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Produzido por Up Geo e Atualidades. REDES SOCIAIS WWW.FACEBOOK.COM/CANALUPGEO WWW.INSTAGRAM.COM/CANALUPGEO E-MAIL: UPGEO1@GMAIL.COM Produzido por Up Geo e Atualidades. 1) Os fragmentos abaixo representam três temas fundamentais que configuram o pensamento de Heráclito de Éfeso. “O deus é dia–noite, inverno–verão, guerra–paz, saciedade–fome; mas se alterna como fogo, quando se mistura a incensos, e se denomina segundo o gosto de cada”. Frag.67. “Por fogo se trocam todas (as coisas) e fogo por todas, tal como por ouro mercadorias e por mercadorias ouro”. Fr. 90. “Tudo flui; não se entra duas vezes no mesmo rio”. Frag 87. Os Pré-Socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p.85, 87. Col. Os pensadores. A partir das citações acima, ESCOLHA e COMENTE um deles de modo a caracterizar a Filosofia de Heráclito. 2) Na Grécia antiga, antes da Filosofia clássica (século V a.C.), o pensamento filosófico era dominado pelos pré- socráticos, que foram os primeiros filósofos e tiveram a função de romper com a mitologia, criando assim a Filosofia. EXPLIQUE quais eram as principais preocupações desses filósofos. 3) Fonte:http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRR ttg42PEl-itUWQBeJ- PaH3xt9Y_fwhVf0ae8Z6a8wypzjxDg Baseado na história de Stephen Hawking, A teoria de Tudo acompanha a vida do astrofísico e suas descobertas. Também retrata seu romance com Jane Wilde, uma estudante de Cambridge e o início de sua doença degenerativa. O título se refere, em linhas gerais, a tentativa do astrofísico de desenvolver uma teoria que unificaria em uma só estrutura todos os fenômenos físicos, da mecânica quântica a relatividade geral. Tal pretensão de uma teoria única para compreender toda a realidade não é algo exclusivo da física atual, podemos perceber esta tendência : A) No pensamento marxista do século XIX B) Nas teorias dos filósofos jônios, da escola de mileto C) Nas teses do liberalismo econômico D) Nas teses estóicas sobre a negação do desejo E) No ceticismo pirrônico 4) Leia a letra da canção a seguir. Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa Tudo sempre passará A vida vem em ondas Como um mar Num indo e vindo infinito Produzido por Up Geo e Atualidades. Tudo que se vê não é Igual ao que a gente Viu há um segundo Tudo muda o tempo todo No mundo [...] SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. “Como uma onda”. In: Álbum MTV ao vivo. Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004. Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, que vê a realidade passando como uma onda, assim também pensaram os primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que denominavam a realidade de physis. A característica dessa realidade representada, também, na música de Lulu Santos é o( A) fluxo. B) estática. C) infinitude. D) desordem. E) unicidade. 5) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.” CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá.Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186. Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o movimento é ilusório, pois “numa corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve manter sempre a dianteira.” ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p. 284. Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que seu argumento: A) baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa explicação naturalista pautada pelos sentidos. B) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe são estranhas. C) ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos sentidos. D) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam as evidências dos sentidos. E) pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os corredores. 6) As Coisas O encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza! No entanto, amiga, se nelas algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, acaso, singular... E deixa-me dizer-te em segredo um dos grandes segredos do mundo: - é simplesmente porque não houve nunca quem lhes desse ao menos um segundo olhar! Mario Quintana (http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/coisas.ht m) Mario Quintana traduziu, nesse poema, um sentimento comum entre os primeiros filósofos com relação à natureza. O encanto e o medo do sobrenatural. Os primeiros filósofos tiveram como principal preocupação a: A) Cosmologia, estudando a origem do Cosmos, contrapondo a tradição mitológica das narrativas cosmogônicas e teogônicas. B) Política, discutindo as formas de organização da polis e estabelecendo as regras da democracia. C) Ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores e da vida virtuosa. D) Epistemologia, procurando estabelecer as origens e limites do conhecimento verdadeiro. E) Ontologia, construindo uma teoria do surgimento dos animais e do substrato da realidade. 