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CRIMINOLOGIA

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CRIMINOLOGIA
- O conteúdo da ideologia da defesa social é reconstruído por Alessandro Baratta, por meio dos seguintes princípios (p. 42):
 
a) Princípio de legitimidade. Significa que o Estado, como expressão da sociedade, está legitimado para reprimir a criminalidade, da qual são responsáveis determinados indivíduos, por meio de instâncias oficiais de controle social (legislação, polícia, magistratura etc.);
 
b) Princípio do bem e do mal. É identificado com a ideia de que o delito é um dano para a sociedade, sendo um elemento negativo e disfuncional do sistema social. O desvio criminal é, pois, o mal; a sociedade constituída, o bem;
 
c) Princípio de culpabilidade. O delito é a expressão de uma atitude interior reprovável, porque contrária aos valores e às normas presentes na sociedade mesmo antes de sancionadas pelo legislador;
 
d) Princípio da finalidade ou da prevenção. A pena não tem somente a função de retribuir, mas de prevenir o crime (exercendo uma contra motivação ao comportamento criminoso) e de ressocializar o delinquente;
e) Princípio de igualdade. A lei penal é igual para todos. A reação penal se aplica de modo igual aos autores de delitos;
 
f) Princípio do interesse social e do delito natural. Os interesses protegidos pelo direito penal são interesses comuns a todos os cidadãos.
- Para a Criminologia 
 
Crime: É um problema social e comunitário, que abrange 4 elementos
 
- Incidência massiva na população: O crime não pode ser um fato isolado
 
- Incidência aflitiva do fato praticado: Tem que ser algo que cause dor, angústia. 
 
- Persistência espaço temporal: Tem que acontecer com certa regularidade
 
- Inequívoco consenso acerca de sua etiologia e técnicas de intervenção eficaz
- Classificação dos criminosos para Lombroso:
• Criminoso Nato: influência biológica, estigmas, instinto criminoso, um selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça pequena, deformada, fronte fugidia, sobrancelhas salientes, maças afastadas, orelhas malformadas, braços cumpridos, face enorme, tatuado, impulsivo, mentiroso e falador de gírias etc.) Fatores genéticos e hereditários. Regressão atávica. (biológico);
• Criminoso Louco Moral: Inteligência intacta, mas perversos, egoístas, falta de senso moral, influências hereditárias e genéticas (biológico), mas o meio pode fazer aflorar a predisposição;
• Criminoso Epilético: Epilepsia ataca os centros nervosos, lesões cerebrais, parte dos sentimentos e das emoções. Dependendo do meio, conduz à criminalidade, pois as funções cerebrais, emoções e sentimentos sucateados;
• Criminosos louco propriamente dito: Alienados mentais que devem permanecer no hospício;
• Criminoso de Ocasião: Predisposto hereditariamente, são pseudocriminosos; "a ocasião faz o ladrão"; assumem hábitos criminosos influenciados por circunstâncias;
• Criminoso por Paixão: Sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da violência para solucionar questões passionais. exaltados.
- Na antiguidade não se tinha compilações do Direito Penal, o costume preponderava.
- O Código de Hamurabi também fazia previsão de penas para os altos funcionários públicos. Tal código no capítulo que trata dos direitos e deveres dos oficiais, dos gregários e dos vassalos em geral, prevê uma diversidade de penas para os altos funcionários públicos.
- No período da idade média, teve-se uma forte influência da Igreja no Direito Penal, assim o crime era visto como um pecado, esse entendimento, inclusive fez parte da concepção de criminoso, da Escola Clássica.
- Aristóteles seguiu a mesma linha de pensamento de Platão, assim para eles a ganância, a cobiça ou cupidez geram a criminalidade. Estudo da etiologia do crime, análise das causas da criminalidade.
- A título de exemplo, o Código de Hamurabi não previa tal modalidade de furto.
- 1) VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA:
– É a consequência natural do crime, seus efeitos normais.
– Exemplo: No crime de roubo é a perda do patrimônio; no homicídio é a perda da vida etc.
2) VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA:
– Denominada também de “sobrevitimização”, é a mais severa das vitimizações, pois vai além dos efeitos normais do crime, consistindo no sofrimento adicional à vitimização primária, gerado pelo poder público (burocracia) e pela imprensa (sensacionalismo).
– Também desestimula a pessoa em registrar um crime por ela experimentado, ou seja, contribui para o aumento das cifras negras.
3) VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA:
– É a segregação da vítima pela própria família e amigos, a qual a discrimina após o crime, além da falta de amparo dos órgãos públicos às vítimas, a omissão do Estado e da sociedade que proporcionam, muitas vezes, o não registro do crime, ocorrendo o que se chama de “CIFRA NEGRA” (quantidade de crimes que não chegam ao conhecimento do Estado).
– EXEMPLO: O irmão que sente vergonha do outro irmão que foi ludibriado em um golpe; Pai que discrimina a filha ou filho violentado.
4) VITIMIZAÇÃO INDIRETA:
– É o sofrimento dos familiares da vítima, os quais se compadecem vendo a situação do ente querido.
5) HETEROVITIMIZAÇÃO OU VITIMIZAÇÃO HETEROGÊNEA:
– É a AUTOCULPABILIZAÇÃO da vítima pelo crime ocorrido.
– A vítima se responsabiliza pelo fato ocorrido.
 
