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BRASIL COLÔNIA (1500-1822) Curandeirismo Padres Jesuítas Físicos e Cirurgiões Barbeiros Santa Casa de Misericórdia - Santos 1543 ➜ALVARÁ DE 22 DE JANEIRO DE 1810: Criação de um Lazareto para quarentena dos escravos portadores de moléstias endêmicas A autoridade sanitária poderia conceber o visto de entrada de pessoas na cidade. @umaquaseenfermeira ➜ TEORIA MIASMÁTICA: Condições de saúde-doença causadas pelos “miasmas” que emanavam do solo, do ar e da água contaminados. ✓ Profilaxia: urbanização da cidade (aterros de pântanos, demarcação de ruas e lugares de construção, rede de esgoto e água, organização dos cemitérios); CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 1 de Nova Seção 7 BRASIL COLÔNIA (1500-1822) Principais características do Brasil Colônia ✓ Inexistência de Saneamento Básico; ✓ Existiam poucos Médicos ( Cirurgiões e boticários) na colônia (os que haviam eram formados na Europa); ✓ Prática médica era desconhecida dos mais pobres e escravos; ✓ Por ordem real foram fundadas as academias médico-cirúrgicas, no Rio de Janeiro e na Bahia, na primeira década do século XlX, logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina no país; ✓ 1808 = criação da primeira escola de Medicina do Brasil, em Salvador, a Faculdade de Medicina da Bahia; ➜ A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, até mesmo na área de saúde. ➜ Como sede provisória do império Português e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se centro das ações sanitárias. @umaquaseenfermeira ➜ Criou-se então Centros de Formação de Médicos, que até então eram quase inexistentes em razão, em parte, da proibição de ensino superior nas colônias. CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 2 de Nova Seção 7 BRASIL IMPÉRIO (1822-1889) ➜ Século XlX, processo de transformação política e econômica que atinge igualmente o âmbito da medicina, inaugurando duas de suas características que têm vigorado até o presente ➜ Penetração da medicina na sociedade, que incorpora o meio urbano como alvo da reflexão e da prática médica, e a situação da medicina como apoio científico indispensável ao exercício de poder do Estado ➜ Superação da Teoria Miasmática ➜ Teoria da Unicausalidade Principais características do Brasil Império ✓ 1829 = 1829 criação da Junta de Higiene Pública, que se mostrou pouco eficaz e, apesar de várias reformulações, não alcançou o objetivo de cuidar da saúde da população. ✓Meados do século XlX = crise sanitária e centralização do poder imperial ✓ Degradação do quadro sanitário do país = epidemia (febre amarela e varíola) ✓ Inspetoria de saúde dos portos e fiscalização do exercício da medicina ✎Os serviços médicos hospitalares estavam nas mãos de entidades filantrópicas como as Santas Casas; ✎ A organização dos serviços de saúde permaneceu sem grandes mudanças até a última década do império, dando as costas para o resto do país; Delegação das atribuições sanitárias às juntas municipais- Controle de navios e saúde dos portos- ✎ Até 1850, as atividades de saúde pública estavam limitadas a: A fase imperial da história brasileira encerrou-se sem que o Estado solucionasse os graves problemas de saúde da coletividade. Tentativas foram feitas mas sem os efeitos desejados. @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 3 de Nova Seção 7 REPÚBLICA VELHA (1889-1930) ➜ Ideia de modernizar o Brasil após a Proclamação da República em 1889 ➜ Necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade ➜ Modelo predominante: agrário exportador (café, borracha e açúcar) ➜ Precárias condições de trabalho e de vida das populações urbanas ➜ Bacteriologia ➜ Medicina Higienista ➜ Planejamento urbano das cidades ➜ Doenças: peste bubônica, varíola, febre amarela, cólera, hanseníase, febre tifoide ➜ Medidas Jurídicas Impositivas: Notificação de doenças, vacinação obrigatória, vigilância sanitária A falta de um modelo sanitária para o país deixava as cidades brasileira à mercê das epidemias. No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro apresentava um QUADRO SANITÁRIO CAÓTICO, caracterizado pela presença de diversas doenças que acometiam a população, como a: VARÍOLA, MALÁRIA, FEBRE AMARELA e posteriormente, PESTE. ➜ Esse quadro acabou gerando sérias consequências, tanto para a saúde coletiva quanto para outros setores, como o do comércio exterior, visto que os navios estrangeiros não mais queriam atracar no porto do Rio de Janeiro em razão da situação sanitária existente na cidade. Instituições importantes de Pesquisa Biomédica e de Saúde Pública no país neste Período ✓ Instituto Soroterápico Federal (transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz (1908) e Fundação Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro ✓ Instituto Butantan em São Paulo @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 4 de Nova Seção 7 REPÚBLICA VELHA (1889-1930) ↪ Rodrigues Alves , então presidente do Brasil, nomeou Oswaldo Cruz como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública, que se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz Rodrigues Alves → 1.500 pessoas passaram a exercer atividades de desinfecção no combate ao mosquito, vetor da febre amarela. → A falta de esclarecimentos e as arbitrariedades cometidas pelos "guardas - sanitários", causou revolta a população. → Esse modelo de intervenção ficou conhecido como Campanhista. → Neste mesmo período, aconteceu: A REVOLTA DA VACINA, desencadeada pela Lei Federal 1,261/1904, que tornava obrigatória a vacinação contra a varíola. ✓ O modelo Campanhista apesar dos abusos cometidos, obteve importantes vitórias no controle de doenças epidêmica, conseguindo inclusive ERRADICAR a FEBRE AMARELA da cidade do Rio de Janeiro. ✓ Desta forma, o modelo Campanhista se fortaleceu e tornou-se hegemônico como proposta de intervenção na área de saúde coletiva durante décadas. @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 5 de Nova Seção 7 1920 - Carlos Chagas ✓ Carlos Chagas foi nomeado pelo presidente da República, Epitácio Pessoa, para dirigir o Departamento Nacional de Saúde Pública. Nesse período, realizou reformas no serviço de profilaxia rural, instalou inspetorias especializadas no combate à tuberculose, à sífilis e a lepra. ♡ Com o apoio da Fundação Rockefeller, Carlos Chagas criou o serviço de Enfermagem Sanitária e, em 1923 criou a Escola de Enfermagem Anna Neri, introduzindo o ensino de enfermagem no Brasil. Carlos Chagas deixou o Departamento Nacional em 1926, mas permaneceu dirigindo Manguinhos. 1923 - Lei Eloy Chaves → Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP) → Marco inicial da previdência social → Por empresa → O Estado não participava do financiamento das CAP'S → Financiamento Bipartite → 1° CAP: Ferroviários → 2° CAP: Marítimos → Financiamento e gestão: trabalhador e empregador → Serviços funerários, socorro médico para a família, medicamento por preço especial → Assistência por acidente de trabalho → Assistência médica para o empregado e família @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 6 de Nova Seção 7 Página 7 de Nova Seção 7 ERA VARGAS (1930-1964) ✓ Marco na configuração de políticas sociais no Brasil. ✓ 1933 - As CAPS foram unificadas e criados os INSTITUTOS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES (IAPS) Os IAPS garantiu benefícios assegurados aos associados: ➜ Aposentadoria ➜ Pensão em caso de morte ➜ Assistência médica e hospitalar ➜ Socorros farmacêuticos, mediante indenização pelo preço do custo acrescidodas despesas de administração ✓ 1953 - Ministério da Saúde O Ministério da Saúde do Brasil foi criado no dia 25 de julho de 1953, pela Lei nº 1.920, assinada pelo presidente Getúlio Vargas. O órgão foi um desmembramento do então Ministério da Educação e Saúde em dois ministérios: Saúde e Educação e Cultura. A partir da sua criação, a nova entidade ficou responsável pelas atribuições que eram do Departamento Nacional de Saúde (DNS). @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 8 de Nova Seção 7 AUTORITARISMO (DITADURA