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Aula 05 - Mão de Obra

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5ºAula
Mão de obra
Olá pessoal, estamos de volta para mais uma aula! 
Nas quatro primeiras aulas, estudamos sobre Princípios e 
Convenções Contábeis, Classificação de Custos de Produção, Rateio 
e Departamentalização, respectivamente. 
Em nossa aula, estaremos tratando da mão de obra. Para 
iniciar nossas reflexões, vamos buscar os dados históricos a fim 
de compreender melhor os conceitos sobre Mão de Obra e a 
aplicabilidade das leis trabalhistas. 
Dada sua importância para o funcionamento e a manutenção do 
mercado empresarial, trataremos, principalmente, a respeito dos custos 
dos nossos colaboradores, ou seja, dos funcionários das empresas. 
 Sugerimos que no decorrer dos estudos, procurem manter-se 
em um ambiente tranquilo, que permita a concentração necessária 
para a construção dos conhecimentos. 
Portanto, não se omitam, leiam, anotem, resumam, pesquisem, 
questionem, discutam e interajam conosco e com colegas de curso. 
Confiram agora os objetivos e as seções de estudo mediante as quais 
será desenvolvida nossa aula. 
Vamos lá pessoal?! Mãos à obra! Vamos entender os assuntos 
que serão abordados!
Bons estudos!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, o aluno será capaz de:
 • abordar os aspectos conceituais sobre mão de obra e discorrer sobre particularidades dos demais assuntos abordados; 
 • classificar os tipos de mão de obra;
 • realizar o cálculo dos custos da hora trabalhada.
Contabilidade de Custos 34
Seções de estudo
1 - Mão de obra: história, conceito e 
legislação
Em 01 de maio de 1943 foi aprovada a CLT - Consolidação das Leis 
Trabalhistas, garantindo com isso todos os direitos aos empregados.
Porém, o advento dessa lei passou a regularizar algumas ações dos 
empregadores em desfavor a seus empregados. A data fi cou instituída 
como o dia do trabalho.
Devemos levar em consideração que a mão de obra compreende o trabalho 
das pessoas aplicado direta ou indiretamente na fabricação de um produto. 
Devemos sempre destacar que os custos com mão de obra não 
correspondem apenas aos gastos com salários, mas engloba todos os 
gastos com as pessoas envolvidas na produção, sendo esses gastos 
todos aqueles decorrentes da folha de pagamento.A Lei trabalhista entrou em vigor em 01 de maio de 1943, mas a 
carteira de trabalho foi instituída pelo decreto nº 21.175, de 21 de 
março e posteriormente regulamentada pelo decreto 22.035, de 
29 de outubro 1932. O documento garante o acesso a alguns dos 
principais direitos trabalhistas, como o seguro-desemprego, os 
benefícios previdenciários, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
(FGTS) e o Programa de Integração Social (PIS).
1 - Mão de Obra: História, Conceito e Legislação; 
 1.1 Método de Mão de Obra Direta;
 1.2 Método de Mão de Obra Indireta;
2 - Mão de Obra: Obrigatoriedades e Custos; 
 2.1 Direitos e Benefícios Básicos;
 2.2 Cálculo do Custo da Hora Trabalhada;
 2.3 Contabilização do Custo Com Mão de Obra Direta;
Nesta aula, iremos tratar a respeito dos custos dos 
nossos colaboradores. Na realidade, iremos mensurar o valor 
da hora trabalho dos funcionários e qual é o reflexo que estes 
custos podem causar no resultado da empresa e na formação 
do preço de um determinado produto ou serviço.
Fonte: <http://sitedasoldagem.com.br/noticias/> Acesso em: 20 abr. 2012.
É comum em todas as organizações a necessidade 
de material humano, pessoas capacitadas e capazes de 
desenvolver suas atividades laborais, sem que cause nenhum 
prejuízo à empresa ou a quem a contratou.