7) Primeiro era o Caos (vazio primordial, vale profundo, espaço incomensurável), matéria eterna, informe, rudimentar, mas dotada de energia prolífic. Produzido por Up Geo e Atualidades. Depois surgiu a Terra (Gai – como eterna moradia para os deuses no Olimpo e no Tártaro (habitação profund e, simultaneamente, Eros (o Amor – a força do desejo). Do Caos rebentam a Noite (Nyx) e Erebos (a escuridão profund. A Noite dá à luz, fecundada por Erebos, ao Dia (Hemer e o Éter. A Terra (Gai dá à luz ao Céu (Urano), Montes e Pontos (mares). Com ele, ela cria os Titãs (Oceano, Ceos, Crio, Hiperión, Jápeto e Cronos) e as Titãnidas (Téia, Réia, Mnemósina, Febe e Tétis); entretanto Urano não lhes permitia sair do seio da Terra. Após os Titãs e Titânidas, Urano e Gaia geraram os Ciclopes (que tinham um só olho no meio da test e os Hecatônquiros (Monstros de cem braços e de cinquenta cabeças). Os deuses criam, um após o outro, 5 raças de homens. Hesíodo https://herculeseseus12trabalhos.wordpress.com/201 2/03/31/cosmogonia-a-criacao-do-universo-por- hesiodo/ em 22/11/17 A construção de uma cosmologia que desse uma explicação racional e sistemática das características do universo, em substituição à cosmogonia, que tentava explicar a origem do universo baseada nos mitos, foi uma preocupação da Filosofia: A) medieval B) antiga C) iluminista D) contemporânea E) existencialista 8) Mario Quintana, no poema “As coisas”, traduziu o sentimento comum dos primeiros filósofos da seguinte maneira: “O encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza! [...] se nelas algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, acaso, singular”. Os primeiros filósofos da antiguidade clássica grega se preocupavam com: A) Cosmologia, estudando a origem do Cosmos, contrapondo a tradição mitológica das narrativas cosmogônicas e teogônicas. B) Política, discutindo as formas de organização da polis e estabelecendo as regras da democracia. C) Ética,desenvolvendo uma filosofia dos valores e da vida virtuosa. D) Epistemologia, procurando estabelecer as origens e limites do conhecimento verdadeiro. E) Ontologia, construindo uma teoria do ser e do substrato da realidade. 9) O VÉU E A ASA O VOO O ALVO de TALES: ÁGUA ALMA (Herbert Emanuel, do Livro Nada ou Quase Uma Art O poema faz referências explícitas a um filósofo pré- socrático. Na história da filosofia, entende-se por pré- socráticos aqueles filósofos que antecederam Sócrates. Entre as alternativas abaixo, assinale a que contém somente filósofos pré-socráticos. A) Tales de Mileto / Santo Agostinho / Heráclito. B) Parmênides / Anaximandro / Empédocles. C) Parmênides / Pitágoras / Aristóteles. D) Anaxágoras / Platão / Demócrito. E) Anaxímenes / Xenófanes / Boécio. 10) Texto I Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne. HERÁCLITO. Fragmentos (sobre a naturez. São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado). Produzido por Up Geo e Atualidades. Texto II Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o ser perecer? Como poderia gerar-se? PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das: A) investigações do pensamento sistemático. B) preocupações do período mitológico. C) discussões de base ontológica. D) habilidades da retórica sofística. E) verdades do mundo sensível. 11) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um. NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999 O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos? A) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais. B) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas. C) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes. D) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas. E) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real. 12) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.” (CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.) Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o movimento é ilusório, pois “numa corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve manter sempre a dianteira.” (ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p.284.) Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que seu argumento A) baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa explicação naturalista pautada pelos sentidos. B) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe são estranhas. C) ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos sentidos. D) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam as evidências dos sentidos. E) pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os corredores. 13) Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo – terra, água ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo –, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a Produzido por Up Geo e Atualidades. planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa. DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré- socráticos. São Paulo, Cultrix, 1967. O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem A) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza. B) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras de democracia. C) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior. D) estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis. E) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade. 14) Texto I Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne. HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a naturez. São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado). Texto II Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se? PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das A) investigações do pensamento sistemático. B) preocupações do período mitológico. C) discussões de base ontológica. D) habilidades da retórica sofística. E) verdades do mundo sensível. 