Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anemias Hereditárias e Anemias Hemolíticas Especialização em Hematologia Clínica e Banco de Sangue Profª Keila Correia de Alcântara Biomédica UCG/Goiânia Mestrado e Doutorado em Medicina Tropical/Imunologia– UFG/IPTSP UFG/ Faculdade de Farmácia: Hematologia; Estágio em Análises Clínicas ; PPG-AAS; Vice-coordenação do Laboratório Universitário Rômulo Rocha – Faculdade de Farmácia - 2016 UFG/Hospital das Clínicas: Vice-coordenação da Residência multiprofissional em 2014 Professora do PRMS – Hematologia e Hemoterapia e UE. 21/11/2017 2Profª Keila Correia de Alcântara “Nada é por acaso. Deus não joga dado”! 21/11/2017 3Profª Keila Correia de Alcântara "Quando alguém pensa que ainda pode aprender, progride espiritualmente; mas quando pensa que já sabe tudo, torna-se idiota." (Friedrich von Logau) "Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender." (Alvin Toffler) "Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende." (Leonardo da Vinci) Parabéns a vocês que estão aqui dispostos a aprender um pouco mais!! Que eu possa ser a mediadora de parte deste processo de aprendizagem. Keila Correia de Alcântara 21/11/2017 4Profª Keila Correia de Alcântara Plano de Aula Sexta-feira • 19:00h – Início das atividades. Reconhecer as expectativas do grupo. Apresentação do conteúdo programático. • 20:00h – Resgatar o conceito de anemia. Como classificar as anemias. O hemograma como pista diagnóstica. • 21:00h – Intervalo • 21:20h – Princípios da hereditariedade. Diferenciar fisiologicamente e laboratorialmente hemólise intra e extravascular. • 23:00h – Encerramento do dia. Profª Keila Correia de Alcântara 621/11/2017 Sábado • 08:00h – Revisitando a hemácia. Estrutura da membrana: anemias corpusculares por defeito de membrana. Via metabólica nas hemácias: eritroenzimopatias. • 9:00h – Revisitando a hemoglobina. Estrutura e função. Síntese do Heme: Porfirias. • 10:00h – Intervalo • 10:20h – Síntese das hemoglobinas. Regulação temporal da síntese das globinas. Principais hemoglobinas variantes. Profª Keila Correia de Alcântara 721/11/2017 • 12:00h – 14:00h: intervalo para almoço. • Tarde: • Anemia falciforme e Talassemias. • Anemias hemolíticas extra-corpusculares. Profª Keila Correia de Alcântara 821/11/2017 Domingo • Encerramento do módulo. Profª Keila Correia de Alcântara 921/11/2017 Vamos começar? 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 10 O hemograma como pista diagnóstica! Cell-Dyn 1800 Hematology Analyzer • Sangue total: – Aspirado, diluído e dividido em duas amostras – Cels vermelhas e plaquetas – Células brancas e hemoglobina. • Impedância elétrica. • No canal RBC – hemácias e plaquetas: contadas e discriminadas por impedância elétrica. – Partículas entre 2 e 20 fL = plaquetas – Partículas ≥ 36 fL = hemácias • O Reagente de lise – dilui amostra, conta leucócitos – Colapso na membrana dos leucócitos ao redor do núcleo – Tamanho do núcleo. • Após a contagem dos leucócitos: – diluição lisada é transferida para o canal de hemoglobina – dosagem da hg. ERITROGRAMA • É a parte do hemograma que avalia a massa eritróide circulante • Avaliação : quantitativa e qualitativa • Avaliação quantitativa: * contagem de eritrócitos * dosagem da hemoglobina * hematócrito * índices hematimétricos VCM, HCM e CHCM. – Hematocrito (Hct) é o volume de células vermelhas comparado ao volume total de sangue. – Na automação é calculado: • VCM x RBC • Fontes de erro: – Dependente da contagem de RBC e do VCM; – Não é tão sensível como a técnica manual. Cálculo do hematócrito (%) Ht = 40% Microcitose “Normocitose” Macrocitose Hct x VCM x RBC • Correlacionando os valores de HcT e Hb – Hb x 3 = HcT – Examplo: 14.8 x 3 = 44 (resultado do hematócrito do paciente é aproximadamente 45 %) – Não é válido nos casos de hipocromia. • VCM - Volume Corpuscular Médio – na automação derivado do histograma. – VCM = HcT x 10 ÷ E (fL) – VR = 80 a 100fL • HCM –é o conteúdo médio de hemoglobina por eritrócito – HCM=Hb x 10 ÷ E (pg/dl) – Hb = g/dL 106/10-6L Hb = g/100 . 10-3L Hb = g . 10 . 10-12 picogramas 1012L – Valores normais: 24-33pg/dL • CHCM - é a percentagem de hemoglobina em 100 ml de hemácias – CHCM= Hb / Ht x 100 – Valores normais 31-36% Hipercromia Normocromia Hipocromia RDW • RDW (Red blood cell Distribution Width) – é a expressão numérica da anisocitose (presença de diferentes tamanhos de hemácias) • Inversamente proporcional a homogeneidade da população eritróide • Valores normais: 11 a 14,5 HISTOGRAMA • Normal • Anemia microcítica • Anemia macrocítica • Dupla população hemática Histogramas das RBCs e Plaquetas The black line represents normal cell distribution. The red line on the RBC histogram graphically represents a Microcytic red cell population. – 36- 360 fl – (24- 36 fl ) : 1- RBCs fragments 2- WBC's fragments 3- Giant plts 4- Microcyte – Desvio a direita: - Leukemia - Macrocytic anemia - Megaloblastic anemia Desvio a esquerda: - Microcytic anemia (IDA) Bimodal - Cold agglutinin - IDA, Megaloblastic anemia with transfusion. -Sideroblastic anemia. Trimodal - Anemia with transfusion Red Cells Histogram Fonte de erros • Na contagem de células: • Crioaglutininas- <RBC e >>>VCM • HcT e CHCM: incorretos • Quando? MNI, linfomas, Pneumonia por Mycoplasma. • Hemácias aglutinadas no esfregaço: – Aqueça a amostra s 37°C e repita a análise. • Hemácias fragmentadas ou muito microcíticas – <<RBC – Flag para plaquetas: histograma plaquetário anormal – Desvio a esquerda no RDW e à direita no PDW • Plaquetas gigantes: Tamanho das hemácias Cauda à direita no PDW e a esquerda no RDW. • NRBC: eritroblastos – Interferência na contagem WBC. – Em alguns instrumentos serão contados como leucócitos/linfócitos. 21/11/2017 34Profª Keila Correia de Alcântara ANEMIA? Anemia é uma condição na qual a capacidade das células vermelhas de transportar oxigênio é insuficiente para suprir as necessidades fisiológicas, as quais variam com a idade, gênero, altitude, hábito de fumar e gravidez. (OMS, http://www.who.int/topics/anaemia/en/. Acessado em 01/05/2010) 35Profª Keila Correia de Alcântara21/11/2017 http://www.who.int/topics/anaemia/en/ CLASSIFICAÇÃO 36Profª Keila Correia de Alcântara21/11/2017 • Eritrócitos • Hemoglobina • Hematócrito • VCM • HCM • CHCM • RDW MORFOLOGIA EFEITOS 37Profª Keila Correia de Alcântara21/11/2017 Normocítica e Normocrômica VCM = 80 - 100fL HCM= 28 - 32pg Microcítica e hipocrômica VCM < 80fL e HCM < 27pg Macrocítica VCM > 100 fL CAUSAS? 38Profª Keila Correia de Alcântara21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 3921/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 4021/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 4121/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 4221/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 4321/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 4421/11/2017 45Profª Keila Correia de Alcântara HEREDITARIEDADE? 