Ao trabalhador temos os seus direitos garantidos pela 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, que ampara o 
empregado e remete o empregador a honrar os direitos 
garantidos por lei ao trabalhador.
Em nossa aula, tendo em vista a aprovação desta 
lei que garantiu aos empregados todos os direitos que a 
eles cabem, iremos tratar de alguns destes direitos, já que 
estamos investigando aspectos relacionados à mão de obra. 
Adiantamos que a mão de obra pode ser, dentro do processo 
produtivo ou de prestação de serviço, direta ou indireta.
Fonte: <http://bartirabarbosa.blogspot.com.br/2009_02_01_archive.html> Acesso 
em 30 mar.2012.
É importante destacar que todas as atividades exercidas 
pelos empregados são remuneradas. Normalmente, esta 
remuneração tem como base para pagamento de valores o 
salário mínimo, que é um indicador que auxilia o empregado 
em seu labore e ajusta para que não receba nenhum valor 
menor que o salário mínimo vigente do período.
Na Consolidação das Leis Trabalhistas, Lei nº 5.452, de 1 
de maio de 1943, em seu artigo 76, temos que:
Salário mínimo é a contraprestação mínima 
devida e paga diretamente pelo empregador 
a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador 
rural, sem distinção de sexo, por dia normal de 
serviço, e capaz de satisfazer, em determinada 
época e região do País, as suas necessidades 
normais de alimentação, habitação, vestuário, 
higiene e transporte (BRASIL, CLT, 1943).
Na contratação de um funcionário, seja por diária, 
comissão ou produção, sua remuneração não pode ser inferior 
ao salário mínimo, pois o salário mínimo sempre será a base 
para que o empregador possa adotar um critério que remunere 
de maneira legal os seus colaboradores, sem infringir a lei e o 
direito garantido ao trabalhador. 
Justamente por estarmos tratando da mão de obra em 
nossa aula, trataremos também de alguns aspectos legais, 
dando uma visão ampla sobre remuneração e dados históricos 
a respeito da obrigatoriedade entre empregador e empregado 
e vice-versa.
Em custos é comum que tudo que esteja relacionado à 
produção seja tratado como custo. Existem momentos em que 
confundimos esses custos quanto à sua classificação. Por isso, 
torna-se difícil em alguns casos evidenciar se esses custos são 
diretos ou indiretos na produção de um determinado produto 
ou serviço. 
Analisando essa dificuldade é que, neste momento, 
iremos tratar dos custos com mão de obra e também como 
ela é classificada e direcionada no processo de produção e 
melhoramento de um produto ou serviço.
A mão de obra divide-se em dois grupos: direta e indireta.
• Mão de obra indireta: classificamos como mão de 
35
2 - Mão de obra: obrigatoriedades e 
custos
obra indireta a somatória dos salários e dos encargos com 
os colaboradores que desempenham atividades comuns e 
não especializadas dentro da empresa e que, muitas vezes, 
não compensa apurar o custo da hora trabalhada ou mesmo 
controlar o tempo de trabalho em cada atividade.
São exemplos de mão de obra indireta: carregadores, 
faxineiros, seguranças, etc.
• Mão de obra direta: devido aos altos custos com mão 
de obra direta nos dedicaremos ao seu estudo, a fim de aprender 
a calcular o custo de uma hora trabalhada. A mão de obra direta 
pode ser classificada como sendo a somatória dos salários e dos 
encargos com os colaboradores que desempenham atividades 
técnicas diretamente no produto.
São exemplos de mão de obra direta: operador de 
máquinas, mecânicos, eletricistas etc. 
1.1 – Método de mão de obra direta
Agora iremos classificar quais são os métodos de mão de 
obra aplicados na empresa, indústria, comércio e prestação de 
serviço, tendo como foco o custo dessa mão de obra.
