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AULA 2 ETICA Pedido de demissão: Conheça os direitos e deveres da empresa e funcionário 11 de setembro de 2019 Existem diversas modalidades de rescisão do contrato de trabalho e a empresa deve estar preparada para lidar com esse processo. Porém, quando o empregado apresenta o pedido de demissão, tomando a iniciativa para encerrar o vínculo empregatício, é comum que surjam dúvidas. A empresa tem algum direito garantido? Quais obrigações devem ser cumpridas nesse tipo de rescisão? São questionamentos comuns e muito importantes para que o empregador siga todas as determinações da legislação trabalhista. Neste post, explicamos quais são as obrigações do empregado e da empresa no pedido de demissão, esclarecendo os principais pontos sobre o assunto. Acompanhe! Obrigações do empregado no pedido de demissão Quando o trabalhador pede demissão, também deve cumprir algumas obrigações, afinal, ele também tem deveres com a empresa. O primeiro é a formalização do pedido, que deve ser feito por meio de carta, em duas vias, indicando a data da solicitação.Isso é importante para computar os dias do aviso prévio e o prazo para pagamentos das verbas rescisórias e para garantir o cumprimento de todas as obrigações da empresa, servindo também como prova judicial em eventual ação trabalhista. Cumprir o aviso prévio Quando o trabalhador tem a iniciativa de rescindir o contrato, ele deve conceder 30 dias de aviso prévio para a empresa, para que ela tenha tempo de se organizar e encontrar um substituto.Dessa forma, o aviso prévio é um direito garantido tanto para o empregado quanto para o empregador. A diferença é que os empregadores não têm direito ao aviso prévio proporcional — acréscimo de 3 dias por ano de trabalho. http://chcadvocacia.adv.br/blog/processos-de-rescisao-de-contrato/ Conforme previsto pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), esse é um direito aplicável apenas aos empregados. Contudo, a empresa pode decidir dispensar o empregado do cumprimento desse período, mas deverá pagar os valores devidos normalmente — aviso prévio indenizado. Por outro lado, se o trabalhador não for dispensado, mas deixar de comparecer ao trabalho, a empresa pode descontar o valor do salário correspondente nas verbas rescisórias.Nesse caso, os descontos ficam limitados ao valor devido na rescisão. Ou seja, o empregado não pode ficar devendo para a empresa pelo desconto do aviso prévio. Caso o valor seja superior às demais verbas devidas, ele não receberá nada, mas também não pagará nada para o empregador. Outro detalhe muito importante é que, nos casos em que o empregado pede demissão, não há direito à redução de 2 horas na jornada de trabalho durante o aviso prévio, nem a opção de faltar os últimos 7 dias corridos do aviso. Obrigações da empresa quando o empregado pede demissão Após o pedido de demissão, é fundamental que a empresa adote todos os cuidados necessários para cumprir as obrigações previstas pela legislação. Primeiro, conforme já explicamos, cabe ao empregador decidir se dispensa ou não o cumprimento do aviso prévio.Porém, é importante ficar de olho nas regras sobre o pagamento das verbas rescisórias e as mudanças trazidas pela reforma trabalhista para não cometer erros. Saiba mais a seguir. Prazo para pagamento das verbas rescisórias A empresa deverá pagar as verbas rescisórias em até 10 dias após o término do contrato. Aqui, é importante ter atenção: essa é uma mudança feita pela reforma trabalhista e não há mais diferença no prazo para pagamento nas rescisões com ou sem cumprimento do aviso prévio. http://www.tst.jus.br/noticia-destaque/-/asset_publisher/NGo1/content/id/24468255 http://chcadvocacia.adv.br/guia-da-reforma-trabalhista/ Quando a demissão acontece por iniciativa do empregado, sem justa causa, ele tem direito a receber: – Saldo de salário; – Férias vencidas e proporcionais, com adicional de 1/3; – 13º proporcional; – Depósito mensal do FGTS. Por outro lado, ele não recebe a multa de 40% do FGTS, não poderá movimentar o saldo da conta vinculada e não terá direito ao seguro-desemprego. Vale lembrar que, quando o empregador deixa de pagar as verbas no prazo previsto por lei, incide a multa do artigo 477, §8º, da CLT, no valor de um salário do empregado, exceto quando fica comprovado que o próprio trabalhador deu causa ao atraso. Mudanças com a reforma trabalhista Além do prazo para pagamento das verbas rescisórias, a reforma trabalhista trouxe outra mudança importante no pedido de demissão: não é mais necessária a homologação sindical, mesmo quando o contrato teve duração superior a um ano. Antes, a participação do sindicato era dispensada se o pedido de demissão acontecesse com menos de um ano. Agora, a anuência sindical pode ser negociada entre as partes, mas só é obrigatória caso tenha previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho. Regras para a demissão por comum acordo Quando o empregado não tinha mais interesse em continuar com o vínculo empregatício, mas também não queria perder alguns direitos trabalhistas, era comum http://chcadvocacia.adv.br/blog/ferias-parceladas/ http://chcadvocacia.adv.br/blog/fgts/ que ele tentasse entrar em acordo com a empresa, pedindo para ser demitido, com o objetivo garantir o FGTS e o seguro-desemprego. Essa prática é uma fraude e pode acarretar vários problemas, mas, para trazer novas alternativas ao término do vínculo empregatício, a reforma trabalhista criou uma modalidade de demissão por comum acordo, em que o patrão e o empregado podem decidir juntos o encerramento do contrato. Nesses casos, a legislação deixa claro que o empregado receberá as seguintes verbas: – Saldo de salário; – Férias vencidas e proporcionais, com adicional de 1/3; – 13º proporcional; – Depósito mensal do FGTS; – Metade do aviso prévio, se indenizado; – Multa do FGTS pela metade — equivalente a 20% do saldo. Além disso, ele poderá movimentar apenas 80% do saldo do fundo de garantia e não terá direito ao seguro-desemprego, tendo em vista que ele concordou com o término do contrato. Dessa forma, é importante frisar que não se trata da regulamentação dos antigos acordos de demissão — que ainda são considerados fraudes —, mas de uma nova modalidade de rescisão contratual. O acordo a respeito da demissão deve ser documentado, formalizando o pedido em uma carta que indique a modalidade da rescisão e que tenha a assinatura do empregado e do empregador. Também é importante especificar o tipo de aviso prévio que foi acordado entre as partes. http://chcadvocacia.adv.br/blog/acordo-de-demissao/ http://chcadvocacia.adv.br/blog/rescisao-do-contrato-de-trabalho/ Independentemente do tipo de demissão, a empresa deve dar a baixa na CTPS do trabalhador, sem qualquer anotação a respeito do motivo ou da modalidade da rescisão contratual, para que não haja nenhum constrangimento. Observando essas regras diante do pedido de demissão do empregado, a empresa terá mais tranquilidade para cumprir todas as obrigações trabalhistas, evitando problemas no futuro, como ações judiciais movidas pelo trabalhador. Descontos no salário do trabalhador permitidos por lei: Saiba quais são 12 de setembro de 2019 Existem muitos descontos no salário do trabalhador permitidos por lei e a sua empresa tem que conhecê-los, em detalhes, a fim de compor um holerite justo para o colaborador e alinhado às exigências trabalhistas vigentes. Entre os principais, podemos destacar os seguintes: • INSS; • IRRF; • aviso prévio; • faltas não justificadas; • vale-transporte; • vale-refeição; • Vale-cultura; • empréstimo consignado; • adiantamento salarial. Empresas recém-fundadas ou já tarimbadas no mercado, e focadas em seu crescimento, tendem a esbarrar em informações novas e exigências trabalhistas que podem causar prejuízos e outros agravantes se o RH não cumprir à risca essas regras. Daí,a fundamental importância em saber quais são os descontos no salário do trabalhador permitidos por lei. Algo que facilita a elaboração do holerite, bem como a sua periódica manutenção nos meses seguintes. http://chcadvocacia.adv.br/blog/processos-trabalhistas/ Se esse é o momento atual ou em curto prazo a ser vivido pela sua organização, é hora de tirar todas as suas dúvidas! Continue com esta leitura e aprenda quais são os descontos no salário do trabalhador permitidos por lei e veja como aplicá-los no holerite! O que são os descontos no salário do trabalhador permitidos por lei? Dentro da CLT (consolidação das Leis Trabalhistas) existem os elementos que devem ser abatidos, na folha de pagamento de cada colaborador, de acordo com a legislação previdenciária e federal. Além disso, os descontos no salário do trabalhador permitidos se estendem às questões judiciais (é o caso, por exemplo, de determinações impostas pela Justiça, como as pensões alimentícias) ou mesmo aos abonos autorizados pelo profissional. Não à toa, muitas empresas podem se questionar se eventuais descontos são ou não permitidos por lei. E é aí que vale a pena entendê-los para que sejam absorvidos de maneira orgânica na realidade do seu negócio. Especialmente, porque esses descontos estão previstos de acordo com o artigo 462 da CLT, onde diz que ao empregador é proibido efetuar qualquer desconto no salário do empregado, salvo nas hipóteses de adiantamentos, previstos em lei, contrato coletivo e dano causado pelo empregado. Quais são os descontos previstos na lei? Abaixo, trouxemos um apanhado dos principais descontos no salário do trabalhador permitidos pelas leis vigentes da CLT. Confira, e entenda como — e porquê — eles são aplicados! INSS https://www.xerpa.com.br/blog/folha-de-pagamento-conheca-os-impostos-vinculados-a-esse-documento/ https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 A contribuição previdenciária é determinada pela legislação trabalhista para que uma parte do salário seja destinada, mensalmente, para fins de aposentadoria, entre outros benefícios. Existe uma tabela que é atualizada periodicamente, e que se reflete na porcentagem arrecadada para o INSS — e que varia entre 8%, 9% e 11% dos vencimentos, de acordo com a faixa salarial do funcionário. IRRF O Imposto de Renda Retido na Fonte tem a ver com a retenção do IR diretamente na folha de pagamento — e, vale dizer: também é feito a partir da faixa salarial do colaborador. Para tanto, a média muda periodicamente, também, podendo fazer com que o profissional seja isento do pagamento do IRRF ou, ainda, ter descontos proporcionais com as seguintes alíquotas: • 7,5%; • 15%; • 22,5%; • 27,5%. Aviso prévio O aviso prévio tende a vir diante da ocorrência de um descumprimento, do colaborador, do período acordado com a empresa. Se ele deixou de ir à empresa quando ainda estava nesse período, portanto, a quantia pode ser descontada de seu salário. https://www.xerpa.com.br/blog/aposentadoria/ https://www.xerpa.com.br/blog/a-nova-tabela-do-inss-ja-esta-disponivel-veja-os-valores-para-2017/ https://www.xerpa.com.br/blog/calcular-irrf-na-folha-de-pagamento/ https://www.xerpa.com.br/blog/aviso-previo/ Faltas não justificadas O absenteísmo, em si, já traz muitos prejuízos para a empresa. Especialmente, se ele ocorre por meio de uma série de faltas não justificadas. Nessas situações, a organização tem o aval das leis trabalhistas e pode aplicar descontos no salário do trabalhador. O mesmo vale, inclusive, se o profissional foi suspenso em decorrência de razões disciplinares. Vale-transporte Empresas podem considerar o desconto do valor proporcional de vale- transporte, dos seus profissionais, no valor de 6% sobre o salário. Vale-refeição Outro benefício que as organizações têm o direito de solicitar o desconto na folha de pagamento, o vale-refeição corresponde o total de20% do que é recebido pelos colaboradores para terem suas refeições. Um exemplo: o cálculo mensal deve ser feito com base nos dias de trabalho de cada mês. Se os profissionais vão trabalhar 20 dias em maio, por exemplo, e o montante por dia é de R$ 20, os colaboradores têm direito a R$ 400 naquele mês. Dessa maneira, o valor a ser descontado é de R$ 80 — equivalente a 20% do vale-refeição do mês, portanto. Vale-cultura Aqui, os descontos no salário do trabalhador permitidos por lei são flexíveis. Ou seja: opcionais de acordo com os critérios adotados pela empresa. Atenção, apenas: esse desconto não pode ser superior a 10% do valor aplicado para o benefício. https://www.xerpa.com.br/blog/significado-de-absenteismo/ https://www.xerpa.com.br/blog/como-gerenciar-faltas-no-trabalho/ https://www.xerpa.com.br/blog/direito-ao-vale-transporte/ https://www.xerpa.com.br/blog/direito-ao-vale-transporte/ https://www.xerpa.com.br/blog/beneficios-corporativos/ https://www.xerpa.com.br/blog/tudo-sobre-vale-refeicao/ Empréstimo consignado De acordo com as mudanças feitas na Lei 13.172/2015, os descontos no salário do trabalhador permitidos por lei passaram a ter um elemento a mais: o empréstimo consignado. Com isso, mediante a autorização do empregado, é possível fazer o desconto diretamente na folha de pagamento, estendendo-se também a outros financiamentos. Pensão alimentícia Quando a Justiça ordena que um funcionário arque com pensões alimentícias, a empresa deve arcar com a decisão e facilitar o processo para que o valor destinado ao benefício seja deduzido da folha de pagamento. Adiantamento salarial Por fim, podemos mencionar o popular “vale” como um dos principais descontos no salário do trabalhador permitidos por lei. Com ele, a fragmentação do salário pode ocorrer mediante a determinação de uma convenção coletiva, fracionando, inclusive, o percentual que vai ser adiantado. Ou, ainda, a partir de um acordo entre a organização e cada um dos seus funcionários. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13172.htm https://www.xerpa.com.br/blog/adiantamento-salarial/ AULA 2 ETICA Pedido de demissão: Conheça os direitos e deveres da empresa e funcionário Obrigações do empregado no pedido de demissão Cumprir o aviso prévio Obrigações da empresa quando o empregado pede demissão Prazo para pagamento das verbas rescisórias Mudanças com a reforma trabalhista Regras para a demissão por comum acordo Descontos no salário do trabalhador permitidos por lei: Saiba quais são O que são os descontos no salário do trabalhador permitidos por lei? Quais são os descontos previstos na lei? INSS IRRF Aviso prévio Faltas não justificadas Vale-transporte Vale-refeição Vale-cultura Empréstimo consignado Pensão alimentícia Adiantamento salarial
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