21/11/2017 Hereditariedade • O monge Gregor Mendel (1822 – 1884) realizou experimentações com ervilhas cultivadas em seu jardim, no mosteiro de Brunn, na Áustria. • Experimentos bem elaborados e um ponto de vista conceitual permitiram a Mendel a formulação dos princípios fundamentais da herança. Profª Keila Correia de Alcântara 4621/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 4721/11/2017 1ª Lei de Mendel – Lei da segregação dos fatores Profª Keila Correia de Alcântara 48 Amarela x Amarela Verde x Verde 21/11/2017 1ª Lei de Mendel - Lei da segregação dos fatores Amarela x Verde Amarela (F1)x Amarela (F1) Profª Keila Correia de Alcântara 4921/11/2017 1ª Lei de Mendel • Toda característica é determinada por um par de fatores (genes). • Os dois alelos de cada gene presentes em um indivíduo segregam-se (separam-se) na formação dos gametas. • Assim cada genitor contribui com metade dos genes enviados para a prole. Profª Keila Correia de Alcântara 5021/11/2017 1ª Lei de Mendel: lei da segregação dos fatores • Os caracteres ou os traços dos pais passam como "unidades", os fatores individuais de "Mendel" (que nós chamamos agora "genes") às gerações sucessivas de acordo com relações do jogo. • Os indivíduos possuem dois jogos dos fatores: um de cada um. • Não faz nenhuma diferença se qualquer um caráter for herdado do macho ou da fêmea: ambos contribuem da mesma maneira. Profª Keila Correia de Alcântara 5121/11/2017 1ª Lei de Mendel: lei da segregação dos fatores • Os caracteres ou os traços dos pais passam como "unidades", os fatores individuais de "Mendel" (que nós chamamos agora "genes") às gerações sucessivas de acordo com relações do jogo. • Os indivíduos possuem dois jogos dos fatores: um de cada um. • Não faz nenhuma diferença se qualquer um caráter for herdado do macho ou da fêmea: ambos contribuem da mesma maneira. Profª Keila Correia de Alcântara 5221/11/2017 1ª Lei de Mendel: lei da segregação dos fatores • expressos ou escondidos, mas nunca perdidos. • Cada "unidade" é passada geralmente (mas não sempre), independentemente de todas "unidades restantes". Profª Keila Correia de Alcântara 5321/11/2017 Gene Profª Keila Correia de Alcântara 54 Alelos Alelos: fatores alternativos (genes) que conferem as formas distintas de uma característica Loco A p Loco B q Alelos Alelos 21/11/2017 Cromossomo • Molécula de DNA que apresenta vários genes. • O número de cromossomos varia de espécie para espécie. • Homem → 46 cromossomos • Cachorro → 76 cromossomos • Drosófila → 8 cromossomos • Arroz → 24 cromossomos Profª Keila Correia de Alcântara 5521/11/2017 Cromossomos Homólogos • Um enviado pela mãe e outro pelo pai. • Apresentam os mesmos genes nos mesmos loci gênicos. • Encontrado em indivíduos 2n (diplóides). Profª Keila Correia de Alcântara 5621/11/2017 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 57 Genótipo x Fenótipo • Genótipo – Conjunto de genes (constituição genética) que um indivíduo possui. – Não pode ser observado. – Representado por letras. • BB, aa, Dd, etc... • Fenótipo – Características manifestadas por um indivíduo. – Determinado pelo genótipo – Muitas vezes o fenótipo resulta da interação entre genótipo e ambiente. • Ex.: pessoa branca + sol = pessoa morena Profª Keila Correia de Alcântara 5821/11/2017 Homozigose x Heterozigose • Homozigose • Seres diplóides apresentam duas cópias de cada gene → cada um em um cromossomo homólogo. • O indivíduo homozigoto apresenta dois alelos de um gene iguais, sejam eles genes dominantes ou recessivos. • Ex: AA, bb, ZZ, pp. • Heterozigose • Indivíduos que apresentam dois alelos DIFERENTES de um gene são chamados heterozigotos. • Ex.: Aa, Bb, Pp, Zz... Profª Keila Correia de Alcântara 5921/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 6021/11/2017 Dominância x Recessividade • Dominância – Alelos que se expressam da mesma forma nas condições homozigótica e heterozigótica são chamados dominantes. – Ex: Indivíduos RR e Rr para o fator Rh são Rh+. • Recessividade – Característica que se expressa apenas em homozigose – Ex.: o alelo r, uma vez que um indivíduo rr é Rh-. Profª Keila Correia de Alcântara 6121/11/2017 A Segregação Independente de Genes ou Segunda Lei de Mendel • Na meiose, a separação dos alelos de um gene (Aa), localizados em um par de cromossomos homólogos, não interfere na separação dos alelos de um outro gene (Bb) localizados em outro par de homólogos. • Os alelos de genes localizados em diferentes pares de cromossomos homólogos têm segregação independente. Profª Keila Correia de Alcântara 6221/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 6321/11/2017 Herança monogênica • Conceito: É aquela determinado por um único gene, ou seja, pelos alelos possíveis em um único locus. • Localização: quando os genes se localizam em cromossomos autossomos é dita autossômica. Quando em cromossomos sexuais é dita herança ligada ao sexo Profª Keila Correia de Alcântara 6421/11/2017 Herança monogênica mendeliana • Classificação: • Autossômica dominante; • Autossômica recessiva; • Dominante ligada ao sexo; • Recessiva ligada ao sexo. Profª Keila Correia de Alcântara 6521/11/2017 O padrão de herança autossômica dominante • Em geral, o afetado é heterozigoto, quando se trata de um caráter raro e seu parceiro(a) é homozigoto para o alelo normal. A probabilidade de um filho ser afetado é de 50% e independe do sexo. Profª Keila Correia de Alcântara 6621/11/2017 Síndrome de Blackfand-Diamon (DBA) • Aplasia eritróide congênita • Diminuição dos progenitores eritróides na medula óssea • Variedades de anormalidades congênitas: – Malformações craniofaciais, alterações cardíacas, malformações urogenitais... • Autossômica Dominante. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 67 Anemias Diseritropoéticas Congênitas • Transtorno familiar caracterizado por anemia, com eritroblastos multinucleados, cariorrexia, assincronia nas maturações nuclear e citoplasmática e várias anormalidades nucleares nos precursores eritrocíticos da medula óssea (células progenitoras eritróides). Dos 3 tipos, o tipo II é o mais comum, (freqüentemente citado como HEMPAS, com base na multinuclearidade Eritroblastária Hereditária) com resultado positivo para o teste do soro acidificado. Profª Keila Correia de Alcântara 6821/11/2017 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=anemia&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=eritroblastos&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=anormalidades&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=medula+%C3%B3ssea&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=medula+%C3%B3ssea&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=medula+%C3%B3ssea&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=c%C3%A9lulas+progenitoras+eritr%C3%B3ides&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=c%C3%A9lulas+progenitoras+eritr%C3%B3ides&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=c%C3%A9lulas+progenitoras+eritr%C3%B3ides&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=c%C3%A9lulas+progenitoras+eritr%C3%B3ides&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=c%C3%A9lulas+progenitoras+eritr%C3%B3ides&lang=3 http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=soro&lang=3 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 69 CDAI: ANEMIA DISERITROPOIÉTICA CONGÊNITA Herança Autossômica Recessiva Os distúrbios autossômicos recessivos expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto, devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor . Profª Keila Correia de Alcântara 70 Em geral, os progenitores são normais e heterozigotos Fenótipo é expresso apenas em homozigotos. 21/11/2017 Anemia falciforme 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 71 Talassemia alfa Profª Keila Correia de Alcântara 7221/11/2017 Talassemia beta Profª Keila Correia de Alcântara 7321/11/2017 74Profª Keila Correia de Alcântara HEMÓLISE? 