A mão de obra deve ser classificada como: 
• Mão de obra direta
• Mão de Obra Indireta
Para Osni Moura Ribeiro (2005, p. 102), a mão de 
obra direta é aquela que pode ser facilmente identificada em 
relação aos produtos. Isso nos remete a pensar que quando há 
facilidade de identificação da mão de obra daquele funcionário 
ao produto em questão classificamos como mão de obra direta.
 Já para Eliseu Martins (2009, p. 133), mão de obra direta 
é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o 
produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do 
tempo despendido e a identificação de que executou o trabalho, 
sem necessidade de qualquer apropriação indireta de rateio. Se 
houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou 
divisões proporcionais,desaparece a característica de direta.
Podemos salientar que os operários de uma indústria de 
calçados ou até mesmo operários da construção civil, assim 
destacamos os pedreiros, carpinteiros, serventes, eletricista e 
encanadores, o serviço na qual estes profissionais executam 
podem ser classificados como mão de obra direta, já que estão 
diretamente comprometidos com a construção e execução de 
uma obra civil, obra que pode ser um apartamento, casa, etc. 
O mesmo termo se aplica ao operário da indústria já 
que a este profissional seu labore esta ligado diretamente na 
produção, confecção e montagem do produto que a empresa 
oferece no mercado.
Então podemos considerar que todo trabalhador que esteja 
envolvido diretamente na produção ou elaboração de um produto, 
o custo da sua mão de obra será direto, ou seja, mão de obra direta.
Vamos antecipar os estudos de nossa próxima subseção 
com um questionamento:
Qual é outro método de mão de obra que existe?!
1.2 – Método de mão de obra indireta
Neste momento, iremos estudar e conhecer o método de 
mão de obra indireta, método este que é aplicado em vários 
setores e presente nas mais diversas atividades econômicas 
existentes em nosso país.
Para Osni Moura Ribeiro (2009, p. 102), o método de 
mão de obra indireta compreende os gastos com pessoal 
que trabalha na empresa, sem interferência diretamente 
na fabricação dos produtos. Sempre que não for possível 
identificar o gasto com pessoal em relação às unidades 
produzidas, esse gasto será considerado mão de obra indireta.
Já para Eliseu Martins (2006, p. 133), se recorrer a 
qualquer critério de rateio ou estimativa, configura-se para 
efeito contábil, em indireta.
Podemos então evidenciar que a mão de obra indireta 
pode ser a de supervisor, encarregado, chefe de seção, 
faxineiros etc.
Assim, é importante destacar que a mão de obra indireta 
assume uma posição de colaborador da empresa, que não está 
ligado diretamente na produção. O custo com essa mão de 
obra é indireta. 
Lembrem-se de que a mão de obra indireta não age 
diretamente na produção de um determinado produto.
Devido a este pessoal não agir diretamente na produção, 
sua função é normalmente de supervisão e manutenção, já 
que seus serviços acabam beneficiando toda a produção em 
conjunto. Portanto, faz-se necessário que tais gastos sejam 
rateados, por critérios, ou arbitrados para diversos produtos 
fabricados.
A empresa só poderá considerar como mão de obra 
direta o tempo realmente utilizado no processo de produção 
de forma direta.
Por exemplo: se durante a produção ocorrer uma queda 
de energia, será considerado como custo indireto de produção. 
Agora, caso a indústria venha paralisar suas atividades por motivo 
de greve ou acidentes graves, deverá ser considerado como perda.
Para os gestores, pessoas que estão à frente dos negócios 
que a empresa realiza dia a dia é importante colocar, um adendo 
a respeito das obrigatoriedades que devem ser realizadas pelos 
gestores de toda e qualquer empresa.
Em um período de gestão é relevante destacar que custo 
com mão de obra direta é diferente de gastos com a folha de 
pagamento com funcionários.
2.1 - Direitos e benefícios básicos
Para Eliseu Martins (2006, p.134), custo com mão de 
obra não se confunde com o valor pago à produção, mesmo 
aos operários diretos. Só se caracteriza como tal a utilizada 
diretamente sobre o produto. Portanto, o custo de mão de 
obra direta varia com a produção, enquanto que a folha 
relativa ao pessoal da própria produção é fixa. 
