigada - disse ela. l Bastante - Meio Se apresentarem como advérbio ficam invariáveis. Exemplos: l Perguntaram bastante sobre você; l A melancia estava meio estragada. Variam com valor de adjetivo ou numeral fracionário. Exemplos: l Faziam bastantes perguntas sobre você; l Meia melancia estava estragada. Observação: O mesmo ocorre com: muito, pouco, longe, caro. Exemplos: l Os carros custaram caro; l Os carros caros são melhores; l Moram longe daqui; l Andamos por longes terras. OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL “Os analfabetosdo século XXI não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender” Alvin Toffler (1928) Escritor norte-americano. 34 l Só - A sós Como advérbio (somente): é invariável. Exemplo: l Todos concordam, só eles não. Como adjetivo (sozinho) variável. Exemplo: l As crianças permaneciam sós. Observação: A locução adverbial é invariável. Exemplos: l Os noivos ficam a sós; l A noiva ficou a sós em seu quarto. l Menos - Alerta - Pseudo - A olhos vistos São invariáveis. Exemplos: l Na classe há menos moças que rapazes; l Trata-se de pseudo-especialista; l O dinheiro desapareceu a olhos vistos. l Possível Invariável com o artigo no singular: Exemplo: l Ele obteve o maior número de votos possível. Variável com o artigo no plural: Exemplo: l As notícias que trouxe são as melhores possíveis. l Substantivos ligados por “ou” O adjetivo ficará no plural masculino: Exemplos: l É necessário o uso de camisas ou vestidos. O adjetivo concorda com o mais próximo: Exemplo: l É necessário o uso de camisa ou vestido branco. Concordância do Numeral com o Substantivo l Os numerais cardinais (um, dois, três...) concordam com o substantivo a que se referem. Exemplos: l Havia, na reunião, duas mulheres; l Apenas uma funcionária falou. Mais de um numeral se refere a um mesmo substantivo. l Substantivo no singular ou plural se os numerais forem precedidos do artigo. Exemplos: l O primeiro e o segundo andar do edifício; l O primeiro e o segundo andares do edifício. l Substantivo plural sem a repetição do artigo para o segundo elemento. l Exemplo: O primeiro e segundo andares. l Substantivo plural se estiver antes dos numerais. l Exemplo: Os andares primeiro e segundo. 4.2.3. CONCORDÂNCIA NUMERAL 5.1. ACORDO ORTOGRÁFICO NOVA ORTOGRAFIANOVA ORTOGRAFIA NOVA ORTOGRAFIA UNIDADE 5 A língua portuguesa está em constante movimento. A grafia das palavras segue uma convenção, a qual em alguns casos se altera no tempo e no espaço geográfico de uso. A mudança linguistica é movida por duas forças distintas: uma procede da língua mesma, é inerente à sua lógica interna; a outra procede da comunidade lin- guística, das condições sócio-históricas em que é pro- duzida. Nesse sentido, a reforma ortográfica, fruto de um acor- do assinado em 1990 pelos países de língua portugue- sa: Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Guiné-Bis- sau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, objetiva promover a unificação do português escrito. O Brasil é o primeiro a implementar a reforma. Para os brasileiros, as mudanças se refletem, essencialmente, no uso do trema, do hífen e nas regras de acentuação. Através do Decreto nº 7.875 de 27/12/2012, o governo brasileiro adiou por mais três anos o início da obrigato- riedade do uso do Acordo Ortográfico da Língua Portu- guesa. As novas regras que passariam a valer a partir do dia 1º de janeiro de 2013, são efetivamente exigi- das a partir do dia 1º de janeiro de 2016. ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA « Angola « Brasil « Cabo Verde « Guiné-Bissau « Moçambique « Portugal « São Tomé e Príncipe « Timor Leste 35 5.2. TESTE SEUS CONHECIMENTOS Avalie se as palavras em negrito nas sentenças abaixo estão corretas, segundo as novas regras or- tográficas. Após escolher entre as alternativas (cer- to ou errado), confronte-as com o gabarito existen- te ao final desta disciplina. 5.3. ACENTUAÇÃO Principais regras segundo o Acordo Ortográfico da Lin- gua Portuguesa. Não se usa mais o Trema ( ¨ ), sinal colocado sobre a letra “u” para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos: gue, gui, que, qui. Exceto para palavras de origem estrangeira. Exemplo: Müller. l Não se usa mais o acento dos ditongos abertos “ei” e “ói” das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Exemplos: alcaloide - alcateia - androide - asteroide - boia - celuloide - claraboia - colmeia - apoia. Atenção: Essa regra é válida somente para palavras paróxitonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos termi- nados em “éis” e “óis”. Exemplos: papéis - herói - heróis - dói - sóis, anéis. l Nas palavras paroxitonas, não se usa mais o acento no “i” e no “u” quando vierem depois de um ditongo decrescente. Exemplos: baiuca - bocaiuva - feiura. Atenção: Se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” es- tiverem em posição final ou seguidos