21/11/2017 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 75 Hemoglobinemia Haptoglobina S.R.E Hemoglobina livre oxida Hematina Albumina + Hematina Hemopexina + Hemoglobina livre não oxidada Hemoglobinúria Hemólise extravascular Eritrócito envelhecido Macrófago englobando Profª Keila Correia de Alcântara 7621/11/2017 Hemólise extravascular - Baço 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 80 S.R.E Ferro Transferrina Globina Protoporfirina Bilirrubina IndiretaBilirrubina Direta Urobilinogênio Icterícia • Refere-se a cor amarelada da pele e escleras • Causada por: bilirrubina no sangue deposição de bilirrubina • Não é uma doença • Indica uma condição anormal Profª Keila Correia de Alcântara 8121/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 82 Hemólise Produção de bilirrubina ICTERÍCIA Excreção de bilirrubina Lesão Hepática Obstrução Biliar 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 83 Tipos de icterícia • Classificação • Icterícia hemolítica (pré-hepática) • Icterícia obstrutiva (pós-hepática) • Icterícia hepatocelular (hepática) • Icterícia neonatal 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 84 Icterícia Hemolítica (Pré-hepática) • Ocorre após uma lise aumentada de hemácias - ex. anemia falciforme • produção de bilirrubina que é superior à capacidade de conjugação com ácido glicurônico pelo fígado Produção normal de bilirrubina 300 mg/dia Capacidade do fígado de conjugar e excretar a bilirrubina é de 3000 mg/dia 21/11/2017 Mecanismo de Hemólise • I- Anormalidade da membrana das hemácias • II- Anormalidades das enzimas eritrocitárias • III- Anormalidades da hemoglobina • IV- Fatores extrínsecos às hemácias Profª Keila Correia de Alcântara 8521/11/2017 Mecanismo de Hemólise I- Anormalidade da membrana das hemácias • II- Anormalidades das enzimas eritrocitárias • III- Anormalidades da hemoglobina • IV- Fatores extrínsecos às hemácias 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 86 I- Defeitos da Membrana 1 . Hereditárias: 1.1. Esferocitose 1.2. Ovalocitose 1.3. Piropoiquilocitose hereditária 1.4. Estomatocitose hereditária Profª Keila Correia de Alcântara 8721/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 8821/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 8921/11/2017 CASO 1 WRR- adaptado Eritrograma Resultados VR Eritrócitos milhões/mm3 3,8 4,0 – 5,2 Hb g/dL 12 12,0 – 16,0 Ht % 33 36 – 46 VCM fL 87 80 – 100 HCM pg 31,6 26– 34 CHCM % 36,4 31 – 37 RDW 20 11 – 15,5 SEXO: F IDADE: 30 anos IC: rotina Hipótese • Anemia ferropriva • Anemia megaloblastica • Eliptocitose • Esferocitose Membrana eritrocitária Profª Keila Correia de Alcântara 95 The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. 21/11/2017 http://www.sinauer.com/ Profª Keila Correia de Alcântara 9621/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 9721/11/2017 • Hemácias elípticas e anemia hemolítica de gravidade variável • Caucasóides 1/ 3.000 hab. e 0,6% do negros da África Equatorial • Herança Autossômica Dominante Profª Keila Correia de Alcântara 98 Eliptocitose Hereditária (ElH) 21/11/2017 Etiopatogenia da Eliptocitose • Defeitos na auto-associação dos heterodímeros de espectrina; • Defeitos na proteína 4.1; • Deficiência de glicoforina c. Profª Keila Correia de Alcântara 9921/11/2017 Manifestações Clínicas • Variabilidade clínica: do assintomático até anemia grave; • Forma leve: ausência de anemia e esplenomegalia (discreta reticulocitose). • Formas graves: – Intensa fragmentação das hemácias – Poiquilocitose – Eliptocitose e esferocitose 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 100 CASO 2 Eritrograma Resultados VR Eritrócitos milhões/mm3 1,5 4,0 – 5,2 Hb g/dL 5,0 12,0 – 16,0 Ht % 13 36 – 46 VCM fL 86,7 80 – 100 HCM pg 33,3 26– 34 CHCM % 38,5 31 – 37 RDW 13 11 – 15,5 SEXO: F IDADE: 26 anos IC: esplenomegalia, icterícia WRR- adaptado Profª Keila Correia de Alcântara 10421/11/2017 Curva de fragilidade osmótica • Os eritrócitos de pessoas portadoras de esferocitose são mais frágeis que os eritrócitos normais em soluções com concentrações diferenciadas de NaCl (0,1%, 0,2% ... a 0,9%). A hemólise dos eritrócitos é avaliada percentualmente e comparada com o padrão de normalidade. Profª Keila Correia de Alcântara 10521/11/2017 a) Estomatocitose b) Esferocitose c) Anemia ferropriva d) Talassemia Beta menor Esferocitose Hereditária • Defeito genético autossômico dominante da espectrina; • Prevalência: 20 casos/100.000 nos caucasóides • Hb: entre 7 e 12 g/dL • Bilirrubina indireta: entre 1 e 4 mg/dL • Policromatocitose • Reticulócitos: entre 5 e 25% • Tratamento: esplenectomia entre 5 e 7 anos Profª Keila Correia de Alcântara 10721/11/2017 Etiopatogenia • Deficiência isolada de espectrina; • Deficiência combinada de espectrina e anquirina; • Deficiência de banda 3; • Deficiência de proteína 4.2 Profª Keila Correia de Alcântara 10821/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 10921/11/2017 Manifestações Clínicas • Anemia, Icterícia,Hipodesenvolvimento • Esplenomegalia • Laboratório – Hemograma VCM normal,CHCM – Reticulócitos – Bilirrubinas – Desidrogenase lática – Ferrocinética – Teste de Fragilidade osmótica dos eritrócitos Profª Keila Correia de Alcântara 11021/11/2017 Policromasia: Reticulócitos? Profª Keila Correia de Alcântara 111 Policromasia...reticulócitos? 21/11/2017 Piropoiquilocitose Hereditária • Defeito de membrana da proteína espectrina, com formação de heterodímeros. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 112 Manifestações Clínicas • Icterícia • Esplenomegalia • Colelitíase. • Laboratório – Hemograma : Anisocitose,Micropoiquilócitos,esquizócitos. Reticulocitose 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 113 Estomatocitose hereditária • Discreto a moderado graus de anemia hemolítica • Alteração na permeabilidade da membrana a cátions ( Na e K) – Xerocitose: desidratação – Hidrocitose: Hiper-hidratação • Herança é do tipo autossômica dominante. • Defeito da banda 7.2 da membrana eritrocitária 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 114 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 115 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 116 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 117 CASO 3 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 118 • Em uma paciente de 22 anos, aparentemente saudável, foi realizado um eritrograma como parte de uma campanha pró- saúde que revelou: • E – 3,8 teras/L • Hb – 12,0g/dL • HT – 33% • VCM • HCM • CHCM • Anisocitose++, hipocromia++, poiquilocitose+, ovalócitos ++ (cerca de 30%/campo) • Bilirrubinas: Total = 1,8 µg/dL, Direta = 0,2 µg/dL e Indireta = 1,6 µg/dL 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 119 CASO 4 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 120 • Uma mulher de 26 anos apresentou-se ao consultório médico queixando-se de fraqueza, “caroço” do lado esquerdo do abdômen (esplenomegalia) e icterícia, relatando que já havia sentindo tais sintomas desde a idade mais jovem. Relatou também que esse quadro tinha sido observado nos seus dois irmãos e na mãe, já falecida. • E – 1,46 teras/L; Hb – 5,2 g/Dl; HT – 13% • VCM; HCM; CHCM • Anisocitose++, macrócitos+, micrócitos+, esferócitos++ (cerca de 25%/campo) • Bilirrubinas: Total =3,1 µg/dL, Direta = 0,1 µg/dL e Indireta = 3,0 µg/dL 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 121 • Reticulócitos: 2,8%; Teste de Coombs direto: Negativo • Fragilidade Osmótica: aumentada (hemólise inicial à concentração salina de 0,7% e completo à concentração de 0,48% de NaCl). • A paciente foi esplenectomizada após duas transfusões de papa de hemácias. Noventa dias após, o eritrograma mostrava níveis normais de hemoglobina com poucos esferócitos e eritroblastos circulantes (2 por 10 leucócitos). 