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BIOLOGIA – LICENCIATURA ATIVIDADE PORTFÓLIO CICLO 3 RESENHA: “A CIÊNCIA E AS IDAS E VOLTAS DO SENSO COMUM” MANAUS – AM 2020 Atividade apresentada ao centro universitário Claretiano para avaliação na disciplina de Didática e Metodologia do Ensino de Ciências e Biologia, ministrada pela Profa. Tânia Mara de Lima Fontellas Bandalha. Resenha: “A Ciência e as idas e voltas do senso comum” O artigo de Paty (2003) aborda questões sobre o “senso comum” e de como ele se enriquece através da absorção dos conhecimentos científicos. Através de exemplos examinados na área da física contemporânea, o texto nos convida para uma reflexão do chamado bom senso nos momentos de crise entre modelos da física, que procuram explicar alguns aspectos da natureza. Na primeira pergunta, senso comum, segundo o texto “é uma disposição geral de todos os seres humanos para se adaptar às circunstâncias da existência e da vida ordinária”. Entretanto, essa definição é colocada de uma maneira geral e definida a partir de uma primeira abordagem, já que o próprio termo “senso comum”, como está citado, “abrange uma variedade de significações possíveis em diferentes épocas, sendo para uns equivalente a “opinião comum” e para outros como equivalente a “razão”, a capacidade de distinguir o verdadeiro do falso”. Ainda que na realidade, a aceitação da expressão “senso comum”, em sua utilização corrente, tenha variado com o tempo, para mim senso comum é uma forma de pensar, agir e sentir da maioria das pessoas de uma sociedade e que se acumula no decorrer dos tempos. Baseando-se em hábitos e tradições, e atravessando gerações de forma intuitiva, simples e espontânea no qual o modo de aprendizagem se dá através de forma empírica. Referente a segunda pergunta, a teoria da relatividade são “postulados lançados por Albert Einstein, sendo eles a relatividade restrita (que trata dos movimentos de inércia, lineares e uniformes) e a relatividade geral (que trata dos movimentos acelerados e do campo de gravitação)”. Como pode ser entendido no texto, através desses postulados Einstein introduziu conceitos que foram capazes de renovar o chamado senso comum. Além disso, pode-se notar com esse exemplo que a opinião comum é necessária em algumas das decisões mais cruciais que um investigador tem que fazer em seu trabalho. E pude notar que a história de uma teoria física notoriamente contraintuitiva (relatividade) é citada para fornecer exemplos em defesa dessa reivindicação, bem como discutir alguns aspectos pouco conhecidos da recepção desta teoria pela comunidade científica. Quanto a terceira pergunta, podemos relacionar a comunicação com a universalidade do conhecimento “através do bom senso, pois o senso comum não se opõe ao conhecimento científico, já que é graças a essa capacidade que seus leitores ou ouvintes podem começar a compreender o que antes ignoravam. Para isso é preciso somente apurar seu senso comum, desembaraçá-lo dos preconceitos, submeter as ideias ao crivo da dúvida e da crítica”. Ao meu ver essa relação de fato existe, pois o senso comum se alimenta de novas informações que como consequência ampliam o poder da razão, tornando-o mais exigente quanto ao novo tipo de conhecimento que ao qual terá contato. Para quarta pergunta, a resposta está relacionada ao senso comum, pois o que parece ser o maior desafio na física quântica é a “dificuldade dos próprios especialistas em saber se já chegaram a ele satisfatoriamente”. Ou, pelo menos, se chegaram às mesmas conclusões, porque “eles não têm absolutamente a mesma concepção do que seja a racionalidade nesse domínio”. Acredito que a questão da interpretação na física quântica e às diferentes posições a seu respeito são os principais obstáculos para se chegar a um senso comum. Visto que, como dito no texto, “essa área escapa às representações habituais, bem como a sua relação com o mundo familiar e fenômenos clássicos serem difíceis de se interpretar”. Em relação a quinta pergunta, eu pude entender através do texto que inteligibilidade intuitiva acontece quando há uma transformação do próprio senso comum até se chegar à capacidade de perceber e compreender as coisas com mais clareza. Como por exemplo quando “os físicos compreendem os fenômenos físicos ao ponto de analisá-los ou até mesmo de criar e manipulá-los. Para isso foi preciso desfazer-se das sujeições do senso comum anterior, para aceder a uma racionalidade mais imediata”. Na sexta pergunta, a ética se relaciona com a inteligibilidade, segundo o texto, “quando diz respeito as aplicações desses conhecimentos, e seus efeitos sobre o mundo e sobre o homem. Mas a dimensão ética não diz respeito somente às aplicações técnicas e práticas do conhecimento científico. Ela concerne do ponto de vista da comunicação, pela possibilidade de compartilhar o conhecimento em termos inteligíveis com os não- especialistas, através do senso comum submetido à crítica”. Quanto a isso, concordo com o texto, pois a ética está presente até mesmo no conhecimento quando está em forma de pensamento. A maneira como o conhecimento é usado, transmitido ou compartilhado também precisa ser levada em consideração, principalmente em relação as consequências sobre o restante da população que não tem relação com essa área.
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