Nesse caso, então, podemos considerar que:
O custo com a mão de obra direta é variável em relação 
à produção, já a folha de pagamento, mesmo que seja relativa 
ao pessoal da produção, é um custo fixo.
Na elaboração e apreciação dos custos com a mão de 
obra devemos identificar quais são os custos que integram 
a mão de obra de um funcionário, para que possa ser mais 
esclarecedor em relação às decisões que poderão ser tomadas 
no curto prazo. A legislação trabalhista reza em suas doutrinas 
Contabilidade de Custos 36
que além do salário contratual é de direito do trabalhador 
alguns proventos.
Para Aristeu Oliveira (2001, p. 65), os principais 
proventos existentes na folha de pagamento são: salário, horas 
extras, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, 
adicional noturno, salário-família, diárias para viagem e 
ajuda de custo; e os principais descontos são: quota de 
previdência, imposto de renda, contribuição sindical, seguros, 
adiantamentos, faltas e atrasos, vale-transporte.
Nessa apreciação, devemos considerar que essa é uma visão 
global de proventos que podem integrar a folha de pagamento 
dos funcionários, sendo indispensável fazer uma ressalva, já que 
para cada tipo de atividade e ocupação teremos proventos de 
acordo com as devidas ocupações funcionais dos trabalhadores. 
Ainda fazendo uma apreciação aos proventos de direito 
que o trabalhador possui no labore de sua função, iremos 
citar os mais usuais, para que no final desta aula todos possam 
identificar o custo da hora homem trabalhada.
Na Consolidação das Leis Trabalhistas, Lei nº 5.452, de 1 
de maio de 1943, em seu artigo 457, temos que os proventos:
Compreendem na remuneração do 
empregado, para todos os efeitos legais, 
além do salário devido e pago diretamente 
pelo empregador, como contraprestação do 
serviço, as gorjetas que receber (BRASIL, LEI 
Nº 5.452, 1943).
Então, toda remuneração paga ao empregado, além do 
salário, devemos considerar como remuneração. Entre estas 
podemos, inclusive, destacar as seguintes remunerações: 
comissões, percentuais, gratificações ajustadas, diárias de 
viagem e abonos pagos pelo empregador ao empregado.
Devemos observar que não se incluem nos salários as 
ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não 
excedam 50% do salário percebido pelo empregado.
Ao empregado confere o direito de férias. Como celebra 
o art. 142 da CLT, o empregado perceberá, durante as férias, 
a remuneração que lhe for devida na data de sua concessão. 
Além das verbas de direito sobre as férias o trabalhador terá 
o direito de mais 1/3 ( um terço ) de férias sobre sua remuneração.
Sendo importante destacar que todo empregado terá 
direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem 
prejuízo em sua remuneração. Normalmente o empregado 
terá direito a 30 dias de férias corridos quando não houver 
faltado ao serviço mais de 05 vezes no ano.
Tabela 1 - Férias
Empresa América Ltda.
Funcionário Reginaldo José da Silva Admissão 03.2011
Função Montador
Departamento Indústria
Remuneração R$ 1.600,00
Demonstrativo de Férias 
Férias R$ 1.600,00
1/3 de férias R$ 533,33
Total de férias R$ 2.133,33
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
Neste momento, podemos verificar que o funcionário irá 
receber o valor correspondente ao salário do mês em férias 
mais um terço deste salário de férias, que somados teremos 
um total de R$ 2.133,33 referentes às férias desse colaborador.
Outro evento de direito dos colaboradores é o décimo 
terceiro salário, que corresponde a um salário extra a todo 
trabalhador que tenha trabalhado na empresa durante os 12 
meses do ano, ou período proporcional a 12 meses. 