– A VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA é normalmente entendida como aquela provocada pelo cometimento do crime, pela conduta violadora dos direitos da vítima – pode causar danos variados, materiais, físicos, psicológicos, de acordo com a natureza da infração, personalidade da vítima, relação com o agente violador, extensão do dano, dentre outros.
– POR VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA OU SOBREVITIMIZAÇÃO, entende-se aquela causada pelas instâncias formais de controle social, no decorrer do processo de registro e apuração do crime.
– JÁ VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA é levada a cabo no âmbito dos controles sociais, mediante o contato da vítima com o grupo familiar ou em seu meio ambiente social, como no trabalho, na escola, nas associações comunitárias, na igreja ou no convívio social. 
– A chamada da VÍTIMA NA FASE PROCESSUAL DA PERSECUÇÃO PENAL PARA SER OUVIDA sobre o crime, por inúmeras vezes, é denominada de VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA.
 
- Dentre as escolas e doutrinas penais apresentadas a seguir, a que adota como finalidade da pena exclusivamente a prevenção geral positiva é:
*(quanto às escolas, importante decorar. De acordo com Rogério Sanches Cunha[4], são estas:
1. Clássica, de Francesco Garrara, a pena “como forma de prevenção de novos crimes, defesa da sociedade: ‘punitur ne peccetur’. E necessidade ética, reequilíbrio do sistema: “punitur quia peccatum est”;
2. Positiva, de Cesare Lombroso, a pena “na defesa social; objetiva a prevenção de crimes; deve ser indeterminada, adequando-se ao criminoso para corrigi-lo”;
3. Terza Scuola Italiana, de Emanuele Carnevale, a pena amparada em “conceitos clássicos e positivistas”;
4. Humanista, de Vicenzo Lanza, a pena como “forma de educar o culpado. Pena e educação”;
5. Técnico-jurídica, de Vicenzo Manzini, pena “como meio de defesa contra a perigosidade do agente; tem por objetivo castigar o delinquente”;
6. Moderna Alemã, de Franz Von Lizst, a pena na qualidade “de instrumento de ordem e segurança social; função preventiva geral negativa (coação psicológica)”;
7. Correcionalista, de Karl David August Roeder, a pena para a “correção da vontade do criminoso e não retribuição a um mal, motivo pelo qual pode ser indeterminada”; e
8. Nova Defesa Social, de Filippo Gramatica, a pena em “reação da sociedade com objetivo de proteção do cidadão”.
xxxxx
FUNCIONALISMO
Recentemente, pensadores do direito estão atribuindo maior valor à perspectiva funcional da pena, qual seja, consequência social da punição, a função real da sanção. Dá-se maior valor aos efeitos sobre as pessoas que confiam no Direito Penal (prevenção geral positiva), seja pela proteção dos bens jurídicos (Claus Roxin), seja pela confirmação absoluta dos preceitos incriminadores (Günther Jakobs). Legitimam, ainda, a aplicação da prevenção especial positiva, ressocializando o autor do fato delituoso, e negativa, mantendo-o longe das influênciasque o levariam a delinquir.)*** Vamos à questão.
(A) a Escola Técnico-jurídica. (Vicenzo Manzini)
(B) a Escola Positivista. (Cezare Lombroso)
(C) a Escola Correcionalista. (Karl David August Roeder)
(D) a Escola Clássica. (Francesco Garrara)
(E) o Funcionalismo de Gunther Jakobs. (doutrina)
- Visão do criminoso nas diferentes escolas, de acordo com a evolução histórica do pensamento criminológico. 
Assim, o criminoso incapaz de dirigir por si mesmo sua vida cabendo ao Estado tutelá-lo corresponde à visão da Escola Correcionalista. 
O infrator com livre arbítrio, que fez mau uso da sua liberdade, embora devesse respeitar a lei corresponde à visão da Escola Clássica. 
