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JORNAL_LASZLO_7_JANEIRO_2016_web

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WWW.LASZLO.COM.BR
7ª EDIÇÃO 
ANO VII - Janeiro/2016
EDIÇÃO DE COLECIONADOR 
Jornal de Aromatologia 
Publicação Científica e Cultural
Patrocínio
A cidade de Belo Horizonte (MG) receberá em Março
o II Congresso Internacional de Aromatologia e o I Con-
gresso Internacional de Medicina Complementar Inte-
grativa. Dois congressos unidos para um grande evento!
Confira todos os detalhes e programação na contracapa.
Pág. 5
O poder calmante
do óleo de Lavanda
Pág. 3
Correspondências 
incríveis dos OEs com 
o ser humano .
Pág. 4 
Óleos Essenciais 
no aumento da 
resistência de 
plantas contra 
pragas
EDIÇÃO ESPECIAL
MATÉRIAS EXCLUSIVAS DE PALESTRANTES DO CIA:
 O MAIOR EVENTO SOBRE ÓLEOS ESSENCIAIS DA AMÉRICA LATINA!
II Congresso Internacional 
de AROMATOLOGIA
MEDICINA COMPLEMENTAR 
INTEGRATIVA
I Congresso Internacional de 
Laszlo - Rua Itaúna, 66 - Floresta/Colégio Batista - Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3486.2765 - Email: contato@laszlo.ind.br - Website: www.laszlo.com.br 2
 Você está familiarizado com os métodos 
para verificar a pureza dos óleos essenciais (OEs): 
avaliações sensoriais e avaliações físico-químicas. 
No primeiro grupo, serão observados o odor, a cor, a 
limpidez e a viscosidade de uma amostra. Aqui, se 
você não for um perfumista com nariz treinado, é 
possível identificar apenas adulterações grosseiras, 
como aquelas em que se vende uma lavanda de cor 
roxa, ou uma camomila-romana com cheiro ranci-
ficado, ou um benjoim que escorre do frasco como 
se fosse OE de pinheiro. Não se espera que a lavanda 
seja roxa (ela é transparente), não se espera que a 
camomila-romana cheire a ranço (foi diluída em 
óleo graxo), nem que o benjoim escorra facilmente 
(foi diluído talvez em álcool).
 Mas aqueles que comercializam OEs a-
dulterados se valem de falsificações mais sofisti-
cadas, e identificá-las depende de avaliações a que o 
consumidor final não tem acesso. No meio da perfu-
maria, é consenso que o melhor instrumento para di-
zer se um óleo essencial é puro ou não é o nariz. 
Habilitado a detectar substâncias em quantidades 
ínfimas e a discriminá-las, o olfato humano – treina-
do – pode dar o veredito na avaliação de um odoran-
te. Infelizmente, esse super olfato não é o da maioria 
das pessoas que compra aromaterapia. Então, o que 
resta aos consumidores é confiar na empresa da qual 
compram, pois se supõe que ela teve acesso a – e fez! 
– avaliações físico-químicas com o lote de OE que 
irá fracionar.
 Teste de solubilidade, densidade relativa 
(gravidade específica), rotação óptica, índice de re-
fração e o perfil cromatográfico (GC/MS, sigla em 
inglês para cromatografia gasosa e espectrometria de 
massa) são os testes que se espera serem feitos para 
cada lote de OE que uma empresa adquire. Todas as 
empresas fazem isso? Não. As que fazem, fazem 
para cada lote que chega em seu galpão? Não. Consi-
derando que os testes tenham sido feitos para cada 
lote que chega no galpão, isso é garantia de que o OE 
que está no frasco de 10 ml é puro? Também não. 
 A adulteração de um OE pode ser feita em 
vários momentos da cadeia produtiva: 1) na co-
lheita: por exemplo, recolher Litsea enosma e L. 
mollifolia como se fosse L. cubeba; 2) na destilação: 
por exemplo, misturar casca de limão à verbena-
limão; ou 3) no envase, adicionando-se substâncias 
de diversas naturezas ao lote de OE. Se fosse para 
classificar o pior momento para se fazer adultera-
ção, seria com certeza o do envase para o varejo (fra-
cionamento), porque, nessa etapa, o laudo cromato-
gráfico já está emitido, validado e publicado. Seria 
um tipo de falsificação no qual a empresa paga para 
confirmar que comprou um lote puro e ela mesma o 
adultera depois. Difícil acontecer? Um pouco. 
Impossível? De forma alguma.
 Entre as substâncias com as quais se 
adulteram os OE estão:
A) Diluentes visíveis ou não visíveis à cromatogra-
fia gasosa. São substâncias que normalmente não 
alteram o odor do OE. Alguns métodos disponíveis 
para identificá-las são TIC (Total Ion Current), tes-
tes de solubilidade alcoólica/aquosa e alterações na 
operação da coluna do cromatógrafo;
B) Adição de OEs baratos a OEs caros;
C) Adição de isolados naturais. Exemplo: linalol na-
tural para converter o OE de manjericão-exótico em 
OE de manjericão-lavanda;
D) Adição de isolados naturais idênticos. São molé-
culas sintetizadas quimicamente, a partir de maté-
ria-prima animal, vegetal ou microbiana, e que têm 
estrutura idêntica à natural. Exemplo: o mentol obti-
do do timol por hidrogenação. A discriminação des-
ses isolados frequentemente depende da disponibi-
lidade de bibliotecas caras, que são bancos de dados 
acoplados ao equipamento GC/MS. Muitas vezes, 
esses isolados deixam traços de sua síntese, como é 
o caso de compostos nitrogenados na l-carvona sin-
tética;
E) Adição de isolados naturais idênticos de origem 
petroquímica. Para identificá-los, é necessário con-
duzir teste de quiralidade no GC/MS, isto porque a 
síntese desses isolados produz mistura racêmica 
(enantiômeros na mesma proporção), que não é 
observável em OEs puros. Quando o isolado adicio-
nado é um composto sem enantiômero, como se ob-
serva com o timol, o teste de quiralidade já não pode 
ser usado. Nesse caso, deve-se aplicar teste de car-
bono-14, um teste de difícil acesso a muitas empre-
sas, mesmo estrangeiras;
F) Adição de essências sintéticas.
 Além desses seis tipos de substâncias 
adulterantes, é preciso lembrar que a qualidade dos 
OEs pode ficar comprometida devido à presença de 
contaminantes, como pesticidas e metais pesados, e 
também por sua deterioração em virtude do arma-
zenamento inadequado. 
 A adulteração sempre pode ser acidental 
ou intencional. Quando for intencional, ela pode se 
converter numa prática comercial válida, contanto 
que o consumidor final esteja alertado sobre ela. O 
fabricante pode diluir um OE caro e alertar no rótulo 
de que aquele OE está diluído. Nesse caso, o OE está 
adulterado? Sim. Mas, então, o consumidor está 
sendo lesionado? Não, uma vez que ele sabe que o 
OE está diluído e comprará o produto se quiser. 
Quando se trata da relação entre fornecedor e 
consumidor, laudos cromatográficos são indispen-
sáveis, mas, no final das contas, o que mais importa 
é a reputação da empresa e uma política de marke-
ting aberta e clara. Pode-se enganar um consumidor 
por muito tempo, mas não muitos por muito tempo.
Bibliografia:
Burfield, Tony. The Adulteration of Essential Oils - and the 
Consequences to Aromatherapy & Natural Perfumery Practice. 
Cropwatch.org, 2003-2008.
Castro, Mayra Correa e. Adulteração de Óleos Essenciais. Palestra 
proferida no Congresso Online de Aromaterapia, Abr/15.
Gava. Altanir Jaime. Tecnologia de alimentos: princípios e 
aplicações. São Paulo: Nobel, 2008.
Óleos essenciais como 
agentes de controle do 
biofilme dental
Regina S. Manzochi
Cirurgiã-dentista especialista em prótese dental, habili-
tada em práticas integrativas e complementares. Estará 
no II Congresso Internacional de Aromatologia com a 
palestra: ‘‘Aplicação dos óleos essenciais e terapêu-
ticas complementares na odontologia’’.
 A microbiota oral desempenha um papel 
importante no aparecimento de doenças bucais 
como a cárie dental e doenças periodontais, per-
mitindo a colonização na superfície dentária de 
vários microorganismos, que se estruturam, de-
vido a uma sequência de eventos, resultando em 
uma comunidade microbiológia organizada, 
chamada de biofilme dental (Wolf et al., 2015; 
Freires et al., 2015). A cavidade bucal representa 
a mais complexa e diversa concentração mi-
crobiana do corpo humano em contato com o 
ambiente externo. A cárie dentária ainda é 
considerada um problema epidemiológico na 
saúde oral, possui caráter multifatorial e compor-
tamental complexos (Cangussu et al., 2012). O 
biofilme dental constitui um fator etiológico 
importante e específico para a formação da lesão 
cárie, embora não determinante (Carranza, 2004; 
Oliveira, 2007). A doença periodontal éo re-
sultado da interação entre o biofilme dental e os 
tecidos periodontais, com consequente perda do 
tecido de suporte do dente. Ambas, cárie e doença 
periodontal, consistem em uma interação com-
plexa influenciada por fatores genéticos, am-
bientais, imunológicos, comportamentais entre 
outros (Lindhe, J., 1999).
 Em algumas situações temporárias e/ou 
permanentes, o controle mecânico do biofilme 
pode estar comprometido, por isso, meios de 
controle químico são indicados. A clorexidina foi 
introduzida como um antisséptico de larga ação 
antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas, 
Gram-negativas e fungos. Possui característica 
bactericida e bacteriostática prolongada podendo 
agir durante 12 horas, propriedade esta deno-
minada de substantividade (Zanata et al., 2007; 
Sato, 2009). Efeitos adversos foram encon-
trados com o uso da clorexidina como: mancha-
mento de coloração marrom-amarelada nas 
regiões cervicais e proximais dos dentes, de res-
taurações, da placa bacteriana e superfície 
lingual (removidas com profilaxia profissional e 
escovação com dentifrícios), além de alterações 
no paladar (Carranza, 2004). Por isso, há ne-
cessidade de se buscar novas substâncias que 
sejam eficazes no controle da microbiota bucal, 
mas com menos efeitos indesejáveis, e que 
complementem a remoção mecânica do biofilme 
dentário. 
 Nos últimos anos, houve um aumento 
no interesse pela aplicação dos óleos essenciais 
na odontologia, devido às suas propriedades 
antimicrobianas no biofilme supra e sub-
gengival, sem os efeitos adversos, como, por 
exemplo, da clorexidina (Dagli et al., 2013). 