de “s”, o acen- to permanece. Exemplos: tuiuiú - tuiuiús - Piauí. l Se o “i” ou o “u” forem precedidos de ditongo cres- cente, o acento permanece. Exemplos: Guaíba - Guaíra. l Não se usa mais acentos nas palavras terminadas em “êem” e “ôo (s)” Exemplos: abençoo - creem - enjoo - perdoo - leem. l Não se usa mais o acento que diferenciava os pares. Exemplos: pára/para - pêlo/pelo - pólo/polo - pêra/pera. Permanece o acento diferencial em: PÔDE / PODE. l Pôde - é passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo) na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. Permanece o acento diferencial em: PÔR / POR l Pôr - é verbo. l Por - é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante feita por mim. MUDANÇAS DE ACENTUAÇÃO 5.4. O USO DO TREMA Certo Errado 1. Ele terá que arcar com as conseqüências. Certo Errado 2. Quando ele para para pensar, desiste. Certo Errado 3. O livro de auto-ajuda permanece no topo da lista. Certo Errado 4. A sonda Phoenix pousou no pólo Norte de Marte. Certo Errado 5. O consumo frequente de álcool é prejudicial à saúde. Certo Errado 6. A idéia é que todos estejam presentes à festa. Certo Errado 7. O réu deverá cumprir pena em regime semiaberto. Certo Errado 8. Não será permitido fumar durante o vôo. Certo Errado 9. O síndico marcou a assembleia para amanhã à noite. Certo Errado 10. Pesquisa revela que nem todos crêem em Deus. Certo Errado 11. A estréia de Katie Holmes foi um sucesso. Certo Errado 12. O coautor do livro compareceu ao lançamento. Certo Errado 13. Os homens vaidosos usam creme antirrugas. Certo Errado 14. Ela perdeu tudo que estava na caixa de joias. Certo Errado 15. Eles têm um comportamento anti-social. Certo Errado 16. O vereador participou da reunião extraoficial. Certo Errado 17. Na hora decisiva, ele não saltou de pára-quedas. Certo Errado 18. Eu apoio qualquer acordo entre os países Certo Errado 19. Ele achou a nova estátua uma feiura. Certo Errado 20. Ela é a coherdeira da indústria da soja. 36 l Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos - ter / vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir). Exemplos: l Ele tem dois carros / Eles têm dois carros l Ele vem de Sorocaba / Eles vêm de Sorocaba l Ele mantém a palavra / Eles mantêm a palavra l Ele convém aos estudantes / Eles convêm aos estudantes. l É facultativo o uso do acento circunflexo para diferen- ciar as palavras forma / fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: l Qual é a forma da fôrma do bolo? l Não se usa mais o acento agudo no “u” tônico das palavras (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir, O mesmo vale para o seu composto (redarguir). l Há uma variação na pronúncia dos verbos termina- dos em guar, quar e quir. Exemplos: l aguar l averiguar l apaziguar l desaguar Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do sub- juntivo e também do imperativo. l Se forem pronunciadas com ”a” ou “i” tônicos, essas formas devemser acentuadas. Exemplos: Verbo enxaguar: l enxáguo l enxáguas l enxágua l enxáguam l enxágue l enxágues l enxáguem l Se forem pronunciadas com “u” tônico, essas for- mas deixam de ser acentuadas (a vogal é tônica, isto é, é pronunciada mais fortemente). Exemplos: Verbo enxaguar: l enxaguo l enxaguas l enxagua l enxaguam l enxague l enxagues Procure assimilar: quando se usa e quando não se usa o hífen em determinadas palavras: O uso do hífen com compostos: l Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: l guarda-chuva l arco-íris l boa-fé l mesa-redonda l vaga-lume l Exceções: Não se usa no hífen em certas palavras que perderam a noção de composição: Exemplos: l girassol l madressilva l mandachuva l pontapé l Usa-se o hífen em compostos quando há palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação: Exemplos: l blá-blá-blá l zum-zum l tico-tico l tique-taque l cri-cri l Não se usa o hífen em compostos quando as palavras apresentam elementos de ligação. Exemplos: l pé de moleque l pé de vento l pai de todos l dia a dia l fim de semana Incluem-se neste caso os compostos de base oracional. Exemplos: l Maria vai com as outras l leva e traz, diz que diz que l Deus me livre l Deus nos acuda l cor de burro quando foge l bicho de sete cabeças Exceções: l água-de-colônia l arco-da-velha l mais-que-perfeito l pé-de-meia l ao deus-dará 5.5. O USO DO HÍFEN Verbo delinquir: l delínquo l delínques l delínque l delínquem l delínqua l delínquas l delínquam Verbo delinquir: l delinquo l delinques l delinque l delinquem l delinqua l delinquas l joão-ninguém l porta-malas l porta-bandeira l pão-duro l bate-boca l paraquedas l paraquedista l paraquedismo l parachoque l pingue-pongue l zigue-zague l esconde-esconde l pega-pega l corre-corre l cor de vinho l ponto e vírgula l camisa de força l cara de pau l olho de sogra l enxaguar l oblicar l delinquir 37 l Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d’água; pé-d’água. l Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: l Belo Horizonte: belo-horizontino l Porto Alegre: porto-alegrense l Mato Grosso do Sul: mato-grossense-do-sul l África do Sul: sul-africano l Usa-se hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas. Exemplos: l bem-te-vi l peixe-espada l peixe-do-paraíso l mico-leão-dourado Observação: Não se usa o hífen, quando os compos- tos que designam espécies animas ou botânicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares. Exemplos: l bico-de-papagaio (planta ornamental) l olho-de-boi (espécie de peixe) As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub, etc.) ou por elementos que podem funcionar como pre- fixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo, etc.) l Usa-se diante de palavras iniciadas com ”h”. Exemplos: l anti-higiênico l anti-histórico l macro-história l Usa-se se o prefixo se terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: l micro-ondas l anti-inflamatório l Não se usa se o prefixo terminar com letra diferente daquela que se inicia a outra palavra. Exemplos: l autoescola l antiaéreo l antichamas l intermunicipal l interestadual l andorinha-da-serra l febre-da-patagônia l erva-doce l ervilha-de-cheiro O USO DO HÍFEN COM PREFIXOS l Não se usa se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por “r” ou “s”. (dobram as letras). Exemplos: l minissaia l antirracismo l Com os prefixos “sub” e “sob”, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”. Exemplos: l sub-região l sub-reitor l sub-regional l Com os prefixos: “circum” e “pan” e de palavras iniciadas por ”m”, “n” e vogal. Exemplos: l circum-murado l circum-navegação l pan-americano l Usa-se o hífen com os prefixos: ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró e vice. Exemplos: l além-mar l além-túmulo l aquém-mar l ex-aluno l ex-diretor l ex-hospedeiro l ex-prefeito l ex-presidente l pós-graduação l O prefixo “co” junta-se com o segundo elemento mesmo quando este se inicia por “o” ou “h”. Neste último caso, corta-se o “h”. Se a palavra seguinte começar com “r” ou “s”, dobram-se as letras. Exemplos: l coobrigação l coedição l cofundador l coabitação l Com os prefixos “pre” e “re”, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas pela letra “e”. Exemplos: l preexistente l preestabelecer l preelaborar l reescrever l reedição l Na formação de palavras com “ab”, “ob” e “ad”, usa-se o hífen diante da palavra começada por “b”, “d” ou “r”. Exemplos: l ad-digital l ad-renal l supersônico l superinteressante l agroindustrial l aeroespacial l semicírculo l ultrassom l semirreta l sub-roda l sub-reger l sub-rogar l pré-história l pré-vestibular l pró-europeu l recém-casado l recém-nascido l sem-terra l vice-rei l vice-presidente l vice-governador l mini-hotel l sobre-humano l super-homem l sub-bibliotecário l inter-regional l coerdeiro l corréu l correponsável l reeditar l reerguer l reentrada l reeleger l preescavar l ob-rogar l ab-rogar 38 l Não se usa o hífen na formação de palavras com “não” e “quase”. Exemplos: l (acordo de) não agressão l (isto é um) quase delito l Com “mal”, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal “h” ou “l”. Exemplos: l mal-entendido l mal-estar l mal-humorado l mal-limpo Observação: Quando “mal” significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplo: mal de Lázaro l Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como: “açú”, “guaçú”, “mirim”. Exemplos: l capim-açú l amoré-guaçú l anajá-mirim l itajai-açú l Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: l ponte Rio-Niterói l eixo Rio-São Paulo l rali Paris-Dakar Para clareza gráfica, se no final da linha a partição (hifenização) de uma palavra coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplo: l Durante as férias encontramos a Madalena, a ex- -professora de português. ATENÇÃO! Observe o último exemplo acima. Veja que há dois hífens, os quais definem a clareza gráfica. (ex-professora) 39 5.6. O USO DOS PORQUÊS Na língua portuguesa, existem 4 tipos de “porquês”. Eles são usados em ocasiões diferentes. POR QUE l Emprega-se por que nas interrogativas diretas e indi- retas: - Por que ele agiu assim? - Gostaria de saber por que ele agiu assim. l Por que equivale a: pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais: - Este é o ideal por que lutei. l Emprega-se quando se pode subentender as pala- vras razão ou motivo: - Não sei por que isso aconteceu. PORQUE l Introduz uma causa ou justificativa: - Ele agiu assim porque seu pai mandou. - Não saia porque o professor já vem. l Raramente pode induzir uma finalidade (= para que): - Fique quieto porque consiga entender o que está sendo explicado; ou - Fique quieto para que consiga entender o que está sendo explicado. POR QUÊ l Emprega-se no final da frase ou quando a expressão estiver
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