15) O que há em comum entre Tales, Anaximandro e Anaxímenes de Mileto, entre Xenófanes de Colofão e Pitágoras de Samos? “Todos esses pensadores propõem uma explicação racional do mundo, e isso é uma reviravolta decisiva na história do pensamento” (Pierre Hadot). Com base no texto e nos conhecimentos sobre as relações entre mito e filosofia, seguem as seguintes proposições: I. Os filósofos pré-socráticos são conhecidos como filósofos da physis porque as explicações racionais do mundo por eles produzidas apresentam não apenas o início, o princípio, mas também o desenvolvimento e o resultado do processo pelo qual uma coisa se constitui. II. Os filósofos pré-socráticos não foram os primeiros a tratarem da origem e do desenvolvimento do universo, antes deles já existiam cosmogonias, mas estas eram de tipo mítico, descreviam a história do mundocomo uma luta entre entidades personificadas. III. As explicações racionais do mundo elaboradas pelos pré-socráticos seguem o mesmo esquema ternário que estruturava as cosmogonias míticas na medida em que também propõem uma teoria da origem do mundo, do homem e da cidade. IV. O nascimento das explicações racionais do mundo são também o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao mito; em certos momentos decisivos da história da filosofia as duas ordens de pensamento chegam a coexistir, exemplo disso pode ser encontrado no diálogo platônico Timeu quando, na apresentação do “mito mais verossímil”, a figura mítica do Demiurgo é introduzida para explicar a produção do mundo. V. Tales de Mileto, um dos Sete Sábios, além de matemático e físico é considerado filósofo – o fundador da filosofia, segundo Aristóteles – porque em sua proposição “A água é a origem e a matriz de todas as coisas” está contida a proposição “Tudo é um”, ou seja, a representação de unidade. Assinale a alternativa correta. Produzido por Up Geo e Atualidades. A) Os filósofos pré-socráticos são conhecidos como filósofos da pólis porque as explicações racionais do mundo por eles produzidas apresentam não apenas o início, o princípio, mas também o desenvolvimento e o resultado do processo pelo qual uma coisa se constitui nas sociedades. B) Os filósofos pré-socráticos foram os primeiros a tratarem da origem e do desenvolvimento do universo, antes mesmo de existirem cosmogonias, mas estas eram de tipo mítico, descreviam a história do mundo como uma luta entre entidades personificadas. C) As explicações fantásticas e fantasiosas do mundo elaboradas pelos pré-socráticos seguem o mesmo esquema ternário que estruturava as cosmogonias míticas na medida em que também propõem uma teoria da origem do mundo, do homem e da cidade. D) O nascimento das explicações racionais do mundo são também o surgimento de uma nova ordem do pensamento, igual e simultâneo ao mito; em certos momentos decisivos da história da filosofia as duas ordens de pensamento chegam a coexistir, exemplo disso pode ser encontrado no diálogo platônico Timeu quando, na apresentação do “mito mais verossímil”, a figura mítica do Demiurgo é introduzida para explicar a produção do mundo. E) Tales de Mileto, um dos Sete Sábios, além de matemático e físico é considerado filósofo – o fundador da filosofia, segundo Aristóteles – porque em sua proposição “A água é a origem e a matriz de todas as coisas” está contida a proposição “Tudo é um”, ou seja, a representação de unidade. 16) O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam “as mutações das coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram.” Assim, a realidade é uma coisa e o real outra. Para Leucipo e Demócrito a physis é composta A) pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio. B) pela água. C) pelo fogo. D) pelo ilimitado. E) pelos átomos. 17) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.” (CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.) Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o movimento é ilusório, pois “numa corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve manter sempre a dianteira.” (ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p.284.) Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que seu argumento A) baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa explicação naturalista pautada pelos sentidos. B) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe são estranhas. C) ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos sentidos. D) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam as evidências dos sentidos. E) pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os corredores. Produzido por Up Geo e Atualidades. 