Estudos comprovaram atividade bactericida, 
bacteriostática e antifúngicas dos óleos 
essenciais no biofilme dental (Kouidhi et al., 
2015; Takarada et al., 2004; Dagli et al., 2015; 
Botelho et al., 2007; Oliveira, 2015; Freires et al, 
2015; Filogônio, 2015; Oliveira, 2007) como a 
manuka e o tea tree (Castilho et al., 2007). O óleo 
de manuka mostrou ser efetivo quanto a inibição 
do crescimento de bactérias relacionadas com a 
cárie e periodontopatias. Os óleos de tea tree e 
manuka inibiram a adesão de dois grupos de 
bactérias: o Streptococus mutans, relacionado
com o biofilme supragengival e a cárie, e
Porphyromonas gingivalis relacionada com o 
EXPEDIENTE
Publicação etnobotânica, científica e cultural sobre óleos 
essenciais e aromatologia com edição gratuita quadrimestral.
Editor Responsável: Fábián László 
Revisão: Janice Brito Mansur (copidesque.janice@gmail.com)
Financeiro: Alexandra Bispo
Capa: Camilla Koscky
Produção: KOSCKY Produção e Arte Ltda. - ME 
CNPJ: 23.727.171/0001-12
Autoria dos artigos não assinados ou com LZ: Fábián László (LZ)
Dúvidas, críticas, sugestões, envio de matérias e relatos: 
marketing@laszlo.ind.br / Tel: +55 (31) 3486.2765
Circulação: Todo território nacional 
Primeira impressão desta edição na gráfica 
Fumarc em BH/MG: 50.000 exemplares
 Este jornal é uma publicação científico-cultural amparada 
pelos artigos 5º (IV,V,IX,XIII,XIV,XXVII), 216º (III), 218º (1,3,4) e 
220º (1,2,6) da Constituição da República Federativa do 
Brasil/1988 e pelas Leis Nº 5.250/1967 e Nº 12.527/2011 
(art. 3,4,5), assim como pelo artigo 19 da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos/1948 para livre publicação e 
distribuição gratuita nos meios acadêmicos, sociais e culturais 
de todo o território nacional. 
 Possui o objetivo de informar pesquisas científicas e a cultura 
etnobotânica popular acerca do emprego de óleos essenciais 
em diversos segmentos dentro da ciência chamada 
Aromatologia, visando, assim, contribuir no desenvolvimento 
de novos estudos em Universidades para o avanço científico.
 As informações científico-culturais contidas neste material e 
os relatos populares não devem ser entendidos como 
orientações ou sugestões particulares para uso de óleos es-
senciais, ou seja, sua utilização deve ser feita sob a orientação 
de um profissional qualificado na área específica do estudo 
mencionado. A editora e o editor não se responsabilizam pelo 
uso indevido por leigos das informações aqui citadas, que são 
meramente ilustrativas.
 Os artigos deste jornal podem ser divulgados desde que 
sejam mantidos intactos os direitos autorais com citação dos 
nomes dos autores e deste jornal como fonte de publicação.
Adulteração de óleos essenciais
biofilme subgengival e doenças periodontais 
(Takarada et al., 2004; Castilho et al, 2007). 
 Portanto, o emprego dos óleos essen-
ciais na Odontologia pode ser considerado um 
instrumento de apoio e complemento na terapia 
de diversas patologias bucais, estimulando o 
desenvolvimento de novos produtos comerciais 
com maior atividade farmacológica, menor 
toxicidade, biocompatíveis, e possivelmente com 
custos mais acessíveis à população. 
Referências:
TAKARADA, K; et al. A comparison of the antibacterial efficacies of essential oil against oral 
pathogens. Departamento of Microbiology, Tokyo Dental College. Oral Microbiology and 
Immunology, 2004: 19: 61-64, 2004. / DAGLI, N.; et al. Essencial oils, their therapeutic 
properties and implication in dentistry: a review. Journal of International Society of Preventive 
& C o m m u n i t D e n t i s t r y . S e p – O c t , 2 0 1 5 . D i s p o n í v e l e m : 
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4606594/>Acessado em 06/11/2015. / 
CARRANZA, F. Periodontia Clínica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. / 
WOLFF, M.S; LARSON, C. The cariogenic dental biofilm: good, bad or just something to 
control? Brasi l ian Oral Research, vol .23, supl .1 , Jun, 2009. Disponível 
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180683242009000500006> 
Acessado em 06/11/2015. / ZANATTA, F.B; RÖSING, C. K. Clorexidina: mecanismos de ação 
e evidências atuais de sua eficácia no contexto do biofilme supragengival. Revista Scientific-
A, 1(2):35-43, 2007. / KOUIDHI, B; AL QURASHI, Y. M; CHAIEB, K. Drug resistance of 
bacterial dental biofilm and the potential use of natural compounds as alternative for 
prevention and treatment. Microbial Pathogenesis, vol.80, p. 39-49, march, 2015. / 
CASTILHO, A. R.; et al. Produtos naturais em odontologia. Revista Saúde- UNG, p. 11-19, 
2007 / OLIVEIRA, J. E, Cárie dentária: um novo conceito. Revista Dental Press Ortodontia e 
Ortopedia Facial, v.12, n.6, p. 119-130, nov/dez 2007. / DAGLI, N.; DAGLI R. Possible use of 
essencial oils in dentistry. Journal of International Oral Health 6(3): i-ii - International Society 
of Preventive and Community Dentistry , junho 2014. / BOTELHO, M.A, et al. Antimicrobial 
activity of the essential oil from Lippia sidoides, carvacrol and thymol agains oral pathogens. 
Brasilian Journal of Medical and Biological Research, vol.40, no. 3. Ribeirão Preto, Mar. 2007 
/ OLIVEIRA, M. A. C. Investigação das propriedades anticariogênicas de óleos essenciais: 
atividade antimicrobiana e caracterização química, 95 f. Dissertação (mestrado) – 
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, 2012. 
Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/95050>. Acesso em: 06/11/2015. / LINDHE, J. 
Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
1999. / CANGUSSU, M. C. T; LOPES, L. S. Epidemiologia da cárie dentária no estado da 
Bahia de 1968 a 2012. Revista Bahiana de Saúde Pública, v. 36, p. 640-650, jul/set 2012. 
Acessado em 07/11/2015. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/0100-
0233/2012/v36n3/a3455.pdf> / FREIRES, I.A; et al. Antibacterial Activity of essencial oils 
and their isolated constituints against cariogenic bacteria: a sistematic review. Brazilian 
Journal of Medical and Biological Research. April, 2015. Disponível em: 
<http://www.mdpi.com/1420-3049/20/4/7329/htm> Acesso em: 07/11/2015. / FILOGÔNIO, 
C.F.B, Estudo comparativo do efeito de óleos vegetal e mineral contidos em dentifrício no 
controle do biofilme dentário. 60 f.:il. Dissertação (Mestrado): Pontifícia Universidade 
C a t ól i c a d e M i n a s G e r a i s . 2 0 0 9 . D i s p o n í v e l e m : 
<http://livros01.livrosgratis.com.br/cp103759.pdf> Acesso em: 10/11/2015. /SATO, L. Y. M, 
Higiene bucal com clorexidina na prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica. 
Monografia de conclusão do curso de odontologia, 12f. Universidade Federal do Amazonas, 
2 0 0 9 . A c e s s o e m : 0 6 / 1 1 / 2 0 1 5 . D i s p o n í v e l e m : 
http://www.fao.ufam.edu.br/attachments/075_Monografia%20Lissa%20Sato%20pdf.pdf
Mayra Corrêa e Castro
Graduada em Linguística pela UNICAMP/SP, pós-graduada em Gestão de 
Negócios pela FAE/PR, Professora de yoga e Aromaterapêuta - Estará no 
II Congresso Internacional de Aromatologia com a palestra online: 
‘‘Aromaterapia em Livros - Bibliografia comentada’’.
CURSO
INÉDITO
Óleos Essenciais e
Frutos da AMAZÔNIA
 Aprenda com o maior especialista no Brasil com
mais de 30 anos de pesquisa em plantas aromáticas 
da Amazônia, . Dr. José Guilherme Maia
 19 a 21/02 de 2016 - Belo Horizonte/MG 
www.ibraromatologia.com.brWWW.IBRAROMATOLOGIA.COM.BR
3Laszlo - Rua Itaúna, 66 - Floresta/Colégio Batista - Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3486.2765 - Email: contato@laszlo.ind.br - Website: www.laszlo.com.br 
 Baseado em experiências de tratamento e 
resultados de investigação, criei uma chave 
universal para a aplicação de qualquer óleo 
essencial existente, baseado em qual órgão 
da planta ele foi extraído. Nomeei este 
sistema de "Terapia da Essência Herbal".
R A I Z e M A D E I R A : a j u d a m 
principalmente nos órgãos-funções das 
regiões inferiores do corpo humano.
F O L H A S e B R O T O S : a j u d a m 
principalmente nos órgãos-funções das 
regiões superiores do corpo humano.
FLORES, FRUTOS e SEMENTES: 
ajudam principalmente nos órgãos-funções 
da cabeça e todos os tecidos nervosos do 
corpo humano. 
 Estas conexões levaram-me à aplicação 
de óleos essenciais altamente diluídos com-
postos em sinergias para aplicação em plan-
tas e solo para jardinagem e agricultura. 
Praticamos isso com sucesso há 30 anos. Esta 
aplicação é chamada de "Cuidado Aromático 
Vegetal", que nós usamos para tonificar a 
força vital das plantas e organismos no solo 
através do auxílio aos seus sistemas imuno-
lógicos para todos os tipos de pragas. Essa é 
uma contribuição ambiental para equilibrar o 
ecossistema. 
 Outra descoberta incrível dos nossos 
estudos e experiências durante as nossas 
investigações de longo prazo é o fato de 
que o nosso nariz e a sua preferência para 
um determinado cheiro é a expressão 
individual e momentânea da demanda de 
uma vibração olfativa especial. Isso 
significa: o déficit de um cliente para uma 
certa vibração é expressa por sua própria 
escolha pelo aroma. E isso significaria 
uma maneira fácil para trazer equilíbrio à 
saúde e à mente.
 Então, na nossa "Terapia da Essência 
Herbal" e "Cosmoterapia" (incluindo cor, 
som e cristais, todos em ressonância), nós 
não recomendamos nenhum óleo essencial 
para o tratamento, mas deixamos a decisão 
para o próprio cliente seguindo o ditado 
inglês: "seu nariz sabe". E o aromaterapeuta 
pode, então, sentir o que isso significa dentro 
da situação de saúde do cliente relativo ao 
óleo essencial selecionado por ele.
 Mais tarde, investigamos a relação entre as 
cores e os óleos essenciais incluindo o nível 
vibracional e os órgãos internos humanos. 
omo biólogo trabalhando em Ciên-Ccias Ambientais, perguntava-me sobre o fato das moléculas químicas 
dos óleos essenciais das plantas poderem 
curar doenças e dar suporte ao estado de 
saúde do homem, pois as plantas parecem ser 
organismos tão diferentes quando compara-
das ao Ser Humano. 
 Então, comecei a comparar as plantas com 
seres humanos, biologicamente, encontran-
do as funções dos órgãos das plantas como 
raiz, folhas, flores, frutos e sementes, e obser-
vando a correspondência das funções dos ór-
gãos humanos. 
