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DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS DOUGLAS DA SILVA ARAÚJO Mestre em Direito – UFRN Mestre em Planejamento Urbano e Dinâmicas Territoriais – UERN Especialista em Criminologia e Segurança Pública – FIP Graduado em Direito – UFCG O sistema constitucional de crises é composto pelo estado de defesa e pelo estado de sítio. A defesa do Estado pode ser entendida como: defesa do território nacional contra eventuais invasões estrangeiras (arts. 34, II, e 137, II); defesa da soberania nacional (art. 91); c) defesa da Pátria (art. 142). A legalidade normal é substituída por uma “legalidade extraordinária”, que define e rege o estado de exceção. Princípios regentes dessas situações de anormalidade: necessidade (sob pena de configurar arbítrio e verdadeiro golpe de estado) e temporariedade (sob pena de configurar verdadeira ditadura). ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Características dos estados de exceção constitucional: ■ excepcionalidade: a decretação ocorrerá quando não existirem outras medidas mais adequadas e menos gravosas para enfrentar a crise; ■ taxatividade: pressupostos para decretação estão previstos na CF; ■ temporariedade (transitoriedade); ■ determinação geográfica: as medidas deverão se circunscrever às “áreas abrangidas”, mesmo nas hipóteses de decretação de estado de sítio nos casos de “comoção grave de repercussão nacional” — art. 138, caput; ■ sujeição a controles: pelos outros poderes; ■ publicidade; ■ regramento constitucional: ■ proporcionalidade. Obs.: a história denuncia, infelizmente, situações de abuso, arbítrio, golpe, ditadura, como, por exemplo, durante o “Estado Novo” de Getúlio Vargas (Carta de 1937) e no governo da ditadura militar de 1964 até o seu fim, com a Constituição de 1988. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO ESTADO DE DEFESA versus ESTADO DE SÍTIO SEGURANÇA PÚBLICA Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, adotando um conceito moderno, “o poder de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público”. Assim, podemos distinguir a) polícia administrativa lato sensu; b) polícia de segurança, dividida esta em polícia administrativa (preventiva, que não deve confundir-se com a ideia de poder de polícia lato sensu do Estado) e polícia judiciária. SEGURANÇA PÚBLICA O objetivo fundamental da segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio e se implementa por meio dos seguintes órgãos (art. 144, I a V, CF/88): ■ polícia federal; ■ polícia rodoviária federal; ■ polícia ferroviária federal; ■ polícias civis; ■ polícias militares e corpos de bombeiros militares. Trata-se de rol taxativo, não podendo ser criados novos órgãos distintos daqueles designados pela Constituição Federal SEGURANÇA PÚBLICA A atividade policial divide-se, então, em duas grandes áreas: administrativa: é a polícia preventiva e/ou ostensiva, atua preventivamente, evitando que o crime aconteça; judiciária: é a polícia de investigação, atua repressivamente, depois de ocorrido o ilícito penal, exercendo atividades de apuração das infrações penais cometidas, bem como a indicação da autoria. Não lhe cabe a promoção da ação penal pela polícia judiciária. É atividade privativa do Ministério Público. O cargo de Delegado de Polícia é privativo de bacharel em direito (art. 12.830/2013). SEGURANÇA PÚBLICA Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei (art. 144, § 8º). Os Municípios não ficaram com qualquer responsabilidade específica pela segurança pública. A CF apenas lhes reconheceu a faculdade de constituir Guardas Municipais destinadas à assegurar a incolumidade do patrimônio municipal. Não cabe aos municípios qualquer atividade de polícia judiciária ou de apuração de infrações. Porém, as guardas municipais detém o poder de polícia. SEGURANÇA PÚBLICA
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