Buscar

Aula 02 - Como Contabilizar Juros, Aluguéis e Descontos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contabilidade II
2º Aula
Como contabilizar 
juros, aluguéis
e descontos
Olá pessoal, estamos de volta para mais uma 
aula. Vocês, prezados(as) aluno(as), provavelmente se 
recordam sobre o que estudamos sobre a Escrituração 
Contábil, os principais livros utilizados por ela, sobre o 
método de partidas dobradas, o lançamento, as fórmulas 
de lançamentos e suas devidas retificações.
Retomo, pois, que o ato de registrar em livros 
próprios todos os acontecimentos que resultam em 
modificações no patrimônio de uma empresa é chamado 
de Escrituração.
Nessa aula, trataremos da Escrituração de uma 
maneira mais específica. Falaremos de como contabilizar 
Juros, Aluguéis e Descontos. Vamos lá?!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• Conceituar Juros, Aluguéis e Descontos;
• Conhecer o ato de registrar;
• Detalhar as características dos juros em relação as despesas.
11
1 - Juros
2 - Aluguéis
3 - Descontos
Seções de estudo
1 - Juros
Após analisar os casos acima, surge a pergunta: 
Por que Juros Ativos e Juros Passivos?
Existem, portanto, duas concepções:
1. Para o investidor, ou seja, aquele que empresta, Juro é a remuneração 
do capital emprestado, o que na terminologia contábil denominamos 
como receita;
2. Para o tomador, ou em outras palavras, aquele que pega o 
empréstimo, Juro é o custo do uso do bem emprestado.
Agora, alunos(as) atentos(as), vocês se questionam: “Quando pago juros 
estou tendo uma receita ou uma despesa?”.
É muito comum associarmos os Juros com a palavra 
despesas. Porém, apesar dele representar uma despesa para 
quem toma o bem ou dinheiro emprestado ele pode também 
ser considerado uma receita para aqueles que, ao contrário, 
emprestam algum bem.
Nas empresas em geral é usual o recebimento ou 
pagamento de juros quando ocorrem atrasos nos cumprimentos 
das obrigações ou nos recebimentos de algum direito. Desta 
forma, estamos sujeitos tanto a pagar como a receber juros.
Vejam bem, quando nos referimos ao pagamento de juros 
estamos dizendo que pagamos em dinheiro pelo uso do bem 
emprestado, portanto temos uma despesa. 
Por outro lado, no momento que recebemos juros isto 
significa que recebemos um dinheiro como recompensa pelo 
bem que foi emprestado, ou seja, uma receita.
Para melhor visualizar, veja o quadro:
QUANDO PAGAMOS JUROS, OCORRE DESPESA.
QUANDO RECEBEMOS JUROS, OCORRE RECEITA.
O recebimento ou pagamento de juros é considerado um 
Fato Administrativo, pois altera o patrimônio da empresa. Sendo 
assim, envolve pelo menos duas contas contábeis, nesses casos a 
conta Caixa e a uma conta de Receita ou Despesas de Juros.
Para que esse assunto fique claro e facilite nossos estudos, 
vamos demonstrar dois casos que envolvem juros: 
→ CASO A: Quando a empresa paga juros (Despesa)
Pagamento de Duplicata nº 54545, a M & D Comercio 
Varejista Ltda, no valor de $ 2.000, com 3% de juros pelo 
atraso, sendo pago em dinheiro.
Elementos D/C Contas Valor
Duplicata D Duplicatas a Pagar 2.000
Juro D Juros Passivos 60
Dinheiro C Caixa 2.060
Reparem que:
• Como essa Duplicata era uma obrigação da empresa, 
com seu pagamento houve uma diminuição do Passivo, ou seja, 
tivemos um débito na conta Duplicatas a Pagar, no valor de $ 
2.000. Ocorre, ainda, uma despesa no valor de $ 60 referentes 
aos juros pagos que será debitada na conta correspondente 
denominada Juros Passivos. Em contrapartida, sairá do Caixa 
a importância de $ 2.060, sendo $ 2.000 referente ao valor 
da duplicata e $ 60 referentes aos juros pagos pelo atraso, 
acarretando uma diminuição do Ativo.
 
→ CASO B: Quando a empresa recebe juros (Receita)
Recebimento em dinheiro da Duplicata nº 12345, do Sr. 
Armando Carmelito, no valor de $ 3.000, com 2% de juros 
pelo atraso.
Reparem que:
Elementos D/C Contas Valor
Dinheiro D Caixa t3.060
Duplicata C Duplicatas a Receber 3.000
Juro C Juros Ativos 60
• Como essa Duplicata era um direito da empresa, com 
seu recebimento houve uma diminuição do Ativo, ou seja, 
tivemos um crédito na conta Duplicatas a Receber, no valor de 
$ 3.000. Ocorre, ainda, uma receita no valor de $ 60 referentes 
aos juros recebidos que será creditada na conta correspondente 
denominada Juros Ativos. Em contrapartida, entrará no Caixa 
a importância de $ 3.060, sendo $ 3.000 referente ao valor 
da duplicata e $ 60 referentes aos juros recebidos pelo atraso, 
acarretando um aumento do Ativo.