Sendo assim, em alguns casos o trabalhador terá direito 
ao décimo terceiro salário. Há empresas que costumam, 
inclusive remunerar o colaborador com décimo quarto salário. 
Normalmente, isso ocorre quando se estabelece metas de 
produção e elas são alcançadas.
Mas quanto custa a hora homem para a empresa?
Aos colaboradores cabe o direito aos salários, férias, um 
terço de férias, décimo terceiro salário e outros proventos que 
são a eles garantidos por lei. Devemos destacar que muito 
embora a empresa esteja obrigada ao pagamento de todos 
esses proventos ao trabalhador, ela tem também a seu encargo 
o pagamento das obrigações sociais, obrigações estas que 
incidem sobre a folha de pagamento, como INSS e FGTS.
Essas obrigações, para a empresa, podem chegar até 
33,8% dafolha de pagamento. Sendo assim, um funcionário 
com salários de R$ 1.000,00 chega a custar para a empresa 
cerca de R$ 333,80 além do seu salário mensal.
Tabela 2 – Demonstração dos encargos sociais
Descrição Valores Percentual %
Salário 1.000,00
INSS 200,00 20%
Terceiros 58,00 5,8%
FGTS 80,00 8%
Total 1.338,00 33,8%
A atividade que o funcionário desempenha dentro 
da empresa não pode ultrapassar ao número de 220 horas 
semanais, sendo esse o número máximo de horas que um 
empregado deve cumprir no desenvolvimento de suas 
atividades na empresa. 
Dentro dessa relação empregado/empregador deve-
se levar em conta uma questão muito importante que diz 
respeito às faltas, pois ela comprometem, e muito, os custos 
operacionais da empresa, principalmente, faltas justificadas, 
aquelas que vêm acompanhadas de atestado médico. Pois, 
essas faltas justificadas acabam sendo abonadas e, com isso, os 
custos tendem a aumentar cada vez que isso ocorre.
2.2 - Cálculo do custo da hora 
trabalhada
Agora iremos a um exemplo, onde será apresentado o 
custo da hora homem. Observe que:
Antonio Carlos Martins desenvolve atividade de torneiro mecânico, 
na empresa Alfa Inox Ltda. Durante o ano de 2011, o salário desse 
funcionário foi de R$ 2.000,00 ao mês. Ele recebeu férias e décimo 
terceiro e, em alguns dias, precisou ausentar-se da empresa para 
37
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
tratamento médico, cerca de 7 dias. 
A pergunta que faço a todos é o quanto custou a hora homem desse 
funcionário na empresa em questão?
Para que essa pergunta possa ser respondida, devemos apresentar um 
demonstrativo que apresente esse custo por hora homem.
Até o momento, sabemos que o custo desse funcionário é 
de R$ 35.680,09 ao ano, porém, devemos destacar quantos dias 
realmente foi produtivo, ou melhor, foi trabalhado. Vale lembrar que 
os sábados e domingos são esporádicos, pois temos alguns meses 
do ano com mais de quatro domingos ou sábados no mês.
Muito bem, agora já sabemos qual é o custo total desse 
funcionário e ficou claro que durante o ano de 2011 ele 
trabalhou/produziu por cerca de 249 dias. 
Devido à complexidade da legislação trabalhista brasileira, 
apresentamos a seguir uma sequência de regras para apurar o 
custo da hora trabalhada: 
• 1ª regra: Determinar os rendimentos anuais do 
trabalhador:
Rendimento Fórmula
Salário anual 11 meses x salário mensal
13º Salário Proporcional 01 salário mensal por ano de trabalho
Férias Proporcionais 01 salário mensal por ano de trabalho
1/3 sobre férias Férias proporcionais 1/ 3
Rendimento Anual Somatória dos itens acima
Consideramos 11 meses trabalhados, porque 1 mês é de 
direito do colaborador para gozar férias. Cada cargo tem os seus 
rendimentos determinados por lei, conforme demonstramos acima.