O infrator como um sujeito determinado pelas estruturas econômicas excludentes, sendo uma vítima do sistema capitalista, corresponde à visão da Escola Crítica. 
Já para a Escola Positiva, o criminoso corresponde à um prisioneiro de sua própria deformação patológica ou de processos causais alheios, ou seja, uma realidade biopsicopatológica, considerando o determinismo biológico e social. 
A ideia do criminoso como uma unidade biopsicossocial corresponde à visão da criminologia moderna.
OBS: Criminologia Tradicional = Criminologia Positiva
Não sabia. Por ser "tradicional" imaginei q fosse a Clássica e errei na prova
- O conceito de criminoso para as vertentes correcionalista e marxista:
Para a vertente correcionalista, o infrator é um ser inválido, incapaz de dirigir-se a si mesmo. Isso justifica a adoção de um modelo paternalista em relação ao delinquente. Para os correcionalistas, a pena era tratada como um direito de recuperação e adaptação, com caráter eminentemente pedagógico.
A pena, para os correcionalistas, não seria uma punição, e sim um direito do criminoso de se adaptar à sociedade.
Para a vertente marxista, a responsabilidade do crime é da sociedade; o delinquente, convertido em vítima, é produto da estrutura econômica do Estado. Assim, o criminoso é considerado fruto da exploração capitalista patrocinada pelas classes dominantes. Na visão do marxismo, a responsabilidade pelo crime recai sobre a sociedade, tornando o infrator vítima do determinismo social e econômico.
- A ideologia da defesa social abarca o Princípio do delito natural, segundo o qual o núcleo central dos delitos definidos nas legislações penais das nações civilizadas representa violação de interesses fundamentais, comuns a todos os cidadãos.
- Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos naturais carecedores dos sentimentos de piedade e probidade.
- A ideia de deportação ou expulsão da comunidade, com até mesmo a eliminação (pena de morte), foi construída por Garofalo: “Garofalo não defende a possibilidade de medidas ressocializadoras aos delinquentes naturais, mas falava em deportação ou expulsão, pena de morte, esterilização e castração de delinquentes e outros perigosos. (ZAFFARONI; BATISTA, 2006, p. 580)”."
- correta: De fato as duas grandes Escolas da Criminologia se utilizam de métodos distintos. A Escola Clássica que teve Cesare Beccaria como um dos seus principais percursores, utilizou o método lógico-dedutivo e defendia que o crime é um ente jurídico, assim acredita no livre arbítrio, de modo que o criminoso não pode sofrer influência interna ou externa. Por sua vez, a Escola Positiva, que teve por principal nome Cesare Lombroso, utilizava o método empírico e indutivo e vislumbrava o crime como um fenômeno patológico.
- No pensamento criminológico das escolas clássicas, identifica-se uma grande preocupação com os conceitos de crime e pena como entidades jurídicas e abstratas de modo a estabelecer a razão e limitar o poder de punir do Estado. CORRETA.
PERÍODO CLÁSSICO: Iluminismo, queria limitar o poder Estatal, visto que se vivia no Absolutismo ( concetração dos poderes nas mãos do Rei, logo o Estado era o próprio Rei.)
Preocupação com a pena e o com Crime: Lembre-se do livro dos Delitos e das Penas que tratava basicamente da desproporcionalidade entre o fato criminoso e as penas empregadas. Dos Delitos e das Penas , de Beccaria ( autor do período clássico)
- Modelo DISSUASÓRIO (direito penal clássico): repressão por meio da punição ao agente criminoso, mostrando a todos que o crime não compensa e gera castigo. Aplica-se a pena somente aos imputáveis e semi-imputáveis, pois aos inimputáveis se dispensa tratamento psiquiátrico.
 