 O resultado da minha investigação no 
início dos anos 80 foi uma correspondência 
incrível entre os dois seres. Posso afirmar 
que as raízes das plantas correspondem ao 
intestino humano, que as folhas cuidam de 
todas as funções circulatórias como 
coração, fígado, baço, pulmões e rins. E as 
flores como a parte menos imitável das 
plantas, com o seu fruto especial e dispo-
sição genética única nas sementes, são cor-
respondentes à forma individual de um 
rosto humano como expressão da sua 
própria personalidade divina. 
 Óleos essenciais são conhecidos como os 
portadores da "Essência" (no sentido do 
"Ser") de uma planta, pois são os portadores 
do espírito delas. E "espírito" corresponde 
também ao "espírito" dos Seres Humanos. 
Óleos essenciais carregam o cheiro e a carac-
terística original do órgão da planta de onde 
foram extraídos. 
 Por exemplo: o OE Vetiver é extraído 
das suas raízes e tem um cheiro de terra 
muito profundo. E ao redor da raiz desta 
planta estão milhões de micro-organismos 
da "flora edáfica" (do solo) que também 
são encontrados no nosso intestino 
compondo nossa "flora intestinal". Esse 
óleo essencial e especialmente seu 
hidrolato estimulam as funções dos 
intestinos e dos órgãos reprodutivos. 
 Esses níveis vibracionais são baseados 
nos nossos órgãos do sentido. Cada órgão do 
sentido é responsável por um desses níveis 
que nós definimos como "Níveis de 
Sentido". Minha investigação no significado 
do "sentido" dos nossos órgãos, levou-me ao 
resultado de que os Seres Humanos possuem 
não apenas cinco (tato, paladar, olfato, 
audição e visão) mas sete sentidos. Defini o 
sexto sentido como o "Terceiro/ Olho Divi-
no", entre nossas sobrancelhas, na frente do 
nosso sentido de autoconsciência. E eu defini 
o coração como o sétimo sentido, porque 
qualquer órgão de percepção sensorial é 
totalmente baseado no suprimento ininter-
rupto de sangue proveniente do coração, de 
outra maneira não haveria tato, visão, audi-
ção, paladar, olfato ou qualquer tipo de cons-
ciência. Isso me levou ao insight: "Apenas o 
coração faz sentido". 
 Outra relação interessante é que, o 
desenvolvimento original da pituitária ou 
hipófise – glândula hormonal mestra 
situada na base do cérebro e condutora de 
todas as glândulas hormonais – provém da 
membrana da mucosa olfativa, na 
formação do feto e, dessa forma, encon-
tram-se células olfativas na pituitária que 
checam a consistência do sangue circu-
lante, causando regulações hormonais re-
levantes para equilibrar o metabolismo do 
corpo e da mente.
 
 Nossa Cosmoterapia é uma integração 
coerente e científica de: Aromaterapia, Cro-
moterapia e Terapia de Som, com a Terapia 
de Cristais.
 E por último, mas não menos importante, 
baseado na nossa Musicoterapia, criamos 
uma música-cósmica relacionada a cores e 
tonalidades do espectro do arco-íris. Conse-
gui encontrar novas escalas com sete tons 
que você pode facilmente tocar sem causar 
nenhuma dissonância. Então, você está livre 
para tocar a partir do seu coração sem ler 
nenhuma nota em nosso recém- projetado 
"Harpa-Cósmica" para fazer música na 
terapia. 
 Em Cosmoterapia temos para qualquer 
órgão do sentido uma terapia estimulante 
convergente em um único conceito. 
 
Dietrich Gümbel
Doutor em zoologia, biólogo e geógrafo
Gunsbach/Alsácia
Dr. Gümbel estará palestrando no II Congresso de Aromatologia e 
ministrará dois dias de curso pós-congresso. Ele fará também o 
lançamento durante esse evento de seu livro ‘‘Fundamentos da 
terapia holística com óleos essenciais das plantas’’ traduzido para o 
português pela editora Laszlo com momento de autógrafos. 
Correspondências incríveis dos
óleos essenciais com o ser humano
Desenvolvimento da hipófise de embrião humano 
mostrando células olfatórias da mucosa pituitária.
Seres humanos 
conseguem discriminar 
até 1 trilhão de cheiros
André Ferraz da Costa 
 Uma recente pesquisa publicada na revista 
Science e conduzida no Laboratório de Neurogené-
tica e Comportamento da Universidade Rockefellerdescobriu que os seres humanos são capazes de 
1discriminar até 1 trilhão de cheiros diferentes .
 Para determinar quantos estímulos podem ser 
discriminados, é necessário saber o alcance do sen-
tido estudado. Cores, por exemplo, variam em 
comprimentos de onda e intensidade. Sons variam 
em frequência e sonoridade. Seres humanos conse-
guem determinar as cores entre 390 e 700 nm e sons 
entre 20 e 20,000 Hz. Aplicando essa metodologia, 
cientistas realizaram pesquisas que estimaram que 
os humanos podem distinguir entre 2.3 e 7.5 milhões 
2,3 3de cores e aproximadamente 340.000 tons . 
 Em relação ao sentido do olfato, um estudo 
influente de 1927 estipulou que os seres humanos 
poderiam discriminar entre até 10 mil cheiros dife-
4rentes . Esse estudo ficou famoso e é citado até hoje. 
Sabemos que os óleos essenciais podem ter até 
centenas de componentes químicos diferentes , em-
bora apenas alguns poucos estejam em maior quan-
tidade. O que essa equipe de cientistas fez foi redu-
zir a complexidade investigando 128 moléculas 
combinadas em sinergias de 10, 20 e 30, e que 
cobriam grande parte das notas olfativas. 
 Vinte e seis voluntários completaram os 264 
testes de discriminação entre as misturas, que va-
riaram de teste para teste. Nos experimentos duplo-
cego, foram apresentados aos sujeitos três estí-
mulos olfativos diferentes, sendo os dois primeiros 
muito parecidos e o terceiro diferente. 
 Pares de misturas são mais difíceis de discri-
minar, mas ainda assim metade dos voluntários 
conseguiu distinguir entre misturas que se sobre-
punham em até 75%. Alguns conseguiram distin-
guir misturas que se sobrepunham entre 75% e 90% 
e ninguém conseguiu discriminar entre aquelas em 
mais de 90%. 
 As misturas que se sobrepunham em até 51,17% 
foram discriminadas pela maioria dos voluntários, o 
que significa que o ser humano pode, em média, 
discriminar mais de 1 trilhão de misturas com 30 
componentes. E salientam que este número pode ser 
ainda maior. Primeiro porque não se sabe quantas 
moléculas aromáticas existem, segundo porque es-
sas moléculas podem se combinar em grupos de mais 
de 30. Além disso, eles descobriram que embora haja 
misturas com os mesmos componentes, mas em por-
centagens diferentes, elas podem ser discriminadas.
 
Referências: 1. Bushdid, C. et al. (2014) Humans can discriminate 
more than one trillion olfactory stimuli. Science. 2014 March 21; 
343(6177): 1370–1372. / 2. Pointer MR, Attridge GG. The number of 
discernible colours. Color Res Appl. 1998; 23:52–54. / 3. Nickerson D, 
Newhall SM. A psychological color solid. J Opt Soc Am. 1943; 
33:419–422. / 4. Stevens, SS.; Davis, H. Hearing, its psychology and 
physiology. John Wiley; New York: 1938. p. 152-154 / 5. Crocker EC, 
Henderson LF. Analysis and classification of odors: an effort to 
develop a workable method. Am Perfum Essent Oil Rev. 1927; 22:325
 
 Você sabia que HIPOSMIA (o termo mé-
dico para um olfato danificado) está fre-
quentemente associado com uma possível 
deficiência de vitaminas B6, B12 ou A, assim 
como dos minerais, de zinco ou de cobre? 
Em muitos casos, a reposição dessas vitami-
nas e minerais, em especial zinco e B12, nor-
malizam a perda do olfato. Vegetarianos de-
vem ter atenção redobrada na suplementa-
ção de B12 se sentirem perda de olfato. 
4
elevado valor comercial despertando, na 
década de 2000, o interesse de pesquisadores 
da UFC em cultivar a planta e produzir o óleo 
em escala industrial. Dessa forma, foi criada a 
empresa Pronat, incubada no Parque de 
Desenvolvimento Tecnológico (PADETEC), 
que montou plantio agrícola e unidade de 
extração do óleo no Município de Horizonte-
CE. Com apenas 11 hectares plantados, a 
empresa conseguiu atender ao mercado 
Cearense e a exportar para os Estados Unidos, 
onde a empresa AVEDA, principal compra-
dora do óleo, lançou com sucesso uma loção 
anti-acne naquele País.
 Hoje, em 2015, outra empresa localizada 
em Jaguaruana no Ceará, está iniciando a 
plantação e produção em escala industrial do 
óleo de alecrim-pimenta e espera, até início de 
2016, colocar o produto no mercado. As 
análises e controle de qualidade deste óleo 
estão sendo realizados pelos laboratórios do 
Padetec, garantindo um padrão de excelente 
qualidade.
 Este é mais um bom exemplo de pesquisa 
básica que, pelo processo de incubação de em-
presas, se transforma em um produto de su-
cesso no mercado.
Óleos essenciais no 
controle de doenças de 
plantas
 Óleos essenciais (OEs) produzidos pelo 
metabolismo secundário de plantas têm sido 
vistos como fontes de substâncias químicas de 
atividades biológicas intensas. Estudos 
realizados têm indicado o potencial dos mesmos 
no controle de fitopatógenos, tanto por sua ação 
fungitóxica direta, como pela capacidade de 
indução de resposta de defesa da planta (Schwan-
Estrada, 2003). Assim sendo, a exploração da 
atividade biológica de compostos presentes em 
OEs de plantas tem constituído em mais uma 
forma potencial de controle de doenças em 
plantas.
 Vários trabalhos são encontrados na 
literatura sobre o uso de OEs no controle de fito-
patógenos. A maioria absoluta trata de seus efei-
tos diretos sobre os fitopatógenos principalmente 
in vitro, mas é também observada sua ação como 
indutores de resistência, levando as plantas a ele-
varem a produção de fitoalexinas, PR-proteínas e 
outros compostos de defesa, indicando a presença 
nestes compostos de substâncias com carac-
terísticas eliciadoras, que podem ter baixo impac-
to ao ambiente. 