Essas denominações, “Ativos” e “Passivos”, não 
possuem nenhuma relação com o Ativo e o Passivo do 
Balanço Patrimonial. 
Nesses casos, as palavras, “Ativos” e “Passivos”, são 
usadas como adjetivos para classificar os juros, como positivos 
ou negativos, como segue:
• Juros Ativos: signifi cam juros positivos, porque o adjetivo Ativo signifi ca 
coisa positiva, a favor da empresa, portanto considerado como Receita.
• Juros Passivos: signifi cam juros negativos, porque o adjetivo Passivo 
signifi ca coisa negativa, quando a empresa paga juros, portanto 
considerado como Despesas.
Na próxima seção vamos falar sobre aluguéis. Vamos avançar um 
pouco mais?!
 Mais uma vez a terminologia contábil assume um 
significado diferente para as palavras Ativo e Passivo. 
Caso vocês prefiram, poderão chamar a conta de Juros 
Ativos de Receita de Juros ou de Juros Recebidos e, ainda, 
chamar a conta de Juros Passivos de Despesa de Juros ou 
Juros Pagos. 
Contudo, do ponto de vista técnico é mais correto usar a 
denominação Juros Ativos e Juros Passivos.
2 - Aluguéis
Como acontece com os Juros, os Aluguéis também 
podem assumir o papel de receita como o de despesas. 
No momento em que pagamos aluguéis, dá-se a despesa 
Contabilidade II 12
Para Refl etir
No lançamento acima ocorre um débito de $ 10.000 na conta Duplicatas 
a Pagar que equivale ao valor da dívida quitada; a Receita, obtida através 
desse desconto, pode ser visualizada pelo lançamento a crédito de $ 
500 na conta Descontos Obtidos, como o próprio nome já diz; e, por 
fi m, temos um crédito na conta Caixa simbolizando a retirada em 
dinheiro no valor de $ 9.500.
e para contabilizar esse 
fato utilizamos a conta 
Aluguéis Passivos. 
Todavia, quando 
recebemos aluguéis, dá-
se a receita, e a conta 
utilizada pelo registro é a 
Aluguéis Ativos.
Percebam que nesses 
casos, novamente, os adjetivos Ativos e Passivos assumem as 
mesmas finalidades dos casos de juros, isto é, classificando 
como positivos (Receitas) e negativos (Despesas).
Para melhor visualização desses lançamentos, analise os 
casos:
→ CASO A: Despesa de Aluguéis
Pagamento efetuado à Imobiliária Cometa no valor de $ 
800, em dinheiro, referente ao aluguel do mês de Janeiro/X1.
Fonte: <http://linklar.com.br/editorial/tag/
aluguel/> Acesso em: 22 abr. 2012.
Elementos D/C Contas Valor
Aluguéis D Aluguéis Passivos 800
Dinheiro C Caixa 800
→ CASO B: Receita de Aluguéis
Recebimento em dinheiro da Sra. Amada Cruz no valor 
de $ 970 referente ao aluguel do imóvel de nossa propriedade 
correspondente ao mês de Janeiro/X1.
Elementos D/C Contas Valor
Dinheiro D Caixa 970
Aluguéis C Aluguéis Ativos 970
É possível denominar também a conta de Aluguéis 
Ativos como Receitas de Aluguéis ou Aluguéis Recebidos e 
a conta de Aluguéis Passivos como Despesas de Aluguéis ou 
Aluguéis Pagos. 
Todavia, é importante ressaltar que as expressões 
Aluguéis Ativos e Aluguéis Passivos são mais corretas levando 
em consideração o ponto de vista técnico.
3 - Descontos
A palavra desconto pode significar uma diminuição, um 
abatimento ou, ainda, uma compensação de valores.
Fonte: <http://www.podemosteajudar.com/dicas-2/10-dicas-para-
conseguir-descontos-em-lojas/> Acesso em;22 abr. 2012.
No meio empresarial são utilizados dois tipos de 
descontos: os Descontos Incondicionais e os Descontos 
Condicionais, conforme segue:
• Descontos Incondicionais: são como um presente para o cliente, já 
que a empresa dá esse desconto a ele sem fazer nenhuma exigência. 
Esse exemplo de desconto aparece sempre deduzido em notas fi scais 
de vendas demercadorias e prestações de serviços.
• Descontos Condicionais: como o próprio nome já diz, nesse caso o 
desconto é concedido ao cliente mediante uma condição previamente 
imposta. Um exemplo típico deste caso é a exigência de liquidação da 
dívida antes a data do vencimento.
Ao passo que os Descontos Incondicionais acontecem 
no momento da venda, eles também podem ser denominados 
como Descontos Comerciais. Entretanto, os Descontos 
Condicionais só ocorrem depois da venda, ou seja, ocorrem 
na data em que a condição pré-estabelecida seja realizada, isto 
nos leva a conhecê-los também como Descontos Financeiros.