Modelo RESSOCIALIZADOR: intervém na vida e na pessoa do infrator, não apenas lhe aplicando punição, mas também lhe possibilitando a reinserção social. Aqui a participação da sociedade é relevante para a ressocialização do infrator, prevenindo a ocorrência de estigmas.
 
Modelo INTEGRADOR (restaurador ou justiça restaurativa): procura restabelecer, da melhor maneira possível, o status quo ante, visando a reeducação do infrator, a assistência à vítima e o controle social afetado pelo crime. Gera a restauração, mediante a reparação do dano causado.
- mnemônico: Escola Positiva
LFG - Lombroso, Ferri e Garofalo
ASJ - Antropoligica, Sociologica e Juridica
LOMBROSO= fatores biológicos
FERRI= fatores antropológicos, sociais e físicos
GAROFALO= fatores jurídicos
- Cesare Bonesana (1738~1794), o marquês de Beccaria, foi autor da obra DOS DELITOS E DAS PENAS.
- Foi autor da obra Sociologia Criminal; para ele a criminalidade deriva de fenômenos antropológicos, físicos e sociais. (Enrico Ferri).
- A distinção entre imputáveis e inimputáveis, a responsabilidade moral baseada no determinismo, o crime como fenômeno social e individual e a pena com caráter aflitivo, cuja finalidade é a defesa social, são características da: Terza Scuola Italiana.
- Principais características das duas escolas:
 
Escola clássica: O crime: É um ente jurídico (decorre da violação de um direito); o criminoso: É ser livre que pratica o delito por livre escolha; a pena: baseada no livre arbítrio (retribuição); Método: Abstrato e dedutivo. Autores: Beccaria, Carrara e Fuerbach.
 
Escola positiva (neoclássica): O crime: é um fato humano; o criminoso: Não é dotado de livre arbítrio, é um ser anormal sob a ótica biológica e psicológica; a pena: baseada no determinismo (defesa do corpo social); Método: Empírico e indutivo; Autores: Lombroso, Ferri e Garófalo. (Ideia de criminoso nato – expressão dada por Ferri).
 