• 2ª regra: Determinar os encargos sociais que incidem 
sobre os rendimentos:
Encargos sociais Percentual sobre os rendimentos
INSS empresa (+ ou -) 20 %
Sistemas S (+ ou -) 2,8 %
Seguro Acidente de Trabalho (+ ou -) 3 %
FGTS 8 %
Encargos Sociais Totais (+ ou -) 33,8 % dos encargos sociais
Os encargos sociais acima representam os percentuais 
médios, pois estes variam de empresa para empresa de acordo 
com o seu ramo de atividade. Eles representam o que a empresa 
recolhe aos órgãos públicos. Não estão incluídos os encargos 
sociais descontados dos colaboradores.
• 3ª regra: Determinar os direitos e benefícios do 
trabalhador:
Direitos e benefícios Valor
Transporte até o local de trabalho Os valores variam de acordo com a 
empresa. 
Alimentação 
Auxílio periculosidade 20% do salário mínimo
Auxílio insalubridade 20% do salário mínimo
Plano de saúde 
Gasto Total Com Direitos E Benefícios Somatória
Acima exemplificamos os direitos e benefícios básicos 
que todas as empresas praticamente concedem aos seus 
colaboradores. Cada empresa pode aumentar o número de 
direitos e benefícios, uma vez que usamos tais benefícios para 
motivar o nosso colaborador.
Lembramos que os valores devem ser anuais. Os auxílios 
mencionados acima são apenas atividades que se enquadram 
como perigosas ou insalubres e que dão direito ao recebimento.
• 4ª regra: Determinar os gastos anuais com 
equipamentos e uniformes:
Equipamento Valor
Uniformes
Equipamentos de segurança
Gasto Total com Equipamentos Somatória
Os uniformes e equipamentos são de obrigação 
da empresa fornecer. Devemos calcular o valor gasto 
anualmente com cada colaborador. Vale lembrar que existem 
equipamentos de proteção que chegam a valer mais de R$ 
10.000,00 e possuem uma vida útil limitada em horas de uso.
• 5ª regra: Determinar o gasto anual com o colaborador:
Proventos Ano
2.000,00 11 meses 2.200,00
2.000,00 13º salário 2.000,00
2.000,00 Férias 2.000,00
2.000,00 1/3 férias 666,67
Total Ano 26.666,67
O valor dos gastos totais apurados acima é a somatória 
de todos os gastos que tivemos durante um ano de trabalho 
com esse colaborador.
• 6ª regra:
Encargos Ano
INSS 25,8% 26.666,67 6.880,00
FGTS 8% 26.666,67 2.133,34
9.013,34
Gastos totais = 26.666,67 + 9.013,34 = 35.680,01
• 7ª regra: Determinar o total de horas trabalhadas no ano:
Unidade Cálculo Quantidade de dias
Dias no ano + 365
Descanso semanal 
remunerado + ou -
- 48
Feriados + ou - - 12
Férias - 30
Total de Dias Úteis = 275
Jornada de trabalho Normal 44 horas semanais
Total de Horas Úteis 
no Ano 
Jornada diária x dias 
úteis
Contabilidade de Custos 38
A jornada semanal é determinada em função da profi ssão do 
colaborador. Por exemplo: a maioria dos colaboradores possui uma 
jornada semanal de 44 horas, mas os bancários e as telefonistas têm 
a jornada reduzida para 30 horas semanais
Os descansos semanais e feriados são determinados 
com base no calendário local, principalmente os feriados que 
variam de localidade para localidade.
• 8ª regra: Determinar o custo por hora trabalhada. 
Com as informações acima podemos calcular o valor de uma 
hora trabalhada, que faremos através da seguinte fórmula:
O custo apurado acima expressa exatamente o custo de 
uma hora de trabalho de cada trabalhador.
Custo por hora = 35.680,03 / (7,33 horas dia x numero 
de dias trabalhados)
Custo por hora = 35.680,03/ 220 horas 
Custo por hora = 16,21 por hora.