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 122 Mecanismo de Hemólise I- Anormalidade da membrana das hemácias II- Anormalidades das enzimas eritrocitárias • III- Anormalidades da hemoglobina • IV- Fatores extrínsecos às hemácias 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 123 Metabolismo eritrocitário • Via de Embden-Meyerhof • Degradação anaeróbia de 90% da glicose • Shunt de hexosemonofosfato ou via das pentoses • Degradação de 5 a 10% da glicose • Via de Luebering- Rapaport – Produção de 2,3 DPG • Via da metahemoglobina redutase – Redução da metahemoglobinaVia de Embden-Meyerhof • Produção de ATP, NADH e lactato • Produção de 1,3 DPG utilizado no shunt de Luebering Rapaport para produção de 2,3 DPG 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 126 Shunt da hexosemonofosfato (Via das Pentoses) • Produção de NADPH que em conjunto com a glutationa – Protege o eritrócito de lesão oxidativa. – Mantém glutationa ox (GSSG) em estado reduzido (GSH) • Não produz energia para o eritrócito 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 128 Via de Luebering- Rapaport • 2,3 DPG – Regula a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio – Promove a interação entre as cadeias beta – Presença da 2,3 DPG no interior da molécula facilita a liberação do oxigênio para os tecidos – Diminui a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio A 2,3 Difosfoglicerato 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 130 II-Eritroenzimopatias • Deficiência enzimática – Deficiências na via Embden-Meyerhoff -esgotamento energético prematuro e hemólise; • Deficiência de Piruvatoquinase (PK); • Deficiência de glicose-6-fosfatodesidrogenase (G6PD). 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 131 Deficiência da G-6-PD A deficiência em Glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é uma doença hereditária recessiva ligada ao cromossomo X (Xq28) que, frequentemente, desencadeia uma anemia hemolítica. • Sinais e sintomas: – icterícia prolongada, crise hemolítica em resposta a certas drogas, certos alimentos e acidose diabética. • Drogas e alimentos desencadeantes: – Sulfonamida, analógos da vitamina K, sulfonas, antipiréticos, analgésicos e antimaláricos. – Feijão de fava: leva ao portador desenvolver uma crise hemolítica, esta crise hemolítica antes era chamada de "favismo". 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 132 FISIOPATOGÊNESE • Glutationa reduzida: elimina metabolitos oxidativos na célula, converte H2O2 à H2O (glutationa peroxidase) (Yoshida & Beutler, 1986). • Geração de NADPH nas hemácias somente através da ação da G-6-PD no Shunt da hexose monofosfato (Scriver et al., 1995). – Maior sensibilidade ao estresse oxidativo; – É por isso que para pessoas deficientes de G6PD não são prescritos medicamentos oxidativos, pois as células vermelhas do sangue desses indivíduos não são capazes de lidar com esse estresse e segue-se consequentemente a hemólise. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 133 Formação dos Corpúsculos de Heinz • Hemoglobina oxidada e desnaturada: lesa membrana do eritrócito - hemólise. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 134 Deficiência da Piruvato Quinase (PK) • Autossômica recessiva; • Reduz produção de ATP; • Sem ATP: alteração no funcionamento da Bomba de Sódio- Potássio (hem. Espiculadas); • Diminui deformabilidade e com isso as hemácias são destruídas no baço. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 135 Curva de fragilidade osmótica • Os eritrócitos de pessoas portadoras de esferocitose são mais frágeis que os eritrócitos normais em soluções com concentrações diferenciadas de NaCl (0,1%, 0,2% ... a 0,9%). A hemólise dos eritrócitos é avaliada porcentualmente e comparada com o padrão de normalidade. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 136 Mecanismo de Hemólise I- Anormalidade da membrana das hemácias II- Anormalidades das enzimas eritrocitárias III- Anormalidades da hemoglobina • IV- Fatores extrínsecos às hemácias 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 137 21/11/2017 138 Hemoglobina? Profª Keila Correia de Alcântara PROERITROBLASTO ERITROBLASTO BASÓFILO ERITROBLASTO POLICROMÁTICO ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO RETICULÓCITO ERITRÓCITO 21/11/2017 139Profª Keila Correia de Alcântara • Efeito Bohr: modulação da afinidade da Hb por O2 pelo pH do meio, facilitando a desoxigenação da Hb a nível tecidual. HEMÁCIASPLASMATECIDOS Para entender o efeito Bohr , vamos ver como se dão as trocas de gases na Hb, e suas propriedades de tampão. 1. Nos tecidos, a pO2 é de 25 a 40 torr e o pH ligeiramente mais ácido (7,2-7,3). O CO2 produzido difunde-se para o plasma e para as hemácias. 2. Nas hemácias, o CO2 é convertido a H2CO3 pela enzima anidrase carbônica. 3. O H2CO3 se dissocia no íon bicarbonato HCO3 - e um próton H+. Parte do HCO3- (~60%) difunde para o plasma, onde constitue o principal sistema tampão. 4. Uma parte pequena (~8%) do CO2 liga-se diretamente ao resíduo N-terminal de cada globina, formando a carbamino-Hb. CO2 DIFUSÃO CO2 (1) H 2 CO 3 +H2OAnidrase carbônica (2) + Cl O HCO3 - transportado no plasma representa 60% do CO2 formado nos tecidos HCO 3 - HCO 3 - H + Cl (3) Hb NH3 + Hb NHCOO- (4) pO2 – 25 a 40 torr Célia R. Carlini UFRS HEMÁCIASPLASMATECIDOS Para entender o efeito Bohr , vamos ver como se dão as trocas de gases na Hb, e suas propriedades de tampão. 5. O próton H+ gerado da dissociação do H2CO3 é tamponado por histidinas que ligam o heme. 6. Ao receber o próton, a HbO2 sofre o efeito Bohr, que resulta em uma diminuição da afinidade pelo o O2, facilitando a desoxigenação. 7. Concordando com o efeito Bohr, a Hb oxigenada é mais ácida (pK ~7.4) do que a Hb desoxigenada (pK ~7.6 ). H 2 CO 3 +H2OAnidrase carbônica CO2 DIFUSÃO CO2 + Cl O HCO3 - transportado no plasma representa 60% do CO2 formado nos tecidos HCO 3 - HCO 3 - Cl H + Hb NH3 + FeO2 HH CC NN NHNH HCHC CC (5) Fe2+ HH CC NN NH2N HCHC CC Hb NHCOO- (5) (6) O2 DIFUSÃO (6) pO2 – 25 a 40 torr Célia R. Carlini UFRS HEMÁCIASPLASMAALVÉOLOS Para entender o efeito Bohr , vamos ver como se dão as trocas de gases na Hb, e suas propriedades de tampão. 8. No pulmão, a pO2 é de 100 torr e o pH é mais alcalino (pH ~7.6). 9. A Hb desoxigenada recebe O2 e libera os prótons H+ recebidos no tecido. O efeito Bohr agora resulta em um aumento da afinidade pelo o O2, facilitando a oxigenação. 10. Esses fatores fazem a anidrase carbônica catalizar a reação reversa, formando CO2 e H2O a partir de H2CO3, resultante da associação bicarbonato e H+. Hb NHCOO- Fe2+ HH CC NN NHNH2 HCHC CC FeO2 HH CC NN NNH HCHC CC Hb NH3 + O2 DIFUSÃO (9) pO2 – 100 torr (11) 11. O CO2 ligado à Hb é liberado. 12. O CO2 difunde para o plasma e daí para os alvéolos. H + + H2O Anidrase carbônica CO2 (10) O HCO3 - transportado no plasma representa 60% do CO2 formado nos tecidos + Cl HCO 3 - HCO 3 - H 2 CO 3 Cl (10) DIFUSÃOCO2 (12) Célia R. Carlini UFRS Síntese da hemoglobina 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 144 21/11/2017 145Profª Keila Correia de Alcântara Biossíntese do HEME 21/11/2017 146Profª Keila Correia de Alcântara 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 147 21/11/2017 148Profª Keila Correia de Alcântara Deficiências enzimáticas e porfirias 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 149 Porfirias • Grupo de doenças herdadas ou adquiridas que envolvem algumas enzimas participantes do processo de síntese do HEME. • Fatores ambientais, tais como: medicamentos, álcool, hormônios, dieta, stress, exposição solar e outros desempenham um papel importante no desencadeamento e curso destas doenças. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 150 Porfirias • Como o heme é sintetizado tanto na medula óssea (para a produção de hemoglobina), quanto no fígado (principalmente, como componente dos citocromos): – porfirias eritropoética; – porfirias hepáticas. • Segundo a forma de apresentação dos sintomas: – porfirias agudas, com predomínio sintomas neuropsiquiátricos e viscerais; – porfirias cutâneas, que se manifestam por foto-sensibilidade cutânea. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 151 Porfiria Eritropoética Congênita • Autossômico recessivo (raríssimo) • Desenvolve após o nascimento • Presença de pigmento vermelho na urina, eritrodontia, fotosensibilidade cutânea grave, anemia hemolítica, esplenomegalia. • O óbito é precoce e bem frequente. • Presença e coproporfirina e uroporfirina do tipo Ina urina • O defeito bioquímico mostra baixa atividade de Uroporfirinogenio- III sintase com aumento de ALA sintase. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 152 Síntese das Globinas 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 153 GENES DO CROMOSSOMO 11 RCG RCG 1 2 GENES DO CROMOSSOMO 16 21/11/2017 154Profª Keila Correia de Alcântara GENES DO CROMOSSOMO 11 RCG RCG 1 2 GENES DO CROMOSSOMO 16 GENES RELACIONADOS A SÍNTESE DE HEMOGLOBINA 21/11/2017 155Profª Keila Correia de Alcântara • Os genes RCG contém proteínas específicas (RNA polimerase) para cada um dos genes , , , E , e atuam respectivamente nas fases embrionárias (até esgotar a RNA polimerase para ), fase fetal (até se esgotar a RNA polimerase para ), e pós-nascimento nos genes e , até o fim da vida. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 156 Controle da expressão gênica das globinas (temporal) 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 157 http://globin.cse.psu.edu/globin/images/hb-composition.gif (acessado em 26/05/2011) http://globin.cse.psu.edu/globin/images/hb-composition.gif http://globin.cse.psu.edu/globin/images/hb-composition.gif http://globin.cse.psu.edu/globin/images/hb-composition.gif Composição protéica das cadeias globínicas 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 158 • ALFA: 141 AMINOÁCIDOS • DELTA: 146 AMINOÁCIDOS • GAMA: 146 AMINOÁCIDOS • BETA: 146 AMINOÁCIDOS • 75% DA COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DE CADA GLOBINA É HELICOIDAL. • OS AMINOÁCIDOS SE DISPÕEM INTERNAMENTE (HIDROFÓBICOS) E EXTERNAMENTE (HIDROFÍLICOS) A estabilidade da molécula 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 159 A ESTABILIDADE DA MOLÉCULA É REALIZADA POR AMINOÁCIDOS NÃO POLARES E HIDROFÓBICOS DAS GLOBINAS ALFA E BETA. Molécula altamente solúvel. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 160 ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA QUÍMICA DA MOLÉCULA POR TROCA DE AMINOÁCIDOS Hb A- pI 6.8 HbS - pI 6.85 HbG - pI 6.90 HbC - pI 6.95 Hb S: Glu (-) Val (o): pI 6.85 Hb G: Asn (o) Lis (+): pI 6.90 Hb C: Glu (-) Lis (+): pI 6.95 21/11/2017 161Profª Keila Correia de Alcântara Hemoglobinas variantes Mais de 1.100 mutações descritas Globin Gene Server Home Page. http://globin.cse.psu.edu MUTAÇÕES NAS REGIÕES EXTERNAS MUTAÇÕES OU DELEÇÕES NAS REGIÕES INTERNAS MUTAÇÕES NOS CONTATOS , , MUTAÇÕES NOS AMINOÁCIDOS DO PACOTE DO GRUPO HEME MUTAÇÕES NOS AMINOÁCIDOS QUE SE LIGAM AO GRUPO HEME 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 162 Mutações nos contatos - • NOS CONTATOS DE ESTABILIZAÇÃO: – Hb INSTÁVEIS • NOS CONTATO DE OXIGENAÇÃO: – Hb ANORMAIS COM ELEVADA AFINIDADE AO OXIGÊNIO • Hb INSTÁVEIS ANEMIA HEMOLÍTICA • Hb COM ALTA AFINIDADE AO O2 ERITROCITOSE 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 163 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 164 CASO 5 Eritrograma Resultados VR Eritrócitos milhões/mm3 1,8 4,0 – 5,2 Hb g/dL 4,9 11,5 – 15,5 Ht % 17 35 – 45 VCM fL 94,4 77 a 95 HCM pg 27,2 25– 33 CHCM % 28,8 31 – 37 RDW 18 11-15,5 SEXO: M IDADE: 12 anos IC: anemia ; icterícia WRR- adaptado Exames Resultados VR Bilirrubinas mg/dL Total Direta Indireta 5,3 0,3 5,0 Contagem de Reticulócitos % 9 Eletroforese de hemoglobina 90% HbS a) Talassemia beta maior b) Talassemia alfa c) Eritroblastose d) Anemia Falciforme Anemia Falciforme - drepanocitose 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 171 Anemia Falciforme • Doença autossômica recessiva; • 1835 - CRUZ JOBIM (BR); • 1846 - LEBBY (USA) • 1896 - HODENPY (USA) • 1910–HERRICK: descreve cientificamente a associação de grave anemia hemolítica com a presença de células afoiçadas (Sickle Disease). • ¾ dos casos de doença falciforme estão na África Sub-Saariana. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 172 PACIENTES NEGROS COM ANEMIA GRAVE; ICTERÍCIA e DORES AGUDAS Distribuição pelo mundo • Região dos trópicos 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 173 Distribuição da anemia falciforme na África Distribuição dos casos de malária http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/24/Sickle_cell_distribution.jpg http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/65/Malaria_distribution.jpg • 1949 - LINUS PAULING: DEMONSTROU QUE A ANEMIA FALCIFORME SE DEVIA A UMA HEMOGLOBINA ANORMAL COM MOBILIDADE DIFERENTE DA Hb A (NORMAL). A ESTA Hb ANORMAL DEU-SE O NOME Hb S (DE SICKLE CELL). 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 174 Sinais e Sintomas • CÉLULAS FALCIFORMES; • ANEMIA; • ICTERÍCIA; • DORES ARTICULARES E ABDOMINAIS; • ÚLCERAS NOS MEMBROS INFERIORES 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 175 VASOCLUSÃO 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 176 Proposed model of heme-induced stasis. John D. Belcher et al. Blood 2014;123:377-390 ©2014 by American Society of Hematology Fe Alfa Alfa B e ta S B e ta S O2 O2O2 O2 Alfa Alfa B e ta S B e ta S O2 + H2 H2O2 SOD H2O Catalase; GT O.O Alteração da bomba de Na, K, Ca e ATPase Aumento da CHCM Alteração da permeabilidade Fe Alfa Alfa B e ta S B e ta S Oxidação http://mri-q.com/hemichromes.html Corpos de Heinz Fe O.O Alteração da permeabilidade Oxidação Corpos de Heinz LESÃO E RIGIDEZ DA MEMBRANA DO ERITRÓCITO Peroxidação lipidica Deformabilidade irreversível Assimetria espectrina/actina Aderência ao endotélio Vaso-oclusão Hipercoagulabilidade Estase Reconhecimento imunológico Fagocitose pelas células do SRE Hemólise ANEMIA Interferentes ambientais MEIO AMBIENTE: POLUIÇÃO, HIGIENE, SANEAMENTO NUTRICIONAL: ALIMENTAÇÃO DEFICIENTE E DESBALANCEADA ATENÇÃO MÉDICA CARENTE CONDIÇÕES SÓCIO-CULTURAIS E ECONÔMICAS 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 180 Genótipos • SS: Anemia falciforme • S/Tal.: Microdrepanocitose • S/Tal.: Microdrepanocitose • S/PHHF (Persistência Hereditária de Hemoglobina Fetal): Doença falciforme • SC, SD, SG: Doença falciforme 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 181 Alterações hematológicas GENÓTIPOS Hb (g/dl) VCM % Hb S % Hb Clínica SS 7 - 9 N 90 - 100 2 - 10 G S/0 Tal 7 - 10 70 - 90 5 - 20 M - G S/+ Tal 9 - 11 50 - 80 5 - 10(*) M S/ Tal 9 - 11 80 - 90 10 - 20 (**) M S/PHHF 11 - 14 N 60 - 80 15 - 30 L SC/SD 9 - 13 N 45 - 50 - L • *: Presença de Hb A (10 a 40%), **: Presença de Hb H • G: Grave; M: Moderado; L: Leve 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 182 GENÓTIPOS ALTERAÇÕES Hb SS Falcização (++), Anisocitose, Policromasia, Reticulocitose S/ Tal Falcização (+), Microcitose, Dacriócitos, Reticulocitose Hb SC Cristais de Hb SC, Células em Alvo Hb S/ Tal Hb H na Eletroforese 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 183 CASO 6 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 184 • Em uma família de negros, os pais e dois filhos, um com 18 anos e outro com 16 anos, apresentavam-se sempre discretamente anêmicos com relato de icterícia ocasional. O filho caçula com 12 anos, estava sempre doente, anêmico, ictérico e, de vez em quando, necessitava de transfusão de sangue. Na ocasião do exame, o filho caçula tinha uma úlcera na perna direita. Um primeiro filho do casal, além dos três, morreu aos dois anos. Sem saber relatar a causa mortis, a mãe lembrou apenas de um “amarelão” e falta de urinar nas 24 horas que antecederam a morte. • Hemogramas dos 