·         Principais Obras
1.       Cesare Beccaria (Cesare Bonesana): Dos delitos e das penas – 1764
2.       Adolphe Quetelet: Física Social – 1835
3.       Cesare Lombroso: O homem delinquente – 1876
4.       Rafael Garófalo: Criminologia
Escola da Nova defesa Social: modernização e humanização do direito. Finalidade de proteção da sociedade. Defende a adoção de um sistema preventivo e de intervenções (re) educativas (pedagogia da responsabilidade). Defensores: Filippo Gramatica, Marc Ancel (La Defense Sociale Nouvalle) e Adolphe Prins (A defesa social e as Transformações do Direito Penal, 1910).
Movimentos Psicossociológico: Defendeu a preponderância dos fatores sociais sobre os fatores físicos e biológicos (Lei da imitação ou da integração social). Defensor: Gabriel Tarde ( As Leis da Imitação, 1890).
- TEORIAS DO CONSENSO - A sociedade é baseada no consenso entre os indivíduos, através da livre vontade. Todo elemento da sociedade tem a sua função, importância.
Representantes: 1) Escola de Chicago/Teoria Ecológica/Teoria da Ecologia Criminal; 2) Teoria da Anomia/Teoria Estrutural Funcionalista; 3) Teoria da Associação Diferencial/Teoria da Aprendizagem Social/Teoria do Aprendizado; e 4) Subcultura Delinquente)
TEORIAS DO CONFLITO - Toda sociedade é baseada na força e coerção. Ha imposição de alguns membros sobre outros.
Representantes: 1) Labelling Aproach/Teoria do Etiquetamento/Teoria da Rotulação Social/Teoria da Reação Social/Interacionista ou Interacionismo Simbólico; e 2) Teoria Crítica/Criminologia Crítica/Criminologia Radical ou Nova Criminologia)
- "CASA" com consenso não entra "EM" conflito !
Teoria do Consenso - "CASA"
C - Chicago - Escola
A - Anomia - Teoria
S - Subculturado Delinquente - Teoria
A - Associação Diferencial – Teoria
Teoria do Conflito - "EM"
E - Etiquetamento - Teoria
M - Marxista – (Teoria critica)
- As teorias conflituais defendem de que o conflito é necessário (não nocivo), uma vez que a sociedade está sujeita a mudanças contínuas e todo elemento coopera para sua dissolução. Neste contexto, a chamada harmonia social decorre da força e coerção dos dominantes perante os dominados.
- A teoria da associação diferencial sustenta ser o comportamento criminoso resultado de um aprendizado por parte do indivíduo sobre a conduta criminosa, através da assimilação, não podendo, pois, ser entendido como produto de uma predisposição biológica ou econômico-social.
- As teorias sociológicas de consenso vinculam-se a orientações ideológicas e políticas progressistas. Essas teorias consideram que os objetivos da sociedade são atingidos quando as instituições funcionam e os indivíduos, que dividem valores diversos, concordam com as regras de convívio.
- Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões: a das teorias de consenso e a das teorias de conflito.
Teorias do Consenso = CONSERVADORAS
Teorias do Conflito = PROGRESSISTAS
- A teoria ecológica, ou da desorganização espacial, defende que o progresso leva a criminalidade aos grandes centros urbanos. Propõe que a estabilidade e a integração contribuem para a ordem social, e a ausência de integração entre os indivíduos contribuem para índices mais elevados de criminalidade. 
 A deteriorização de núcleos primários (família, igreja) e a superficialização das relações sociais contribuem para a criação de um meio desorganizado e potencialmente crimógeno. (BRASIL)
- SE LIGA – Resumindo - Teoria do Consenso:
o Escola de Chicago
o Teoria da Anomia
o Teoria da Associação Diferencial
o Teoria da Subcultura Delinquente
Essas seriam para a doutrina as principais teorias da Teoria de Consenso.
Dica de expressões relacionadas a cada Teoria do Consenso:
o Escola de Chicago:
- cidade de Chicago;
- crescimento desenfreado;
- omissão estatal gera desordem;
- áreas/zonas de delinquência;
o Teoria da Anomia (Cultura Estrutural Funcionalista)
- Émile Durkheim e Robert Merton;
- Durkheim fala que crime é fenômeno normal/útil, fere a consciência coletiva e que as penas surtem mais efeitos em
pessoas honestas.
- Merton fala do desajuste de meta cultural e meio institucional (modelo de sucesso e meio efetivamente disponível)
o Teoria da Associação Diferencial
- Sutherland;
- crimes de colarinho branco;
- teoria da aprendizagem;
- dificuldade de punir os autores dos crimes de colarinho-branco;
o Teoria da Subcultura Delinquente
- Albert Cohen;
- Delinquent Boys;