 Como exemplo da efetividade de OEs no 
controle direto sobre fitopatógenos pode-se citar 
o trabalho desenvolvido por Pereira et al. (2011) 
que evidenciaram uma atividade direta na ini-
bição do crescimento micelial de Cercospora 
coffeicola por parte de OEs árvore de chá (Mela-
leuca alternifolia Cheel), canela (Cinnamomum 
zeylanicum Breym), capim-limão (Cymbopogon 
citratus Staph), citronela (Cymbopogon nardus 
L.), cravo-da-índia (Sizygium aromaticum L.), 
eucalipto (Corymbia citriodora Hook), nim 
(Azadirachta indica A. Juss) e tomilho (Thymus 
vulgaris L.), além do efeito direto atuando na 
inibição do crescimento micelial. Esses autores 
demonstraram também que os OEs de canela e 
citronela reduziram a incidência e a severidade da 
cercosporiose em cafeeiro. A atividade direta de 
OEs sobre fitopatógenos também foi documen-
tada por Roswalka et al. (2008), que relataram um 
efeito fungitóxico por parte do OE de cravo-da-
índia, com uma inibição registrada de 100% no 
crescimento micelial de Glomerella cingulata e 
C. gloeosporioides. Analogamente, tal atividade 
também foi relatada em pesquisas mais recentes, 
realizadas por Perina et al.(2013) os quais obser-
varam que OEs de citronela (C. nardus) capim-
limão (C. citratus) e eucalipto (C. citriodora) 
associados ao leite em pó como solvente, apresen-
taram um controle da ordem de 67 a 74% na 
severidade do oídio da soja. De forma seme-
lhante, Teixeira et al. (2013) relataram uma 
redução na incidência de Stenocarpella maydis 
em sementes de 39,0% e 28% alcançadas com os 
OEs de cravo-da-índia e canela respectivamente. 
 No controle de doenças pós-colheita, os OEs 
também têm mostrado ser efetivos em goiaba, 
manga, mamão e banana, contra antracnose, tanto 
diluídos em leite em pó 1% quanto associados a 
películas de amido a 2% em revestimento de 
frutos. 
 A indução de resistência em plantas contra 
patógenos também tem sido bastante pesquisada 
nos últimos anos, tanto na indução de fitoalexinas 
como de PR-proteínas sendo, sendo que em al- 
 
 alecrim-pimenta (Lippia sidoides), da Ofamília Verbenacea, é uma planta me-dicinal nativa da caatinga do Nordeste 
do Brasil. Ocorre no sertão nordestino, 
sobretudo nos estados do Ceará e Rio Grande 
do Norte.
 O gênero Lippia possui cerca de 200 espé-
cies de ervas, arbustos e pequenas árvores, que 
são naturais da América do Sul e Central. As 
espécies deste gênero se destacam pelo aroma 
forte e agradávele seu aspecto atrativo no 
período de floração.
 Os primeiros relatos sobre o óleo essencial 
desta planta foram feitos pelo grupo de 
pesquisas do Departamento de Química 
Orgânica e Inorgânica da Universidade 
Federal do Ceará, em agosto de 1977, em 
exemplar coletado na região de Jucuri-RN.
 O alto rendimento do óleo essencial nesta 
planta, chegando em alguns casos a 4%, e a sua 
peculiar composição química, despertou o in-
teresse em estudos mais aprofundados sobre a 
mesma.
 Face à presença majoritária no óleo essen-
cial de Timol e Carvacrol, o mesmo se presta a 
usos medicinais variados, principalmente pe-
las suas atividades antissépticas, antimicro-
biana, antifúngica, antioxidante, anti-inflama-
tória e larvicida. Estudos também realizados 
na UFC demonstraram que este óleo essencial 
pode ser usado com sucesso no controle das 
larvas do Aedes aegypti.
 O óleo essencial das folhas do alecrim-
pimenta também é atualmente usado por 
indústrias farmacêuticas, de perfumaria e cos-
méticos por suas propriedades antimicrobia-
nas e aromáticas. O chá e a tintura diluída desta 
espécie são também usados no tratamento de 
problemas de pele (acne).
 A Lippia sidoides, após os estudos da UFC, 
foi incluída no programa Farmácias-Vivas, 
criado no Laboratório de Produtos Naturais da 
UFC pelo Prof. Francisco José de Abreu 
Matos, que fez parte da equipe de pesquisas do 
Programa Botânica-Química e Farmacologia, 
liderado pelo Prof. Afranio Aragão Craveiro. 
Referido programa, por mais de 20 anos, 
estudou a flora nordestina, coletando, 
classificando e analisando plantas da caatinga 
nos seus aspectos botânicos, químicos e 
farmacológicos. 
 A inclusão desta planta no programa 
Farmácia-Viva, despertou o interesse de pes-
quisadores de todo o Brasil que realizaram e 
realizam trabalhos sobre a mesma, incluindo 
diversos usos e patentes, fazendo com que hoje 
a planta faça parte da Relação Nacional de 
Plantas Medicinais de Interesse ao SUS 
(RENISUS), relação esta que é constituída de 
espécies vegetais com potencial de avançar
nas etapas da cadeia produtiva e de gerar 
produtos de interesse do Ministério da Saúde 
do Brasil.
 O óleo essencial de alecrim-pimenta possui 
Óleo essencial de 
alecrim-pimenta 
Laszlo - Rua Itaúna, 66 - Floresta/Colégio Batista - Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3486.2765 - Email: contato@laszlo.ind.br - Website: www.laszlo.com.br 
Prof. Afranio Aragão Craveiro
Mestre em Química Orgânica - Parque de Desen-
volvimento Tecnológico – UFC – Fortaleza-CE
Estará no II Congresso Internacional de 
Aromatologia com a palestra: ‘‘Princípios voláteis 
ativos de plantas medicinais brasileiras’’.
Composição:
 Esta planta apresenta vários quimiotipos em 
relação à composição química de seu OE, sendo 
relatados quimiotipos ricos em carvacrol, p-
-cimeno, 1,8-cineol e quimiotipos ricos em 
trans-β-cariofileno e em timol. Entre todos os 
estudos, pode-se constatar que o principal 
constituinte na maioria das extrações foi o 
timol, sendo que sua concentração nos OEs 
estudados variou de 34 a 95%, seguido do 
carvacrol, que quando majoritário no OE, 
mostrou variação de teor de 31,68 a 51,8%. 
Outras propriedades:
 O timol presente no óleo de alecrim-pimenta, 
é uma substância de alto poder antimicrobial, 
agindo eficazmente contra um grande número 
de bactérias, fungos, parasitas e vírus. Ele 
igualmente possui propriedades hepatopro-
4 1tetoras , anticancerígenas e imunoestimulantes 
poderosas, agindo como recrutador de linfócitos 
3
para o combate de infecções . Age protegendo o 
corpo contra os efeitos nocivos de radiações e 
2 3
radicais livres , além de ser anti-inflamatório 
com uso benéfico no reumatismo e na artrite.
Referências: 1. Kang SH, et al. J Microbiol Biotechnol. 2015 
Oct 6./ 2. Archana PR, et al. Integr Cancer Ther. 2011 
Dec;10(4):374-83. / 3. Fachini-Queiroz FC, et al. Evid Based 
Complement Alternat Med. 2012;2012:657026. / 4. Alam K, et al. 
Pharmacol Res. 1999 Aug;40(2):159-63. 
Eduardo Alves
Agrônomo e Professor Associado do Departamento de 
Fitopatologia da UFLA
Estará no II Congresso Internacional de 
Aromatologia com a palestra: ‘‘Aplicações dos óleos 
essenciais no controle de doenças de plantas’’.
guns exemplos de estudos de Pereira et al. (2011) 
utilizando OEs das espécies C. zeylanicum e C. 
nardus, foram observadas a inibição do desenvol-
vimento e elongação da hifa do patógeno Cercos-
pora coffeicola em folhas de cafeeiro (Coffea 
arabica L.) inoculadas aos dois dias após a 
aplicação, sugerindo a ativação de respostas de 
defesa da planta e a atividade preventiva desses 
OEs. Cien-tes desses dados, Pereira et al. (2012) 
estudaram o efeito do OE de citronela (C. nardus) 
no controle e na ativação de respostas de defesa 
do cafeeiro contra a ferrugem e a cercosporiose do 
cafeeiro. Dessa forma, esses autores demons-
traram que o OE de citronela controlou a ferru-
gem e a cercosporiose com eficácias de 47,2% e 
29,7%, respectivamente e aumentou as atividades 
das enzimas peroxidase e quitinase em mudas de 
cafeeiro após 336 e, 24 e 336 horas após pul-
verização, respectivamente. 
 Além de doenças fúngicas, as doenças 
bacterianas apresentam desafios para o controle, 
principalmente no que concerne à agricultura 
orgânica, na qual o uso de produtos químicos é 
proibido. Nesse contexto, Lucas et al. (2012) 
estudaram o potencial do OE de cravo-da-índia 
(S. aromaticum) na redução da mancha bacteriana 
do tomateiro, e a ativação de respostas bioquí-
micas de defesa de plantas. Com isso os autores 
obtiveram um controle da mancha bacteriana do 
tomateiro de 53,0% por parte do OE de cravo-da-
índia. As resistências induzidas em plantas, pelos 
OEs de cravo-da-índia, foram evidenciadas pelo 
aumento da atividade das enzimas β-1,3-
glucanases, quitinases, peroxidases iniciada logo 
nas primeiras horas após a pulverização até 12 
dias após e do aumento do teor de lignina aos 12 
dias após as pulverizações. Esses resultados le-
varam os autores a sugerir o uso de OE de cravo-
da-índia como um potencial indutor de resistência 
em tomateiro.
 As doses de óleos essenciais com efei-
tos no controle de doenças em plantas têm 
variado de 0,1 a 1 %, dependendo da espécie da 
planta do qual o OE foi obtido e da doença a ser 
controlada. Também tem sido observado que 
doses maiores podem causar fitotoxidez em 
plantas.
Referências:
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bacterial spot. Journal of Plant Pathology, v. 94, p. 45-51. / Pereira RB, 
et al. Potential of essential oils for the control of brown eye spot in 
coffee plants. Ciência e Agrotecnologia, v.35, p.115-123, 2011. / 
Pereira RB, et al. Citronella essential oil in the control and activation of 
coffee plants defense response against rust and brown eye spot. Ciência 
e Agrotecnologia, v.36, p. 383-390, 2012. / Perina FJ, et al. Essential 
oils and whole milk in the control of soybean powdery mildew. Ciência 
Ruralv. 43, p. 1938-1944, 2013. / Rozwalka LC, et al. Extratos, 
decoctos e óleos essenciais de plantas medicinais e aromáticas na 
inibição de Glomerella cingulata e Colletotrichum gloeosporioides de 
frutos de goiaba. Ciência Rural v.38, p. 301-307, 2008. / Schwan-
Estrada, K R F Potencial de extrato e óleos essenciais de vegetais como 
indutores de resistência: plantas medicinais. In: II Reunião brasileira 
sobre indução de resistência em plantas contra fitopatógenos, São 
Pedro. Anais. São Pedro: USP 2003. p. 147. 2003. / Teixeira GA, et 
al.Essential oils on the control of stem and ear rot in maize. Ciência 
Rural v.43, p.1945-1951, 2013.
 
OE de citronela aumenta a 
resistência do cafeeiro contra pragas.
ssim como o desenvolvimento da ho-Ameopatia e sua medicação por Hahne-mann em 1779, novamente a Alemanha é 
pioneira por lançar oficialmente no mercado um 
medicamento exclusivamente a base de óleo es-
sencial (OE) de lavanda (Lavandula angustifolia).