Devemos lembrar que o custo deste funcionário será 
de R$ 16,21 por hora, sendo importante ratear este valor aos 
produtos que serão elaborados.
2.3 - Contabilização do custo com 
mão de obra direta
O gasto com mão de obra direta é contabilizado em duas 
contas:
• Perdas: A cada hora que o colaborador fica parado, por 
qualquer motivo, significa que o mesmo não produziu. Portanto, 
contabilizamos diretamente no resultado como perdas. São 
exemplos de perdas com mão de obra: o tempo parado por 
máquinas quebradas, as greves legais e as faltas abonadas.
• Custo do produto: A cada hora trabalhada do colaborador 
em determinado produto contabilizamos em seu custo.
Agora entendemos por que o salário do colaborador é 
fixado por mês e o custo com mão de obra direta é variável: 
porque contabilizamos no custo do produto apenas o tempo 
que ele realmente trabalhou. 
Os gastos com aviso prévio e indenizações contabilizam 
como despesas, porque não conseguimos prever.
Chegamos, assim, ao final de nossa quinta aula. 
Esperamos que agora tenha ficado mais claro o entendimento 
de vocês sobre mão de obra. 
Após conferir o resumo-chave e as sugestões de livros e 
sites para pesquisa complementar, vamos fazer uma pequena 
pausa, antes de iniciarmos nossa sexta aula, quando então 
trataremos a respeito da margem de contribuição.
Retomando a aula
Para encerrar a Aula 05, convidamos vocês a 
recordarem o que estudamos até aqui:
 1 - Mão de Obra: História, Conceito e Legislação 
Aprendemos que a mão de obra compreende o trabalho 
das pessoas aplicado direta ou indiretamente na fabricação de 
um produto. A mão de obra pode ser direta ou indireta, dentro 
do processo produtivo oude prestação de serviço. A mão de 
obra direta age diretamente na produção de um determinado 
produto enquanto que a mão de obra indireta não.
Devemos sempre destacar que os custos com mão de 
obra não correspondem apenas aos gastos com salários, 
mas engloba todos os gastos com as pessoas envolvidas na 
produção, sendo esses gastos todos aqueles decorrentes da 
folha de pagamento.
2 - Mão de Obra: Obrigatoriedades e Custos 
Vimos que o custo de mão de obra direta varia com a 
produção, enquanto que a folha relativa ao pessoal da própria 
produção é fixa. 
A legislação trabalhista reza em suas doutrinas que além 
do salário contratual é de direito do trabalhador os seguintes 
proventos: salário, horas extras, adicional de insalubridade, 
adicional de periculosidade, adicional noturno, salário-família, 
diárias para viagem e ajuda de custo, férias, um terço de férias, 
décimo terceiro salário, entre outros. Os principais descontos 
são: quota de previdência, imposto de renda, contribuição 
sindical, seguros, adiantamentos, faltas e atrasos, vale-
transporte.
Outros proventos que são garantidos por lei, são o 
pagamento das obrigações sociais, obrigações estas que 
incidem sobre a folha de pagamento, como INSS e FGTS.
Vale a pena
Vale a pena ler
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária: 
matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, 
orçamento empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. Livro de 
Exercícios. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
______. Contabilidade de Custos. 9. ed. Atlas, 2009. 
OLIVEIRA, Aristeu. CLT Consolidação das Leis do 
Trabalho. São Paulo: Atlas, 2001.
MUSSAK, E. Metacompetência: uma nova visão do trabalho 
e da realização pessoal. 2. ed. São Paulo: Gente, 2003.
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Escrituração Contábil. Disponível em: <http://www.
nfe.fazenda.gov.br>.
Atividades da Aula 05
Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nossa 
aula, na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que 
deverão ser respondidas e enviadas dentro dos prazos estabelecidos. 
Minhas anotações

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