- Ano de 1955, ou seja, década de 50; (ainda na fase do “american dream”);
- Não utilitarismo da ação;
- Malícia da conduta;
- Negativismo da ação;
- Gangues de periferias;
Dica de Autor adotado pela Banca
Posicionamento de Antonio Garcia-pablos de Molina:
Registra-se ainda que para Molina, a Escola de Chicago vai influenciar todas as demais e para ele as duas
últimas teorias (Teoria da Associação Diferencial e da Subcultura Delinquente) estão dentro da Teoria das
Subculturas.
- O ponto de debate do Labeling Approach não gira em torno dos motivos que levaram determinada pessoa a cometer um crime, mas sim:
- Quais pessoas são rotuladas e etiquetadas como autores desses crimes;
- Porque determinadas pessoas são consideradas como criminosas;
- Qual a legitimidade dessa rotulação, desse etiquetamento;
- A teoria do Labeling Approach culpa a reação social ao modo de produção capitalista?
Seria uma teoria com base marxista?
NÃO para ambas as questões. A teoria o Labeling Approach vai analisar de que forma essa reação é dada, mas ela não culpa o modo de produção capitalista, não tem essa base marxista que iremos ver no próximo tópico a ser estudado (Criminologia Crítica).
- Em suma, essa Criminologia como o próprio nome diz se apresenta como uma verdadeira crítica ao sistema. Ela não tenta criar um conceito de Delito, Delinquente, as causas, ou entendimento sobre o Controle Social. Ela acredita e defende a existência que um sistema que somente vai reproduzir mais e mais desigualdade social.
Contribuições da Criminologia Crítica no ordenamento jurídico no Brasil:
- campanha pela criminalização da ofensa a bem jurídico difuso; (ex: lei de crimes ambientais, lei de
organizações criminosas, alterações da lei de lavagem de capitais, crimes contra a ordem tributária).
- discussão por uma maximização da punição dos crimes de colarinho branco;
- descriminalização de algumas condutas praticadas por classes menos desfavorecidas
- A primeira referência teórica e metodológica para a realização de estudos criminológicos sobre formas de ativismo político urbano identificados com o chamado movimento punk é a obra Outsiders: studies in the sociology of deviance (Outsiders: estudo de sociologia do desvio), de Howard Becker, a partir dos estudos que realiza entre grupos consumidores de maconha e músicos de jazz, na década de 50, nos Estados Unidos.
- Teoria do "Labelling Aproach" 
Howard Becker – Eving Goffman
Teoria que aponta o sistema prisional como quem rotula, estigmatiza o criminoso.
(Rotulação/Etiquetagem/Interacionista/Reação Social) criada na década de 60
Visão do sistema preconceituoso entre o POBRE / RICO criminoso, rotulações diferentes, enquanto um é marginalizado o outro é visto mais como um herói.
Separacionista onde o pobre é mais rotulado pelo próprio sistema criminal – Evita o encarceramento do individuo, a fim de evitar que a pena privativa de liberdade não piore seu papel e imagem social. 
Palavras: relações conflitivas; controle social; LABELLING; ROTULAÇÃO; ETIQUETAMENTO; processos de interação; ADOÇÃO DE ESTERIÓTIPO; PROCESSO SELETIVO DISCRIMINATÓRIO; demonstrações de rejeição e discriminação; humilhação; CATALOGAÇÃO
- Uma das principais críticas às teorias da subcultura delinquente é a de que ela não consegue oferecer uma explicação generalizadora da criminalidade, havendo um apego exclusivo a determinado tipo de criminalidade, sem que se tenha uma abordagem do todo.
- Para Merton desenvolveu a teoria da anomia definindo ela a partir do sintoma do vazio produzido no momento em que os meios socioestruturaisnão satisfazem as expectativas culturais da sociedade, fazendo com que a falta deoportunidade leve à prática de atos irregulares para atingir os objetivos almejados.
- Para Durkheim que a conduta “anômica” é o resultado da violação de regras impostas por determinada sociedade. Rompimento quebra, desmoronamento das normas e valores vigentes em decorrência do crescimento acelerado e rápido imposto, reporta-se ao que seria anomia, ou seja, à ausência temporária de norma diante da pressão social que a pessoa passa a sofrer.
- “A Teoria de Sutherland nada mais é do que a Teoria da Associação Diferencial, que integra a chamada criminologia do consenso, defende que o comportamento criminoso é um processo de APRENDIZAGEM com a interação em grupos de referências (família, escola, amigos). O comportamento não é herdado e nem exclusivo de classes pobres, mas sim aprendido.