 Em 2010, um laboratório da Alemanha 
registroue lançou no mercado o medicamento 
Silexan®, cuja composição de cada cápsula varia 
de 80 mg ou 160 mg de OE de lavanda (L. angus-
tifolia), contendo como principais constituintes o 
linalol e o acetato de linalila (Silexan®, register 
2009). Os resultados das investigações eviden-
ciaram a ação ansiolítica deste medicamento, ao 
ser ingerida 1 (uma) cápsula diariamente por 
período de 14 dias consecutivos (Kasper, 2013; 
2015), demonstrando que OE de lavanda é tão 
eficaz quanto o benzodiazepínico lorazepam, em 
adultos com desordem de ansiedade generalizada 
(Woelk e Schläfke, 2010; Kasper, 2013; 2015). 
Deste modo eles indicam seu uso clínico por via 
oral para tratar ansiedade. Podemos calcular em 
gotas, a quantidade de óleo essencial de cada 
cápsula, ser em torno de uma gota (para a cápsula 
de 80 mg) e de 3 gotas (para a cápsula de 160 
mg); o que coincide com a medida padrão que 
utiliza-se dentro da aromatologia francesa via 
oral há mais de 50 anos para tratamento de 
insônia e ansiedade, conforme vemos em livros 
como Aromathérapie, Traitement des maladies 
par les essences des plantes do Dr. Jean Valnet, 
publicado em 1964
 A ação ansiolítica do OE de lavanda 
não se caracteriza como a ação de um benzodia-
zepínico, o que pode explicar a ausência de tole-
rância, dependência e síndrome de abstinência 
(Silenieks et al., 2013). Uehleke (2012), em seus 
resultados, constatou a ação do OE de lavanda 
também em situações de estresse pós-traumático, 
vindo ao encontro das investigações de Toda e 
Moritomo (2008), relativas à redução do estresse 
em voluntários humanos quando submetidos à 
inalação do óleo essencial de lavanda (Lavandula 
angustifolia), e de Aprotosoaie (2014) e de Effati-
Daryani (2015). Uma das hipóteses do mecanis-
mo da ação ansiolítica do OE de Lavandula an-
gustifolia sustenta que este OE, através de seus 
componentes, é uma potente droga ansiolítica, 
semelhante ao fármaco pregabalina, que reduz o 
influxo de cálcio nos terminais pré-sinápticos em 
neurônios hiperexcitados pré-sinapticos do hipo-
campo, reduzindo dessa forma a liberação de 
neurotransmissores excitatórios, como o glu-
tamato (Simonnet, 2008; Carrasco et al., 2013; 
Castro et al., 2013; Schuwald et al., 2013; 
Vadivelu et al., 2014). Bagetta (2010) e Navarra 
(2015) estudaram neuro-farmacologicamente a 
ação, nos sintomas de ansiedade induzida por es-
tresse, transtornos leves de humor e dor do cân-
cer, de outro óleo essencial cuja composição 
inclui percentuais elevados dos componentes 
linalol e acetato de linalila. Eles constataram a 
capacidade do óleo essencial em interferir no 
hipocampo dos mamíferos, na plasticidade sináp-
tica normal e patológica. A neuroproteção foi 
5
observada no decurso de uma isquemia cerebral e 
dor. Estes autores associam esses efeitos aos 
componentes do OE, entre eles o linalol e o 
acetato de linalila. 
 Desse modo, a ingestão pura do óleo 
essencial de lavanda Lavandula angustifolia na 
quantidade de 80 a 160 mg por dia está regula-
mentada na Alemanha para o tratamento da an-
siedade, com uma resposta terapêutica superior a 
medicação alopática, sem os transtornos dos 
efeitos colaterais.
Referências:
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molecule with valuable biological properties. Flavour and Fragrance 
Journal, 29(4), 193-219, 2014. / 2. BAGETTA, G.; et al. Review, 
Neuropharmacology of the essential oil of bergamot. Fitoterapia, v. 81, p. 
453–461, 2010. / 3. CARRASCO, J.L.; et al. Análisis comparativo de 
costes del inicio de terapia con pregabalina o ISRS/ISRN en pacientes 
resistentes a las benzodiazepinas con trastorno de ansiedad generalizada 
en España. Actas Españolas de Psiquiatría, v. 41, p. 164-74, 2013. / 4. 
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Brasileira de Anestesiologia, v. 63, p. 149-158, 2013. / 5. EFFATI-
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patients with an-xiety-related restlessness and disturbed sleep–a 
r a n d o m i z e d , p l a c e b o - c o n t r o l l e d t r i a l . E u r o p e a n 
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Citrus bergamia essential oil: from basic research to clinical application. 
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Lavender Oil-Potent Anxiolytic Proper-ties via Modulating Voltage 
Dependent Calcium Channels. PLoS ONE, v. 8, p. e59998, 2013. / 10. 
SILENIEKS, L.B.; et al. Silexan, an essential oil from flowers of 
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2013. / 11. SILEXAN®, register 2009: International Standard 
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WOELK, H.; SCHLÄFKE, S. A multi-center, double-blind, randomised 
study of the lavender oil preparation silexan in comparison to lorazepam 
for generalized anxiety disorder. Phytomedicine, v. 17, p. 94–99, 2010.
 As lavandas (popularmente conhecidas 
como alfazemas) são pequenas ervas, comumente 
empregadas em ornamentação.
 Da lavanda se obtém um dos óleos mais 
populares no mundo dentro da aromaterapia. O 
termo lavanda vem do latim lavare, "lavar", por-
que a planta era utilizada pelos romanos para lavar 
roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como 
produto curativo.
 Na França, a colheita da lavanda ocorre 
entre julho e agosto, tendo variações em outros 
países conforme as estações do ano. As plantas são 
colhidas por máquinas quando estão com botões 
floridos. O processo de destilação é feito a vapor 
da planta fresca ou seca. 
 Dentre os diferentes tipos de óleos e 
classificações existentes temos:
 Lavandula angustifolia é o nome em 
latim para a lavanda tradicional e clonada. São 
sinônimos em latim Lavandula officialis e Lavan-
dula vera.
 A lavanda tradicional é multiplicada por 
sementes e produz o óleo de LAVANDA FINA, 
que pode ser cultivada ou nascer de forma espon-
tânea em regiões com altitude superiores a 1.000 m 
ao longo dos alpes da alta Provence, de Vaucluse e 
Drôme. É o produto de mais alta qualidade e o mais 
ativo terapêuticamente. A cor das flores da lavanda 
tradicional varia do branco ao azul escuro, sendo 
que os campos de lavanda clonada possuem uma 
única cor uniforme (geralmente azul). 
 LAVANDA AOC (Appelation Origine 
Controllé) é uma lavanda tradicional. Com a aju-
da de um laboratório e a análise de amostras obti-
das de cada colheita, um comitê de especialistas 
avalia determinados fatores no óleo e outras pro-
priedades. Através de uma criteriosa avaliação é 
determinada a qualidade de cada colheita e as 
melhores amostras são classificadas pelo rótulo de 
"AOC". 
 A.O.C. estabelece que o produto possui 
o "rótulo de origem controlada". Este controle é 
feito pelo governo francês com o objetivo de 
protegera qualidade e integridade de produtos. 
Para obter esta certificação, cultivadores e 
processadores precisam aderir a um sistema de 
padronização e regulamentação do governo para 
agricultura, colheita e destilação. O certificado 
AOC é conhecido em todo o mundo como um 
símbolo de alta qualidade para produtos de origem 
francesa e utilizado também em produtos como 
vinho, vegetais, e outros produtos agrícolas. A 
certificação AOC é muito difícil de ser obtida e, no 
caso da lavanda, precisa ser de espécies nascidas 
de sementes (lavanda tradicional), em altitudes 
elevadas acima de 1.000m e de plantas orgânicas. 
 Lavanda clonada (ou clonal) é cultivada 
a partir de clones de mudas e suporta baixas 
altitudes. As mudas são selecionadas a partir de in-
divíduos da lavanda tradicional pela sua qualidade 
olfativa, analítica, de resistência a doenças ou de 
rendimento. Geralmente são utilizadas variedades 
que se destacam pelo bom rendimento, algumas 
das variedades comumente clonadas são a lavanda 
MAILLETE e a MATHERONE (comuns na 
França) e a BUENA VISTA (comum nos EUA), 
todos multiplicados por estacas e adaptados para 
desenvolverem-se em baixas altitudes. A lavanda 
maillette possui flores de cor azul homogênea. 
 A lavanda orgânica ou BIO pode ser 
obtida da lavanda tradicional fina, da lavanda 
clonada ou outros tipos (como lavandins) por um 
cultivo orgânico certificado. 
 As LAVANDAS 38/40, 40/42, 48/50, 50/52
LZ
Laszlo - Rua Itaúna, 66 - Floresta/Colégio Batista - Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3486.2765 - Email: contato@laszlo.ind.br - Website: www.laszlo.com.br 
Ingestão de óleo
essencial de lavanda
como medicamento
Adriana Nunes Wolffenbüttel 
Doutora em Ciências Farmacêuticas. 
Estará no II Congresso Internacional de Aromatologia 
com a palestra: ‘‘Os óleos essenciais de laranja doce e 
amarga e os marcadores biológicos melatonina (bem-
estar) e Cortisol (estresse)’’.
Conheça mais sobre
as variedades do 
óleo da LAVANDA
são óleos de lavanda naturais remarcados sob essas 
classificações. As porcentagens indicadas indicam 
os teores de ésteres no óleo. Geralmente os clientes 
procuram óleos com alto teor de ésteres. A concen-
tração deles pode ser aumentada através de uma 
destilação fracionada (retificação), ou mistura de 
óleos com diferentes teores de ésteres. Des-
tiladores mal-intencionados podem também adi-
cionar acetato de linalila sintético com o objetivo 
de aumentar a concentração de ésteres nesses ó-
leos. É comum dar o nome das regiões de cultivo às 
lavandas com teores de ésteres padronizados como 
a LAVANDA MONT BLANC (cultivada na regi-
ão de Mont blanc) que é um tipo de lavanda 40/42.
 LAVANDA francesa, lavanda kashimir, 
lavanda búlgara, lavanda inglesa, lavanda 
russa, entre outras, são terminologias utilizadas 
para se definir o país ou região de cultivo e destila-
ção desses óleos e costumam ser todos obtidos da 
Lavanda angustifolia, tendo leves variações em 
seu aroma e composição, mas os mesmos usos. 
 Lavandula X intermedia e Lavandula 
hybrida (sinônimo) são os nomes em latim para hí-
bridos de diferentes espécies de lavandas. São cha-
mados de LAVANDIM. Geralmente são obtidos 
pelo cruzamento de variedades da Lavanda angus-
tifolia com a Lavanda latifolia. 