18) A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que, através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura. HEGEL. G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socrática: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural. 2000 (adaptado). O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo( A) número, que fundamenta a criação dos deuses. B) devir, que simboliza o constante movimento dos objetos. C) água, que expressa a causa material da origem do universo. D) imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal. E) átomo, que explica o surgimento dos entes. 19) - adaptada - “É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social pode tornar-se entre os gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis a sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida. Assim se destacou e se definiu um pensamento propriamente político, exterior a religião, com seu vocabulário, seus conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este pensamento marcou profundamente a mentalidade do homem antigo; caracteriza uma civilização que não deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar a vida pública como o coroamento da atividade humana”. Considerando a citação acima, extraída do livro As origens do pensamento grego, de Jean Pierre Vernant, e os conhecimentos da relação entre mito e filosofia, é correto afirmar que A) os filósofos gregos ocupavam-se tão somente das matemáticas e delas se serviam para constituir um ideal de pensamento que deveria orientar a vida pública do homem grego. B) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem humana em fórmulas acessíveis a inteligência, causando o abandono do mito e o fim da religião e a decorrente exclusividade do pensamento racional na Grécia. C) a atividade humana grega, desde a invenção da política, encontrava seu sentido principalmente na vida privada, na qual o debatede argumentos era orientado por princípios racionais, conceitos e vocabulário próprios. D) a política, por desvalorizar o debate público de argumentos que todos os cidadãos podem compreender e discutir, comunicar e transmitir, se distancia dos discursos compreensíveis apenas pelos iniciados em mistérios sagrados e contribui para a constituição do pensamento filosófico orientado pela Razão. E) ainda que o pensamento filosófico prime pela racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o declínio do pensamento mitológico, recorreram a narrativas mitológicas para expressar suas ideias; exemplo disso e o “Mito de Er” utilizado por Platão para encerrar sua principal obra, A República. 20) De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros filósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores frondosas ou flores multicoloridas. Produzido por Up Geo e Atualidades. GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 43-44. (Adaptado) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da filosofia, pode-se afirmar que A) os pensadores pré-socráticos explicavam os fenômenos e as transformações da natureza e por que a vida é como é tendo como limitador e princípio de verdade irrefutável as histórias contadas sobre o mundo dos deuses. B) os primeiros filósofos da natureza tinham a convicção de que havia alguma substância básica, uma causa oculta, por trás de todas as transformações na natureza, e a partir da observação, eles buscavam descobrir leis naturais que fossem eternas. C) os teóricos da natureza que desenvolveram seus sistemas de pensamento por volta do século VI a.C. partiram da ideia unânime de que a água era o princípio original do mundo por sua enorme capacidade de transformação. D) a filosofia da natureza nascente adotou a imagem homérica do mundo e reforçou o antropomorfismo do mundo dos deuses em detrimento de uma explicação natural e regular a respeito dos primeiros princípios que originam todas as coisas. E) para os pensadores jônicos da natureza, Tales, Anaxímenes e Heráclito, há um princípio originário único denominado o ilimitado, que é a reprodução da aparência sensível que os olhos humanos podem observar no nascimento e na degeneração das coisas. GABARITO ABAIXO Produzido por Up Geo e Atualidades. 1) Resposta: PESSOAL 2) Resposta: PESSOAL 3) Resposta: B Gabarito Comentado: Dentre as opções, a filosofia jônica é a única que apresenta uma teoria completa sobre a realidade , as demais ou são sócio-políticas ou são específicas, de modo que os filósofos de Mileto não somente fazem essa análise, como foram os primeiros a propô-la. 4) Resposta: A Gabarito Comentado: Os filósofos pré-socráticos eram conhecidos como os pensadores da physis (naturez, pois tentavam encontrar na própria realidade o arché (princípio) que lhes permitisse formular explicações pela qual pudessem compreender a mutabilidade observada na realidade. Assim, para alguns desses pensadores, a natureza é um fluxo constante que está sempre em transformação. Assim como na música de Lulu Santos, a mutabilidade, a transformação, o fluxo se expressa nas passagens: “Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um dia [...]” e “Tudo que se vê não é/ Igual ao que a gente/ Viu há um segundo/ Tudo muda o tempo todo/ No mundo [...]”