- A teoria ecológica explica o efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos conceitos de desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos e, sobretudo, invocando o debilitamento do controle social desses núcleos. Com a escola de Chicago, a Criminologia abandonou o paradigma até então dominante do positivismo criminológico, do delinquente nato de Lombroso, e girou para as influências que o ambiente, e no presente caso, que as cidades podem ter fenomino criminal. Ganhou-se qualidade metodológica. Com os estudos da escola de Chicago criou-se também o ambiente cultural para as teorias que se sucederam e que são a feição da moderna criminologia.
A Escola de Chicago se tornou de fundamental importância para o estudo da criminalidade urbana. As teorias estabelecidas por seus seguidores – sociólogos durante aquele período influenciaram estudosurbanos sobre o crime, mais tarde seriam conduzidos nos Estados Unidos e Inglaterra. Sua atuação foi marcada pelo pragmatismo, e, dentre outras inovações que preconizou, destacam-se o método da observação participante e o conceito de ecologia humana. A escola de Chicago inicia um processo que abrange estudos em antropologia urbana, tem no meio urbano seu foco de análise principal, constatando a influência do meio ambiente na conduta delitiva fazendo um paralelo entre o crescimento das cidades e o consequente aumento da criminalidade. Envolve estudos relacionados ao surgimento de favelas e à proliferação do crime e da violência ante o aumento populacional, marcante no início do século XX. É a única teoria sociológica criada por jornalistas cujo nome homenageia um grupo de professores e pesquisadores da Universidade de Chicago, surgido na década de 1920. A escola de Chicago é considerada a principal escola criminológica do Brasil.
- Luigi Ferrajoli, como expoente do Garantismo Penal, atribuía ao Direito Penal, entre varias funções, o dever de salvaguardar os direitos dos condenados. Parece complicado, mas vamos mudar de prisma... se você é condenado, ninguém pode ultrapassar a sanção imposta legalmente. Ele diz: abolicionismo penal é algo completamente sem sentido. 
ja o abolicionismo penal, tratado por Louk Hulsman, defende uma mudança radical e profunda das formas de controle social, chegando ao ápice de abandono do cárcere.
- A teoria das janelas quebradas (ou broken windows theory), desenvolvida nos EUA e aplicada em Nova York, quando Rudolph Giuliani era prefeito, por meio da Operação Tolerância Zero, reduziu consideravelmente os índices de criminalidade naquela cidade.
O resultado da aplicação da broken windows theory foi a redução satisfatória da criminalidade em Nova York, que antigamente era conhecida como a capital do crime. Hoje, essa cidade é considerada a mais segura dos Estados Unidos.
Uma das principais críticas a essa teoria está no fato de que, com a política de tolerância zero, houve o encarceramento em massa dos menos favorecidos (prostitutas, mendigos, sem-teto etc.). Na verdade, a crítica não procede, porque a política criminal analisava a conduta do indivíduo, não a sua situação pessoal.
- E) A criminalização primária diz respeito ao poder de criar a lei penal e introduzir no ordenamento jurídico a tipificação criminal de determinada conduta.
A criminalização secundária, por sua vez, atrela-se ao poder estatal para aplicar a lei penal introduzida no ordenamento com a finalidade de coibir determinados comportamentos antissociais.
- O Código Criminal do Império foi criado, em 1830, com vistas ao estabelecimento de um ordenamento jurídico penal brasileiro próprio, embora não tenha conseguido seu intento liberal, diante de obstáculos socioeconômicos enraizados na sociedade agrária, escravista e patriarcal existente à época.
- Bizu: falou em Foucault, procure a palavra "mecanismo".
Palavras-chave da obra Vigiar e Punir de Foucault: mecanismo de controle, mecanismo de recompensa ...
A primeira grande tese da genealogia posta em prática em Vigiar e punir: o indivíduo moderno é um efeito de tecnologias de poder disciplinares que se reproduzem e se legitimam a partir de saberes "humanos" determinados.
Uma das intuições importantes apresentadas por Foucault em Vigiar e punir é a descrição dos mecanismos da microfísica do poder, uma espécie de combinação entre vigilância hierárquica e sanção normalizadora, que conflui no exame disciplinar.
- Atenção para as diversas nomenclaturas para a mesma escola.
 