MILITAR) (1964-1984) ✓ Saúde Pública: baixa qualidade e limitada ✓ 1966: houve a unificação dos IAPS para INPS - Instituto Nacional da Previdência Social, excluindo benefícios dos trabalhadores rurais e de uma gama dos trabalhadores urbanos informais ✓ Fragmentação dos acessos aos serviços de saúde ✓ Consultórios e clínicas privadas ✓ Serviço de saúde filantrópicos ✓ Centros e postos de saúde pública (TB, materno infantil) ↪ 1977 - Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica de Previdência Social (INAMPS) → Surge o modelo médico privatista/curativo e se torna hegemônico → Foco na doença e o doente, não atuando sobre as necessidades reais da população ✓ Criação de grandes hospitais para atender os que contribuíam ✓ Fortalecimento do caráter excludente das ações e serviços de saúde 1978 - CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM ALMA-ATA (Ponto culminante na discussão contra a etilização da prática médica) @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 9 de Nova Seção 7 AUTORITARISMO (DITADURA MILITAR) (1964-1984) ➜ por ter priorizado a medicina curativa, o modelo proposto foi incapaz de solucionar os principais problemas de saúde coletiva, como as endemias, as epidemias e os indicadores de saúde (como a mortalidade infantil); Houve ainda: ✓ Aumentos constantes dos custos de medicina curativa, centrada na atenção médico-hospitalar de complexidade crescente ✓ Diminuição do crescimento econômico ✓ Incapacidade do sistema em atender a uma população cada vez maior de marginalizados que, sem carteira assinada e contribuição previdenciária, se viam excluídos do sistema ✓ Desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir as despesas de outros setores e para realização de obras por parte do Governo Federal ✓ O não repasse pela União dos recursos do Tesouro nacional para o sistema previdenciário, visto ser esse TRIPARTITE (empregador, empregado e união) 1882 - CRIAÇÃO DO Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) → Aumentar a produtividade → Melhorar a qualidade da assistência → Equilibrar as ações ofertadas à população urbana e rural 1983 - Criação das Ações Integradas de Saúde (AIS), visando um novo modelo assistencial (ações curativas e preventivas e educativas ao mesmo tempo). @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 10 de Nova Seção 7 NOVA REPÚBLICA (1985-1988) ✓ Movimento Diretas Já (1985) e a eleição de Tancredo Neves marcaram o fim do regime militar ✓ Fortalecimento do Movimento Sanitarista ✓ Vlll CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (1986) ✓ Início do processo de descentralização das ações de saúde para estados e municípios ✓ Criação do SISTEMA DESCENTRALIZADO DE SAÚDE (SUDS) em 1987 ✓ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 1988 ♡ Vlll CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (1986) ♡ MARCO DA REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA ♡ CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE ♡ SAÚDE COMO DIREITO DE CIDADANIA E DEVER DO ESTADO ♡ PARTICIPAÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DOS USUÁRIOS ♡ INSTITUIÇÃO DE UM SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Pós constituinte ✓ Extinção do INAMPS ✓ Adoção dos princípios e diretrizes do SUS ✓ "Saúde Direito de Todos e Dever do Estado" ✓ Enfretamento de muitos problemas para a implantação do SUS O SUS é definido pelo ARTIGO 198 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 do seguinte modo: Descentralização, com direção única em cada esfera de governo I- Atendimento Integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais II- Participação da comunidade III- "As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: ♡ A Constituição Federal de 1988, no capítulo Vlll da ordem social e na seção ll referente à saúde define no artigo 196 que: "A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação" @umaquaseenfermeira CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL Página 11 de Nova Seção 7
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