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Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento ✓ Definição: ● Lesão da íntima com extravasamento de sangue e dissecção da média. ● Segundo canal cheio de sangue dentro da parede (hematoma). ● 2/3 dos pacientes apresentam HAS. ● Causas: Síndromes de Marfan e Ehlers-Danlos, deficiência da valva aórtica, trauma, pós-angiografia. ✓ Generalidades: ● Emergência: clínica + RAIO X = suspeição. (RX tem baixa acurácia). ● Angiotomografia = diagnóstico (AngioTC padrão ouro). ● Achado típico: ruptura e dissecção da íntima (flap/aba intimal). ● Definição da luz falsa e verdadeira. ● Classificação (essencial): Stanford A x Stanford B. ● Complicações: ruptura, hipoperfusão do órgão, embolia distal. Imagem: A densidade do contraste na luz verdadeira está hiperatenuante. Fases: Aguda Subaguda Crônica Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento ✓ Quadro clínico: ● Dor precordial ou dorsal (90%): dor “lancinante”. Pode evoluir para infarto. ● Pode causar insuficiência aórtica ● Déficit neurológico. ● Isquemia de extremidades. ● Diferença de pressão entre os membros superiores. ● Raramente assintomático. ● Complicações (aguda/subaguda): AVC, IAM, Tamponamento Cardíaco, Insuficiência Renal. ● Complicações tardias: Nova dissecção, formação de aneurisma, insuficiência progressiva da valva aórtica. ✓ Raio X (anteroposterior). -Normal ou achados sugestivos: ● Mediastino alargado (> 8 8,8 cm ao nível do botão aórtico); ● Contorno aórtico duplo, irregular; ● Deslocamento para dentro da calcificação; ● > 1 cm da margem aórtica ● Alteração abrupta calibre com longo segmento dilatado ● Espessamento da parede aórtica ● Luz verdadeira com forma biconvexa ✓ AngioTC: diagnóstico de certeza quase 100% dos casos. ● Aba intimal ● Calcificação no interior da luz ● Alteração abrupta do calibre com longo segmento dilatado Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento ● Espessamento da parede aórtica ● Luz verdadeira com forma biconvexa Calcificações periféricas e juntas do flap. ✓ Classificação de Stanford: ● Tipo A (60%): Aorta Ascendente. Pode haver dissecção retrógrada para o coração com tamponamento cardíaco ou oclusão de coronárias. Antes da subclávia esquerda. Tratamento cirúrgico: ● Tipo B (40%): Distal à ASE A partir da subclávia esquerda. Tratamento clínico. Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento Tipo A: Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento Tipo A. Notar a diferença de densidade. A luz falsa é a menos densa, menos opaca. Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento Dissecção se inicia antes da subclávia, se prolonga até aorta abdominal, mas se classifica como tipo A pelo início antes da suclávia. Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento Dissecção abdominal. Presença de flap. Luz verdadeira biconvexa. Tipo B. Stanford A. Stanford A Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento Stanford A. Dissecção com infarto renal. A. renal esquerda sem contrastação. Síndrome de Marfan, paciente com aneurisma e dissecção tipo B (setas). Radiodiagnóstico I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Prof. Dr. Marcus Nascimento Tamponamento pericárdico (setas brancas) Dissecção se inicia na raiz da aorta (setas pretas). Mensagens finais: RX: primeiro exame. AngioTC: padrão ouro. Dor torácica aguda: aneurisma e dissecção. Radiologia: DX, classificação, risco de ruptura, define tratamento e prognóstico. Imagem DX outras doenças: congênitas, vasculites, trauma.