LABELING APPROACH;
 
INTERACIONISMO SIMBÓLICO; (NOMENCLATURA UTILIZADA PELO CESPE/CEBRASPE) - Essa nomenclatura em especial é para ATRAPALHAR os que saberiam responder caso fosse utilizada as outras.
 
REAÇÃO SOCIAL;
 
ROTULAÇÃO;
 
ETIQUETAMENTO.
- Sobre a relação entre o preso e a sociedade, segundo Alessandro Baratta, é CORRETO afirmar: São relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, no interior das quais os indivíduos socialmente mais débeis são constrangidos a papéis de submissão e de exploração.
É necessário, em um primeiro momento, reeducar a sociedade (quem exclui), para depois reeducar os presos (excluídos).
- O desenvolvimento teórico do Garantismo é atribuído especialmente a Luigi Ferrajoli. A partir de suas ideias, mais que evitar a prática de crimes, a pena se legitima por coibir reações informais violentas.
- PRISIONIZAÇÃO: O ser humano ao ser condenado à pena de reclusão, não perde somente o direito de exercer livremente suas ações e passa, então, a incorporar uma série de normas que lhe são impostas, passando a fazer parte de um novo contexto social, levando-o a lidar com diferentes aspectos da vida na prisão. Segundo o professor Alvino Augusto de Sá (1998), um dos problemas enfrentados pelos sentenciados a pena privativa de liberdade, é a prisionização e seus efeitos.
O sistema prisional é um órgão falido, apodrecido e as formas na qual o convívio social são compartilhadas na prisão, faz com os indivíduos que já produziu a violência, reproduza-a de forma mais ofensiva, pois de acordo como os autores, a prisão é um local não só de exercício da violência, como também, de sua produção e reprodução, ela danifica, vulnerabiliza o individuo, destrói toda sua dignidade humana.  
1. Conceito.
2. Objeto: delito, delinquente, vítima e controle social. Método da Criminologia.
3. Nascimento da criminologia. Iluminismo.
4. Escolas da criminologia. Escola liberal clássica.
5. Criminologia positivista. Ideologia da defesa social. Teorias psicanalíticas da criminalidade e da sociedade punitiva. Teoria estrutural-funcionalista do desvio e da anomia.
Teoria das subculturas criminais. Escola de Chicago. Teoria da Associação Diferencial. Labelling Approach. Teoria crítica.
6. Temas especiais de criminologia. White-collar crime.
7. Sistema de Justiça Criminal: Polícia, Ministério Público e Poder Judiciário. Segurança pública. Mídia e criminalidade. Política criminal de drogas.
8. Discursos punitivos. Tolerância zero. Direito penal do inimigo. Política criminal atuarial.
9. Abolicionismo e direito penal mínimo.

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