5 membros da família: 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 185 Hemogramas MÃE PAI FILHO 18 ANOS FILHA 16 ANOS FILHO 12 ANOS E teras/L 3,2 4,0 4,0 3,3 1,8 Hb g/dL 9,2 11,0 12 9,3 4,9 Ht % 26 34 35 26 17 VCM fL HCM pg CHCM % Morfologia eritrocitária Anisocitose Poiquilocito se Hipocromia Anisocitose Poiquilocito se Hipocromia Anisocitose Poiquilocitos e Hipocromia Anisocitose Poiquilocitose Hipocromia Anisocitose Poiquilocitose Drepanócitos eritroblastos Reticulócitos 1,2 1,0 1,7 1,3 8,8 Bilirrubinas Total Direta Indireta 1,3 0,2 1,11,2 0,2 1,0 1,4 0,1 1,3 1,1 0,3 0,8 5,3 0,3 5,0 Eletroforese de Hb HbA % HbS % 80 18 70 26 85 12 60 38 5 90 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 186 CASO 7 Eritrograma Resultados VR Eritrócitos milhões/mm3 2,3 3,7 a 5,3 Hb g/dL 4,1 10,5 – 13,5 Ht % 13,0 33 a 39 VCM fL 56,5 70 a 86 HCM pg 17,8 23 a 31 CHCM % 31,5 30 a 36 RDW 16 11-15,5 SEXO: M IDADE: 2 anos IC: ? Exames Resultados VR Bilirrubinas mg/dL Total Direta Indireta 10,3 1,5 8,8 0,2 a 1,0 0,1 a 0,4 0,1 a 0,6 HbF% HbA2 88 9 0-1 2 a 3 a) Talassemia Beta maior b) Talassemia Beta menor c) Talassemia alfa d) Anemia ferropriva 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara Talassemias 192 Thalassa = mar + Emia= sangue • Grupo de anemias hereditárias caracterizado pela síntese deficiente de uma ou mais cadeias globínicas; • 1925, Thomas Cooley: primeiro pesquisador a descrever a talassemia. • Inicialmente nos países banhados pelo mar mediterrâneo (talassemia beta); • Talassemia alfa: Ásia e África 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 193 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 194 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara GENÉTICA DESEQUILÍBRIO NA SÍNTESE GENÉTICA DAS GLOBINA ALFA E BETA NORMAL TAL. ALFA TAL. BETA 195 TALASSEMIA ALFA AS TALASSEMIAS ALFA OCORREM POR FALHA DO(S) GENE(S) QUE SINTETIZA(M) A GLOBINA ALFA. A DIMINUIÇÃO DA GLOBINA ALFA PREJUDICA SUA ASSOCIAÇÃO COM A GLOBINA BETA NORMAL - TAL. DOENÇA DE Hb H HIDROPSIA FETAL 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 197 NORMAL RCG 1 2 RCG 1 2 LESÃO NO GENE 2 Alteração gênica no cromossomo 16 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 198 NORMAL RCG 1 2 1 2 LESÃO NO GENE 1 Alteração gênica no cromossomo 16 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 199 Interferentes eritrocitários CONCENTRAÇÃO DA Hb S CONCENTRAÇÃO DA Hb FETAL INTERAÇÃO COM TALASSEMIA ALFA INTERAÇÃO COM DEFICIÊNCIA DE G-6PD INTERAÇÃO COM ESFEROCITOSE OU ELIPTOCITOSE 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 200 NORMAL RCG 1 2 1 2 LESÃO NO GENE RCG ( RNA polimerase para gene 1 ) Alteração gênica no cromossomo 16 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 201 TALASSEMIA ALFA 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 202 Fisiopatogenia da Talassemia Alfa • O desequilíbrio /, induz as globinas a se tetramizarem e formarem a Hb H (4); • Maior afinidade da hemoglobina pelo oxigênio; • Precipitação da hemoglobina; • Alterações na membrana da hemácia: – Destruição pelos macrófagos no baço; 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 203 Precipitação da hemoglobina H 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 204 Incapacidade fisiológica de distribuir oxigênio 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 205 Destruição dos eritrócitos 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 206 Efeitos da talassemia alfa detectados nos exames laboratoriais • NA LESÃO DE UM OU DE DOIS GENES ALFA: – PODE OCORRER AUSÊNCIA DE ANEMIA OU DISCRETO GRAU DE ANEMIA (Hb: 10 - 13 g/dl); – IDENTIFICAÇÃO DE Hb H NA ELETROFORESE ALCALINA; – Hb H INTRA – ERITROCITÁRIA. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 207 Fonte: P.C.NAOUM, 2001 Hb H EM ELETROFORESE ALCALINA 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 208 HbH INTRA - ERITROCITÁRIA NA LESÃO DE UM GENE ALFA 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 209 Fonte: P.C.NAOUM, 2001 Efeitos da talassemia alfa detectados nos exames laboratoriais • NA LESÃO DE TRÊS GENES ALFA: – DOENÇA DE Hb H; – ANEMIA MODERADA (9 - 10 g/dl) OU GRAVE (7 - 8 g/dl); – PRESENÇA DE CONCENTRAÇÃO ELEVADA DE Hb H (>15%); – MUITOS ERITRÓCITOS COM Hb H. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 210 Hb H NA DOENÇA DE Hb H 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 211 Fonte: P.C.NAOUM, 2001 HIDROPSIA FETAL NA TAL. ALFA HOMOZIGOTA OCORRE POR AUSÊNCIA TOTAL DE GLOBINA ALFA PODE OCORRER MORTE FETAL E ABORTO NÃO SOBREVIVE AO NASCIMENTO ANEMIA HEMOLÍTICA GRAVÍSSIMA ERITROBLASTOSE FETAL Hb BART’S (80 - 100%) NA ELETROFORESE 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 212 RN COM HIDROPSIA FETAL 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 213 Eletroforese (Hb H e Hb Bart’s), Precipitado de Hb H e Eritroblastos 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 214 Fonte: P.C.NAOUM, 2001 () Hb Fetal 0 - 1% Hb A2 2,0 - 4% Hb A 96 - 98% Conseqüências da redução de síntese de cadeias alfa ALFA TALASSEMIA Traços de Hb H na eletroforese Precipitados de Hb H nos eritrócitos Discreta microcitose Anemia () RESUMO DAS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 215 Fonte: P.C.NAOUM, 2001 RESUMO DAS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS ( ) DOENÇA DE Hb H •Hb H (10 - 20%) na eletroforese •Precipitados de Hb H nos eritrócitos •Anemia microcítica - hipocrômica (+, ++) •HCM •Hb A2 •Esplenomegalia Síndrome hidrópica (Hidropsia Fetal) •Hb Bart’s 80 - 100% •Hb H 10% •Anemia eritroblástica (++++) 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 216 Fonte: P.C.NAOUM, 2001 Hb H E Hb BART’S TEM AFINIDADE AUMENTADA AO OXIGÊNIO HIPOXIA TECIDUAL SÍNTESE ELEVADA DE ERITROPOIETINA ERITROPOIESE AUMENTADA ERITROCITOSE E HIPOCROMIA DEFORMAÇÕES ÓSSEAS EFEITOS FISIOPATOLÓGICOS 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 217 Fonte: P.C.NAOUM, 2001 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 218 Hb H E Hb BART’S SÃO MOLÉCULAS INSTÁVEIS OXIDAM-SE E PRECIPITAM INDUZ AÇÃO DE MACRÓFAGOS HEMÓLISE E ANEMIA ESPLENOMEGALIA EFEITOS FISIOPATOLÓGICOS Fonte: P.C.NAOUM, 2001 Talassemia Beta 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 219 AS TALASSEMIAS BETA OCORREM POR FALHA DO GENE QUE SINTETIZA A GLOBINA BETA. A DIMINUIÇÃO DA GLOBINA BETA PREJUDICA SUA ASSOCIAÇÃO COM A GLOBINA ALFA. NORMAL TAL. BETA TAL.+ TAL. 0 MENOR MAIOR MAIOR 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 220 Alteração gênica no cromossomo 11 Alteração gênica no cromossomo 11 NORMAL RCG RCG LESÃO NO GENE BETA 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 221 RCG RCG NORMAL LESÃO NO GENE RCG ( RNA polimerase para gene ) Alteração gênica no cromossomo 11 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 222 Fisiopatogenia da Talassemia Beta • As globinas alfa despareadas se precipitam e deformam os eritrócitos; – hemicromos formados pela oxidação das subunidades de cadeias α, interagem na membrana com as proteinas 4.1, anquirina e espectrina; – As membranas ficam mais rígidas e mais instáveis, provavelmente em razão da ligacão das cadeias α oxidadas a proteína 4.1; 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 223 http://pt.slideshare.net/jinx11/erythocyte-12639378 Acessado em 08-nov-2015 http://pt.slideshare.net/jinx11/erythocyte-12639378 http://pt.slideshare.net/jinx11/erythocyte-12639378 http://pt.slideshare.net/jinx11/erythocyte-12639378 http://pt.slideshare.net/jinx11/erythocyte-12639378 http://pt.slideshare.net/jinx11/erythocyte-12639378 • Alterações nos receptores de membrana induzem a fagocitose de partes dos eritrócitos, deformando-os e tornando-os e tornando-os microcíticos: – hemicromos com a proteína banda 3, na membrana, suscita a ligação de anticorpos autólogos do tipo IgG, seguida da fixação de complemento e consequente remoção dos eritrócitos da circulação. – A redução do ácido siálico, como ocorre em hemácias normais senescentes, leva a uma maior exposição de resíduos β-galactosil, reconhecidos por anticorpos IgG anti-galactosil que promovem o sequestro das células pelo sistema reticuloendotelial; – aumento de fosfolipídeos e de colesterol; – aumento do fluxo de cátions e da permeabilidade ao cálcio. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 225 Fisiopatogenia da Talassemia Beta Pathophysiology of β-thalassemia. Sachith Mettananda et al. Blood 2015;125:3694-3701©2015 by American Society of Hematology 21/11/2017 227Profª Keila Correia de Alcântara EFEITOS FISIOPATOLÓGICOS GLOBINAS ALFA LIVRES PRECIPITAM NOS ERITROBLASTOS LESÃO DE MEMBRANA ERITROPOIESE INEFICAZ ANEMIA PRECIPITAM NOS ERITRÓCITOS LESÃO DE MEMBRANA SRE (BAÇO) ANEMIA HEMOLÍTICA ESPLENOMEGALIA 21/11/2017 228Profª Keila Correia de Alcântara ANOXIA ANEMIAHb FETAL ÚLCERAS M.I. INFECÇÕES ÓBITO HIPERPLASIA ERITRÓIDE DEFORMAÇÕE S ÓSSEAS ERITROGÊNESE EXTRA-MEDULAR HEPATOMEGALIA EFEITOS FISIOPATOLÓGICOS 21/11/2017 229Profª Keila Correia de Alcântara HEPATO - ESPLENOMEGALIA EXPANSÃO MEDULAR NO CRÂNIO Anemia grave 21/11/2017 230Profª Keila Correia de Alcântara Talassemia Beta Menor • Anemia refratária ao ferro; • Anemia microcítica e hipocrômica; • HbA2 (4-7%); • HbF (0-5%); • Resistência osmótica (NaCl 0,36%): positivo • Ferritina: normal – levemente aumentada; • Reticulócitos: normal ou levemente aumentado. 21/11/2017 231Profª Keila Correia de Alcântara HbF intra-eritrocitária Teste de Resistência Osmótica Eletroforese de Hemoglobina e pH alcalino 21/11/2017 232Profª Keila Correia de Alcântara ELETROFORESE ALCALINA. Hb FETAL 21/11/2017 233Profª Keila Correia de Alcântara () Hb Fetal 0 - 1% Hb A2 2,0 - 4% Hb A 96 - 98% BETA TALASSEMIA HETEROZIGOTA-MENOR Hb A2 HCM Anemia microcítica - hipocrômica (+) Cadeias alfa livre TALASSEMIA BETA menor 21/11/2017 234Profª Keila Correia de Alcântara ( ) BETA TALASSEMIA MAIOR- fenótipo TAL.+ Hb A Hb Fetal Anemia microcítica - hipocrômica (+++) Cadeias alfa livre em exceso Aumento da bilirrubina indireta Esplenomegalia BETA TALASSEMIA MAIOR – fenótipo TAL. 0 Ausência de Hb A Hb Fetal Anemia microcítica - hipocrômica (++++) Cadeias alfa livre em excesso Aumento da bilirrubina indireta Esplenomegalia 21/11/2017 235 Profª Keila Correia de Alcântara 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 236 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 237 CASO 8 • Uma moça de 21 anos, filha de pais turcos, bom nível sócio-econômico, sempre apresentou a pele e mucosa ligeiramente descoradas, sem entretanto, queixar-se de qualquer manifestação de fraqueza ou indolência. O hemograma mesmo após administração de ferro e polivitamínicos apresentou os resultados abaixo: 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 239 • E – 4,9 teras/L • Hb – 9,0 g/dL • HT – 30% • VCM • HCV • CHCM • Anisocitose++, hipocromia ++, micrócitos ++, poiquilócitos ++, Codócitos + e pontilhado basófilo +. • FERRO sérico 210 µg/dL • Siderofilina livre 115 µg/dL • Eletroforese de hemoglobina: HbF – 10% • HbA2 – 5% da total • HbA – 85% 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 240 CASO 9 • Uma criança com 2 anos de idade, sexo masculino, filho de pais italianos, até os seis meses apresentou apenas um pequeno retardamento no desenvolvimento físico. Começou então aumento do baço e fígado, acentuando-se gradativamente. A icterícia e a palidez manifestaram-se ao aproximar-se dos 2 anos de idade. Encaminhado ao hematologista foram solicitados os seguintes exames. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 242 • E – 2,3 teras/L • Hb – 4,1 g/dL • HT – 13% • VCM; HCM; CHCM • Anisocitose+++, hipocromia +++, micrócitos ++, poiquilócitos +++, Esquizócitos +; pontilhado basófilo ++, cdócitos ++ e Corpúsculo de Howell Jolly. • FERRO sérico 180 µg/dL • Siderofilina livre 200 µg/dL • Eletroforese de hemoglobina: HbF – 88% • HbA2 – 9% da total • Bilirrubinas: Total =10,3 µg/dL, Direta = 1,5 µg/dL e Indireta = 8,8 µg/dL 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 243 Dica do dia: É sempre bom ser legal com as pessoas, porque... As coisas mudam ao longo do tempo! Grãos de Feijão • Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. • Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo. • Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio para colocar a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. • Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. • As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. • Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. • Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos: • Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta. • Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. • Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento é você quem determina.... APRENDA A COZINHAR SEUS FEIJÕES! Mecanismo de Hemólise I- Anormalidade da membrana das hemácias II- Anormalidades das enzimas eritrocitárias III- Anormalidades da hemoglobina • IV- Fatores extrínsecos às hemácias 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 247 21/11/2017 248Profª Keila Correia de Alcântara Anemia Hemolítica extra- corpuscular Causas das Anemias Hemolíticas Extra- Corpusculares 1. Ruptura mecânica dos eritrócitos 2. Agentes biológicos ou microrganismos 3.Anemias Hemolíticas Imunes 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 249 1. Ruptura mecânica dos eritrócitos • Anemia hemolítica das próteses valvulares • Anemia hemolítica das queimaduras • Anemia hemolítica microangiopática • Síndrome urêmico-hemolítica 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 250 CASO 10 • Homem 63 anos, anemia, insuficiência coronariana, válvula aórtica mecânica, sopro sistólico moderado, icterícia. – HT 21% – Reticulócitos 3% – DHL 1686 – BI 3,4 mg/dL – Sangue periférico com esquizócitos e hemácias hipocrômicas 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 252 Hipóteses • Evidência de anemia hemolítica • Sangue periférico sugere hemólise traumática e deficiência de ferro • Condição da válvula aórtica deve ser investigada • Avaliar outras causas de hemólise • Investigar deficiência de ferro • Reposição de ferro /eritropoetina/troca de válvula? 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 253 Hemólise mecânica • Primariamente intravascular • Hemossidenúria • Esquizócitos • Ocorre em PTT, SHU, CIVD • Pode haver deficiência de ferro pela hemossidenúria • Vasculopatia/vasculite renal • Hemoglobinúria da marcha 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 254 CASO 11 Relato de caso (Moreira EM et al Rev. bras. hematol. hemoter. 2008;30(4):335-338) 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 256 Possíveis causas da síndrome hemolítica urêmica 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 257 2. Agentes biológicos ou microrganismos • Sepsis por Clostridium; • Bactérias G+ ou G-; • Mycoplasma; Mononucleose; Epstein barr; • Malária; • Babesiose. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 258 CASO 12 Eritrograma Resultados VR Eritrócitos milhões/mm3 1,9 4,0 – 5,2 Hb g/dL 6,2 12,0 – 16,0 Ht % 21 36 – 46 VCM fL 110 80 – 100 HCM pg 32,6 26– 34 CHCM % 29,5 31 – 37 RDW 17 11 – 15,5 SEXO: F IDADE: 40 anos IC: Adenopatia axilar periódica, dores articulares, esplenomegalia, icterícia e urina escura Exames Resultados VR Bilirrubinas mg/dL Total Direta Indireta 6,5 0,6 5,9 0,2 a 1,0 0,1 a 0,4 0,1 a 0,6 Contagem de Reticulócitos % 21 0,5 a 1,5 Teste de Coombs direto Positivo Negativo Teste de Coombs indireto Negativo Negativo HbA% HbF HbA2 96 2 2 >95 0-1 2 a 3 a) Anemia sideroblástica b) Anemia hemolítica imunológica c) Anemia megaloblástica d) Anemia hemolítica mecânica 3. Anemias Hemolíticas Imunes • Anticorpos quentes –Idiopáticas; – Secundárias: doenças autoimunes, doenças linfoproliferativas, imunodeficiências, neoplasias. • Anticorpos frios – Idiopáticas e secundária • Anticorpos mistos • Anticorpos induzidos por drogas. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 265 21/11/2017 266Profª Keila Correia de Alcântara Anticorpos 21/11/2017 267Profª Keila Correia de Alcântara CONCEITOS IMPORTANTES • ANTÍGENOS • IMUNÓGENOS E IMUNOGENICIDADE • TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 21/11/2017 268Profª Keila Correia de Alcântara ANTICORPOS Proteínas solúveis Classe das globulinas: Imunoglobulinas Características mais importantes: especificidade e atividade biológica 21/11/2017 269Profª Keila Correia de Alcântara CLASSIFICAÇÃO DAS IMUNOGLOBULINAS • ORIGEM – HETEROANTICORPOS: ACS. PRODUZIDOS CONTRA ANTÍGENOS DE ESPÉCIES DIFERENTES – ALOANTICORPOS: ACS. PRODUZIDOS CONTRA ANTÍGENOS DE INDIVÍDUO DA MESMA ESPÉCIE (IMUNIZAÇÃO POR TRANSFUSÃO) – AUTO-ANTICORPOS: ACS. DIRIGIDOS CONTRA AGS. PRÓPRIOS 21/11/2017 270Profª Keila Correia de Alcântara • ESTÍMULO – IMUNES: APÓS A TIVAÇÃO DO SISTEMA IMUNE (TRANSFUSÃO, GRAVIDEZ) – NATURAIS: OS ACS, FORMAM-SE CONTRA ANTÍGENOS NÃO PRESENTES NO INDIVÍDUO – REGULARES: A OCORRÊNCIA É ESPERADA (ANTI-A, ANTI-B) – IRREGULARES: A OCORRÊNCIA NÃO É ESPERADA (ALOIMUNIZAÇÃO) 21/11/2017 271Profª Keila Correia de Alcântara • COMPORTAMENTO – COMPLETOS: PROMOVEM AGLUTINAÇÃO DE HEMÁCIAS EM MEIO SALINO (IgM) – INCOMPLETOS: REAGEM COM O ANTÍGENO, PORÉM, NÃO PRODUZEM AGLUTINAÇÃO DAS HEMÁCIAS. 21/11/2017 272Profª Keila Correia de Alcântara AHAI é a mais comum • IgG (Quente) – Contra antígenos a 37°C – Hemólise extravascular – Esferócitos • IgM (Frio) – ativação de complemento – Hemólise direta – Hemólise intravascular 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 273 LABORATÓRIO • Anemia leve a severa • Macrocitose ou normocitose • Reticulocitose • Reticulocitopenia se: – Deficiência de folato, infecção ou infiltração da medula óssea • Aumento da BI • Aumento da DHL • Esferócitos e precursores nucleados no sangue. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 274 • Coombs direto (Tesde direto da antiglobulina Humana) positivo (IgG e C3); • Coombs indireto (Teste Indireto da Antiglobulina Humana); • Auto anticorpos na circulação • Necessária avaliação imuno-hematológica. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 275 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 276 Fonte : J. Manuel Zarandona* and Mark H. Yazer. CMAJ • January 31, 2006; 174 (3). doi:10.1503/cmaj.051489, acessado em 28/05/2011. http://www.cmaj.ca/content/vol174/issue3/images/large/13ff1.jpeg CASO 13 Relato de caso (Vasconcelos RS et al. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2008;30(6):505-506 ) • Paciente masculino, 52 anos, recebeu transplante hepático em 20 de setembro de 2002 por cirrose hepática. Terapia imunossupressora inicial consistia de FK506 18 mg/dia e prednisona 15 mg/dia. Em 15 de outubro de 2002 foi internado no Hospital de Clínicas - UFPR por quadro de anemia grave sintomática. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 278 • Hb: 7,5 g/dL, HT: 22%, VCM: 82,7. – anisocitose, poiquilocitose, policromatofilia importante, presença de micrócitos, ovalócitose e alguns esquistócitos • Leucócitos: 5,85 x 109/L, neutrófilos: 3,97 x 109/L, • Plaquetas: 63 x 109/L, • Reticulócitos: 10,7%. Na análise do • LDH 415 U/l, • Bilirrubina total: 5,86 mg/dL, bilirrubina indireta: 4,53 mg/dL, • TGO (AST): 11u/l, TGP (ALT): 28 u/l • Coombs direto e Coombs indireto: negativos, • Ham: negativo, sacarose: negativo, teste de fragilidade osmótica negativo, • eletroforese de hemoglobina normal, • triagem para deficiência de G6PD negativa, 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 279 Anemia hemolítica microangiopática (por uso de drogas) • FK506 por CyA na dose de 400 mg/dia em 06 de novembro de 2002 • Agravamento da anemia em 13/12/2002 • CyA 400 mg/dia por micofenolato mofetil 2 g/dia. • Normalização do hemograma em 3 meses. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 280 CASO 14 Caso clínico • Mulher 37 anos, dor abdominal severa. Encontrada trombose mesentérica. Anticoagulada evolui com regressão do quadro. Ao ex. físico observada icterícia leve, pequena esplenomegalia. Laboratório: HT 32%, reticulócitos 8%, BI 5,0 mg/dL, DHL 1024. Anemia hemolítica? Coombs Direto negativo. M.O.=mielodisplasia 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 282 Hemólise intravascular – trombose - pancitopenia 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 283 HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA SUSPEITAR DE • Doença clonal. Alteração da Stem cell. • Urina vermelha: hemoglobina • Hemácia não possui na superfície, proteína que ancora inibidor do complemento; • Hipersensibilidade a Complemento Ativado. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 284 HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 285 • GPI: Glicosilfosfatidilinositol • Deficiência presente em todas as células 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 286 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 287 • Hemossidenúria – Ferropenia • Teste de HAM – acidificação do meio ativa complemento • Citometria de Fluxo com monoclonais para CD59 e CD55 • Anamia aplástica – 20% tem HPN • Mielodisplasia – 20 % tem HPN 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 288 CASO 15 • Uma doméstica da zona rural deu a luz ao 3º filho. Os dois primeiros nasceram saudáveis com o auxílio de uma parteira. Quatro dias após o nascimento, a icterícia que seria normal tornou-se acentuada e a mãe procurou auxílio do médico pediatra. • Exame clínico: esplenomegalia, criança muito sonolenta e intensamente ictérica. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 290 • Laboratório: • E – 4,6 teras/L; Hb – 14,5g/Dl; HT – 46,0% • VCM; HCM; CHCM • Anisocitose++, macrócitos ++, eritroblastos 10.000/mm3 • Reticulócitos: 8,0% • Bilirrubinas: Total = 29 µg/dL, Direta = 1,0 µg/dL e Indireta = 28,0 µg/dL • Teste de Coombs Direto: Positivo • Coombs indireto da mãe: Positivo 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 291 CASO 16 • Uma funcionária pública de 38 anos, branca, descendente de italianos, há três anos queixava-se de adenopatia axilar periódica com dores articulares e discreta esplenomegalia sem definição de diagnóstico. Passou dá então a sentir-se fraca, ictérica, com dores abdominais e apresentar urina escura. 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 293 • E – 1,9 teras/L • Hb – 6,2g/dL • HT – 21% • VCM; HCM; CHCM • Anisocitose+++, hipocromia+, poiquilocitose+, macrócitos+, micrócitos+, esferócitos+, Eritroblastos 5 por 100 leucócitos. • Leucocitose com neutrofilia. • Bilirrubinas: Total =6,5 µg/dL, Direta = 0,6 µg/dL e Indireta = 5,9 µg/dL • Reticulócitos: 21% • Teste de Coombs direto: Positivo • Teste de Coombs Indireto: Negativo • Eletroforese de Hb: HbA – 96% • HbF: 2% • HbA2: 2% • FAN: negativo 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 294 Dúvidas? 21/11/2017 Profª Keila Correia de Alcântara 295 "Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso." FIM Especialização em Hematologia Clínica e Banco de Sangue Profª Keila Correia de Alcântara keilalcantara@yahoo.com.br http://www.incursos.net/ A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos. Mahatma Gandhi
Compartilhar