 O LAVANDIM GROSSO é o mais co-
mum e das espécies o que fornece o melhor 
rendimento. Possui alto teor de linalol no óleo. O 
LAVANDIM ABRIALIS é uma das variedades 
mais antigas e possui alto teor de cânfora e cineol 
no óleo. O LAVANDIM SUPER é o mais similar 
em composição, cheiro e propriedades com a La-
vandula angustifolia. Substitui a lavanda pela sua 
similaridade, sendo muitas vezes uma opção mais 
barata devido seu melhor rendimento. O LAVAN-
DIM SUMIAM é raramente cultivado na atuali-
dade e é similar ao abrialis. 
 A Lavandula latifolia dá origem ao óleo de 
LAVANDA SPIKE. Este óleo possui duas ra-ças 
químicas, uma rica em cânfora, normalmente 
produzida na Espanha, e outra rica em linalol, de 
origem francesa ou americana. O quimiotipo can-
forado possui um aroma gelado, tipo eucalipto, é 
altamente estimulante e muito útil nas rinites. 
 A Lavandula stoechas dá origem ao óleo de 
LAVANDA ESTOECA, também chamada de 
lavanda grega ou turca. Esta era a planta utilizada 
pelos antigos romanos em seus banhos. O óleo é 
rico em cânfora, cineol e o componente fenchona 
que lhe dá um aroma um pouco desagradável. Ou-
tra espécie, a Lavandula dentata, LAVANDA 
DENTATA, muito comum no Brasil e de fácil 
adaptação, possuindo um óleo de composição 
similar à estoeca, rico também em cineol, cânfora e 
fenchona. Ambos os óleos não possuem as pro-
priedades calmantes típicas dos óleos de lavanda. 
LZ
perifericamente, sendo útil para dores sistê-
11micas e locais (via oral ou diluído de 3-5%) .
 Demonstrou-se ainda que o OE cedro do 
Himalaia significativamente inibiu a adesão de 
neutrófilos. Isso indica que no local da inflama-
ção este OE pode reduzir o número de neutró-
filos, diminuindo a ação da fagocitose e também 
a liberação de enzimas e mediadores que tornam 
a inflamação pior, comprovando também sua ati-
10,11vidade imunomodulatória .
 O OE cedro do Atlas, por ter composição 
química muito semelhante do cedro do Himalaia, 
pode ser utilizado com as mesmas indicações. 
Além disso ele é indicado como um dos mais po-
tentes para celulite e para retenções hidrolípidi-
cas, tendo propriedades lipolíticas e linfotônicas, 
sendo portanto um bom OE a ser usado em mas-
1sagem e como regenerador e tonificante arterial . 
Estes óleos essenciais tem baixa toxicidade (>5 
12g/kg) .
Referências: 1. Faucon, M. (2012) Traité D'aromathérapie scientifique et médicale. 
Sang de La Terre. / 2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_longaeva, acesso em 
23/10/2015 às 13:01. / 3. Laszlo, F. (2014) As múmias contam os segredos dos ossos 
fortes dos faraós. Jornal IBRA 07/2014 / 4. Koller, T. et al. (2003) Effective mumification 
compounds used in Pharaonic Egypt: Reactivity on Bone Alkaline Phosphatase. 
Naturforsch. / 5. Loizzo, M.R. et al. (2007) Composition and α-amilase inhibitory effect 
of essential oils from Cedrus libani. / 6. Loizzo, M.R. et al. (2008) Phytochemical 
analysis and in vitro evaluation of the biological activity against herpes simples virus 
type 1 (HSV-1) of Cedrus libani. Phytomedicine 15:79-83. / 7. Saab , A. et al. (2005) 
Essential oil components in heart wood of Cedrus libani and Cedrus atlantica from 
Lebanon. Minerva Biot.,2005;17;159-161). 8. / Singh, P. et al (2014) Devadaru (Cedrus 
deodara): a critical review on the medicinal plant. Int. J. Ayur. Pharma Research. 2(1):1-
10. / 9. Chaudary A.K. et al. (2012) Cedrus deodara (Roxb.) Loud.: A Review on its 
Ethnobotany, Phytochemical and Pharmacological Profile. Phcog J. 3(23). / 10. Shinde et 
al (1999) Preliminary studies on the immunomodulatory activity of Cedrus deodara 
wood oil. Fitoterapia 70 333-339 / 11. Shinde et al. (1999) Studies on the anti-
inflammatory and analgesic activity of Cedrus deodara (Roxb.) Loud. wood oil. Journal 
of Ethnopharmacology. 65 21-27 / 12. Tisserand. R. & Young, R. (2014) Essential Oil 
Safety. Churchill Livingstone. / 13. Shinde et al. (1999) Membrane Stabilizing Activity - 
a possible mechanism of action for the anti-inflammatory activity of Cedrus deodara 
wood oil. Fitoterapia 70:251-257
6
Chipre (Cedrus brevifolia). De forma muito 
interessante, eles têm uma composição química 
bem distinta de todas as outras plantas da família 
Pinaceae. Há presença de até 85% de sesqui-
terpenos em sua composição, sendo o himaca-
leno o marcador principal. Possivelmente esta 
composição é o que tornou sua madeira tão apre-
3ciada por reis e faraós de todo o mundo antigo .
 O cedro é citado na Epopeia de Gilgamesh, 
considerada a mais antiga obra literária da huma-
nidade, e entre os faraós do Egito Antigo ocupava 
uma posição privilegiada. Descobriu-se recente-
mente atravésde análises em laboratório que 
muitos faraós foram embalsamados com uma 
mistura contendo óleo essencial de cedro, e que 
isso determinou o fato dessas múmias estarem 
praticamente intactas mesmo após milhares de 
4anos lacradas .
 Em um estudo científico realizado com o OE 
extraído da madeira do cedro do Líbano desco-
briu-se que ele inibiu significativamente a ação 
da enzima α-amilase, responsável por quebrar 
moléculas de amido e glicogênio em açúcares 
5mais simples . Extensos esforços têm sido feitos 
nas últimas décadas para encontrar um inibidor 
efetivo da α-amilase com o objetivo de controlar 
o diabetes. Por terem composição química muito 
semelhante, pode se usar o cedro do Atlas e do 
Himalaia também.
 Um outro estudo conduzido pela mesma 
equipe descobriu uma potente atividade do OE de 
cedro do Líbano frente ao herpes simplex tipo 1 
6(HSV-1) . Além disso, este óleo essencial é uti-
lizado há milênios para tratamento de hanseníase 
e úlceras pelo seu poder antisséptico e anti-infla-
7matório . 
 Em sânscrito, o cedro do Himalaia é chamado 
de Devadaru, que significa literalmente "madeira 
dos deuses". Nativo da região montanhosa dos 
Himalaias, é uma árvore linda e majestosa, 
crescendo até 80 m de altura, tendo a espécie 
mais antiga encontrada cerca de 747 anos. 
 Na medicina Ayurvédica é utilizado para 
tratamento de dispepsia, insônia, febre, bron-
quite, tosse, problemas urinários, coceira, glân-
dulas tuberculosas, oftalmia, transtorno mental, 
reumatismo, epilepsia e problemas de pele em 
8geral . É empregado entre a tradição indiana 
como antisséptico, analgésico, diaforético, em 
úlceras, queimaduras, contusões, lepra, câncer, 
osteoartrite, diarreia, enxaqueca, flatulência, 
9congestão e hemorroidas .
 Mostrou em ensaios ser um potente anti-
-inflamatório inibindo a liberação de histaminas 
por mastócitos, sendo portanto recomendado pa-
ra tratamento de alergias. O possível mecanismo 
levantado pelos autores foi o efeito estabilizador 
de membranas e inibição da produção de pros-
13taglandinas inflamatórias .
 Descobriu-se ainda que o OE de cedro do 
Himalaia teve potente efeito anti-inflamatório 
com efeito comparável ao diclofenaco de sódio 
11(DFS) . Demonstrou ainda ser duas vezes mais 
potente do que o DFS (10 mg/kg) para artrite 
reumatoide na dosagem de 100 mg/kg. Além dis-
so, demonstrou potente atividade analgésica com 
efeito comparado à morfina, agindo central e 
Qual a diferença entre 
AROMATOLOGIA e 
AROMATERAPIA?
 AROMATERAPIA é um termo que 
surgiu na França, na década de 30, para repre-
sentar o uso terapêutico dos óleos essenciais. 
Quando a aromaterapia foi levada para a Ingla-
terra, ela passou a ser empregada com um 
maior enfoque no bem-estar e com uma con-
cepção mais holística em sua prática e menos 
médica. Isso fez, com o passar do tempo, que 
surgisse uma divisão deste conceito. Assim, te-
mos atualmente uma ‘‘escola inglesa’’, voltada 
mais ao bem-estar e focada apenas no uso ex-
terno e uma ‘‘escola francesa’’, mais voltada ao 
tratamento de saúde e que abrange, além do uso 
externo, também o uso interno dos OEs. 
 O termo AROMATOLOGIA 
surgiu então nesse cenário na década de 70, 
também na França, e tinha a intenção de desig-
nar uma prática mais científica que a aromate-
rapia tinha nesse país com o estudo mais téc-
nico e farmacológico dos óleos essenciais. 
Com o tempo, este conceito ampliou-se e ad-
quiriu a concepção de ‘‘ciência’’, uma vez que 
o uso dos óleos essenciais vai muito além de 
apenas sua prática terapêutica. 
 Consideramos assim que a ARO-
MATOLOGIA é o ramo da ciência que estu-
da os óleos essenciais e matérias aromáticas 
dentro de suas mais variadas práticas, en-
globando não só seu uso terapêutico por 
meio da aromaterapia, como também seu 
uso na gastronomia, psicologia, cosmética, 
perfumaria, veterinária, agronomia, no 
marketing e outros segmentos. 
 Entendido isso, vemos que a aroma-
terapia é apenas um dos ramos da aromatologia 
e, por essa razão, quando fomentamos a ocor-
rência do primeiro Congresso de Aromatologia 
no país, nossa intenção foi fazer com que esta 
nova ciência ganhasse credibilidade e adqui-
risse consistência e reconhecimento pelos mei-
os acadêmicos e públicos. E, para fazer isso, em 
cada congresso são convidados palestrantes 
das mais diversas áreas, e com os mais dife-
rentes conceitos, para ilustrar a amplitude que 
esta ciência possui. Temos, de um lado, cientis-
tas e pesquisadores com uma base muito sólida 
participando sempre dos congressos e, do ou-
tro, aromaterapeutas e profissionais da saúde 
com visões que permeiam desde aspectos cien-
tíficos, holísticos e alguns até místicos. A inten-
ção com isso é mostrar que esse conhecimento 
possui várias formas de ser entendido, absor-
vido e praticado na vida das pessoas.