. Filósofos que corroboram estas teses são: Tales de Mileto ,que afirmava que a água era o princípio da realidade, pois estava em constante fluxo; Anaxímenes, que afirmava que o ar era o princípio vital, pois estava em constante movimento; e Heráclito, que colocava o fogo como elemento central, pois ele representava transformação constante de realidade. Em relação às demais as concepções expressas nas alternativas restantes: a estática era defendida por Zenão; a infinitude era defendida por Anaximandro, a desordem era defendida por Empédocles e a multiplicidade era defendida por Empédocles. Essas concepções não se relacionavam com o conceito de mutabilidade. 5) Resposta: C Gabarito Comentado: O argumento de Zenão problematiza a tese de que o espaço, conceitualmente dado, é divisível. Portanto, o seu argumento parte da suposição da verdade dessa qualidade do espaço, sua divisibilidade, para provar o seu absurdo. Se considerarmos possível a divisão do espaço, então teremos que assumir, por exemplo, que é impossível Aquiles ultrapassar a tartaruga em uma corrida, pois para Aquiles ultrapassar a tartaruga ele teria antes que ultrapassar a metade da distância entre eles, e depois a metade da metade, e depois a metade da metade, assim por diante infinitamente, de modo que Aquiles nunca sairia do seu lugar de origem. Como isso é absurdo, então o espaço não é efetivamente divisível e sim uno; também, o movimento é ilusório, pois não existe um percurso que se percorre, afinal não se pode realmente dividir o espaço. 6) Resposta: A Gabarito Comentado: O período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século IV a.C. , se deu quando a Filosofia ocupou-se fundamentalmente com a origem do mundo e suas transformações na natureza, pois entre outras coisas não admite a criação do mundo a partir do nada, mas a afirma a geração de todas as coisas por um princípio natural de onde tudo vem e para onde tudo retorna. Produzido por Up Geo e Atualidades. 7) Resposta: B Gabarito Comentado: A filosofia nasce, historicamente, em um período da Grécia antiga no qual se modificava a maneira com que os homens se relacionavam. Sendo que os mitos organizavam toda a vida social consolidando práticas e cerimônias religiosas nas famílias, entre as famílias, nas tribos, entre cidades, etc., a sua modificação, ou até extinção, inevitavelmente faria renascer, distinta, a organização das relações dos homens entre eles mesmos nas casas e na cidade. A filosofia, por conseguinte, tem sua origem em duas modificações uma contextual e outra subjetiva, isto é, uma modificação na cidade e outra no próprio homem. As modificações da cidade e da própria subjetividade se confundem, pois a própria cidade deixa de se conformar com certas tradições religiosas e a própria subjetividade, com o passar das gerações, deixa de prezar os valores ancestrais organizados nos mitos. Com essas mudanças a cidade e o homem passam a se constituir a partir de outras práticas consideradas fundamentais, como o pensamento racional – um pensamento com começo, meio e fim e justificado pela a experiência do mundo, sem o auxílio de entes inalcançáveis. 8) Resposta: A Gabarito Comentado: O período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século IV a.C. , se deu quando a Filosofia ocupou-se fundamentalmente com a origem do mundo e suas transformações na natureza, pois entre outras coisas não admite a criação do mundo a partir do nada, mas a afirma a geração de todas as coisas por um princípio natural de onde tudo veme para onde tudo retorna. 9) Resposta: B Gabarito Comentado: A filosofia pré-socrática, também chamada de filosofia cosmológica, corresponde às primeiras manifestações filosóficas anteriores às inovações introduzidas pelo pensamento de Sócrates, Platão e Aristóteles. Ainda que apresente uma série de interpretações, inclusive antagônicas, a filosofia pré-socrática tem como eixo principal uma reflexão sobre a origem do mundo e sobre as transformações da natureza. Dentre os filósofos citados na questão, praticamente todos são pré-socráticos, com exceção de Santo Agostinho (filósofo cristão da Patrístic, Aristóteles, Platão e Boécio (filósofo medieval). 10) Resposta: C Gabarito Comentado: Heráclito e Parmênides apresentam visões opostas sobre a mesma questão: "o que é o ser?". Enquanto o primeiro defende a volatilidade, o segundo afirma a imutabilidade. Tal questionamento ontológico é a base das discussões pré-socráticas, ainda que as respostas para essa pergunta sejam diversas. 11) Resposta: C Gabarito Comentado: Pode-se dizer que a filosofia grega, em seu início, esteve preocupada com a origem das coisas, em especial da natureza. É essa uma das características que Nietzsche diagnostica na filosofia pré-socrática, e em especial na filosofia seminal de Tales. Produzido por Up Geo e Atualidades. 