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MODELO DE APELAÇAO CIVEL

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE CACOAL/RO.
Processo nº: 12547325-25.
ANTONIO AUGUSTO, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado legalmente constituído através de instrumento procuratório em anexo, nos autos da ação que move em face do MAXTC S.A. e LOJAS ELETRODOMÉSTICAS LTDA, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo em vista a respeitável sentença de fls. 12/04/2020, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO CIVEL
Com base nos arts. 1.009 e seguintes do CPC/15, a seguir conforme os dispositivos fundada em questão, de acordo com o fato e o direito que expõe.
Outrossim, requer seja o presente recuso recebido no devolutivo e no efeito suspensivo, intimando-se a parte contraria para, querendo, apresentar suas contrarrazões.
Nestes termos,
Pede-se deferimento,
CACOAL/RO, 20/05/2020.
ANA PAULA DE OLIVEIRA
OAB/RO 2155
BEATRIZ MATOS DOS SANTOS
OAB/RO 8974
EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...
A respeitável sentença que julgou a lide merece ser reformada, pois não avaliou corretamente o conjunto probante. Com certeza entendu-se que os fatos agitados na contenda estão devidamente provados em documentos que vieram para os autos.
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
RECORRENTE: Antonio Augusto, solteiro, carpinteiro, CPF: 302.652.964-00, residente na rua Av Afonso Pena, 531, bairro: princesa isabel.
RECORRIDOS: MaxTV S.A, CNPJ 02.231.564/0001-96, situada na Av. Marechal Rondon 5123. Lojas de Eletrodomésticos LTDA, situada na Av Sete de setembro 6314.
EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO ENVOLVIDO
O recorrente ao se instalar para seu novo endereço, imóvel, adquirido recentemente 20/20/2019, muitos eletrodomésticos novos, entre eles uma televisão de led com sessenta polegadas, smart, pelo valor de 5.000,00 (cinco mil reais).
Após o período de trinta dias, a televisão apresentou superaquecimento que levou á explosão da fonte de energia do equipamento, resultando em danos irreparáveis a todos os aparelhos que foram instalador á televisão.
Conquanto a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2019, tanto o recorrido com a MaxTV, quanto a loja de Eletrodomésticos Ltda, permanecem inertes, sem resolução do problema.
Diante dos acontecimentos, o recorrente propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho, quanto da loja, requerendo, no mérito, indenização pelos danos morais sofridos.
O juízo em questão, entretanto, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida, em contestação pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, fundado com base nos artigos 12 CDC.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
I- DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE COMERCIANTE E FABRICANTE
Conforme disposto pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), no caput de seu art. 18:
“Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. ”
Gerando assim uma solidariedade entre todos os fornecedores da cadeia de produção e distribuição. O CDC dispõe no caput do art. 3º uma concepção ampla do conceito de fornecedor:
“Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. ”
Desta forma, faz-se o requerimento da reforma da decisão em relação a exclusão da lide do segundo recorrido, e que se integre a relação processual bem como seja feita à substituição do televisor que, comprovadamente, apresentou vício. Sendo assim, quando se fala da substituição do televisor se faz visto que se trata de responsabilidade por vício do produto, segundo o art. 18 do CDC. 
II- INEXISTÊNCIA DE DECADÊNCIA QUANTO AO PLEITO DE SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO
Segundo o entendimento da sentença o recorrente decaiu de sua pretensão, já que foi perpassado mais de 90 (noventa) dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. (Art. 26, inc. II). 
Toda via, o que se observa na nota fiscal em anexo, a compra foi feita em 20 de outubro de 2015 e em 25 de novembro de 2015, aconteceu que houve uma reclamação administrativa após a apresentação do vício, ou seja, a reclamação feita aconteceu com apenas um mês de utilização do bem, antes dos noventa dias previstos pelo CDC. (Art. 26, § 2º, inc. I, CDC).
III- DA INDENIZAÇÃO PELOS DANOS SOFRIDOS
Diante do disposto, se pede a devida reparação pelos danos materiais e morais sofridos.
Sendo assim, se funda a indenização no fato do produto, que segundo previsto no art. 27, do CDC estão sujeitos a prazo prescricional:
“Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. ”
Sendo assim, em decorrência do produto viciado a recorrente teve danos tanto materiais quanto morais. Uma vez que os materiais se fundam no fato de que em vista de outros aparelhos eletrônicos comprometidos (docs. Anexos), já os danos morais, diante todo o constrangimento sofrido pelo recorrente e sua família. 
DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, requer:
a) que se afaste o acolhimento de decadência, já que se trata de responsabilidade pelo fato do produto;
b) requer-se também a inclusão do comerciante, 2º Recorrido, no polo passivo;
c) a Reforma da decisão de modo a julgar procedentes os pedidos feitos na inicial;
d) e também a intimação dos apelados para apresentar contrarrazões;
e) e por fim, a juntada das guias de preparo;
CACOAL/RO, 20/05/2020.
ANA PAULA DE OLIVEIRA
OAB/RO 2155
BEATRIZ MATOS DOS SANTOS
OAB/RO 8974

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