Exemplificaremos, a seguir, dois casos que representam 
os Descontos Financeiros ou Condicionais:
 
→ CASO A: Quando ganhamos o Desconto (Desconto 
Obtido)
Pagamento da Duplicata nº 12323 à Metalúrgica 
Santa Helena no valor de $ 10.000 com 5% de desconto. O 
pagamento foi efetuado em dinheiro.
Elementos D/C Contas Valor
Duplicata D Duplicatas a Pagar 10.000
Desconto C Descontos Obtidos 500
Dinheiro C Caixa 9.500
→ CASO B: Quando oferecemos o Desconto (Desconto 
Concedido)
Recebimento, em dinheiro, da Duplicata nº 8753 da Srta. 
Maria Pedra no valor de $ 8.000 com 10% de desconto. 
Elementos D/C Contas Valor
Dinheiro D Caixa 7.200
Desconto D Descontos Concedidos 800
Duplicata C Duplicatas a Receber 8.000
No lançamento acima ocorre um crédito de $ 8.000 na conta Duplicatas 
a receber que equivale ao valor da duplicata recebida; a Despesa, 
resultado desse desconto, pode ser visualizada pelo lançamento a 
débito de $ 800 na conta Descontos Concedidos, como o próprio 
nome já diz; e, por fi m, temos um débito na conta Caixa simbolizando a 
entrada em dinheiro no valor de $ 7.200.
Neste momento vocês podem estar confusos(as) e se 
perguntando:
 Como irei distinguir quando o Desconto Financeiro representa uma 
Despesa ou uma Receita? ou Por que a denominação Descontos 
Obtidos e Descontos Concedidos?
13
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar essa 
aula, vamos recordar:
A resposta para seus questionamentos é simples.
No momento em que oferecemos um desconto a 
terceiros, ele será uma Despesa para nós. Portanto, a conta 
que vai simbolizar essa despesa será Descontos Concedidos, 
porque concedemos esse desconto.
No momento em que obtemos um desconto de terceiros, 
ele será uma Receita para nós. Portanto, a conta que vai 
simbolizar essa receita será Descontos Obtidos, porque 
obtivemos esse desconto.
Para facilitar a compreensão dessa aula, está disponível o 
quadro abaixo que demonstra que juros e descontos somente 
acontecem em quatro situações:
1 Pagamento de Juros Despesa (Conta Juros Passivos)
2 Recebimento de Juros Receita (Conta Juros Ativos)
3 Pagamento com Desconto Receita (Conta Desconto Obtido)
4 Recebimento com Desconto Despesa (Conta Desconto Concedido)
E aí? Compreenderam?
Viram como se relacionam juros, aluguéis e despesas?
1 - Juros
Estudamos que o recebimento ou pagamento de juros é 
considerado um Fato Administrativo, pois altera o patrimônio 
da empresa. Sendo assim, envolve pelo menos duas contas 
contábeis, nesses casos a conta Caixa e a uma conta de Receita 
ou Despesas de Juros.
Nas empresas em geral é usual o recebimento ou 
pagamento de juros quando ocorrem atrasos nos cumprimentos 
das obrigações ou nos recebimentos de algum direito. Desta 
forma, estamos sujeitos tanto a pagar como a receber juros.
2 - Aluguéis
Nesta seção, vimos que os Aluguéis também podem 
assumir o papel de receita como o de despesas. No momento 
em que pagamos aluguéis, dá-se a despesa e para contabilizar 
esse fato utilizamos a conta Aluguéis Passivos. Todavia, quando 
recebemos aluguéis, dá-se a receita e a conta utilizado pelo 
registro é a Aluguéis Ativos.
3 - Descontos
Lembrem-se que a palavra desconto pode significar uma 
diminuição, um abatimento ou ainda uma compensação de valores. 
No meio empresarial são utilizados dois tipos de descontos: os 
Descontos Incondicionais e os Descontos Condicionais.
CRUZ, Flávio da [et al.] Lei de responsabilidade fiscal 
comentada: lei complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. 3. 
ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Classe Contábil. Disponível em: <www.classecontabil.
com.br>
Conselho Federal de Contabilidade – CFC. Normas 
Brasileiras de Contabilidade. Brasília, 2004. Disponível em: 
<http://www.cfc.org.br>
Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Normas de 
Apresentação das Demonstrações Financeiras. Rio de 
Janeiro, 2004. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br> 
Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Disponível em: 
<http://www.otoc.pt/pt/a-ordem/comissoes/historia-da-
contabilidade/regulamento/>
Portal de Contabilidade. Disponível em: <www.
portaldecontabilidade.com.br>
Vale a pena
Vale a pena ler
Vale a pena acessar
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: 
matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, 
orçamento empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MARTINS, Ives Gandra da Silva; Nascimento, Carlos 
Valder do. Comentários à Lei de Responsabilidade Fiscal. São 
Paulo: Saraiva, 2001.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica: 
uma introdução à prática contábil. 5 ed. São Paulo: Atlas, 
2004.
SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da contabilidade. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2002.
SANTOS, José Luiz dos. SCHMIDT, Paulo. Introdução 
à Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003.

Continue navegando