 Não devemos confundir o termo 
AROMACOLOGIA® com AROMATOLO-
GIA, pois a aromacologia com letra ‘‘C’’ é uma 
palavra criada e patenteada em 1989, em Nova 
Iorque, pelo Sense of Smell Institute, formal-
mente conhecido como Fundação para Pesquisa 
do Olfato, sendo um termo criado para descrever 
o conceito desenvolvido para o estudo das inter-
relações entre psicologia e tecnologia de fra-
grâncias. Podemos considerar também que a 
AromaCologia seja um ramo da ciência mais 
abrangente denominada AromaTologia. 
s gimnospermas surgiram no período ADevoniano, há cerca de 360 m.a. e são as plantas aromáticas mais antigas encon-
tradas até hoje na natureza. Compreendendo a di-
visão Pinophyta, temos grandes famílias de plan-
tas aromáticas como a família Pinaceae e 
Cupressaceae. Na família Pinaceae, estão todas 
as espécies de pinheiros (Pinus sp.), espruce 
negro e espruce da Noruega (Picea sp.), abetos 
(Abies sp.), espruce branco (Tsuga canadensis), e 
os cedros verdadeiros (Cedrus sp.).
 Na família Cupressaceae encontramos as 
espécies dos cedros falsos: cedro da China 
(Cupressus funebris), cedro da Virgínia (Junipe-
rus virginiana), cedro do Texas (Juniperus Mexi-
cana), cedro vermelho (Thuja plicata), cedro 
maçã (Thuja occidentalis), cedro japonês (Cryp-
tomeria japonica), cedro Port Oxford (Chama-
ecyparis lawsoniana), e alguns outros que são 
chamados de cedros dependendo da região. 
 Uma característica evolutiva interessante das 
famílias Pinaceae e Cupressaceae é a quase 
totalidade de monoterpenos hidrocarbonetos, 
principalmente o alfa-pineno (<50%) e um éster 
1muito especial, o acetato de bornila (<35%) . Isso 
confere a todos esses óleos propriedades 
relaxantes (cortisona-like), tônicas e estimulan-
tes gerais, antissépticos atmosféricos, desconges-
tionantes respiratórios, expectorantes balsâ-
1micos, linfotônicos e imunoestimulantes . É in-
teressante notar que essas árvores são capazes de 
viver centenas ou até milhares de anos, como é o 
caso da árvore Matusalém (Pinus longaeva), que 
2cresce na Califórnia e tem 4.846 anos . 
 Os cedros verdadeiros compreendem apenas 
quatro espécies: cedro do Atlas (Cedrus 
atlantica), cedro do Himalaia (Cedrus deodara), 
cedro do Líbano (Cedrus libani) e o cedro do 
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Óleos Essenciais de
André Ferraz da Costa 
CEDROS
Matusalém (Pinus longaeva) 
Considerada a 2a árvore viva mais velha 
do mundo tendo 4.846 anos 
Floresta de cedro do Himalania (Cedrus deodara) no norte da 
Índia (Cordilheira do Himalaia).
Aspectos emocionais trabalhados 
pelos óleos de cedros:
Cedro do Atlas e do Himalaia 
 São os mais sedativos e possuem aroma 
adocicado. Indicados para pessoas rígidas e an-
siosas, com pouca iniciativa e/ou com baixa 
autoestima. Traz uma profunda sensação de bem-
estar. 
Cedro do Texas e Virgínia 
 São cedros de aroma mais seco. Úteis 
para pessoas dependentes e de baixa autoestima, 
que têm dificuldade em enfrentar situações difíceis 
ou de pressão. 
Cedro vermelho 
 De aroma exótico, tem apresentadobons resultados no alívio da síndrome do pânico, 
traz segurança e diminui a ansiedade. 
Receitas cosméticas com óleo de cedro
Celulite (base: óleo de coco, gel ou creme): 2% 
Cedro do Atlas + 1% Lima da Pérsia + 1% Capim 
Limão / Estrias (base: óleo de coco, gel ou creme): 
2% Cedro do Atlas + 1% Gerânio + 1% Katrafay / 
Varizes (base: óleo de coco, gel ou creme): 1% 
Cedro do Atlas + 1% Alecrim da Horta + 1% 
Patchouli / Calvície (base: 20ml Semente de Uva + 
5ml Jojoba): 3 gotas Cedro do Himalaia + 3 gotas 
Lavanda Francesa + 2 gotas Tomilho QT Timol + 3 
Cedro do Atlas (Cedrus atlantica) sob o inverno das 
montanhas da cordilheira dos atlas no Marrocos. Foto 
de Leander khil (www.khil.net)
LZ
Formando em psicologia com enfoque em psicologia 
transpessoal pela UFMG e aromaterapeuta. Estará no II 
Congresso Internacional de Aromatologia com a 
palestra: ‘‘Óleos essenciais na gestação, parto e pós 
parto’’.
 Os Helichrysuns são plantas arbustivas 
perenes da família Asteraceae conhecidas pelos nomes 
de sempre-viva (Everlasting Flower) e flor imortal 
(Immortelle). O nome botânico destas plantas deriva 
das palavras gregas Helios que significa sol e Chrysos 
que significa ouro.
 A colheita das sempre-vivas é feita durante 
a fase de floração, nas primeiras horas da manhã, quan-
do a concentração de óleos essenciais nas flores é mais 
elevada. As flores escolhidas são então destiladas usan-
do vapor ao longo de um período de 24 horas.
 Existem diferentes tipos de sempre-vivas 
disseminadas em inúmeros países do mundo. Muitas 
delas são aromáticas e possuem óleo essencial total-
mente distinto umas das outras, não podendo, portanto, 
ter usos similares. 
 Em geral, o teor de óleo essencial da flor das 
sempre vivas é muito baixo. Por exemplo, a variedade 
H. italicum tem menos de 0,05% , indicativo de que a 
produção de um quilo deste óleo essencial exige que 
mais de uma tonelada de flores sejam colhidas.
 A variedade mais famosa de sempre-viva, 
denominada popularmente de ‘‘Immortelle’’ provém da 
espécie Helichrysum italicum. Esta espécie possui, em 
seu óleo essencial e absoluto, italidionas, que são di-
cetonas exclusivas dessa variedade e não encontradas 
em nenhuma outra espécie de erva conhecida. 
 Fenomenais propriedades terapêuticas são 
atribuídas a este óleo essencial. Suas italidionas são po-
tentes estimulantes da regeneração da matriz extrace-
lular, pois aumentam drasticamente a produção de colá-
geno na pele, reduzindo rugas e cicatrizes, tratando 
queimaduras e auxiliando no fechamento de escaras e 
feridas. Em cosméticos, é um importante elemento que 
traz beleza e jovialidade à pele, pois as italidionas 
também agem reduzindo visivelmente a intensidade da 
cor de manchas escuras na pele, clareando inclusive 
olheiras, além de ser muito útil em hematomas. 
 A sempre-viva ‘‘Immortelle’’ contém altos 
níveis de acetato de nerila, outro composto responsável 
pelo suporte inigualável deste OE na reconstrução de 
tecidos. Esse componente também possui efeitos rela-
xantes que reduzem a tensão nos tecidos contribuindo 
para redução da formação de rugas. Também age na 
esfera emocional trabalhando a ansiedade e depressão. 
 Os curcumenos são moléculas encontradas 
nos óleos de gengibre e turmérico e também estão pre-
sentes na ‘‘Immortelle’’. Possuem poderosa ação anti- 
-inflamatória e analgésica que permite a este OE ter 
qualidades interessantes no tratamento de reumatismo, 
artrite, dores, dermatites e psoríase. 
 Segundo Battaglia, em seu livro The 
Complete Guide to Aromatherapy, este óleo seria um 
dos mais poderosos agentes quelantes para remoção de 
metais pesados e toxinas do corpo. E Kurt Schnaubelt 
em seu livro Advanced Aromatherapy, cita: ‘‘O efeito 
analgésico de redução de dores e efeitos regenerativos 
da sempre-viva ‘‘Immortelle’’ é único. Se aplicado em 
tempo, este óleo previne hemorragias. É muito eficiente 
7
Mentraste (Ageratum conyzoides)
 O mentraste é uma erva que nasce esponta-
neamente em campos e jardins em todo o Brasil. É co-
nhecida na fitoterapia popular também com os nomes 
de catinga-de-bode ou erva-de-São-João (não é o hipé-
rico). Esta planta tem tido seu consumo aumentado, a 
partir de sua inclusão na lista da Central de Medi-
camentos da Anvisa (Resolução RDC nº. 10/2010 – 
Anexo I) e subsequente comprovação de sua eficácia 
como analgésico e anti-inflamatório. 
 É um óleo essencial raro que está chegando 
recentemente ao mercado de aromaterapia nacional. Os 
compostos predominantes deste óleo essencial são o b-
cariofileno (12 a 16%) e os cromenos, principalmente 
precoceno I (60 a 75%) e precoceno II (<1 a 2%), que 
causam metamorfose prematura em diversas espécies 
de insetos, levando à formação de adultos estéreis. Des-
sa forma, é um óleo muito útil à agricultura orgânica, 
pois impede a proliferação de pragas, além de ter de-
monstrado capacidade de reduzir o número de baratas e 
de carrapatos em bovinos e outros animais. 
 Os precocenos são também os princípios 
ativos responsáveis pela ação terapêutica da planta, que 
no caso do OE estão em concentração algumas de vezes 
mais alta que no chá. Pesquisas com ratos mostraram 
que esta planta possui significativa atividade anal-
gésica, anti-inflamatória e antipirética (abaixa febre), 
não sendo observada toxicidade gástrica. 
 Os precocenos foram hepatotóxicos e ne-
frotóxicos em animais quando empregados via oral 
apenas em doses extremamente altas (300mg/kg - apro-
ximadamente 21 mL em um homem com 70 kg). Esses 
compostos também são poderosos antifúngicos.
 Seu OE pode ser empregado em massagens 
com outros óleos essenciais benéficos para o alívio de 
dores e desinflamação. 
 
Referência: de Castro, Henrique Guilhon et al. Teor e composição do óleo 
essencial de cinco acessos de mentrasto. Quim. Nova, Vol. 27, N. 1, 55-57, 
2004.
 
Conhaque verde (Saccharomyces cerevisiae) 
 O óleo de conhaque é também conhecido 
como ‘‘óleo de borra de vinho’’. É um subproduto da 
destilação do conhaque (brandy) e está presente nele na 
quantidade de 2 mg por litro. 
 As substâncias aromáticas contidas no 
conhaque são derivadas da atividade de certos fungos 
utilizados e do tipo de uva fermentada. 
 O óleo é obtido por destilação a vapor do 
resíduo precipitado das uvas e dos fungos após a fer-
mentação (e destilação) da bebida alcoólica. Seus prin-
cípios aromáticos são ésteres de temperatura alta de 
ebulição e decanoatos de etila. 
 Este óleo possui um aroma muito forte e 
peculiar. É muito marcante para perfumes, e a indústria 
alimentícia o utiliza muito na intensificação do sabor de 
bebidas (o próprio conhaque e vinho branco), assim 
como em sorvetes, bolos, tortas e outros alimentos. 
 O seu cheiro lembra o de um espumante 
brut seco de ótima qualidade, pois o sabor dos cham-
panhes é dado pelas mesmas moléculas presentes neste 
óleo essencial e gerado pelas leveduras da fermentação.