12) Resposta: C Gabarito Comentado: O argumento de Zenão problematiza a tese de que o espaço, conceitualmente dado, é divisível. Portanto, o seu argumento parte da suposição da verdade dessa qualidade do espaço, sua divisibilidade, para provar o seu absurdo. Se considerarmos possível a divisão do espaço, então teremos que assumir, por exemplo, que é impossível Aquiles ultrapassar a tartaruga em uma corrida, pois para Aquiles ultrapassar a tartaruga ele teria antes que ultrapassar a metade da distância entre eles, e depois a metade da metade, e depois a metade da metade, assim por diante infinitamente, de modo que Aquiles nunca sairia do seu lugar de origem. Como isso é absurdo, então o espaço não é efetivamente divisível e sim uno; também, o movimento é ilusório, pois não existe um percurso que se percorre, afinal não se pode realmente dividir o espaço. 13) Resposta: A Gabarito Comentado: Pode-se dizer que os pré-socráticos tinham em comum uma preocupação em compreender os fenômenos naturais ou cosmológicos, desenvolvendo reflexões sobre a natureza e sobre as coisas. 14) Resposta: C Gabarito Comentado: Heráclito e Parmênides apresentam visões opostas sobre uma mesma questão: “o que é o ser?”. Enquanto o primeiro defende a volatilidade, o segundo afirma a imutabilidade. Tal questionamento ontológico é a base das discussões pré-socráticas, ainda que as respostas para essa pergunta sejam diversas. 15) Resposta: E Gabarito Comentado: Os pré-socráticos são conhecidos como filósofos da physis, pois a questão sobre a natureza era considerada de modo enfático entre eles. A peculiaridade de suas reflexões era buscar a unidade da racional entre as coisas e evitar considerar a natureza a partir de um ponto de vista mitológico. As explicações dos filósofos pré-socráticos restam fragmentadas e é um tanto temerário arriscar uma exposição sistemática de suas afirmações; muito mais de todos estes primeiros filósofos conjuntamente, afinal não havia uma organização tão óbvia da variedade de posições consolidadas nesse período. E vale ressaltar que as explicações racionais não são complementares ao mito, mas superiores ao mito. 16) Resposta: E Gabarito Comentado: O pensamento de Demócrito e Leucipo é chamado de atomístico, por considerarem que todas as coisas são constituídas por elementos indivisíveis, que estão em constante movimento e se agrupam de formas diversas, formando os corpos. Esses elementos indivisíveis é que são chamados de átomos. 17) Resposta: C Gabarito Comentado: Produzido por Up Geo e Atualidades. O argumento de Zenão problematiza a tese de que o espaço, conceitualmente dado, é divisível. Portanto, o seu argumento parte da suposição da verdade dessa qualidade do espaço, sua divisibilidade, para provar o seu absurdo. Se considerarmos possível a divisão do espaço, então teremos que assumir, por exemplo, que é impossível Aquiles ultrapassar a tartaruga em uma corrida, pois para Aquiles ultrapassar a tartaruga ele teria antes que ultrapassar a metade da distância entre eles, e depois a metade da metade, e depois a metade da metade, assim por diante infinitamente, de modo que Aquiles nunca sairia do seu lugar de origem. Como isso é absurdo, então o espaço não é efetivamente divisível e sim uno; também, o movimento é ilusório, pois não existe um percurso que se percorre, afinal não se pode realmente dividir o espaço. 18) Resposta: E Gabarito Comentado: Demócrito é considerado um dos pensadores pré-socráticos, que, em linhas gerais, buscavam compreender a natureza e sua origem. Para ele, a origem das coisas está no átomo, o menor e indivisível elemento dos entes. 19) Resposta: E Gabarito Comentado: O nascimento da filosofia não significou o abandono absoluto dos mitos, que continuaram presentes tanto na cultura grega quanto em obras filosóficas como recursos de argumentação e apelos ao imaginário cosmológico e cultural de então. 20) Resposta: B Gabarito Comentado: Os filósofos pré-socráticos representam uma mudança no pensamento grego por serem os primeiros a buscarem explicações sobre a origem do universo (cosmos) e da natureza (phisys) por meio do discurso racional (logos), sem apelar para o recurso mítico. Em suas elaborações buscavam determinar um princípio unificador (arché) que pudesse servir de referencial básico para alicerçar suas teorias. Eles desenvolveram suas teorias em diferentes localidades ao longo de toda a Grécia (Samos, Mileto, Éfeso), construindo diferentes escolas que defendiam diferentes princípios explicativos. Não havia uma unificação no pensamento. Por exemplo, Tales de Mileto tinha a água como arché, a fim de demonstrar a mutabilidade da realidade. Anaxímenes, mesmo sendo de Mileto, definia o ar como arché. Já Heráclito definia o fogo como arché. O princípio do ilimitado, criado por Anaximandro, é conhecido como ápeiron, e representa aquilo que une as coisas, mas não possui materialidade. Assim, para Tales, Anaxímenes e Heráclito, o arché é uma transformação da matéria, e o ápeiron é a geração a partir do indefinido. A alternativa [B] é a única que está de acordo com as características eteorias referentes aos filósofos pré-socráticos.
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