 Não há ainda estudos da ação de seus álco-
ois, mas possivelmente são moléculas de ação bacteri-
cida forte, pois são liberadas pelas próprias leveduras 
para impedir o desenvolvimento de bactérias em seu 
meio ambiente de crescimento. 
 Dicas: use 1 gota de OE de conhaque verde 
dentro de uma garrafa de espumante ou vinho branco. 
Intensificará muito o sabor, enobrecendo-o (não 
combina com vinho tinto). Outro uso é em chutneys e 
tortas, na dose de 1 gota para cada 200 a 300 gramas. 
Em perfumes é nota de fundo e combina muito bem 
com flores, cítricos e madeiras. 
Davana (Artemisia pallens)
 Você já imaginou um óleo essencial com cheiro de 
jenipapo? Então, se você conhece o cheiro da fruta do 
jenipapo, é exatamente isso que você terá em mãos com 
o óleo de davana, uma espécie de artemísia indiana com 
um dos aromas mais exóticos conhecidos no mundo.
 O óleo de davana possui um aroma adocicado e 
muito estimulante, que trabalha a alegria, dissolvendo 
as tristezas e a apatia. A cetona davanona presente no 
óleo possui potencial antibacteriano e antifúngico 
(super útilem micoses), além de ser repelente de in-
setos. Também é muito útil no tratamento de pele, agin-
do como rejuvenescedor e tratando de peles ressecadas. 
Vale destacar que extratos da planta mostraram 
1 potencial terapêutico no tratamento do diabetes e efeito 
2hepatoprotetor contra intoxicação por paracetamol .
Referências: 1. Subramoniam A, et al. Effects of Artemisia pallens Wall. 
on blood glucose levels in normal and alloxan-induced diabetic rats. J 
Ethnopharmacol. 1996 Jan;50(1):13-7. / 2. Honmore V. Artemisia pallens 
alleviates acetaminophen induced toxicity via modulation of endogenous 
biomarkers. Pharm Biol. 2015 Apr;53(4):571-81.
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nas dores articulares’’. 
 O óleo de sempre-viva‘‘Immortelle’’ pode 
ser empregado puro na pele (2 a 3 gotas) em queima-
duras para o alívio imediato da dor, em queloides e 
cicatrizes. E para um uso prolongado, é diluído em cre-
me ou gel na proporção de 0,1 a 2%. 
 Enquanto a sempre-viva ‘‘Immortelle’’ vem 
da Europa (Córsega, Balkans, Croácia e França), 
existem outras espécies que vêm de países quentes, 
principalmente Madagascar. e permitem usos total-
mente diferentes da ‘‘Immortelle’’. Deste país temos:
Sempre-viva fêmea (Helichrysum gymnocephalum)
 A sempre-viva fêmea surpreende por sua 
ação de melhora da respiração. Este óleo essencial, rico 
em 1,8-cineol (70-75%) limpa os seios nasais, dilui o 
muco e penetra nos brônquios sem qualquer agressi-
vidade reconectando-nos a nosso aparelho respiratório 
de forma gentil e harmônica. Este caráter particular é 
diferenciado de propriedades expectorantes e 
mucolíticas simples no tratamento de bronquites, 
sinusites e alergias respiratórias. 
Sempre-viva macho (Helichrysum bracteiferum)
 A sempre-viva macho atua eficazmente no 
sistema respiratório como expectorante e anti-inflama-
tória. Calmante e relaxante, é particularmente adequa-
do para a massagem no peito para indivíduos com infla-
mação e irritação das vias respiratórias. As proprieda-
des anti-inflamatórias da sempre-viva macho também 
são aproveitadas para a massagem dos músculos e arti-
culações, bem como para gengivas inflamadas. Este 
óleo se destaca pela união de 29% de cineol (expec-
torante) com 9% de alfa-humuleno, o componente ativo 
anti-inflamatório da erva-baleeira, que neste óleo 
essencial é 3 vezes mais alto. O alfa-humuleno tem 
ação anti-asmática, reduz cólicas, dores e é um pode-
roso anti-inflamatório sistêmico. É um dos compo-
nentes ativos também do óleo de sucupira. 
Sempre-viva faradifani (Helichrysum faradifani)
 Suas ações são precisamente orientadas so-
bre o sistema urinário e genital. Possui potencial de uso 
contra infecções do trato urinário, como cistites, agindo 
rapidamente em homens e em mulheres. É indicado 
quando se deseja estimular e reequilibrar o funciona-
mento dos rins. Duas a três gotas podem ser aplicadas à 
parte inferior das costas todos os dias. Este óleo se 
destaca pela combinação única das moléculas a-
fencheno, g-curcumeno e b-cariofileno que juntas dão 
qualidades anti-inflamatórias potentes a este óleo 
essencial, torando-o útil a problemas articulares como 
artrite e reumatismo.
Bibliografia: Simon Lemesle. Huiles essentielle et eaux florales de 
Madagascar, guide pratique d'une aromathérapie innovante / 
Franchomme, P e Penoel, D. L'aromathérapie exactement. Roger 
Jollois / Battaglia. The Complete Guide to Aromatherapy. Perfect 
Potion / Kurt Schnaubelt. Advanced Aromatherapy. Healing Arts Press 
 
Ficha de Alguns 
Lançamentos em breve:
- Fundamentos da terapia holística com OEs das plantas - D. Gümbel
- Sobremesas vivas essenciais com OEs - Sheila Waligora 
- Aromaterapia de Gattefossé (tradução comentada) - Fábián László
- Cura Vibracional (com óleos essenciais) - Débora Eidson
- Glossário da Aromaterapia - Neide Munhoz
- Terapia do Magnésio Transdermal - Mark Sircus
- Base da química da aromaterapia e dos OEs - Adriana Wolffenbüttel 
Saúde - Espiritualidade - Ciências avançadas e revolucionárias - Autoajuda 
Ageratum conyzoides em floração
Óleos Essenciais Raros
Sempre viva, o óleo
da flor ‘‘Imortal’’ 
(Helichrysum sp.) 
LZ
LZ
EDITORA
Uma nova editora com livros que vão 
reolucionar o conhecimento no Brasil
ATENÇÃO:
Coquetel de lançamento de 
livros da Editora Laszlo nos 
Congressos anunciados 
neste jornal. 
- Os resultados de doses extremamente altas de vitamina D3 - Jeff Bowles
EDITORA
18 a 20 de Março de 2016
Belo Horizonte - Minas Gerais
2 CONGRESSOS UNIDOS PARA UM 1 GRANDE EVENTO!
VERSÃO PRESENCIAL + VERSÃO ONLINE
Mais de 60 palestras. Comparecendo presencialmente ou apenas online, você não perde nada!
PALESTRAS (CIA) - 18 e 19 de Março:
Damião Pergentino de Souza:
ASPECTOS QUÍMICOS E FARMACOLÓGICOS DA BIOATIVIDADE DOS ÓLEOS 
ESSENCIAIS.
Guilherme Peniche:
O EFEITO DA AROMATERAPIA NA DOR DO ATLETA.
Dra. Regina Manzochi:
APLICAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS E TERAPÊUTICAS COMPLEMENTARES 
NA ODONTOLOGIA.
Eduardo Alves:
APLICAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DE DOENÇAS DE PLANTAS.
Dr. Jair Guilherme dos Santos Jr.
AROMATERAPIA PARA TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO EM CÃES.
Dr. Afrânio Aragão Craveiro
PRINCÍPIOS VOLÁTEIS ATIVOS DE PLANTAS MEDICINAIS BRASILEIRAS.
Marcela Machado:
UMA VISÃO SOBRE A SEGURANÇA E EFICÁCIA DOS ÓLEOS VOLÁTEIS.
André Ferraz:
AROMATERAPIA NA GESTAÇÃO, PARTO E PÓS PARTO.
Luciane Vishwa:
PARCERIA MOLECULAR - A INTELIGÊNCIA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS.
Dra. Adriana Nunes Wolffenbüttel:
OS ÓLEOS DE LARANJA DOCE E AMARGA, E OS MARCADORES BIOLÓGICOS 
MELATONINA (BEM ESTAR) E CORTISOL (ESTRESSE).
Ozélia Carvalho:
ALÉM DOS AROMAS - TERAPIAS PARA O CORPO E ALMA (EXPERIÊNCIAS 
COM AROMATERAPIA EM SPAS).
Sâmia Maluf :
SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO - AS CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE 
DIÁRIO E A EFICÁCIA DA AROMATERAPIA.
Dietrich Gümbel (Alemanha):
O EFEITO DA RELAÇÃO ENTRE HOMEM E PLANTA ATRAVÉS DOS ÓLEOS 
ESSENCIAIS.
PALESTRANTE EM DESTAQUE:
DR. DIETRICH GÜMBEL
Doutor em Zoologia, biólogo e geógrafo. Escritor de inú-
meras e ilustres obras como ‘‘Fundamentos da terapia ho-
lística com óleos essenciais das plantas’’, livro que será
lançado no evento em edição traduzida para o português. 
Momento inédito e especial!
Dia 22/03: Uma chave universal para aplicação de óleos essenciais. Curso baseado 
na inter-relação homem-planta.
Participe dos Cursos Pós-Congressos
que serão ministrados por Gümbel:
Dia 23/03: A correspondência entre óleos essenciais, cores e tons, dentro do 
conceito da Cosmoterapia.
Dr. Renato Meneguelo:
FOSFOETANOLAMINA E SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO CONTRA O CÂNCER.
 
PALESTRAS (CIMI) - 20 de Março:
Dr. José Eduardo Faria:
OS PERIGOS DA CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA E A AÇÃO REDENTORA DO DETOX.
Dr. Mark Sircus (EUA) :
MAGNÉSIO E BICARBONATO DE SÓDIO: MEDICAMENTOS CASEIROS DE 
EMERGÊNCIA.
Dr. Emerson Godoi:
A FORMA QUE NASCEMOS INFLUENCIA O QUE SEREMOS.
Dr. Elisaldo Carlini :
O USO MEDICINAL DA CANNABIS.
Ailla Pacheco :
PRÁTICAS INTEGRATIVAS DA SAÚDE - DA ESPIRITUALIDADE À CIÊNCIA. 
O evento 
oferecerá 
um coquetel
comemorativo 
aos participantes
no momento dos 
autógrafos.
LANÇAMENTO DE
LIVROS
CONCERTO 
MUSICAL
Celebraremos
os Congressos 
com um mágico 
c o n c e r t o d o 
Grupo Cântaro 
tocando raros e 
encantadores 
instrumentos, 
Liras, Kânteles
e tambores. 
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO 
ESPECIAL DO DIA 20/03:
SAIBA MAIS E INSCREVA-SE:
www.congressoaromatologia.com.br contato@congressoaromatologia.com.br
facebook.com/congressodearomatologia (31) 3486 2765 / (31) 9 8461 5134
ORGANIZAÇÃOPATROCINADOR OFICIAL APOIO
II Congresso Internacional 
de AROMATOLOGIA
MEDICINA COMPLEMENTAR 
INTEGRATIVA
I Congresso Internacional de